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livro Análise e elaboração do mapeamento de Riscos


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BIOÉTICA E 
BIOSSEGURANÇA 
APLICADA 
Fernanda Stapenhorst França
Erica Ballestreri
 Análise e elaboração do 
mapeamento de riscos
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Classi� car os tipos de agentes de risco.
  Determinar a metodologia de análise de riscos.
  Identi� car as etapas da elaboração de um mapa de riscos.
Introdução
A exposição a riscos ocupacionais é algo em comum em diversas áreas 
do trabalho. Na área da saúde, destacam-se algumas diferenças, como 
uma maior exposição a agentes químicos e biológicos. Para que se possa 
minimizar os riscos e conscientizar o trabalhador, é necessário realizar uma 
análise de riscos do local, bem como a elaboração do mapa de riscos.
Neste capítulo, você verá quais são os principais agentes de risco 
em um local de trabalho, como realizar uma análise de riscos e como 
elaborar um mapa de riscos.
 Agentes causadores de riscos
A segurança no trabalho é um aspecto fundamental, não apenas na área da 
saúde, mas em todos os ramos. Na área da saúde, existem alguns riscos que 
não estão presentes em outros setores, como riscos químicos e biológicos, mas 
estes não são os únicos riscos existentes em um estabelecimento de saúde. 
Os agentes causadores de riscos à saúde do trabalhador são classifi cados em 
agentes físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e de acidentes. Assim, eles 
são considerados da seguinte forma:
U N I D A D E 4 
  Agentes físicos: são as diversas formas de energia que o trabalhador 
possa estar exposto, como ruídos, vibração, pressões anormais, tem-
peraturas extremas, radiações ionizantes, radiações não ionizantes. 
  Agentes químicos: são substâncias, compostos ou produtos que podem 
estar em contato com o trabalhador, podendo ser absorvidos pela via 
respiratória, pela pele ou por ingestão. Ainda, existem os riscos químicos 
ligados ao armazenamento e ao descarte de substâncias utilizadas em 
estabelecimentos de saúde. Esses agentes são classificados de acordo 
com suas características e seu estado físico, e seus riscos estão associa-
dos ao fato de serem irritantes, asfixiantes, alergênicos, inflamáveis, 
tóxicos, cáusticos, carcinogênicos ou mutagênicos. 
  Agentes biológicos: são considerados os bacilos, as bactérias, os fungos, 
os protozoários, os parasitas, os vírus, entre outros. Em estabeleci-
mentos de saúde, esses são os agentes que apresentam maiores riscos, 
visto à alta exposição dos trabalhadores a eles. Os microrganismos 
são classificados em grupos de risco de 1 a 4, em que são levados em 
consideração a virulência, a patogenicidade, o modo de transmissão, 
a endemicidade e a existência ou não de profilaxia, de acordo com a 
Resolução nº 01, de 1988, do Conselho Nacional de Saúde. No grupo 
de risco 1, enquadram-se os microrganismos cujo risco de provocar 
infecções aos seres humanos ou aos animais é ausente ou muito pequeno, 
tendo risco individual e para a comunidade muito baixo. Um exemplo 
é o Bacillus subtilis. 
No grupo de risco 2 estão os microrganismos com risco individual mo-
derado e baixo para a comunidade. Assim, são aqueles que podem provocar 
infecções, mas, por existir medidas terapêuticas e profiláticas, apresentam um 
baixo risco de propagação, como, por exemplo, o vírus da febre amarela e o 
Schistosoma mansoni. Os microrganismos do grupo de risco 3 são aqueles 
que apresentam alto risco individual e risco limitado para a comunidade. 
Esses microrganismos podem causar infecções graves em seres humanos 
e em animais e podem se propagar, mas existem medidas terapêuticas e de 
profilaxia. Nesse grupo, destacam-se o vírus da encefalite equina venezuelana 
e o Mycobacterium tuberculosis. 
Por fim, no grupo 4 estão os microrganismos com alto risco individual e 
para a comunidade, sendo altamente patogênicos e de alta propagação, não 
existindo medidas profiláticas ou terapêuticas. Exemplos desse grupo são o 
vírus Marburg e o vírus Ebola.
 Análise e elaboração do mapeamento de riscos 148
  Agentes ergonômicos: são caracterizados pela falta de condições de 
trabalho adaptadas às características psicofisiológicas dos trabalhado-
res. Esses agentes englobam o levantamento e o transporte manual de 
peso, a repetitividade, as posturas incorretas, as posições incômodas, 
a monotonia e as jornadas prolongadas. 
  Agentes de acidentes: são arranjos físicos inadequados. Em estabe-
lecimentos de saúde, as principais causas de acidentes são devido à 
manipulação de materiais sem o cumprimento das normas de segurança. 
Destacam-se materiais inflamáveis, explosivos e tóxicos, bem como 
eletricidade e equipamentos inadequados ou defeituosos. 
