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Arquitetura sustentável no Brasil e 
no mundo
Apresentação
A busca pelo desenvolvimento sustentável é uma preocupação atual, que se intensifica com o 
consumo desenfreado e os impactos ambientais ocasionados pelo ser humano. 
Estratégias simples podem minimizar os efeitos causados pelos seres humanos e reduzir também os 
custos gerados pelo ritmo de vida vigente.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você irá acompanhar o desenvolvimento do conceito de 
sustentabilidade e visualizar as principais estratégias encontradas no Brasil e no mundo para 
atender às expectativas dos usuários e preservar o meio ambiente.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Demonstrar a evolução do conceito de sustentabilidade. •
Analisar estratégias sustentáveis no Brasil. •
Reconhecer estratégias sustentáveis inovadoras no mundo. •
Desafio
Além de minimizar os impactos ambientais e preservar a vida no planeta, a utilização de estratégias 
sustentáveis proporciona uma redução significativa nos custos gerados por uma edificação.
 
 
Com base nas informações apresentadas, faça o que se pede a seguir: 
a) Indique três soluções para tornar a edificação sustentável, apresentando soluções que dizem 
respeito ao reaproveitamento de recursos naturais, ao aproveitamento de energia e a técnicas 
passivas que proporcionem conforto ambiental.
b) Apresente também uma alternativa para que os jardins possam ser utilizados para o 
desenvolvimento de trabalhos criativos, pois atualmente o ambiente externo carece de vegetação e 
de áreas de convivência.
c) Indique uma solução que possa ser aplicada após a conclusão das obras, durante a etapa de uso 
da edificação.
Infográfico
Com o passar dos anos, diversas premissas vêm sendo definidas, visando garantir a sobrevivência 
do planeta e o bem-estar da população. Para atingir parâmetros sustentáveis, líderes mundiais 
criaram a Agenda 2030, a qual traz metas para erradicar a pobreza, proteger o planeta e garantir 
que as pessoas alcancem a paz e a prosperidade.
Neste Infográfico, você irá observar os objetivos que estão diretamente relacionados com o setor 
da construção civil e devem ser considerados no desenvolvimento de um projeto sustentável.
Aponte a câmera para o 
código e acesse o link do 
conteúdo ou clique no 
código para acessar.
https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/4171a0d3-e7b9-4ae5-aae9-3b1412738511/4015eab1-e78f-4fe1-89cb-a0b9f9371770.jpg
Conteúdo do livro
A sustentabilidade ganha importância aos olhos da sociedade conforme surgem adversidades na 
obtenção de recursos para o desenvolvimento de tarefas simples. Objetivando amenizar os efeitos 
causados pelos seres humanos, surgem planos de ação com metas a serem cumpridas para efetivar 
o desenvolvimento sustentável.
Na obra Arquitetura sustentável, base teórica desta Unidade de Aprendizagem, leia o capítulo 
Arquitetura sustentável no Brasil e no mundo. Você irá entender o surgimento do conceito de 
sustentabilidade, assim como os mecanismos utilizados para torná-lo efetivo, abrangendo as áreas 
social, ambiental e econômica, as quais são fundamentais para alcançar estratégias que visam o 
desenvolvimento sustentável.
ARQUITETURA 
SUSTENTÁVEL
Jaqueline Ramos Grabasck
Arquitetura sustentável 
no Brasil e no mundo
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Demonstrar a evolução do conceito de sustentabilidade.
  Analisar estratégias sustentáveis no Brasil.
  Reconhecer estratégias sustentáveis inovadoras no mundo.
Introdução
Altamente difundido nos dias atuais, o conceito de sustentabilidade surgiu 
da necessidade das nações de preservar o meio ambiente em prol da 
sobrevivência e do bem-estar do planeta, assim como de seus habitantes.
Neste capítulo, você vai acompanhar a evolução no desenvolvimento 
do conceito de sustentabilidade e as premissas para obtê-lo, visando à 
preservação dos recursos para as futuras gerações e para o desenvolvi-
mento de estratégias, a fim de amenizar os impactos ambientais. Além 
disso, vai conhecer estratégias com aplicabilidade no Brasil e no mundo 
que buscam atender aos requisitos para efetivar o desenvolvimento 
sustentável no setor da construção civil. 
A evolução do conceito de sustentabilidade
O conceito de desenvolvimento sustentável foi utilizado inicialmente no fi nal 
do século 20, quando foram abordadas as questões econômicas a partir de 
sua relação com os problemas sociais, no trabalho de Malthus, em 1798. 
Entretanto, devido às questões políticas que marcaram o início do século, as 
questões ambientais foram esquecidas momentaneamente, voltando a surgir 
após a década de 1960, devido aos investimentos da expansão industrial no 
período pós-guerra (OLIVEIRA; MARTINS; LIMA, 2010).
O conceito de sustentabilidade como conhecemos hoje surgiu com o Clube 
de Roma, criado em 1968, em que intelectuais e estudiosos se reuniram para 
discutir assuntos relacionados a política, economia, meio ambiente e desen-
volvimento sustentável. O produto com maior relevância publicado por essa 
reunião surgiu em 1972, intitulado “Os limites do crescimento”. Baseado em 
uma série de modelos matemáticos, esse estudo relacionava o crescimento da 
população mundial, a industrialização, a produção de alimentos e a diminuição 
dos recursos naturais, que, devido ao ritmo de crescimento, deveriam atingir 
os seus limites em 100 anos (OLIVEIRA et al., 2012).
O francês Maurice Strong lançou, em 1973, o conceito de ecodesenvolvi-
mento, definido como uma política de desenvolvimento alternativo. Ainda em 
1973, foi divulgada a Declaração de Cocoyok, gerada na reunião da Conferência 
das Nações Unidas sobre Comércio-Desenvolvimento (UNCTAD) e do Programa 
de Meio Ambiente das Nações Unidas (UNEP), que responsabilizaram os países 
industrializados pelo alto consumo de recursos (OLIVEIRA et al., 2012).
