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Tecnologia do Concreto - M3

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DESCRIÇÃO
O conhecimento da tecnologia aplicada ao concreto como prerrogativa para obtenção de um
bom desempenho das estruturas das edificações.
PROPÓSITO
Conhecer as propriedades, diversidade e aplicabilidade do concreto como material de
construção, elemento primordial das estruturas das nossas edificações.
PREPARAÇÃO
Antes de iniciar o conteúdo deste tema, tenha em mãos papel, caneta e uma calculadora
científica, ou use a calculadora de seu smartphone/computador.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
Descrever os principais tipos de agregados, as propriedades do concreto fresco, a relação
água/cimento e concreto fresco.
MÓDULO 2
Analisar as dosagens, resistências, ensaios e controle estatístico do concreto.
MÓDULO 3
Identificar as principais misturas e recebimento, transporte, lançamento, adensamento e cura.
MÓDULO 4
Reconhecer os Concretos Especiais, Aditivos e Inovações.
TECNOLOGIA DO CONCRETO

MÓDULO 1
 Descrever os principais tipos de agregados, as propriedades do concreto fresco, a
relação água/cimento e concreto fresco
INTRODUÇÃO
DE MANEIRA SUCINTA, PODE-SE AFIRMAR QUE O
CONCRETO É UMA PEDRA ARTIFICIAL QUE SE
MOLDA À INVENTIVIDADE CONSTRUTIVA DO HOMEM.
ESTE FOI CAPAZ DE DESENVOLVER UM MATERIAL
QUE, DEPOIS DE ENDURECIDO, TEM RESISTÊNCIA
SIMILAR ÀS DAS ROCHAS NATURAIS E, QUANDO NO
ESTADO FRESCO, É COMPOSTO PLÁSTICO:
POSSIBILITA SUA MODELAGEM EM FORMAS E
TAMANHOS OS MAIS VARIADOS.
(PEDROSO, 2009, p. 14)
O concreto que usamos em nossas edificações é um material composto pela mistura de
cimento Portland (CP) com areia, brita e água, de modo a apresentar condições de moldagem
e posterior endurecimento, adquirindo a forma final de que necessitamos.
Atualmente, é muito comum a utilização de produtos químicos como aditivos, que se destinam
a alterar certas propriedades do concreto, tais como:
AUMENTO DA RESISTÊNCIA INICIAL
DIMINUIÇÃO DO CALOR DE HIDRATAÇÃO (GRANDE
PROBABILIDADE DE OCORRER FISSURAÇÃO)
VARIABILIDADE DA PLASTICIDADE
RETARDO OU ACELERAÇÃO DA PEGA
Comparado com outros materiais de construção, não só os pétreos e as madeiras, mas
também os aglomerantes como cal e gesso, o concreto é um material de desenvolvimento
tecnológico relativamente recente — embora tenha sido inventado há milhares de anos. Sua
fabricação intensificou-se a partir da década de 1930, quando a procura por cimento aumentou
a fim de atender à demanda em consequência das necessidades do mundo moderno, advindas
da Revolução Industrial do final do século XIX (Figura 01).
 Figura 01 – Estrutura com mais de 60 anos do concreto do MAM (RJ).
Muitas pesquisas ainda se encontram em andamento, não somente nas universidades e
institutos, mas também entre os fabricantes de cimento, nas próprias concreteiras e em
empresas de engenharia especializadas em concreto, considerando as variedades dos
materiais componentes.
 SAIBA MAIS
O concreto autoadensável e o de alto desempenho (CAD) estão entre as “novidades” que
começam a encontrar grande procura no mercado.
Nosso principal objeto de estudo (embora vejamos outras possibilidades) será o concreto
convencional, ou seja, o concreto comum, confeccionado com areia e brita que, de tão popular,
muitas vezes tem suas propriedades pouco aproveitadas na Construção Civil, em geral pelo
desconhecimento por parte dos técnicos e operários. O descuido no preparo e em sua
aplicação, acrescido à falta de manutenção das estruturas, tem causado redução da vida útil
das bases, causando desconforto e transtornos aos usuários.
É IMPRESCINDÍVEL QUE, PARA UM DESEMPENHO
QUALITATIVO DA EDIFICAÇÃO, HAJA CUIDADO QUANTO À
ADOÇÃO DE MATERIAIS DE BOA QUALIDADE E QUANTO À
QUALIFICAÇÃO DA MÃO DE OBRA PROFISSIONAL PARA SUA
CONFECÇÃO
QUALIDADE DOS AGREGADOS
Como agregados podem ser utilizados materiais naturais e artificiais. São fundamentais na
confecção de um concreto de boa qualidade, de maneira que as areias influenciam por sua
granulometria, assim como pelo teor de matéria orgânica que possam conter. Isto é, impurezas
(terra, argila, húmus) e componentes prejudiciais (no máximo 0,02% de cloretos e 1% de
sulfatos), enquanto as pedras britadas influenciam a qualidade do concreto pela forma dos
grãos e pelo teor de materiais muito finos.
A norma brasileira, por meio da ABNT, preconiza os procedimentos que devem ser seguidos
para garantia da qualidade e do padrão dos agregados, apresentando as tolerâncias aceitáveis
quando são realizados testes nas composições. Ainda acerca da qualidade desses insumos,
menciona:
[...] OS AGREGADOS DEVEM SER COMPOSTOS POR
GRÃOS DE MINERAIS DUROS, COMPACTOS,
ESTÁVEIS, DURÁVEIS E LIMPOS, E NÃO DEVEM
CONTER SUBSTÂNCIAS DE NATUREZA E EM
QUANTIDADE QUE POSSAM AFETAR A HIDRATAÇÃO
E O ENDURECIMENTO DO CIMENTO, A PROTEÇÃO DA
ARMADURA CONTRA A CORROSÃO, A
DURABILIDADE OU, QUANDO FOR REQUERIDO, O
ASPECTO VISUAL EXTERNO DO CONCRETO.
(NBR 7211, 2009)
Um experiente técnico com prática em canteiro de obra, além de realizar os testes
especificados pela norma, no caso da areia, ele consegue avaliar visualmente a presença de
alguma impureza, o que também é valido para o caso das britas, quando a partir de uma
simples inspeção visual é possível constatar diferenças de coloração que possam indicar
contaminação no agregado.
 VOCÊ SABIA
As impurezas e contaminações podem interferir na reação química do cimento em contato com
a água.
Lembramos que os agregados miúdos, basicamente as areias, são obtidas das mais variadas
origens: naturais (rios, margens de lagos e bancos de areia) ou artificias (processos industriais
— areia de britagem). A forma esférica e o diminuto módulo de finura (maior quantidade de
finos), fazem com que a areia artificial seja mais utilizada e produza um concreto de melhor
qualidade.
Também são empregados agregados artificiais, como a escória de alto-forno para concreto leve
e normal, e a argila expandida para concreto leve.
Quanto aos agregados graúdos, aqueles de forma esférica com dimensão máxima
compreendida entre 12,5 mm e 19 mm, melhoram a trabalhabilidade do concreto, bem como o
produzirão com propriedade superior.
A FORMA DOS GRÃOS E A CONFORMAÇÃO
SUPERFICIAL INFLUENCIAM MUITAS A
TRABALHABILIDADE E AS PROPRIEDADES DE
ADERÊNCIA DO CONCRETO: AGREGADOS
REDONDOS E LISOS FACILITAM A MISTURA E O
ADENSAMENTO DO CONCRETO; AGREGADOS COM
SUPERFÍCIES ÁSPERAS AUMENTAM A RESISTÊNCIA
À TRAÇÃO .
