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Introdução a Anatomia Prof: Enfº Aronn Mascarenhas Conceito A Anatomia Humana é um campo da Biologia que estuda os sistemas do corpo humano. O estudo da anatomia tem evoluído muito com o apoio da tecnologia. Através da internet, possibilitamos conteúdo informativo referente a esta importante ciência, não só para estudantes de medicina, mas para todos que possuem curiosidade frente ao fantástico corpo humano. Sendo assim, dizemos que a Anatomia é o estudo das estruturas do corpo humano em partes, com ela podemos estudar por exemplo: a localização dos órgãos, a morfologia e a quantidade deles no nosso corpo. Por sua vez, a Fisiologia, tem como principal característica estudar o funcionamento de cada sistema do corpo humano, como funcionam os órgãos e para que eles servem no nosso organismo. Posição Anatômica A posição anatômica é uma posição de referência, que dá significado aos termos direcionais utilizados na descrição nas partes e regiões do corpo. As discussões sobre o corpo, o modo como se movimenta, sua postura ou a relação entre uma e outra área assumem que o corpo como um todo está numa posição específica chamada POSIÇÃO ANATÔMICA. Deste modo, os anatomistas, quando escrevem seus textos, referem-se ao objeto de descrição considerando o indivíduo como se estivesse sempre na posição padronizada. Posição ereta (em pé, posição ortoestática ou pípede), com a face voltada para frente, olhar para o horizonte, MMSS estendidos e aplicados ao tronco com as palmas voltadas para frente, MMII unidos, com as pontas dos pés dirigidas para frente. Posição SUPINA e PRONA são expressões utilizadas na descrição da posição do corpo, quando este não se encontra na posição anatômica. POSIÇÃO SUPINA ou DECÚBITO DORSAL – o corpo está deitado com a face voltada para cima. POSIÇÃO PRONA ou DECÚBITO VENTRAL – o corpo está deitado com a face voltada para baixo. DECÚBITO LATERAL – o corpo está deitado de lado. http://guiadoestudante.abril.com.br/profissoes/saude/medicina-690586.shtml POSIÇÃO DE LITOTOMIA – o corpo está deitado com a face voltada para cima, com flexão de 90° de quadril e joelho, expondo o períneo. POSIÇÃO DE TRENDELEMBURG – O corpo está deitado com a face voltada para cima, com a cabeça sobre a maca inclinada para baixo cerca de 40°. Planos de Secção do Corpo Plano Mediano ✓ Plano vertical que passa longitudinalmente através do corpo, dividindo-o em metades direta e esquerda. Plano Frontal (coronal): ✓ Plano vertical que passa através do corpo em ângulos retos com plano mediano dividindo o corpo em parte anterior e posterior. Plano Horizontal (transverso) ✓ Plano que passa através do corpo em ângulos retos com os planos coronais e mediano. Divide o corpo em metades superior e inferior. Plano sagital ✓ Plano vertical que passa através do corpo, paralelo ao plano mediano. Planos de Delimitação Imagine que um corpo humano dentro de um caixão, cujo suas paredes irão delimitar os planos do corpo: ▪ Plano Superior: seria a parede que está por cima da cabeça ▪ Plano Inferior: é o que se situa por baixo dos p ▪ Plano Anterior: é o plano que passa pela frente do corpo. ▪ Plano Posterior: é o que formaria o fundo do caixão, ou seja atrás das costas. ▪ Planos Laterais: são as duas paredes laterais, que limitam os membros (superiores e inferiores), do lado direito e esquerdo. Osteologia Parte da anatomia que estuda o esqueleto na espécie humana. ▪ Funções do sistema esquelético: 1. Fixação e alavanca para a musculatura esquelética; 2. Alojamento e proteção de órgãos; 3. Sustentação de partes moles com inserção dos músculos; 4. Locomoção, constituindo-se em seu elemento passivo; 5. Hematopoiese; 6. Armazenamento de Sais minerais, principalmente cálcio, fósforo, sódio e magnésio. Sistemas do Corpo Humano O corpo humano apresenta sistemas biológicos que realizam funções específicas necessárias para a nossa vida. Em nosso site você poderá encontrar artigos direcionados para cada um destes sistemas. Sistema Esquelético Nosso corpo possui 206 ossos, divididos em diferentes grupos: ossos da cabeça, do pescoço, do ouvido, do tórax, do abdômen, dos membros inferiores e dos membros superiores. Ossos são órgãos esbranquiçados, muito duros, que unindo-se aos outros, por intermédio das junturas ou articulações constituem o Esqueleto. Pode ser dividido em duas grandes porções: uma mediana, formando o eixo do corpo, composta pelos ossos da cabeça, pescoço e tronco, o ESQUELETO AXIAL; outra, apensa a esta, forma os membros e constitui o ESQUELETO APENDICULAR. O osso é um tecido vivo, complexo e dinâmico. Uma forma sólida de tecido conjuntivo, altamente especializado que forma a maior parte do esqueleto e é o principal tecido de apoio do corpo. O osso é formado por vários tecidos diferentes: tecido ósseo, cartilaginoso, conjuntivo denso, epitelial, adiposo, nervoso e vários tecidos formadores de sangue. Conceito de Cartilagem É uma forma elástica de tecido conectivo semirrígido – forma partes do esqueleto nas quais ocorre movimento. A cartilagem não possui suprimento sanguíneo próprio; consequentemente, suas células obtêm oxigênio e nutrientes por difusão de longo alcance. Estrutura dos Ossos A disposição dos tecidos ósseos compacto e esponjoso em um osso longo é responsável por sua resistência. Os ossos longos contém locais de crescimento e remodelação, e estruturas associadas às articulações. ▪ As partes de um osso longo são as seguintes: ✓ Diáfise: é a haste longa do osso. Ele é constituída principalmente de tecido ósseo compacto, proporcionando, considerável resistência ao osso longo. ✓ Epífise: as extremidades alargadas de um osso longo. A epífise de um osso o articula, ou une, a um segundo osso, em uma articulação. Cada epífise consiste de uma fina camada de osso compacto que reveste o osso esponjoso e recobertas por cartilagem. ✓ Metáfise: parte dilatada da diáfise mais próxima da epífise. Periósteo O Periósteo é uma membrana de tecido conjuntivo denso, muito fibroso, que reveste a superfície externa da diáfise, fixando-se firmemente a toda a superfície externa do osso, exceto à cartilagem articular. Protege o osso e serve como ponto de fixação para os músculos e contém os vasos sanguíneos que nutrem o osso subjacente. Classificação dos Ossos A classificação mais difundida é aquela que leva em consideração a forma dos ossos, classificando-os segundo a relação entre suas dimensões lineares (comprimento, largura ou espessura), em ossos longos, curtos, planos (laminares) e irregulares. ▪ OSSO LONGO: seu comprimento é consideravelmente maior que a largura e a espessura. Consiste em um corpo ou diáfise e duas extremidades ou epífises. A diáfise apresenta, em seu interior, uma cavidade, o canal medular, que aloja a medula óssea. ▪ OSSO PLANO: seu comprimento e sua largura são equivalentes, predominando sobre a espessura. ▪ OSSO CURTO: apresenta equivalência das três dimensões. Os ossos do carpo e do tarso são excelentes exemplos. ▪ OSSO IRREGULAR: apresenta uma morfologia complexa não encontrando correspondência em formas geométricas conhecidas. Estas quatro categorias são as categorias principais de se classificar um osso quanto à sua forma. Elas, contudo, podem ser complementadas por duas outras: ▪ OSSO PNEUMÁTICO: apresenta uma ou mais cavidades, de volume variável, revestidas de mucosa e contendo ar. Estas cavidades recebem o nome de seios. Os ossos pneumáticos estão situados no crânio: frontal, maxila, temporal, etmoide e esfenoide. ▪ OSSO SESAMOIDE: se desenvolve na substância de certos tendões ou da cápsula fibrosa que envolve certas articulações. os primeiros são chamados intratendíneos e os segundos periarticulares. A patela é um exemplo típico de osso sesamoide intratendíneo. Esqueleto Axiale Apendicular ▪ Esqueleto Axial – Composta pelos ossos da cabeça, pescoço e do tronco. ▪ Esqueleto Apendicular – Composta pelos membros superiores e inferiores. ▪ A união do esqueleto axial com o apendicular se faz por meio das cinturas escapular e pélvica. Ossos dos Membros Superiores • Os ossos do membro superior correspondem ao ombro, braço, antebraço e mão. O ombro é chamado de CÍNGULO DO MEMBRO SUPERIOR e é formado pela CLAVÍCULA e ESCÁPULA, articuladas entre si. Em comparação com o CÍNGULO DO MEMBRO INFERIOR, a sua mobilidade é muito maior. Com o membro superior se controla a mão, que no ser humano é capaz de atividades complexas. • A CLAVÍCULA se articula com com o ESTERNO e o processo ACRÔMIO da ESCÁPULA. A ESCÁPULA tem forma triangular e se encontra sobre a face DORSAL do TÓRAX. • O braço, formado pelo ÚMERO, e o antebraço, formado pela ULNA e pelo RÁDIO, articulam-se no cotovelo. Estes dois últimos ossos articulados entre si por um disco articular em sua porção distal, formam a articulação do punho com os OSSOS CARPAIS. Ossos dos Membros Inferiores ▪ O membro inferior tem início no cíngulo, onde a CABEÇA DO FÊMUR se articula no ACETÁBULO do OSSO DO QUADRIL. ▪ Em sua EPÍFISE distal, o FÊMUR dilata-se consideravelmente, formando dois CÔNDILOS em ambos os lados de uma superfície articular em forma de polia denominada TRÓCLEA que se articula com a TÍBIA. A articulação do joelho apresenta a PATELA na sua parte dianteira. A PATELA é um osso cartilaginoso no nascimento e não se ossifica antes dos 15 a 20 anos de idade. A PATELA se articula com o FÊMUR por meio de sua face posterior. Na sua face anterior está inserido o músculo quadríceps femoral. O seu interior é formado por OSSO ESPONJOSO. ▪ A TÍBIA e a FÍBULA, são articulados entre si, ambos se estendem separadamente até a EPÍFISE DISTAL, onde voltam a se articular entre si e com o TÁLUS, formando a articulação do tornozelo. Sistema Muscular Conceito de Músculos: São estruturas individualizadas que cruzam