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FRATURA DOS OSSOS PRÓPRIOS DO NARIZ (OPN) Discentes(a): Edilaine, Grasieli, Lucas Silva, Larissa Silva, Larissa Cunha. Docente: Rafael pacheco OBJETIVOS Compreender o que é fratura dos ossos próprios do nariz; Anatomia e classificação do osso nasal; Diagnostico Tipos de tratamento e indicações; Manejo cirúrgico e complicações; Quais os matérias e instrumentos necessários. INTRODUÇÃO As fraturas nasais são as fraturas mais frequentes em face, esse fato ocorre devido a proeminência dos ossos próprios do nariz (OPN) em relação a face, que faz com que eles possam receber o primeiro impacto frente a um trauma. https://www.thomasbenson.com.br/2020/07/17/fratura-no-nariz-tudo-sobre/ SANTOS, G. M. DOS et al, 2017. https://www.thomasbenson.com.br/2020/07/17/-no-nariz-tudo-sobre/ As principais causas de fratura dos ossos nasais são: INTRODUÇÃO Atividades esportivas Agressões físicas Acidentes motociclísticos e automobilísticos https://www.vilapavao.es.gov.br/noticia/ler/9633/-covid-19-prefeitura-libera-atividades-esportivas-a- partir-do-dia-22-de-setembro https://www.metropoles.com/violencia-contra-a-mulher/pais-registra- uma-agressao-a-mulher-a-cada-4-minutos-segundo-pesquisa https://www.autoescolaonline.net/acidente-entre-carro-e-moto- e-atropelamento-mito-ou-verdade/ https://www.pavao.es.gov.br/noticia/ler/9633/-covid-19-prefeitura-libera-atividades-esportivas-a-partir-do-dia-22-de-setembro https://www.metro.com/violencia-contra-a-mulher/pais-registra-uma-agressao-a-mulher-a-cada-4-minutos-segundo-pesquisa https://www.escolaonline.net/acidente-entre-carro-e-moto-e-atropelamento-mito-ou-verdade/ ANATOMIA PRADO, 2018. Osso nasal Processo frontal da maxila Cartilagem lateral Cartilagem septal Cartilagem acessória Cartilagem alar maior Cartilagem alar menor ANATOMIA Cartilagem acessória Osso nasal Processo frontal da maxila PRADO, 2018. Cartilagem septal Cartiilagem lateral Ápice nasal Cartilagem alar maior Cartilagem alar menor CLASSIFICAÇÃO As fraturas nasais podem ser classificadas em 5 tipos, segundo os autores Rohrich e Adams (2000). Tipo 1: Fratura unilateral simples; Tipo 2: Fratura bilateral; Tipo 3: Fraturas cominutivas; Tipo 4: Lesão septal associada; Tipo 5: Fraturas naso-orbitoetimoidais. CLASSIFICAÇÃO Fratura cominutiva Lesão septal associada Fratura naso-orbitoetimoidal https://www.istockphoto.com/br/foto/fratura-nasal-cominutiva-gm1135951548- 302375404 https://www.dradaniellyandrade.com/post/desvio-de-septo-nasal https://www.isto.com/br/foto/fratura-nasal-cominutiva-gm1135951548-302375404 https://www.daniellyandrade.com/post/desvio-de-septo-nasal DIAGNOSTICO Perguntar ao paciente ou familiar historias de traumatismo nasais anteriores e cirurgias nasais previas; Mudança na aparência nasal ou obstrução nasal; Desvio de septo Natureza e características do trauma (etiologia, direção e intensidade); Hemorragia nasal; Dor; Edema. História do trauma: PRADO, 2018. DIAGNOSTICO Inspeção inicial logo após o trauma; Palpação da região traumatizada com cautela (examinar se há desvio nasal e de septo, deformidades e crepitação); Mau posicionamento das estruturas nasais; Mobilidades dos fragmentos e sensibilidade. Exame clinico: PRADO, 2018. PRADO, 2018. Exame clinico Palpação do nariz Verificação da aeração nasal DIAGNOSTICO Exames de imagens: Incidência de Caldwell (frontonaso); Incidência de Waters (mentonaso); incidência de perfil; Tomografia computadorizada incidência de Caldwell (frontonaso) incidência de Waters (mentonaso) https://www.clariceabreu.com.br/atuacao/cirurgia-craniomaxilofacial/fraturas- da-face/fratura-de-nariz/ https://www.ceabreu.com.br/atuacao/cirurgia-craniomaxilofacial/fraturas-da-face/fratura-de-nariz/ https://www.ceabreu.com.br/atuacao/cirurgia-craniomaxilofacial/fraturas-da-face/fratura-de-nariz/ Exames de imagens Radiografia lateral do nariz evidenciando fratura Corte axial de tomografia evidenciando fratura Tomografia com reconstrução em 3D evidenciando fratura PRADO, 2018. Sinais e Sintomas Edema nasal e das pálpebras; Equimose periorbital; Hemorragia subconjutival; Hematoma nasal ou submucoso do septo Contusões e lacerações da pele e/ou da mucosa nasal; Deformação da pirâmide nasal; Deslocamento total do nariz para a linha média; Alteração do contorno das paredes