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ATIVIDADE AVALIATIVA Discente: Jéfferson Disciplina: Organização do Espaço Brasileiro Data de Entrega: 15/10/19 Com base no texto reestruturação produtiva do espaço rural: forjando mutações nas relações urbano-rurais de Ideni Terezinha Antonello (2009), responda: 1. Quais os impactos da reestruturação produtiva nos espaços rurais para a agricultura familiar e/ou camponesa? Qual o papel dos movimentos sociais ou socioterritorais nesse cenário? R. Com a reestruturação ocorrem transformações nas relações de produção do meio rural, devido a intensificação do capital nas atividades agrícolas, as ditas familiares ou camponesas, são as mais afetadas, essa reestruturação é pautada pela dinâmica industrial onde o agricultor é “forçado” a modernizar, mecanizar sua produção, assim amentando as desigualdades no campo, a acumulação de capital, restando para a maioria desses pequenos agricultores a migração para as cidades, onde se deparam com uma severa desigualdade social, o agricultor agora desprovido de qualificação não consegue encontrar uma atividade de propicie um bom sustento para seus familiares, ou seja, não consegue adentrar no mercado de trabalho com um bom salário. O trabalhador rural destituído do seu meio de produção, a terra, agora unidos por um objetivo comum, formam os movimentos sociais, ou socioterritorais, buscam o seu espaço, e melhores condições de trabalho, ou apenas um local para cultivar, essa união é benéfica pois o grupo agora possui voz, que na individualidade não tinha. 2. Qual o papel do Estado na reestruturação produtiva no Brasil? R. O Estado através das concessões econômicas, políticas e ambientais, além de regulamentar essa modernização no campo, atingem diretamente os produtores rurais, principalmente aqueles pequenos produtores, camponeses. Em outras palavras, o Estado através de políticas públicas voltadas para o planejamento e gestão do território, assim se faz necessário reconhecer a existência de uma multifuncionalidade da agricultura, para que possa se pensar o espaço rural. 3. Considerando o processo de reestruturação produtiva, quais as perspectivas para o rural brasileiro no cenário atual (capital e trabalho)? R. Com o processo de modernização da agricultura brasileira, denota um caráter mais competitivo ao setor, em vista que essa modernização é considerada como empreendimento capitalista, que por sua vez, visa somente o aumento da produtividade e consequentemente dos lucros, a partir dessa lógica, ocorrem transformações no espaço rural brasileiro, que se mostram de forma fragmentada, e a convergência ciência e capital, se realiza quando o capitalismo agrícola encontra as condições materiais e culturais para obter os frutos, propiciando um crescimento desigual no território nacional. 4. Quais os elementos que sustentam a desigualdade, portanto, “conservam” a divisão territorial do trabalho entre países centrais e periféricos? R. Os países centrais possuem capital e tecnologia, além de serem produtores de novas tecnologia, já os países periféricos compram essas tecnologias criadas nos países centrais, fomentando ainda mais as desigualdades no meio rural. A partir do fordismo periférico países como o Brasil tiveram condições de internalizarem a industrialização, porém, através, nas palavras do autor, de um transplante de tecnologias dos países do centro, essa transferência de tecnologia ocorre a partir de um processo desigual de modernização, fazendo com que ocorra uma territorialização diferenciada do capital no espaço interno se mostrando como uma divisão territorial do trabalho que segue a lógica internacional, em outras palavras, os países do centro são os detentores do capital e da tecnologia e os países periféricos, do trabalho.
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