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289 Anhanguera Educacional Ltda. Correspondência/Contato Alameda Maria Tereza, 2000 Valinhos, SP - CEP 13278-181 rc.ipade@unianhanguera.edu.br pic.ipade@unianhanguera.edu.br Coordenação Instituto de Pesquisas Aplicadas e Desenvolvimento Educacional - IPADE Publicação: 30 de junho de 2011 Trabalho realizado com o incentivo e fomento da Anhanguera Educacional Ana Carolina S. Gugliotti Gabriella B. de Oliveira Camila Macedo Ribeiro Deivid Elias de Almeida Lucilene R. M. Herculano Curso: Ciência da Computação FACULDADE ANHANGUERA DE ITAPECERICA DA SERRA RESUMO A presente pesquisa analisou a relação entre Administração Participativa e o Nível Motivacional dos Colaboradores. A Administração Participativa é uma filosofia que valoriza a participação das pessoas no processo de tomada de decisão da Organização, a fim de contribuir no seu desenvolvimento, resoluções de conflitos e na competitividade do mercado global. Diante disso, a Administração Participativa preza pela motivação dos colaboradores, para que não se sintam apenas envolvidos nos processos, mais peça chave da organização. Este artigo expõe pareceres de conceituados autores, mostrando os benefícios que a gestão participativa agrega a organização e a motivação dos colaboradores. Palavras-Chave: administração participativa; motivação; teorias motivacionais. ANUÁRIO DA PRODUÇÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DISCENTE Vol. 13, N. 17, Ano 2010 ADMINISTRAÇÃO PARTICIPATIVA COMO ESTÍMULO A MOTIVAÇÃO 290 Administração participativa como estímulo a motivação Anuário da Produção de Iniciação Científica Discente • Vol. 13, N. 17, Ano 2010 • p. 289-298 1. INTRODUÇÃO A globalização aliada aos avanços tecnológicos e a disponibilidade de informações em um curto espaço de tempo impuseram um ritmo alucinante as organizações, fruto principalmente do acirramento da concorrência. A era do conhecimento passa a exigir uma qualificação que não é mais a simples acumulação de conhecimentos, mas a capacidade de buscar e analisar informações cada vez mais complexas e que se multiplicam cada vez mais rápido. (THUROW apud TEIXEIRA; ANDREWS, 1998, p. 38). Percebe-se então que, por mais desenvolvido e globalizado, um capital tangível não tem capacidade de criar ou inovar, precisando de colaboradores treinados e cada vez mais motivados, com habilidades para operá-lo e dar continuidade aos processos de maneira eficaz. Frente a essa necessidade, os aspectos motivacionais estão presentes no dia-a-dia das organizações e uma das formas de estimular as pessoas é proporcionar o seu envolvimento e desenvolvimento, ou seja, promovendo a Administração Participativa. Neste contexto, esse trabalho apresenta como objetivo explicitar a relação entre a Administração Participativa e o nível de motivação do corpo funcional. 2. OBJETIVO O presente artigo tem como objetivo evidenciar a relação entre a adoção da Administração Participativa e o nível motivacional dos colaboradores, através da conceituação dos termos: Administração Participativa e Motivação; descrição das principais teorias motivacionais (Maslow, Herzberg e McGregor); relato da influência da Administração Participativa em cada teoria motivacional proposta. 3. METODOLOGIA A metodologia utilizada baseou-se em Pesquisa Descritiva, pois descreve as características do objeto de estudo, estabelecendo relação entre a Administração Participativa e o Nível Motivacional. Já quanto ao seu processo, esta pesquisa caracteriza-se por Bibliográfica. 