Já em 1975, a UNEP elaborou, juntamente com pesquisadores e políticos 
de 48 países, o Relatório Dag-Hammarskjöld, que veio a reforçar a Declaração 
de Cocoyok, gerando grande rejeição em países desenvolvidos e, até mesmo, 
de pesquisadores conservadores (OLIVEIRA et al., 2012).
O termo sustentabilidade foi apresentado pela Comissão Mundial sobre 
Meio Ambiente e Desenvolvimento (CMMAD) em 1987, definido como a 
capacidade das atender as necessidades das gerações atuais, sem comprometer 
a capacidade das gerações futuras de atenderem as suas necessidades. Foi 
aceito em quase todos os países como um tema prioritário, elevando a sua 
importância no mundo empresarial (OLIVEIRA et al., 2012).
As organizações que não haviam se sensibilizado passaram a comunicar 
os seus desempenhos econômico, ambiental e social após ganhar destaque 
nas discussões sobre sustentabilidade (OLIVEIRA et al., 2012) o conceito de 
Triple Bottom Line (TBL), que define como metas as ações ambientalmente 
responsáveis, socialmente justas, economicamente viáveis, objetivando o 
equilíbrio entre as três dimensões da sustentabilidade, sendo elas, a ambiental, 
a sociocultural e a econômica (MOTTA; AGUILAR, 2009).
Com o crescimento das legislações e regulamentações, as questões am-
bientais se tornaram obrigatórias para as organizações de grande porte devido 
à interferência que produzem no ambiente e nas comunidades situadas no 
entorno da área de operação, deixando de ser apenas uma opção e passando 
a atuar como uma questão de visão, estratégia e, até mesmo, sobrevivência 
para essas instituições (OLIVEIRA et al., 2012).
Arquitetura sustentável no Brasil e no mundo2
Assim como nos demais setores, a construção civil busca mecanismos para 
implantar o desenvolvimento sustentável na rotina das construções. Os siste-
mas de certificações com selo verde têm sido cada vez mais procurados para 
comprovar as premissas de sustentabilidade aplicadas nas construções atuais.
O sistema de avaliação ambiental Building Research Establishment En-
vironmental Assessment Method(BREEAM) foi o primeiro selo verde para 
construções lançado no mundo, efetivando-se em 1990, na Inglaterra (MOTTA; 
AGUILAR, 2009).
Com o passar dos anos, diversas publicações foram lançadas propondo novas 
formas de uso da energia, da água, da terra e das edificações, enfatizando a 
importância do reaproveitamento e do consumo consciente dos recursos naturais.
Em 1992, durante a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente 
e Desenvolvimento, que ocorreu no Rio de Janeiro com a participação de 179 
países, foi lançada a Agenda 21, que objetivava procurar as causas reais para os 
problemas ambientais, sociais e econômicos, propondo um plano com metas de 
curto, médio e longo prazo, a fim de solucionar os problemas definitivamente 
e garantir o desenvolvimento sustentável.
Já em 2007, cria-se o Conselho Brasileiro de Construção Sustentável (CBCS), 
visando a implementação de conceitos e práticas sustentáveis na construção 
civil, sem gerar certificação para as edificações (MOTTA; AGUILAR, 2009). 
Os líderes mundiais se reuniram em 2015, na sede da Organização das 
Nações Unidas (ONU), para criar um plano de ação que buscasse erradicar 
a pobreza, proteger o planeta e garantir que as pessoas alcançassem a paz 
e a prosperidade. Esse plano de ação foi denominado Agenda 2030 para o 
Desenvolvimento Sustentável e continha uma lista de tarefas para a população 
mundial, composta por 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), 
definindo metas para erradicar a pobreza extrema e poupar as gerações futuras 
dos efeitos das mudanças climáticas (Figura 1) (AGENDA 2030, 2019).
Leitores do material impresso, para visualizar as figuras 
deste capítulo em cores, acessem o link ou o código QR 
a seguir.
https://qrgo.page.link/g1kbz 
3Arquitetura sustentável no Brasil e no mundo
Figura 1. 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.
Fonte: Agenda 2030 (2019, documento on-line).
A Agenda 2030 traz diversos objetivos que compreendem e devem ser aten-
didos pelo setor da construção civil, mas devemos dar destaque ao ODS 11 – 
Cidades e Comunidades Sustentáveis, que apresenta metas para tornar as cidades 
e os assentamentos humanos inclusivos, seguros, resilientes e sustentáveis.
No link a seguir, você encontra todos os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, 
com a apresentação das suas respectivas metas.
https://qrgo.page.link/aDu1F
Estratégias sustentáveis no Brasil
Antes de iniciar um projeto, o arquiteto deve analisar a zona bioclimática na 
qual o terreno se encontra para, só então, defi nir as premissas que irão atender 
as necessidades de conforto ambiental na edifi cação. Lamberts, Dutra e Pereira 
(2014) recomendam utilizar o Ano Climático de Referência (TRY), material 
que apresenta dados climáticos por meio de valores horários. Entretanto, caso 
Arquitetura sustentável no Brasil e no mundo4
não estejam disponíveis, podem ser utilizadas as Normais Climatológicas, que 
apresentam valores médios para diversas áreas do Brasil.
O Ano Climático de Referência apresenta valores horários de temperatura 
e umidade relativa do ar, que podem ser marcados diretamente sobre a Carta 
Bioclimática, indicando, assim, as estratégias mais adequadas para cada lo-
calidade, em cada período do ano (LAMBERTS; DUTRA; PEREIRA, 2014).
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) traz o zoneamento 
bioclimático brasileiro na NBR 15220-3: 2005 – Desempenho térmico de 
edificações, juntamente com diretrizes construtivas para aplicabilidade em 
todo o território nacional.
