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17/08/2023 Introdução a Medicina de Produção João Paulo Andrade Medicina de produção É a utilização de várias ferramentas da produção - nutrição, ambiente, genética e sanidade - dentro de um programa bem manejado e monitorado por índices.” (Herrick, 1990) Medicina de Produção Os programas estabelecidos nesta filosofia são baseados em sistemas de prevenção e monitoramento. E começam por desenvolver um plano de ação estabelecendo objetivos e metas para a saúde do rebanho (Nordlund, 2004). BLOOD,1985 Medicina de Produção As enfermidades são multifatoriais e não ocorrem ao acaso” (Carvalho, 2012) Redução do prejuízo por doenças associadas ao manejo Mudança de comportamento do produtor e do técnico Ferramentas: Medicina de Produção Epidemiologia Med. Vet. Preventiva Clínica e Cirurgia Patologia Exames Complementares Nutrição Genética Produção de Leite Instalações Bem-Estar Animal Gerenciamento Medicina de Produção 1 2 3 4 5 6 17/08/2023 Fatores de Risco Probabilidade de ocorrer Aquilo que aumenta a probabilidade de ocorrer D-2D-1 FATOR DE RISCO D- 3 D-4 D-5 RISCO FATOR DE RISCO X FATOR DE RISCO FATOR DE RISCO D-1 FATOR DE RISCO FATOR DE RISCO FATOR DE RISCO Medicina de Produção Fonte: Clínica de Ruminantes – EV / UFMG Esterco Disseminação de doenças infecciosas Manutenção de altas cargas infecciosas de agentes ambientais Infecções de cascos Mamite Metrite Infecções umbilicais Verminoses Coccidiose Agentes de diarréia de bezerros Tuberculose Doença de Jonhes Disseminação de doenças dentro do rebanho Fatores de risco –Higiene – Manejo de esterco Ambiente propício ao desenvolvimento de moscas Transmissão de tristeza parasitária; Mamite; Irritação do rebanho Amolecimento dos cascos Doença Exposição Prévia Imunidade Hospedeiro Agente Virulência Desafio Instalação Conforto Ambiente O que é Doença? Conceito “Iceberg” – Doenças Clínicas x Subclínicas Adaptado de Gay, J. 2005 Clínicos Subclínicos Normais Intensidade R$ Medicina de Produção Manifestação Clínica x Sub-clínica Medicina de Produção 7 8 9 10 11 12 17/08/2023 ESCORE 2 Medicina de Produção DOENÇA SUBCLÍNICA Exame físico Lesões podais Exames complementa res Hipocalcemia subclínica Mamite subclínica Cetose subclínica Acidose ruminal subclínica Tuberculose Verminose Coccidiose etc Necropsia Acidose rumenal subclínica Verminose Tuberculose, etc Enfermidades associadas Acidose rumenal subclínica Hipocalcemia subclínica Laminite subclínica Medicina de Produção Neonatologia em ruminantes- Principais afecções João Pulo Andrade Semanas de vida 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Alterações congênitas Infecções umbilicais Septicemia Estomatites Diarreia neonatal Doença respiratória Coccidiose Babesiose Anaplasmose Verminose Principais enfermidades dos bezerros: períodos de maior incidência 270 d Gestação Até 48h pós-partoParto Período Perinatal > 2 dias Até 30 dias Período Neonatal 13 14 15 16 17 18 17/08/2023 Mortalidade de bezerros (Frois et al., 1994 )** 3-64% (Khan & Khan, 1991) 10-34% Fatores de risco na criação de bezerros FASE DE GESTAÇÃO •Escolha