Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
GESTÃO DE CUSTOS INDUSTRIAIS Conteúdo Programático ▪ Unidade I – Conceitos básicos de custos industriais; ▪ Unidade II – Sistemas de custos ; ▪ Unidade III – Gestão de custos como apoio à tomada de decisão; ▪ Unidade IV – Gestão de custos e planejamento. UNIDADE II SISTEMAS DE CUSTOS OBJETIVOS DA UNIDADE o Compreender o fluxo de custos na indústria de manufatura; o Analisar e compreender métodos de alocação de custos indiretos aos produtos. DA ÚLTIMA AULA... MP PP PACompras MP MOD CIF CPF CPV Demonstração do resultado Receita ( - ) CPV = Lucro ( - ) Despesas = Lucro líquido IIMP ( + ) compras de MP ( - ) IFMP = MP IIPP ( + ) custos (MP + MOD + CIF) ( - ) IFPP = CPF IIPA ( + ) CPF ( - ) IFPA = CPV EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO - GABARITO A Cia Exemplar Ltda apresentou a seguinte informação em 2020: ▪ Vendas do ano : 4.000 un. ▪ Preço do produto: $ 200 / un. ▪ Estoques no começo do ano: o Matéria-prima : $ 40.000,00 o Produtos em processo: $ 80.000,00 o Produtos acabados: $ 50.000,00 ▪ Estoques no fim do ano: o Matéria-prima: $ 50.000,00 o Produtos em processo: $ 40.000,00 o Produtos acabados: $ 60.000,00 ▪ Compras de MP no ano: $ 360.000,00 ▪ Custos de MOD: $ 160.000,00 ▪ CIF $ 150.000,00 Despesas: - $ 100.000,00 Apresente o lucro líquido da empresa, através de uma Demonstração de Resultados do Exercício. R/ LUCRO LÍQUIDO = $ 10.000,00 ▪ Uma empresa, vista como um processo, transforma insumos em produtos; ▪ Para computar o custo dos produtos, é importante compreender o fluxo de custos na organização, que pode variar de acordo com o tipo de atividade exercida. INTRODUÇÃO Diagrama 1 – Fluxo básico de custos na manufatura ▪ Uma vez que o fluxo de custos é definido, deve ser usado como referência para o sistema de gerenciamento de custos da organização; ▪ Se uma empresa produz sempre um mesmo produto, o cálculo do custo é bastante simples, pois é fácil identificar e quantificar todos os recursos consumidos durante o seu processamento; ▪ Se este for o caso, basta dividir os custos pela quantidade produzida para obter o custo unitário. INTRODUÇÃO ▪ No entanto, a grande maioria das organizações produz mais de um tipo de produto numa mesma unidade industrial e, assim, é preciso considerar os custos associados a cada produto, pois, de maneira geral, os recursos consumidos variam de produto para produto; ▪ A alocação de custos diretos é relativamente simples, pois podem ser relacionados com facilidade ao produto; INTRODUÇÃO ▪ Em contraste, a alocação dos custos indiretos requer o uso de critérios para distribuição de recursos consumidos aos objetos de custo, pois há maior dificuldade de relacioná-los com os produtos; ▪ A alocação, nesse caso, é feita com o uso de métodos de custeio, que serão apresentados em detalhes ao longo da unidade. INTRODUÇÃO ▪ Princípios: Adequação das necessidades de informações para tomada de decisão; o Quais são os objetivos do sistema? ✓ O tipo de informação; ✓ As informações relevantes. ▪ Métodos: Parte operacional do sistema. o Como os dados devem ser processados? PRINCÍPIOS E MÉTODOS