Buscar

19597819-e3c5-40ad-b7ff-bdf34ce60b99_PrincipiosFundamentaisdaRepublica

Prévia do material em texto

1 
 
Direito Constitucional 
Princípios Fundamentais 
 
www.lemaconcursos.com.br 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
Direito Constitucional 
Princípios Fundamentais 
 
www.lemaconcursos.com.br 
Sumário 
 
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA REPÚBLICA ART. 1º AO 4º....................................................................................... 3 
OBJETIVOS FUNDAMENTAIS DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL ................................................................. 6 
FORMA DE ESTADO / FORMA DE GOVERNO / SISTEMA DE GOVERNO .................................................................. 8 
SEPARAÇÃO DE PODERES ......................................................................................................................................................... 10 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
Direito Constitucional 
Princípios Fundamentais 
 
www.lemaconcursos.com.br 
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA REPÚBLICA ART. 1º AO 4º 
 Regras e Princípios 
Antes de tudo é necessário que compreendamos dois conceitos: o de regras e o de princípios: 
Primeiramente, regras e princípios são espécies do gênero normas. 
Quando tratamos de regras e princípios previstos na Constituição, estaremos nos referindo as 
normas constitucionais. 
Regras: são mais concretas, e servem para definir condutas. Não admitem o cumprimento ou 
descumprimento parcial. Portanto, quando duas regras entram em conflito, cabe ao aplicador do 
direito determinar qual delas foi suprimida pela outra. 
Princípios: são mais abstratos, e ao contrário das regras, não definem condutas, mas sim 
diretrizes para que se alcance a máxima concretização da norma. Os princípios podem ser 
cumpridos apenas parcialmente. No caso de colisão entre princípios, o conflito é apenas 
aparente, ou seja, um não será excluído pelo outro. 
Princípios Fundamentais da República Federativa do Brasil 
O grande constitucionalistas José Joaquim Gomes Canotilho, faz uma importante distinção dos 
princípios constitucionais, dividindo-os em duas categorias: 
• Princípios político-constitucionais: são decisões políticas, concretizadas em normas que 
inspiram e estruturam o sistema jurídico. São os chamados princípios fundamentais. Estes 
preveem as características essenciais do Estado brasileiro. Sua essencialidade advém do fato 
de eles trazerem as características mais importantes do Estado brasileiro, como exemplo, o 
princípio da separação de poderes, a indissolubilidade do vínculo federativo, o pluralismo 
político e a dignidade da pessoa humana. 
• Princípios jurídico-constitucionais: são princípios gerais referentes à ordem jurídica 
nacional, encontrando-se dispersos pelo texto constitucional. Por exemplo: princípio da 
legalidade, o princípio da isonomia, o princípio da proteção social dos trabalhadores, o da 
proteção da família. 
Princípios Fundamentais: 
Princípios Fundamentais são os valores que orientaram o Poder Constituinte Originário na 
elaboração da Constituição, ou seja, são suas escolhas políticas fundamentais. 
No texto da Constituição Federal encontramos os princípios fundamentais no Título I, composto 
por quatro artigos. Cada um desses dispositivos apresenta um tipo de princípio fundamental. 
 
 
 
 
4 
 
Direito Constitucional 
Princípios Fundamentais 
 
www.lemaconcursos.com.br 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e 
Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem 
como fundamentos: 
I - a soberania; 
II - a cidadania 
III - a dignidade da pessoa humana; 
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; 
V - o pluralismo político. 
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos 
ou diretamente, nos termos desta Constituição. 
Estes são os Fundamentos da República Federativa do Brasil. São eles os pilares, a base do 
ordenamento jurídico brasileiro. 
Para memorização: 
 
 
 
SOBERANIA 
P
R
IN
C
ÍP
IO
S 
FU
N
D
A
M
EN
TA
IS
 FUNDAMENTOS 
SEPARAÇÃO DE PODERES 
OBJETIVOS FUNDAMENTAIS 
PRINCÍPIOS QUE REGEM O PAÍS 
NAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS 
SOCIDIVAPLU 
 
 
5 
 
Direito Constitucional 
Princípios Fundamentais 
 
www.lemaconcursos.com.br 
CIDADANIA 
DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA 
VALORES SOCIAIS DO TRABALHO E DA LIVRE INICIATIVA 
PLURALISMO POLÍTICO 
 A SOBERANIA é um poder supremo e independente. Ter soberania significa, no cenário 
internacional, que o Brasil não se subordinar juridicamente a nenhum outro país e, no cenário 
interno, representa um poder supremo, que não se limita por nenhum outro. Ou seja, é um 
atributo essencial ao Estado, pois garante que sua vontade não se subordine a qualquer outro 
poder, seja no plano interno ou no plano internacional. 
 
