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ANATOMIA HUMANA

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1 @ortognaticatro7ao - Jonathan Melo – Odontologia 
ANATOMIA HUMANA
 
POSIÇÃO ANATÔMICA 
 
 
NORMAL, VARIAÇÃO 
ANATÔMICA, ANOMALIA E 
MONSTRUOSIDADE 
• Normal: o que ocorre com maior frequência. 
 
• Variação anatômica: alterações morfológicas 
entre indivíduos da mesma espécie, porém sem causar 
perda funcional. 
Os fatores gerais de variação anatômica são idade, 
raça, sexo, evolução e biótipo. 
 
• Anomalia: alterações morfológicas entre 
indivíduos da mesma espécie, que causa perda 
funcional. 
 
• Monstruosidade: alterações morfológicas 
entre indivíduos da mesma espécie, que causa grande 
perda funcional, sendo incompatível com a vida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PLANOS DO CORPO 
 
• Tangência: superior, inferior, laterais direito e 
esquerdo, anterior e posterior. 
 
• Secção: coronal (divide o corpo humano 
verticalmente ao meio, em ventral e dorsal [anterior e 
posterior]), sagital (divide o corpo humano 
verticalmente ao meio em metade direita e metade 
esquerda) e transversal (divide o corpo humano 
horizontalmente ao meio, em superior e inferior). 
 
TERMOS DE POSIÇÃO E 
DIREÇÃO 
 
 
 
2 @ortognaticatro7ao - Jonathan Melo – Odontologia 
OSTEOLOGIA 
É a parte da anatomia que estuda a estrutura, forma e 
desenvolvimento dos ossos e das articulações. 
 
OSSOS 
Estruturas rijas e flexíveis, de tamanho, cor e forma 
variados, que em conjunto formam o esqueleto. 
 
CLASSIFICAÇÃO DOS OSSOS 
• Osso longo: é aquele cujo comprimento é 
maior que a largura e a espessura. Ex.: úmero, rádio, 
ulna, falanges, clavícula, fêmur, tíbia e fíbula. 
 
• Osso laminar: é aquele cuja espessura é 
menor que a largura e o comprimento. Ex.: frontal, 
parietais, occipital e as escápulas. 
• Osso curto: é aquele em que as três 
dimensões se equivalem. Ex.: ossos do carpo e do 
tarso. 
 
• Osso irregular: é aquele que não pode ser 
enquadrado nas definições anteriores. Ex.: vértebras e 
os temporais. 
 
• Osso pneumáticos: são ossos dotados de 
cavidades preenchidas por ar e revestidas por mucosa. 
Ex.: frontal, maxilar, etmóide, esfenóide e temporal. 
Sendo os 4 primeiros possuem seio paranasal. 
 
• Osso sesamóide: são pequenos nódulos 
ossificados inseridos nos tendões. Ex.: patela. 
 
TIPOS DE SUBSTÂNCIA ÓSSEA 
• Osso compacto: é formado por partes sem 
cavidades visíveis. Estes tipos ósseos estão 
relacionados com proteção, suporte e resistência. 
Geralmente, são encontrados nas diáfises (haste longa 
do osso). 
 
• Osso esponjoso: é formado por partes com 
muitas cavidades intercomunicantes. Representa a 
maior parte do tecido ósseo dos ossos curtos, chatos e 
irregulares. A maior parte é encontrada nas epífises (as 
extremidades alargadas de um osso longo). 
 
PERIÓSTEO 
É uma membrana conjuntiva que reveste a superfície 
dos ossos com exceção das superfícies articulares. 
 
 
 
ESQUELETO 
Conjunto de ossos e cartilagem que se interligam para 
formar o arcabouço do corpo do animal e desempenhar 
várias funções. 
• As funções do esqueleto são: proteção; 
sustentação e conformação do corpo; armazenamento 
de íons; sistema de alavancas, que movimentadas 
pelos músculos, permitem os deslocamentos do corpo, 
no todo ou em partes; e produção de células 
sanguíneas. 
 
TIPOS DE ESQUELETO 
• Quanto à articulação: articulado e 
desarticulado. 
 
• Quanto à localização no corpo: 
endoesqueleto e exoesqueleto. 
 