uma ou mais articulações e pela sua contração são capazes de transmitir-lhes movimento. Este é efetuado por células especializadas denominadas fibras musculares, cuja energia latente é ou pode ser controlada pelo sistema nervoso. Os músculos são capazes de transformar energia química em energia mecânica. O músculo vivo é de cor vermelha. Essa coloração avermelhada das fibras musculares se deve à mioglobina, proteína semelhante à hemoglobina presente nos glóbulos vermelhos, que cumpre o papel de conservar algum O2 proveniente da circulação para o metabolismo oxidativo. Os músculos representam 40-50% do peso corporal total. Funções dos Músculos: a) Produção dos Movimentos Corporais: Movimentos globais do corpo, como andar e correr. b) Estabilização das Posições Corporais: A contração dos músculos esqueléticos estabilizam as articulações e participam da manutenção das posições corporais, como a de ficar em pé ou sentar. c) Regulação do Volume dos Órgãos: A contração sustentada das faixas anelares dos músculos lisos (esfíncteres) pode impedir a saída do conteúdo de um órgão oco. d) Movimento de Substâncias dentro do Corpo: As contrações dos músculos lisos das paredes vasos sanguíneos regulam a intensidade do fluxo. Os músculos lisos também podem mover alimentos, urina e gametas do sistema reprodutivo. Os músculos esqueléticos promovem o fluxo de linfa e o retorno do sangue para o coração. e) Produção de Calor: Quando o tecido muscular se contrai ele produz calor e grande parte desse calor liberado pelo músculo é usado na manutenção da temperatura corporal. Grupos Musculares: Em número de nove. São eles: a) Cabeça b) Pescoço c) Tórax d) Abdome e) Região Posterior do Tronco f) Membros Superiores g) Membros Inferiores h) Órgãos dos Sentidos i) Períneo Classificação dos Músculos: Quanto a Situação: a) Superficiais ou Cutâneos: Estão logo abaixo da pele e apresentam no mínimo uma de suas inserções na camada profunda da derme. Estão localizados na cabeça (crânio e face), pescoço e na mão (região hipotenar). Exemplo: Platisma. b) Profundos ou Subaponeuróticos: São músculos que não apresentam inserções na camada profunda da derme, e na maioria das vezes, se inserem em ossos. Estão localizados abaixo da fáscia superficial. Exemplo: Pronador quadrado. Quanto à Forma: a) Longos: São encontrados especialmente nos membros. Os mais superficiais são os mais longos, podendo passar duas ou mais articulações. Exemplo: Bíceps braquial. b) Curtos: Encontram-se nas articulações cujos movimentos tem pouca amplitude, o que não exclui força nem especialização. Exemplo: Músculos da mão. c) Largos: Caracterizam-se por serem laminares. São encontrados nas paredes das grandes cavidades (tórax e abdome). Exemplo: Diafragma. Quanto à Disposição da Fibra: a) Reto: Paralelo à linha média. Ex: Reto abdominal. b) Transverso: Perpendicular à linha média. Ex: Transverso abdominal. c) Oblíquo: Diagonal à linha média. Ex: Oblíquo externo. Quanto à Origem e Inserção: a) Origem: Quando se originam de mais de um tendão. Ex. Bíceps, Quadríceps. b) Inserção: Quando se inserem em mais de um tendão. Ex: Flexor Longo dos Dedos. Quanto à Função: a) Agonistas: São os músculos principais que ativam um movimento específico do corpo, eles se contraem ativamente para produzir um movimento desejado. Ex: Pegar uma chave sobre a mesa, agonistas são os flexores dos dedos. b) Antagonistas: Músculos que se opõem à ação dos agonistas, quando o agonista se contrai, o antagonista relaxa progressivamente, produzindo um movimento suave. Ex: idem anterior, porém os antagonistas são os extensores dos dedos. c) Sinergistas: São aqueles que participam estabilizando as articulações para que não ocorram movimentos indesejáveis durante a ação principal. Ex: idem anterior, os sinergistas são estabilizadores do punho, cotovelo e ombro. d) Fixadores: Estabilizam a origem do agonista de modo que ele possa agir mais eficientemente. Estabilizam a parte proximal do membro quando move-se a parte distal. Quanto à Nomenclatura: O nome dado aos músculos é derivado de vários fatores, entre eles o fisiológico e o topográfico: a) Ação: Extensor dos dedos. b) Ação Associada à Forma: Pronador Redondo e Pronador Quadrado. c) Ação Associada à Localização: Flexor Superficial dos Dedos. d) Forma: Músculo Deltoide (letra grega delta). e) Localização: Tibial Anterior. f) Número de Origem: Bíceps Femoral e Tríceps Braquial. Tipos de Músculos: a) Músculos Estriados Esqueléticos: Contraem-se por influência da nossa vontade, ou seja, são voluntários. O tecido muscular esquelético é chamado de estriado porque faixas alternadas claras e escuras (estriações) podem ser vistas no microscópio óptico. b) Músculos Lisos: Localizado nos vasos sanguíneos, vias aéreas e maioria dos órgãos da cavidade abdômino-pélvica. Ação involuntária controlada pelo sistema nervoso autônomo. c) Músculo Estriado Cardíaco: Representa a arquitetura cardíaca. É um músculo estriado, porém involuntário – AUTO RITMICIDADE. Componentes Anatômicos dos Músculos Estriados: a) Ventre Muscular é a porção contrátil do músculo, constituída por fibras musculares que se contraem. Constitui o corpo do músculo (porção carnosa). b) Tendão é um elemento de tecido conjuntivo, ricos em fibras colágenas e que serve para fixação do ventre, em ossos, no tecido subcutâneo e em cápsulas articulares. Possuem aspecto morfológico de fitas ou de cilindros. c) Aponeurose é uma estrutura formada por tecido conjuntivo. Membrana que envolve grupos musculares. Geralmente apresenta-se em forma de lâminas ou em leques. d) Bainhas Tendíneas são estruturas que formam pontes ou túneis entre as superfícies ósseas sobre as quais deslizam os tendões. Sua função é conter o tendão, permitindo-lheum deslizamento fácil. e) Bolsas Sinoviais são encontradas entre os músculos ou entre um músculo e um osso. São pequenas bolsas forradas por uma membrana serosa que possibilitam o deslizamento muscular. Tipos de Contrações: a) Contração Concêntrica: o músculo se encurta e traciona outra estrutura, como um tendão, reduzindo o ângulo de uma articulação. Ex: Trazer um livro que estava sobre a mesa ao encontro da cabeça. b) Contração Excêntrica: quando aumenta o comprimento total do músculo durante a contração. Ex: idem anterior, porém quando recolocamos o livro sobre mesa. c) Contração Isométrica: servem para estabilizar as articulações enquanto outras são movidas. Gera tensão muscular sem realizar movimentos. É responsável pela postura e sustentação de objetos em posição fixa. Ex: idem anterior, porém quando o livro é sustentado em abdução de 90°. Anatomia Microscópica da Fibra Muscular: O tecido muscular consiste de células contráteis especializadas, ou fibras musculares, que são agrupadas e dispostas de forma altamente organizada. Cada fibra de músculo esquelético apresenta dois tipos de estruturas filiformes muito delgadas, chamadas miofilamentos grossos (miosina) e finos (actina). Componentes Anatômicos do Tecido Conjuntivo: a) Fáscia Superficial separa os músculos da pele. b) Fáscia Muscular é uma lâmina ou faixa larga de tecido conjuntivo fibroso, que, abaixo da pele, circunda os músculos e outros órgãos do corpo. c) Epimísio é a camada mais externa de tecido conjuntivo, circunda todo o músculo. d) Perimísio circunda grupos de 10 a 100 ou mais fibras musculares individuais, separando-as em feixes chamados fascículos. Os fascículos podem ser vistos a olho nu. e) Endomísio é um fino revestimento de tecido conjuntivo que penetra no interior de cada fascículo e separa as fibras musculares individuais de seus vizinhos. . Sistema Nervoso Professor: Enfº Aronn Mascarenhas O sistema nervoso é responsável pela maioria das funções de controle em um organismo, coordenando e regulando as atividades corporais. O neurônio é a unidade funcional deste sistema. Neurônio O neurônio é a unidade funcional do sistema nervoso. Os neurônios comunicam-se através de sinapses; por eles propagam-se os impulsos nervosos. Anatomicamente o neurônio é formado por: dendrito, corpo celular e axônio. A transmissão ocorre apenas no sentido do dendrito ao axônio. Substancia Branca e Substancia Cinzenta Ao analisar o sistema nervoso central, é possível perceber duas porções com colorações distintas: uma porção com a coloração mais acinzentada e outra com uma região mais esbranquiçada. A região mais acinzentada recebe o nome de substância cinzenta (cortéx cerebral), e a região mais esbranquiçada recebe o nome de substância branca (centro branco medular). A substância cinzenta é formada por uma grande quantidade corpos celulares de neurônio. Já a substância branca é formada por uma porção de prolongamentos de neurônios, ou seja, os axônios https://www.infoescola.com/sistema-nervoso/neuronios/ mielinizados. Como os axônios de alguns neurônios apresentam-se envolvidos por mielina, essa substância dá um aspecto esbranquiçado à substância branca. O sistema nervoso é divido em Sistema Nervoso Central e Sistema Nervoso Periférico. Sistema Nervoso Central Principais componentes do Sistema Nervoso Central: Medula espinhal A medula espinhal é o centro dos arcos reflexos. Encontra-se organizada em segmentos (região cervical, lombar, sacral, caudal, raiz dorsal e ventral). É uma estrutura subordinada ao cérebro, porem pode agir independente dele. Cérebro O cérebro está relacionado com a maioria das funções do organismo como a recepção de informações visuais nos vertebrados, movimentos do corpo que requerem coordenação de grande número de partes do corpo. O cérebro encontra-se protegido pelas meninges: pia-máter, dura-máter e aracnóide. O encéfalo dos mamíferos é dividido em: telencéfalo (cérebro), diencéfalo (tálamo e hipotálamo), mesencéfalo (teto), metencéfalo (ponte e cerebelo) e mielencéfalo (bulbo). Diencefalo O diencéfalo e o telencéfalo formam o cérebro, que corresponde ao prosencéfalo. O cérebro é a parte mais desenvolvida do encéfalo e ocupa cerca de 80% da cavidade craniana. O diencéfalo é uma estrutura ímpar que só é vista na porção mais inferior de cérebro. Ao diencéfalo compreendem as seguintes partes: tálamo, hipotálamo, epitálamo e subtálamo, todas relacionadas com o III ventrículo. O tálamo, com comprimento de cerca de 3 cm, compondo 80% do diencéfalo, consiste em duas massas ovuladas pareadas de substância cinzenta, organizada em núcleos, com tratos de substância branca em seu interior. Em geral, uma conexão de substância cinzenta, chamada massa intermédia (aderência intertalâmica), une as partes direita e esquerda do tálamo. A extremidade anterior de cada tálamo apresenta uma eminência, o tubérculo anterior do tálamo, que participa da delimitação do forame interventricular. Funções do Tálamo: Sensibilidade; Motricidade; Comportamento Emocional; Ativação do Córtex; https://www.infoescola.com/biologia/sistema-nervoso-central/ https://www.infoescola.com/biologia/sistema-nervoso-periferico/ https://www.infoescola.com/sistema-nervoso/ato-reflexo/ https://www.infoescola.com/sistema-nervoso/meninges/ https://www.infoescola.com/anatomia-humana/encefalo/ https://www.infoescola.com/sistema-nervoso/talamo/ Desempenha algum papel no mecanismo de vigília, ou estado de alerta. Hipotálamo É uma área relativamente pequena do diencéfalo, situada abaixo do tálamo, com funções importantes principalmente relacionadas à atividade visceral. O hipotálamo é parte do diencéfalo e se dispõe nas paredes do III ventrículo, abaixo do sulco hipotalâmico, que separa o tálamo. Apresenta algumas formações anatômicas visíveis na face inferior do cérebro: o quiasma óptico, o túber cinéreo, o infundíbulo e os corpos mamilares. Trata-se de uma área muito pequena (4 g) mas, apesar disso, o hipotálamo, por suas inúmeras e variadas funções, é uma das áreas mais importantes do sistema nervoso. Funções do Hipotálamo: Controle do sistema nervoso autônomo; Regulação da temperatura corporal; Regulação do comportamento emocional; Regulação do sono e da vigília; Regulação da ingestão de alimentos; Regulação da ingestão de água; Regulação da diurese; Regulação do sistema endócrino; Geração e regulação de ritmos circadianos. Bulbo ou medula oblonga O bulbo tem a função relacionada com a respiração e é considerado um centro vital. Também está relacionado com os reflexos cardiovasculares e transmissão de informações sensoriais e motoras. Cerebelo O cerebelo é responsável pelo controle motor. A organização básica do cerebelo é praticamente a mesma em todos os vertebrados, diferindo apenas no número de células e grau de enrugamento. Pesquisas recentes sugerem que a principal função do cerebelo seja a coordenação sensorial e não só o controle motor. Ponte A função da ponte é transmitir as informações da medula e do bulbo até o córtex cerebral. Faz conexão com centros hierarquicamente superiores. O córtex sensorial coordena os estímulos vindos de várias partes do sistema nervoso. O córtex motor é responsável pelas ações voluntárias e o córtex de associação está relacionado com o armazenamento da memória. Principais divisões do Sistema Nervoso Periférico O SNP pode ser divido em voluntário e autônomo. Sistema Nervoso Voluntário Está relacionado com os movimentos voluntários. Os neurônios levam a informação do SNC aos músculos esqueléticos, inervando-os diretamente. Pode haver movimentos involuntários. https://www.infoescola.com/fisiologia/respiracao/ https://www.infoescola.com/biologia/cortex-cerebral/ https://www.infoescola.com/sistema-muscular/musculo-estriado-esqueletico/ Sistema Nervoso Autônomo Está relacionadocom os movimentos involuntários dos músculos como não-estriado e estriado cardíaco, sistema endócrino e respiratório. É divido em simpático e parassimpático. Eles têm função antagônica sobre o outro. São controlados pelo SNC, principalmente pelo hipotálamo e atuam por meio da adrenalina e da acetilcolina. O mediador químico do SNA simpático é a acetilcolina e a adrenalina, enquanto do parassimpático é apenas a acetilconlina. Arco reflexo Os atos reflexos são reações involuntárias que envolvem impulsos nervosos, percorrendo um caminho chamado arco reflexo. Um exemplo muito conhecido de arco reflexo é o reflexo patelar. O tendão do joelho é o órgão receptor do estímulo. Quando recebe o estímulo (ex. uma pancada) os dendritos dos neurônios ficam excitados. O impulso é transmitido aos neurônios associativos por meio de sinapses, que por sua vez transmitem o impulso aos neurônios motores. Os neurônios associativos levam a informação ao encéfalo e os neurônios motores excitam os músculos da coxa, fazendo com que a perna se movimente. Sistema Nervoso Central Para analisarmos o sistema nervoso central, é importante termos uma visão geral do Sistema Nervoso como um todo. A partir de um núcleo central, distribuem-se por todo o corpo as ramificações mais variadas da complexa estrutura nervosa. Popularmente, usa-se o termo “cérebro” para identificar a capacidade racional do homem, o que constitui uma imprecisão. Na verdade, é de todo o sistema nervoso que dependem as atividades consideradas humanas. Além disso, a caixa óssea do crânio não contém apenas o cérebro – como se julga erradamente -, mas uma estrutura muito maior – o encéfalo -, da qual o cérebro é parte integrante. Este se divide em duas partes simétricas (hemisférios direito e esquerdo), ligadas entre si por feixes de fibras nervosas. O cérebro compreende ainda o diencéfalo, situado entre os dois hemisférios, quase escondido por eles. Estrutura de grande importância, é responsável pela ligação entre o sistema nervoso e as glândulas de secreção interna. Além do cérebro, fazem parte do encéfalo o cerebelo e o tronco cerebral. O primeiro exerce importante papel na manutenção do equilíbrio corporal e controla as atividades dos diversos grupos musculares; o tronco cerebral une todas as partes do encéfalo à medula espinhal. Esse conjunto contido na caixa craniana forma apenas uma parte do sistema nervoso, que continua pelo tronco abaixo, com a medula espinhal, também protegida por uma caixa óssea: superpostas e interligadas, as vértebras humanas constituem um canal único protetor da medula. https://www.infoescola.com/neurologia/acetilcolina/ https://www.infoescola.com/bioquimica/mediadores-quimicos/ https://www.infoescola.com/bioquimica/mediadores-quimicos/ https://www.infoescola.com/sistema-nervoso/ato-reflexo/ https://www.infoescola.com/sistema-muscular/tendao/ À medida que cresce, o indivíduo se torna apto a desempenhar funções cada vez mais diferenciadas. Aprende a falar, a manipular objetos, a controlar e dirigir movimentos que, pouco a pouco, se tornam automáticos. A aprendizagem é uma capacidade característica do homem e, como o emprego da lógica, do raciocínio e da capacidade de abstração, só existe graças ao sistema nervoso, que comanda inclusive o funcionamento dos órgãos que compõem o corpo humano. E ele que orienta as funções das vísceras, regula o funcionamento das glândulas e através de inúmeros receptores, capta as sensações do mundo exterior ou do próprio organismo e se encarrega de preparar respostas para essas sensações. No entanto, a vasta multiplicidade de funções desempenhadas pelo sistema nervoso humano não depende apenas do neuroeixo. Além do sistema nervoso central existe também uma ampla estrutura periférica que difunde os estímulos e sensações pelo corpo. UNIDADE VITAL: Sistema Nervoso Central Todo o sistema nervoso funciona a partir de cada uma das células nervosas que o constituem: os chamados neurônios. Células muito especializadas, são capazes de captar estímulos exteriores, como calor, frio, dor (irritabilidade), e de conduzir os estímulos através do organismo, sob a forma de impulso nervoso (condutibilidade). Essas atribuições são exclusivas e cumpridas por numerosos neurônios. Para executar suas importantes funções, as células nervosas têm constituição especial. Como as outras células do organismo, o neurénio também possui um núcleo e um citoplasma, embora apresente muitas variedades. No citoplasma das células nervosas existem elementos característicos: as neurofibrilas e os corpúsculos de Nissl (nome dado em homenagem ao cientista que os descreveu); e ainda dois tipos de prolongamentos exclusivos: o axônio (do grego axoon, eixo), também chamado cilindro-eixo, e os dendritos (do grego dendrón, árvore). Existe apenas um axônio para cada célula. Às vezes ele chega a medir alguns metros e, em outras células, tem apenas poucos milímetros. Ao longo de seu percurso, em geral possui poucas ramificações e acaba por estabelecer contato com outra célula nervosa, um músculo ou uma glândula. O axônio é constituído por neurofibrilas, em continuação das que compõem o corpo da célula, com a diferença de que, no trecho pertencente ao cilindro-eixo, estas são envoltas por uma membrana comum, o axolema. Além do axolema, outra membrana envolve o axônio de certos neurônios, sem recobrir a porção inicial e a terminal. E uma substância gordurosa, esbranqú’içada, chamada mielina (do grego mie/o, medula). O conjunto formado pelo axônio e suas membranas constitui uma fibra nervosa; no tecido nervoso podem ser observados os feixes de fibras nervosas que caracterizam a substância branca, envolvidos pela mielina. E, nos trechos dos corpos celulares em que não há invólucro de mielina, o tecido apresenta a cor acinzentada dos corpos celulares e porções de fibra sem o revestimento de mielina: é a substância cinzenta. Os outros prolongamentos da célula nervosa – os dendritos – são numerosos, curtos e muito ramificados. A partir do Sistema