A normativa indica oito diferentes zonas que compõem o território nacio-
nal e apresenta uma relação com a classificação dos climas em 330 cidades. 
A Figura 2 compreende a identificação das zonas bioclimáticas brasileiras 
apresentadas na normativa.
Figura 2. Zoneamento bioclimático brasileiro.
Fonte: Associação Brasileira de Normas Técnicas (2005, p. 3).
5Arquitetura sustentável no Brasil e no mundo
A NBR 15220-3 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNI-
CAS, 2005) apresenta parâmetros e condições para definição do tamanho 
das aberturas para ventilação, proteção das aberturas, vedações externas, 
com indicação de tipos de paredes externas e de coberturas, e estratégias de 
condicionamento térmico passivo.
A zona bioclimática 1 apresenta como condicionantes a utilização de 
aberturas médias para ventilação, com sombreamento nestas aberturas, de 
maneira que possibilite a incidência solar durante os dias frios no período 
do inverno. As vedações externas devem ser compostas por paredes leves e 
cobertura leve isolada. Como estratégias de condicionamento térmico passivo, 
a normativa indica a utilização de aquecimento solar durante o inverno e 
vedações internas pesadas, ou seja, que apresentem grande inércia térmica 
(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2005).
Para a zona bioclimática 2, deve-se utilizar aberturas com dimensões 
médias para ventilação, sendo sombreadas, mas que possibilitem a entrada 
do sol durante o inverno. Recomenda-se que as vedações externas sejam 
compostas por paredes externas leves, assim como a cobertura, que deve ser 
leve e isolada. Para o condicionamento térmico passivo, indica-se a utilização 
de ventilação cruzada durante o verão e aquecimento solar durante o inverno; 
as vedações internas também devem ser pesadas, apresentando inércia térmica 
(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2005).
Na zona bioclimática 3, as edificações devem ser projetadas com aberturas 
médias para ventilação dos ambientes, sendo igualmente sombreadas, mas 
garantindo a incidência solar durante o inverno. As vedações externas devem 
ser constituídas de paredes leves refletoras e cobertura leve isolada. Durante o 
verão, deve-se privilegiar a ventilação cruzada. No período do inverno, deve-se 
possibilitar o aquecimento solar. Assim como nas demais zonas, as vedações 
internas devem ser executadas com materiais pesados, que apresentem inércia 
térmica (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2005).
Edificações na zona bioclimática 4 devem ser projetadas com aberturas 
médias para ventilação dos ambientes, com sombreamento. As vedações 
externas devem ser executadas com paredes pesadas e cobertura leve isolada. 
Como estratégia de condicionamento térmico, deve possibilitar o resfriamento 
evaporativo e massa térmica para resfriamento durante o verão. A ventilação 
seletiva deve ser utilizada nos períodos quentes, quando a temperatura interna 
for superior à externa. Durante o inverno, deve-se optar pelo aquecimento 
solar e pela escolha prévia de vedações internas pesadas (ASSOCIAÇÃO 
BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2005).
Arquitetura sustentável no Brasil e no mundo6
Na zona bioclimática 5, deve-se optar por aberturas médias para ventilação, 
com sistemas de sombreamento, vedações externas compostas por paredes 
leves refletoras e cobertura leve isolada. Para o período do verão, o conforto 
ambiental pode ser garantido pela ventilação cruzada; no inverno, a atuação 
se dará pelas vedações internas pesadas (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE 
NORMAS TÉCNICAS, 2005).
Para a zona bioclimática 6, as edificações devem ser executadas com 
aberturas médias para ventilação dos ambientes, contando com sombreamento 
para proteção solar. As vedações externas devem ser constituídas por paredes 
pesadas e cobertura leve isolada. Para as estratégias de condicionamento 
térmico passivo durante o verão, indica-se o resfriamento evaporativo e a 
massa térmica para resfriamento, juntamente com a ventilação seletiva. As 
vedações internas pesadas atuam durante o inverno para garantir o conforto 
ambiental (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2005).
A zona bioclimática 7 deve apresentar edificações com aberturas pequenas 
com sombreamento. As vedações externas devem ser executadas com materiais 
pesados, tanto nas paredes quanto na cobertura. Para o condicionamento tér-
mico passivo, recomenda-se a utilização de ventilação seletiva, resfriamento 
evaporativo e massa térmica para resfriamento (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRADE NORMAS TÉCNICAS, 2005).
Para edificações situadas na zona bioclimática 8, deve-se optar por grandes 
aberturas para ventilação, com dispositivos de sombreamento. As vedações 
externas podem ser executadas com materiais leves e refletores, tanto nas 
paredes quanto na cobertura. O condicionamento térmico passivo deve contar 
com ventilação cruzada permanente, que, segundo a normativa, será insufi-
ciente durante as horas mais quentes no período do verão (ASSOCIAÇÃO 
BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2005).
Para adequar as edificações ao clima, a NBR 15220-3 (ASSOCIAÇÃO 
BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2005) apresenta diretrizes cons-
trutivas referentes às aberturas para ventilação e para a escolha das vedações 
externas. As dimensões das aberturas pequenas devem ser de 10 a 15% a área 
do piso do ambiente; já as aberturas médias devem manter-se entre 15 e 25%, 
enquanto as aberturas grandes devem apresentar mais de 40% da área do piso.
Para a determinação das vedações externas, a normativa apresenta valores 
admissíveis para transmitância térmica, atraso térmico e fator de calor solar 
para cada um dos tipos de classificações de materiais.
Como apresentado pela normativa, a escolha dos materiais é um fator 
essencial para garantir o conforto ambiental. Deve-se dar preferência 
7Arquitetura sustentável no Brasil e no mundo
por materiais fabricados próximos à obra, gerando, assim, menores índices 
de emissões atmosféricas devido a transportes desnecessários.
