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SUS - princípios e diretrizes, atributos APS, níveis de atenção.

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SUS (SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE) 
 
 
 
SUS 
Em 1988, por ocasião da promulgação da Constituição 
da República Federativa do Brasil, foi instituído no país 
o Sistema Único de Saúde (SUS), que passou a oferecer 
a todo cidadão brasileiro acesso integral, universal e 
gratuito a serviços de saúde. 
→ O SUS realiza desde atendimentos primários até 
procedimentos complexos. 
→ Oferece atendimento de emergência para pessoas 
que sofrem acidentes pelo Serviço de Atendimento 
Móvel de Urgência (SAMU). 
→ O sistema de saúde brasileiro também 
fornece vacinas e medicamentos gratuitamente 
para pessoas com diversas doenças. 
→ Financia pesquisas na área de epidemiologia. 
→ Fiscaliza a qualidade dos alimentos oferecidos em 
estabelecimentos comerciais por meio da Agência 
Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). 
 
PRINCÍPIOS E DIRETRIZES DO SUS: 
A Constituição Federal estabeleceu princípios básicos 
para orientar o sistema jurídico em relação ao SUS. 
Esses princípios e diretrizes podem ser separados em 
doutrinários ou organizacionais, de acordo com sua 
função. 
Princípios Doutrinários: (idealização) 
Os doutrinários são: Universalidade, Integralidade e 
Equidade. Entenda cada um deles. 
 
Universalidade: 
Entende a saúde como um 
direito de todos (universal) e 
dever do Estado. 
 
 
Integralidade: 
Atribui ao Estado o dever de 
dar “atendimento integral”. 
 
Integralidade: da 
prevenção ao 
tratamento 
Para garantir a integralidade, o 
Estado precisa estabelecer um 
conjunto de ações desde a 
prevenção até a medicina 
curativa. 
 
 
Equidade: 
O Estado deve garantir a todos 
os cidadãos brasileiros o 
direito à saúde de forma igual. 
Devido a desigualdades sociais 
e também regionais, o Estado 
deve tratar desigualmente os 
desiguais, com maior 
investimento e esforço em 
áreas mais necessitadas. 
 
 
 
Princípios Organizacionais: 
Os princípios organizacionais representam sua forma de 
organização e operacionalização. Assim, são eles que 
definem as estratégias e os meios para que os valores 
fundamentais do SUS se concretizem. 
 
 
Regionalização e 
Hierarquização: 
Os serviços devem ser 
organizados por níveis de 
complexidade, e focando 
na localização e área 
geográfica. 
 
 
 
Descentralização: 
Foca na redistribuição de 
poder e responsabilidade 
entre os três níveis de 
governo (federal, 
estadual e municipal). 
Desse modo, se entende 
que o SUS está presente 
na União, nos Estados, no 
Distrito Federal e 
também nos municípios. 
E cada um desses níveis 
se responsabiliza pelo 
que é de sua alçada. 
 
 
Participação Social: 
Garantia a população de 
que ela pode participar 
dos processos 
relacionados ao sistema. 
A participação também 
pode ocorrer através de 
conferências de saúde 
que ocorrem a cada 
quatro anos. 
 
NÍVEIS DE ATENÇÃO DO SUS 
Níveis de atenção do SUS: atenção primária, atenção 
secundária e terciária. 
Eles são usados para organizar os tratamentos e serviços 
oferecidos pelo SUS, com o objetivo de proteger, 
restaurar e manter a saúde dos cidadãos, com 
equidade, qualidade e resolutividade. 
É na atenção primária à saúde (APS), porta preferencial 
de entrada do usuário no SUS, onde a maioria dos 
problemas de saúde podem ser resolvidos ou 
encaminhados para tratamento na rede de atenção 
especializada (níveis secundário e terciário), se for o 
caso. 
 
Atenção Primária: 
• As Unidades Básicas de Saúde (UBS), conhecidos 
em muitos locais como postos de saúde, realizam 
ações e atendimentos voltados à prevenção e 
promoção à saúde. 
• Nas UBS é possível fazer exames e consultas de 
rotina com equipes multiprofissionais e 
profissionais especializados em saúde da família, 
que trabalham para garantir atenção integral à 
saúde no território. 
• Na APS, as equipes profissionais estão divididas da 
seguinte maneira: Saúde da Família, Saúde da 
Família Ribeirinhas, Prisionais (316), Consultório na 
Rua, Atenção Primária, Saúde Bucal, dentre outras 
estratégias. Atualmente, são 48.161 UBS 
espalhadas por todo o Brasil. 
 