Nervoso Central, difundem-se por todo o corpo os feixes de fibras nervosas, chamados nervos. Alguns têm a finalidade de conduzir os impulsos que partem do eixo central até os músculos, glândulas ou vísceras: são constituídos, sobretudo, por fibras motoras ou eferentes. Em contrapartida, outros levam os impulsos captados pela periferia (pele, músculos, vísceras) até o neuro-eixo: nestes predominam as fibras sensitivas ou aferentes. Ao longo desses feixes existem agrupamentos de células, os gânglios nervosos, que funcionam como retransmissores dos impulsos. Apenas as ordens motoras dirigidas aos músculos não passam por essa etapa: vão do neuro-eixo aos músculos, sem passar pelos gânglios. Sinapses: Na estrutura do sistema nervoso, os neurônios ficam todos ligados uns aos outros, formando as chamadas cadeias neuronais. Por essas cadeias, os impulsos nervosos caminham e são retransmitidos. A ligação entre um neurônio e outro, denominada sinapse, é feita entre a terminação do axônio de uma célula e os dendritos ou ‘o corpo celular de outra. A direção do impulso é do corpo celular para o axônio. A sinapse é o “interruptor” encarregado de ligar ou desligar uma célula nervosa de outra. Meninges O mais delicado sistema do organismo humano o sistema nervoso central é protegido por uma caixa óssea, cujo interior é perfeitamente acolchoado por três camadas membranosas (as meninges), entre as quais se intercalam duas câmaras líquidas que exercem o papel de amortecedores. Camadas da Meninge Retirada a calota craniana, aparecem, de dentro para fora, as seguintes partes da forração: a dura- máter, a cavidade ou espaço subdural, a aracnoide, a cavidade ou espaço subaracnóideo e a piamáter. A dura-máter é a mais externa e a mais resistente das meninges. Possui seu próprio sistema de vasos e nervos. Já a aracnoide, membranamédia, é muito delicada e não possui vasos nem nervos. Tem esse nome porque seu aspecto lembra o de uma teia de aranha. A pia-máter, a mais interna das meninges, é diferente das demais por ser muito fina e transparente. Reveste todos os relevos e penetra em todos os sulcos do encéfalo e da medula espinhal, aderindo intimamente à superfície de ambos como se fosse uma camada de plastificação. A pia-máter é ricamente vascularizada e é através dela que os vasos sanguíneos chegam até o tecido nervoso, conduzindo em seu interior a alimentação necessária. Entre a dura-máter e a aracnóide, amortecendo os choques entre essas duas meninges, encontra-se a cavidade ou espaço subdural um simples fenda que contém a quantidade mínima de fluido necessário à lubrificação das superfícies de contato entre ambas. Com a mesma finalidade e separando a aracnoide da pia-máter. Insere-se o espaço subaracnóideo, que se comunica com o sistema de ventrículos do encéfalo e que também contém um fluido: o líquor. As Meninges e sua relação com o Encéfalo e Medula Espinhal Além das relações entre as meninges, também interessam aos estudos anatômicos as relações destas com o encéfalo e com a medula espinhal, zonas onde qualquer das três apresenta características regionais. Num ponto, porém, a semelhança permanece: tanto em relação à caixa óssea quanto no que diz respeito ao neuro-eixo (eixo cerebrospinhal), as membranas -desempenham o mesmo papel protetor. A dura-máter espinhal envolve toda a medula, formando o chamado saco dural, que está separado da caixa óssea pela cavidade epidural. Esta última, cheia de tecido gorduroso entrecortado por densa rede de vasos sanguíneos, faz o papel de fronteira entre a dura-máter espinhal e a encefálica. A aracnoide espinhal nada apresenta de específico, constituindo simples prolongamento da porção encefálica. A pia-máter espinhal adere à medula e forma, abaixo do cone medular, o filamento terminal que age como ligamento inferior da medula. O filamento terminal da pia-máter é um produto típico do período de crescimento do ser humano. Durante os primeiros anos de vida, a medula espinhal ocupa toda a cavidade existente no interior da coluna vertebral. Com o crescimento, porém, a coluna aumenta muito de tamanho e faz com que a extensão da cavidade também aumente. Mas, como a medula não cresce tanto quanto a coluna vertebral, a pia-máter.já aderida ao fundo da cavidade, é esticada, a fim de manter a ligação entre a porção terminal da medula e o extremo inferior do canal vertebral. Na zona do encéfalo, as meninges apresentam maior número de particularidades. A dura-máter encefálica, por exemplo, difere bastante da espinhal, pois adere intimamente à caixa óssea craniana. Algumas de suas zonas desdobram-se em seios, lacunas venosas e prolongamentos, que penetram entre as porções encefálicas, de forma a dividir a cavidade craniana em lojas intercomunicantes. Vários desses prolongamentos desempenham papel importante no sistema de segurança do encéfalo. Um deles é a foice do cérebro, intercalada entre os hemisférios cerebrais, como a casca fina que divide o recheio de uma noz. Outra formação é a tenda do cerebelo, que abriga e separa o cerebelo dos extremos occipitais de ambas as “metades” (hemisférios) do cérebro. Também importante é afoice do cerebelo, que separa parcialmente os hemisférios cerebelares esquerdo e direito. A aracnóide encefálica, pçr sua vez, forma pequenos tufos (as granulações aracnóideas) que perfuram a dura-máter e penetram no interior dos seios e lacunas venosas. Funcionalmente, os tufos atuam como uma espécie de mata-borrão, absorvendo o líquido cefalorraquidiano. As meninges podem ser infectadas em decorrência de um ferimento no crânio ou por inflamação em áreas vizinhas, como, por exemplo, no ouvido médio. Esses processos inflamatórios e infecciosos meningites -são afecções graves e, não raras vezes, letais. Já os tumores que se desenvolvem nas meninges costumam constituir problemas, graves apenas quando atingem dimensões suficientes para comprimir o tecido cerebral. Alimentação do sistema nervoso central As várias partes do sistema nervoso central possuem fontes específicas de alimentação, ou seja, fornecimentos exclusivos de irrigação sanguínea. Assim, a medula espinhal é irrigada por verdadeira rede arterial, formada em parte pelas artérias espinhais (uma anterior e duas posteriores) e pelas artérias que acompanham as raízes dos nervos espinhais em toda a extensão da medula. A drenagem venosa segue caminho inverso ao da irrigação arterial e acaba por se lançar nas veias espinhais, em número de cinco: quatro anteriores duas para cada metade da medula e uma posterior. Estas se intercomunicam com os plexos venosos vertebrais, que se estendem ao longo de todo o canal medular. O encéfalo é irrigado pelas artérias vertebrais e pelas artérias carótidas internas. A dura-máter recebe alimentação através das chamadas artérias meningeas, das quais a principal é a artéria meníngea média, ramo da artéria Maxilar. As artérias vertebrais direita e esquerda unem-se no interior da caixa craniana e formam a artéria basilar, de onde se originam as artérias cerebelares, pontinas e cerebrais posteriores. Das artérias carótidas internas originam-se, entre outras, as artérias cerebrais anterior e média, uma de cada lado. Estas, por sua vez, dão origem a novos ramos destinados à irrigação do córtex cerebral, da substância branca e dos núcleos da base do cérebro. A anastomose, isto é, a intercomunicação desses dois sistemas vasculares que alimentam o encéfalo as artérias vertebrais direita e esquerda e as artérias carótidas internas, resulta na formação do chamado círculo arterial do cérebro (polígono arterial de Willis), situado na base do encéfalo. A drenagem venosa do encéfalo realiza-se-através de veias intercomunicantes, que constituem os sistemas venosos superficial e profundo do encéfalo. Do sistema profundo faz parte a grande veia cerebral de Galeno. Essas veias conduzem o sangue aos seios venosos da dura-máter, de onde é drenado para as veias jugulares, que descem ao longo do pescoço (as veias jugulares são aquelas que Ficam salientes no pescoço durante esforços intensos). Dentre os principais seios venosos do encéfalo, merecem destaque os seios sagitais superior e inferior, o reto e o transverso. O sagital superior, situado ao longo de toda a margem de inserção da foice do cérebro, termina na chamada confluência dos seios. O inferior, mais ou menos paralelo ao anterior, ocupa parcialmente a margem livre da foice do cérebro e se lança na extremidade anterior do seio reto, localizado sobre a tenda do cerebelo. O par de seios transversos drena a maior parte do sangue do conteúdo da cavidade craniana. Sulcos e Giros: Durante o desenvolvimento embrionário, quando o tamanho do encéfalo aumenta rapidamente, a substância cinzenta do córtex aumenta com maior rapidez que a substância branca subjacente. Como resultado, a região cortical se enrola e se dobra sobre si mesma. Portanto, a superfície do cérebro do homem e de vários animais apresenta depressões denominadas sulcos, que delimitam os giros ou circunvoluções cerebrais. A existência dos sulcos permite considerável aumento do volume cerebral e sabe-se que cerca de dois terços da área ocupada pelo córtex cerebral estão “escondidos” nos sulcos. Em qualquer hemisfério, os dois sulcos mais importantes são o sulco lateral e o sulco central. Sulco Lateral: é o sulco que separa o lobo frontal do lobo temporal. Ele é subdividido em ascendente, anterior e posterior. Sulco Central: separa o lobo parietal do frontal. O sulco central é ladeado por dois giros paralelos, um anterior, giro pré-central, e outro posterior, giro pós-central. As áreas situadas adiante do sulco central relacionam-se com a MOTRICIDADE, enquanto as situadas atrás deste sulco relacionam-se coma SENSIBILIDADE. Outro sulco importante situado no telencéfalo, na face