DE CUSTEIO ▪ Métodos: Classificação dos custos diretos e indiretos (complexidade na análise dos custos indiretos); ▪ Princípios: Quais as parcelas destes custos que devem ser levadas em consideração? Diferenciam-se os custos fixos e variáveis, separando-se os desperdícios da parcela ideal dos custos. O sistema de custos primeiro decide o que deve ser levado em consideração (qual informação é importante) para, depois, analisar como a informação será obtida (como o sistema deve operar). PRINCÍPIOS E MÉTODOS DE CUSTEIO ▪ Princípios: o Custeio Variável; o Custeio por Absorção Integral (ou Absorção Total); o Custeio por Absorção Ideal. ▪ Métodos: o Método do Custo-Padrão; o Método dos Centros de Custos; o Custeio Baseado em Atividades (ABC). PRINCÍPIOS E MÉTODOS DE CUSTEIO OBJETIVOS DOS SISTEMAS DE CUSTOS Princípio ✓ Norteia o tratamento das informações; ✓ Determina qual informação o sistema deve gerar; ✓ Está relacionado com o objetivo do sistema. Método ✓ Viabiliza a operacionalização daquele princípio; ✓ Diz respeito a como a informação será obtida; ✓ Está relacionado com os procedimentos do sistema. Objetivos: o Avaliação de estoques; o Auxílio ao controle; e o Auxílio à tomada de decisões. CUSTEIO POR ABSORÇÃO INTEGRAL ✓ A totalidade dos custos (fixos e variáveis) são alocados aos produtos; ✓ Atendimento das exigências da contabilidade financeira para avaliação dos estoques; Exemplo 1: ✓ A empresa XPTO, em um determinado mês, produziu 80.000 unidades. Os custos totais do período atingiram $ 1.400.000,00. Qual é o custo do produto com o custeio integral? O custeio integral alocaria $ 17,50 (1.400.000/80.000) ao produto. CUSTEIO VARIÁVEL ✓ Apenas os custos variáveis são relacionados aos produtos, sendo os custos fixos considerados como custos do período; ✓ Relacionam-se às tomadas de decisões de curto prazo, onde os custos variáveis tornam-se relevantes e os custos fixos não; ✓ Independente do volume de produção, sempre existirão os custos fixos. Então, o quanto produzir de cada produto é uma decisão que cabe a análise dos custos variáveis. CUSTEIO VARIÁVEL Exemplo 2: ✓ A empresa XPTO, em um determinado período, produziu 80.000 unidades. Os custos totais do período atingiram $ 1.400.000,00, sendo $1.000.000,00 de custos fixos e $ 400.000,00 de custos variáveis. Qual é o custo do produto de acordo com o custeio variável? O custeio variável considera apenas $ 5,00 (400.000/80.000) como sendo custos do produto. O restante ($ 1.000.000) é o custo do período. ✓ Todos os custos são computados como custos dos produtos. Mas, os custos relacionados com insumos usados de forma não- eficiente (desperdícios) não são alocados aos produtos; ✓ Adapta-se ao auxílio do controle de custos e ao apoio ao processo de melhoria contínua da empresa. CUSTEIO POR ABSORÇÃO IDEAL CUSTEIO POR ABSORÇÃO IDEAL Exemplo 3: ✓ A empresa XPTO possui capacidade para produzir 100.000 produtos e, em um determinado mês, produziu 80.000 unidades. Os custos fixos do período atingem $ 1.000.000,00 e os custos variáveis ideais são $ 5,00 por unidade, atingindo $ 400.000,00 (5 x 80.000) no período. Quais são os custos dos