A escolha dos revestimentos, dos elementos estruturais e dos fechamentos 
da edificação deve ser analisada para atender as necessidades dos usuários e 
reduzir os impactos ocasionados pela construção. Ao optar por paredes duplas, 
o profissional estará indicando maior consumo de matéria-prima, entretanto, 
estará reduzindo o consumo energético futuro e propiciando conforto térmico 
e acústico nesta edificação.
Além das paredes duplas, a utilização de vidros duplos minimiza o consumo 
energético e, ainda, possibilita o isolamento acústico e térmico dos ambientes.
No Brasil, privilegia-se o uso de ventilação natural como estratégia susten-
tável por apresentar fácil aplicabilidade e por ser um mecanismo relativamente 
barato. A ventilação cruzada pode ser aplicada em coberturas ou por meio 
de janelas dispostas em paredes opostas ou adjacentes, juntamente com uma 
análise prévia dos ventos desejáveis nos períodos mais quentes, garantindo a 
renovação do ar e a ventilação dos ambientes.
 Para a ventilação de coberturas, podem ser utilizados lanternins, mansardas, 
captores de ventos e torres de ventilação. No Retiro Tagaste, construído em 1989 
no Pará, o arquiteto João Castro Filho utilizou lanternins para obter iluminação 
natural e ventilação cruzada. Além disso, utilizou materiais locais que trouxeram 
expressividade para a edificação e proporcionaram harmonia com o entorno 
(LAMBERTS; DUTRA; PEREIRA, 2014). A Figura 3 ilustra a ventilação cruzada 
e a utilização de grandes beirais, utilizados para proteger a edificação da incidência 
solar nos horários mais quentes do dia nesta região, entre 9h30 e 16h30.
Figura 3. Ventilação cruzada e proteção solar no Retiro Tagaste, no Pará. 
Fonte: Lamberts, Dutra e Pereira (2014, p. 29). 
Arquitetura sustentável no Brasil e no mundo8
Beirais maiores, além de atuarem como protetores solares, também au-
mentam a zona de pressão no exterior e, consequentemente, aumentam o 
fluxo de ar para o interior da edificação. Esse efeito pode ser obtido também 
ao utilizar protetores solares horizontais, como os brises-soleils. As plati-
bandas também podem ser utilizadas como recursos para aumentar o fluxo 
de ventilação para o interior da edificação, pois atuam de forma semelhante 
aos beirais (LAMBERTS; DUTRA; PEREIRA, 2014), conforme pode ser 
observado na Figura 4.
Figura 4. Platibanda influenciando no direcionamento 
da ventilação.
Fonte: Lamberts, Dutra e Pereira (2014, p. 188). 
O arquiteto João Filgueiras Lima, conhecido como Lelé, inovou ao 
utilizar sistemas de ventilação natural na rede hospitalar Sarah Kubitschek. 
Ambientes hospitalares normalmente contam com ventilação mecânica, 
mas, nesse projeto, o arquiteto utilizou sheds metálicos curvos em toda a 
cobertura do hospital, dispostos de forma linear, na maior dimensão do 
vão da estrutura. 
Para garantir que a iluminação natural entre sem que haja incidência 
solar direta, foram dispostos brises horizontais nas aberturas dos sheds. 
Em algumas áreas, foram aplicadas internamente basculantes de vidro para 
interromper completamente a ventilação natural, mas ainda possibilitando a 
9Arquitetura sustentável no Brasil e no mundo
entrada de iluminação natural. Nos demais ambientes, o fechamento interno 
se dá por venezianas metálicas na parte inferior e basculantes de vidro na 
parte superior (Figura 5).
Figura 5. Cobertura com fechamento em sheds no Hospital Sarah Kubitschek, 
em Salvador.
Fonte: Fracalossi (2012, documento on-line).
A natureza compõe essa edificação, rodeada por Mata Atlântica nativa, e 
panos de vidro possibilitam a permeabilidade visual e garantem a integração 
com a natureza. Alguns leitos ainda são estendidos por pequenas varandas, 
que permitem que os jardins avancem na edificação e recortem a volumetria 
(FRACALOSSI, 2012). 
A ventilação noturna é uma importante aliada no conforto ambiental 
por manter mais baixas as temperaturas de elementos estruturais como 
lajes, paredes e pilares, ocasionando uma redução significativa na variação 
de temperatura durante o dia (Figura 6). Entretanto, essa estratégia deve 
ser cuidadosamente avaliada antes de ser aplicada em residências devido a 
ruídos e à entrada de ar externo com níveis elevados de poluição. Por isso, 
deve ser evitada quando a edificação encontra-se próxima a garagens, pontos 
de ônibus e áreas com grande tráfego de veículos (LAMBERTS; DUTRA; 
PEREIRA, 2014).
Arquitetura sustentável no Brasil e no mundo10
Figura 6. Ventilação noturna em uma edificação.
Fonte: Lamberts, Dutra e Pereira (2014, p. 190).
Edifícios de múltiplos pavimentos podem ser projetados com fachadas 
duplas ao se criar uma máscara externa que possibilita a passagem de vento 
rente à superfície externa da edificação, retirando o calor da estrutura e dire-
cionando o fluxo de ar para as aberturas e sacadas (LAMBERTS; DUTRA; 
PEREIRA, 2014).
Os ventos também podem ser direcionados por meio do uso de massas 
de vegetação, que reduzem ou bloqueiam os ventos incidentes durante o in-
verno e amenizam a incidência solar durante o verão, gerando ambientes mais 
confortáveis e amenizando as temperaturas em áreas próximas a vegetação.