laterais; Selamento do dorso nasal e alargamento da base do nariz; Elevação da ponta nasal com evidenciação exacerbada das narinas; Contusão ou descoloração do lábio superior ou da columela. PRADO, 2018. Sinais PRADO, 2018. Edema nasal e da pálpebra, equimose periorbital, contusão e laceração do dorso nasal Selamento do dorso nasal, alargamento da base do nariz e laceração extensa no dorso nasal TIPOS DE TRATAMENTO Redução fechada (conservadora ou não cirúrgica) Redução aberta (cirúrgica) Realizada sem a necessidade de fazer uma incisão na pele sobre a fratura. É mais comumente utilizada em fraturas estáveis, onde os fragmentos ósseos podem ser realinhados sem a necessidade de intervenção cirúrgica. Envolve a realização de uma incisão na pele sobre a área da fratura. Permite acessar diretamente o local da fratura, visualizar os fragmentos ósseos e manipulá-los para realinhá-los corretamente. Indicações de tratamento Redução fechada • Fraturas unilateral ou bilateral de ossos nasais • Fratura com desvio menor que a metade da profundidade da ponte nasal Redução aberta • Fratura-desvio extensa do osso nasal e septo • Desvio da pirâmide nasal excedendo metade da profundidade da ponte nasal • Fratura-desvio do septo caudal • Fraturas septais abertas • Deformidade persistente após redução fechada • Deformidade combinada do septo nasal e da cartilagem alar • Deslocamento da espinha nasal anterior e história de cirurgia nasal recente. GERAIS, A. Trauma maxilo-facial Elevador de Goldmans MATERIAS e INSTRUMENTOS Fórceps de Asch Fórceps de walsham Fio de sutura linho 0 ou 2-0 Pinça baioneta Pomada antibiotica Fita micropore Elevador de boies Elevador de Freers TRATAMENTO Redução aberta Anestesia; incisão externa na columela (pele que separa as duas narinas); Acesso a estrutura nasal; Realinhamento e fixação (placas e parafusos); Reconstrução do nariz (correção das deformidades); Sutura e curativo Recomendações pós cirúrgicas. 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. TRATAMENTO Redução aberta - Redução aberta sob anestesia geral e exame tomográfico pós-operatório Acompanhamento pós-operatório A-B: Acompanhamento após 7 dias RICARDO, L. et al, 2022. C-D: Acompanhamento pós-operatório de 4 meses TRATAMENTO Redução fechada Anestesia local; incisão interno (através das narinas, não havendo necessidade de incisões externas); Manipulação dos ossos (realinhamento do nariz utilizando instrumentos); Estabilização (splints ou tampões nasais internos para manter os ossos no lugar); Tamponamento com gaze e curativo; Recomendações pós cirúrgicas. 1. 2. 3. 4. 5. 6. TRATAMENTO Redução do ramo montante: processo frontal da maxila Redução do septo nasal Tamponamento nasal anterior Curativo pós-operatório Redução fechada PRADO, 2018. Fórceps de Asch TRATAMENTO Pode ser realizado tanto por anestesia local como por anestesia geral. Em crianças o tratamento é semelhante ao do adulto. Mesmo em fraturas nasais simples devem ser tratados sob anestesia geral e intubação orotraqueal. O acesso coronal é uma opção em casos de fraturas associadas em região de terço superior da face. (Fratura naso-orbitoetimoidal). O melhor momento para o tratamento é nas trés primeira horas. Lesões septais e nasais devem ser operadas em até 14 dias, para que seja viavel a redução fechada. PRADO, 2018. ZENATTI, R. et al, 2022. COMPLICAÇÕES Obstrução nasal crônica; desvio de septo e de pirâmide nasal; Hematoma septal; Infecção local; Epistaxe; Rinoliquorréia. ANDRADE MG, ET AL. DISCUSSÃO O tratamento dessas fraturas ainda é um pouco controverso entre os cirurgiões. Pode ser realizado tanto por anestesia localcomo por anestesia geral. As fraturas com desvios pequenos, sem alterações de septo nasal, normalmente são tratadas de forma fechada, sob anestesia local, por apresentarem vantagens, como segurança, praticidade e baixo custo. Mas essa modalidade de tratamento proporciona ao paciente um enorme desconforto durante o processo de anestesia. A literatura aponta que a redução sob anestesia geral é indicada para melhor controle dinâmico do paciente, controle volêmico da pressão arterial, da ansiedade, controle da dor e dos débitos cardiorrespiratórios, e, com isso, melhor conforto ao paciente, além de oferecer maior segurança ao cirurgião. CASO CLINICO Paciente de 30 anos, sexo