 A CIDADANIA está diretamente a ligada ao nosso regime democrático e significa o direito que 
todo indivíduo possui de participar da vida política do Estado. A previsão da cidadania como 
fundamento do Estado brasileiro exige que o Poder Público incentive a participação popular 
nas deciA DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA é a base de todos os direitos fundamentais. Trata-
se de princípio que coloca o ser humano como a preocupação central para o Estado. Também 
chamada de valor-fonte que conforma e inspira todo o ordenamento constitucional. 
 
 O PLURALISMO POLÍTICO visa garantir a inclusão dos diferentes grupos sociais no processo 
político nacional. É devido ao pluralismo político que temos a liberdade de criação e 
funcionamento dos partidos políticos. Representa a tolerância (convivência pacífica) não só 
com as diversidades (ideias diferentes), mas em especial com as divergências robustas (ideias 
efetivamente contraditórias). Em linhas gerais, é o pluralismo político que assegura a 
liberdade de expressão, de manifestação e opinião, garantindo-se a participação do povo na 
formação democrática do país. 
 
 VALORES SOCIAIS DO TRABALHO E DA LIVRE INICIATIVA: Além da soberania, da 
cidadania, da dignidade da pessoa humana e do pluralismo político, constituem os valores 
sociais do trabalho e da livre iniciativa dois pilares em que se assentam as bases de nossa 
pátria. Isto significa a garantia do exercício de todas as formas lícitas de trabalho e de 
atividade empresarial, como expressão efetiva do fundamento constitucional. São políticas do 
Estado. Essa participação poderá ocorrer por diversas formas, por exemplo pelo exercício dos 
direitos políticos; atuação em plebiscitos ou referendos; propositura de uma ação popular 
entre outros. 
 
COMO CAI EM PROVA 
 
(FUB) O pluralismo político, fundamento da República Federativa do Brasil, é pautado pela 
tolerância a ideologias diversas, o que exclui discursos de ódio, não amparados pela liberdade 
de manifestação do pensamento. 
 
( ) Certo ( ) Errado 
 
 
 
6 
 
Direito Constitucional 
Princípios Fundamentais 
 
www.lemaconcursos.com.br 
Gabarito: O discurso de ódio não está protegido pela liberdade de manifestação de 
pensamento. Questão certa. 
(TJ-SE) A dignidade da pessoa humana, princípio fundamental da República Federativa do Brasil, 
promove o direito à vida digna em sociedade, em prol do bem comum, fazendo prevalecer o 
interesse coletivo em detrimento do direito individual. 
 
( ) Certo ( ) Errado 
 
Gabarito: A dignidade da pessoa humana é um fundamento da República Federativa do Brasil. 
Enquadra-se como princípio fundamental, assim como todos os outros inscritos dos art.1º a art. 
4º, CF/88. Esse princípio coloca o indivíduo (o ser humano) como a preocupação central do 
Estado. Assim, não há que se falar em “prevalência do interesse coletivo em detrimento do 
direito individual”. Questão errada. 
 
OBJETIVOS FUNDAMENTAIS DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL 
 
No art. 3° da Constituição encontramos os objetivos fundamentais que nosso Estado deve 
procurar alcançar. 
 
Art. 3° Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: 
I – construir uma sociedade livre, justa e solidária; 
II – garantir o desenvolvimento nacional; 
III – erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e 
regionais; 
IV – promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e 
quaisquer outras formas de discriminação. 
 
DICA PARA MEMORIZAÇÃO 
Os verbos iniciais de cada objetivo (construir, garantir, erradicar e promover) formam a sigla 
“Conga Erra Pro”: 
• CONstruir uma sociedade livre, justa e solidária 
• GArantir o desenvolvimento nacional 
• ERRAdicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais 
• PROmover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer 
outras formas de discriminação 
PRINCÍPIOS QUE REGEM A REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL NAS RELAÇÕES 
INTERNACIONAIS 
Os princípios das relações internacionais estão descritos no art. 4°, CF/88: 
 
