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Bioquímica (PROVA 2) Louys Henrique A. Prado Prova dia 06/01/2023 Matérias: ➔ Metabolismo Celular ➔ Princípios: Anabolismo e catabolismo / Vias metabólicas ➔ Metabolismo de carboidratos: Glicólise, vias de pentoses / Ciclo do ácido cítrico (Ciclo de Krebs) / Reações anapleróticas / Cadeia de transporte de elétrons / Fosfoliração oxidativa. ➔ Catabolismo de lipídios: Oxidação de ácidos graxos e corpos cetônicos. ➔ Catabolismo de aminoácidos: Aminoácidos essenciais e não-essenciais. / Reações de aminação e desaminação / Ciclo da ureia / Destino dos esqueletos carbônicos dos aminoácidos. / Catabolismo de purinas e pirimidinas: Degradação de purinas e pirimidinas / Metabolismo do ácido úrico. Tópico 01: Metabolismo – estrutura e conceitos básicos Introdução: ➔ Não-equilíbrio: o conceito químico de equilíbrio é quando a velocidade da reação direta é igual a velocidade da reação inversa. Mas o termo metabolismo para um ser vivo é definido em uma situação fora do ponto de equilíbrio, logo, o conjunto geral estará fora de equilíbrio. Então por exemplo em um sistema que transforma glicose em CO2 e água num processo de respiração celular que tem uma série de reações que vão participar dessa transformação, outro exemplo também seria a glicose sendo transformada em piruvato por uma reação e o piruvato sendo transformado em glicose por outra reação, logo, essa sequência de reações não estão em equilíbrio já que a transformação de glicose em piruvato é de uma forma e de piruvato em glicose é outra. ➔ Definição: o metabolismo como um todo pode ser colocado como um conjunto de reações que acontece em um sistema biológico. Vale ressaltar, que mesmo o animal em estado de repouso ele continuará em não estado de equilíbrio, só quando o animal morre que seu metabolismo entra em estado de equilíbrio. ➔ Estado estacionário: muda de um estado estacionário para outro, por exemplo o estado de repouso para o de ataque de um animal. Página 01: Metabolismo Página 07: Glicólise Página 17: Ciclo do ácido cítrico Página 25: Fosforilação oxidativa Página 35: Beta oxidação Página 46: Catabolismo de Amin.ac Página 55: Degradação de nucleot Página 60: exercícios Vias Metabólicas ➔ Definição ➔ Catabolismo / Anabolismo Catabólicas: nas vias catabólicas em que você tem uma diminuição do valor de energia livre (parte de uma molécula mais complexa por exemplo glicose e chega a uma molécula mais simples piruvato) você terá um processo catabólico. Anabólicas: nas vias anabólicas constroem moléculas complexas a partir de moléculas mais simples e tipicamente precisam de energia. ➔ Energia: é o ponto principal do metabolismo primário. Alguns exemplos é a locomoção do animal (locomoção muscular) utiliza a actina e miosina e essa movimentação precisa de energia que seria por exemplo ATP. ➔ Características • Linear / Cíclica: Linear pode partir de um composto A → B → C → D Cíclica pode transformar D em A Ex: A → B → C → D • Irreversíveis: Dizer que uma via metabólica é irreversível é dizer que pelo menos uma etapa dessa via é irreversível • Passo comprometido: a reação mais lenta é a que define a velocidade do processo todo • Controladas: tem mecanismo de controle da via como um todo. Pode acontecer por moduladores alostéricos pode acontecer por modificações covalentes, isso irá controlar a reação do processo em si. Logo, quando uma enzima é parada ela é o passo comprometido e se ela for ativada o processo da continuidade. • Localização específica: um dos mecanismos de controle que pode acontecer é o de localização, dependendo do local onde essa via metabólica aconteça o acesso do substrato a esse local pode limitar a reação. Por exemplo: vias metabólicas que ocorrem na matriz mitocondrial, se o substrato da primeira reação não for transportado para a matriz mitocondrial ou não for produzido lá dentro a via metabólica não poderá ocorrer por falta de substrato. Visão Geral ➔ Estágios ➔ Vias Irreversíveis • Termodinâmica e regulação • Ciclos fúteis: Se as duas vias estiverem ativas simultaneamente em uma célula, isso constituiria um “ciclo fútil” que gastaria energia. Portanto, para prevenir o gasto de energia de um ciclo fútil, Glicólise e Gliconeogênese são reciprocamente regulados. O controle inclui regulação alostérica reciproca por nucleotídeos de adenina. Mecanismos de Controle ➔ Hormônios: De forma geral, os hormônios são modificadores (moduladores) das reações enzimáticas do metabolismo, participando de funções específicas, tais como crescimento celular e tissular, regulação do metabolismo, regulação da frequência cardíaca e da pressão sanguínea, função renal, eritropoiese, motilidade do trato gastrointestinal, secreção de enzimas digestivas e de outros hormônios, lactação e atividade do sistema reprodutivo. ➔ Compartimentalização (divide os hormônios em compartimentos específicos) • Órgãos: existe alguns órgãos que conseguem sintetizar uma determinada via metabólica, visto que as enzimas dessa via só conseguem ser sintetizadas pelas células daquele órgão. • Organelas: por exemplo seria o catabolismo dos ácidos graxos que só acontecem na matriz mitocondrial. ➔ Regulação enzimática • Covalente: aumentar ou diminuir seu poder catalítico • Alostérica: se ligar a um componente de uma forma não covalente de fora do sítio catalítico e mudando o padrão de resposta dessa enzima, sendo assim, aumentando ou diminuindo o seu poder catalítico. Regulação Enzimática ➔ Modificações covalentes Fosforilase do Glicogênio Metabolismo Tópico 02: Glicólise – Metabolismo de carboidratos Introdução: ➔ Via catabólica central • Como a energia armazenada em moléculas como a glicose é usada para realizar trabalho biológico? Diferença de energia livre da transformação de glicose em piruvato vai ser utilizada para a transformação de ADP em ATP e esse ATP vai ser utilizado como intermediário comum, ele vai ser aproveitado em outras reações nas quais a transformação de ATP em ADP vai gerar uma diferença de energia livre novamente e essa diferença vai ser usada nos processos biológicos. • Única fonte em algumas células: A maioria das células conseguem utilizar glicose, mas também conseguem utilizar outras fontes por exemplo das células musculares que conseguem utilizar lipídeos como fonte de energia, mas nesse caso existe algumas células que conseguem USAR APENAS a glicose como fonte de energia um desses exemplos seria as hemácias, são células que dependem exclusivamente da glicose como fonte de energia. • Precursores para síntese: A glicose não sendo usada apenas como fonte de energia, mas também como fonte de precursores para vias anabólicas. Por exemplo será encontrado a glicose servindo de via anabólica para síntese de aminoácidos (por isso a glicose será caracterizada como via catabólica central, visto que ela interage com várias vias). ➔ A via • De glicose a piruvato • 2 fases, 10 etapas • Todos açúcares são isômeros D Visão Geral Visão geral ➔ Fase Preparatória • 2 fosforilações • Quebra de 1 hexose em 2 trioses • ATP é investido para formar compostos com maior energia livre de hidrólise ➔ Fase do Pagamento • Armazenamento da energia livre na forma de ATP • Eficiência > 60% na recuperação de energia • Apenas 5.2% da energia de oxidação da glicose foram liberados. O restante permanece nas moléculas de piruvato. ➔ Intermediários Fosforilados • Ionizados em pH 7 → carga negativa → não atravessam a membrana → contra o gradiente de concentração sem gasto de energia • Transferência para ADP • Ligação a Mg²+ e ao sítio catalítico das enzimas Enzimas ➔ Transferência de fosforil ➔ Mudança de posição do fosforil➔ Isomerização ➔ Clivagem aldol Reações Piruvato ➔ Respiração aeróbica ➔ Fermentação • Láctica • Alcoólica • Outros produtos (acetona, butanol) • Reposição do NAD+ • TPP; Vitamina B1 (tiamina) Vias de entrada ➔ Polissacarídios • Glicogênio Fosforilase: fosforólise Glicose-1-fosfato Fosfoglicomutase Enzima de transferência Duas atividades sucessivas ➔ Monossacarídios • Frutose Músculos e rim: frutose + ATP → frutose-6-fosfato + ADP (hexoquinase) Fígado: frutose + ATP → frutose-1-fosfato + ADP (frutoquinase) • Galactose Galactose → galactose-1-fosfato (galactoquinase) Regulação ➔ Situações diversas • Consumo • Oferta de O2 • Estado estacionário • Manutenção por ajustes em vias ➔ Etapas • Limitadas por substrato • Limitadas pela atividade enzimática Funcionam como válvulas Sem influência da ação das massas Etapa limitante Moduladores; mudança na conc. da enzima Regulação coordenada ➔ Músculo • Aplicação: fornecer ATP para contração • Fosforilase do glicogênio Adrenalina → AMPc → fosforila fosforilase quinase → fosforila fosforilase do glicogênio Regulação alostérica – rápida: ATP / AMP ➔ Fígado • Aplicação: manter o nível de glicose circulante constante • Fosforilase do glicogênio Mecanismo semelhante Ativado por glucagon (consequência de baixa glicose) Regulação alostérica: glicose expõe os sítios à desfosforilação ➔ 1Enzimas • Hexoquinase Inibição alostérica pelo produto Kᵐ baixo – em condições de glicemia normal, trabalha em Vᵐᵃˣ • Glicoquinase KM mais alto que a glicemia – responde a aumento de concentração Inibida por F6P, inibição anulada por F1P • Piruvato quinase Inibição alostérica por ATP, acetil-CoA e ácidos graxos • Fosfofrutoquinase-1 ATP ↓ afinidade por F6P Citrato ↑ efeito do ATP F2, 6bP, ADP, AMP estimulam Vias secundárias ➔ Produção de pentoses – fosfato e NADPH Ribose → síntese de nucleotídeos NADPH → síntese de ácidos graxos G6P + 2NADP+ → Ribose-5-P + 2NADPH + 2H⁺ 1 Tópico 03: Ciclo do Ácido Cítrico - (Ciclo de Krebs) Respiração ➔ Consumo de O2; liberação de CO2 ➔ Formação de acetil-CoA ➔ Oxidação do Acetil-CoA a CO2 Redução acoplada de NAD+ e FAD+ ➔ Oxidação de NADH e FADH2 Formação de ATP Conversão de Piruvato a Acetil-CoA ➔ Complexo piruvato-desidrogenese Piruvato Desidrogenase ➔ O Complexo • 3 enzimas ❖ Piruvato desidrogenase (E1) ❖ Dihidrolipoil transacetilase (E2) ❖ Dihidrolipoil desidrogenase (E3) • 5 coenzimas ❖ TPP tiamina pirofosfato ❖ FAD flavina adenina dinucleotídio ❖ Lipoato ❖ Coenzima A ❖ NAD ➔ O Complexo • Múltiplas cópias de cada enzima: E2 forma o centro do complexo (60 cópias) Grupos R de Lys de E2 ligam-se ao lipoato 12 cópias de E1 e 6 de E3 ligam-se à E2 • 5 reações C1 liberado como CO2, C2 liga-se à TPP Oxidação do ácido carboxílico e redução da ligação S-S do lipoil Transferência para CoA Transferência de elétrons para regenerar S-S Transferência de elétrons para regenerar FAD • Beriberi (deficiência de tiamina) Efeitos no SNC Níveis de piruvato no sangue Piruvato Desidrogenase ➔ O complexo em imagem Visão geral do processo como um todo: Visão Geral ➔ Intermediários Acetil-CoA + Oxaloacetato → Citrato 2C + 4C → 6C Liberação de CO2, respiração do oxaloacetato 4 oxidações → energia conservada nos cofatores reduzidos NADH e FADH2 Precursores para biossíntese de outras moléculas Reações + X CH3 C O S CoA C CH2C O - OC O - O O Succinil-CoA sintetase Reações Conservação de energia Fonte de Precursores Regulação ➔ Etapas regulatórias • Piruvato desidrogenase Ponto inicial • Citrato sintase Ponto de entrada para outras fontes • Isocitrato desidrogenase • α-cetoglutarato desidrogenase ➔ Mecanismos • Alostérica • Covalente Fosforilação inativa E1 no complexo piruvato desidrogenase. A quinase que tem esta ação é ativada alostericamente por ATP. Regulação: Ciclo do glioxilato ➔ 2 moléculas de acetil-CoA entram ➔ Produção de succinato e malato ➔ Possível conversão de oxaloacetato a fosfoenolpiruvato Tópico 04: Fosforilação Oxidativa (Respiração Celular) Introdução: ➔ Convergência final de todas as vias de degradação oxidativa O que é? Bom a gente viu até agora dois processos glicose e ciclo do ácido cítrico que tinha alguma característica oxidativa, característica de oxidação dos intermediários e redução dos transportadores de elétrons NAD e FAD principalmente. Mas como que a gente sai dos potenciais redutores NAD e FAD e chega no ATP? Bom é na fosforilação oxidativa que explica isso. ➔ Redução de O2 a H2O com elétrons doados por NADH e FADH2 Nessa cadeia irá ocorrer a redução do oxigênio a água ➔ Ocorre na mitocôndria Membrana externa – porina – mais permeabilizada Membrana internet – canais específicos Matriz – enzimas – CAC, B-oxid.; oxid. Aminoácidos 5 Transporte de elétrons ➔ Características • Transportadores comuns (eles são comuns a várias vias, eles irão fazer a ponte entre diversas vias catabólicas e a cadeia de transporte, então eles vão receber elétrons em várias vias catabólicas e vão doar elétrons para os transportadores da cadeia.) ❖ NAD+ e NADP+ acoplados à oxidação do substrato ❖ NADH transporta ao ponto de entrada da cadeia respiratória (O NADH vai doar elétron para a cadeia de transporte) ❖ NADPH fornece elétrons às vias anabólicas (NADPH em sua forma reduzida fornece elétrons) • Tipos ❖ Transferência direta de e-: Fe³+ → Fe²+ (Transferência direta de elétrons de íons metálicos, por exemplo o Fe³+ → Fe²+) ❖ Transferência como átomo de hidrogênio (H++e-) (Carrega um próton mais um elétron) ❖ Transferência como íon hidreto (:H-) c/ 2 e- (Seria um hidrogênio ionizado um hidrogênio com dois elétrons) ❖ Combinação de redutor orgânico com O2 (Processo de oxiduredução em reações orgânicas, uma combinação de um redutor orgânico com o oxigênio) Transportadores ➔ Ubiquinona (Antes de darmos início... o que é uma ubiquinona? É uma benzoquinona com cadeia isoprenoide, na aula de lipídeos o termo isoprenoide são lipídeos que não tem ácido graxos em sua estrutura, logo, a ubiquinona é predominante apolar e possui anéis) (Onde ela se encontrará? A ubiquinona se encontrará no meio das duas camadas da membrana interna, ela ficará na região apolar da membrana mitocondrial interna) • Benzoquinona com cadeia isoprenóide • Redução (A ubiquinona tem uma característica de oxiredução interessante, visto que ela pode ser reduzida de duas formas diferentes, ela pode ser reduzida recebendo um elétron e virando radical semiquinona, ou ela pode ser reduzida recebendo dois elétrons e virando ubiquinol, isso é interessante porque na cadeira de transporte tem alguns transportadores que só conseguem transferir dois elétrons e outros que só conseguem transferir um elétron, e a ubiquinona faz a ponte para essa transportadores, já que ela consegue receber um por um dos transportadores que só transferem um e ela pode transferir dois para os transportadores que só recebem dois). ❖ 1 elétron – radical semiquinona (UQH) ❖ 2 elétrons – ubiquinol (UQH2) • Pode fazer a interação entre doadores de 2 e- e aceptores de 1 e- • Difusível na bicamada lipídica da membrana interna ➔ Citocromos • Proteínas contendo ferro (grupo heme) • Variação (a, b, c) em função do grupo heme • Somente C – grupo heme prostético • a e b – proteínas de membrana • c – interações eletrostáticas comsuperfície externa da membrana interna Os citocromos serão encontrados como proteínas transmembranas, então são proteínas que ficam inseridas na membrana, mas elas atravessam a membrana, exceto o citocromo do tipo C, ele fica exposto e fica interagindo com a superfície externa da membrana mitocondrial interna. Então, são moléculas que tem uma região exposta no espaço intermembrana e outra região exposta na matriz mitocondrial. (a maioria dos citocromos). ➔ Proteínas Fe-S (Um outro tipo de transportador são essas proteínas ferro e enxofre, o enxofre na maioria dos casos são daquele radical cisteina, mantendo um átomo de ferro coordenado) • Ausência de grupo heme • Transferência de 1 e- • Boas doadoras de e- ➔ Complexo 1 e 2 (Como é que vai ser essa história de mecanismo de transporte? Já vimos quais são os tipos de transportadores e onde se localiza, mas como eles vão carregar os elétrons?) No complexo 1 terá o processo do NADH (ele é externo e não faz parte do processo), doa elétrons para uma flavina mononucleotídeo nesse complexo 1, que transfere elétrons para uma proteína Fe-S do complexo 1. Desse complexo 1, os elétrons são transferidos para a ubiquinona. Outra forma desses elétrons entrarem na cadeia é a partir do FAD (lembra no ciclo do ácido cítrico? Que tinha uma etapa do succinato que doava elétrons para o FAD?), quando o succinato doa elétrons para o FAD o FAD está preso ao complexo 2 (faz parte do complexo 2). Logo, o succinato doa elétrons para o FAD e o FAD fica preso ao complexo 2, o FAD doa elétrons ao Fe-S e o Fe-S doa elétrons a ubiquinona. Tanto o complexo 1 quanto o complexo 2 irão doar elétrons para a ubiquinona. Note que apesar desses complexos terem o número de complexo 1, complexo 2 e complexo 3, a sequência de transporte não é do 1 pro 2, o 1 e 2 são dois mecanismos de entrada diferentes, e tanto o complexo 1 quanto o complexo 2 transferem elétrons para a ubiquinona. Depois que esses elétrons já estão na ubiquinona (ubiquinona na forma reduzida) o que irá ocorrer? Da ubiquinona eles irão ser transportado para o complexo 3 (que também fica na membrana mitocondrial interna) o complexo três é um complexo transmembrana (atravessa a membrana mitocondrial interna), a ubiquinona na forma reduzida (na forma de ubiquinol) vai doar um elétron para o citocromo-B 562 e a ubiquinona continua reduzida com um elétron só (radical semiquinona) o elétron foi para o citocromo e próton foi lançado para o espaço intermembrana. Esse radical semiquinona vai doar elétron para um outro citocromo, o citocromo C1 e vai lançar outro próton para o espaço intermembrana, esse citocromo C1 transfere o seu elétron para o citocromo C que não faz parte do complexo 3, ele interage com o complexo 3 e recebe elétrons do complexo 3. A ubiquinona voltou na sua forma oxidada e está pronta para receber mais elétron, ela pode receber elétrons do complexo 1 ou do complexo 2, mas ela também pode receber elétrons do citocromo-B 562, o citocromo-B 562 passa os elétrons para o citocromo-B 566 que pode transferir elétrons de novo para a ubiquinona, a ubiquinona recebendo o elétron do citocromo-B 566 acaba que o citocromo-B 566 recebe um próton da matriz. Essa ubiquinona pode receber mais um elétron e volta para a forma reduzida e o ciclo se repete, então a ubiquinona vai funcionar como mecanismo de transferência de elétrons, um de cada vez para o citocromo C1 e do C1 para o C e o outro elétron vai sendo reciclado e sendo transferido aos poucos para o citocromo C1 IMAGEM DO COMPLEXO 3 Quando o citocromo C recebe 4 elétrons ele fica totalmente reduzido, ele perde essa interação com o complexo 3 e começa a se deslocar pela superfície da membrana mitocrondrial interna até que ele encontre o complexo 4, ai ele interage com o complexo 4 e doa os elétrons para o citocromo A que vai doar para o citocromo A3 e nesse processo irá observar a transferência de prótons para a matriz do espaço intermembranas, e no final o citocromo A3 vai doar esses elétrons para átomos de oxigênios que junto com mais prótons da matriz irão formar água, então esse complexo 4 consegue catalisar a formação de água a partir de oxigênio, prótons da matriz e elétrons que vieram sendo transportados