4. ADMINISTRAÇÃO PARTICIPATIVA: HISTÓRICO E CONCEITO Segundo Maranaldo (apud, 1989, p. 60) Participação consiste basicamente na criação de oportunidades para que as pessoas influenciem decisões que a afetarão. Essa influencia pode variar pouco ou muito. Ana Carolina Santos Gugliotti, Gabriella Batista de Oliveira, Camila Macedo Ribeiro, Deivid Elias de Almeida, Lucilene Regina Marques Herculano 291 Anuário da Produção de Iniciação Científica Discente • Vol. 13, N. 17, Ano 2010 • p. 289-298 Participação é um caso especial de delegação, na qual o subordinado obtém maior controle, maior liberdade de escolha em relação às suas próprias responsabilidades. Administração Participativa é a prática que reconheci a importância da participação das pessoas no processo de tomada de decisões da organização, a fim de contribuir no seu desenvolvimento, resoluções de conflitos e na competitividade no mercado global. A Administração Participativa foi amplamente divulgada nos anos 60, pois foi nessa época que o pesquisador americano Rensis Likert fez uma comparação do modelo tradicional com o modelo participativo. Como resultado, foi criado um modelo de administração composto por 4 sistemas dividido: Tabela 1. Sistemas de administração segundo Likert. Sistemas de administração segundo Likert Sistema 1 "Autoritário Coercitivo" É um sistema administrativo autocrático e forte, coercitivo e arbitrário, que controla rigidamente tudo o que ocorre dentro da organização. É o sistema mais duro e fechado. Sistema 2 "Autoritário Benevolente" É um sistema administrativo autoritário que constitui uma variação atenuado do sistema 1. No fundo, é um sistema 1 mais tolerante e menos rígido. Sistema 3 "Consultivo" Trata-se de um sistema que pende mais para o lado participativo do que para o lado autocrático e impositivo. Representa um gradativo abrandamento da arbitrariedade organizacional. Sistema 4 "Participativo" É o sistema administrativo democrático por excelência. É o mais aberto de todos os sistemas. Fonte: Adaptado de CHIAVENATO, 2004, p. 273 Um padrão de Administração Participativa se encontra no Sistema 4, que é democrático, onde todos participam na tomada de decisões. A comunicação flui em todos os sentidos e os colaboradores se sentem interdependentes e mais motivados. Durante os anos 80 para 90 ocorreu um enorme avanço da Administração Participativa, uma vez que empresas começavam a achá-la interessante, não por sua aplicação na essência, mas por verem que com a autogestão o número de estruturas hierárquicas poderiam ser reduzidas, consequentemente o número de chefes também poderia ser reduzido, via-se então uma maior eficiência e economia nesse processo. Administração Participativa, como já mencionada, é um conjunto de práticas, comportamentos e atitudes, e não uma Teoria propriamente estruturada. Por esse motivo, seu intuito não é ser comparada ou aplicada como tal. 292 Administração participativa como estímulo a motivação Anuário da Produção de Iniciação Científica Discente • Vol. 13, N. 17, Ano 2010 • p. 289-298 No processo de tomada de decisão é imprescindível que o líder participe ativamente dos assuntos que o cercam, priorizando o conhecimento nos papéis do comportamento humano, tais como: autoridade, liderança, obediência e disciplina. Tais fatores influenciam diretamente as pessoas na sociedade, nas organizações, nos grupos, nas famílias. “A participação é fruto de uma tendência inelutável que podemos deduzir dos processos de desalienação e que tende a se manifestar em toda ação coletiva” (MARQUES apud FERREIRA, 2006, p.129). Isto pressupõe uma série de vantagens na Administração Participativa, em que, renega-se uma centralização de poderes hierárquicos, passando a distribuir competências às pessoas. Os funcionários deixam de sentir como meros espectadores e passam a participar da gestão, atribuindo suas competências e habilidades, abri-se espaço para negociações de objetivos de trabalho, de metas a serem conquistadas e o melhoramento das condições de trabalho. Não se pode esquecer que a alta gestão abre mão de poderes para administrar a descentralização. Para tanto, é preciso que as pessoas estejam preparadas, tendo as informações certas, avaliando cada alternativa, deixando seus próprios desejos e benefícios de lado para a melhoria e proveito da organização.O gestor fica mais livre para desenvolver novos negócios, dando espaço aos colaboradores para autogerenciarem as atividades do dia a dia. Todas as vantagens citadas acima fazem da Administração Participativa uma doutrina que junta os objetivos da organização para a melhor resolução de problemas, envolvendo todos para satisfação de um bem comum, o desenvolvimento da organização. 