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Afecções do neonato-ruminantes (2)

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17/08/2023
Introdução a Medicina de 
Produção
João Paulo Andrade
Medicina de produção
É a utilização de várias ferramentas da produção - nutrição,
ambiente, genética e sanidade - dentro de um programa bem
manejado e monitorado por índices.” (Herrick, 1990)
Medicina de Produção
Os programas estabelecidos nesta filosofia são
baseados em sistemas de prevenção e
monitoramento. E começam por desenvolver
um plano de ação estabelecendo objetivos e
metas para a saúde do rebanho (Nordlund,
2004).
BLOOD,1985
Medicina de Produção
As enfermidades são multifatoriais e não 
ocorrem ao acaso” (Carvalho, 2012)
Redução do prejuízo por doenças 
associadas ao manejo
Mudança de comportamento do produtor e do técnico
Ferramentas:
Medicina de Produção
Epidemiologia
Med. Vet. Preventiva
Clínica e Cirurgia
Patologia
Exames Complementares
Nutrição
Genética
Produção de Leite
Instalações
Bem-Estar Animal Gerenciamento
Medicina de Produção
1 2
3 4
5 6
17/08/2023
Fatores de Risco
Probabilidade de ocorrer
Aquilo que aumenta a 
probabilidade de ocorrer
D-2D-1
FATOR 
DE 
RISCO
D- 3
D-4
D-5
RISCO
FATOR DE RISCO
X
FATOR 
DE 
RISCO
FATOR 
DE 
RISCO
D-1
FATOR 
DE 
RISCO
FATOR 
DE 
RISCO
FATOR 
DE 
RISCO
Medicina de Produção
Fonte: Clínica de Ruminantes – EV / UFMG
Esterco
Disseminação de 
doenças infecciosas
Manutenção de altas 
cargas infecciosas de 
agentes ambientais
Infecções de cascos
Mamite
Metrite
Infecções umbilicais
Verminoses
Coccidiose
Agentes de diarréia de 
bezerros
Tuberculose
Doença de Jonhes
Disseminação de doenças dentro do rebanho
Fatores de risco –Higiene – Manejo de esterco
Ambiente propício ao 
desenvolvimento de 
moscas
Transmissão de 
tristeza parasitária;
Mamite;
Irritação do rebanho
Amolecimento 
dos cascos
Doença
Exposição Prévia Imunidade
Hospedeiro
Agente
Virulência Desafio Instalação Conforto 
Ambiente
O que é Doença?
Conceito “Iceberg” – Doenças Clínicas x Subclínicas
Adaptado de Gay, J. 2005
Clínicos 
Subclínicos 
Normais 
Intensidade
R$
Medicina de Produção
Manifestação Clínica x Sub-clínica
Medicina de Produção
7 8
9 10
11 12
17/08/2023
ESCORE 2
Medicina de Produção
DOENÇA 
SUBCLÍNICA
Exame físico Lesões podais
Exames 
complementa
res
Hipocalcemia subclínica
Mamite subclínica
Cetose subclínica
Acidose ruminal subclínica
Tuberculose
Verminose
Coccidiose etc
Necropsia
Acidose rumenal subclínica
Verminose
Tuberculose, etc
Enfermidades 
associadas
Acidose rumenal subclínica
Hipocalcemia subclínica
Laminite subclínica
Medicina de Produção
Neonatologia em 
ruminantes- Principais 
afecções
João Pulo Andrade
Semanas de vida
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Alterações congênitas
Infecções umbilicais
Septicemia
Estomatites 
Diarreia neonatal
Doença respiratória
Coccidiose
Babesiose
Anaplasmose
Verminose
Principais enfermidades dos bezerros: períodos 
de maior incidência
270 d Gestação Até 48h pós-partoParto
Período Perinatal
> 2 dias Até 30 dias
Período Neonatal
13 14
15 16
17 18
17/08/2023
Mortalidade de bezerros
(Frois et al., 1994 )**
3-64%
(Khan & Khan, 1991)
10-34%
Fatores de risco na criação de bezerros
FASE DE GESTAÇÃO
•Escolha do touro
•Condição sanitária e imunológica da vaca
•Alterações genéticas
•Escore corporal da vaca
•Vacinações
•Saúde da glândula mamária
•Conforto
STRES CALÓRICO PRÉ PARTO
Menor fluxo sanguíneo na 
glândula mamária e 
placenta;
Menor peso dos 
bezerros ao nascimento
Menor produção de 
leite
Menor eficiência na 
transferência de 
imunidade passiva
Monteiro, 2013
• Maternidade
• Localização
• Condições de higiene
• Conforto
• Densidade 
• Escore de limpeza
• Mão de obra
• Cuidados com recém nascidos
Fatores de risco na criação de bezerros
No parto
1- relaxamento e dilatação do cérvix = impaciência,
desconforto, levantar o rabo. Até 24 h.
