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Glândula Tireoide

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Resumo Ross 
Glândula Tireoide
A glândula tireoide está localizada na região anterior do pescoço, adjacente à laringe e à traqueia.
A glândula tireoide consiste em dois grandes lobos laterais conectados por um istmo, estão situados em cada lado da laringe e na parte superior da traqueia. Com frequência, um lobo piramidal estende-se superiormente a partir do istmo. Os folículos da tireoide constituem as unidades funcionais da glândula.
A glândula tireoide desenvolve-se a partir do revestimento endodérmico do assoalho da faringe primitiva.
A glândula tireoide começa a se desenvolver durante a quarta semana de gestação. O primórdio cresce no sentido causal e forma uma invaginação semelhante a um ducto, conhecida como ducto tireoglosso. 
Após a sua fusão com a tireoide, as células do corpo ultimobraquial se dispersam entre os folículos, dando origem às células parafoliculares, que se tornam incorporados no epitélio folicular.
O folículo tireoidiano constitui a unidade estrutural e funcional da glândula tireoide. O fólico tireoidiano, com uma parede formada por epitélio simples cuboide ou colunar baixo, o epitélio folicular. Os folículos contêm massa gelatinosa, denominada coloide. As superfícies apicais das células foliculares estão em contato com o coloide, enquanto as superfícies basais repousam sobre uma lâmina basal típica.
O epitélio folicular é composto de dois tipos de células: foliculares e células parafoliculares.
Composto por dois tipos de células:
 células foliculares (células principais) são responsáveis pela produção dos hormônios tireoidianos T4 e T3. As células foliculares exibem um citoplasma basal ligeiramente basófilo, com núcleos esféricos que contêm um ou mais nucléolos proeminentes. O complexo de Golgi exibe uma posição supranuclear. Na região basal, observa-se a existência de numerosos perfis de reticulo endoplasmático rugoso (RER). No citoplasma apical, observa-se a existência de numerosas vesículas endocitóticas, identificadas como gotículas de reabsorção coloidal, e lisossomos.
 As células parafoliculares (células C) estão localizadas na periferia do epitélio folicular e situam-se dentro da lâmina basal dos folículos. Secretam calcitonina, um hormônio que regula o metabolismo do cálcio. 
A função da glândula tireoide é essencial para o crescimento e o desenvolvimento normais
 A tiroxina (3,3″,5,5″-tetraiodotironina, T4) e a 3,3″,5-tri-iodotironina (T3) são sintetizadas e secretadas por células foliculares. Regulam o metabolismo basal celular e tecidual, a produção de calor, e além disso influenciam o crescimento e o desenvolvimento do corpo. A secreção desses hormônios é regulada pelo TSH liberado da adeno-hipófise.
 A calcitonina (tireocalcitonina) é sintetizada pelas células parafoliculares (células C) e atua como antagonista fisiológico do paratormônio. Importante papel na regulação dos níveis séricos de cálcio. A calcitonina reduz os níveis sanguíneos de cálcio ao suprimir a ação reabsortiva dos osteoclastos. Promove o depósito de cálcio no osso, aumentando a taxa de calcificação do osteoide. Regulada pelos níveis sanguíneos de cálcio. Os níveis elevados de cálcio estimulam a secreção, enquanto baixos níveis a inibem. A calcitonina é secretada por vários tumores endócrinos por, exemplo, carcinoma medular de tiroide, é usada como marcador tumoral para monitorar o progresso da recuperação após ressecção cirúrgica do tumor. Nenhuma doença clínica foi associada à sua deficiência ou até mesmo à sua ausência após tireoidectomia total.
A glândula tireoide secreta uma quantidade substancialmente maior de T4 que de T3; no entanto, cerca de 40% da T4 sofre conversão periférica em T3, que é um hormônio mais potente e que atua mais rapidamente.
A deficiência de T3 e de T4 durante o desenvolvimento tem como consequência neurônios em menor número e de menor tamanho, mielinização defeituosa e grave incapacidade intelectual.
O principal componente de coloide é a tireoglobulina, uma forma inativa de armazenamento dos hormônios tireoidianos
A tireoglobulina não é um hormônio, mas uma forma inativa de armazenamento dos hormônios tireoidianos. Os hormônios tireoidianos ativos são liberados da tireoglobulina e lançados nos capilares sanguíneos fenestrados que circundam os folículos somente após processamento celular adicional. Ela armazena grandes quantidades de seu produto secretor no meio extracelular.
A síntese de hormônio tireoidiano envolve diversas etapas.
tiroxina (T4) e a tri-iodotironina (T3)
1. Síntese de tireoglobulina: o precursor da tireoglobulina é sintetizado no RER das células epiteliais foliculares. A tireoglobulina é glicosilada no complexo de Golgi após tradução no RER, antes de ser acondicionada em svesículas e secretada por exocitose no lúmen do folículo.
2. Reabsorção, difusão e oxidação do iodeto: As células epiteliais foliculares transportam ativamente o iodeto do sangue para dentro de seu citoplasma, , utilizando simportadores de sódio/iodeto (NIS), dependentes de ATPase. O NIS é uma proteína que medeia a captação ativa de iodeto. Essas células são capazes de estabelecer uma concentração intracelular de iodeto, os íons iodeto são transportados até o lúmen do folículo pelo transportador de iodeto/cloreto, denominado pendrina. O iodeto é imediatamente oxidado a iodo, a forma ativa do iodeto. Esse processo ocorre no coloide e é catalisado pela enzima tireoide peroxidase (TPO) ligada à membrana.