Atenção Secundária (média complexidade): 
• A média complexidade é composta por serviços 
especializados encontrados em hospitais e 
ambulatórios e envolve atendimento direcionado 
para áreas como pediatria, ortopedia, cardiologia, 
oncologia, neurologia, psiquiatria, ginecologia, 
oftalmologia entre outras especialidades médicas. 
• As Unidades de Pronto Atendimento (UPA 24h) e 
SAMU se encaixam aqui e concentram os 
atendimentos de saúde de complexidade 
intermediária. 
• Policlínicas, hospitais e centros de atendimento 
com equipamentos para exames mais avançados, 
como ecocardiogramas e endoscopias, também 
integram a média complexidade da atenção 
especializada. 
 
Atenção Terciária (alta complexidade): 
• Hospitais gerais de grande porte, hospitais 
universitários, Santas Casas e unidades de ensino e 
pesquisa fazem parte do nível de alta complexidade 
da atenção especializada. 
• São locais com leitos de UTI, centros cirúrgicos 
grandes e complexos. Também envolve 
procedimentos que demandam tecnologia de ponta 
e custos maiores, como os oncológicos, 
cardiovasculares, transplantes e partos de alto 
risco. 
 
NÍVEIS DE PREVENÇÃO DO SUS 
Prevenção Primária: (PREVENÇÃO) 
• A prevenção primária é marcada por ações focadas 
em impedir a ocorrência das doenças antes que elas 
se desenvolvam no organismo dos pacientes. 
• Os programas de vacinação e imunização de 
doenças transmissíveis, por exemplo, são exemplos 
importantes de ações de prevenção primária. 
• Também fazem parte desse nível de prevenção 
ações de incentivo à educação alimentar, prática de 
atividade física e campanhas educativas, por 
exemplo, contra uso de cigarro ou bebidas 
alcoólicas. 
 
Prevenção Secundária: 
• Rastreamento/ screnning (mamografia, PSA, 
colonoscopia, aferição da PA) – paciente tem risco 
para desenvolver a doença, necessidade de fazer o 
diagnóstico precoce. 
• A prevenção secundária é essencial, uma vez que 
o diagnóstico precoce é fundamental para o êxito 
de tratamentos de várias doenças, muitas delas, 
fatais. 
• Esse nível de prevenção busca identificar e 
confirmar o diagnóstico e impedir que a 
enfermidade avance ou tenha seu quadro piorado. 
Em caso de doenças infecciosas, é fundamental, 
pois pode reduzir sua disseminação. 
 
Prevenção Terciária: 
• Esse nível de atenção é a evolução do nível anterior. 
Nessa fase, o quadro patológico do paciente já 
evoluiu e a proposta é reduzir complicações ou 
agravos no quadro do indivíduo. 
• Podemos definir a prevenção terciária, portanto, 
como o conjunto de ações que objetivam reduzir a 
incapacidade do paciente, de forma a permitir sua 
rápida e melhor reintegração na sociedade. 
• Resumindo: reabilitar o indivíduo sequelado. 
 
Prevenção Quaternária: 
• Esse nível de prevenção é demandado com quando 
o paciente já está com a doença em estágio mais 
avançado. 
• Nesse sentido, podemos definir a prevenção 
quaternária como sendo o conjunto de ações 
realizadas com o objetivo de evitar danos 
relacionados a intervenções médicas e de outros 
profissionais de saúde. 
• É o caso, por exemplo, quando o tratamento é 
considerado pior do que a doença. A proposta aqui 
é, principalmente, prevenir o que chamamos 
de hipermedicalização do cuidado, que nada mais é 
do que o uso excessivo de medicamentos. 
• Além disso, é objetivo da prevenção quaternária 
evitar intervenções invasivas desnecessárias, como 
cirurgias ou exames, assim como fortalecer a 
política de redução de danos junto ao paciente. 
 
ATRIBUTOS DO SUS // APS 
Definidos por Barbara Starfield, os atributos orientam a 
organização do sistema em todo o mundo. Ou seja: a 
atenção primária do Brasil terá o mesmo conceito e 
objetivo de uma atenção primária em outro país, 
respeitando uma série de característica (ou atributos).Acesso: 
 
A UBS deve ser a 
porta de entrada 
do paciente no SUS 
Acesso é a porta de entrada ou 
o primeiro contato do 
indivíduo com o sistema de 
saúde. 
Para que funcione, ele precisa 
ser de fácil acesso e 
disponível. 
 