produtos de acordo com o custeio ideal? O custeio por absorção ideal alocaria $ 15,00 ((1.000.000/100.000 ) + 5) por item produzido e o restante, $ 200.000,00 (20.000 x 10*), corresponde aos desperdícios do período. *CF unit = (1.000.000/100.000) = $ 10,00/un *Não aloca custos variáveis as 20.000 unidades, pois não foram produzidas. CUSTEIO INTEGRAL E CUSTEIO IDEAL Exemplo: Imagine que o preço de venda do produto da empresa XPTO seja $20/un. Tomando o custo obtido pelo custeio integral ($17,50), tem- se: Resultado da empresa XPTO pelo custeio integral Total ($) Unitário ($/un) Preço 1.600.000,00 20,00 Custos 1.400.000,00 17,50 Lucro 200.000,00 2,50 Só sabemos que a empresa obteve lucro Exemplo: Resultado da empresa XPTO pelo custeio integral Total ($) Unitário ($/un) Preço 1.600.000,00 20,00 Custos 1.400.000,00 17,50 Lucro 200.000,00 2,50 Resultado da empresa XPTO pelo custeio ideal Total ($) Unitário ($/un) Preço 1.600.000,00 20,00 Custos 1.200.000,00 15,00 Lucro potencial 400.000,00 5,00 Desperdício 200.000,00 2,50 Lucro 200.000,00 2,50 Se eliminássemos o desperdício, duplicaríamos o lucro CUSTEIO INTEGRAL E CUSTEIO IDEAL Exemplo: Supondo que a concorrência no setor da empresa XPTO cresça e, consequentemente, o preço do mercado seja reduzido para $17,00: CUSTEIO INTEGRAL E CUSTEIO IDEAL Resultado da empresa XPTO pelo custeio integral Total ($) Unitário ($/un) Preço 1.600.000,00 20,00Custos 1.400.000,00 17,50 Lucro 200.000,00 2,50 Resultado da empresa XPTO com o acirramento da concorrência (custeio integral) Total ($) Unitário ($/un) Preço 1.360.000,00 17,00 Custos 1.400.000,00 17,50 Lucro/Prejuízo (40.000,00) (0,50) Prejuízo!!!! Será que a concorrência está praticando “dumping”? Dumping é a redução do preço de venda com objetivo de eliminar a concorrência. Exemplo: CUSTEIO INTEGRAL E CUSTEIO IDEAL Resultado da empresa XPTO com o acirramento da concorrência (custeio ideal) Total ($) Unitário ($/un) Preço 1.360.000,00 17,00 Custos 1.200.000,00 15,00 Lucro potencial 160.000,00 2,00 Desperdício 200.000,00 2,50 Lucro (40.000,00) (0,50) Resultado da empresa XPTO pelo custeio ideal Total ($) Unitário ($/un) Preço 1.600.000,00 20,00 Custos 1.200.000,00 15,00 Lucro potencial 400.000,00 5,00 Desperdício 200.000,00 2,50 Lucro 200.000,00 2,50 Exemplo: Se a capacidade de produção da empresa AD e seu nível de atividades em um determinado período forem 100 unidades e os custos fixos corresponderem a $1.000, os custos fixos unitários dos produtos serão $10, tanto no custeio ideal quanto no integral, situação que indica não haver desperdícios. Sendo os custos variáveis de $5/unidade, o custo total do período é $1.500. ANÁLISE DOS DESPERDÍCIOS Exemplo: Caso a produção em outro período seja de 80 unidades, sem produção defeituosa, com os custos fixos permanecendo em $1.000, o custeio integral alocaria a totalidade dos custos fixos aos produtos, resultando em $12,50 (1.000/80) de custo fixo unitário, enquanto o custeio ideal distribuiria somente $800 aos produtos, com os custos fixos permanecendo $10/unidade (1.000/100). Os $200 restantes estão, na verdade, relacionados com as perdas do período. ANÁLISE