DIVISÃO DO ESQUELETO 
 
• Esqueleto axial (azul): ossos do crânio, 
vértebras, sacro, cóccix, costelas e esterno. 
 
• Esqueleto apendicular (amarelo): é dividido 
em cinturas e partes livres. 
A cintura é dívida em: 
1. Escapular: escápula e clavícula. 
 
2. Pélvica: osso do quadril (ilíaco) 
Partes livres são: membros superiores e 
inferiores. 
 
 
 
 
 
 
 
3 @ortognaticatro7ao - Jonathan Melo – Odontologia 
ARTICULAÇÃO 
É a união de dois ou mais ossos. 
 
TIPOS DE ARTICULAÇÕES 
• Fibrosa (sinartrose): composta por tecido 
conjuntivo fibroso. 
1. Sutura: fibras curtas. Ex.: sutura sagital 
 
2. Sindesmose: fibras longas. Ex.: sindesmose 
tibiofibular distal. 
 
3. Gonfose: entre o dente e o alvéolo dentário. 
 
• Cartilaginosa (anfiartrose): composta por 
cartilagem. 
1. Sínfise: cartilagem fibrosa. Ex.: sínfise púbica. 
 
2. Sincondrose: cartilagem hialina. Ex.: 
sincondrose esfenobasilar. 
 
• Sinovial (diartrose): compostas de cartilagem 
que revestem as extremidades ósseas, ligamentos, 
líquido sinovial, cápsula articular. 
1. Plana: movimentos de deslizamento. Ex.: 
sacroilíaca. 
 
2. Gínglimo: articulação monoaxial, flexão e 
extensão. Ex.: úmero-ulnar. 
 
3. Trocóide: articulação monoaxial, rotação 
medial (pronação) e rotação lateral 
(supinação). Ex.: rádio-ulnar proximal. 
4. Condilar: articulação biaxial, flexão e 
extensão, e abdução e adução. Ex.: articulação 
temporomandibular. 
 
5. Em sela: articulação biaxial, flexão e extensão, 
abdução e adução e circundação. Ex.: 
articulação carpo metacárpica do polegar. 
 
6. Esferóide: articulação triaxial, flexão e 
extensão, abdução e adução e rotação. Ex.: 
articulação gleno-umeral. 
 
 
 
 
 
 
 
 
ARTICULAÇÃO DO QUADRIL 
• Tipo: esferóide. 
 
• Movimentos: adução e abdução, rotações 
medial e lateral, flexão e extensão e circundução. 
 
 
ARTICULAÇÃO DO OMBRO 
• Tipo: esferóide. 
 
• Movimentos: adução e abdução, rotações 
medial e lateral, flexão e extensão e circundução. 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 @ortognaticatro7ao - Jonathan Melo – Odontologia 
ARTICULÃO 
TEMPOROMANDIBULAR (ATM) 
• Tipo: bicondilar complexa. 
 
• Movimentos: deslizamento (translação), 
rotação (giro) e flexão e extensão. 
 
 
SISTEMA MUSCULAR 
O sistema muscular é composto pelos diversos 
músculos do corpo humano. 
Os músculos são tecidos, cujas células ou fibras 
musculares possuem a função de permitir a contração 
e produção de movimentos. 
As fibras musculares, por sua vez, são controladas pelo 
sistema nervoso, que se encarregam de receber a 
informação e respondê-la realizando a ação solicitada. 
Os músculos são órgãos constituídos principalmente 
por tecido muscular, especializado em contrair e 
realizar movimentos, geralmente em resposta a um 
estímulo nervoso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TIPOS DE FIBRA MUSCULAR 
 
Os músculos podem ser formados por três tipos 
básicos de tecido muscular: 
• Músculo liso: está presente em diversos 
órgãos internos. 
 
• Músculo estriado esquelético: permitem os 
movimentos dos diversos ossos e cartilagens. 
 
• Músculo cardíaco ou miocárdio: este tipo de 
tecido muscular forma a maior parte do coração dos 
vertebrados. 
O músculo cardíaco é involuntário, ele é controlado 
pelo sistema nervoso autônomo. 
 