do touro •Condição sanitária e imunológica da vaca •Alterações genéticas •Escore corporal da vaca •Vacinações •Saúde da glândula mamária •Conforto STRES CALÓRICO PRÉ PARTO Menor fluxo sanguíneo na glândula mamária e placenta; Menor peso dos bezerros ao nascimento Menor produção de leite Menor eficiência na transferência de imunidade passiva Monteiro, 2013 • Maternidade • Localização • Condições de higiene • Conforto • Densidade • Escore de limpeza • Mão de obra • Cuidados com recém nascidos Fatores de risco na criação de bezerros No parto 1- relaxamento e dilatação do cérvix = impaciência, desconforto, levantar o rabo. Até 24 h. 2- Aparecimento das bolsas: contrações ativas para expulsão do bezerro = > tempo = > mortalidade. Vacas 30min a 1 hora. Novilhas 1 a 4 horas. 3- liberação da placenta (6 – 12horas) e involução do útero. FASE 2 - PARTO 19 20 21 22 23 24 17/08/2023 Maternidade normal distocia moderada ∆ distocia severa Temperatura retal de bezerros 20 horas após o parto (Davis e Drackley, 1998) Fatores de risco relacionados ao período gestacional e ao parto Distocias Resumo da análise de regressão logística múltipla de natimortos, morbidade e mortalidade em bezerros leiteiros O valor P para cada termo do modelo junto com as razões de probabilidade e intervalos de confiança de 95%. * Diferente (P <0,05) da categoria referente. (Fonte: Adaptado de Lombard et al., 2007) 25 26 27 28 29 30 17/08/2023 Colostragem Transmissão de imunidade passiva 1- Qualidade: concentração de IgG > 60g/l 2- Quantidade: volume de colostro = 10% pv nas primeiras 2 horas (sonda ou mamadeira) e oferecer mais 5% pv nas primeiras 6 a 12 horas por mamadeira 3- Intervalo nascimento- ingestão: administração de colostro tão breve quanto possível, até 2 horas. 4- Higiene: evitar contaminação bacteriana. <100 mil UFC/ml Footer 33 Oportunidade única por tempo limitado 0 12 18 24 Horas The Compendium 15:335-342, 1993. A absorção diminui rápidamente depois do nascimento Os níveis adequados de IgG1 se obtem sómente em bezerros alimentados com colostro suficiente e de boa qualidade até 6 horas após nascimento. 31 32 33 34 35 36 17/08/2023 Prevenção de contaminação do colostro por bactérias Limpar e desinfetar o úbere Boa manutenção e limpieza do equipamento de ordenha Limpar e desinfetar todo o equipamento usado para a coleta, armazenamento e fornecimento do colostro Usar o colostro imediatamente 37 38 39 40 41 42 17/08/2023 Média qualidade : 1,030 – 1,050 Baixa qualidade: < 1,030 Boa qualidade: > 1,050 Avaliação do colostro: COLOSTRÔMETRO Avaliação do colostro: REFRATOMETRO BRIX Boa qualidade mínimo de 25% > 60 mg de IgG/ml Avaliação do colostro: Opções para substituir um colostro fresco de baixa qualidade 43 44 45 46 47 48 17/08/2023 Tá sujo! Sonda apenas para colostro e soro oral Jamais para leite !!!!!!!!!!!! 