DOS DESPERDÍCIOS Exemplo: ANÁLISE DOS DESPERDÍCIOS Gastos de dois períodos na empresa AD Produção 100 unidades 80 unidades GASTOS Total Unitário ($/un) Total Unitário ($/un) Custos variáveis 500,00 5,00 400,00 5,00 Custos fixos 1.000,00 10,00 800,00 10,00 Desperdícios 0 0 200,00 2,50 TOTAL 1.500,00 15,00 1.400,0 0 17,50 Exemplo: Voltando a empresa AD, os desperdícios poderiam, ainda, ser subdivididos em ineficiência e ociosidade. Se, no tempo em que se fabricaram os 80 itens, o padrão eficiente de produção indicasse a possibilidade de serem confeccionadas 85 unidades, o desperdício por ineficiência seria $50 = [10 x (85 – 80)] e o desperdício por ociosidade $150 = [10 x (100 – 85)]. ANÁLISE DOS DESPERDÍCIOS Exemplo: ANÁLISE DOS DESPERDÍCIOS Separação dos desperdícios por ineficiência e por ociosidade na empresa AD Produção 100 unidades 80 unidades GASTOS Total Unitário ($/un) Total Unitário ($/un) Custos variáveis 500,00 5,00 400,00 5,00 Custos fixos 1.000,00 10,00 800,00 10,00 Ociosidade 0 0 150,00 1,875 Ineficiência 0 0 50,00 0,625 TOTAL 1.500,00 15,00 1.400,00 17,50 Exemplo: Para se isolar os desperdícios por produção defeituosa é preciso o número de unidades retrabalhadas e refugadas*. No exemplo analisado, supondo que 2 das 80 unidades boas produzidas tenham sido retrabalhadas, o trabalho de transformação equivaleria a 82 unidades (80 + 2). Portanto, os desperdícios seriam divididos em ociosidade, ineficiência e retrabalho. A ineficiência equivaleria a 3 unidades (85 – 82), ou $30 (3 x 10), e o desperdício por retrabalho valeria 2 unidades, ou $20 (2 x 10). Unidades retrabalhadas são produtos defeituosos que podem ser recuperados e unidades refugadas são produtos defeituosos que não podem ser recuperados. ANÁLISE DOS DESPERDÍCIOS Exemplo: ANÁLISE DOS DESPERDÍCIOS Separação do desperdício por retrabalho na empresa AD Produção 100 unidades 80 unidades GASTOS Total Unitário ($/un) Total Unitário ($/un) Custos variáveis 500,00 5,00 400,00 5,00 Custos fixos 1.000,00 10,00 800,00 10,00 Ociosidade 0 0 150,00 1,875 Ineficiência 0 0 30,00 0,375 Retrabalho 0 0 20,00 0,25 TOTAL 1.500,00 15,00 1.400,00 17,50 Exemplo: Vamos supor que, além disso, 1 unidade adicional tenha sido refugada (caracterizando-se uma produção total de 81 unidades), o trabalho de transformação equivaleria a 83 unidades (80 boas + 2 retrabalhadas + 1 refugada). Agora, a ineficiência equivaleria a 2 unidades (85 – 83), ou $20 (2 x 10), o retrabalho valeria 2 unidades, ou $20 (2 x 10), e o desperdício por refugo valeria 1 unidade. ANÁLISE DOS DESPERDÍCIOS Exemplo: Ressalta-se que os desperdícios por ociosidade e por ineficiência são quantificados apenas pelos custos fixos, pois é a capacidade não utilizada ou mal utilizada (que gera custos fixos) a que determina estes desperdícios. Já os desperdícios por refugo geram aumento nos custos variáveis, pois a unidade refugada desperdiça todos os custos variáveis associados a ela. O desperdício por produção refugada totalizaria $15 (10 x 1 + 5 x 1). ANÁLISE DOS DESPERDÍCIOS Exemplo: ANÁLISE DOS DESPERDÍCIOS Separação do desperdício por refugo na empresa AD Produção 100 