(ALMEIDA, 2002, p. 5)
 ATENÇÃO
Um fator de suma importância na fabricação do concreto é a água de amassamento.
Embora quase todas as águas naturais sejam apropriadas para a confecção de concreto, é
necessário cuidado quanto às águas provenientes de locais pantanosos (comuns para
localidades fora do perímetro urbano) e as de rejeito industrial. Da mesma forma, a água do
mar é inadequada para estruturas de concreto por conta da alteração da reação química do
cimento e pela corrosão provocada pelo teor de sal nas armaduras.
RELAÇÃO ÁGUA-CIMENTO
O concreto tem seu maior desempenho quando submetido a forças de compressão. Portanto,
garantir uma boa resistência à compressão é condição essencial, e ela deve ser pensada ao
longo do processo de confecção do concreto. Assim, verificamos a presença, para um mesmo
cimento, de influências de eventos como: fator água-cimento, idade do concreto (a resistência
do concreto aumenta com sua idade) e qualidade dos materiais alteram sua resistência
mecânica.
ENTRE OS FATORES QUE INFLUENCIAM A RESISTÊNCIA
MECÂNICA DO CONCRETO, DESTACAREMOS A RELAÇÃO
ÁGUA-CIMENTO, OU SEJA, A RAZÃO ENTRE A QUANTIDADE
DE ÁGUA UTILIZADA PARA CADA PORÇÃO DE CIMENTO.
CONSIDERAMOS QUE ELA É O PRINCIPAL FATOR QUE
INTERFERE NAS PROPRIEDADES LIGADAS À RESISTÊNCIA
MECÂNICA DO CONCRETO.
Dizemos que, quanto menos água for utilizada, um melhor concreto será obtido. Entretanto,
essa quantidade de água deve ser suficiente para permitir a hidratação completa do cimento e,
embora o resultado seja maior resistência do concreto, teremos menor trabalhabilidade tanto
para o amassamento quanto parao enchimento das formas.
 RECOMENDAÇÃO
Como regra, na elaboração de concreto, sempre é recomendado o uso da menor quantidade
de água possível, dentro das condições de trabalhabilidade.
O excesso de água colocado para facilitar o preparo do concreto pode prejudicá-lo, tanto em
relação à sua resistência mecânica, quanto a impermeabilidade e durabilidade.
O TEOR DE ÁGUA DO CONCRETO FRESCO VARIA
GERALMENTE ENTRE 0,3 E 0,6 NA PROPORÇÃO ENTRE A
ÁGUA E O CIMENTO. PARA A REAÇÃO DE HIDRATAÇÃO E
POSTERIOR ENDURECIMENTO, O CIMENTO PRECISA, EM
MÉDIA, DE CERCA DE 14% DO SEU PESO EM ÁGUA (MAIS OU
MENOS 7 LITROS POR SACO DE 50 KG).
Quando é necessário acrescentar mais água por conta de uma trabalhabilidade adequada, a
água em excesso da reação de hidratação do cimento evapora deixando poros, “caminhos” por
onde ele sai, propiciando posteriormente a possibilidade de entrada de agentes agressivos,
responsáveis por patologias que podem comprometer sua resistência mecânica.
Os concretos bombeáveis e os autoadensáveis são bastante fluidos por conta de sua
aplicabilidade, entretanto o que os deixa muito plásticos é o uso de aditivos fluidificantes
(produtos químicos capazes de torná-los extremamente plásticos) e não a quantidade de água
em si.
PROPRIEDADES DO CONCRETO FRESCO
No vídeo, a seguir, identificaremos as propriedades e características do concreto fresco
(recém-produzido) quando sua mistura encontra-se no estado plástico, moldável, sendo
transportado até o local de sua aplicação, onde será adensado, protegido (a depender do nível
de exigência da peça estrutural concretada) para posterior endurecimento.
PROPRIEDADES DO CONCRETO FRESCO

A PLASTICIDADE DO CONCRETO FRESCO
A consistência está associada à sua maior ou menor plasticidade, ou seja, à facilidade de ser
moldável. A forma mais usual de medir numericamente a consistência do concreto fresco é o
Teste de Slump (Figura 02). É o ensaio de consistência pelo abatimento de um tronco de cone
cheio de concreto fresco. Pode ser executado na obra ou em laboratório. É simples, de fácil
execução e interpretação.
Para executá-lo, deve-se preencher o cone (cone de Abrams) com o concreto fresco em três
camadas sucessivas, cada qual adensada com 25 golpes (com um bastão metálico específico
para isso). Após a remoção do cone (puxar para cima), o abatimento natural do concreto (após
a retirada do molde — o cone) dará o resultado do ensaio expresso em milímetros.
 Figura 02 – Teste de Slump.
De acordo com o abatimento, podemos identificar a consistência dos concretos associando-a
numericamente a um grau de trabalhabilidade:
Concretos Slump (mm)
Secos 0-20
Pouco plástico 20-70
Plástico 70-120
Muito plástico 120-200
Fluido > 120
 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal
Caso o Teste de Slump apresente um resultado diferente daquele esperado para certa
trabalhabilidade, uma forma de alteração da consistência de um concreto é variar a quantidade
de água de amassamento ou as quantidades dos agregados. Entretanto, esse novo traço pode
determinar um concreto mais forte ou mais fraco do que o previamente estabelecido.
Outra ocorrência que pode acontecer com o concreto fresco é a segregação. Trata-se da
separação de seus insumos logo após terem sido misturados. Acontece principalmente devido
às diferenças das massas específicas dos agregados e do cimento favorecido pelo excesso da
água de amassamento.
 ATENÇÃO
Tal situação piora se, ao ser transportado, o concreto fresco sofrer muita trepidação ou mesmo
se houver adensamento excessivo (muita vibração). Esse problema deve ser evitado, uma vez
que torna a mistura heterogênea, permeável, de pouca resistência mecânica e de pouca
durabilidade depois de endurecida.
A solução é uma dosagem bem calibrada, acrescentando-se unicamente a quantidade de água
necessária conforme o traço planejado e observados os cuidados necessários no transporte,
lançamento e adensamento do concreto.
TAIS OBJETIVOS SÃO MAIS BEM ALCANÇADOS POR MEIO DE
UMA BOA EQUIPE DE OPERÁRIOS E DE TECNOLOGIA DE
FABRICAÇÃO DO CONCRETO (MISTURA A PARTIR DE
BETONEIRAS, POR EXEMPLO).
VERIFICANDO O APRENDIZADO
MÓDULO 2
 Analisar as dosagens, resistências, ensaios e controle estatístico do concreto
INTRODUÇÃO
APESAR DE OS MÉTODOS DE DOSAGEM DIFERIREM
ENTRE SI, CERTAS ATIVIDADES SÃO COMUNS A
TODOS, COMO, POR EXEMPLO, O CÁLCULO DA
RESISTÊNCIA MÉDIA DE DOSAGEM, A CORRELAÇÃO
DA RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO COM A RELAÇÃO
ÁGUA/CIMENTO PARA DETERMINADO TIPO E CLASSE
DE CIMENTO, SEMPRE E QUANDO UM ESTUDO DE
DOSAGEM TIVER POR OBJETIVO A OBTENÇÃO DE
UMA RESISTÊNCIA ESPECIFICADA, SEM DESCUIDAR
DA ECONOMIA E DA SUSTENTABILIDADE QUE
SEMPRE DEVEM NORTEAR UM ESTUDO DE
DOSAGEM CONTEMPORÂNEO.
(TUTIKIAN; HELENE, 2011)
O concreto é um dos mais importantes e populares materiais de construção em virtude de sua
facilidade de moldagem em infinitas formas. Após encontrar-se endurecido em estado sólido,
possui alta gama de resistência mecânica, segundo a necessidade para a qual foi projetado.