5. MOTIVAÇÃO A palavra motivação deriva do latim motivus, movere, que significa mover. “Em seu sentido original, a palavra indica o processo pela qual o comportamento humano é incentivado, estimulado ou energizado por algum tipo de motivo ou razão.” (MAXIMIANO, 2007, p. 201). No contexto geral, motivação está categoricamente ligada ao comportamento humano, sendo assim, motivação representa o comportamento humano em busca de algo, movimentando-se para sua realização. O comportamento humano busca alcançar suas necessidades, seus motivos e impulsos. Cada fator faz com que o ser humano busque executá-los. No dizer de Robbins (2003) definir motivação como o processo responsável pela intensidade, direção e Ana Carolina Santos Gugliotti, Gabriella Batista de Oliveira, Camila Macedo Ribeiro, Deivid Elias de Almeida, Lucilene Regina Marques Herculano 293 Anuário da Produção de Iniciação Científica Discente • Vol. 13, N. 17, Ano 2010 • p. 289-298 persistência dos esforços de uma pessoa para o alcance de uma determinada meta. A motivação concebe a ação de forças ativas e impulsionadoras as necessidades humanas. 5.1. Teoria dos dois fatores: Frederick Herzberg A motivação para o trabalho é resultado de uma interação complexa entre os motivos internos das pessoas e o estimulo da situação ou ambiente. (MAXIMIANO, 2007, p. 201) Frederick Herzberg foi o autor da Teoria dos Dois Fatores ou Teoria da Motivação–Higiene. Essa Teoria foi resultado de um estudo feito por Herzberg através de entrevistas com 200 contabilistas e engenheiros de industrias de Pittsburgh, onde eram questionados sobre os fatores que lhes geravam satisfação e os que geravam insatisfação no ambiente de trabalho, com o intuito de avaliar as situações e determinar os fatos que os faziam sentirem felizes ou infelizes com relação ao trabalho. Ao pesquisar sobre os fatores de motivação diretamente ligados à realização profissional, Herzberg (2004) constatou que quanto mais as pessoas se desenvolvem profissionalmente, se tornam mais maduras e passam a valorizar mais os fatores de estima e auto realização. Frente a essa situação Herzberg (2004) definiu dois fatores: Os fatores higiênicos ou extrínsecos referem-se às condições que rodeiam o empregado enquanto trabalha, condições físicas e ambientais de trabalho, o salário, os benefícios sociais, as políticas da empresa, o tipo de supervisão recebido, o clima de relações entre a direção e os empregados, os regulamentos internos, as oportunidades existentes etc. De acordo com as pesquisas de Herzberg (2004) quando os fatores higiênicos são ótimos, eles apenas evitam insatisfação, e quando precários eles provocam a insatisfação dos empregados. Os fatores motivadores ou intrínsecos referem-se ao conteúdo do cargo, ao sentimento positivo em relação às tarefas e aos deveres relacionados com o cargo em si. São os fatores motivacionais que produzem um efeito duradouro na satisfação e no aumento de produtividade em níveis de excelência. Para Herzberg (2004) o termo motivação envolve sentimento de realização, de crescimento e de reconhecimento profissional manifestado por meio do exercício das tarefas e atividades que oferecem suficiente desafio e significado ao trabalhador. Para Herzberg (2004), os fatores motivacionais estão sobre controle do indivíduo, pois estão relacionados com aquilo que ele faz e desempenha. 