unidades 80 unidades GASTOS Total Unitário ($/un) Total Unitário ($/un) Custos variáveis 500,00 5,00 400,00 5,00 Custos fixos 1.000,00 10,00 800,00 10,00 Ociosidade 0 0 150,00 1,875 Ineficiência 0 0 20,00 0,375 Retrabalho 0 0 20,00 0,25 Refugo 0 0 15,00 0,1875 TOTAL 1.500,00 15,00 1.405,00* 17,5625* ▪ Esse método de custeio é mais utilizado para controlar e acompanhar a produção do que propriamente para medir seus custos, devendo ser visto como um instrumento de apoio gerencial; ▪ É a mais eficaz forma de se controlar custo, podendo ser utilizando tanto no custeio por absorção como no custeio variável; ▪ Seu objetivo principal é estabelecer medidas de comparação (denominadas padrões) visando a eficiência na utilização dos recursos. CUSTO PADRÃO ▪ Fixar um custo padrão, o qual servirá de referência para a análise dos custos; ▪ Determinar o custo real incorrido; ▪ Levantar a variação (desvio) entre padrão e o real; ▪ Analisar a variação, a fim de auxiliar a procura de suas causas OBJETIVOS DO CUSTO PADRÃO ▪ Apenas os custos de matéria-prima são analisados com esse tipo de método; ▪ Os demais itens de custos são trabalhados pelo RKW (Centros de Custos) e ABC; ▪ Não calcula o custo do produto ou do processo, apenas guia o processo de detecção e análise dos desvios. CUSTO PADRÃO ▪ Custos de matéria-prima: MP = Q . pc ▪ Q = Quantidade de MP utilizada ▪ pc = preço de custo da MP ANÁLISE DOS CUSTOS DE MP ▪ Variações dos Custos de matéria-prima: o Compara-se o custo padrão com o custo real e divide-se a variação total em variações devidas a fatores específicos. ANÁLISE DOS CUSTOS DE MP ▪ Tipos de variação: o Não atingimento da quantidade padrão (∆Q); o Não atingimento do preço de custo padrão (∆pc) ; o Por causa dos dois fatores (∆Mista). ANÁLISE DOS CUSTOS DE MP ▪ Variação devida à quantidade (∆Q): o Deve-se estimar por meio do pcp ∆Q = (Qp – Qr) . pcp ANÁLISE DOS CUSTOS DE MP ▪ Variação devida ao preço de custo(∆pc): o Deve-se estimar a Qr ∆pc = (pcp – pcr) . Qr ANÁLISE DOS CUSTOS DE MP Preço de custo Quantidade pcr pcp QrQp ▪ Variação Mista: o Por ser difícil de se identificar a causa na variação mista, usa-se a variação devida ao preço de custo. A variação devida a Q seria a mesma, enquanto a variação devida ao pc fica: ∆pc = (pcp – pcr) . Qr ANÁLISE DOS CUSTOS DE MP ▪ A empresa Padroniza S.A. estabeleceu os seguintes padrões para sua principal MP e para a MOD: MP: 2 Kg/un a $ 4/Kg ▪ A produção do período foi de 5.000 un. Para isso, foram utilizados 12.000 kg de MP e 15.500 horas de MOD. O custo de MOD foi $ 29.450. Durante o período, foram comprados 50.000 kg de MP ao custo total de $ 205.000. Considerando esses dados, pede-se para determinar as variações de MP. EXEMPLO EXEMPLO ▪ Trata os custos indiretos, não sendo apropriado para os custos de MP; ▪ Divide-se a organização em “centros de custos”; ▪ Os custos sãoalocados aos centros, por meio de bases de distribuição e, depois, repassados aos produtos por unidade de trabalho. MÉTODO DOS CENTROS DE CUSTOS ▪ Os centros são determinados: o Pelo organograma da empresa – cada setor pode ser um centro de custos; o Pela localização – cada