As persianas são dispositivos versáteis, que podem ser utilizados tanto em 
dias frios, durante o inverno, como em dias mais quentes, durante o verão, 
sendo aplicadas em janelas e portas de vidro. No período do verão, as persianas 
podem ser utilizadas para bloquear a incidência solar direta. Durante o inverno, 
possibilitam a sua abertura e a entrada da radiação solar, que irá aquecer os 
ambientes (LAMBERTS et al., 2010).
Cortinas do tipo blackout podem ser utilizadas nos ambientes internos 
para minimizar a entrada de calor e bloquear a incidência solar direta em dias 
mais quentes. Ao indicar as cortinas blackout, o profissional deve atentar para 
o fato de que, além de barrar o calor, esses dispositivos também bloqueiam 
a iluminação natural.
11Arquitetura sustentável no Brasil e no mundo
Para bloquear a incidência solar direta, mas possibilitar a entrada de luz 
natural, pode-se optar pelo uso de protetores solares externos, chamados de 
brises-soleils. Os brises podem ser instalados na vertical, na horizontal ou 
combinados em ambos os posicionamentos. A orientação dos brises será 
definida pela angulação pela qual os raios solares incidem sobre a superfície 
— também se pode definir se deverão ser móveis ou fixos.
Além dos brises-soleils, as prateleiras de luz também funcionam como 
bloqueadores solares, mas são comumente utilizadas paraampliar a incidência 
de luz natural nos ambientes. Para que não gere ofuscamento, acima das pra-
teleiras podem ser instaladas persianas ou se pode fezer o seu prolongamento 
no interior da edificação. Esse recurso minimiza a utilização de iluminação 
artificial em áreas que não se encontram próximas às aberturas.
A iluminação zenital gera uma iluminação mais uniforme em comparação 
com as aberturas posicionadas nas laterais da edificação. Por receber luz 
natural durante maior período do dia, ao utilizar esse mecanismo, deve-se 
atentar para a incidência solar direta, que pode vir a ser indesejável. Para evitar 
a radiação solar indesejada, recomenda-se a aplicação de vidros, conforme 
mostra a Figura 7.
Figura 7. Tipos de iluminação zenital.
Fonte: Lamberts, Dutra e Pereira (2014, p. 159).
Os domos apresentam a desvantagem de possibilitar maior incidência de 
luz e calor no verão e menor incidência no inverno devido à geometria solar. 
Nesse caso, recomenda-se a utilização de clarabóias, que possuem a mesma 
funcionalidade dos domos, mas podem ser orientadas para aproveitar a luz 
no inverno e evitar no verão, pois há a possibilidade de serem sombreadas 
e de distribuir melhor a luz no decorrer do ano (LAMBERTS; DUTRA; 
PEREIRA, 2014).
Arquitetura sustentável no Brasil e no mundo12
O aquecimento solar de água reduz os custos com energia e os impactos 
ambientais acarretados pelos sistemas tradicionais, como chuveiros elétricos 
e chuveiros a gás. O sistema é composto por um coletor solar, constituído por 
placas de aquecimento solar, e por um reservatório térmico, chamado de boiler. 
Para que esse sistema seja eficiente, as placas devem ser instaladas com 
orientação para o norte geográfico e inclinadas dez graus acima da latitude 
da cidade, a fim de maximizar a exposição solar durante o inverno. As placas 
são compostas por serpentinas, que conduzem a água, e por um pano de 
vidro, que protege o sistema e impossibilita a perda de calor para o exterior 
(Figura 8). A instalação do boiler deve ser realizada acima do sistema de 
placas, mas, caso seja inviável, deve-se prever a utilização de bombeamento 
elétrico para garantir o funcionamento adequado do sistema (LAMBERTS; 
DUTRA; PEREIRA, 2014).
Figura 8. Sistema de aquecimento solar de água.
Fonte: Lamberts et al. (2010, p. 12).
A coleta de água da chuva reduz o consumo de água potável e o impacto 
ambiental e pode ser efetuada pelas calhas dispostas no telhado: ao passar 
por um sistema de filtragem, essa água pode ser utilizada para lavar roupas, 
em tanques ou máquinas, nos vasos sanitários e para irrigação dos jardins. 
Já as águas negras podem passar por um tratamento biológico antes de serem 
encaminhadas para a rede coletora pública. 
13Arquitetura sustentável no Brasil e no mundo
Os impactos ambientais podem ser positivos, caso gerem melhorias para o meio 
ambiente, ou negativos, caso gerem alterações capazes de resultar em riscos para o 
ser humano ou para o meio ambiente.
Estratégias sustentáveis inovadoras no mundo
A constante busca por materiais energeticamente efi cientes e com baixo impacto 
ambiental incentiva o interesse de pesquisadores na procura por materiais 
inovadores que venham a gerar edifi cações sustentáveis.
Pesquisadores da Universidade de Princeton desenvolveram uma janela que, 
além de controlar a quantidade de luz e calor que entra na edificação, também é 
composta por células solares transparentes que a autoalimentam (Figura 9). Esse 
mecanismo possibilita o ajuste por meio de um aplicativo instalado no telefone, 
que ajusta a quantidade de luz solar que penetra no ambiente, favorecendo a 
redução despendida com energia nos sistemas de aquecimento e resfriamento. 
O material desenvolvido é composto por uma película fina, que é depositada no 
vidro para flexibilizar a sua utilização. Os pesquisadores estão buscando uma 
alternativa para aplicá-la em vidros existentes (SIMS, 2018).
Figura 9. Vidros com película para controle de luz e calor.
Fonte: Sims (2018, documento on-line).
Arquitetura sustentável no Brasil e no mundo14
Painéis de madeira laminada (CLT — Cross-laminated timber) podem 
ser utilizados para criar arrojadas vigas curvas, possibilitando a geração 
de peças com 3,04 m de largura, 12,19 m de comprimento e com 0,30 m de 
espessura (Figura 10), apresentando também vantagens ao serem comparados 
com a madeira tradicional em termos de eficiência energética. Esse material 
possibilita a utilização de 95% da árvore, enquanto a peça de madeira sólida 
utiliza apenas 63%. Por se tratar de um material composto, as suas fibras 
são reforçadas, além de apresentarem uma barreira externa em plástico, que 
a protege contra o apodrecimento (SIMS, 2018).