294 Administração participativa como estímulo a motivação Anuário da Produção de Iniciação Científica Discente • Vol. 13, N. 17, Ano 2010 • p. 289-298 Herzberg (2004) chegou à conclusão de que os fatores responsáveis pela satisfação profissional são totalmente desprendidos e distintos dos fatores pela insatisfação profissional. O oposto de satisfação profissional não seria insatisfação, mas sim não-satisfação profissional; e da mesma maneira, o oposto de insatisfação profissional não seria satisfação, mas sim não-insatisfação profissional. 5.2. Proposta Hierárquica de Necessidades: Abraham Maslow A necessidade – falta que se sente algo- provoca um estado de tensão, isto é, uma predisposição a ação. (TEIXEIRA, 2010, p. 282) Abraham Maslow foi um psicólogo americano, conhecido por ser o criador da hierarquia de necessidades. Maslow (1948) propõe um tipo de classificação ou hierarquia dos motivos humanos que foi à solução inovadora para que se pudesse melhor compreender o comportamento humano na sua variedade, podendo-se compreender que tipo de objetivo está sendo perseguido pelo individuo. Estas necessidades se representam em forma de Pirâmide de Maslow: Fonte: Maximiano (1995, p. 21). Figura 1. Hierarquia das necessidades. a) Na primeira fase coloca as necessidades corporais ou fisiológicas que são: comida, bebida, ar, abrigo, calor, sono, sexo, excreção; b) Na segunda fase coloca o atendimento das necessidades de segurança como: proteção contra perigos, ameaças, privações, perdas; c) Na terceira fase propõe os incentivos sociais: fazer parte da sociedade, de pertencer, dar e receber amizade e ser aceito; d) Na quarta fase encontram-se os incentivos: denominados de incentivos de ego, caracterizados pelo controle do conhecimento ou auto-estima, incluindo necessidades verdadeiramente psicológicas; e e) Na quinta fase aparece a busca do atendimento das necessidades de auto- Evolução das necessidades Ana Carolina Santos Gugliotti, Gabriella Batista de Oliveira, Camila Macedo Ribeiro, Deivid Elias de Almeida, Lucilene Regina Marques Herculano 295 Anuário da Produção de Iniciação Científica Discente • Vol. 13, N. 17, Ano 2010 • p. 289-298 realização, de desenvolver seu potencial como ser humano e sua criatividade. 5.3. Teoria X e Teoria Y - Douglas McGregor Criadas por Douglas McGregor as Teorias X e Y foram publicadas em 1960. O mesmo compara dois estilos e forma de gerenciar a produtividade humana dentro das organizações. A Teoria X revela uma administração através de controles externos impostos ao indivíduo, já a Teoria Y apresenta um estilo de administração participativo, baseando-se nos valores humanos e sociais, realçando a iniciativa individual. Para a Teoria X, o homem é preguiçoso por natureza, trabalha o menos possível: as pessoas evitam o trabalho, são naturalmente avessas as mudanças, evitam a responsabilidade, a fim de se sentirem mais seguras, precisam ser controladas e dirigidas e são ingênuas e sem iniciativa. Para a Teoria Y, as pessoas são esforçadas e gostam de ter o que fazer; as pessoas não são por natureza passiva ou resistente as necessidades organizacionais; as pessoas têm motivação básica, potencial de desenvolvimento, capazes de assumir responsabilidade e as pessoas são criativas e competentes. Não se pode dizer que a Teoria Y seria liberdade excessiva ou falta de controle nas organizações. A Teoria Y é uma forma diferenciada de administrar os recursos humanos dentro do ambiente organizacional. 