 
7 
 
Direito Constitucional 
Princípios Fundamentais 
 
www.lemaconcursos.com.br 
Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos 
seguintes princípios: 
I - independência nacional; 
II - prevalência dos direitos humanos; 
III - autodeterminação dos povos; 
IV - não-intervenção; 
V - igualdade entre os Estados; 
VI - defesa da paz; 
VII - solução pacífica dos conflitos; 
VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo; 
IX - cooperação entre os povos para o progresso da humanidade; 
X - concessão de asilo político 
PRINCÍPIO DA INDEPENDÊNCIA NACIONAL: O princípio da independência nacional está ligado 
à ideia de soberania. O conceito de soberania ou independência é representado como a 
“capacidade para estabelecer relações com outros Estados”. 
PRINCÍPIO DA PREVALÊNCIA DOS DIREITOS HUMANOS: A Organização das Nações Unidas 
(ONU) estabelece, como um dos seus objetivos, conseguir a cooperação internacional dos 
Estados para resolver os problemas internacionais de caráter econômico, social, cultural ou 
humanitário, bem como promover e estimular o respeito aos direitos humanos e às liberdades 
fundamentais de todas as pessoas. 
PRINCÍPIO DA AUTODETERMINAÇÃO DOS POVOS: O princípio da autodeterminação defende 
a liberdade de um determinado grupo de definir a forma de se organizar politicamente. Vincula-
se à soberania, uma vez que o princípio da autodeterminação dos povos está ligado ao poder de 
se autogovernar. A partir deste princípio, a política externa brasileira se pauta pelo combate a 
todas as formas de opressão aos povos. 
PRINCÍPIO DA NÃO-INTERVENÇÃO: O princípio da não-intervenção defende o respeito à 
soberania dos Estados, seja nas relações internas, ou externas. Conduz à ideia de uma paz 
perpétua entre os Estados (Nações), baseada no mútuo respeito à integridade territorial e às 
políticas públicas domésticas. 
PRINCÍPIO DA IGUALDADE ENTRE OS ESTADOS: Diretamente ligado aos ideais de soberania 
e autodeterminação dos povos, uma vez que reitera o fato de que as comunidade de Estados 
devem se respeitar mutuamente e levar em conta que todos são igualmente soberanos nas 
relações internacionais. 
 
 
8 
 
Direito Constitucional 
Princípios Fundamentais 
 
www.lemaconcursos.com.br 
PRINCÍPIO DA DEFESA DA PAZ: Defesa da paz universal e perpétua. A paz se tornou o objetivo 
supremo da comunidade internacional através das Nações Unidas. A paz é considerada um bem 
público universal tutelado pela ordem internacional. 
PRINCÍPIO DA SOLUÇÃO PACÍFICA DOS CONFLITOS: Esse princípio constitucional estabelece 
que a política externa brasileira deve resolver seus conflitos por meios pacíficos, banindo o uso 
da força nas relações internacionais. Evitar Guerra. 
PRINCÍPIO DO REPÚDIO AO TERRORISMO E AO RACISMO: Defende a promoção da 
eliminação de todas as formas de discriminação racial nas relações internacionais. O combate à 
discriminação é instrumento para promover os direitos fundamentais, principalmente em 
relação à igualdade entre as pessoas. 
PRINCÍPIO DA COOPERAÇÃO ENTRE OS POVOS PARA O PROGRESSO DA HUMANIDADE: O 
princípio da cooperação entre os povos abrange a cooperação na acepção de repassar os 
conhecimentos de tecnologia e conhecimentos de proteção do ambiente, alcançados pelos países 
mais avançados e que possuem condições econômicas de investir e obter resultados nas 
pesquisas ambientais. 
PRINCÍPIO DA CONCESSÃO DE ASILO POLÍTICO: O asilo político será utilizado nas relações 
internacionais com base no princípio da solidariedade internacional. É um verdadeiro 
instrumento de proteção da pessoa humana na qual o indivíduo solicita ao Estado o seu 
acolhimento por motivos de perseguições políticas, religiosas e decorrentes do exercício da livre 
manifestação do pensamento. 
FORMA DE ESTADO / FORMA DE GOVERNO / SISTEMA DE GOVERNO 
Forma de Governo: República 
Sistema de Governo: Presidencialismo 
Forma de Estado: Federação 
FORMA DE GOVERNO: A forma de governo indica quem exerce o poder, e como o exerce. Está 
ligada ao modo como os governantes se relacionam com os governados 
República: Forma de governo em que o chefe de Estado é escolhido democraticamente para um 
mandato com duração definida. Principais características: TEMPORÁRIA; ELEIÇÃO; 
RESPONSABILIDADE; IGUALDADE PERANTE A LEI 
Monarquia: Forma de governo em que o chefe de Estado se mantém no poder por toda a vida 
ou até abdicar do cargo. Tem como principais características: VITALÍCIA; HEREDITÁRIA; 
IRRESPONSABILIDADE EM RELAÇÃO A LEI. 
SISTEMA DE GOVERNO: o sistema de governo é o modo pelo qual os poderes se relacionam, 
especialmente o executivo e o legislativo. 
 