49 50 51 52 53 54 17/08/2023 Teste do sulfito de sódio Avaliação da transmissão de imunidade passiva Avaliação da proteína sérica total (PTS): • 48h vida • Boa transmissão de imunidade passiva Refratômetro clínico = bom ≥ 5,8 g/dl, excelente ≥ 6,2 g/dl REFRATOMETRO BRIX = bom ≥8,9%, excelente ≥ 9,4% alice.cnptia.embrapa.br Gestão da colostragem em fazendas Godden et al, 2019 Footer 58National Dairy Heifer Evaluation Project, NAHMS, 1993 Relação entre mortalidade e níveis de anticorpos fornecidos por colostro Falha de trasferencia passiva (FTP) 4 X mais mortes aos 60 días Semanas de vida 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Alterações congênitas Infecções umbilicais Septicemia Diarreia neonatal Doença respiratória Coccidiose Babesiose Anaplasmose Verminose Principais enfermidades dos bezerros: períodos de maior incidência 55 56 57 58 59 60 17/08/2023 Veia umbilical Fígado Artérias umbilicais Artéria aorta Ùraco Bexiga Onfalopatias / Septicemias Artérias umbilicais Úraco Veia umbilical URACOARTÉRIASVEIA Abcesso Hepático Sepse Sepse Poliartrite Pneumonia Encefalite Cistite Nefrite Processos infecciosos originados no umbigo Umbigo https://blog.prodap.com.br/parto-distocico-em-vacas/ 61 62 63 64 65 66 17/08/2023 Comecei mal!!!! 67 68 69 70 71 72 17/08/2023 Prevenção das infecções umbilicais Manejo Monitoramento Desinfecção do umbigo: Tintura de iodo a 10% o mais rápido possível Palpação das estruturas externas e internas do umbigo na segunda semana de vida. Alojar o bezerro em um ambiente limpo Meta <5% de infecções umbilicais Semanas de vida 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Alterações congênitas Infecções umbilicais Septicemia Estomatites Diarreia neonatal Doença respiratória Coccidiose Babesiose Anaplasmose Verminose Principais enfermidades dos bezerros: períodosde maior incidência 73 74 75 76 77 78 17/08/2023 Diarreia dos bezerros Etiologia Infecciosa Neonatal 0-6 semanas Não Infecciosa Infecciosa Não Infecciosa Tardia > 6 semanas E. coli Cryptosporidium spp Rotavírus Coronavírus Giardia duodenallis Eimeria spp Strongyloides spp Salmonella spp Clostridium perfringens Suscêdaneo de leite Beber ruminal Eimeria spp Strongyloides spp Estrongilideos Giardia duodenallis Salmonella spp Indigestões Distribuição por faixa etária, dos principais agentes de diarreia neonatal dos bezerros Enteropatógeno Idade (dias) Colibacilose < 3 Criptosporidiose 5 – 35 Coronavírus 4 – 30 Rotavírus 5 - 15 Salmonelose 5 – 42 Eimeriose > 20 Helmintoses > 15 Diarréia dos bezerros – EPIDEMIOLOGIA Frequência diária de bezerros com diarréia , do nascimento aos 100 dias de idade, no Hospital Veterinário da UFMG. (Bitencourt, 2009) Associação entre enteropatógenos na diarreia neonatal Patogenia das diarreias dos bezerros ETEC Salmonela Eimeria Cryptosporidium Rotavírus Coronavírus Produção de enterotoxinas Inflamação Atrofia de vilosidades Hipersecreção Intestinal Má digestão Má absorção 79 80 81 82 83 84 17/08/2023 Patogenia da E. coli K99 Foster e Smith, 2009 Diarréia neonatal dos bezerros Agentes infecciosos Criptosporidiose: Cryptosporidium parvum Ingestão dos oocistos Esporocistos Excistação Meronte tipo I Merozoito Meronte tipo II Microgametócitos Microgametas Fertilização Macrogameta Oocisto Ciclo de vida do Cryptosporidium spp Patogenia das diarréias Atrofia das vilosidades Salmonelose:Salmonella enterica sorotipos thyphimurium