local pode ser um centro, quando há filiais, p. ex.; o Pelas responsabilidades – cada gerente pode ter sob sua responsabilidade um centro de custos; o Pela homogeneidade – os produtos que passam pelo centro sofrem o mesmo tipo de trabalho. CENTROS DE CUSTOS ▪ Diretos: o São aqueles que trabalham diretamente com os produtos; o Consegue-se uma boa alocação dos custos dos centros aos produtos. ▪ Indiretos: o São aqueles que prestam apoio aos centros diretos e serviços para a empresa em geral; o Seus custos são relacionados a outros centros diretamente relacionados aos produtos. CENTROS DE CUSTOS ▪ Alocação dos custos em duas fases: o Alocação dos custos aos centros; o Alocação dos custos aos produtos. ALOCAÇÃO EM MÚLTIPLOS ESTÁGIOS Empresa Custos = $ 1.000 A $ 200 B $ 300 C $ 500 Distribuição Alocação dos custos aos centros (Fase I) P1 $ 340 P2 $ 660 Alocação dos custos aos produtos (Fase II) $ 60 $ 180 $ 100 $ 140 $ 120 $ 400 ▪ Alocação dos custos dos produtos em três etapas . ALOCAÇÃO EM MÚLTIPLOS ESTÁGIOS Empresa Custos = $ 1.000 A $ 200 B $ 300 C $ 500 Distribuição primária Alocação dos custos aos centros (Fase I) P1 $ 340 P2 $ 660 Alocação dos custos aos produtos (Fase III) A $ 200 B $ 350 C $ 650 Distribuição secundária Alocação dos custos aos centros diretos (Fase II) A B $ 350 C $ 650 $ 50 $ 210 $ 150 $ 130 $ 140 $ 520 Centro indireto ▪ 1ª - Separação dos custos em itens; ▪ 2ª - Divisão da empresa em centros de custos; ▪ 3ª - Identificação dos custos com os centros (distribuição primária); ▪ 4ª - Distribuição dos custos dos centros indiretos até os diretos (distribuição secundária); ▪ 5ª - Distribuição dos custos diretos aos produtos (distribuição final). ETAPAS DO MÉTODO ▪ A empresa DR aplica o método dos centros de custos para o cálculo e controle de seus custos de transformação, sendo dividida em quatro centros: administração geral, manutenção, usinagem e montagem. A administração é um centro muito amplo, pois realiza um número muito grande de atividades distintas, mas o trabalho principal está relacionado com a administração de pessoal. A manutenção trabalha basicamente para manter os equipamentos da usinagem e da montagem, sendo que pode efetuar até 200 horas de manutenção por mês. A usinagem está relacionada com a fabricação dos itens que serão montados na montagem, sendo que ambos os centros também têm capacidade de 200 horas por mês. Os itens de custos estão separados em salários, energia elétrica, depreciação e materiais de consumo. No mês de julho, os custos de transformação totalizaram $ 8.500, sendo divididos da seguinte forma: EXEMPLO ▪ Salários: $ 5.000,00 ▪ Materiais de consumo: $ 2.000,00 ▪ Depreciação: $ 1.000,00 ▪ Energia elétrica: $ 500,00 ▪ A empresa fabrica dois produtos (P1 e P2), os quais passam pela usinagem e pela montagem com os seguintes tempos padrões: EXEMPLO Produto Tempo usinagem (h/un) Tempo montagem (h/un) P1 P2 0,9 0,1 0,1 1,4 ▪ Em julho, o banco de dados da empresa DR apresentou os valores: ▪ Calcular os custos dos centros da empresa DR e, usando custeio integral, os custos de transformação dos produtos em julho. EXEMPLO Dados Centros de