medial, é o Sulco Parieto-occipital, que separa o lobo parietal do occipital. Os lobos cerebrais recebem o nome de acordo com a sua localização em relação aos ossos do crânio. Portanto, temos cinco lobos: Frontal, Temporal, Parietal, Occipital e o Lobo da Ínsula, que é o único que não se relaciona com nenhum osso do crânio, pois está situado profundamente no sulco lateral. A divisão dos lobos não corresponde muito a uma divisão funcional, exceto pelo lobo occipital que parece estar relacionado somente com a visão. Corpo Caloso Corpo Caloso: é a maior das comissuras inter-hemisféricas. É formado por um grande número de fibras mielínicas que cruzam o plano sagital mediano e penetram de cada lado no centro branco medular do cérebro, unindo áreas simétricas do córtex de cada hemisfério. Em corte sagital do cérebro, podemos identificar as divisões do corpo caloso: uma lâmina branca arqueada dorsalmente, o tronco do corpo caloso, que se dilata posteriormente no esplênio do corpo caloso e se flete anteriormente em direção da base do cérebro para constituir o joelho do corpo caloso. Este se afina para formar o rostro do corpo caloso, que se continua em uma fina lâmina, a lâmina rostral até a comissura anterior. Entre a comissura anterior e o quiasma óptico encontra-se a lâmina terminal, delgada lâmina de substância branca que também une os hemisférios e constitui o limite anterior do III ventrículo. Principais funções: - Estabelecer a comunicação entre os dois hemisférios cerebrais. Lembrando que o hemisfério direito do cérebro comanda o lado esquerdo do corpo, enquanto o hemisfério esquerdo comanda o lado direito do corpo. - Atua na interpretação de informações oriundas dos sentidos (visão e tato, por exemplo). - Atua também no processo de interpretação de informações mentais. Células da Glia ou Neuroglia As células da glia fazem parte do sistema nervoso. São células auxiliares que possuem a função de suporte ao funcionamento do sistema nervoso central (SNC). Estima-se que haja no SNC 10 células glia para cada neurônio, mas devido ao seu reduzido tamanho, elas ocupam a metade do volume do tecido nervoso. Elas diferem em forma e função e são elas: oligodendrócitos, astrócitos, células de Schwann, células ependimárias e micróglia. Oligodendrócitos Estas células são responsáveis pela produção da bainha de mielina possuem a função de isolante elétrico para os neurônios do SNC. Possuem prolongamentos que se enrolam ao redor dos axônios, produzindo a bainha de mielina. Astrócitos São células de formato estrelado com vários processos que irradiam do corpo celular. Apresentam feixes de filamentos intermediários constituídos pela proteína fibrilar ácida da glia, que reforçam a estrutura celular. Estas células ligam os neurônios aos capilares sanguíneos e a pia-máter. Existem os astrócitos fibrosos e os astrócitos protoplasmáticos. O primeiro é encontrado na substância branca e o segundo, é https://www.infoescola.com/biologia/sistema-nervoso/ https://www.infoescola.com/sistema-nervoso/neuronios/ https://www.infoescola.com/biologia/tecido-nervoso/ https://www.infoescola.com/sistema-circulatorio/capilar-sanguineo/ encontrado na substância cinzenta, possuindo um maior número de prolongamentos que são mais curtos e extremamente ramificados. Os astrócitos também participam do controle da composição iônica e molecular do ambiente extracelular dos neurônios. Algumas destas células apresentam prolongamentos que são denominados pés vasculares, que se expandem sobre os capilares sanguíneos. É provável que esta estrutura transfira moléculas e íons do sangue para os neurônios. Estas células participam também da regulação de diversas atividades neuronais. Podem influenciar a atividade e a sobrevivência dos neurônios, devido à sua capacidade de controlar constituintes do meio extracelular, absorver excessos localizados de neurotransmissores e sintetizar moléculas neuroativas. Através de junções comunicantes, os astrócitos se comunicam por meio de junções comunicantes formando uma rede por onde há a transmissão de informações, fazendo com estas cheguem a atingir grandes distâncias dentro do SNC. Células de Schwann Possuem a mesma função dos oligodendrócitos, no entanto, se localizam ao redor dos axônios do sistema nervoso periférico. Cada uma destas células forma uma bainha de mielina em torno de um segmento de um único axônio. Células Ependimárias São células epiteliais colunares que revestem os ventrículos do cérebro e o canal central da medula espinhal. Em algumas regiões, estas células são ciliadas, facilitando a movimentação do líquido cefalorraquidiano. Micróglia Estas células são pequenas e alongadas, com prolongamentos curtos e irregulares. São fagocitárias e derivam de precursores que alcançam a medula óssea através da corrente sanguínea, representando o sistema mononuclear fagocitário do SNC. Participam também da inflamação e reparação do SNC; secretam também diversas citocinas reguladoras do processo imunitário e remove os restos celulares que surgem nas lesões do SNC. Tronco encefálico O tronco encefálico interpõe-se entre a medula e o diencéfalo, situando-se ventralmente ao cerebelo, ou seja, conecta a medula espinal com as estruturas encefálicas localizadas superiormente. A substância branca do tronco encefálico inclui tratos que recebem e enviam informações motoras e sensitivas para o cérebro e também as provenientes dele. Dispersas na substância branca do tronco encefálico encontram-se massas de substância cinzenta denominadas núcleos, que exercem efeitos intensos sobre funções como a pressão sanguínea e a respiração. Na sua constituição entram corpos de neurônios que se agrupam em núcleos e fibras nervosas, que por sua vez, se agrupam em feixes denominados tratos, fascículos ou lemniscos. Muitos dos núcleos do tronco encefálico recebem ou imitem fibras nervosas que entram na constituição dos nervos cranianos. Dos 12 pares de nervos cranianos, 10 fazem conexão com o tronco encefálico. https://www.infoescola.com/quimica/ion/ https://www.infoescola.com/neurologia/neurotransmissores/ https://www.infoescola.com/anatomia-humana/medula-espinhal/ https://www.infoescola.com/anatomia-humana/medula-espinhal/ https://www.infoescola.com/sistema-nervoso/liquido-cefalorraquidiano/ https://www.infoescola.com/sistema-nervoso/liquido-cefalorraquidiano/ https://www.infoescola.com/sistema-imunologico/citocinas/ Cerebelo O cerebelo, órgão do sistema nervoso supra-segmentar, deriva da parte dorsal do metencéfalo e fica situado dorsalmente ao bulbo e à ponte, contribuindo para a formação do tecto do IV ventrículo. Repousa sobre a fossa cerebelar do osso occipital e está separado do lobo occipital por uma prega da dura-máter denominada tenda do cerebelo. Liga-se à medula e ao bulbo pelo pedúnculo cerebelar inferior e à ponte e mesencéfalo pelos pedúnculos cerebelares médio e superior, respectivamente. Do ponto de vista fisiológico, o cerebelo difere fundamentalmente do cérebro porque funciona sempre em nível involuntário e inconsciente, sendo sua função exclusivamente motora (equilíbrio e coordenação). Anatomicamente, distingue-se no cerebelo, uma porção ímpar e mediana, o vérmis, ligado a duas grandes massas laterais, os hemisférios cerebelares. O vérmis é pouco separado dos hemisférios na face superior do cerebelo, o que não ocorre na face inferior, onde dois sulcos são bem evidentes o separam das partes laterais. A superfície apresenta sulcos de direção predominantemente transversal, que delimitam laminas finas denominadas folhas do cerebelo. Existem também sulcos mais pronunciados, as fissuras do cerebelo, que delimitam lóbulos, cada um deles podendo conter várias folhas. Esta disposição, visível na superfície docerebelo, é especialmente evidente em secções deste órgão, que dão também uma ideia de sua organização interna. Vê-se assim que o cerebelo é constituído de um centro de substância branca, o corpo medular do cerebelo, de onde irradia a lâmina branca do cerebelo, revestida externamente por uma fina camada de substância cinzenta, o córtex cerebelar. O corpo medular do cerebelo com suas lâminas brancas, quando vista em cortes sagitais, recebem o nome de “árvore da vida”. No interior do campo medular existem quatro pares de núcleos de substância cinzenta, que são os núcleos centrais do cerebelo: denteado, emboliforme, globoso e fastigial. Medula Espinhal Medula significa miolo e indica o que está dentro. Assim temos a medula espinhal dentro dos ossos, mais precisamente dentro do canal vertebral. A medula espinhal é uma massa cilindroide de tecido nervoso situada dentro do canal vertebral sem entretanto ocupa-lo completamente. No homem adulto ela mede aproximadamente 45 cm sendo um pouco menor na mulher. A importância da medula espinhal está justamente na sua capacidade de transmitir os comandos do SNC para o resto do corpo através dos gânglios e nervos no SNP, mantendo assim comunicação direta entre os órgãos periféricos e o SNC. Cranialmente a medula limita-se com o bulbo, aproximadamente ao nível do forame magno do osso occipital. O limite caudal da medula tem importância clinica e no adulto situa-se geralmente em L2. A medula termina afinando-se para formar um cone, o cone medular, que continua com um delgado filamento meníngeo, o filamento terminal. A medula apresenta forma aproximada de um cilindro, achatada no sentido antero-posterior. Seu calibre não é uniforme, pois ela apresenta duas dilatações denominadas de intumescência cervical e intumescência lombar. Estas intumescências medulares correspondem às áreas em que fazem conexão com as grossas raízes nervosas que formam o plexo braquial e lombossacral, destinados à inervação dos membros superiores e inferiores respectivamente. A formação destas