da cadeia desde o complexo 1 ou 2. Então, complexo 1 ou 2 → ubiquinona → complexo 3 → citocromo C → complexo 4 e por fim formação de água. O COMPLEXO 3 FARÁ A PONTE ENTRE A UBIQUINONA E O CITOCROMO C! ENTÃO O COMPLEXO 3 RECEBE UM ELÉTRON TANTO PARA O CITOCROMO B562 QUANTO PARA O CITOCROMO C1. O ELÉTRON QUE FOI PARA O CITOCROMO C1 VAI PASSAR PARA O CITOCROMO C (QUE NÃO FAZ PARTE DO COMPLEXO 3). O ELÉTRON QUE FOI PARA O CITOCROMO B 562 VAI SER RECICLADO, ELE PASSA O ELÉTRON PARA O CITOCROMO B 566 E VOLTA PARA A UBIQUINONA QUE VAI RECEBER UM OUTRO ELÉTRON E QUE VAI VOLTAR PARA O COMPLEXO 3 DE NOVO, ENTÃO A UBIQUINONA VAI RECEBENDO DE 1 EM 1 OU DE 2 EM 2 E VAI DOAR DE NOVO UM DE NOVO PARA O CITOCROMO B 562 E UM PARA O CITOCROMO C1, ATÉ QUE O CITOCROMO C RECEBA 4 ELÉTRONS, QUANDO ELE RECEBE 4 ELÉTRONS ELE SE DESLIGA DO COMPLEXO 3 E COMEÇA A SE DESLOCAR PELA MEMBRANA MITOCRONDRIAL INTERNA! (OBS: NÃO TEM COMO DOAR ELÉTRONS PARA O CITOCROMO C1, POR ISSO A UBIQUINONA DOA 1 ELÉTRON PRO CITOCROMO B 562 E OUTRO PARA O CITOCROMO C1 E DEPOIS ELA REAPROVEITA O ELÉTRON DO CITOCROMO B 562). COMPLEXO 4 – REDUÇÃO DO O2 Se a gente for lembrar do processo respiratório global, aquela molécula de glicose que começou na aula de glicose já foi oxidada e já liberou todos os seus carbonos em forma de CO2 e no complexo 4 agora foi liberado a água. Então a molécula de glicose foi completamente oxidada em CO2 e água, mas como ficou a conservação de energia? A gente teve uma pequena parte pouco menos de 5% de energia de oxidação da glicose que foi aproveitada na glicólise, maior parte tinha ficado no piruvato, esse piruvato foi aproveitado no ciclo do ácido cítrico e conservou um pouquinho na forma de GTP, então tem um pouquinho de ATP na glicose e um pouquinho de GTP no ciclo do ácido cítrico, uma boa quantidade de NAD e FAD reduzidos tanto na glicose, quanto na formação de acetil-CoA quanto na forma do ciclo do ácido cítrico. Nesse potencial redutor de todos eles foi usado na cadeia de transporte, e esse potencial redutor foi usado até a redução de oxigênio a água. Logo, cadê a energia? Esse processo conserva a energia no gradiente de prótons, no complexo 1, 2, 3 e 4 que são complexos que atravessam a membrana mitocondrial ao mesmo tempo em que os elétrons são transportados entre os transportados entre os transportadores de elétrons, os prótons são transportados da matriz para o espaço inter-membranas, então essa energia que estava conservada na forma de potencial redutor, agora ela está conserva na forma de concentração de prótons num compartimento limitado. Então eu passei de uma forma de energia de potencial redutor para outra forma de conservação de energia num gradiente de potencial eletroquímico, os prótons carregados H+ que se concentram no espaço inter-membranas. Ok, mas e o ATP como que ele chega nessa história? Esse gradiente de potencial eletroquímico, ou químico osmótico (concentração aumentada dessas moléculas num compartimento celular), essa diferença de potencial vai ser usada como fonte de energia para a fosforilação do ADP, logo existe outro complexo chamado de ATP sintase. ATP sintase → vai ser usado para síntese de ATP usando esse gradiente de prótons como fonte de energia (esse complexo de ATP síntese foi colocado separado porque ele não faz transporte de elétrons). Logo, a ATP síntase não é um transportado de elétrons, ela é um complexo enzimático que consegue sintetizar ATP a partir de ADP + fosfato e para ela conseguir fazer essa síntese ela usaa energia da passagem de prótons do espaço inter-membrana de volta para a matriz, então os prótons passando a favor desse gradiente eletrostático ele irá fornecer energia para o complexo ATP sintase conseguir sintetizar o ATP a partir de ADP + fosfato. ➔ Síntese de ATP • Modelo quimiosmótico ❖ Ausência de intermediário de alta energia ❖ Diferenças de (H+) >carga de pH< Nessa figura acima será visto em azul cadeia de transporte de elétrons e o ATP sintase de roxo. Complexo 1, 3, ATP sintase e 4 atravessam a membrana e complexo 2, ubiquinona e citocromo C não atravessam a membrana. Então complexo 1, 3 e 4 vão transportar elétrons e vão usar essa energia para bombear prótons para o espaço inter-membrana e vai aumentar a concentração de prótons no espaço inter-membrana e vão pressionar o complexo do ATP sintase a energia de ativação para a produção de ATP. Esses processos são chamados de acoplados porque a cadeia de transporte depende do ATP sintase e o ATP sintase depende da cadeia de transporte. Logo, na fosforilação oxidativa temos dois componentes a cadeia de transporte de elétrons e o ATP sintase, são dois componentes distintos, num deles tem transporte de elétrons e bombeamento de prótons e o outro a gente tem a passagem de volta dos prótons e a síntese de ATP. O fato do ATP sintase depender da cadeia transporte é porque ele depende da concentração de prótons, mas também a cadeia de transporte também depende do ATP sintase, visto que o ATP sintase permite a volta dos prótons para a matriz mitocondrial por isso são acoplados. Existe alguns agentes desacopladores que transforma esses processos independentes (algumas enzimas podem fazer como a cadeia de transporte funcione, mas o ATP sintase não). Mas e agora? Para que o ATP vai ser usado? Um dos usos dele é na célula muscular por exemplo na contração muscular (ACTINA/MIOSINA). Vale ressaltar, que o ADP vai ser produzido fora da mitocôndria e vai ser usado dentro e o ATP vai ser produzido dentro da mitocôndria e vai ser usado fora, logo, terá que existir mecanismos que permitam essa transferência de ATP e ADP. Logo, existirá canais de transporte de ADP e ATP. ➔ Transporte de ADP e Pi Síntese de ATP ➔ Modelo de Boyer • Alternação da interação entre substrato e enzima • Sempre 2 sítios ocupados • O – Aberto • L – Frouxo • T – Preso • Diminuição da energia livre do ATP quando ligado à enzima. Esse ATP sintase não poderia sintetizar muito de uma vez ou parar de sintetizar por um tempo, ele teria que produzir constantemente esse ATP para ser facilmente controlado, para acontecer isso a sua estrutura permite que moléculas de ATP sejam produzidas em etapas diferentes, teremos três sítios (L, T e O) no ATP sintase que podem sintetizar o ATP e cada um dos três vai está numa fase diferente no processo de síntese, então enquanto uma das unidades está disponível para a ligação de um ADP + fosfato outra unidade estará realizando o processo de síntese e a terceira vai ter liberado o ATP sintetizado, a que acabou de receber ADP + fosfato se transforma na que catalisa a síntese, a que acabou de sintetizar libera e a que acabou de liberar recebe, passa o próton e isso muda de novo a que sintetizou libera, a que liberou recebe e a que recebeu sintetiza e assim por diante, então a cada passagem de prótons ocorrerá uma mudança no estado de síntese de ATP e essa mudança estará associada no processo de síntese, estará sendo liberado um ATP, vai está sendo um acrescentado um ADP + fosfato e vai tá sintetizando um ATP. Isso faz com que o processo seja mais contínuo e mais facilmente controlado. No caso de ADP e ATP é simplesmente um mecanismo de troca, ao mesmo tempo que um ATP sai um ADP entra. No caso do fosfato é um cotransporte com H+, entra H+ ao mesmo tempo que o H2PO4(fosfato) entra. ATENÇÃO!!! NÃO EXISTE NENHUM CANAL QUE CONSIGA TRANSPORTAR NADH, EXISTE UM MECANISMO QUE TRANSPORTA O POTENCIAL REDUTOR DO NAD PARA A MITOCONDRIA. ➔ Transporte de NADH Reoxidação do NADH produzido na glicólise. Lado esquerdo espaço intermembrana e lado direito matriz mitocondrial. Então o potencial redutor do NADH que é produzido no citosol chega até o espaço inter- membrana e precisaria ser passado para matriz. Será necessário dois transportadores um deles troca malato em alpha-cetoglutarato (a-Ketoglutarate), lembrando que tanto malato quanto alpha-cetoglutarato são intermediários do ciclo do ácido cítrico, então se trocou um por outro o número de ciclos funcionantes não se altera, cada intermediário representa um ciclo funcionante e o outro transportador troca glutamato por aspartato (os dois são aminoácidos), aminoácidos que podem participar de reações anapleróticas (reações que produzem intermediários do ciclo do ácido cítrico), esse NAD que foi reduzido na glicólise ele transfere seus elétrons para um malato (transformação de oxaloacetato para malato), esse malato pode ser transportado pela mitocôndria entra um malato ao mesmo tempo que sai um alpha-cetoglutarato. Esse malato na matriz mitocondrial vai ser transformado de novo em oxaleacetato (reações do ciclo do ácido cítrico) e reduz o NAD+ a NADH na matriz mitocondrial, esse NADH na matriz mitocondrial vai ser usado na cadeia de transporte vai ceder os elétrons ao complexo 1. Cedendo os elétrons ao complexo 1 vai seguir todo aquele mecanismo citado acima. E o saldo de todo esse processo é só a transferência de um potencial redutor de um NAD+ citosólico para um NADH mitocondrial. ➔ Produção de calor • Transporte de H+ Gordura marrom Proteína desacopladora (termogenina) Existe um mecanismo natural de desacoplamento, existe uma proteína chamada de termogenina que está presente principalmente em tecido adiposo marrom (mais abundante em filhotes de animais e algumas espécies que vivem em climas mais frios), e é uma proteína que gera calor (dissipa calor) permitindo a passagem de prótons para o espaço inter-membrana para a matriz mitocondrial e isso acaba gerando calor. Situação interessante para filhotes de animais que vivem em locais mais