3. Iodação da tireoglobulina. Esse processo ocorre no coloide, na superfície microvilosa das células foliculares, e também é catalisado pela tireoide peroxidase (TPO). monoidotirosina (MIT). Forma um resíduo de di-iodotirosina (DIT).
4. Formação da T3 e da T4: Os hormônios tireoidianos são formados por reações de acoplamento oxidativas de dois resíduos de tirosina iodados próximos um do outro. Quando dois resíduos de DIT e MIT vizinhos sofrem uma reação de acoplamento, ocorre formação de T3; quando dois resíduos de DIT reagem entre si, há formação de T4.
5. Reabsorção de coloide: Se os níveis de TSH permanecerem elevados, a quantidade de coloide no folículo será reduzida, uma vez que ele é sintetizado, secretado, iodado e reabsorvido com muita rapidez para se acumular.
 Na via lisossômica, a tireoglobulina é internalizada e transportada dentro de vesículas endocitóticas para os endossomos jovens. A reabsorção da tireoglobulina nesse estágio pode ser confirmada pela existência de grandes vesículas endocíticas, denominadas gotículas de reabsorção de coloide. Em seguida, a tireoglobulina é degradada por proteases lisossômicas em seus constituintes de aminoácidos e carboidratos, deixando livres as moléculas de T4, T3, DIT e MIT. Em condições fisiológicas, é a principal via de reabsorção de coloide.
 Na via transepitelial, a tireoglobulina é transportada intacta da superfície apical para a superfície basolateral das células foliculares. Para entrar nessa via a tireoglobulina liga-se a seu receptor, a megalina. A tireoglobulina internalizada pela megalina evita a via lisossômica, e as vesículas endocíticas são liberadas na membrana basolateral das células foliculares. Em condições patológicas de alta estimulação de TSH ou de estimulação TSH-semelhante, a expressão da megalina aumenta, e grandes quantidades de tireoglobulina seguem a via transepitelial. Essa via pode reduzir o grau de liberação de T4 e de T3 pelo desvio da tireoglobulina da via lisossômica. 
6. Liberação de T4 e de T3: As células foliculares produzem predominantemente T4. A maior parte da T4 e T3 produzida é desacoplada da tireoglobulina na via lisossômica, e apenas quantidades insignificantes de T4 e T3 são liberadas das células ligadas à tireoglobulina. A maior parte dos hormônios liberados liga-se imediatamente a uma proteína plasmática específica (54 kDa), a globulina de ligação da tiroxina (TBG) (< 70%), ou a uma fração de pré-albumina da proteína sérica, denominada transtiretina. Os hormônios circulantes livres também atuam no sistema de retroalimentação que regula a atividade secretora da tireoide. Um terçoda T4 circulante sofre conversão em T3 em órgãos periféricos, como o rim, o fígado e o coração. A T3 é cinco vezes mais potente que a T4, e é a principal responsável pela atividade biológica, por meio de sua ligação aos receptores nucleares nas células-alvo.
O transporte através da membrana celular é essencial para a ação e o metabolismo dos hormônios tireoidianos.
Os hormônios tireoidianos são transportados através das membranas celulares por várias moléculas transportadoras de hormônios tireoidianos. No SNC, a T3 e a T4 são transportadas através da barreira hematencefálica até as células nervosas e gliais pelo transportador de monocarboxilato 8 (MCT8) e MCT10, bem como por uma família de polipeptídios transportadores de ânions orgânicos (OATP). O MCT8 também é encontrado no coração, no rim, no fígado e no músculo esquelético. A ocorrência de mutações no gene MCT8 provoca grave incapacidade psicomotora e intelectual associada a níveis séricos elevados de T3 em homens acometidos, uma condição conhecida como síndrome de Allan-Herndon-Dudley. Como a T3 não é utilizada pelas células nervosas, quantidades excessivas desse hormônio continuam circulando no sangue, causando sinais e sintomas de toxicidade do hormônio tireoidiano.
O hormônio tri-iodiano (T3) é biologicamente mais ativo que a tiroxina (T4)
As moléculas de T3 e de T4 interagem com um receptor nuclear de tireoide específico. A T3 liga-se a receptores nucleares muito mais rapidamente e com maior afinidade que a T4, razão pela qual a T3 é de ação mais rápida e biologicamente mais ativa que a T4. A atividade biológica e o efeito metabólico dos hormônios tireoidianos são determinados, em grande parte, pela concentração intracelular de T3.
Diversos fatores têm impacto na concentração intracelular de T3. Estes incluem a concentração sérica de T3, que depende da taxa de conversão da T4 em T3 nos órgãos periféricos; o transporte dos hormônios tireoidianos através da membrana celular por transportadores especializados de hormônios da tireoide; e a existência de enzimas iodotironina desiodinases, que ativam ou inativam os hormônios tireoidianos. Tanto a T3 quanto a T4 são desiodadas e desaminadas nos tecidos-alvo, conjugadas no fígado e, em seguida, transferidas para a bile, na qual são excretadas no intestino. Os hormônios conjugados e livres também são excretados pelos rins.
Os hormônios tireoidianos desempenham papel essencial no desenvolvimento normal do feto
Nos seres humanos, os hormônios tireoidianos são essenciais para o crescimento e o desenvolvimento normais do feto. Durante a gravidez normal, tanto a T3 quanto a T4 atravessam a barreira placentária e são de importância crítica nos estágios iniciais de desenvolvimento do encéfalo. Além disso, a glândula tireoide fetal começa a funcionar com 14 semanas de gestação e também contribui com hormônios tireoidianos adicionais. 
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