 Análise de riscos
Para a informação e a conscientização dos trabalhadores de um estabeleci-
mento, é feita uma análise dos riscos possivelmente presentes no estabeleci-
mento. Essa análise consiste na identifi cação e na caracterização dos riscos 
aos quais os trabalhadores estão expostos. Um método muito utilizado para 
essa análise é a técnica do checklist. Essa técnica é uma ferramenta utilizada 
em inspeções para avaliar o cumprimento de normas e recomendações e é 
recomendada pelo HHS (Department of Health and Human Services), CDC 
(Center for Disease Control and Prevention) e NIH (National Institute of 
Health) dos Estados Unidos, bem como pela Organização Mundial da Saúde 
(OMS), que se aplique esse método no estudo de riscos em ambientes de saúde. 
Esse recurso representa uma lista de aspectos relacionados à identifi cação de 
fatores adversos, facilitando a elaboração da análise de risco. 
Um modelo de checklist, proposto por Azevedo (2002), separa a análise 
em três tópicos: equipamentos, instrumentos e mobiliários; pessoal; e insta-
lações de trabalho. Nesse sentido, o primeiro tópico diz respeito a aspectos de 
operacionalização, estado de conservação e adequabilidade de equipamentos, 
instrumentos e mobiliários, bem como os procedimentos de manutenção, 
higiene e segurança, adequando-se a condições de conforto do trabalhador. 
A parte relativa ao pessoal envolve a elaboração e o cumprimento de progra-
mas de saúde ocupacional, medidas de imunização e registro de incidentes, 
acidentes, exposições ocupacionais e doenças. Esse tópico também aborda 
aspectos de capacitação e qualificação dos trabalhadores, identificando a 
presença de profissionais habilitados em biossegurança e o uso de EPIs e 
EPCs adequados pelos trabalhadores. Quanto ao último tópico, são avaliadas 
149Análise e elaboração do mapeamento de riscos
as áreas de trabalho, como a avaliação de organização espacial adequada e as 
demais condições ambientais necessárias.
Tendo o checklist em mãos, primeiramente, deve-se verificar os possíveis 
perigos, avaliando máquinas, equipamentos e procedimentos realizados, assim 
como os reagentes químicos que são utilizados de acordo com o checklist. Após, 
deve-se estimar a probabilidade de um acidente acontecer e a frequência, bem 
como analisar as possíveis consequências no caso de um acidente ocorrer. Por 
fim, juntam-se essas informações para que sejam determinados os riscos de 
segurança. Para auxiliar a avaliação de riscos, deve-se considerar os tipos de 
riscos possíveis de acordo com a tabela representada no Quadro 1. 
Ricos ambientais 
Grupo I Grupo II Grupo III Grupo IV Grupo V
Agentes 
químicos
Agentes 
físicos 
Agentes 
biológicos
Agentes 
ergonômicos 
Agentes 
mecânicos
Poeira Ruído Vírus Trabalho físico 
pesado
Arranjo físico 
deficiente 
Fumos 
metálicos
Vibração Bactéria Posturas 
incorretas
Máquinas sem 
proteção 
Névoas Radiação 
ionizantes 
e não 
ionizantes
Protozoários Treinamento 
inadequado 
inexistente 
Matéria–
prima fora de 
especificação 
Vapores Pressões 
anormais
Fungos Jornadas 
prolongadas 
de trabalho 
Equipamentos 
inadequados 
defeituosos ou 
inexistentes
Gases Temperaturas 
extremas
Bacilos Trabalho noturno Ferramentas 
defeituosas 
inadequadas 
ou inexistentes
Quadro 1. Tabela de possíveis agentes de risco.
(Continua)Análise e elaboração do mapeamento de riscos 150
Quadro 1. Tabela de possíveis agentes de risco.
 Elaboração do mapa de riscos
A partir da análise de riscos, é possível organizá-los por meio de um mapa de 
riscos. Esse documento consiste na representação gráfi ca dos riscos existentes 
no local de trabalho. O mapa de riscos ajuda a diminuir a ocorrência de aciden-
tes de trabalho, sendo, dessa forma, uma etapa fundamental da biossegurança. 
Esse documento é elaborado pela Comissão Interna de Prevenção de Acidentes 
(CIPA) e é feito com base na planta do local, ou na ausência desta, em um 
desenho simplifi cado do local. O mapa de risco é um método qualitativo e foi 
difundido no Brasil no início da década de 1980. Essa metodologia foi desen-
volvida para o estudo das condições de trabalho e, originalmente, apresentava 
um cunho político no sentido de direitos dos trabalhadores. 
Fonte: Lewis (1997).