intumescências se deve pela maior quantidade de neurônios e, portanto, de fibras nervosas que entram ou saem destas áreas. A intumescência cervical estende-se dos segmentos C4 até T1 da medula espinhal e a intumescência lombar (lombossacral) estende-se dos segmentos de T11 até L1 da medula espinhal. A superfície da medula apresenta os seguintes sulcos longitudinais, que percorrem em toda a sua extensão: o sulco mediano posterior, fissura mediana anterior, sulco lateral anterior e o sulco lateral posterior. Na medula cervical existe ainda o sulco intermédio posterior que se situa entre o sulco mediano posterior e o sulco lateral posterior e que se continua em um septo intermédio posterior no interior do funículo posterior. Nos sulcos lateral anterior e lateral posterior fazem conexão, respectivamente as raízes ventrais e dorsais dos nervos espinhais. Canal Ependimário e Liquido Cefalorraquidiano (Líquor) O canal ependimário ou canal central da medula é um canal localizado no centro da medula espinhal que contém líquido cefalorraquidiano. A cavidade do canal ependimário se comunica com a cavidade do quarto ventrículo. Este canal é um remanescente da cavidade do tubo neural formado durante o período embrionário e é revestido por um epitélio cilíndrico ou cúbico simples ciliado. O líquido cefalorraquidiano (LCR), também conhecido como líquor ou fluído cérebro espinhal, é definido como um fluído corporal estéril, incolor, encontrado no espaço subaracnóideo no cérebro e medula espinhal (entre as meninges aracnóide e pia-máter). Caracteriza-se por ser uma solução salina pura, com baixo teor de proteínas e células, atuando como um amortecedor para o córtex cerebral e a medula espinhal. Outra função deste líquido é fornecer nutrientes para o tecido nervoso e remover resíduos metabólicos do mesmo. É sintetizado pelos plexos coroidais, epitélio ventricular e espaço subaracnóide em uma taxa de aproximadamente 20 mL/hora. Em recém-nascidos, este líquido é encontrado em um volume que varia entre 10 a 60 mL, enquanto que no adulto fica entre 100 a 150 mL. O LCR flui dos ventrículos através dos forames laterais e mediais, adentrando no espaço subaracnóide, recobrindo tanto o córtex quanto a medula espinhal. A reabsorção deste líquido ocorre nos vilos aracnóides, encontrando-se em maior número no seio sagital superior. Este líquido não se resume a um ultrafiltrado do soro: ele é gerado por filtrações através dos capilares coróides e posterior secreção e transporte ativo bidirecional de substâncias pelas células epiteliais coróides. https://pt.wikipedia.org/wiki/Medula_espinhal https://pt.wikipedia.org/wiki/Medula_espinhal https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADquido_cefalorraquidiano https://pt.wikipedia.org/wiki/Quarto_ventr%C3%ADculo https://pt.wikipedia.org/wiki/Tubo_neural https://pt.wikipedia.org/wiki/Embri%C3%A3o https://pt.wikipedia.org/wiki/Embri%C3%A3o https://www.infoescola.com/anatomia-humana/cerebro/ https://www.infoescola.com/anatomia-humana/medula-espinhal/ https://www.infoescola.com/anatomia-humana/medula-espinhal/ https://www.infoescola.com/sistema-nervoso/meninges/ https://www.infoescola.com/biologia/cortex-cerebral/ https://www.infoescola.com/biologia/tecido-nervoso/ Neurônios Os neurônios são células presentes no sistema nervoso e apresentam como principal função conduzir os chamados impulsos nervosos. Apesar de não serem as únicas células do nosso tecido nervoso, elas destacam- se como as mais conhecidas. → Características gerais dos neurônios Os neurônios apresentam como partes básicas o corpo celular, os dendritos e o axônio. ✓ Corpo celular: O corpo celular é a região onde está localizado o núcleo do neurônio, bem como a maioria de suas organelas. Seu formato é variado e pode ser esférico, estrelado ou piramidal, por exemplo. ✓ Dendritos: São extensões muito ramificadas responsáveis por receber os sinais químicos de outro neurônio. ✓ Axônio: É uma extensão responsável por transmitir os sinais para outras células, como outro neurônio, glândulas ou músculos. Ele caracteriza-se por ser mais longo que os dendritos, podendo atingir até um metro de comprimento em algumas espécies. Em alguns neurônios, observa-se a bainha de mielina no axônio, a qual é produzida por dois tipos de células da glia: os oligodendrócitos, no sistema nervoso central, e por células de Schwann, no sistema nervoso periférico. As porções do axônio nas quais há falhas na bainha de mielina recebem a denominação de nódulos de Ranvier. Entre um neurônio e outra célula, encontramos uma junção denominada de sinapse. Nesses locais, geralmente são lançados neurotransmissores que atuam no transporte das informações de um neurônio para outra célula. Ao neurônio que está passando a informação dá-se o nome decélula pré-sináptica, e à célula que recebe o sinal dá-se o nome de célula pós-sináptica. → Classificação dos neurônios segundo o número de prolongamentos Os neurônios podem ser classificados de acordo com o número de prolongamentos em: ✓ Neurônios bipolares: apresentam um dendrito e um axônio; ✓ Neurônios pseudounipolares: apresentam um prolongamento único, próximo ao corpo celular, que se divide em dois. Na vida embrionária, esses neurônios apresentam-se como neurônios bipolares; https://brasilescola.uol.com.br/biologia/neuronios.htm https://brasilescola.uol.com.br/biologia/tecido-nervoso.htm https://brasilescola.uol.com.br/biologia/celulas-glia.htm ✓ Neurônios multipolares: apresentam mais de dois prolongamentos celulares e são o tipo principal de neurônio. → Classificação dos neurônios segundo sua função Os neurônios podem ser classificados de acordo com sua função em: ✓ Sensoriais ou aferentes: recebem estímulos e enviam-nos para o sistema nervoso central; ✓ Interneurônios: estabelecem conexões entre um neurônio e outro.✓ Motores ou eferentes: conduzem impulsos do sistema nervoso central para outras partes do organismo. Sistema Nervoso Periférico O sistema nervoso periférico é a parte do sistema nervoso formada por nervos e gânglios e que está relacionada com a transmissão de informações para o SNC e para órgãos periféricos. O conhecimento do esquema das inervações do corpo facilita muito o diagnóstico de várias alterações físicas. O sistema nervoso periférico compreende doze pares de nervos cranianos, 31 pares de nervos espinhais e, ainda, os gânglios e os plexos nervosos. Os nervos espinhais, que nascem na medula, inervam o pescoço, o tronco e os membros. No tórax, sua distribuição é bastante simples: os nervos se dirigem para o interior dos tecidos, sensibilizando toda a área ao redor da caixa torácica. Já no pescoço e nas regiões dorsal, sacral e coccígea, grupos de nervos se juntam, formando plexos. Destes partem grandes nervos, que abrangem extensas áreas da pele e os músculos dos membros superiores e inferiores. Plexo Braquial, Cervical, Torácico e Lombar O plexo cervical é formado, sobretudo, pelos ramos anteriores dos quatro primeiros nervos cervicais. Dele provêm nervos destinados principalmente à pele e aos músculos do pescoço, e o nervo frênico, que se destina à inervação do diafragma. O plexo braquial é constituído essencialmente pelos ramos anteriores dos últimos nervos cervicais e do primeiro torácico. Dele provêm os nervos que se destinam ao ombro e parte da parede torácica. Os nervos torácicos não formam plexos; seus ramos anteriores constituem os nervos intercostais e os nervos responsáveis por parte da inervação das paredes do abdome. O plexo lombar é formado pelos ramos anteriores dos quatro primeiros nervos lombares. Os ramos anteriores do último nervo lombar, dos nervos sacrais e dos nervos coccígeos formam o plexo sacrococcígeo. Nervos Os nervos são componentes do sistema nervoso periférico formados por um agrupamento das fibras nervosas em feixes. Os nervos são um dos componentes do nosso sistema nervoso periférico. Eles podem ser definidos como feixes de fibras nervosas envolvidas por tecido conjuntivo, sendo cada fibra formada pelo axônio e pelas bainhas que o envolvem. A função dos nervos é garantir a comunicação entre o sistema nervoso central e os órgãos efetores e de sensibilidade. Os nervos são originados no agrupamento das fibras nervosas no sistema nervoso periférico. Como as fibras incluem os axônios dos neurônios e suas bainhas envoltórias, os nervos frequentemente possuem coloração esbranquiçada devido à presença de mielina e colágeno. Existem, porém, nervos finos que não apresentam fibras mielínicas. O nervo é revestido pelo epineuro, uma camada fibrosa. Além de revestir o nervo, o epineuro preenche os espaços encontrados entre os feixes. Cada feixe, por sua vez, é revestido por uma bainha de células chamadas de perineuro. No interior da bainha perineural, temos as fibras, as quais são revestidas por outra camada denominada de endoneuro. https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/biologia/sistema-nervoso-periferico.htm https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/biologia/neuronios.htm Nervos cranianos e espinhais Os nervos podem ser classificados em cranianos e espinhais. Eles são denominados de espinhais quando se conectam com a medula espinhal, de onde saem aos pares da região do espaço intervertebral. Existem 31 pares de nervos espinhais. Os nervos cranianos, por sua vez, são aqueles que se originam no encéfalo. No total, existem 12 pares de nervos cranianos. Nervos sensoriais e motores Os nervos apresentam fibras aferentes e eferentes. As fibras aferentes são responsáveis por levar as informações que o corpo obtém do meio externo e de seu interior até o sistema nervoso central. As fibras eferentes, por sua vez, garantem que os impulsos do sistema nervoso central cheguem até os órgãos efetores. Os nervos que