SUAS PROPRIEDADES, QUANDO ENDURECIDO, SÃO AS
CARACTERÍSTICAS QUE EFETIVAMENTE O DESTACAM DOS
DEMAIS MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO PARA UTILIZAÇÃO,
PRINCIPALMENTE COMO ELEMENTO ESTRUTURAL.
O resultado do concreto depende de seu processo de fabricação, entre outras possibilidades.
Nesse processo destacamos a dosagem, ou, como chamamos tecnicamente, traços de
concretos.
TRAÇOS DE CONCRETOS
Um traço nada mais é do que o nome dado à mistura dos principais ingredientes da fabricação
do concreto, ou seja, a dosagem de cimento, areia, pedra britada e água usadas na mistura.
 DICA
Para cada tipo de necessidade existe um traço de concreto específico, além de um tipo de
cimento adequado. .
Ele é expresso por uma sequência numérica que representa esses insumos, em que os
números são dispostos em ordem crescente a partir dos materiais mais finos. O cimento é
representado pela unidade que inicia a série, e a quantidade de água pelo último número.
1 (CIMENTO) : AREIA : BRITA : ÁGUA
Os traços são frequentemente dimensionados por engenheiros residentes ou calculistas,
tomando-se como base cartas de traços disponibilizadas por várias instituições de tecnologia
de concreto. Além disso, devem ser previamente dimensionados de acordo com a resistência
final que se deseja.
 ATENÇÃO
Quando disponibilizado por um técnico expert em tecnologia, o traço de determinado concreto
deve ser interpretado na obra, para produção, de acordo com as grandezas que foram
expressadas.
O traço poderá ser apresentado em massa (em kg, por exemplo) ou também em volume (litros
ou m3), ou em uma composição mista com cimento em massa (1 saco de 50 kg) e os outros
materiais em volume (m3 de agregados e litros de água).
EXEMPLO
Podemos utilizar um traço de concreto hipotético => 1: 2 : 3. Então, usaremos:
1 saco de 50 kg de cimento (aproximadamente 40 litros) + 80 litros de areia + 120 litros de brita
+ a quantidade de água adequada (que pode variar em função dos índices de umidade da
areia e da pedra).
 DICA
Na obra, é mais fácil medir as dosagens com padiolas, baldes (20 litros) ou ainda latas (18
litros).
PADIOLAS
Recipientes feitos de madeira, plástico ou metal, com volume bem definido. Pode estar
acoplado a uma estrutura de rodas (carrinho de mão), ou somente ter alças.
TRAÇOS RACIONAIS DE CONCRETO
javascript:void(0)

RESISTÊNCIAS MECÂNICAS DOS
CONCRETOS
Nossas construções utilizam concreto justamente por conta de suas propriedades mecânicas.
Desse modo, conhecer a resistência do material que estamos utilizando é de suma
importância. O dimensionamento do concreto é elaborado a partir de um projeto arquitetônico,
como também por meio da resistência que será utilizada no cálculo estrutural.
Podemos dizer que as duas principais propriedades mecânicas do concreto são: resistência à
compressão e resistência à tração. Conhecer e confiar nessas grandezas é determinante para
uma estrutura eficiente.
RESISTÊNCIA DOCONCRETO À COMPRESSÃO
Trata-se de um dos mais importantes objetos de estudo na área de Construção Civil.
Praticamente todas as nossas construções são projetadas com concreto por conta de seu
desempenho relativo à compressão. A Resistência Característica do Concreto à Compressão,
cuja sigla é FCK (do inglês Feature Compression Know) e sua unidade de medida é o MPa
(Mega Pascal).
O FCK informa a qual tensão (razão entre a força aplicada e a área em que ela atuará) o
concreto tem capacidade de resistir. Assim, a partir de testes de resistência saberemos qual a
tensão máxima a que o concreto resistirá antes de sofrer ruptura.
javascript:void(0)
PASCAL
Pressão exercida por uma força de 1 Newton, uniformemente distribuída sobre uma superfície
plana de 1 metro quadrado de área, perpendicular à direção da força. Mega Pascal (MPa) = 1
milhão de Pascal = 10,1972 kgf/cm². Por exemplo: Um fck de 30 MPa tem uma resistência à
compressão de 305,916 Kgf/cm².
 RECOMENDAÇÃO
A avaliação é feita por meio da moldagem de corpos de prova (NBR 5738 – Moldagem e Cura
de Corpos de Prova Cilíndricos ou Prismáticos de Concreto) e posterior rompimento (NBR
5739 – Concreto – Ensaio de Compressão de Corpos de Prova Cilíndricos).
Nosso corpo de prova padrão é cilíndrico (15 cm de diâmetro e 30 cm de altura), sendo os
rompimentos executados em 3, 7 e 28 dias, a depender do volume e da exigência da peça
estrutural em análise. Após ensaio (rompimento) dos corpos de prova, os dados das
resistências de ruptura (FC) são plotados em um gráfico (valores obtidos de FC X quantidade
de corpos de prova). A análise desses dados demonstra a existência da Curva Estatística de
Gauss ou Curva de Distribuição Normal correspondente à resistência do concreto à
compressão.
Da curva de Gauss extraímos dois valores de fundamental importância:
CURVA ESTATÍSTICA DE GAUSS
Em análise estatística, a Curva de Gauss é um modelo matemático, tem o formato de um sino
e apresenta a distribuição normal que é o limite de um grande número de eventos de
probabilidades, o qual permite estudar probabilisticamente a média das variáveis
independentes de uma amostra aleatória simples.
Resistência média do concreto à compressão (FCM)
O FCM é simplesmente a média aritmética dos valores de FC para o conjunto de corpos de
prova ensaiados, sendo utilizado na determinação da resistência característica, FCK.
javascript:void(0)

Resistência característica do concreto à compressão (FCK)
O valor de resistência à compressão que apresenta uma probabilidade de 5% de não ser
alcançado (segundo dimensionado anteriormente no traço que produziria um concreto com
determinada resistência) é denominado resistência característica do concreto à compressão
FCK, porém a norma NBR 8953 define as classes de resistência em função do FCK.
RESISTÊNCIA DO CONCRETO À TRAÇÃO
Em relação à resistência do concreto à tração FCT, os princípios são semelhantes àqueles
para a resistência à compressão. Assim, da análise dos dados extraímos a resistência média
do concreto à tração FCTM, e a resistência característica do concreto à tração FTK. Da mesma
forma que na compressão, o valor da resistência à tração será aquele que tem 5% de
probabilidade de não ser alcançado pelos resultados de certo lote de concreto.
ENSAIOS E CONTROLE ESTATÍSTICO
Geralmente, os ensaios são realizados para controle da qualidade e atendimento às
especificações das normas técnicas. Esses procedimentos estão fundamentados em análise
estatística e variáveis aleatórias, com amostragem e ensaios padronizados pelas nossas
normas, da mesma maneira que se faz o controle de qualidade dos produtos industrializados.
ENSAIOS TECNOLÓGICOS
O controle da resistência à compressão do concreto estrutural das construções é parte
integrante da garantia dos pressupostos adotados no projeto estrutural, sendo indispensável
que seja permanente comprovado. Esse processo inicia-se com o controle do recebimento ou
de aceitação do concreto ao chegar à obra de forma a se avaliar se o que está sendo
produzido (ou entregue) está de acordo com o adotado no dimensionamento estrutural.
O controle da resistência à compressão, como forma de garantir a segurança do projeto
estrutural, é obtido a partir da tensão de ruptura à compressão axial de corpos de prova, ou
seja, de um cilindro de concreto, que deve ter altura igual ao dobro do diâmetro, genericamente
15 cm de diâmetro e 30 cm de altura.