custos Administração Manutenção Usinagem Montagem Potência instalada (HP) Valor equipamentos ($) Materiais requisitados ($) Salários ($) Nº de empregados Tempo de manutenção (h) Produção P1 (un) Produção P2 (un) 5 800 200 2.500 5 - - - 10 7.200 450 500 5 - - - 30 8.000 500 1.500 15 108 200 100 5 - 850 500 30 12 200 100 ▪ Distribuições primária e secundária da empresa DR em julho: RESOLUÇÃO Item de custos Valor ($) Bases de rateio Adminis- tração Manu- tenção Usinagem Montagem Salários Energia Elétrica Depreciação Material de consumo 5.000 500 1.000 2.000 Direto Potência Valor Requisições 2.500 50 50 200 500 100 450 450 1.500 300 500 500 500 50 - 850 2.800 1.500 2.800 1.400 280 840 1.680 1,780 3.640 3.080 1.602 178 5.242 3.258 Nº de empregados Tempo de manutenção ▪ A unidade de trabalho dos dois centros diretos é o tempo. Tomando-se os tempos unitários dos produtos nos centros e os volumes produzidos, tem-se que: o Usinagem: (0,9h/un x 200un + 0,1h/un x 100un) = 190h o Montagem: (0,1h/un x 200un + 1,4h/un x 100un) = 160h ▪ Custos dos produtos da empresa DR em julho: RESOLUÇÃO Centro Usinagem Montagem Custo total ($) Produção equivalente (h) Custo unitário ($/h) 5.242,00 190 27,59 3.258,00 160 20,36 Custos unitários dos centros diretos Produto Usinagem Montagem Custo unitário P1 P2 24,83 2,76 2,04 28,51 26,87 31,27 Custos unitários dos produtos $ 27,59/h x 0,9 h/un $ 27,59/h x 0,1 h/un $ 20,36/h x 1,4 h/un$ 20,36/h x 0,1 h/un ▪ Origem americana (anos 80); ▪ Desenvolvido pela academia (HARVARD), atendendo demanda do meio empresarial; ▪ Causa: os sistemas tradicionais de alocação de custos não atendiam mais a realidade das empresas (crescimento dos custos indiretos de fabricação - CIF), para fins de gerenciamento; ▪ Objetivo: desenvolver uma sistemática de alocação de custos que permitisse avaliar a eficiência (valor agregado) das atividades que consumiam os recursos e geravam os CIF. CUSTEIO BASEADO EM ATIVIDADES ▪ Seccionar a empresa em atividades; ▪ Calcular o custo de cada atividade; ▪ Compreender o comportamento dessas atividades; ▪ Identificar as causas dos custos; ▪ Alocar os custos aos produtos de acordo com as intensidades de uso. PROCEDIMENTO DO ABC CONCEPÇÃO DO ABC Recursos Atividades/Processos Produtos/Serviços CONSOMEM USAM Custos Atividades/Processos Produtos/Serviços CUSTEIO DO PROCESSO CUSTEIO DOS PRODUTOS (Direcionadores de Custos Primários) (Direcionadores de Custos Secundários) 1. Mapeamento das atividades; 2. Distribuição dos custos às atividades; 3. Distribuição dos custos das atividades indiretas até as diretas; 4. Distribuição dos custos aos produtos. ETAPAS DO ABC ▪ Sistema de dois estágios. o Inexistência de atividades de apoio. ▪ Sistema de múltiplos estágios. o Existência de atividades de apoio (indiretas). DISTRIBUIÇÃO SECUNDÁRIA DOIS ESTÁGIOS C U S T O A 1 A 2 A 3 A n P 1 P 2 P k A: atividade P: produto MÚLTIPLOS ESTÁGIOS C U S T O AI 1 AI 2 AI 3 AI n P 1 P 2 P k AI: atividade indireta AD: atividade direta P: produto AD 1 AD 2 ▪ A empresa RKAB S.A. possui apenas um departamento produtivo. São utilizadas duas matérias-primas (M1 e M2) e fabricados três produtos (P1, P2 e P3). Os produtos P1 e P3 empregam 1 unidade de matéria-prima M1, ao passo que o produto P2 usa 1 unidade de matéria-prima M2. Todas as matérias-primas custam $ 10,00 por unidade. As matérias-primas M1 e M2 foram recebidas em lotes de 200 e 20 unidades, respectivamente, o que totalizou 51 e 10 lotes. A produção de P1 dá-se em lotes de 200 unidades, enquanto P2 e P3 são fabricados em conjuntos de 20 unidades. A Tabela 1 apresenta mais dados relacionados a um período genérico, com informações típicas do método dos centros de custos. EXEMPLO ▪ Observe que os produtos são idênticos no que se refere aos custos diretos (MP e MOD), diferindo apenas na quantidade produzida. EXEMPLO P1 P2 P3 TOTAL Produção e vendas (ton.) 10.000 200 200 10.400 Custo de MP 10,00 10,00 10,00 104.000,00 Horas de MOD (h/un.) 0,6 0,6 0,6 6.240 Custo de MOD ($/un.) 6,00 6,00 6,00 62.400,00 Horas-máquinas (h/un.) 0,5 0,5 0,5 5.200 CIF ($) 223.400,00 Tabela 1 – Exemplo fictício sobre a produção e custos da empresa RKAB S.A. ▪ O ABC exigeum detalhamento dos CIF e o levantamento de algumas informações relacionadas aos direcionadores, o que é feito na Tabela 2. RESOLUÇÃO P1 P2 P3 TOTAL Nº de lotes produzidos 50 10 10 70 Nº de ordens de produção 16 2 2 20 Lotes M1 recebidos 50 10 1 61 CIF 223.400,00 Recebimento de materiais 54.900,00 Movimentação de materiais 17.500,00 Preparação de máquinas 7.000,00 PCP 40.000,00 Operação do equipamento 104.000,00 Tabela 2 – Detalhamento dos CIF e outras informações ▪ Os custos das atividades são distribuídas aos produtos por meio de direcionadores de custos. As bases utilizadas serão: o Nº de lotes de MP recebida para recebimento de materiais; o Nº de lotes processados na produção para movimentação de materiais e preparação de maquinas; o Nº de ordens de produção para PCP; o Horas-máquina para a operação do equipamento. RESOLUÇÃO ▪ O custo de transação de cada uma das atividades é: o RECEBIMENTO = 54.900/61 = $ 900,00 por lote recebido o MOVIMENTAÇÃO = 17.500/70 = $ 250,00 por lote processado o PREPARAÇÃO MAQ. = 7.000/70 = $ 100,00 por lote processado o PCP = 40.000/20 = $ 2.000,00 por ordem de produção o OPERAÇÃO = 104.000/5.200 = $ 20,00 por hora-máquina ▪ Os CIF alocados aos produtos são: o CIFP1 = (50x900+50x250+50x100+16x2.000)/10.000+0,5x20 = $ 19,45 RESOLUÇÃO COMPARAÇÃO DE RESULTADOS Tabela 3 – Resultado do ABC e sistema tradicional P1 P2 P3 Sistema tradicional $ 37,48 $ 37,48 $ 37,48 ABC $ 35,45 $ 108,50 $ 68,00 NOS VEMOS NA PRÓXIMA AULA! OBRIGADO!!! Slide 1 Slide 2 Slide 3 Slide 4 Slide 5 Slide 6 Slide 7 Slide 8 Slide 9 Slide 10 Slide 11 Slide 12 Slide 13 Slide 14 Slide 15 Slide 16 Slide 17 Slide 18 Slide 19 Slide 20 Slide 21 Slide 22 Slide 23 Slide 24 Slide 25 Slide 26 Slide 27 Slide 28 Slide 29 Slide 30 Slide 31 Slide 32 Slide 33 Slide 34 Slide 35 Slide 36 Slide 37 Slide 38 Slide 39 Slide 40 Slide 41 Slide 42 Slide 43 Slide 44 Slide 45 Slide 46 Slide 47 Slide 48 Slide 49 Slide 50 Slide 51 Slide 52 Slide 53 Slide 54 Slide 55 Slide 56 Slide 57 Slide 58 Slide 59 Slide 60 Slide 61 Slide 62 Slide 63 Slide 64 Slide 65 Slide 66 Slide 67 Slide 68 Slide 69
Compartilhar