 
Longitudinalidade: 
 
A longitudinalidade assegura a 
atenção básica ao longo do 
tempo. Ou seja: o paciente 
pode ir e retornar quantas 
vezes forem necessárias (ao 
longo da vida), possibilitando 
um cuidado personalizado e 
completo. 
 
 
 
Integralidade: 
 
Prevenção e 
reabilitação 
Prestação pela equipe de 
saúde de um conjunto de 
serviços que atendam às 
necessidades da população 
nos campos da promoção, da 
prevenção, da cura, do 
cuidado, da reabilitação e da 
paliação. 
E a responsabilização pela 
oferta de serviços em outros 
pontos de atenção à saúde. 
 
Coordenação do 
cuidado: 
 
Encaminhar o 
paciente para o 
Capacidade de garantir a 
continuidade da atenção, por 
meio das equipes de saúde, 
com o reconhecimento dos 
cuidado de outros 
profissionais. 
 
problemas que requerem 
seguimento constante. 
 
RELATÓRIO DAWSON 
MODELO FLEXINERIANO (AMERICANO): 
• Favorece os tratamentos com base na cura de 
sintomas ou da doença, com intenso uso de 
medicamentos industrializados. 
• A utilização indiscriminada de medicamentos 
industrializados, bem como a adoção de 
procedimentos médicos de média e alta 
complexidade tecnológica, passaram a predominar. 
• Os custos altos dos tratamentos significavam lucro 
para a indústria e estava acessível a poucos. No fim 
das contas, a medicina científica se estabelecia 
como uma estratégia de lucratividade, nunca de 
promoção de saúde. 
Resumo: 
o Modelo curativo. 
o Atenção individual. 
o Medicina com foco na doença. 
o Uso indiscriminado de tecnologia. 
o Baixa resolutividade. 
 
RELATÓRIO DAWSON: 
• O Relatório Dawson, publicado em 1920, foi o 
marco da ideia de APS como forma de organização 
dos sistemas nacionais de saúde, no qual se propôs 
a reestruturação do modelo de atenção à saúde na 
Inglaterra em serviços organizados segundo os 
níveis de complexidade e os custos do tratamento. 
• Centros de saúde primários deveriam resolver a 
maior parte dos problemas de saúde da população 
e funcionar como a porta de entrada e núcleo do 
sistema, de forma vinculada e com o suporte de 
centros de saúde secundários e hospitais de ensino. 
Resumo: 
o Preventivo 
o Integralidade do individuo 
o Atenção familiar e comunitária 
o Medicina centrada na pessoa 
o Baixa densidade de recursos 
o Alta resolutividade. 
DECLARAÇÃO ALMA-ATA 
• A Declaração de Alma-Ata foi adotada em setembro 
de 1978, na Conferência Internacional 
sobre Cuidados Primários de Saúde, realizada 
pela Organização Mundial da Saúde (OMS) 
em Alma-Ata (atual Almati), na República Socialista 
Soviética do Cazaquistão. 
• A Declaração de Alma-Ata se compõe 10 itens que 
enfatizam a Atenção primária à saúde (Cuidados de 
Saúde Primários), salientando a necessidade de 
atenção especial aos países em desenvolvimento 
para promover a saúde de todos os povos do 
mundo. 
• Tem sido considerada como a primeira declaração 
internacional que despertou e enfatizou a 
importância da atenção primária em saúde, desde 
então defendida pela OMS como a chave para uma 
promoção de saúde de caráter universal. 
• Os primeiros itens da declaração reafirmam a 
definição de saúde defendida pela OMS, como o 
“completo bem-estar físico, mental e social, e não 
simplesmente a ausência de doença ou 
enfermidade”, e a defendem como direito 
fundamental e como a principal meta social de 
todos os governos. 
 
 
CARTA DE OTAWWA 
• A Carta de Ottawa é um documento apresentado na 
Primeira Conferência Internacional sobre Promoção 
da Saúde, realizado em Ottawa, Canadá, em 
novembro de 1986. 
• A Carta de Ottawa defende a promoção da saúde 
como fator fundamental de melhoria da qualidade 
de vida, assim como defende a capacitação 
da comunidade nesse processo, salientando que tal 
promoção não é responsabilidade exclusiva do 
setor da saúde, mas é responsabilidade de todos, 
em direção ao bem-estar global. 
• Características: 
o Discute o futuro da saúde pública e 
introduz o conceito de promoção à saúde. 
o Estabelece políticas saudáveis. 
o Reforça a ação comunitária. 
o Reorienta os serviços de saúde.

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