6. ADMINISTRAÇÃO PARTICIPATIVA COMO ESTÍMULO A MOTIVAÇÃO A administração participativa é filosofia ou política de administração de pessoas, que valoriza sua capacidade de tomar decisões e resolver problemas. A administração participativa aprimora a satisfação e a motivação no trabalho. A administração participativa contribui para o melhor desempenho e a competitividade das organizações. (MAXIMIANO apud FERREIRA, 2006, p.129) O objetivo da Administração Participativa é delegar responsabilidades e voz ativa aos colaboradores para que não se sintam apenas meros expectadores das decisões da organização e passem aser contribuintes, participantes ativos das tomadas de decisões. Mas para que isso ocorra com eficácia e se torne um instrumento útil e preciso para a empresa, o colaborador deve se sentir motivado com seu trabalho ao ponto de ser responsável pelas atribuições e decisões que a ele pertencem. Começou a partir de 1990 falar em valorização do capital intelectual. Percebeu-se então, que o capital humano é de suma importância para a organização e para a competitividade, sendo uma fonte de conhecimento e não uma máquina de produzir. 296 Administração participativa como estímulo a motivação Anuário da Produção de Iniciação Científica Discente • Vol. 13, N. 17, Ano 2010 • p. 289-298 Porém, diferente dos bens tangíveis, o capital intelectual e humano não é propriedade da empresa e o mesmo, que outrora é um diferencial e benefício, amanhã pode ser uma arma da concorrência, uma vez que ao sair da empresa o funcionário leva com ele todo o conhecimento científico e empírico adquirido ao longo de sua vivência na empresa. No andamento pela busca de alternativas, a Administração Participativa busca incentivar a eficácia na necessidade da empresa, a competitividade, trazendo para si, a motivação como maior estratégia para alcançar suas diretrizes organizacionais. 6.1. Administração Participativa e a Teoria de Frederick Herzberg A motivação de um empregado está relacionada com fatores intrínsecos e extrínsecos. Como a Administração Participativa busca um funcionário cada vez mais motivado e responsável com suas tarefas, é comum que empresas adeptas a esse modelo adotem o hábito de manter espaços destinados ao lazer dos funcionários em horários de descanso. Quebra-se assim, um paradigma comum nos modelos tradicionais de que esse ambiente é extremamente pesado e fechado. Ainda nos fatores extrínsecos, cabe aos gestores analisarem os salários e benefícios pagos aos colaboradores, para que esses se sintam motivados ao verem que são reconhecidos. E como a Administração Participativa mune o funcionário de autonomia e acredita na sua autodisciplina, quanto mais satisfeito com os fatores intrínsecos, o resultado de sua produção será mais eficaz e satisfatória, seu envolvimento será mais continuo e de forma mais profunda nos processos corporativos. 6.2. Administração Participativa e a Teoria de Abraham Maslow Motivação é uma força, uma energia que nos impulsiona na direção de alguma coisa que nasce de nossas necessidades interiores. (FIORELLI, 2004, p. 118) Utilizando o método de motivação de Maslow, como incentivo à Administração Participativa, a empresa irá obter muitas vantagens, pois quando o funcionário estiver na primeira e segunda fase da pirâmide estará com suas necessidades fisiológicas e de segurança supridas, transparecendo autoconfiança em suas tarefas, diminuindo assim os possíveis erros que a insegurança e as necessidades fisiológicas acarretariam. Satisfeitas as necessidades da terceira fase, o funcionário se senti parte importante da organização. Sentindo-se aceito pelos outros integrantes da empresa, tendo Ana Carolina Santos Gugliotti, Gabriella Batista de Oliveira, Camila Macedo Ribeiro, Deivid Elias de Almeida, Lucilene Regina Marques Herculano 297 Anuário da Produção de Iniciação Científica Discente • Vol. 13, N. 17, Ano 2010 • p. 289-298 liberdade para expor seus pareceres, atingindo assim o principal objetivo da Administração Participativa, que é participar. Quando o colaborador encontra-se na quarta fase da pirâmide tem o devido reconhecimento pelo seu desempenho na organização. Da mesma forma como ocorre no último nível, o colaborador tem sua auto- realização, para desenvolver seu potencial como ser humano e sua criatividade ele terá mais disposição e motivação para tomar decisões e para opinar para o bom funcionamento da empresa. 