Genericamente, são moldados corpos de prova (Figura 03) na chegada do caminhão betoneira
à obra (além do Teste de Slump, como já vimos), na metade e no final da concretagem. A
ABNT, por meio da NBR 5738:2003 – Concreto - Procedimento para Moldagem e Cura de
Corpos de Prova, normatiza a moldagem do material. Os ensaios de ruptura para obtenção da
resistência à compressão de corpos de prova cilíndricos, por sua vez, são especificados pela
NBR 5739:2007 – Concreto.
 Figura 03 – Corpos de Prova moldados
 ATENÇÃO
Tais testes devem ser elaborados por laboratórios idôneos e em instituições credenciadas pelo
Inmetro.
A eficiência na realização dos ensaios é decisiva para a obtenção de um valor confiável que
possa ser adotado como característico de uma amostra de concreto. Como as operações de
ensaio visam obter a máxima resistência potencial do concreto, são consideradas a melhor
forma de se obter um resultado confiável da resistência do volume de concreto que esse grupo
de corpos de prova representa.
A PROPRIEDADE DO CONCRETO QUE MELHOR O QUALIFICA
PARA NOSSAS EDIFICAÇÕES É SUA RESISTÊNCIA À
COMPRESSÃO. ELA TAMBÉM É PEÇA FUNDAMENTAL POR
OCASIÃO DO DIMENSIONAMENTO ESTRUTURAL E,
PORTANTO, ESTÁ DIRETAMENTE LIGADA À SEGURANÇA E À
ESTABILIDADE DAS ESTRUTURAS
Assim, como já vimos, uma estrutura deve ser executada com um concreto de resistência à
compressão igual ou superior àquela adotada no projeto estrutural.
CONTROLE DE QUALIDADE E ESTATÍSTICO
A garantia de correlação entre a resistência potencial do concreto à compressão (obtida a partir
dos ensaios) e a resistência que efetivamente a estrutura possui deve ser assegurada por meio
do controle tecnológico dos procedimentos e independentemente de ensaios.
O PRINCIPAL OBJETIVO DE UM PROGRAMA DE CONTROLE
DA RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO É CONSEGUIR
DETERMINAR UM VALOR ÚNICO E CARACTERÍSTICO DA
RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO DE UMA AMOSTRA DE
MATERIAL, PODENDO COMPARÁ-LA COM A ESPECIFICAÇÃO
DO PROJETO ESTRUTURAL COMO FORMA DE GARANTIR A
SEGURANÇA DA ESTRUTURA.
A análise estatística permite compreender como são conhecidos os resultados de exemplares
de corpos de prova e como devemos proceder para determinar um valor que seja
representativo desse concreto. Assim, facilmente percebemos que apenas a média dos
resultados não é suficiente para definir e qualificar essa amostra de material, sendo necessário
analisar e considerar também a dispersão de todos os resultados, que pode ser medida a partir
do desvio-padrão.
 DICA
Como forma de se otimizar a interpretação dos dados, adotamos o princípio da Resistência
Característica do Concreto à Compressão — determinação estatística que engloba a média e a
dispersão dos resultados, propiciando a definição e a qualificação desse concreto.
Atualmente, as técnicas de controle tecnológico são direcionadas à obtenção desse valor
característico, também adotado como margem de segurança no projeto estrutural.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
MÓDULO 3
 Identificar as principais misturas e recebimento, transporte, lançamento,
adensamento e cura
INTRODUÇÃO
QUANDO FEITO CORRETAMENTE, O ADENSAMENTO
REDUZ A POROSIDADE DO CONCRETO, DEIXANDO-O
MAIS DENSO. A MENOR PERMEABILIDADE ATINGIDA
FAZ COM QUE ELE SUPORTE MELHOR A AÇÃO DE
LÍQUIDOS AGRESSIVOS. ALÉM DISSO, A ELIMINAÇÃO
DO AR NO INTERIOR DO MATERIAL VAI TORNÁ-LO
MAIS RESISTENTE E CONFERIR MAIOR
DURABILIDADE ÀS ESTRUTURAS.[...] É QUE O
CONCRETO FICA MAIS ADERENTE AOS MATERIAIS
METÁLICOS. ELA TAMBÉM FACILITA A ACOMODAÇÃO
DO CONCRETO NAS FÔRMAS, EVITANDO FALHAS E
RACHADURAS. ASSIM,UM BOM ACABAMENTO É
GARANTIDO E AS SUPERFÍCIES ENDURECIDAS
PERMANECEM LISAS E BONITAS. COM ISSO, A
APARÊNCIA FINAL DA CONSTRUÇÃO É APRIMORADA
E O RESULTADO FICA AINDA MAIS HOMOGÊNEO.
(ADENSAMENTO..., 2018)
Vários fatores influenciam a qualidade do concreto para que possamos obter suas
características essenciais.
 EXEMPLO
Facilidade de manuseio enquanto fresco (plasticidade) e, quando endurecido, boa resistência
mecânica, durabilidade e impermeabilidade.
Desse modo, é importante e necessário conhecer esses fatores de maneira a garantir a
eficiência final do material.
 ATENÇÃO
Devemos nos preocupar com a qualidade dos materiais, uma vez que só materiais de boa
qualidade produzirão concreto de boa qualidade. Estarmos atentos ao traço do concreto, ou
seja, às proporções de cimento, agregados miúdo e graúdo, além de água.
O concreto necessita de uma manipulação adequada. Após a mistura, deve ser transportado,
lançado nas formas e adensado corretamente. Finalmente, deve passar por uma cura
cuidadosa, uma vez que a hidratação do cimento continua ocorrendo por algum tempo, sendo
necessário que as condições do ambiente favoreçam a continuidade do processo de reação
água/cimento.
Como já vimos o processo de fabricação do concreto, suas qualidades e características,
analisaremos a seguir as importantes práticas de concretagem: mistura e recebimento,
transporte, lançamento, adensamento e cura do concreto de maneira a garantir a qualidade
final do produto.
MISTURA E RECEBIMENTO DO CONCRETO
NA OBRA
A CONCRETAGEM É A ETAPA FINAL DE UM CICLO DE
EXECUÇÃO DA ESTRUTURA E, EMBORA SEJA A DE
MENOR DURAÇÃO, NECESSITA DE UM
PLANEJAMENTO QUE CONSIDERE OS DIVERSOS
FATORES QUE INTERFEREM NA PRODUÇÃO,
VISANDO MELHOR APROVEITAMENTO DE
RECURSOS.
(CONCRETAGEM..., s.d.)
Essa etapa inicia-se com a mistura ou amassamento, que é a combinação dos insumos do
concreto, tornando-os um conjunto homogêneo, suficientemente plástico para cada
determinado fim.
 COMENTÁRIO
Para obras de pequeno porte, a concretagem pode ser feita manualmente, entretanto só é
aceitável para pouca quantidade de concreto não estrutural.
O mais comum para obras de pequeno e médio porte é a execução do concreto por meio de
uma betoneira, ou adquiri-lo em usinas de concreto e transportado até a construção por um
caminhão betoneira (Figura 04). O uso de uma betoneira propiciará um concreto de melhor
qualidade, além da rapidez de execução. Elas são encontradas de diversos tamanhos e tipos
(convencionais, carregamento automático etc.). As betoneiras mais usadas são as
convencionais e executam o trabalho intermitente de carga e descarga misturando os insumos
manualmente e por gravidade.