frio é de importância que isso ocorra (por alguns meses é importante que eles tenham essa capacidade que é dada por esse tipo de mecanismo). Esse tecido que é chamado de gordura marrom é um tecido muito rico em mitocôndrias e mitocôndrias que tem muitos transportadores de elétrons (se tem muita mitocôndria e cada mitocôndria tem transportadores de elétrons essas células vão ter uma concentração muito alta de ferro, e esse ferro vai dar essa cor ´´amarronzada´´. ➔ Regulação • Controle pelo aceptor Depende de ADP Relação ATP/ADP+Pi • Coordenação com outras vias Aqui nota-se o esquema mostrando a regulação desde a glicólise até a cadeia respiratória, até a fosforilação oxidativa completa. A regulação é bem simples terá ADP + fosfato estimulando alostéricamente o complexo ATP sintase, então aumentou a concentração de ADP e fosfato = estimula o complexo ATP síntese + estimula a cadeia de transporte. Como esses processos podem atuar em conjuntos? Se a gente imagina uma situação de um animal em repouso como é que uma célula muscular desse animal em repouso poderia funcionar, se o animal está em repouso ele tem baixo nível de energia nas suas células musculares, logo, ele tem pouca produção de ADP + fosfato, visto que ele tem pouca transformação de ATP em ADP + fosfato, se ele tem pouca produção de ADP + fosfato, se ele tem pouca produção de ADP + fosfato ele tem pouco estímulo para a cadeia de transporte, significa que pouco NADH vai se transformar em NAD+ e vai acumular NADH. Então como o ciclo do ácido cítrico responde a isso? Bom, ATP é um inibidor, ele tem uma concentração boa de ATP (jáque ele está de repouso ele está consumindo pouco), ele também tem uma concentração boa de NADH (ele não tá consumindo NADH na cadeia de transporte), ATP inibe e ADP estimula, tem pouco estimulador e muito inibidor. Então vê-se que o ciclo do ácido cítrico está predominante inibido. Agora se esse animal em repouso passa em exercício faz com que ele consuma muito ATP e transforme mais ATP em ADP + fosfato e o ciclo do ácido cítrico para de ficar inibido e começa a trabalhar novamente para a produção de ATP. Tópico 05: Beta Oxidação Resumo: Então ainda dentro das vias catabólicas, a gente já viu glicólise a continuidade do processo tanto por uma anaeróbica (fermentação do piruvato para lactato), quanto a continuação aeróbica (transformação do piruvato em Acetil-Coa e oxidação desse Acetil-CoA no ciclo do ácido cítrico ´´conservação de energia em GTP e os transportadores de elétrons´´), e depois o aproveitamento dessa energia conservada nos transportadores de elétrons pela cadeia de transporte de elétrons que transfere essa energia para o gradiente de prótons, e o ATP sintase que aproveita essa energia do gradiente do prótons para formar ATP a partir do ADP + fosfato. Agora irá começar uma outra via catabólica que também terá conservação de energia em potencial redutor e formação de nucleotídeos trifosfato, só que usando como fonte de carbonos oxidáveis os ácidos graxos, então essa via é chamada de Beta oxidação. Introdução: ➔ Armazenamento de energia • Triacilgliceróis (já tinha sido comentando nas biomoléculas que os triacilgliceróis também é utilizados como forma de armazenamento de energia pelos animais ´´armazenamento de energia na forma de lipídios´´) ❖ Vantagens e desvantagens Uma vantagem é que eles armazenam mais energia por massa de lipídio, do que o carboidrato por massa de carboidrato. ➔ Fontes de ácidos graxos • Alimentação (animal ingere lipídeos e vai fazer digestão disso e pode fazer oxidação) • Reserva (animal fez uma reserva de lipídeo a partir de alimentação ou lipídeos sintetizados) • Síntese (a síntese dos ácidos graxos não vai acontecer no mesmo tempo ou no mesmo compartimento celular que a degradação, ela pode até acontecer ao mesmo tempo em compartimentos diferentes, mas não no mesmo compartimento ´´não acontece ao mesmo tempo´´) ➔ Digestão • Micelas com sais biliares • Ação de lipases em triacilgliceróis • Ressíntese de TAGs e formação de quilomícrons • Ação de lipases de lipoproteínas • Absorção dos ácidos graxos • Oxidação ou ressíntese Os lipídeos ingeridos vão chegar até o estomago praticamente sem modificação celular nenhuma, não são digeridos no estomago também, passa pelo duodeno ´´primeira parte do intestino delgado´´ aonde irá encontrar em contato com a bile, na bile existe sais biliares que são componentes anfipáticos que vão permitir a emucificação ´´formação de micelas´´ com esses lipídios triacilgliceróis que são apolares, ficando no interior das micelas e ficam mais acessíveis para as enzimas pra digestão. No intestino delgado esses lipídeos vão entrar em contato com enzimas chamadas de lipases que vão hidrolisar as ligações entre os ácidos graxos e o glicerol liberando ácidos graxos e glicerol do intestino. Esses componentes liberados ácidos graxos e glicerol são absorvidos pela células da mucosa intestinal e nessas células da mucosa os triacilgliceróis são sintetizados novamente são sintetizados e são incorporados em lipoproteínas bem grandes, essas lipoproteínas são como micelas também, mas são formadas por vários anfipáticos na superfície e vários apolares no centro. Na superfície dessas grandes micelas vamos encontrar proteínas com característica anfipáticas também, radicais apolares virados para dentro e radicais polares para fora. Essas lipoproteínas são classificadas de acordo com o grau de densidade ´´LDL, HDL por exemplo´´. Nesse caso de absorção e processamento dos lipídeos ingeridos as lipoproteínas que vão ser produzidas na mucosa intestinal vão ser chamadas de quilomícrons, elas são maiores que todas as outras, mas tem uma densidade menor. Então, esses quilomícrons vão ser produzidos na mucosa intestinal e vão ser lançados na circulação linfática e então essa circulação linfática vai lançar na circulação sanguínea, no sangue eles vão distribuir de acordo com a necessidade da demanda de energia para algumas células. Então dessa forma os lipídeos chegam até as células, e dependendo da situação eles podem ser mobilizados, na figura abaixo no lado esquerdo vê-se uma lipoproteína, então as lipoproteínas vão ter lipídeos e proteínas anfipáticas na superfície, no centro dessas proteínas existe moléculas completamente apolares, predominante triacilgliceróis. Quando cai na circulação esses ácidos graxos vão interagir com proteinas circulantes, principalmente a albumina (que tem sitios afinpaticos que permite a ligação de ácidos graxos, então a albumina vai funcionar como um transportador de ácidos graxos), também dificultando a formação de micelas na circulação, já que os ácidos graxos não vai estar solto no plasma. Quando eles chegam em outro tecido eles serão adsorvidos e podem ser oxidados como fonte de energia para a produção de ATP. Então observa-se que o triacilglicerois tem dois componentes que podem ser usado para a formação de ATP para a conservação de energia o glicerol e os ácidos graxos. Mas como será o aproveitamento do glicerol como fonte de energia? Na figura ao lado vê-se uma outra característica, que seria a mobilização desses lipídeos armazenados em reserva. Então os lipídeos que foram armazenados em tecido adiposo vão ser mobilizados para a circulação em situações que vão ter uma demanda mais alta de energia ou de uma demanda por essas moléculas em outros tecidos. A única diferença entre glicerol e glicolise vai está na etapa de oxiredução, o glicerol passa por uma etapa de oxiredução antes de chegar a gliceroldeído-3-fosfato, que a glicolise não passa. Então o saldo de ATP considerando o metabolismo aerobico será maior ao glicerol, visto que ele vai reduzir mais NAD que vai fornecer mais eletrons para a cadeia de transporte. A única diferença entre eles estara no metabolismo aerobico. Ai vem a seguinte questão: O glicerol (triacilglicerol) vai ser aproveitado dessa forma, mas e o ácido graxo? O ácido graxo tem uma limitação ele só é aproveitado na matriz mitocondrial, as enzimas de oxidação do ácido graxo estão na matriz mitocondrial, logo, primeiro esse ácido graxo tem que ser transportado para dentro da matriz mitocondrial, para que esse ácido graxo seja transportado para a matriz mitocondrial tem que ser preparado. Sendo assim, esse ácido graxo será ligado a uma molécula de CoA, então teremos uma reação de ácido graxo + CoA produzindo Acil-CoA-graxo, mas o que seria esse Acil-CoA-graxo? O ácido graxo possui um ácido carboxilico na extremidade ´´C=OOH´´, logo, esse OH do ácido carboxilico vai ser substituido por uma CoA. Para produzir esse Acil-CoA-graxo a célula gasta ATP, então ela gasta duas ligações fosfato de um ATP, transformando o ATP em AMP + 2Pi, esse gasto de energia permite que ele seja transformado em Acil-CoA-graxo. Numa reação seguinte Acil-CoA-graxo vai ter essa CoA substituida por um aminoácido chamado ´´carnentina´´, então existe uma enzima chamado de carnentina-aciltransferase que troca CoA por carnentina, então a molécula deixa de ser Acil-CoA-graxo e passa a ser Acil-Carnentina-Graxo, essa enzima faz parte de um complexo ligado a membrana mitocondrial, e ela faz uma troca ela joga acil- carnentina-graxo para dentro da matriz mitocondrial ao mesmo tempo em que uma carnentina livre é transportado para fora da mitocondria, essa carnentina livre é gerada dentro DEGRADAÇÃO DO GLICEROL Vê-se na imagem que esse glicerol vai sersubstrato de uma glicerol-quinase que fosforila o glicerol, e produz glicerol-3-fosfato e esse glicerol-3-fosfato será ao de uma desidrogenase ´´glicerol-3-fosfato