apresentam apenas fibras aferentes recebem o nome de nervos sensoriais, e aqueles que possuem apenas fibras eferentes são chamados de motores. Existem ainda nervos mistos, que apresentam os dois tipos de fibras. Nervos Cranianos Nervos cranianos são os que fazem conexão com o encéfalo. Os 12 pares de nervos cranianos recebem uma nomenclatura específica, sendo numerados em algarismos romanos, de acordo com a sua origem aparente, no sentido rostrocaudal. Eles estão ligados com o córtex do cérebro pelas fibras corticonucleares que se originam dos neurônios das áreas motoras do córtex, descendo principalmente na parte genicular da cápsula interna até o tronco do encéfalo. Os nervos cranianos sensitivos ou aferentes originam-se dos neurônios situados fora do encéfalo, agrupados para formar gânglios ou situados em periféricos órgãos dos sentidos. Os núcleos que dão origem a dez dos doze pares de nervos cranianos situam-se em colunas verticais no tronco do encéfalo e correspondem à substância cinzenta da medula espinhal. De acordo com o Componente Funcional, os nervos cranianos podem ser classificados em Motores, Sensitivos e Mistos. Os Motores (puros) são os que movimentam o olho, a língua e acessoriamente os músculos látero- posteriores do pescoço. São eles: III – Nervo Oculomotor IV – Nervo Troclear VI – Nervo Abducente XI – Nervo Acessório XII – Nervo Hipoglosso Os Sensitivos (puros) destinam-se aos órgãos dos sentidos e por isso são chamados sensoriais e não apenas sensitivos, que não se referem à sensibilidade geral (dor, temperatura e tato). Os sensoriais são: I – Nervo Olfatório II – Nervo Óptico VIII – Nervo Vestibulococlear Os Mistos (motores e sensitivos) são em número de quatro: V – Trigêmeo VII – Nervo Facial IX – Nervo Glossofaríngeo X – Nervo Vago Cinco deles ainda possuem fibras vegetativas, constituindo a parte crânica periférica do sistema autônomo. São os seguintes: III – Nervo Oculomotor VII – Nervo Facial IX – Nervo Glossofaríngeo X – Nervo Vago XI – Nervo Acessório Para melhor entendimento, alisemos a tabela: Nervos Espinhais São aqueles que fazem conexão com a medula espinhal e são responsáveis pela inervação do tronco, dos membros superiores e partes da cabeça. São ao todo 31 pares, 33 se contados os dois pares de nervos coccígeos vestigiais, que correspondem aos 31 segmentos medulares existentes. São: ▪ 8 pares de Nervos Cervicais ▪ 12 pares de Nervos Torácicos ▪ 5 pares de Nervos Lombares ▪ 5 pares de Nervos Sacrais ▪ 1 pares de Nervos Coccígeos Cada nervo espinhal é formado pela união das raízes dorsal (sensitiva) e ventral (motora), as quais se ligam, respectivamente, aos sulcos lateral posterior e lateral anterior da medula através de filamentos radiculares. A Raiz Ventral emerge da superfície ventral da medula espinhal como diversas radículas ou filamentos que em geral se combinam para formar dois feixes próximo ao forame intervertebral. A Raiz Dorsal é maior que a raiz ventral em tamanho e número de radículas; estas prendem-se ao longo do sulco lateral posterior da medula espinhal e unem-se para formar dois feixes que penetram no gânglio espinhal. As raízes ventral e dorsal unem-se imediatamente além do gânglio espinhal para formar o nervo espinhal, que então emerge através do forame interespinhal. O gânglio espinhal é um conjunto de células nervosas na raiz dorsal do nervo espinhal. Tem forma oval e tamanho proporcional à raiz dorsal na qual se situa. Está próximo ao forame intervertebral. O nervo espinhal separa-se em duas divisões primárias, dorsal e ventral, imediatamente após a junção das duas raízes. Gânglios Os gânglios são agregados de corpos celulares de neurônios localizados fora do sistema nervoso central. Diferenciam-se em dois tipos de gânglios: sensitivos e autônomos. Os sensitivos são encontrados na raiz dorsal dos nervos espinais e nos nervos cranianostrigêmeo, facial, glossofaríngeo e vago. Os autônomos incluem os gânglios do sistema autônomo simpático e parassimpático, bem como o sistema nervoso entérico (plexos mioentérico e submucoso). O gânglio sensitivo possui uma cápsula de tecido conjuntivo que representa a continuação do epineuro. São formados por neurônios pseudo-unipolares, sendo o axônio mielinizado. Cada corpo celular é envolvido por células satélites semelhantes às células de Schwann, com a função de sustentação. Já no gânglio autônomo encontra-se o neurônio pós-ganglionar, que é multipolar e possui um corpo celular volumoso, citoplasma com granulações basófilas (Corpúsculos de Nissl) e nucléolo proeminente. Esse neurônio recebe as fibras mielínicas (ramo comunicante branco) do neurônio pré-ganglionar localizado na medula espinal ou no tronco encefálico. O axônio dos neurônios pós-ganglionares é, na maioria das vezes, amielínico (ramo comunicante cinzento) e se dirige ao órgão efetor. Cada neurônio é circundado por células satélites (em menor quantidade que nos gânglios sensitivos) e por tecido conjuntivo. Assim como o gânglio sensitivo, o gânglio autônomo também possui uma cápsula de tecido conjuntivo. Sistema Nervoso Autônomo Algumas das atividades do sistema nervoso, como o pensamento e o controle dos movimentos, são muito óbvias para nós. Mas o sistema nervoso também está trabalhando, sem que o percebamos, no controle dos órgãos internos. Esta é a responsabilidade de uma parte especial do sistema nervoso chamada sistema nervoso autônomo, que regula a circulação sanguínea, a digestão, a respiração, os órgãos reprodutores e a eliminação dos resíduos do organismo. Também controla glândulas importantes que têm efeitos poderosos sobre o corpo. O sistema nervoso autônomo trabalha independentemente da maior parte do cérebro e suas células estão agrupadas em gânglios próximos da coluna vertebral. Ele opera inteiramente por reflexos e, embora o tronco cerebral também esteja envolvido em suas atividades, não temos consciência disso. Esse sistema está dividido em duas partes, o sistema nervoso simpático e parassimpático, que trabalham um em oposição ao outro. Um dos sistemas estimulam um órgão, uma glândula, por exemplo, fazendo-a trabalhar bastante, o outro sistema faz cessar esse trabalho. Primeiro um começa; depois o outro, e o resultado é que o órgão é mantido trabalhando no nível correto. O trabalho do sistema nervoso simpático pode ser observado quando estamos bravos ou assustados; sua ação faz o coração bater mais rápido e a respiração tornar-se mais profunda. As pupilas dos olhos dilatam- se e nos tornamos pálidos à medida que o sangue é drenado da pele para alimentar os músculos de que podemos precisar para uma reação qualquer. Isso tudo acontece porque o sistema simpático foi, acionado, fazendo o corpo ficar pronto para uma emergência. Sistema Cardiovascular A função básica do sistema cardiovascular é a de levar material nutritivo e oxigênio às células. O sistema circulatório é um sistema fechado, sem comunicação com o exterior, constituído por tubos, que são chamados vasos, e por uma bomba percussora que tem como função impulsionar um líquido circulante de cor vermelha por toda a rede vascular. O sistema cardiovascular consiste no Sangue, no Coração e nos Vasos Sanguíneos. Para que o sangue possa atingir as células corporais e trocar materiais com elas, ele deve ser, constantemente, propelido ao longo dos vasos sanguíneos. O coração é a bomba que promove a circulação de sangue por cerca de 100 mil quilômetros de vasos sanguíneos. Circulação Pulmonar e Sistêmica: Circulação Pulmonar – leva sangue do ventrículo direito do coração para os pulmões e de volta ao átrio esquerdo do coração. Ela transporta o sangue pobre em oxigênio para os pulmões, onde ele libera o dióxido de carbono (CO2) e recebe oxigênio (O2). O sangue oxigenado, então, retorna ao lado esquerdo do coração para ser bombeado para circulação sistêmica. Circulação Sistêmica – é a maior circulação; ela fornece o suprimento sanguíneo para todo o organismo. A circulação sistêmica carrega oxigênio e outros nutrientes vitais para as células, e capta dióxido de carbono e outros resíduos das células. Sangue As células de nosso organismo precisam constantemente de nutrientes para manutenção do seu processo vital, os quais são levados até elas pelo sangue. Estes elementos nutritivos são constituídos por proteínas, hidratos de carbono e gordura, desdobrados em suas moléculas elementares (protídeos, lipídeos e glicídios) e ainda sais minerais, água e vitaminas. Ao sangue cabe também a função de transportar oxigênio para as células, e servir de veículo para que elementos indesejáveis como gás carbônico, que deve ser expelido pelos pulmões, e ureia, que deve ser eliminado pelos rins. https://www.auladeanatomia.com/novosite/wp-content/uploads/2015/11/sistema-cardiovascular2.bmp?x73193 O sangue é composto por uma parte líquida, o plasma, constituído de substâncias nutritivas e elementos residuais das reações celulares. O plasma também possui uma parte organizada, os elementos figurados, que são os glóbulos sanguíneos e as plaquetas. Os glóbulos dividem-se em vermelhos e bancos. Os Glóbulos Vermelhos são as hemácias, células sem núcleo contendo hemoglobina, um pigmento vermelho do sangue responsável pelo transporte de oxigênio e de gás carbônico. Os Glóbulos Brancos são os leucócitos, verdadeiras células nucleadas, incumbidas da defesa do organismo. São eles: neutrófilos, basófilos, eosinófilos, monócitos e linfócitos. Hemácias são de 5 milhões por milímetro cúbico. Leucócitos são de 5 a 9 mil por milímetro cúbico. Plaquetas são fragmentos citoplasmáticos de células da medula óssea, implicadas diretamente no processo de coagulação sanguínea. São em número de 100 a 400 mil por milímetros cúbicos. O sangue está contido num sistema fechado de canais (vasos sanguíneos), impulsionados