Figura 10. Painel de madeira laminada.
Fonte: Sims (2018, documento on-line).
Painéis isolados estruturais (SIPs) estão sendo desenvolvidos com 
isolamento de poliestireno de grafite (GPS), que aumenta em 20% o isola-
mento ocasionado pelo material (Figura 11). Além disso, acarretam menor 
consumo de energia e redução no consumo de matéria-prima durante o 
seu desenvolvimento quando comparados aos demais sistemas construti-
vos estruturais. Esse material auxilia na obtenção de certificação LEED 
Platinum (SIMS, 2018).
15Arquitetura sustentável no Brasil e no mundo
Figura 11. Painéis isolados estruturais.
Fonte: Sims (2018, documento on-line).
Para atender as exigências americanas pela busca de pequenas residências, 
recomenda-se a utilização de painéis de isolamento a vácuo (VIP), um material 
de núcleo poroso em um envelope de ar, termicamente selado (Figura 12). 
Os VIPs foram monitorados durante cinco anos pelo Conselho Nacional de 
Pesquisa do Canadá e sua análise mostrou que, ao utilizar esses painéis como 
isolamento em coberturas, obtém-se mais de 80% de seu desempenho térmico 
após 30 anos de utilização (SIMS, 2018).
Figura 12. Painéis de isolamento a vácuo.
Fonte: Adaptada de Sims (2018).
Arquitetura sustentável no Brasil e no mundo16
Chapas de policarbonato com sistema multicamadas, preenchidas com 
nanogel isolante, garantem iluminação natural e eficiência energética ao 
serem utilizadas em paredes e forros (Figura 13). Com alta durabilidade e 
praticamente inquebrável, apresentam 250 vezes mais resistência que o vidro. 
Resistem também a tempestades de vento, granizo ou neve e a variações de 
temperatura entre -40 a 120ºC. Devido aos polímeros sintéticos ou biopolímeros 
utilizados para preencher as placas, a edificação pode vir a apresentar uma 
economia energética de 50% se comparada a edificações com monocamada 
de vidro (SIMS, 2018).
Figura 13. Chapas de policarbonato preenchidas com nanogel.
Fonte: Sims (2018, documento on-line).
17Arquitetura sustentável no Brasil e no mundo
A utilização de painéis alternativos como novo tipo de parede pode con-
sumir 40% menos de madeira e gerar 98% menos resíduos se comparada aos 
sistemas tradicionais. Esses painéis são pré-fabricados (Figura 14), compostos 
por um isolamento contínuo de poliisocianurato na face externa e espuma de 
poliuretano na cavidade da parede, com juntas de fita, eliminando a necessidade 
de revestimentos (SIMS, 2018).
Figura 14. Painéis pré-fabricados com isolamento contínuo.
Fonte: Sims (2018, documento on-line).
O uso de telhados verdes reduz o escoamento das águas pluviais, o 
esgotamento dos sistemas de esgoto urbano e a poluição relacionada ao 
escoamento nos cursos d’água, ajudando, ainda, a manter a água fora da 
edificação (Figura 15). Além disso, prolonga a vida útil do telhado e aumenta 
a eficiência energética da edificação, que se mantém protegida dos raios 
ultravioletas e das mudanças bruscas de temperatura (SIMS, 2018). 
Arquitetura sustentável no Brasil e no mundo18
Figura 15. Telhado verde.
Fonte: Sims (2018, documento on-line).
O aumento populacional e o crescente nível das marés intensificam a 
busca por espaço, com barreiras para enchentes. Para atender essa demanda, 
o escritório de arquitetura Urban Power desenvolveuo projeto de nove 
ilhas artificiais que serão localizadas na costa da cidade de Copenhague, 
denominadas Holmene (Figura 16). As ilhas terão capacidade para abrigar 
até 380 novas empresas, gerar milhares de empregos, desenvolver novas 
tecnologias, produzir energias renováveis, gerando armazenamento de calor 
e energia eólica, e abrigarão a maior planta bioenergética da Europa. Dessa 
maneira, estima-se que será evitado o lançamento anual de 70 toneladas 
de CO2 na atmosfera e serão produzidos mais de 300 MWh de energia 
limpa, o equivalente a 25% do consumo energético atual de Copenhague 
(LEARDI, 2019).
19Arquitetura sustentável no Brasil e no mundo
Figura 16. Projeto de ilhas artificiais em Copenhague.
Fonte: Leardi (2019, documento on-line). 
Com previsão de conclusão em 2040, o aterramento das ilhas irá criar 
uma barreira natural contra as inundações e será a primeira ilha a abrigar 
sistemas inovadores de produção de energia limpa, sendo também livre de 
combustíveis fósseis. Apesar das inúmeras vantagens que esse tipo de projeto 
pode gerar, deve-se avaliar e considerar todas as consequências que podem 
vir a surgir com a sua implantação; assim, todas as decisões devem ser cui-
dadosamente analisadas para que não ocorra a destruição de ecossistemas 
inteiros e até mesmo gentrificação, como já ocorreu na Malásia, durante a 
construção de um projeto similar (LEARDI, 2019).
Entretanto, não são apenas as construções novas que podem apresentar 
alternativas sustentáveis e que minimizem os impactos ambientais. Na 
Alemanha, o escritório Herzog & de Meuron desenvolveu um projeto de 
intervenção em um antigo edifício, denominado Floresta Urbana (Figura 
17). A edificação que abriga uma sede administrativa carece de iluminação 
natural em seu interior.