Ricos ambientais 
Grupo I Grupo II Grupo III Grupo IV Grupo V
Agentes 
químicos
Agentes 
físicos 
Agentes 
biológicos
Agentes 
ergonômicos 
Agentes 
mecânicos
Produtos 
químicos 
em geral
Frio Parasitas Responsabilidade Iluminação 
deficiente 
Substâncias, 
compostos 
ou produtos 
químicos 
em geral
Calor Conflito Armazenamento 
Tensões 
emocionais 
Eletricidade 
Umidade Desconforto Incêndio 
Monotonia Edificações
Insetos, cobras 
aranhas, etc.
Outros Outros Outros Outros Outros
Vermelho Verde Marrom Amarelo Azul
(Continuação)
151Análise e elaboração do mapeamento de riscos
Além da análise de riscos, convém também fazer um levantamento dos 
processos e das atividades do local antes de construir o mapa de riscos. Esse 
levantamento inclui um fluxograma que identifica o passo a passo das rotinas 
de trabalho do estabelecimento, descrevendo as atividades desenvolvidas 
em cada setor. Além disso, deve ser feita uma descrição dos equipamentos 
existentes em cada setor, de forma a relacionar com as rotinas previamente 
descritas, além de descrever sua principal função e identificar os possíveis 
riscos associados a cada um. Os produtos, os materiais e as equipes de trabalho 
também devem ser descritas, assim como as atividades de cada profissional. 
Por fim, deve ser feita uma relação de atividade, carga de trabalho, saúde e 
acidentes dos trabalhadores (Figura 1). 
Figura 1. Relação atividade/carga de trabalho/ saúde/ acidentes. 
Fonte: Azevedo (2002).
A partir dessas etapas, deve-se dividir o estabelecimento em setores ou 
pavimentos, anotar os riscos e marcar o local onde se encontram. É importante 
também ouvir os trabalhadores sobre o que os incomoda para rastrear, por 
exemplo, os riscos ergonômicos. Com todas as informações sobre o estabeleci-
mento, passa-se para a classificação dos riscos encontrados, determinando-se, 
também, o grau de nocividade do risco: grande, médio ou pequeno. 
 Análise e elaboração do mapeamento de riscos 152
Com a planta em mãos, deve-se colocar círculos nos locais onde existem 
riscos, em que a cor representa o tipo de risco e o tamanho do círculo cor-
responde ao grau de risco. No caso de haver diferentes tipos de riscos em um 
mesmo ponto, coloca-se no mapa um só círculo dividido em partes iguais, 
sendo que cada parte terá a cor de um dos tipos de risco que existem naquele 
local, conforme indicado na Figura 2. Caso existam, em um local, diversos 
riscos de um só tipo, coloca-se apenas um círculo com a cor apropriada, desde 
que os riscos tenham o mesmo grau. Se um risco afetar uma seção inteira, 
pode-se adicionar setas aos círculo correspondente para indicar que aquilo 
pode se espalhar por uma determinada área.
Figura 2. Indicação de como os círculos devem ser adicionados ao mapa de acordo com 
seu tipo e grau.
Fonte: Schabatura ([201-?]).
Por fim, o mapa deve ficar em um local visível para todos os trabalhadores. 
É importante, ainda, que se atualize o mapa quando necessário, conforme os 
riscos forem mudando. 
153Análise e elaboração do mapeamento de riscos
Confira o exemplo de um mapa de riscos, neste caso, da empresa Habbibs.
 Análise e elaboração do mapeamento de riscos 154
AZEVEDO, M. F. M. Análise de riscos em ambientes laboratoriais clínicos: uma abordagem 
centrada em biossegurança e ergonomia. 140 f. 2002. Dissertação (Mestrado em 
Engenharia da Produção)- Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2002.
GOIÁS. Governo do Estado. Secretaria de Estado de Gestão e Planejamento. Manual 
de elaboração mapa de riscos. [2012]. Disponível em: <http://www.sgc.goias.gov.br/
upload/arquivos/2012-11/manual-de-elaboracao-de-mapa-risco.pdf>. Acesso em: 
05 out. 2017.
SCHABATURA, L. [Mapa de risco]. [201-?]. Disponível em: <https://pt.scribd.com/
doc/51535388/05mapa-de-risco>. Acesso em: 05 out. 2017.
Leituras recomendadas
FONSECA, C. S. Biossegurança em laboratórios de análises clínicas: o estudo de caso 
do Laboratório de Análises Clínicas Biocenter de Pato Branco/PR. 92 f. 2012. Mono-
grafia (Graduação em Ciências Biológicas)- Universidade Federal de Santa Catarina, 
Florianópolis, 2012.
HÖKERBERG, Y. H. M. et. al. O processo de construção de mapas de risco em um hospital 
público. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 11, n. 2, p. 503-513, 2006. Disponível 
em: <http://www.scielo.br/pdf/%0D/csc/v11n2/30437.pdf>. Acesso em: 05 out. 2017.
 Análise e elaboração do mapeamento de riscos 155

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