2- Aparecimento das bolsas: contrações ativas para expulsão 
do bezerro = > tempo
= > mortalidade.
Vacas 30min a 1 hora. Novilhas 1 a 4 horas.
3- liberação da placenta (6 – 12horas) e involução do
útero.
FASE 2 - PARTO
19 20
21 22
23 24
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Maternidade
 normal
 distocia moderada
∆ distocia severa
Temperatura retal de bezerros 20 horas após o parto
(Davis e Drackley, 1998)
Fatores de risco relacionados ao período gestacional e ao 
parto
Distocias
Resumo da análise de regressão logística múltipla de natimortos, morbidade e 
mortalidade em bezerros leiteiros
O valor P para cada termo do modelo junto com as razões de probabilidade e 
intervalos de confiança de 95%. * Diferente (P <0,05) da categoria referente.
(Fonte: Adaptado de Lombard et al., 
2007) 
25 26
27 28
29 30
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Colostragem
Transmissão de imunidade passiva
1- Qualidade: concentração de IgG > 60g/l
2- Quantidade: volume de colostro = 10% pv nas primeiras 2 horas (sonda ou 
mamadeira) e oferecer mais 5% pv nas primeiras 6 a 12 horas por mamadeira
3- Intervalo nascimento- ingestão: administração de colostro tão breve quanto 
possível, até 2 horas.
4- Higiene: evitar contaminação bacteriana. <100 mil UFC/ml
Footer 33
Oportunidade única 
por tempo limitado 
0 12 18 24
Horas
The Compendium 15:335-342, 1993.
A absorção diminui
rápidamente depois do 
nascimento
Os níveis adequados de IgG1 se obtem sómente em
bezerros alimentados com colostro suficiente e de 
boa qualidade até 6 horas após nascimento.
31 32
33 34
35 36
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Prevenção de contaminação do colostro por 
bactérias
Limpar e desinfetar o úbere
Boa manutenção e limpieza do 
equipamento de ordenha
Limpar e desinfetar todo o 
equipamento usado para a coleta, 
armazenamento e fornecimento
do colostro
Usar o colostro imediatamente
37 38
39 40
41 42
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Média qualidade : 1,030 – 1,050
Baixa qualidade: < 1,030
Boa qualidade: > 1,050
Avaliação do colostro:
COLOSTRÔMETRO
Avaliação do colostro:
REFRATOMETRO BRIX
Boa qualidade mínimo de 
25%
> 60 mg de IgG/ml
Avaliação do colostro:
Opções para substituir um colostro fresco de baixa qualidade
43 44
45 46
47 48
17/08/2023
Tá sujo!
Sonda apenas para colostro e soro oral
Jamais para leite
!!!!!!!!!!!!
49 50
51 52
53 54
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Teste do sulfito de 
sódio
Avaliação da transmissão de imunidade passiva
Avaliação da proteína sérica total (PTS):
• 48h vida
• Boa transmissão de imunidade passiva
Refratômetro clínico = bom ≥ 5,8 g/dl, excelente ≥ 6,2 g/dl
REFRATOMETRO BRIX = bom ≥8,9%, excelente ≥ 9,4%
alice.cnptia.embrapa.br
Gestão da colostragem em fazendas
Godden et al, 2019
Footer 58National Dairy Heifer Evaluation Project, NAHMS, 1993
Relação entre mortalidade e níveis de 
anticorpos fornecidos por colostro
Falha de trasferencia passiva (FTP)
4 X mais mortes aos 60 días
Semanas de vida
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Alterações congênitas
Infecções umbilicais
Septicemia
Diarreia neonatal
Doença respiratória
Coccidiose
Babesiose
Anaplasmose
Verminose
Principais enfermidades dos bezerros: períodos 
de maior incidência
55 56
57 58
59 60
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Veia 
umbilical
Fígado
Artérias umbilicais
Artéria 
aorta
Ùraco
Bexiga
Onfalopatias / Septicemias
Artérias umbilicais
Úraco
Veia umbilical
URACOARTÉRIASVEIA
Abcesso
Hepático
Sepse
Sepse
Poliartrite
Pneumonia
Encefalite
Cistite
Nefrite
Processos infecciosos originados no umbigo
Umbigo
https://blog.prodap.com.br/parto-distocico-em-vacas/
61 62
63 64
65 66
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Comecei 
mal!!!!