 Figura 04 – Betoneira convencional
Outra opção muito comum é a compra do concreto usinado. Nessa hipótese, na chegada do
caminhão à obra, devemos conferir as condições de entrega do concreto segundo o pedido,
como: volume, abatimento (Teste de Slump), resistência característica (FCK) ou consumo de
cimento/m³ e o aditivo aplicado, quando solicitado.
Outro fator importante é a verificação da quantidade de água existente no concreto, se está
compatível com as especificações, não podendo haver falta ou excesso.
TRANSPORTE DO CONCRETO
Uma vez misturados seus insumos, o concreto será lançado no local preparado para recebê-lo,
seja em pavimentações, fundações ou nas formas onde posteriormente endurecerá.
O transporte do concreto é uma etapa importante desse processo, uma vez que interfere
diretamente em suas características, como trabalhabilidade e produtividade dos trabalhos, por
exemplo. O modo de transporte deve permitir que o lançamento seja realizado diretamente nas
formas, evitando-se armazenamentos intermediários ou transbordo em outro equipamento.
 RECOMENDAÇÃO
O tempo de transporte do material deverá ser o menor possível, evitando perda de parte da
plasticidade por evaporação da água, bem como garantir que não haja segregação dos
insumos entre outras possibilidades.
De acordo com o grau de exigência da qualidade de uma edificação, necessitamos de um
sistema de transporte diferente. Os dispositivos mais comuns para o transporte do concreto em
obras são:
CARRINHO DO MÃO
Carrega menos de 80 litros e seu uso é improdutivo, uma vez que foi concebido para
movimentação por terra e há certa dificuldade de equilíbrio em apenas uma roda.
JERICA
Movimenta entre 110 a 180 litros; trata-se da evolução do carrinho de mão, sendo bem
empregado para deslocamentos horizontais.
BOMBA DE CONCRETO
CTransporta de 35 a 45 m3/hora, propiciando continuamente o fluxo do material e reduzindo
bastante a quantidade de mão de obra.
GRUA E CAÇAMBA
Movimentam em torno de 15 m3/hora e permitem o deslocamento horizontal e vertical
concomitantemente. São empregadas em obras de médio/grande porte. Agiliza o serviço,
apesar do abastecimento descontinuado de concreto.
Para a escolha e dimensionamento do sistema de transporte a ser empregado em uma
edificação, devemos levar em consideração: o volume a velocidade de aplicação; as distâncias
dos percursos (horizontal e vertical) e o arranjo físico do canteiro.
Nos centros urbanos é comum a existência de concreteiras que possuem usinas de mistura de
concreto e transporte até a obra, que é realizado por caminhões betoneiras (Figura 05). Essas
empresas encarregam-se da mistura (usina), transporte (caminhões) e lançamento do concreto
(algumas vezes por meio de bombas).
 Figura 05 – Caminhão betoneira.
O uso desse procedimento otimiza as atividades no canteiro de obras, desde redução do
número de operários, tempo de concretagem e controle tecnológico, entre outros aspectos.
LANÇAMENTO E ADENSAMENTO DO
CONCRETO
O lançamento do concreto é uma atividade que deve ser realizada imediatamente após o
amassamento, de maneira que não ocorra segregação dos insumos do concreto. Para que isso
seja possível, consistência ou plasticidade deve ser adotada em função do sistema a ser
empregado.
Alguns cuidados básicos devem ser observados durante o lançamento:
O concreto preparado na obra deve ser lançado no máximo uma hora depois do preparo.
Em hipótese alguma o lançamento pode ser feito após o início da pega.
Para que não haja segregação dos insumos, nos pilares, a altura de queda do concreto na
forma não deve ser superior a 2 m.
Em lajes e vigas o concreto deve ser lançado continuamente, de maneira que o monte
posterior se una ao monte anterior de maneira a formar um elemento único.
Sobre as lajes, o concreto deve ser transportado em jericas, sobre passarelas apoiadas sobre
o assoalho da forma, como modo de proteger a armadura de amassamentos (principalmente
os negativos).
Para o caso do concreto bombeado, o tamanho do agregado graúdo não deve exceder 1/3 do
diâmetro do tubo para a brita ou 2/5, no caso do seixo rolado.
Uma maneira usual, atualmente, é a concretagem executada por meio de bombeamento. Para
isso, emprega-se o uso de bombas junto aos caminhões betoneiras. Elas podem ser
estacionárias ou acopladas a lanças.
Bomba estacionária é um equipamento mecânico rebocável para lançamento de concreto em
médias e grandes alturas ou grandes pavimentos. Faz o lançamento com pressão relativa, mas
apresenta o inconveniente de ter sua tubulação fixa. Assim, há necessidade de remoção (ou
troca de posição) dos tubos ao longo da concretagem.

Bomba lança é um equipamento mecânico (montada sobre um caminhão) com uma tubulação
acoplada a uma lança móvel. É um equipamento prático por conta da movimentação mecânica
do mangote, entretanto tem limitação de altura (apenas o comprimento do tubo preso à lança).
Por consequência, é limitada pata grandes dimensões de pavimentos e pequenos espaços no
canteiro de obras.
A concretagem por bombeamento exerce uma pressão maior sobre o escoramento e os painéis
das formas se a compararmos com o lançamento convencional. Por isso, é necessário um
reforço no travamento das formas e de seu escoramento.
LANÇAMENTO DO CONCRETO
O lançamentodo concreto é uma atividade que deve ser realizada imediatamente após o
amassamento de maneira que não ocorra a segregação dos insumos do concreto. Para que
isso seja possível, consistência ou plasticidade (Figura 06) deve ser adotada em função do
sistema a ser empregado.
 Figura 06 – Concreto convencional plástico
Alguns cuidados básicos devem ser observados durante o lançamento:
O concreto preparado na obra deve ser lançado no máximo uma hora depois do preparo.
Em hipótese alguma o lançamento pode ser feito após o início da pega.
Para que não haja segregação dos insumos, nos pilares, a altura de queda do concreto na
forma não deve ser superior a 2 m.
Nas lajes e vigas, o concreto deve ser lançado continuamente de maneira que o monte
posterior se una ao monte anterior, formando um elemento único.
Sobre as lajes, o concreto deve ser transportado em jericas, em cima de passarelas apoiadas
sobre o assoalho da forma, como modo de proteger a armadura de amassamentos
(principalmente os negativos).
Para o caso do concreto bombeado, o tamanho do agregado graúdo não deve exceder 1/3 do
diâmetro do tubo para a brita ou 2/5, no caso do seixo rolado.
Uma maneira comum atualmente é a concretagem executada a partir de bombeamento. Para
isso, emprega-se o uso de bombas junto aos caminhões betoneiras. Elas podem ser
estacionárias ou acopladas a lanças.
Bomba estacionária
É um equipamento mecânico rebocável para lançamento do concreto a medias e grandes
alturas ou grandes pavimentos. A bomba faz o lançamento com pressão relativa, mas
apresenta o inconveniente de ter tubulação fixa, como também a necessidade de remoção (ou
troca de posição) dos tubos ao longo da concretagem.

Bomba lança
É um equipamento mecânico (montada sobre um caminhão), com uma tubulação acoplada a
uma lança móvel. É um equipamento prático por conta da movimentação mecânica do
mangote. Porém, tem limitação de altura (apenas o comprimento do tudo preso à lança) e, por
consequência, a grandes dimensões de pavimentos e pequenos espaços em canteiros de
obras.
É necessário salientar que a concretagem por bombeamento (Figura 07) exerce pressão maior
sobre o escoramento e os painéis das formas se a compararmos com o lançamento
convencional. Assim, é necessário um reforço no travamento das formas, como também em
seu escoramento.
 Figura 07 – Concreto Bombeado sendo aplicado numa fôrma.