e dublin Salmonelose •Diarreia: enterite fibrino necrótica •Sepse •Peritonite •Pneumonia •Hepatite 85 86 87 88 89 90 17/08/2023 Coccidiose: E. bovis, E.zuernii Diarréia dos bezerros Eimeriose Eimeriose: Lesões intestinais Temp: 27°C Humidade O2 Contagem de oocistos de Eimeria por grama de fezes (OOPG), de acordo com a espécie, em bezerras e novilhas, por categoria, de 20 propriedades leiteiras, semi-intensivas, localizadas nas regiões Centro Oeste e Alto Paranaíba do Estado de Minas Gerais (dezembro de 2006 e janeiro de 2007). 0-60 61-120 121-180 181-360 dias Diarréia dos bezerros – Etiologia Eimeriose 91 92 93 94 95 96 17/08/2023 Terapêutico Terapêutico Terapêutico Terapêutico Profilático Profilático Profilático Profilático Profilático Profilático 5-7 dias 5-7 dias Dose única 5 dias 21 dias Contínuo 28 dias Contínuo 30 dias Contínuo 10-20 mg\kg pv 140 mg\kg pv 20 mg\kg pv 10 mg\kg pv 5 mg\kg pv 16,5-33 g\ton. alimento 1 mg\kg pv 1 mg\kg pv 0,5-1 mg\kg pv 1 mg\kg pv Sulfaquinoxalina Sulfametazina Toltrazuril 1 Amprólio Monensina Lasalocid Decoquinato Salinomicina 2 UsoPeríodo de aplicação DoseDroga 1 Radostits et al, 2002 2 Facury Filho, 1992 Adaptado de Rebhun, 1995 Principais drogas utilizadas no tratamento e controle da eimeriose em bovinos. Patogenia das diarreias dos bezerros ETEC Salmonela Eimeria Cryptosporidium Rotavírus Coronavírus Produção de enterotoxinas Inflamação Atrofia de vilosidades Hipersecreção Intestinal Má digestão Má absorção EXCREÇÃO DIÁRIA DE CONSTITUINTES FECAIS DE BEZERROS SADIOS E DIARRÉICOS Componentes Sadio (S) Diarréia (D) D/S Água (g) 51,0 927,0 18,2 Matéria seca (g) 12,5 93,5 7,5 Gordura total (g) 4,1 37,4 9,1 Ácidos graxos livres (g) 0,7 18,5 26,4 Proteína bruta (g) 5,5 41,0 7,5 Minerais (g) 1,5 10,5 7,1 Cálcio mM 10,8 49,4 4,6 Magnésio mM 5,7 12,0 2,1 Sódio mM 5,0 41,6 8,3 Potássio mM 2,2 39,9 18,1 Fósforo mM 7,0 31,3 4,4 Coliformes x 108 118,0 2907,0 24,6 pH 6,8 6,0 Perdas: •Água 18x •Minerais 7x •Proteína 7,5x •Potássio 18x •Sódio 8x Tratamento da diarreia •Fluidoterapia!!! • Anti-inflamatório não esteroidal: máximo três dias • Monitorar: exame clínico e temperatura retal >39,4 ou <38,0 • Ceftiofur 5mg/kg duas vezes ao dia 5 dias • Florfenicol 20mg/kg três dias • Enroflaxocino 7,5 mg/kg dose única • Sulfa com Trimetropin 20mg/kg por 5 dias (Mc Guirk, 2008). Equilíbrio EletrolíticoEquilíbrio Eletrolítico LEC e LIC Na+ (132-152) Cl- (97-111) K+ (3,9-5,8) HCO3- (20-30) 97 98 99 100 101 102 17/08/2023 Concentração iônica aproximada dos compartimentos corporais Bezerros Hígidos (35) Bezerros diarréicos (24) Parâmetros P (%) P (%) Na+ 137.0± 1.8A 17 131,3± 7,0B 70 Cl- 99.1± 2.1A 14 99,5 ± 0,9A 24 K+ 4.46± 0,32A 29 4.87± 0,64B 54 HCO3- 30.1± 1,5A 11 22.8 ± 2,7B 100 Osm 278±6,8 0 277±7,7 19 *Medias seguidas de letras distintas nas linhas diferem pelo teste T (p<0,05) Valores médios das concentrações séricas de Na+, Cl-, K+, HCO3- e da osmolaridade (Osm) em mEq/L e freqüência (P%) de valores fora dos limiares fisiológicos de bezerras hígidas e com diarréia, de três até os trinta dias de idade. (Freitas,2009). Diarréia dos bezerros – Disturbios ácido-básicos e eletrolíticos Equilíbrio Ácido-básicoEquilíbrio Ácido-básico pH HCO3-HCO3-CO2CO2 acidemia alcalose COMPONENTE RESPIRATÓRIO COMPONENTE METABÓLICO Equação de Henderson - Hasselbach H+ + HCO3- ↔ H2CO3- ↔ H2O + CO2 Valores médios de pH sangüíneo, PaCO2, TCO2, HCO3-, Excesso de base (EB), Hiato iônico (AGap) e lactato sérico e percentual da frequência (P%) de valores fora dos limiares fisiológicos (P) de bezerras hígidas e com diarréia, dos três até os trinta dias de idade. (Freitas,2009). Bezerros Hígidos (35) Bezerros diarréicos (24) Parâmetros P (%) P (%) pH 7,41±0,03A 11 7,32±0,04B 88 PCO2 (mm/Hg) 47,2±3,1A 26 43,9±4,6B 58 TCO2 (mEq/L) 31,4±1,6A 11 24,1 ±2,9B 100 HCO3- (mEq/L) 30,1±1,5A 11 22.8 ± 2,7B 100 EB (mEq/L) 5,5±1,8A 11 -3,2±3,3B 100 AGap (mEq/L) 12,4±1,7A 17 14,5±1,6B 58 Lactato (mm/L) 1,9±0,5A 29 2,6±0,6B 71 *Medias seguidas de letras distintas nas linhas diferem pelo teste T (p<0,05) Diarréia dos bezerros – Disturbios ácido-básicos e eletrolíticos • Porque o Lactato aumenta? • Ânion gap (Ewaschuk et al., 2002, 2005; Berchtold, 2009; Lorenz, 2009b; Freitas, 2013) AG = [(Na+ + K+) - (Cl- + HCO3-)] 103 104 105 106 107 108 17/08/2023 Mecanismos de compensação de distúrbios ácido-base 1. Respiratório H+ + HCO3- ↔ H2CO3 ↔ H2O + CO2 2. Renal Acidúria 3. Celular Troca de K+ por H+ Equação de Henderson - Hasselbach Diarreia dos Bezerros Evolução clínica Fonte: Freitas, 2009 Desidratação Hiponatremia Hipercloremia Acidose metabólica Hipercalemia relativa Hipoglicemia Sepse Comportamento Turgor de pele Umidade das mucosas Temperatura das extremidades TPC Avaliação da desidratação Diagnóstico da desidratação Apresentação Clínica Enoftalmia Elasticidade da pele Desidratação (%) Em pé, mamando 2-3mm 2-3seg 6-7(discreta) Em pé, mamada deprimida 4-6mm 3-5seg 8-9 (moderada) Decúbito esternal, não mama 7-8mm 5-10seg 10-11 (intensa) Sem resposta a estímulos, extremidades frias. 9-12mm >10seg ≥12 (coma/morte) Adaptado de England, 2008 e Smith, 2009 Como calcular a fluido? • Desidratação (%) x PC (Kg)Reposição • 80-120 mL/Kg/diaManutenção • 50-150ml/kg/dia para bezerros com diarreia Perdas contínuas Qual a via a ser utilizada? Oral Intravenosa 109 110 111 112 113 114 17/08/2023 Tratamento das diarreias dos bezerros Fluidoterapia Oral MOMENTO • O MAIS PRECOCE POSSÍVEL • NO INÍCIO DO QUADRO DE DIARREIA VIA • VIA ORAL ATÉ DESIDRATAÇÃO MODERADA COMPOSIÇÃO • Soluções alcalinizantes • Glicose • Na; Cl; K • Agua VOLUME • 100 mL/KG PV/DIA Vantagens Fisiológico Barato Fácil Composição eletrolítica oral • Bezerros Cloreto de sódio-------- 5g Cloreto de potássio-----1g Bicarbonato de sódio 4g ou Acetato de Sódio Tri-hidratado– 6g Glicose de milho------ 20 g Água ------------------ 1 litro Osmolaridade 395 mOsm/l Material Fotos: Clínica de Ruminantes –EV/UFMG Formas de hidratação oral Fotos: Clínica de Ruminantes –EV/UFMG 115 116 117 118 119 120 17/08/2023 Fluidoterapia oral: Métodos de Fornecimento Fluidos disponíveis Nome Apresentação Ingredientes (g/L) RecomendaçãoPreço (R$)/L Nutronlyt Sacos de 1kg ----------------- 50g/L ---- Glutellac Plaquete