 
9 
 
Direito Constitucional 
Princípios Fundamentais 
 
www.lemaconcursos.com.br 
Presidencialismo: o chefe do Poder Executivo é o presidente, que é eleito pelo povo por meio 
do voto direto ou indireto. O Chefe de Estado e Governo são a mesma pessoa. 
Parlamentarismo: o chefe do Poder Executivo é o primeiro-ministro, que é escolhido pelos 
membros do Poder Legislativo federal. No entanto, quem elege o parlamento são os cidadãos. O 
cargo de Chefe de Estado e o Chefe de Governo são ocupado por pessoas diferentes. 
Observação: O sistema de Governo não constitui cláusula pétrea (art. 60, § 4º, da CF/88). 
FORMA DE ESTADO 
A forma de Estado determina a existência, ou não, de divisão no exercício do poder político em 
razão de um território. 
Como já estudamos, o art. 1° da Constituição define a adoção do princípio federativo como 
critério ordenador da organização político-administrativa do Estado. Ou seja, nossa forma de 
estado é a federativa. 
Principais Formas de Estado: 
ESTADO UNITÁRIO: É quando no Estado, o poder político está territorialmente centralizado. 
Há uma a centralização política do poder. Exemplo de Estado unitário é Portugal. O Brasil, até a 
promulgação da Constituição de 1891, também foi um Estado unitário. 
Para que se possa ter governabilidade, admite-se, no Estado unitário, a descentralização 
administrativa. É o que se chama de Estado unitário descentralizado administrativamente. Nesse 
tipo de Estado, mantém-se a centralização política, mas a execução dos serviços públicos e das 
políticas públicas é descentralizada. 
ESTADO FEDERAL: Nesse tipo de Estado, o poder político é territorialmente descentralizado,ou sejam há várias pessoas jurídicas com capacidade política, cada uma delas dotada de 
autonomia política. Há uma verdadeira pluralidade de ordenamentos jurídicos. 
O Brasil é um exemplo de Estado federal, possuindo como entes federativos a União, os Estados, 
o Distrito Federal e os Municípios. 
Todos dotados de autonomia política, que lhes é garantida pela Constituição Federal. 
Nos termos do artigo 18 da Constituição Federal: 
Art. 18 - A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a 
União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta 
Constituição. 
 
 
 
 
 
10 
 
Direito Constitucional 
Princípios Fundamentais 
 
www.lemaconcursos.com.br 
SEPARAÇÃO DE PODERES 
Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e 
o Judiciário. 
TRIPARTIÇÃO DOS PODERES 
Funções Típicas – funções essenciais, principais. 
 Funções Atípicas – para assegurar a autonomia e independência dos poderes. Sistema de freios 
e contrapesos, controle recíproco entre os poderes. 
 Importante destacarmos que, dizer que os Poderes são independentes entre si significa 
que cada poder possui uma especialização funcional, ou seja, possui funções 
constitucionalmente delineadas, e uma independência orgânica, as tarefas serão 
exercidas sem que haja interferência ou subordinação a qualquer outro Poder. 
 
 
 
 
 
 
 
SISTEMA DE FREIOS E CONTRAPESOS 
O Sistema de Freios e Contrapesos consiste na ideia do controle do poder pelo próprio poder. 
Nessa teoria, há a ideia de que as diferentes funções desenvolvidas pelo Estado precisam se 
autorregularem. 
Ou seja, cada Poder possui autonomia para exercer sua função, mas será controlado pelos outros 
poderes, objetivando evitar abusos no exercício do poder por qualquer dos Poderes (Executivo, 
Legislativo e Judiciário). 
Desta forma, embora cada poder seja independente e autônomo, deve trabalhar em harmonia 
com os demais Poderes. 
O Brasil é uma República Federativa e tem como princípio fundamental o Princípio da separação 
dos poderes (Legislativo, Executivo e Judiciário), como a base para se constituir em um Estado 
Democrático de Direito. 
PODER FUNÇÃO TÍPICA FUNÇÃO ATÍPICA 
Executivo Administrar/governar Julgar e legislar 
Legislativo Legislar e fiscalizar Julgar e 
administrar 
Judiciário Julgar Legislar e 
administrar 
 
 
11 
 
Direito Constitucional 
Princípios Fundamentais 
 
www.lemaconcursos.com.br 
Exemplos de situações previstas no texto constitucional acerca do sistema de freios e 
contrapesos: 
• a possibilidade de o Senado Federal condenar o Presidente por crime de responsabilidade, no 
processo de impeachment (art. 52, I e parágrafo único, CF/88). 
• o controle de constitucionalidade das leis realizado pelo Poder Judiciário; 
• a possibilidade de os Deputados Federais e Senadores derrubarem o veto presidencial ao 
projeto de lei (art. 66, §§ 4° e 6°, CF/88); 
• o veto presidencial aos projetos de lei aprovados pelas duas Casas Legislativas (art. 66, § 1°, 
CF/88); 
• a possibilidade de os Deputados Federais e Senadores rejeitarem a Medida Provisória editada 
pelo Presidente da República (art. 62, CF/88); 
• a necessária prévia aprovação do Senado Federal para que o Presidente da República possa 
nomear algumas autoridades (como por exemplo os Ministros do STF, os Ministros do STJ e o 
Procurador-Geral da República, conforme enuncia o art. 52, III, CF/88);

Continue navegando