67 68
69 70
71 72
17/08/2023
Prevenção das infecções umbilicais
Manejo Monitoramento
Desinfecção do umbigo: Tintura de iodo 
a 10% o mais rápido possível
Palpação das estruturas externas e 
internas do umbigo na segunda 
semana de vida.
Alojar o bezerro em um ambiente limpo Meta <5% de infecções umbilicais 
Semanas de vida
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Alterações congênitas
Infecções umbilicais
Septicemia
Estomatites 
Diarreia neonatal
Doença respiratória
Coccidiose
Babesiose
Anaplasmose
Verminose
Principais enfermidades dos bezerros: períodosde maior incidência
73 74
75 76
77 78
17/08/2023
Diarreia dos bezerros
Etiologia
Infecciosa
Neonatal 0-6 semanas
Não Infecciosa Infecciosa Não Infecciosa
Tardia > 6 semanas
E. coli
Cryptosporidium spp
Rotavírus
Coronavírus
Giardia duodenallis
Eimeria spp
Strongyloides spp
Salmonella spp
Clostridium perfringens
Suscêdaneo de 
leite
Beber ruminal
Eimeria spp
Strongyloides spp
Estrongilideos
Giardia duodenallis
Salmonella spp
Indigestões
Distribuição por 
faixa etária, dos 
principais 
agentes de 
diarreia neonatal 
dos bezerros
Enteropatógeno Idade 
(dias)
Colibacilose < 3 
Criptosporidiose 5 – 35
Coronavírus 4 – 30
Rotavírus 5 - 15
Salmonelose 5 – 42 
Eimeriose > 20 
Helmintoses > 15 
Diarréia dos bezerros – EPIDEMIOLOGIA
Frequência diária de bezerros com diarréia , do nascimento aos 100 dias de idade, no 
Hospital Veterinário da UFMG. (Bitencourt, 2009)
Associação entre 
enteropatógenos 
na diarreia 
neonatal
Patogenia das diarreias dos bezerros
ETEC Salmonela
Eimeria
Cryptosporidium
Rotavírus
Coronavírus
Produção de
enterotoxinas Inflamação
Atrofia de
vilosidades
Hipersecreção
Intestinal
Má digestão
Má absorção
79 80
81 82
83 84
17/08/2023
Patogenia da E. coli K99
Foster e Smith, 2009
Diarréia neonatal dos bezerros
Agentes infecciosos
Criptosporidiose:
Cryptosporidium parvum
Ingestão dos oocistos
Esporocistos
Excistação
Meronte tipo I
Merozoito
Meronte tipo II
Microgametócitos
Microgametas
Fertilização 
Macrogameta
Oocisto
Ciclo de vida do Cryptosporidium spp
Patogenia das diarréias
Atrofia das vilosidades
Salmonelose:Salmonella enterica sorotipos thyphimurium
e dublin
Salmonelose
•Diarreia: enterite fibrino necrótica
•Sepse
•Peritonite
•Pneumonia
•Hepatite
85 86
87 88
89 90
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Coccidiose: E. bovis, E.zuernii
Diarréia dos bezerros
Eimeriose Eimeriose: Lesões intestinais
Temp: 27°C Humidade O2
Contagem de oocistos de Eimeria por grama de fezes (OOPG), de acordo com a espécie, em bezerras e
novilhas, por categoria, de 20 propriedades leiteiras, semi-intensivas, localizadas nas regiões Centro
Oeste e Alto Paranaíba do Estado de Minas Gerais (dezembro de 2006 e janeiro de 2007).