ADENSAMENTO DO CONCRETO
Além de “acomodar” o concreto dentro da forma preenchendo-a completamente para que suas
superfícies apresentem textura lisa, plana e esteticamente aceitável, o adensamento é a
atividade que propicia a retirada dos vazios do interior do concreto fresco, diminuindo a
porosidade (quando endurecido). Consequentemente, aumenta sua resistência estrutural.
Lembramos que o adensamento, quando executado de maneira eficiente, é fundamental para a
durabilidade das estruturas.
A depender da envergadura da obra ou do elemento estrutural, o adensamento pode ser
realizado manual ou mecanicamente:
Adensamento manual
Podemos usar o adensamento manual para serviços de pequeno porte (devido à sua baixa
eficiência) a partir do manuseio de barras de madeira ou de ferro, que atuam como pequenos
soquetes acomodando o concreto e expulsando suas bolhas de ar.

Adensamento mecânico
Para obras de médio e grande porte, o adensamento é realizado mecanicamente por meio de
vibradores de imersão que ajudam a garantir o desempenho do concreto.
A VIBRAÇÃO EVITA QUE A MISTURA FIQUE POROSA E
DESUNIFORME, INFLUENCIANDO DIRETAMENTE NA
DURABILIDADE E RESISTÊNCIA. O ADENSAMENTO
DÁ AINDA, AO CONCRETO, MAIS ADERÊNCIA E
DENSIDADE (TORNANDO-O MAIS IMPERMEÁVEL),
DIMINUI A VARIAÇÃO DE VOLUME E, PORTANTO,
EVITA O APARECIMENTO DE RACHADURAS
INFLUENCIANDO NA QUALIDADE FINAL DO
PRODUTO, ENTRE OUTRAS VANTAGENS.
(ADENSAMENTO..., s.d.)
Os vibradores de imersão trabalham de forma a transmitir vibrações (vibrar) no concreto fresco,
adensando e eliminando os vazios nos elementos estruturais, o que garante a durabilidade do
produto. É constituído de um motor e um mangote, cujo diâmetro a ser aplicado em cada caso
é determinado pelo espaço livre entre as armações (Figura 08). A ação do vibrador se dá pela
imersão da ponta do mangote na posição vertical no concreto.
 Figura 08 – Concreto bombeado sendo aplicado em uma forma
Existem vários tipos de vibradores disponíveis no mercado, cujas funções variam de acordo
com a necessidade de cada serviço. Podem ser internos, como é o caso dos vibradores de
imersão — os mais comumente utilizados em nossas obras convencionais. O processo de
vibração ocorre por imersão, no qual é inserido no concreto por meio de um mangote composto
por mangueira e ponteira pulsante (também chamada de agulha), sendo indicado para ser
utilizado em lajes (e pavimentações) vigas e colunas.
Outra possibilidade são os vibradores externos. Dentre eles, os vibradores de superfície,
destacamos aqueles que empregamos em obras de edificações, como:
RÉGUAS VIBRATÓRIA
Adensa, nivela e dá acabamento na superfície (tudo ao mesmo tempo). É utilizada em lajes e
pisos de pátios superfícies planas.
PLATAFORMA VIBRATÓRIA
Semelhante à régua vibratória, é utilizada para o adensamento e nivelamento de lajes e pisos.
Ainda existem os vibradores externos, como as máquinas vibro-acabadoras (ou
pavimentadoras de concreto), mesa vibratória, vibradores de parede de formas e rolo
compactador vibratório, entre outros, que não são objetos de nosso estudo, uma vez que não
são usados em edificações convencionais.
VIBRAÇÃO DO CONCRETO

CURA DO CONCRETO
Entendemos por cura os cuidados que precisam ser tomados com o concreto desde o
momento em que é lançado na forma, podendo se estender por até 15 dias de idade, ou seja, o
período em que acontece grande parte da reação de hidratação do cimento. Esse processo é
importante porque evita a fissuração do material, já que impede a perda precoce da umidade,
condição essencial para que se alcance a resistência para a qual o concreto foi projetado.
 RESUMINDO
Cura do concreto é um conjunto de precauções que tem como finalidade evitar a evaporação
prematura da água necessária à hidratação do cimento. A temperatura e as condições de
umidade devem ser controladas após o lançamento do concreto.
Algumas observações importantes precisam ser verificadas para um conveniente processo de
cura.
 EXEMPLO
A cura deve ser iniciada assim que a superfície esteja permanentemente em contato com a
água; para as lajes, a cura deve durar pelo menos sete dias, entre outras atividades.
Existem vários métodos de realização da cura do concreto para os diferentes elementos e
exigências estruturais:
UMEDECIMENTO OU ASPERSÃO DE ÁGUA
Para as vigas e pilares, devemos manter a superfície do concreto exposta às intempéries,
permanentemente umedecida, dificultando a evaporação da água de amassamento, devendo-
se proceder à irrigação periódica das superfícies das lajes. Em algumas situações, é
necessária a submersão completa da peça estrutural.
RECOBRIMENTO
Consiste em recobrir com areia, sacos de aniagem (ou mesmo com os próprios sacos vazios
de cimento), papel impermeável ou mantas como forma de manter a estrutura sempre úmida e
protegida da ação do sol e do vento. Outros materiais, como lona plástica e até mesmo
madeiras, poderão ser usados em função das disponibilidades e de cada caso.
CURA A VAPOR
A cura a vapor é usada principalmente em locais de clima frio para se alcançarem altas
resistências a baixas idades. Nessa cura acelerada, o material é submetido a um ambiente
com vapor d’água, a uma temperatura de 70°C como forma de agilizar as reações químicas de
endurecimento do cimento. É muito utilizado em peças pré-moldadas, ou quando se deseja
rapidez de execução da estrutura e não é possível o uso de cimento CP-V ARI.
Segundo a norma brasileira NBR 6118:2007, para um processo de cura eficiente são
necessários pelo menos sete dias de proteção do elemento estrutural concretadoou deve-se
prolongar o tempo até que o concreto adquira cerca de 70% de sua resistência estabelecida
em cálculo (dado obtido apenas com a ruptura de corpos de provas).
MUITAS VEZES SUBESTIMADA NA CONSTRUÇÃO E
ABANDONADA APÓS OS PRIMEIROS CUIDADOS, A
CURA PODE E DEVE SER RETOMADA TÃO LOGO
QUANTO POSSÍVEL, POIS PRÁTICAS TÊM
DEMONSTRADO A RECUPERAÇÃO DE RESISTÊNCIAS
QUANDO ESSA É REINICIADA. ATUALMENTE, ESTÁ
PERFEITAMENTE ESTABELECIDO QUE QUANTO MAIS
CUIDADOSA E DEMORADA FOR A CURA DO
CONCRETO, MELHORES SERÃO SUA RESISTÊNCIA E
SUA DURABILIDADE ALCANÇADAS.
(LARA, 2013)
VERIFICANDO O APRENDIZADO
MÓDULO 4
 Reconhecer os Concretos Especiais, Aditivos e Inovações
INTRODUÇÃO
OS ADITIVOS, QUE NÃO ESTAVAM PRESENTES NOS
PRIMEIROS PASSOS DO DESENVOLVIMENTO DO
CONCRETO, HOJE SÃO FIGURAS DE FUNDAMENTAL
IMPORTÂNCIA PARA SUA COMPOSIÇÃO. HÁ QUEM
DIGA QUE ELES SÃO O QUARTO ELEMENTO DA
FAMÍLIA COMPOSTA POR CIMENTO, ÁGUA E
AGREGADOS E QUE SUA UTILIZAÇÃO É
DIRETAMENTE PROPORCIONAL À NECESSIDADE DE
SE OBTER CONCRETOS COM CARACTERÍSTICAS
ESPECIAIS.