Parte da edificação deverá ser demolida para melhorar a iluminação 
e a ventilação natural, mas quase dois terços da estrutura original serão 
mantidos. As demolições serão realizadas para criar um pátio central aberto 
ao público no miolo da quadra, que contará com a implantação de uma 
densa massa de vegetação, utilizada para criar um microclima, gerando 
resfriamento evaporativo e purificação do ar. Os espaços com a frente para 
a rua irão abrigar restaurantes e áreas comerciais, de modo a incentivar 
a ocupação do espaço tanto durante o dia quando pela noite. Já o subsolo 
da edificação será adaptado para abrigar um estacionamento para 1000 
bicicletas (WALSH, 2019).
Arquitetura sustentável no Brasil e no mundo20
Figura 17. Edifício Floresta Urbana, na Alemanha.
Fonte: Walsh (2019, document on-line). 
A busca por parâmetros sustentáveis deve ser incentivada diariamente, a 
fim de gerar ambientes que atendam as necessidades de conforto dos seres 
humanos, mas que não comprometam o meio ambiente. Mediante estratégias 
simples, pode-se criar edificações sustentáveis ou, até mesmo, reestruturar 
edificações existentes, tornando-as sustentáveis.
A busca por melhorias deve ser diária e um processo contínuo, garantindo 
que as futuras gerações tenham acesso a todos os recursos naturais que atu-
almente temos à nossa disposição. 
AGENDA 2030. Plataforma agenda 2030, 2019. Disponível em: http://www.agenda2030.
com.br/. Acesso em: 04 ago. 2019.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15220-3 – Desempenho térmico 
de edificações, Parte 3: Zoneamento bioclimático brasileiro e diretrizes construtivas 
para habitações unifamiliares de interesse social. Rio de Janeiro: ABNT, 2005.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR ISO 14001: Sistemas de gestão 
ambiental – Requisitos com orientações para uso. Rio de Janeiro: ABNT, 2004.
FRACALOSSI, I. Clássicos da arquitetura: Hospital Sarah Kubitschek, Salvador/João 
Filgueiras Lima (Lelé). ArchDaily, 7 mar. 2012. Disponível em: https://www.archdaily.
com.br/br/01-36653/classicos-da-arquitetura-hospital-sarah-kubitschek-salvador-joao-
-filgueiras-lima-lele. Acesso em: 04 ago. 2019.
21Arquitetura sustentável no Brasil e no mundo
LAMBERTS, R. et al. Casa eficiente: simulação computacional do desempenho termo-
-energético. Florianópolis: UFSC/LabEEE, 2010. v. 4.
LAMBERTS, R.; DUTRA, L.; PEREIRA, F. O. R. Eficiência energética na arquitetura. 3. ed. 
Florianópolis: ELETROBRAS/PROCEL, 2014. Disponível em: http://www.labeee.ufsc.br/
sites/default/files/apostilas/eficiencia_energetica_na_arquitetura.pdf. Acesso em: 04 
ago. 2019.
LEARDI, L. Cidades flutuantes e ecológicas podem ser a resposta aos desafios da huma-
nidade. ArchDaily, 26 jan. 2019. Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/909922/
cidades-flutuantes-e-ecologicas-podem-ser-a-resposta-aos-desafios-da-humanidade. 
Acesso em: 04 ago. 2019.
MOTTA, S. R. F.; AGUILAR, M. T. P. Sustentabilidade e processos de projetos de edificações. 
Gestão & Tecnologia de Projetos, v. 4, n. 1, 2009. Disponível em: http://www.periodicos.
usp.br/gestaodeprojetos/article/view/50953/55034. Acesso em: 04 ago. 2019.
OLIVEIRA, L. R. et al. Sustentabilidade: da evolução dos conceitos à implementação como 
estratégia nas organizações. Revista Produção, v. 22, n. 1, p. 70–82, 2012.
OLIVEIRA, L. R.; MARTINS, E. F.; LIMA, G. B. A. Evolução do conceito de sustentabilidade: 
um ensaio bibliométrico. Relatórios de Pesquisa em Engenharia de Produção, v. 10, n. 
4, 2010. Disponível em: http://www.producao.uff.br/conteudo/rpep/volume102010/
RelPesq_V10_2010_04.pdf. Acesso em: 04 ago. 2019.
SIMS, T. 8 (Novos) materiais eficientes energeticamente que os arquitetos devem conhe-
cer. ArchDaily, 25 jan. 2018. Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/887560/8-
-novos-materiais-eficientes-energeticamente-que-os-arquitetos-devem-conhecer. 
Acesso em: 04 ago. 2019.
WALSH, N. P. Herzog & de Meuron propõe “floresta urbana” em Munique. ArchDaily, 18 jul. 
2019. Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/921330/herzog-and-de-meuron-
-propoe-floresta-urbana-em-munique?ad_medium=widget&ad_name=architecture-
-news-article-show. Acesso em: 04 ago. 2019.
Leituras recomendadas
FRANCO, J. T. Telhados verdes: quais são as camadas e como impermeabilizá-los usando 
membranas líquidas. ArchDaily, 28 jan. 2019. Disponível em: https://www.archdaily.
com.br/br/910310/telhados-verdes-quais-sao-as-camadas-e-como-impermeabiliza-
-los-usando-membranas-liquidas?ad_medium=widget&ad_name=recommendation. 
Acesso em: 04 ago. 2019.
ROAF, S.; FUENTES, M.; REES, S. T. Ecohouse: a casa ambientalmente sustentável. 4. ed. 
Porto Alegre: Bookman, 2014.
STEIN, R. et al. Avaliação de impactos ambientais. Porto Alegre: SAGAH, 2018.
Arquitetura sustentável no Brasil e no mundo22
Dica do professor
O crescimento populacional exige ideias criativas e inovadoras para atender às necessidades da 
sociedade. Nesse sentido, em Copenhague, serão desenvolvidas ilhas flutuantes, a fim de amenizar 
o crescimento populacional e, também, criar barreiras para o aumento das marés. 