desidrogenase´´, então ele passa por uma reação de oxiredução, reduz um NAD+ até um NADH e produz Dihidroxiacetona-fosfato, essa Dihidroxiacetona- fosfato já é intermediaria da glicólise, então ela será transformada por aquela triose-fosfato-isomerase (que já é uma enzima da glicólise) em gliceraldeído- 3-fosfato e daí já segue para a fase do pagamento da glicólise. Então... se fizermos uma comparação entre glicerol e glicólise como fonte de energia, teríamos que usar mais de um glicerol como fonte de energia, visto que o glicerol tem três carbonos e a glicólise tem seis carbonos, então se consideramos duas vezes uma molécula de glicerol a gente vai está tratando 6 carbonos do glicerol em comparação a uma molécula de glicólise que tem 6 carbonos. Então se a gente comparar 6 carbonos com 6 carbonos, quem terá um saldo de ATP maior? Na fase preparatória da glicolise teremos o consumo de dois ATP, no glicerol no que seria comparado com a fase preparatória será consumido também duas moléculas de ATP, produzindo duas moléculas de ADP. Então o consumo do glicerol em comparação a glicólise de ATP é a mesma quantidade. da mitocondria quando esse acil-carnentina-graxo vai ter sua carnentina trocada por uma coenzima mitocondrial, logo, volta a ter acil-CoA-graxo na matriz. Sendo assim, toda essa história de troca CoA por carnentina, transporta para dentro e troca carnentina por CoA de novo, serve simplesmente para permitir a passagem do ácido graxo sem a passagem da CoA, a CoA (A) que estava no citosol permanece no citosol e a CoA (A) que estava na mitocôndria continua na mitocôndria. Mas porque isso? O ciclo do ácido cítrico depende da CoA para o seu funcionamento, logo, na mitocôndria existe uma concentração de CoA muito maior na mitocôndria. E o ácido graxo que está na matriz vai receber a CoA novamente que vai ser indispensável para que ele seja oxidado na matriz mitocondrial. Então o que irá acontecer? Depois que esse ácido graxo foi transportado para a matriz mitocondrial e está na forma de acil-CoA-graxo na matriz, ele vai passar por uma via catabólica que vai fazer a oxidação desse ácido graxo e associado a isso a redução de NADH e FADH. Um processo que envolve várias reações de oxiredução com a liberação de pares de carbonos, então cada par de carbono desse ácido graxo vai ser liberado na forma de um grupo acetil ligado a CoA. Por exemplo na imagem ao lado um ácido graxo de 16 carbonos terá a liberação de 8 moléculas de acetil-CoA e ao mesmo que ocorre esse processo de oxidação do ácido graxo os transportadores de elétrons NADH e FADH vão sendo reduzidos. Além disso, esse acetil-CoA é aquela mesma molécula que foi visto que era produzido a partir do piruvato, que era oxidada pelo ciclo do ácido cítrico. Logo, as moléculas de Acetil-CoA serão oxidadas pelo ciclo do acido cítrico e vão conservar elétrons na forma de elétrons ´´GTP´´ e nos transportadores de elétrons NADH e FADH e todos esses elétrons do NADH e FADH vão ser transportados para a cadeia e irão conservar prótons no gradiente do espaço inter-membranas e esse gradiente de prótons vai ser usado pelo ATP sintase para formação de ATP. Quais são as reações da Beta-oxidação? Como é que esse processo descrito na imagem acima acontece? Essa beta oxidação é um conjunto de reações que vai permitir a liberação de um par de carbonos de um Acil-CoA-graxo liberando Acetil-CoA e reduzindo NADH e FADH. Reações Começando com o ácido graxo de 16 carbonos ligado a CoA. Numa primeira reação ele será substrato de uma desidrogenase que oxida o ácido graxo e reduz um FAD. Logo, nesse processo de oxidação do ácido graxo vai ser formada uma dupla ligação, uma insaturação do ácido graxo e reduzindo o FAD a FADH2. Desse modo, será formado o trans- Δ²-enoil- CoA. Na etapa seguinte será feita a hidratação da dupla ligação, então é desfeita a insaturação e é usada uma molécula de H2O para isso. Na próxima etapa será feita outra etapa de oxiredução, onde será reduzido um NAD as custas de mais uma oxidação desse substrato, só que dessa vez a ligação dupla será formada com um oxigênio, se tornando β-cetoacial-CoA. Nota-se que quando foi formado o β-cetoacil-CoA em sua extremidade vai possuir um acetil ligado a uma CoA e ligado ao restante do ácido graxo, sendo assim, na próxima reação esse β- cetoacial-CoA vai ser clivado liberando um acetil- CoA e formando um acil-CoA-graxo com dois carbonos a menos. Beleza, sobrou o acil-CoA-graxo com dois carbonos a menos (agora com 14 carbonos), mas o que ele fará agora? Esse acil-CoA-graxo vai dar início novamente a todo o processo, então... Esse acil-CoA-graxo vai reduzir o FAD, vai hidratar, vai reduzir o NAD+ e vai liberar Acetil-CoA de novo. Agora sobrou um acil-CoA-graxo com 12 carbonos já que ele perdeu dois carbonos nesse processo, ele reduz o FAD de novo, hidrata, reduz o NAD+ e libera Acetil-CoA de novo e sobra um acil-CoA-graxo de 10 carbonos e assim por diante..... Vale lembrar que quando o acil-CoA-graxo possui apenas 2 carbonos ele não precisa realizar as reações de redução de NAD e FAD e hidratação, já que ele já possui o Acetil-CoA. Então esse processo de Beta oxidação se repete 7 vezes para liberação de 8 moléculas de Acetil-CoA Se foram 7 repetições do processo, então foram formados 7 FAD reduzidos (FADH2) e 7 NAD+ reduzidos (NADH) para 8 moléculas de acetil-CoA liberadas. Se a gente prestar atenção veremos que esse processo depende exclusivamente do metabolismo aeróbico (até o dado momento não foi consumido nenhum oxigênio, mas como foi feita a conservação de energia?), não foi produzido nenhum ATP, toda conservação de energia desse processo ou foi na forma de acetil- CoA ou na forma de NADH e FADH2. Acetil-CoA vai ser oxidado no ciclo do ácido cítrico que depende do metabolismo aeróbico e NADH e FADH2 irão doar os elétrons na cadeia de transporte que é na etapa final do metabolismo aeróbico. Logo, a oxidação de lipídeos/de ácidos graxos só funciona no metabolismo aeróbico, visto que o que será produzido só é útil pra produção de ATP na fosforilação oxidativa, não tem como fazer fermentação desses componentes em células de animais. Então... como será o aproveitamento da energia? A gente terá 8 acetil-CoA, 7 NADH e 7 FADH2, isso vai ser aproveitado na CADEIA DE TRANSPORTE, então todos os 7 NADH e os 7 FADH2 serão usados nos complexos 1 e 2 e o acetil-CoA será usado no ciclo do ácido cítrico em que ele vai formar um GTP para cada acetil-CoA e vai formar vários NAD e FAD reduzidos que irão ser reaproveitados na conservação também. Então o Palmitoil-CoA (é o ácido graxo de 16 carbonos) + 7 CoA + 7FAD (oxidados) + 7NAD (oxidados) + 7H2O → produzindo: 8 moléculas de Acetil-CoA + 7 moléculas de FADH2 (reduzidos) + 7 moléculas de NADH (reduzidos) + 7 prótons H+. Alguns livros ainda usam a representação que um NADH vai dar origem a 3 ATP´s e um FADH2 vai dar origem a 2 ATP´s. (Esse saldo será usado na matéria do Wagner). Logo, na representação do desenho ao lado a beta oxidação deu origem a 7 FADH2 e origem a 7 NADH, então o saldo de ATP´s seria. FADH2 = 7 x 2 (dois atp´s para cada FADH2) = 14 ATP´S NADH = 7 x 3 (três atp´s para cada NADH) = 21 ATP´s Valer ressaltar, que teremos a produção de 131 ATP, mas o saldo total é de 129 ATP, visto que foram gastos dois ATP no processo de ligação de acetil-CoA ao ácido graxo que é necessário para o transporte dele dentro da mitocôndria. Mas quem conservaria mais energia? Uma glicólise com seu saldo de 38 ATP ou umácido graxo com seu saldo de 129 ATP? Bom, o ácido graxo estudado acima fora usado 16 carbonos para no final da sua cadeia totalizar 131 ATP – 2 ATP que fora usado no transporte de acetil-CoA-graxo para a matriz mitocondrial, mas se ao invés de 16 carbonos fosse usado apenas 6 carbonos? Bom, o número de Acetil-CoA passaria de 8 para 3, o número de FADH2 passaria de 7 para 2 e o número de NADH passaria de 7 para 2. Logo, 3 Acetil-CoA + 2 FADH2 + 2 NADH totalizaria 46 ATP, mas retiraria dois ATP por causa do transporte de acetil-CoA-graxo ficando um total de 44 ATP. Sendo assim, prova-se que mesmo que seja usado apenas 6 carbonos no processo de beta oxidação a conservação de energia de um ácido graxo é maior do que um carboidrato (glicólise). Agora será visto como é a oxidação dos ácidos graxos de cadeia insaturada e de cadeia ímpar! O primeiro caso a ser discutido é a questão dos insaturados E como seria esse saldo de ATP na glicólise? Bom a glicólise na sua primeira fase ela produz 2 ATP na fase do pagamento + 2 NADH reduzidos Depois o Piruvato produz + 2 NADH reduzidos (são dois piruvatos) E por fim na fase do ciclo do ácido cíclico produzirá 2 GTP (por causa dos dois piruvatos) + 6 NADH (reduzidos) + 2 FADH2 oxiredução em que reduziu o FAD e ao mesmo tempo produziu o trans. Porque? Nessa situação não ocorreu uma reação de oxiredução, não ocorreu uma produção de insaturação visto que essa insaturação já existia. Logo, pulou uma etapa de redução do FAD, pulando a etapa de redução do FAD você pula uma etapa de conservação de energia, sendo assim, um ácido graxo monoinsaturado terá um saldo de ATP um pouco menor que um saturado, logo, terá um FAD a menos ou 2 ATP a menos. Se pegar o exemplo da figura ao lado de um ácido graxo monoinsaturado. O que irá acontecer? Ele irá passar por algumas etapas (nesse caso da imagem são três etapas) da beta oxidação comum, ele repete três toda reação da beta-oxidação (lembrando que cada repetição é liberado um acetil-CoA e sobra um ácido graxo com dois carbonos a menos). Depois dessa passagem de