ELES TÊM A CAPACIDADE DE ALTERAR
PROPRIEDADES DO CONCRETO EM ESTADO FRESCO
OU ENDURECIDO E APESAR DE ESTAREM DIVIDIDOS
EM VÁRIAS CATEGORIAS, OS ADITIVOS CARREGAM
EM SI DOIS OBJETIVOS FUNDAMENTAIS, O DE
AMPLIAR AS QUALIDADES DE UM CONCRETO, OU DE
MINIMIZAR SEUS PONTOS FRACOS.
(ADITIVOS, s.d.)
CONCRETOS ESPECIAIS
O concreto convencional é aquele utilizado comumente em nossas edificações, nas estruturas
das fundações, colunas, lajes, vigas etc. É lançamento de modo tradicional, por meio de
carrinhos, latas, entre outras possibilidades. Todos os outros tipos de concreto que fogem
dessas prerrogativas são considerados concretos especiais, como veremos a seguir:
CONCRETO APARENTE
O concreto aparente nada mais é do que o concreto convencional produzido para ser deixado
sem recobrimento ou acabamento (argamassa, cerâmica ou tinta pigmentada), ficando à vista
após a desforma (Figura 09).
Para que essa característica seja otimizada, é necessário que as formas estejam preparadas
para isso, bem como o concreto a ser lançado nelas seja mais plástico (com um teor maior de
areia — que se consegue a partir da manipulação correta do traço para tal), sendo, então,
muitas vezes bombeado. Sumariamente, podemos dizer que todos os concretos podem ficar
aparentes.
 Figura 09 – Concreto aparente
CONCRETO COLORIDO
Dentre as muitas possibilidades na execução do concreto convencional, uma delas refere-se às
suas qualidades estéticas. Por isso, uma opção é a inserção de pigmentos coloridos em seu
traço (na maioria das vezes com o emprego de cimento branco), pois trata-se de uma boa
solução relativa à aparência da edificação, além de diminuir os gastos com revestimento e
manutenção futura.
A escolha do tipo de pigmentação é importante, embora, de maneira geral, o acréscimo de
pigmento não provoca consideráveis mudanças no desempenho mecânico dos elementos
estruturais. A recomendação é o uso de pigmentos inorgânicos, que possuem menor
quantidade de finos e maior durabilidade. Lembramos que quando a concentração de pigmento
for superior a 10% do cimento, ele poderá vir a comprometer a durabilidade e a resistência da
peça, devendo seu traço ser revisto (revisado) por um expert em tecnologia do concreto.
CONCRETO CICLÓPICO
Trata-se de uma variação do concreto convencional no qual são acrescentados, durante o
lançamento, agregados graúdos — pedra de mão (≥ 152 mm de granulometria) em até 30% do
volume do concreto. É utilizado em elementos estruturais de grandes dimensões e com baixo
índice de armação, como muros de arrimo (de espessura relativa), tubulões e barragens.
CONCRETO BOMBEÁVEL
Embora já tenhamos visto que o concreto bombeável é aquele cujo transporte e lançamento
são realizados por meio de bombas hidráulicas, que, por sua vez, o impulsionam a partir de
tubos metálicos até o local de lançamento, o concreto bombeável tem uma especificidade por
ter maior consumo de cimento e maior teor de areia — além da plasticidade entre 120 a 200
mm de abatimento no Teste Slump —, sempre obtida pelo uso de algum aditivo plastificante.
Para que o concreto tenha essas características, o técnico do laboratório de testes da usina de
concreto deve programar um produto com tais características e que atinja posteriormente, após
endurecido, a resistência necessária.
CONCRETOS ADITIVADOS E INOVAÇÕES
Os aditivos são substâncias que alteram as propriedades do estado fresco e/ou endurecido do
concreto, influenciando suas propriedades de modo a melhorar suas características iniciais e
finais. Eles são incorporados entre os insumos (cimento, areia e brita e água) para proporcionar
características especiais ao concreto.
O CONCRETO ADITIVADO PODE TER SUA
TRABALHABILIDADE, RESISTÊNCIA, COMPACIDADE,
ENTRE OUTRAS PROPRIEDADES, MELHORADAS,
BEM COMO PERMEABILIDADE, RETRAÇÃO E
ABSORÇÃO DE ÁGUA REDUZIDAS.
(GUILGUE apud BONAFÉ, s.d.)
Substâncias químicas como: superplastificantes, aceleradores ou retardadores de pega e
incorporadores de ar, entre outros produtos, são utilizadas na composição do concreto
aditivado, e o preparo pode ser realizado tanto em usinas de concreto (mais comum) quanto
em canteiros de obras. Algumas possibilidades desses concretos aditivados são:
CONCRETO AUTOADENSÁVEL
É o concreto indicado em concretagem de pequenas elementos estruturais, grandes
concentrações de armações, peças pré-moldadas ou em concretagens submersas. Nesse
caso, o Teste Slump tem abatimento superior a 250 mm, embora não seja mais representativo
e dispense o uso de adensamento (manual ou por vibração), mesmo assim obtendo peças
compactas sem vazios interiores.
O Concreto autoadensável é dimensionado com britas de granulometria baixa, alto teor de
argamassa (cimento + areia com alto teor de finos + água) e aditivo superfluidificante, já que
possui pequeno consumo de água. São, em geral, concretos bombeáveis que pela alta
plasticidade apresentam alguns inconvenientes, como a impossibilidade de concretagem de
escadas, rampas ou vigas invertidas, entre outros. Lembramos ainda que a forma deve estar
completamente estanque antes da concretagem, evitando “vazamentos” do concreto fluído
CONCRETO PROJETADO
Nesse caso, necessitamos usar o concreto de pega ultrarrápida, que também será lançado por
meio de bombeamento. Tanto quanto o concreto autoadensável, o concreto projetado tem
como características o fato de ser bem argamassado (baixo fator água cimento, britas
pequenas e grande quantidade de finos => areia + cimento com consumo cima de 400 kg/m³).
O Concreto projetado possui alta aderência e pega praticamente imediata por conta do uso de
aditivo acelerador. Suas principais aplicações se dão na recuperação de estruturas,
revestimentos de canais, proteção de taludes (Figura 10), revestimento de abóbada de túneis,
entre outras.
 Figura 10 – Concreto projetado
CONCRETO LEVE (CELULAR)
Na verdade, não se trata de um concreto, mas de uma argamassa celular, visto que não possui
o agregado graúdo, e quanto ao agregado fino, em vez do uso de areia, é empregado o pó de
alumínio.
Nesse caso, para tornar o concreto leve, podem ser empregados aditivos espumígenos ou
então incorporado de ar no concreto fresco que, por sua vez, criará bolhas de ar não
intercomunicáveis nessa mistura. Independentemente de ser um concreto leve de baixa massa
específica, apresenta boa resistência mecânica, além de bom desempenho para isolamento
térmico e acústico.
CONCRETO DE ALTO DESEMPENHO
Trata-se de um concreto convencional no qual aplicamos maiores cuidados, como adição de
sílica ativa e de mineral pozolana (mais fino do que o cimento), alto consumo de cimento
(acima de 450 kg/m³), sendo geralmente preparado para ser bombeável.
A principal propriedade do concreto de alto desempenho (CAD) é possuir resistência e
durabilidade superiores às dos concretos convencionais, visto que possui resistência superior a
50MPa, podendo atingir 100MPa. Portanto, suas estruturas são mais resistentesao ataque de
agentes agressivos, como cloretos, sulfatos, dióxido de carbono e maresia, exigindo alto
controle tecnológico.