6.3. Administração Participativa e a Teoria de Douglas McGregor É de suma importância ressaltar que se o estímulo salarial não vem o trabalho não sai. Contudo o salário passa a ser o único estímulo válido para a Teoria X, pois prevalece sempre o ambiente de desconfiança, de vigilância e de controle, tirando-se das pessoas qualquer possibilidade de iniciativa ou de escolha sobre a maneira de trabalho ou realização de tarefas. Em contra partida, a Teoria Y é basicamente um processo de criar oportunidades a fim de permitir maior liberdade e passar responsabilidades para os colaboradores a caminho do autodesenvolvimento. Para tanto, as pessoas precisam ter mais participações nas decisões das empresas que afetam direta ou indiretamente. Elas devem comprometer com o alcance de mercado e objetivo da empresa, podendo ser aplicada a Administração Participativa, que nada mais é do que a concessão de oportunidades para os empregados serem consultados a respeito de decisões a serem tomadas pela empresa. 7. CONSIDERAÇÕES FINAIS A partir dessas considerações, concluí-se que a Administração Participativa embora cercada de paradigmas e não muito praticada, é uma filosofia que estimula o nível motivacional dos colaboradores, uma vez que, acredita na capacidade de autogerenciamento, na importância de sua participação nas tomadas de decisões, resolução de conflitos e na competitividade no mercado global. No andamento pela busca de alternativas, a Administração Participativa vem para incentivar a eficácia nas necessidades da empresa, trazendo para si, a motivação como maior estratégia para alcançar suas diretrizes organizacionais. 298 Administração participativa como estímulo a motivação Anuário da Produção de Iniciação Científica Discente • Vol. 13, N. 17, Ano 2010 • p. 289-298 Os objetivos da pesquisa foram atingidos, visto que foram apresentados subsídios para delinear a Administração Participativa como estímulo a motivação do corpo funcional. REFERÊNCIAS ALENCAR, Eunice M.L. Soriano de. Psicologia: introdução aos princípios básicos do comportamento. 15. ed. Petrópolis: Vozes, 2007. BERGAMINI, Cecília Whitaker. Psicologia aplicada a administração de empresas: psicologia do comportamento humano na empresa. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1976. CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à teoria geral da administração. 3. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004. FERREIRA, Ademir Antônio; REIS, Ana Carla Fonseca Reis; PEREIRA, Maria Isabel. Gestão Empresarial: de Taylor aos nossos dias: evolução e tendências da moderna administração de empresa. São Paulo: Thomson Learning, 2006. FIORELLI, J. O. Psicologia para administradores. São Paulo: Atlas, 2004. HERSEY, Paul; BLANCHARD, Kenneth H. Psicologia para administradores:a teoria e as técnicas da liderança situacional. E.P.U. Pedagógica e Universitária LTDA,São Paulo,1986. MAXIMIANO, Antonio Cesar Amaru. Introdução a administração. São Paulo: Atlas, 2008. ______. Fundamentos de administração: manual compacto para as disciplinas TGA e introdução à administração. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2007. ______. Teoria geral da administração: da escola científica à competitividade na economia globalizada. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2000. ______. Introdução à administração. 4. ed. São Paulo: Atlas, 1995. ROBBINS, S. P. A verdade sobre gerenciar pessoas. São Paulo: Pearson Education, 2003. SAWREY, J. M.; TELFORD, C. W. Psicologia educacional. Rio de Janeiro: Livro Técnico e Científico, 1976. TEIXEIRA, Hélio Janny; ANDREWS, Cristina Windsor. Participação da comunidade e qualidade de ensino: algumas considerações sobre o papel do poder público. São Paulo: Revista de Administração, 1998. 2976_FN_unlocked
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