de 50mL 1,6g NaCl 1,6g KCl 9,16g Acetato Na 9,75g Dextrose 25mL/L 4,15 Rehydion Frasco de 320mL 1,6g NaCl 1,3g KCl Formiato Na Diacetato Na Glicose 20mL/L ±3,50 UFMG ----------------- 5,0g NaCl 1,0g KCl 4,0g NaHCO3 20,0g Glicose 30g/L 0,13 Recomendações Fotos: Freitas, 2009 Deve começar assim que a diarreia inicia e permanecer enquanto dure Meganck et al. , 2014 Fluidoterapia Intravenosa 121 122 123 124 125 126 17/08/2023 Indicações Fotos: Ferreira, 2015 Soluções para uso intravenoso Solução Componentes (mEq/L) Glicose (mOsm/L) (mOsm/L)Na+ K+ Ca2+ Cl- HCO3- Lactato PLasma 132- 146 3- 5 4-5 99- 110 20-36 2 -------- 280-320 NaCl 0,9% 154 -- --- 154 --- --- --- 308 Ringer 147,5 4 4,5 156 --- --- --- 312 Ringer Lactato 130 4 3 109 --- 28 --- 274 Glicose 5% --- -- --- --- --- --- 252 252 Glicofisiológico 154 -- --- 154 --- --- 252 560 NaCl 7,5% 1200 -- --- 1200 --- --- --- 2400 NaHCO3 8,4% 1000 -- --- --- 1000 --- --- 2000 Por que soluções ricas em Cl- são acidificantes? Na+ K+ Ca2+ Mg2+ Cl- HCO3- HPO42- Outros Cátions Ânions Metabolismo do Lactato 1. Gliconeogênese: 2 CH3CHOHCOO (lactato) + 2 H+ ↓ C6H12O6 (glicose) 2. Metabolismo oxidativo: CH3CHOHCOO (lactato) + H+ + 3 O2 ↓ 3 CO2+ H20 Hidratação Exemplo: - bezerro de 40Kg PV com diarréia intensa - 10% de desidratação Déficit = 40 x 10% = 4 lts Mantença = 100ml/kg x 40 = 4 ltsPerdas antecipadas = 100ml/kg x 40 = 4 lts Total = 12 lts Correção da acidose metabólica Cálculo da base requerida: BR= DB x %LEC X PV BR= Base requerida %LEC= Líquido extracelular: Bezerros= 60% Bovinos adultos = 30% PV = Peso vivo Produto de escolha: NaHCO3 8,4% 127 128 129 130 131 132 17/08/2023 Deficit de base (mmol/l) >8 dias<=8 dias 50Desidratação leve a moderada 2010 1510Desidratação grave 105 Fonte: Naylor, 1987 Como calcular a reposição de bicarbonato? Bezerra com diarreia, 40kg PC, déficit de base de 10mEq/L. LEC = 30-60% l/kg Déficit x LEC x PC 10mEq/L x 0,6(ou 60%)x 40kg 240mEq de HCO3- 1mL NaHCO3 8,4% 1 mEq HCO3- 240mL NaHCO3 8,4% 240 mEq HCO3- Hidratação Bezerro de 40Kg PV com diarréia intensa 10% de desidratação e -10 EB Déficit = 40 x 10 = 4 lts Mantença = 100ml/kg x 40 = 4 lts Perdas antecipadas = 100ml/kg x 40 = 4 lts Total = 12 litros Reposiçaõ via endovenosa: 4lts Mantença =4lts Perdas via oral=4lts Déficit x LEC x PC 10mEq/L x 0,6L/Kg x 40kg 240mEq 1mL NaHCO3 8,4% 1 mEq HCO3- 240mL NaHCO3 8,4% 240 mEq HCO3- Total:240 ml de uma solução de NaHCO3 8,4% Material 133 134 135 136 137 138 17/08/2023 Onde acessar? Fotos: Berchtold , 2009 Foto: Clínica de Ruminantes –EV/UFMG Fluidoterapia intraperitoneal 139 140 141 142 143 144 17/08/2023 Resultado Beber Ruminal Acidose Lática em bezerros Beber Ruminal Tratamento do Beber ruminal • Patologia relacionada à passagem de dieta líquida para o rúmen, com consequente fermentação e acúmulo de líquido, resultando em acidose ruminal. retirada do conteúdo ruminal com sonda esofágica fornecimento de 50 g de NaHCO3/100 mL de água morna por sonda esofágica, Amoxilina oral (1 g/dia, duas vezes ao dia). hidratação endovenosa 145 146 147 148
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