0-60 61-120 121-180 181-360 dias
Diarréia dos bezerros – Etiologia
Eimeriose
91 92
93 94
95 96
17/08/2023
Terapêutico
Terapêutico
Terapêutico
Terapêutico
Profilático
Profilático
Profilático
Profilático
Profilático
Profilático
5-7 dias
5-7 dias
Dose única
5 dias
21 dias
Contínuo
28 dias
Contínuo
30 dias
Contínuo
10-20 mg\kg pv
140 mg\kg pv
20 mg\kg pv
10 mg\kg pv
5 mg\kg pv
16,5-33 g\ton. alimento
1 mg\kg pv
1 mg\kg pv
0,5-1 mg\kg pv
1 mg\kg pv
Sulfaquinoxalina
Sulfametazina
Toltrazuril 1
Amprólio
Monensina
Lasalocid
Decoquinato
Salinomicina 2
UsoPeríodo de 
aplicação
DoseDroga
1 Radostits et al, 2002
2 Facury Filho, 1992
Adaptado de Rebhun, 1995
Principais drogas utilizadas no tratamento e controle da eimeriose 
em bovinos.
Patogenia das diarreias dos bezerros
ETEC Salmonela
Eimeria
Cryptosporidium
Rotavírus
Coronavírus
Produção de
enterotoxinas Inflamação
Atrofia de
vilosidades
Hipersecreção
Intestinal
Má digestão
Má absorção
EXCREÇÃO DIÁRIA DE CONSTITUINTES FECAIS DE BEZERROS 
SADIOS E DIARRÉICOS
Componentes Sadio (S) Diarréia (D) D/S
Água (g) 51,0 927,0 18,2
Matéria seca (g) 12,5 93,5 7,5
Gordura total (g) 4,1 37,4 9,1
Ácidos graxos livres (g) 0,7 18,5 26,4
Proteína bruta (g) 5,5 41,0 7,5
Minerais (g) 1,5 10,5 7,1
Cálcio mM 10,8 49,4 4,6
Magnésio mM 5,7 12,0 2,1
Sódio mM 5,0 41,6 8,3
Potássio mM 2,2 39,9 18,1
Fósforo mM 7,0 31,3 4,4
Coliformes x 108 118,0 2907,0 24,6
pH 6,8 6,0
Perdas:
•Água 18x
•Minerais 7x
•Proteína 7,5x
•Potássio 18x
•Sódio 8x
Tratamento da diarreia
•Fluidoterapia!!!
• Anti-inflamatório não esteroidal: máximo três dias
• Monitorar: exame clínico e temperatura retal >39,4 ou <38,0
• Ceftiofur 5mg/kg duas vezes ao dia 5 dias
• Florfenicol 20mg/kg três dias
• Enroflaxocino 7,5 mg/kg dose única
• Sulfa com Trimetropin 20mg/kg por 5 dias 
(Mc Guirk, 2008).
Equilíbrio EletrolíticoEquilíbrio Eletrolítico
LEC e LIC
Na+ (132-152)
Cl- (97-111)
K+ (3,9-5,8)
HCO3- (20-30)
97 98
99 100
101 102
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Concentração iônica aproximada dos compartimentos 
corporais 
Bezerros Hígidos (35) Bezerros diarréicos (24)
Parâmetros P (%) P (%)
Na+ 137.0± 1.8A 17 131,3± 7,0B 70
Cl- 99.1± 2.1A 14 99,5 ± 0,9A 24
K+ 4.46± 0,32A 29 4.87± 0,64B 54
HCO3- 30.1± 1,5A 11 22.8 ± 2,7B 100
Osm 278±6,8 0 277±7,7 19
*Medias seguidas de letras distintas nas linhas diferem pelo teste T (p<0,05)
Valores médios das concentrações séricas de Na+, Cl-, K+, HCO3- e da osmolaridade (Osm) em mEq/L e
freqüência (P%) de valores fora dos limiares fisiológicos de bezerras hígidas e com diarréia, de três até
os trinta dias de idade. (Freitas,2009).
Diarréia dos bezerros – Disturbios ácido-básicos e eletrolíticos Equilíbrio Ácido-básicoEquilíbrio Ácido-básico
pH
HCO3-HCO3-CO2CO2
acidemia alcalose
COMPONENTE 
RESPIRATÓRIO
COMPONENTE 
METABÓLICO
Equação de Henderson - Hasselbach
H+ + HCO3- ↔ H2CO3- ↔ H2O + CO2
Valores médios de pH sangüíneo, PaCO2, TCO2, HCO3-, Excesso de base (EB), Hiato iônico (AGap) e
lactato sérico e percentual da frequência (P%) de valores fora dos limiares fisiológicos (P) de bezerras
hígidas e com diarréia, dos três até os trinta dias de idade. (Freitas,2009).