Confira nesta Dica do Professor as alternativas utilizadas pelo escritório de arquitetura e 
planejamento urbano Urban Power para solucionar os problemas apresentados na capital da 
Dinamarca.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
 
https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/7132a768bfc641de1190b15eb1925582
Exercícios
1) A busca por materiais sustentáveis e que proporcionem a minimização dos impactos 
ambientais é uma preocupação mundial, estando diretamente ligada à sobrevivência do 
planeta e dos seres humanos.
Relacione as colunas a seguir e indique a alternativa que apresenta a ordem correta de 
respostas.
I - Limites do crescimento
II - Declaração Cocoyok
III - Sustentabilidade
IV -Triple bottom line
( ) Relaciona o crescimento populacional mundial à industrialização, à produção de alimentos 
e à diminuição dos recursos naturais.
( ) Equilíbrio entre as três dimensões da sustentabilidade: ambiental, sociocultural e 
econômica.
( ) Responsabiliza os países industrializados pelo alto consumo de recursosnaturais.
( ) Capacidade de atender as necessidades das gerações atuais, sem comprometer a 
capacidade das gerações futuras de atender as suas necessidades.
A) I – IV – III – II.
B) I – II– III – IV.
C) III – IV – II – I.
D) I – IV – II – III.
E) IV – I – II – III.
A NBR 15220-3 – Desempenho térmico das edificações (ABNT, 2005) - apresenta diretrizes 
construtivas em todo o território nacional. Nesse contexto, sinalize, nas alternativas a seguir, 
quais são verdadeiras (V) e quais são falsas (F), indicando a ordem correta de resposta.
2) 
( ) O território nacional é composto por oito zonas bioclimáticas que apresentam as 
condições bioclimáticas para 330 cidades brasileiras.
( ) Para cada zona bioclimática, a normativa apresenta parâmetros de escolhas para definir as 
dimensões das aberturas e as alternativas de elementos para proteção dessas aberturas.
( ) Para definir aberturas grandes deve-se utilizar como referência de cálculo a área da 
fachada em que deverá ser implantada a abertura. Nesse caso, as aberturas grandes devem 
representar mais de 40% da área da fachada.
A) V – F – F.
B) F – F – F.
C) V – V – F.
D) V – V – V.
E) V – F – V.
3) Antes de iniciar um projeto, o arquiteto deve definir as premissas, com o objetivo de atender 
as necessidades de conforto ambiental. Qual o principal fator a ser analisado para garantir 
que haja conforto ambiental na edificação a ser projetada?
A) Levantamento do terreno.
B) Programa de necessidades.
C) Levantamento topográfico.
D) Legislação ambiental.
E) Zona bioclimática.
A escolha dos materiais interfere diretamente nos resultados obtidos após a construção, 
podendo resultar em edificações sustentáveis. Entre os parâmetros a seguir, relacione as 
colunas que correspondem às alternativas corretas e indique a ordem de resposta obtida.
I - Beirais maiores
II - Brises-soleils
III - Ventilação noturna
4) 
( ) Protetores solares que bloqueiam a incidência solar direta, mas possibilitam a entrada de 
iluminação natural.
( ) Atuam como protetores solares e acarretam no aumento da pressão externa, aumentando 
consequentemente o fluxo de ventilação no interior da edificação.
( ) Mantém mais baixas as temperaturas dos elementos estruturais e resulta em reduções 
significativas de temperatura.
A) I – II – III.
B) II – I – III.
C) III – I – II.
D) I – III – II.
E) III – II– I.
5) A busca por materiais sustentáveis é um importante aliado na geração de materiais 
inovadores. Entre as alternativas encontradas mundialmente, relacione as colunas a seguir e 
indique a ordem de resposta correta.
I - Painéis isolados estruturais
II - Chapas de policarbonato com isolamento nanogel
III - Telhado verde
( ) Reduzem o consumo de energia e matéria-prima, além de apresentarem aumento no 
índice de isolamento de 20%.
( ) Aumenta a eficiência energética da edificação, protegendo-a dos raios ultravioletas e das 
mudanças bruscas de temperaturas.
( ) Garantem iluminação natural e eficiência energética, além de ser altamente resistente a 
intempéries.
A) I– II – III.
B) II– III – I.
C) I – III – II.
D) III – I – II.
E) III – II – I.
Na prática
Estratégias sustentáveis podem ser simples e eficientes, desde que aplicadas de maneira adequada 
e em consonância com as condições climáticas do local onde a edificação deverá ser implantada. 
Neste Na Prática, você poderá observar as condicionantes aplicadas em uma edificação 
residencial, com o objetivo de atender as premissas de conforto ambiental e respeitando as 
necessidades dos usuários.
Aponte a câmera para o 
código e acesse o link do 
conteúdo ou clique no 
código para acessar.
https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/62e01a00-2de9-4ec1-afa6-f3ae26ea6549/efd0cfd8-2ed0-40e1-b847-751662f282bc.jpg
Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
Ecohouse: a casa ambientalmente sustentável
Neste material, você encontrará conceitos e premissas para a execução de residências sustentáveis, 
bem como alguns estudos de casos que vale a pena conferir.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
Telhados verdes: quais são as camadas e como impermeabilizá-
los usando membranas líquidas
Veja o passo a passo para desenvolver o projeto de telhados verdes.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
O que causa o aquecimento global
Neste vídeo, você encontra as causas do aquecimento global e as medidas mitigadoras para reduzir 
os impactos ocasionados ao meio ambiente.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
https://www.archdaily.com.br/br/910310/telhados-verdes-quais-sao-as-camadas-e-como-impermeabiliza-los-usando-membranas-liquidas?ad_medium=widget&ad_name=recommendation
https://www.youtube.com/embed/Oe0npq64-LI

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