beta- oxidação ele acaba se tornando cis- Δ³-dodecenoil-CoA e com a ação da enzima enoil-CoA isomerase transforma o cis- Δ³-dodecenoil- CoA em um trans-Δ²-dodecenoil- CoA (essa enzima muda a isomeria e muda a posição). O trans-Δ²-dodecenoil-CoA já é intermediário da Beta-Oxidação, só que para produzir esse trans-Δ²- dodecenoil-CoA não foi reduzido o FAD, foi pulada aquela etapa de Insaturados s Cadeia Ímpar A gente viu que nos saturados de cadeia par os carbonos serão removidos de dois em dois na forma de moléculas de Acetil-CoA. Cada par de carbonos liberados em Acetil-CoA, diminui a cadeia da sua forma inicial, (exemplo dos 16 carbonos citados lá em cima). Se a cadeia for ímpar no final do processo não sobra 2 de Acetil-CoA sobram três carbonos e a cadeia terá que dar um jeito. O que irá ocorrer? Esse pequeno ácido graxo de três carbonos que se chamará Propionil-CoA será tratado de uma forma um pouco diferente, ele será carboxilado (consome um CO2), usa energia de um ATP (consome dois fosfato e transforma o ATP em AMP + PPi), e esse Propionil-CoA se torna D-metilmalonil-CoA, esse componente passa da forma D para forma L mudando apenas a isomeria e se tornando L-metilmalonil-CoA. E depois ele muda a posição da ligação da CoA e se torna Succinil-CoA (Succinil-CoA é intermediário do ciclo do ácido cítrico). Vale ressaltar, que o Acetil-CoA e o Succinil-CoA não são intermediário do ciclo ácido cítrico, eles podem ser oxidados no ciclo do acido cítrico, mas para ser intermediário tem que ser produzido no ciclo. Mas como essa via de beta oxidação é controlada? Esse controle funciona com base em dois aspectos. 1° A gente irá ter mecanismos alostéricos nas próprias reações da beta-oxidação, então a etapa da liberação de Acetil-CoA vai ser regulada pelo próprio Acetil-CoA e a etapa de redução do NAD também é inibida por NADH. Se esse ciclo e essa cadeia de transporte não estiverem com demanda suficiente para o que está sendo gerado na Beta-Oxidação esses dois componentes vão inibir a própria Beta-Oxidação. 2° Existe outro ponto de controle que é a entrada do Acil-CoA-graxo na mitocôndria, que é o mecanismo que ácido graxo recebe a CoA e depois troca a CoA por carmentina e o acil- carmentina-graxo é lançado para dentro da mitocôndria. Logo, esse mecanismo de carmentina acil transferase é inibido por uma molécula chamada de malonyl-CoA (primeiro intermediário da síntese de ácidos graxos). Esse malonyl-CoA impede a entrada do ácido graxo na mitocôndria, se o ácido graxo não entra na mitocôndria não tem como ele passar pelo processo de beta oxidação que só ocorre na matriz mitocondrial. R eg u la çã o C o o rd e n ad a Esses processos de oxidação de ácidos graxos que foram vistos até agora é o processo predominante na maioria das situações, mas nem todos os tecidos conseguem usar ácidos graxos, existe algumas situações que algumas células como sistema nervoso central não conseguem usar ácidos graxos, e em algumas situações de falta de glicose (diminuição da concentração de glicose circulante) esses tecidos precisam ter outra fonte de energia. Logo, existe uma opção em que o sistema nervoso consegue usar o produto da degradação dos ácidos graxos que pode ser liberado pelo fígado, os corpos cetônicos podem ser usados nessa situação. Corpos cetônicos ➔ Destinos do Actil-CoA • Krebs • Acetoacetato; D- β-hidroxibutirato; acetona ➔ Falta de oxaloacetato • Produção no fígado • Degradação em tecidos extra-hepáticos ➔ Diabetes e desnutrição • Aumento da síntese de glicose • Depleção do CAC (ciclo do ácido cítrico) • Depleção de CoA • Síntese de corpos cetônicos libera CoA e exporta precursores para produção de ATP. O Acetil-CoA produzido na beta-oxidação normalmente vai ser usado no ciclo do ácido cíclico, mas em situações que vão além da demanda de energia da célula que produziu esse Acetil-CoA ela pode ou inibir a beta-oxidação ou usar esse Acetil-CoA na produção de moléculas que são chamadas de corpos cetônicos (acetoacetato; D- β-hidroxibutirato; acetona), então o fígado consegue fazer isso, ele consegue oxidar mais ácidos graxos do que a demanda da própria célula hepática e transformar esse excedente de Acetil-CoA em corpos cetônicos que são lançados para fora da célula (e la fora eles serão consumidos), isso acontece em situação de falta de glicose em circulação. Logo, ocorrerá uma falta de oxaloacetato. Isso acontece em algumas situações que aparentemente podem ser bem diferente, poderiam ser consideradas situações opostas. Um exemplo clássico disso é diabetes e desnutrição, são duas situações que acontecem a produção de corpos cetônicos que parecem situações opostas mas elas tem alguns pontos em comum. O que é desnutrição? Desnutrição é uma situação de falta de ingestão de alimentos adequados, na maioria das situações de desnutrição terá uma falta de digestão de carboidratos por um período prolongado que levará o animal em uma situação de hipoglicemia (baixa concentração de glicose no sangue). E a diabetes? Diabetes é uma situação que existe uma falha na sinalização da concentração de glicose circulante. Então normalmente quando aumenta a concentração de glicose circulante o pâncreas detecta que existe esse aumento de glicose circulante e libera um hormônio chamado insulina, e essa insulina cai na circulação e é captada por receptores em quase todos os tecidos no corpo e essas células que tem o receptor que capta a insulina tem uma resposta a essa ligação, então tem uma sinalização que aumentou a concentração de glicose, então em consequência disso a maioria dos tecidos vão passar a usar a glicose como fonte predominante de energia e alguns tecidos vão captar essa glicose evão fazer reserva, normalizando a concentração de glicose circulante visto que aumenta a retirada dessa glicose da circulação. Na diabetes essa sinalização falha, então se falha a sinalização os tecidos não tem como saber se tem uma concentração aumentada na circulação, então eles trabalham como se não tivesse aumento de glicose, em alguns casos trabalham até como se a glicose fosse baixa. Então isso vai ser uma situação que vai ter uma consequência parecida com a desnutrição, e como que faz essa sinalização? Terá vários mecanismo, vários tipos de diabetes, várias formas de manifestação dessa doença. Por exemplo: você pode ter a ausência de produção de insulina, problema genético em que o animal não produz insulina (então se não produz insulina não tem o sinalizador, já que o hormônio que sinaliza não é produzido) ou então a insulina pode ser produzida só que o animal pode ter uma doença autoimune e produz anticorpos anti-insulina e a insulina forma complexos imunes e não chega ao receptor, mas também o problema pode ser também com os receptores que tem alterações em sua estrutura e não se liga adequadamente a insulina. Portanto, existe uma resposta metabólica entre diabetes e desnutrição, as duas situações levam a produção de corpos cetônicos. Tanto a desnutrição que leva a produção de corpos cetônicos porque não tem glicose circulante em quantidade suficiente ai as células do fígado vão usar o Acetil-CoA da beta oxidação na produção dos corpos cetônicos e serão mandados na circulação para serem usados como fonte de energia. E na diabetes tem bastante glicose circulante, mas células do fígado não detectam a presença da glicose circulante, logo, se a presença da glicose não foi detectada ela se comporta como se não tivesse, então ela continua fazendo beta oxidação, continua fazendo corpos cetônicos e continua lançando isso na circulação. Nessa situação ocorrerá uma depleção do CAC (uma retirada de intermediários) Como é o mecanismo de produção e de uso desses corpos cetônicos? A partir de duas moléculas de Acetil-CoA a tiolase (enzima) ela catalisa a produção de acetoacetil-CoA (união dos dois grupos Acetil- CoA) com a liberação de uma das CoA. Esse acetoacetil-CoA vai ser convertido em HMG-CoA com o uso de um terceiro Acetil-CoA (só que ele não ficará incorporado, ele se liga para permitir uma mudança estrutural e na reação seguinte ele é liberado). A partir disso será formado o acetoacetato (esse acetoacetato não tem CoA), agora esse acetoacetato será transformado em acetona ou D-β-hidroxibutirato. Quando a acetona ou D-β-hidroxibutirato são captados por outros tecidos fora do fígado o D- β-hidroxibutirato volta a ser acetoacetato e o acetoacetato pode ser transformado em acetoacetil-CoA usando um succinil-CoA que libera uma coenzima que fica ligado ao acetoacetato e se torna acetoacetil-CoA, esse acetoacetil-CoA vai se transformar em duas moléculas de Acetil-CoA que podem ser oxidadas no ciclo do ácido cítrico. Então essa forma permite que a beta oxidação (oxidação dos ácidos graxos) que acontece no fígado funcione como fonte de energia para outros tecidos, mesmo que em tecidos que não conseguem oxidar ácidos graxos como é o caso dos neurônios. Tópico 06: Catabolismo de aminoácidos Resumo: Então nós já vimos carboidratos e junto com carboidratos o eixo central das vias catabólicas no metabolismo aeróbio que seria a formação do Acetil-CoA no ciclo do ácido cítrico e a fosforilação oxidativa e depois desse eixo central foi comentado a outra fonte que seria os lipídeos e agora mais uma fonte de carbonos oxidáveis que seria os aminoácidos. Introdução: ➔ Funções - Obtenção de energia (os aminoácidos também podem ser usados como fonte de energia) - Fonte de precursores para biossíntese (como substratos para vias anabólicas) - Degradação de proteínas celulares (eles são obtidos no mecanismo