pelo coração. Sai do coração pelas artérias que vão se ramificando em arteríolas e terminando em capilares que por sua vez se continuam em vênulas e veias, retornando ao coração. Ao nível dos capilares o plasma é acompanhado de alguns linfócitos e raramente hemácias, pode extravasar para o espaço intersticial, constituindo a linfa, que posteriormente é reabsorvida pelos capilares linfáticos passando aos vasos linfáticos e então as veias, sendo reintegrada à circulação Vasos Sanguíneos Formam uma rede de tubos que transportam sangue do coração em direção aos tecidos do corpo e de volta ao coração. Os vasos sanguíneos podem ser divididos em sistema arterial e sistema venoso: Sistema Arterial: Constitui um conjunto de vasos que partindo do coração, vão se ramificando, cada ramo em menor calibre, até atingirem os capilares. Sistema Venoso: Formam um conjunto de vasos que partindo dos tecidos, vão se formando em ramos de maior calibre até atingirem o coração. Os vasos sanguíneos que conduzem o sangue para fora do coração são as artérias. Estas se ramificam muito, tornam-se progressivamente menores, e terminam em pequenos vasos determinados arteríolas. A partir destes vasos, o sangue é capaz de realizar suas funções de nutrição e de absorção atravessando uma rede de canais microscópicos, chamados capilares, os quais permitem ao sangue trocar substâncias com os tecidos. Dos capilares, o sangue é coletado em vênulas; em seguida, através das veias de diâmetro maior, alcança de novo o coração. Esta passagem de sangue através do coração e dos vasos sanguíneos é chamada de CIRCULAÇÃO SANGUÍNEA. https://www.auladeanatomia.com/novosite/wp-content/uploads/2015/11/sistema-cardiovascular.bmp?x73193 Estrutura dos Vasos: 1- Túnica Externa: é composta basicamente por tecido conjuntivo. Nesta túnica encontramos pequenos filetes nervosos e vasculares que são destinados à inervaçãoe a irrigação das artérias. Encontrada nas grandes artérias somente. 2- Túnica Média: é a camada intermediária composta por fibras musculares lisas e pequena quantidade de tecido conjuntivo elástico. Encontrada na maioria das artérias do organismo. 3- Túnica Íntima: forra internamente e sem interrupções as artérias, inclusive capilares. São constituídas por células endoteliais. CORAÇÃO Apesar de toda a sua potência, o coração, em forma de cone, é relativamente pequeno, aproximadamente do tamanho do punho fechado, cerca de 12 cm de comprimento, 9 cm de largura em sua parte mais ampla e 6 cm de espessura. Sua massa é, em média, de 250 g, nas mulheres adultas, e 300 g, nos homens adultos. https://www.auladeanatomia.com/novosite/wp-content/uploads/2015/11/Nova-Imagem-33.bmp?x73193 https://www.auladeanatomia.com/novosite/wp-content/uploads/2015/11/arteria.bmp?x73193 O coração fica apoiado sobre o diafragma, perto da linha média da cavidade torácica, no mediastino, a massa de tecido que se estende do esterno à coluna vertebral; e entre os revestimentos (pleuras) dos pulmões. Cerca de 2/3 de massa cardíaca ficam a esquerda da linha média do corpo. A posição do coração, no mediastino, é mais facilmente apreciada pelo exame de suas extremidades, superfícies e limites. A extremidade pontuda do coração é o ápice, dirigida para frente, para baixo e para a esquerda. A porção mais larga do coração, oposta ao ápice, é a base, dirigida para trás, para cima e para a direita. Limites do Coração: A superfície anterior fica logo abaixo do esterno e das costelas. A superfície inferior é a parte do coração que, em sua maior parte repousa sobre o diafragma, correspondendo a região entre o ápice e aborda direita. A borda direita está voltada para o pulmão direito e se estende da superfície inferior à base; a borda esquerda, também chamada borda pulmonar, fica voltada para o pulmão esquerdo, estendendo-se da base ao ápice. Como limite superior encontra-se os grandes vasos do coração e posteriormente a traqueia, o esôfago e a artéria aorta descendente. Camadas da Parede Cardíaca: Pericárdio: a membrana que reveste e protege o coração. Ele restringe o coração à sua posição no mediastino, embora permita suficiente liberdade de movimentação para contrações vigorosas e rápidas. O pericárdio consiste em duas partes principais: pericárdio fibroso e pericárdio seroso. https://www.auladeanatomia.com/novosite/wp-content/uploads/2015/11/Nova-Imagem2.bmp?x73193 https://www.auladeanatomia.com/novosite/wp-content/uploads/2015/11/Nova-Imagem-42.bmp?x73193 https://www.auladeanatomia.com/novosite/wp-content/uploads/2015/11/Nova-Imagem-53.bmp?x73193 https://www.auladeanatomia.com/novosite/wp-content/uploads/2015/11/Nova-Imagem-10.bmp?x73193 https://www.auladeanatomia.com/novosite/wp-content/uploads/2015/11/Nova-Imagem-11.bmp?x73193 O pericárdio fibroso superficial é um tecido conjuntivo irregular, denso, resistente e inelástico. Assemelha- se a um saco, que repousa sobre o diafragma e se prende a ele. O pericárdio seroso, mais profundo, é uma membrana mais fina e mais delicada que forma uma dupla camada, circundando o coração. A camada parietal, mais externa, do pericárdio seroso está fundida ao pericárdio fibroso. A camada visceral, mais interna, do pericárdio seroso, também chamada epicárdio, adere fortemente à superfície do coração. Epicárdio: a camada externa do coração é uma delgada lâmina de tecido seroso. O epicárdio é contínuo, a partir da base do coração, com o revestimento interno do pericárdio, denominado camada visceral do pericárdio seroso. Miocárdio: é a camada média e a mais espessa do coração. É composto de músculo estriado cardíaco. É esse tipo de músculo que permite que o coração se contraia e, portanto, impulsione sangue, ou o force para o interior dos vasos sanguíneos. Endocárdio: é a camada mais interna do coração. É uma fina camada de tecido composto por epitélio pavimentoso simples sobre uma camada de tecido conjuntivo. A superfície lisa e brilhante permite que o sangue corra facilmente sobre ela. O endocárdio também reveste as valvas e é contínuo com o revestimento dos vasos sanguíneos que entram e saem do coração. Configuração Interna: O coração possui quatro câmaras: dois átrios e dois ventrículos. Os Átrios (as câmaras superiores) recebem sangue; os Ventrículos (câmaras inferiores) bombeiam o sangue para fora do coração Na face anterior de cada átrio existe uma estrutura enrugada, em forma de saco, chamada aurícula (semelhante a orelha do cão). O átrio direito é separado do esquerdo por uma fina divisória chamada septo interatrial; o ventrículo direito é separado do esquerdo pelo septo interventricular. Átrio direito O átrio direito forma a borda direita do coração e recebe sangue rico em dióxido de carbono (venoso) de três veias: veia cava superior, veia cava inferior e seio coronário. A veia cava superior, recolhe sangue da cabeça e parte superior do corpo, já a inferior recebe sangue das partes mais inferiores do corpo (abdômen e membros inferiores) e o seio coronário recebe o sangue que nutriu o miocárdio e leva o sangue ao átrio direito. Enquanto a parede posterior do átrio direito é lisa, a parede anterior é rugosa, devido a presença de cristas musculares, chamados músculos pectinados. O sangue passa do átrio direito para ventrículo direito através de uma válvula chamada tricúspide (formada por três folhetos – válvulas ou cúspides). Na parede medial do átrio direito, que é constituída pelo septo interatrial, encontramos uma depressão que é a fossa oval. Anteriormente, o átrio direito apresenta uma expansão piramidal denominada aurícula direita, que serve para amortecer o impulso do sangue ao penetrar no átrio. Os orifícios onde as veias cavas desembocam têm os nomes de óstios das veias cavas. https://www.auladeanatomia.com/novosite/wp-content/uploads/2015/11/Nova-Imagem-15.bmp?x73193 O orifício de desembocadura do seio coronário é chamado de óstio do seio coronário e encontramos também uma lâmina que impede que o sangue retorne do átrio para o seio coronário que é denominada de válvula do seio coronário. Átrio esquerdo O átrio esquerdo é uma cavidade de parede fina, com paredes posteriores e anteriores lisas, que recebe o sangue já oxigenado; por meio de quatro veias pulmonares. O sangue passa do átrio esquerdo para o ventrículo esquerdo, através da Valva Bicúspide (mitral), que tem apenas duas cúspides. O átrio esquerdo também apresenta uma expansão piramidal chamada aurícula esquerda. Ventrículo direito O ventrículo direito forma a maior parte da superfície anterior do coração. O seu interior apresenta uma série de feixes elevados de fibras musculares cardíacas chamadas trabéculas carnosas. No óstio atrioventricular direito existe um aparelho denominado Valva Tricúspide que serve para impedir que o sangue retorne do ventrículo para o átrio direito. Essa valva é constituída por três lâminas membranáceas, esbranquiçadas e irregularmente triangulares, de base implantada nas bordas do óstio e o ápice dirigido para baixo e preso ás paredes do ventrículo por intermédio de filamentos. Cada lâmina é denominada cúspide. Temos uma cúspide anterior, outra posterior e outra septal. O ápice das cúspides é preso por filamentos denominados Cordas Tendíneas, as quais se inserem em pequenas colunas cárneas chamadas de Músculos Papilares. A valva do tronco pulmonar também é constituída por pequenas lâminas, porém estas estão dispostas em concha, denominadas válvulas semilunares (anterior, esquerda e direita). No centro da borda livre de cada uma das válvulas encontramos pequenos nódulos denominados nódulos das válvulas semilunares (pulmonares). Ventrículo esquerdo O ventrículo esquerdo forma o ápice do coração. No óstio atrioventricular esquerdo, encontramos a valva atrioventricular
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