Bezerros Hígidos (35) Bezerros diarréicos (24)
Parâmetros P (%) P (%)
pH 7,41±0,03A 11 7,32±0,04B 88
PCO2 (mm/Hg) 47,2±3,1A 26 43,9±4,6B 58
TCO2 (mEq/L) 31,4±1,6A 11 24,1 ±2,9B 100
HCO3- (mEq/L) 30,1±1,5A 11 22.8 ± 2,7B 100
EB (mEq/L) 5,5±1,8A 11 -3,2±3,3B 100
AGap (mEq/L) 12,4±1,7A 17 14,5±1,6B 58
Lactato (mm/L) 1,9±0,5A 29 2,6±0,6B 71
*Medias seguidas de letras distintas nas linhas diferem pelo teste T (p<0,05)
Diarréia dos bezerros – Disturbios ácido-básicos e eletrolíticos
• Porque o Lactato aumenta?
• Ânion gap
(Ewaschuk et al., 2002, 2005; Berchtold, 2009; Lorenz, 2009b; Freitas, 2013) 
AG = [(Na+ + K+) - (Cl- + HCO3-)]
103 104
105 106
107 108
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Mecanismos de compensação de distúrbios 
ácido-base
1. Respiratório
H+ + HCO3- ↔ H2CO3 ↔ H2O + CO2
2. Renal
Acidúria
3. Celular
Troca de K+ por H+
Equação de Henderson - Hasselbach
Diarreia dos Bezerros Evolução clínica
Fonte: Freitas, 2009
Desidratação
Hiponatremia
Hipercloremia
Acidose metabólica
Hipercalemia relativa
Hipoglicemia
Sepse
Comportamento
Turgor de pele
Umidade das mucosas
Temperatura das extremidades
TPC
Avaliação da desidratação
Diagnóstico da desidratação
Apresentação Clínica Enoftalmia Elasticidade da pele Desidratação (%)
Em pé, mamando 2-3mm 2-3seg 6-7(discreta)
Em pé, mamada deprimida 4-6mm 3-5seg 8-9 (moderada)
Decúbito esternal, não mama 7-8mm 5-10seg 10-11 (intensa)
Sem resposta a estímulos, 
extremidades frias. 9-12mm >10seg
≥12
(coma/morte)
Adaptado de England, 2008 e Smith, 2009
Como calcular a fluido? 
• Desidratação (%) x PC (Kg)Reposição
• 80-120 mL/Kg/diaManutenção
• 50-150ml/kg/dia para 
bezerros com diarreia
Perdas 
contínuas
Qual a via a ser utilizada? 
Oral Intravenosa
109 110
111 112
113 114
17/08/2023
Tratamento das diarreias dos bezerros
Fluidoterapia Oral
MOMENTO
• O MAIS 
PRECOCE 
POSSÍVEL
• NO INÍCIO DO 
QUADRO DE 
DIARREIA
VIA
• VIA ORAL ATÉ 
DESIDRATAÇÃO 
MODERADA
COMPOSIÇÃO
• Soluções 
alcalinizantes
• Glicose
• Na; Cl; K
• Agua
VOLUME
• 100 
mL/KG 
PV/DIA
Vantagens
Fisiológico Barato Fácil
Composição eletrolítica oral
• Bezerros
Cloreto de sódio-------- 5g
Cloreto de potássio-----1g
Bicarbonato de sódio 4g ou Acetato 
de Sódio Tri-hidratado– 6g 
Glicose de milho------ 20 g
Água ------------------ 1 litro
Osmolaridade 395 mOsm/l
Material
Fotos: Clínica de Ruminantes –EV/UFMG
Formas de hidratação oral
Fotos: Clínica de Ruminantes –EV/UFMG
115 116
117 118
119 120
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Fluidoterapia oral:
Métodos de Fornecimento
Fluidos disponíveis
Nome Apresentação Ingredientes
(g/L)
RecomendaçãoPreço 
(R$)/L
Nutronlyt Sacos de 1kg ----------------- 50g/L ----
Glutellac Plaquete de 50mL
1,6g NaCl
1,6g KCl
9,16g Acetato Na
9,75g Dextrose
25mL/L 4,15
Rehydion Frasco de 320mL
1,6g NaCl
1,3g KCl
Formiato Na
Diacetato Na
Glicose
20mL/L ±3,50
UFMG -----------------
5,0g NaCl
1,0g KCl
4,0g NaHCO3
20,0g Glicose
30g/L 0,13
Recomendações
Fotos: Freitas, 2009
Deve começar assim que a diarreia inicia e
permanecer enquanto dure
Meganck et al. , 2014
Fluidoterapia
Intravenosa
121 122
123 124
125 126
17/08/2023
Indicações
Fotos: Ferreira, 2015
Soluções para uso intravenoso
Solução Componentes (mEq/L) Glicose
(mOsm/L) (mOsm/L)Na+ K+ Ca2+ Cl- HCO3- Lactato
PLasma 132-
146
3-
5
4-5 99-
110
20-36 2 -------- 280-320
NaCl 0,9% 154 -- --- 154 --- --- --- 308
Ringer 147,5 4 4,5 156 --- --- --- 312
Ringer Lactato 130 4 3 109 --- 28 --- 274
Glicose 5% --- -- --- --- --- --- 252 252
Glicofisiológico 154 -- --- 154 --- --- 252 560
NaCl 7,5% 1200 -- --- 1200 --- --- --- 2400
NaHCO3 8,4% 1000 -- --- --- 1000 --- --- 2000
Por que soluções ricas em Cl- são 
acidificantes?