de degradação de proteínas, então será observado em células, matriz extracelular, uma reciclagem de proteínas, proteínas são sintetizadas e degradadas constantemente). - Variação entre organismos (entre animais até que não é tanto, mas se incluísse microrganismos e vegetais a variação será notável). ➔ Fontes - Dieta ❖ Proteínas e aminoácidos (as proteínas da alimentação irão passar por um processo de digestão e liberará os aminoácidos que irão ser usados) - Síntese (esses aminoácidos também podem ser sintetizados na própria célula animal, lembrando que não são todos, existe alguns aminoácidos que são chamados de essenciais e precisam obter isso pronto) - Reserva ❖ Proteínas de reserva (essas proteínas podem ser proteínas do tecido conjuntivo, podem ser proteínas circulares, podem ser proteínas musculares, logo, tem alguns grupos de proteínas que podem ser mobilizadas em algumas situações e sendo degradadas tendo seus aminoácidos passando por vias catabólicas e seus produtos sendo usado como fonte de energia) ❖ Hipoglicemia, situações extremas (exercício prolongado, desnutrição) Situação como a hipoglicemia que é a redução da quantidade de glicose circulante, ocorrerá a remoção dos aminoácidos desse ciclo de aproveitamento das proteínas e as cadeias carbônicas são usadas para a produção de glicose e em situação como exercício prolongado ou desnutrição os aminoácidos também podem ser usados) Então no duodeno por estimulo da colecistoquinina iremos encontrar tripsinogênio, quimotripsinogênio, procarboxipeptidase, proelastase e aminopeptidase desses todos que foram citados, apenas a enteropeptidase e a aminopeptidase. A enteropeptidase vai transformar o tripsinogênio em tripsina que é a forma ativa. A tripsina catalisa a transformação de todos os precursores (quimotripsinogênio, procarboxipeptidase e proelastase) na sua forma ativa de (quimotripsina, carboxipeptidase e elastase). Depois de um pequeno intervalo de tempo teremos várias enzimas proteolíticas ativas no duodeno (intestino delgado) clivando ligações peptídicas. Mas para que tanto enzimas diferentes? Isso é importante pelo seguinte, essas enzimas ativas terão ação com especificidades diferentes, por exemplo: A tripsina vai clivar ligações peptídicas no carboxi terminal de aminoácidos básicos, a quimotripsina vai ter afinidade por aromáticos, carboxipeptidase vai fazer clivagem a partir do carboxi terminal de proteínas e peptídicos, a aminopeptidase a partir do amino terminal e a elastase tem uma afinidade por resíduos ácidos. Então poderá ter várias dessas enzimas agindo ao mesmo tempo em regiões diferentes de uma proteína no processo de degradação/separação de pequenos peptídeos e aminoácidos. Os aminoácidos ingeridos vão cair no estômago, vão estimular a secreção de gastrina que vai levar a produção de pepsinogênio e ácido clorídrico (HCL), esse pepsinogênio é um precursor de uma enzima chamada de pepsina, então, esse pepsinogênio em meio ácido perde uma ligação peptídica e libera uma região da sua proteína e essa região é ativa chamada ´´pepsina´´, atividade proteolítica ela consegue catalisar hidrolise de ligações peptídicas, e essa pepsina aumenta a hidrolise dessa região do pepsinogênio, produzindo mais pepsina ativa. Então nessa figura ao lado todas essas regiões que possuem o símbolo em azul significa que são enzimas com atividade proteolítica (são enzimas ativas na hidrolise de ligações peptídicas). Ok, no estomago começa a digestão das proteínas, essa pepsina é pouca especifica e vai quebrar ligações peptídicas de várias proteínas que estejam naquele bolo alimentar. Esse conteúdo depois de algumas no estomago é lançado no duodeno e esse conteúdo ácido do duodeno leva a produção de secretina que estimula a produção de bicarbonato das células da mucosa, aumentando o pH desse compartimento.Esses aminoácidos e peptídeos no duodeno leva a produção colecistoquinina que leva a produção de tripsinogênio (esse tripsinogênio também é um precursor de uma enzima proteolítica). Além disso, no duodeno vai se encontrar a produção também de enteropeptidase. Digestão Dessa forma, teremos um processo de digestão que começa no estomago com a secreção ácida e a ação da pepsina, a passagem disso para o duodeno com a liberação de vários precursores enzimáticos e a ativação desses precursores já no intestino delgado e esse processo de digestão com várias proteases com especificidade diferentes que vão liberar principalmente aminoácidos e alguns pequenos peptídeos que vão ser absorvidos pela célula da mucosa intestinal e distribuído para a circulação. Cai na circulação portal passa primeiro pelo fígado e depois se distribui para o resto dos organismos. Introdução: ➔ Ponto em comum • Separação entre o grupo amino e o esqueleto carbônico (o ponto em comum dos aminoácidos é que todos eles separam o grupo amino e o esqueleto carbônico) • Metabolismo do grupo amino e excreção de nitrogênio (no caso específico dos animais esse nitrogênio vai ser excretado, mas existe vegetais que aproveitam uma parte ou microrganismos que conseguem metabolizar) • Destinos dos esqueletos carbônicos (a gente vai ter 20 tipos de cadeias carbônicas diferentes, logo, teremos que vê os possíveis destinos dessas cadeias carbônicas) ➔ Grupos amino • Usados com economia (esses grupos aminos, começando por eles que é uma etapa comum para todos os aminoácidos, eles serão usados como uma certa economia, visto que esse nitrogênio para os animais não é obtido com tanta facilidade, ele só é obtido pela alimentação e componente de proteínas ou de ácidos nucleicos da alimentação) • Reutilizados ou excretados (eles são frequentemente reutilizados e se tiverem em excesso serão excretados) • Amônia gerada em outros órgãos – transportada ao fígado na forma de grupos amino (quando esse grupo amino é liberado pelo aminoácido, se ele fosse simplesmente clivado o grupo amino seria liberado uma molécula de amônia, mas essa amônia seria extremamente tóxica para as funções celulares, visto que ela teria um pH muito alto e bastante reativa. Então essa amônia precisa ser transportada ou processada rapidamente para que não tenha consequências tóxicas) • Transferidos para intermediários comuns (dessa forma, a liberação do grupo amina em todos os outros tecidos é feito de forma que essa amônia não seja liberada, mas sim transferida para moléculas que vão funcionar como transportadores de amônia, que consigam carregar esse nitrogênio até a mitocôndria do hepatócito, onde essa amônia pode ser processada por um sistema enzimático que impede esse efeito toxico.) Remoção do grupo amino Essa remoção do grupo amino (essa transferência do grupo amino) vai ser catalisada por enzimas por uma parte chamada de aminotransferase ou transaminase, essas enzimas vão catalisar transferências de um grupo amino de um aminoácido para um alpha- cetoglutarato, um alpha-cetoglutarato quando recebe o grupo amino se transforma em glutamato e o aminoácido quando perde o grupo amino se transforma em um alpha- cetoácido, visto que não tem mais aquele nitrogênio. Esse glutamato então é um dos intermediários comuns desse mecanismo de transporte do grupo amino. ➔ Característica • Intermediário comum (glutamato) • Várias transaminases ❖ Grupo prostético comum (piridoxal-fosfato – vit. B6) ➔ Características • Hepatócito • Mitocôndria • Regulação alostérica ❖ ADP estimula ❖ GTP inibe Transporte de amônia ➔ Características • Glutamato não atravessa membranas • Amônia é tóxica • Glutamina atravessa membranas Mas esse glutamato só é útil para o transporte de nitrogênio do citosol dos hepatócitos para a matriz mitocondrial dos hepatócitos. Então dentro das células do fígado o glutamato funciona bem como um transportador, ele transporta esse nitrogênio de um aminoácido qualquer para uma matriz mitocondrial. Na matriz mitocondrial o glutamato volta a ser alpha-cetoglutarato e libera amônia e uma conservação de energia em forma de NADPH. Nos outros tecidos iremos ter a produção de glutamato na mesma forma e do glutamato ele vai ser transformado glutamina (recebendo mais um grupo amino que veio de algum outro aminoácido), então nos outros tecidos teremos dois mecanismos, um de transferência do aminoácido pro alpha-cetoglutarato formando glutamato e outro de remoção de um grupo amino de algum outro aminoácido imediatamente incorporação desse grupo amino ao glutamato formando glutamina, que tem dois nitrogênios. ➔ Características Ocorre na mitocôndria hepática Glutamina também pode ser usada como fonte de grupo amino para vias de síntese Essa glutamina entra na mitocôndria do hepatócito, então ela entra no hepatócito e depois na mitocôndria do hepatócito e depois ela sofre a ação de uma enzima chamada glutaminase que libera amônio e glutamato (na mitocôndria do hepatócito é seguro liberar amônio). Transporte de amônia – alanina Excreção de Amônia Ciclo da Ureia E esse transporte pode ocorrer de outra forma também, especificamente no tecido muscular nós podemos ter um outro aminoácido chamado de alanina sendo usado como um transportador (em uma situação principalmente de exercício intenso). Então o que vai se observar na imagem, um musculo em exercício intenso faz muita glicose, principalmente se for numa situação que excede a capacidade aeróbica. Então ele faz glicose e produz muito piruvato, mais piruvato do que da para transformar em Acetil-CoA, uma parte desse piruvato vai passar por um processo de fermentação vai virar lactato, uma outra parte desse piruvato pode ser usada como cadeia carbônica