masculino, leucoderma, vítima de agressão física, admitido na Santa Casa de Araçatuba relatando sangramento nasal abundante, dificuldade respiratória e dor em face. Ao exame clínico notou-se rinoescoliose significativa á direita e impermeabilidade das vias aéreas (Figura 1), Já no exame de imagem por tomografia computadorizada observou fratura OPN cominuta em conjunto com o desvio de septo nasal (Figura 1), Classificada segundo Rohrich, Adams como tipo 4 por apresentar lesão septal associada. Pelas condições apresentadas no exame clínico e de imagem, foi proposto tratamento cirúrgico fechado sob anestesia geral e intubação orotraqueal. A primeira tentativa foi realizada com reposição dos fragmentos por meio do auxílio de um elevador, seguida do tamponamento por 72 horas para sustentação e suporte, porém o paciente ainda permaneceu com queixas estéticas e funcionais, Após 7 dias em retorno ambulatorial (Figura 2). Uma segunda tentativa foi relizada sob anestesia geral e intubação orotraqueal, com redução da fratura e do desvio de septo com uso do fórceps de Asch, seguido do tamponamento por 72 horas. No pós-operatório de 15 dias foi possível notar um resultado satisfatório funcional com patência das vias aéreas e também satisfatório clinico e funcional, com ausência de queixa estética do paciente (Figura 3). CASO CLINICO Figura 1: Pré-operatório. Exame clínico nota-se rinoescoliose à direita e exame de imagem com tomografia computadorizada em reconstrução 3D e corte axial evidenciando fratura OPN com envolvimento de septo nasal. Figura 2: Pós-operatório de 7 dias após a primeira tentativa de redução, com tomografia computadorizada em corte axial e exame clínico do paciente, o qual ainda permanecia com queixa estética e funcional. SANTOS, G. M. DOS et al, 2017. CASO CLINICO Figura 3: Pós-operatório de 15 dias após a segunda tentativa de redução, e imagem do paciente antes do trauma onde é possível notar uma rinoescoliose a direta prévia, tomografia computadorizada evidenciando o correto posicionamento dos ossos próprios nasais e do septo nasal após a segunda redução. SANTOS, G. M. DOS et al, 2017. CONSIDERAÇÕES FINAIS A anestesia geral promove melhor conforto ao paciente e, consequentemente, favorece o cirurgião a promover uma adequada técnica cirúrgica. O tratamento ideal da fratura nasal começa com a triagem pré- operatória e um bom diagnóstico, com auxílio de imagens tomográficas. É indispensável o conhecimento da anatomia e o planejamento pré- operatório, principalmente sobre a espera da redução do edema para o início do procedimento. REFERÊNCIAS PRADO, R. Cirurgia Bucomaxilofacial: diagnostico e tratamento. - 2. ed. - Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2018. Rev. Cir. Traumatol. Buco-Maxilo-Fac., Camaragibe v.19, n.1, p. 37-40, jan./mar. 2019 Brazilian Journal of Oral and Maxillofacial Surgery – BrJOMS Rev. cir. traumatol. buco-maxilo-fac. vol.10 no.2 Camaragibe Abr./Jun. 2010 SANTOS, G. M. DOS et al. Tratamento cirúrgico de fratura severa de ossos próprios do nariz: relato de caso. Archives of Health Investigation, v. 6, n. 4, 2017. ABREU, C. Fratura de Nariz. Disponível em: <https://www.clariceabreu.com.br/atuacao/cirurgia- craniomaxilofacial/fraturas-da-face/fratura-de-nariz/>. Acesso em: 29 maio. 2023. CUNHA, J. A. et al. Tratamento conservador de fratura nasal com fórceps de ASCH: relato de caso: Conservative treatment of nasal fracture with ASCH forceps: case report. Brazilian Journal of Health Review, v. 5, n. 5, p. 21048–21058, 2022. GERAIS, A. Trauma maxilo-facial. Disponível em: <https://forl.org.br/Content/pdf/seminarios/seminario_46.pdf>. Acesso em: 6 jun. 2023. RICARDO, L. et al. Artigo Clínico. Disponível em: <https://www.revistacirurgiabmf.com/2022/03/Artigos/05ACReducaoabertadefraturanasal.pdf>. Acesso em: 6 jun. 2023. ZENATTI, R. et al. Tratamento de fratura dos ossos próprios do nariz sob anestesia local com a técnica da redução fechada: relato de caso / Treatment of nose bone fracture under local anesthesia with closed reduction technique: case report. Brazilian Journal of Health Review, v. 5, n. 1, p. 3215–3224, 2022. https://www.google.com/search?rlz=1C1GCEA_enBR1001BR1001&sxsrf=AJOqlzVYO9U1z4_IbTgkJU5neS6mwTICsg:1678490611503&q=REFER%C3%8ANCIAS&spell=1&sa=X&ved=2ahUKEwjO_KDlwNL9AhW7D7kGHfGYBHoQkeECKAB6BAgIEAE