Na+
K+
Ca2+
Mg2+
Cl-
HCO3-
HPO42-
Outros
Cátions Ânions
Metabolismo do Lactato
1. Gliconeogênese:
2 CH3CHOHCOO (lactato) + 2 H+
↓
C6H12O6 (glicose)
2. Metabolismo oxidativo:
CH3CHOHCOO (lactato) + H+ + 3 O2
↓
3 CO2+ H20
Hidratação
Exemplo:
- bezerro de 40Kg PV com diarréia intensa
- 10% de desidratação
Déficit = 40 x 10% = 4 lts
Mantença = 100ml/kg x 40 = 
4 ltsPerdas antecipadas = 100ml/kg x 40 = 
4 lts Total = 12 lts
Correção da acidose metabólica
Cálculo da base requerida:
BR= DB x %LEC X PV
BR= Base requerida
%LEC= Líquido extracelular: Bezerros= 60%
Bovinos adultos = 30%
PV = Peso vivo
Produto de escolha: NaHCO3 8,4%
127 128
129 130
131 132
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Deficit de base (mmol/l)
>8 dias<=8 dias
50Desidratação leve a 
moderada
2010
1510Desidratação grave
105
Fonte: Naylor, 1987
Como calcular a reposição de 
bicarbonato?
Bezerra com diarreia, 40kg PC, déficit de base de
10mEq/L.
LEC = 30-60% l/kg
Déficit x LEC x PC
10mEq/L x 0,6(ou 60%)x 40kg
240mEq de HCO3-
1mL NaHCO3 8,4%  1 mEq HCO3-
240mL NaHCO3 8,4%  240 mEq HCO3-
Hidratação
Bezerro de 40Kg PV com diarréia intensa
10% de desidratação e -10 EB
Déficit = 40 x 10 = 4 lts
Mantença = 100ml/kg x 40 = 4 lts
Perdas antecipadas = 100ml/kg x 40 = 4 lts
Total = 12 litros
Reposiçaõ via endovenosa: 4lts
Mantença =4lts
Perdas via oral=4lts
Déficit x LEC x PC
10mEq/L x 0,6L/Kg x 40kg
240mEq
1mL NaHCO3 8,4%  1 mEq HCO3-
240mL NaHCO3 8,4%  240 mEq
HCO3-
Total:240 ml de uma solução de
NaHCO3 8,4% 
Material
133 134
135 136
137 138
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Onde acessar?
Fotos: Berchtold , 2009
Foto: Clínica de Ruminantes –EV/UFMG
Fluidoterapia
intraperitoneal
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143 144
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Resultado
Beber Ruminal
Acidose Lática em bezerros
Beber Ruminal
Tratamento do Beber ruminal
• Patologia relacionada à passagem de dieta líquida para o rúmen, com 
consequente fermentação e acúmulo de líquido, resultando em acidose 
ruminal.
retirada do conteúdo ruminal com sonda esofágica
fornecimento de 50 g de NaHCO3/100 mL
de água morna por sonda esofágica,
Amoxilina oral (1 g/dia, duas vezes ao dia).
hidratação endovenosa 
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