para formação de alanina. Mas da onde vem o grupo amina? Ele vem da degradação de proteínas musculares, então proteínas musculares sendo degradadas liberam aminoácidos, esses aminoácidos transferem seu grupo amino para um alpha-cetoglutarato formando glutamato e esse glutamato transfere o grupo amino para um piruvato formando alanina e devolvendo alpha-cetoglutarato para o ciclo do ácido cítrico. Então essas proteínas musculares podem liberar aminoácidos cuja a cadeia carbônica pode ser usada como fonte de energia, o grupo amino vai para um glutamato o glutamato vai para alanina e a cadeia carbônica continua no musculo podendo fazer parte dos mecanismos de geração de ATP. Essa alanina contendo a cadeia carbônica de piruvato e o grupo amino do glutamato vai ser lançada na circulação, na circulação ela vai ser captada pelo fígado e no fígado ela transfere seu grupo amino por um alpha-cetoglutarato e forma o glutamato e esse glutamato vai para a mitocôndria e libera amônio nesse caso da imagem para a produção de ureia. E o piruvato que sobrou com a cadeia carbônica da alanina vai ser usado no fígado para produção da glicose, que vai ser lançada na circulação e aproveitada pelo musculo formando então um círculo, entre alanina e piruvato. Então lembrando que os aminoácidos que podem ser aproveitados em outras proteínas vão ser aproveitados até antes de entrar na mitocôndria, logo, esse glutamato por exemplo que estava no citosol do hepatócito pode ser aproveitado como fonte de grupo amino para síntese de outros aminoácidos, mas se a via de síntese estiver inibida e a via católica (via de degradação estiver estimulada) então esse grupo amino vai ser transportado para dentro da mitocôndria e ser preparado para excreção e varia de espécie. Por exemplo: em peixes tem liberação de amônio (peixes tem essa vida em ambiente aquático permite a liberação, a solubilização fácil desse amônio semocorrer efeitos tóxicos nesses animais), em aves e repteis terá a liberação de ácido úrico (que carrega vários nitrogênios apesar de demandar pouca água, logo, em animais que tem restrições de água esse é um mecanismo interessante de excreção de nitrogênio), já em diversos vertebrados terrestres a gente vai ter a produção de ureia (logo veremos como essa ureia vai ser liberada), em plantas a maior parte do grupo amino vais ser reciclado e em microrganismos você terá a liberação do meio ou o reaproveitamento. Ciclo da Ureia Esse carbomoil fosfato vai participar de uma via cíclica chamada de ciclo da ureia, logo, ele é ponto de entrada dessa via, ele vai se ligar a uma molécula de ornitina que é um aminoácido formando citrulina, depois essa citrulina vai ser transformada em argininosuccinato (usando pra isso um aspartado) que libera uma parte grande da cadeia carbônica do radical dele na forma de fumarato e sobra arginina que é um aminoácido encontrado em proteínas. Essa arginina vai liberar ureia e o restante da cadeia é uma ornitina (voltando então ao primeiro intermediário que foi visto, caracterizando uma via cíclica). Temos na figura que mostra um esquema geral desse ciclo da ureia (uma via que leva a produção de ureia). A questão crítica da mitocôndria do hepatócito é a enzima carbomoyl-fosfato- sintetase I essa enzima sintetiza esse composto chamado carbomoyl fosfato usando como substratos amônio, bicarbonato e ATP, então ela vai produzir o carbomyl fosfato contendo o nitrogênio desse amônio o carbono do bicarbonato e o fosfato do ATP, então ela usa 2 ATP e gera 2 ADP, um fosfato inorgânico. Essa enzima só existe na matriz mitocondrial do hepatócito, então por isso tem todos esses mecanismos de transporte de nitrogênio para essa mitocôndria do hepatócito. Então começando pela produção de carbomoil fosfato. A gente terá essa enzima carbomoil fosfato sintetase I usando amônio, acido carbônico e ATP para produzir o Carbomoil fosfato, esse carbomoil fosfato se liga ao radical dessa ornitina (aminoácido) e na hora dessa ligação o fosfato é liberado e forma a Citrulina (que também é um aminoácido), essa citrulina se liga a um aspartato e com gasto de energia (2 atp) forma o argininosuccinato. Vale ressaltar, que todos os nitrogênios que estão no argininosuccinato vieram do glutamato ou da glutamina. Esse argininosucctinato vai perder o componente que está marcado de vermelho na forma de fumarato e o que sobra é uma arginina. A enzima arginase libera o finalzinho da cadeia carbônica da arginina na forma de ureia (que tem aqueles dois nitrogênios e um carbono) e ornitina, concluindo então a via cíclica. Então... a gente viu que existe alguma correlação desses componentes nos metabolismos de aminoácidos com o ciclo do ácido cítrico, como exemplo a historia do alpha-cetoglutarato e o fumarato. Então vamos dar uma olhadinha numa figura que mostra a correlação do ciclo da ureia e do ciclo de Krebs. ➔ Coordenação com o ciclo de Krebs E como que é controlado esse ciclo da ureia? A gente vai ter um mecanismo de controle mais lento que depende de uma síntese de uma enzima chamada carbamoil-P-sintetase I que não é uma enzima do ciclo, mas é a enzima que produz o ponto de entrada do ciclo, então ela pode limitar o ciclo por falta de substrato e também da síntese das próprias enzimas do ciclo. Esse mecanismo de regulação vai ser muito utilizado em situações prolongadas, quando fala de desnutrição ou uso excessivo de aminoácidos/proteínas, se você tem situações que demanda muito o uso do ciclo da ureia, você vai induzir a síntese dessas enzimas. Mas e o animal que faz uma ingestão pontual e excessiva de proteínas? Ele precisa ter uma regulação rápida no ciclo da ureia, visto que as células do fígado dele vão ser expostas a uma grande quantidade de aminoácidos rapidamente. Assim existe uma regulação alostérica de carbamoil-P- sintetase I que vai acelerar o processo de formação do carbamoil-P-sintetase I e uso do ciclo da ureia. x Como é que funciona o aproveitamento de energia aqui? Primeiro esse mecanismo não é prioritário em termos de fornecimento de energia, visto que é um mecanismo que tem um gasto alto, ele gasta 4 grupos fosfatos de alta energia tanto no ciclo da ureia quanto no preparo para ele, logo, tem esse gasto de ATP como preparo desse grupo amino para liberação. Sendo assim, vai dar um desvio de 15% da energia da cadeia carbônica desses aminoácidos, então não é uma estratégia que aproveita bem essa energia. Como é que serão tratadas essas cadeias carbônicas? Vão ser tratadas praticamente em 20 vias catabólicas diferentes. Quais serão os produtos obtidos dessas cadeias carbônicas? Aminoácidos que produzem intermediários do ácido cítrico, ou que produzem intermediários da neoglicogenise ou da cetogenese (síntese de corpos cetonicos). Alguns vão levar a produção de acetil-CoA, ou a produção de alpha-cetoglutarato, ou succinil-CoA Tópico 07: Degradação de nucleotídeos Resumo: O que a gente viu até agora no contexto de vias catabólicas foi sendo o grupo de biomoléculas, logo vimos o eixo central do catabolismo com base nos carboidratos, depois lipídeos e depois proteínas e agora será finalizada a via catabólica dessas moléculas com os nucleotídeos. Para os carboidratos de lipídeos a gente chegou a ver mais em detalhes porque são os grupos de moléculas usadas com mais frequência como reserva de energia, logo, são as reservas mais abundantes nos animais. Já nas proteínas vimos que elas também são usadas em reserva de energia, mas quando se tem aquela questão de dificuldade da obtenção do nitrogênio, no gasto de energia para a excreção desse nitrogênio, elas são usadas pouco como meios frequentes, também tem aquela questão do reaproveitamento dos grupos aminos, agora nos nucleotídeos veremos uma situação que vai um pouco além disso, esses nucleotídeos vão ser degradados não a uma resposta de uma demanda de energia ou a falta de algum nutriente especifico, mas só em resposta ao excedente de nucleotídeos, então quando uma célula animal tem mais nucleotídeo que ela precisa que ela consegue usar esse excedente acaba sendo degradado, logo, essa via não vai responder a estímulos a demanda de energia ou a hipoglicemia, ela vai responder ao excesso. (No caso dos nucleotídeos iremos observar que o proveniente da alimentação é uma grande margem predominante e uma o outra situação que está na reservada pode se acrescentar a isso e o que é sintetizado não é degradado, visto que se a via de síntese está ativada a via de degradação estará inibida) Introdução: ➔ Ingeridos • Resistentes ao HCL gástrico (e no estômago também não tem nenhuma enzima que conseguem clivar essa molécula) • Digeridos por nucleases pancreáticas e fosfodiesterases (no duodeno é que começa o processo de digestão dessas moléculas, vão ser digeridas por nucleases e fosfodiesterases, que são secretadas no caso das nucleases pelo pâncreas e as fosfodiesterases pela mucosa) • Degradados por nucleotidases e fosfatases para liberação de nucleosídeos (que podem ser absorvidos). ➔ Destino das bases nitrogenadas • Reutilização (maioria) ❖ Vias de ´´salvamento´´ • Degradação e excreção ❖ Ácido úrico ❖ Ureia • Degradação a base nitrogenadas e ribose Então quando esses nucleosídeos são processados eles liberam as bases nitrogenadas, e essas bases nitrogenadas podem ou seguir esses processos de degradação e vão ter seus nitrogênios excretados como ácido úrico ou ureia, ou então elas podem ser reutilizadas, da mesma forma como os aminoácidos a via de preferencial é a de reaproveitamento.
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