Por conta de sua maior resistência, propicia elementos estruturais mais leves e mais esbeltos
para suportar a carga da edificação, sendo indicado apenas para estruturas especiais e em
grandes empreendimentos.
AS INOVAÇÕES PROPICIADAS PELO
CONCRETO DE ALTO DESEMPENHO

OUTROS TIPOS DE CONCRETO
CONCRETO PESADO
É um concreto para usos muito específicos como protetor de radiações (cujas paredes
possuem espessura conveniente conforme norma específica) como forma de substituir os
revestimentos de chumbo em hospitais ou usinas nucleares. Para tanto, o concreto pesado é
confeccionado com agregados de elevada massa específica, como minérios de ferro ou
fragmentos de aço.
CONCRETO MASSA
É utilizado em locais com volumes muito grandes e com baixa densidade de armações. Pela
exagerada quantidade de massa de concreto, um cuidado importante é o controle do elevado
calor de hidratação que é dissipado durante a pega e o endurecimento do concreto, podendo
levar a fissuras comprometedoras.
Assim, é necessário o uso de cimento de baixo calor de hidratação e retardador de pega.
Geralmente são preparados com baixo consumo de cimento (menor que 150 kg/m³) e
agregados graúdos grandes (maiores que 76 mm). São comumente aplicados em grandes
muros de arrimo, barragens, cais etc.
CONCRETO PARA PAVIMENTOS
É utilizado para pavimentos com tráfego de veículos e se diferencia pela característica de
resistência à tração e à abrasão, entretanto é preciso cuidado com agentes agressivos, como
derrame de combustíveis, lubrificantes e materiais ácidos (Figura 11).
 Figura 11 – Pavimento em concreto.
Produzido de maneira convencional, o concreto para pavimentos é lançado diretamente (do
caminhão betoneira) no local da concretagem e, na maioria das vezes, compactado com rolo
compressor, o que o identifica também como concreto compactado a rolo. É empregado em
pavimentações de grandes obras como pistas rodoviárias, urbanas, de aeroportos, ou ainda,
em volume menor, em pisos industriais e pátios de estacionamento, entre outras aplicações.
A EVOLUÇÃO DAS CONSTRUÇÕES E DAS TÉCNICAS
CONSTRUTIVAS OCORREU JUNTO À EVOLUÇÃO DOS
CONCRETOS. SURGIRAM NOVOS TIPOS DE
CONCRETOS QUE SE DESTACAM POR SUAS
APLICAÇÕES, FUNÇÕES, ECONOMIA DE MÃO DE
OBRA E MATERIAIS, ESTÉTICA E AS SEMPRE
NECESSÁRIAS, CONDIÇÕES DE RESISTÊNCIA
MECÂNICA, DE SEGURANÇA E DE DURABILIDADE
DAS OBRAS.
(LARA, 2013)
Ao analisarmos os diferentes tipos de concretos especiais, verificamos a importância do
entendimento de que não são necessariamente imprescindíveis (exceto para casos muito
especiais). O concreto convencional é o que usamos em nossas edificações, cabendo aos
técnicos experts em tecnologia do concreto analisarem as especificações e necessidades do
projeto, de maneira a definir qual solução construtiva terá a melhor relação custo-benefício
para atender questões econômicas, desempenho mecânico, durabilidade, aspectos estéticos
etc.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O concreto está diretamente integrado e relacionado às cadeias de produção da engenharia
civil. É um importante material da sociedade contemporânea, com tendências de crescimento
ao consideramos seu impacto em países em desenvolvimento. O concreto é um material muito
versátil, de produção e manejo simples, que facilmente se molda, e quando endurecido torna-
se uma “falsa rocha”. Trata-se de um dos materiais mais empregados e disponíveis no
mercado.
Produzido a partir de insumos relativamente abundantes na natureza (a depender da
localidade), de fácil transporte e aplicação, é moldável enquanto fresco, alcança excelente
resistência em função do teor de cimento e do traço com os demais agregados e a água. No
processo final da produção, a cura do concreto realizada adequadamente garantirá resistência
e durabilidade aos elementos estruturais.
Como vimos, o estudo das características do concreto fresco e as propriedades do concreto
endurecido são de fundamental importância para nossa prática profissional relativamente à
qualidade do resultado de uma estrutura que, por sua vez, resultará no sucesso da edificação.
 PODCAST
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
ADENSAMENTO do concreto: entenda suas vantagens na obra. Site da Cimento Mauá.
Publicado em: 9 mar. 2018.
ADENSAMENTO do concreto: O que é? Quais as vantagens? Site da Royal Máquinas e
Ferramentas, s.d.
ADITIVOS. Portal do Concreto, s.d.
ALCANTARA, M. A. M. Ensaios mecânicos do concreto: resistência à compressão
uniaxial, resistência à tração e módulo de elasticidade. Ars Aedificativa. Publicado em: 1º
jun. 2018.
ALMEIDA L. C. Concreto. Notas de aula da disciplina AU414 - Estruturas IV - Concreto
armado, 2002.
BARBOZA M. R.; BASTOS, P. S. Traços de Concreto para Obras de Pequeno Porte. Unesp,
Faculdade de Engenharia de Bauru, Departamento de Engenharia Civil. Consultado em meio
eletrônico em: 27 set. 2020.
CONCRETAGEM – práticas. Site Comunidade da Construção, s.d.
GUILGE, M. S. apud BONAFÉ, G. Aditivos Melhoram Propriedades e Aplicações do
Concreto. Revista AEC Web, s.d.
HAGEMANN, S. E. Apostila Materiais de Construção Básicos. Equipe de Produção de
Material Didático da Universidade Aberta do Brasil do Instituto Federal Sul-Rio-Grandense.
Porto Alegre: 2011.
A IMPORTÂNCIA dos ensaios de resistência do concreto. In: Site Mapa da Obra. Publicado
em: 3 jul. 2017.
LARA, L. A. M. Materiais de Construção. Caderno elaborado em parceria entre o Instituto
Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Minas Gerais/IFMG – Campus Ouro Preto e a
Universidade Federal de Santa Maria para o Sistema Escola Técnica Aberta do Brasil – Rede
e-Tec Brasil. Ouro Preto: IFMG, 2013.
LOPES, L. F. Materiais de Construção Civil I. Londrina: Educacional, 2017.
PEDROSO, F. L. Concreto: as origens e a evolução do material construtivo mais usado pelo
homem. Revista Concreto, ano XXXVII, n. 53, jan./mar. 2009, p. 14-19.
TUTIKIAN B. F.; HELENE, P. Dosagem dos Concretos de Cimento Portland. In: ISAIA, G. C.
(ed.). Concreto: Ciência e Tecnologia. 2011. Rio de Janeiro: Ibracon, Cap. 12.
EXPLORE+
Para saber mais sobre os assuntos tratados neste tema, leia:
Os volumes 1 e 2 do livro Materiais de Construção, de Luiz Alfredo Falcão Bauer.
Materiais de Construção Civil e Princípios de Ciência e Engenharia de Materiais,
editado pelo Instituto Brasileiro do Concreto, que se apresenta em dois volumes.
Materiais de Construção, de Eladio Petrucci, Editora Globo.
Materiais de Construção Civil, de Carmen Couto Ribeiro, editado pela Universidade
Federal de Minas Gerais.
Assista:
Ensaio de slump test, YouTube.
Concretagem de uma laje, YouTube.
Concreto autoadensável, YouTube.
Concreto projetado, Youtube.
Moldagem do corpo de prova de concreto, YouTube.
Rompimento de Corpo de Prova, YouTube.
CONTEUDISTA
René Galesi
 CURRÍCULO LATTES
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