ORIGEM E INSERÇÃO 
Quando um músculo contrai e encurta, uma de suas 
extremidades geralmente permanece fixa, enquanto a 
outra extremidade (mais móvel) é puxada em direção a 
ele, resultando em movimento. 
 
• Origem: é a extremidade proximal do músculo 
e que permanece fixa durante a contração, ou seja, é a 
extremidade presa ao osso que não se desloca (ponto 
fixo). 
 
• Inserção: é a extremidade distal do músculo 
que se movimenta durante a contração, ou seja, é a 
extremidade presa ao osso que se desloca (ponto 
móvel). 
 
 
 
 
5 @ortognaticatro7ao - Jonathan Melo – Odontologia 
CLASSIFICAÇÃO DOS 
MÚSCULOS QUANTO À FORMA 
• Planos: têm fibras paralelas, frequentemente 
com uma aponeurose. Ex.: m. oblíquo externo do 
abdome (músculo plano largo). 
 
 
 
• Peniformes: são semelhantes a penas na 
organização de seus fascículos, e podem ser 
semipeniformes, peniformes ou multipeniformes. Ex.: 
m. extensor longo dos dedos (semipeniforme); m. reto 
femoral (peniforme); e m. deltoide (multipeniforme). 
 
 
• Fusiformes: têm formato de fuso com um ou 
mais ventres redondos e espessos, de extremidades 
afiladas. Ex.: m. bíceps braquial. 
 
 
 
 
 
 
 
• Circulares ou esfincterianos: circundam uma 
abertura ou orifício do corpo, fechando-os quando se 
contraem. Ex.:m. orbicular da boca (fecha a boca). 
 
 
• Quadrados: têm quatro lados iguais. Ex.: m. 
reto do abdome entre suas interseções tendíneas. 
 
 
 
• Triangulares (convergentes): originam-se em 
uma área larga e convergem para formar um único 
tendão. Ex.: m. peitoral maior. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 @ortognaticatro7ao - Jonathan Melo – Odontologia 
CLASSIFICAÇÃO DOS 
MÚSCULOS QUANTO À 
DISPOSIÇÃO DAS FIBRAS 
MUSCULARES 
• Paralelas: 
a) Longos: m. esternocleidomastoideo 
 
Origem: esterno e clavícula. 
Inserção: processo mastoide (osso temporal). 
Ação: flexão e supinação do antebraço. 
 
b) Fusiformes: m. braquial. 
 
Origem: úmero. 
Inserção: ulna. 
Ação: flexão do antebraço. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
c) Largos: glúteo máximo. 
 
Origem: sacro e ílio. 
Inserção: fêmur. 
Ação: extensão e rotação lateral da coxa. 
 
d) Em leque: peitoral maior. 
 
Origem: esterno, clavícula e cartilagens costais. 
Inserção: úmero. 
Ação: flexão, extensão, adução e rotação medial do 
braço. 
 
• Oblíquas: 
a) Peniformes: 
1. Unipenado: (m. flexor longo dos dedos do pé); 
 
Origem: tíbia. 
Inserção: falange dos 4 dedos laterais. 
Ação: flexão dos 4 dedos laterais. 
 
7 @ortognaticatro7ao - Jonathan Melo – Odontologia 
2. Bipenado: (m. reto femural). 
 
Origem: espinha ilíaca ântero-inferior (osso do quadril). 
Inserção: tuberosidade da tíbia. 
Ação: flexão da coxa e extensão da perna. 
 
CLASSIFICAÇÃO DOS 
MÚSCULOS QUANTO AO 
NÚMERO DE ORIGENS 
• Bíceps: m. bíceps braquial. 
 
Origem: cabeça curta (apófise coracóide da omoplata); 
e cabeça longa (tubérculo supraglenoide da omoplata). 
Inserção: tuberosidade radial e fáscia profunda do 
antebraço (aponeurose bicipital). 
Ação: braço (abdução, rotação interna [cabeça longa], 
adução [cabeça curta] e flexão); segurar a cabeça 
umeral na articulação do ombro; e cotovelo (flexão e 
supinação). 
 
 
 
 
 
 
• Tríceps: m. tríceps braquial. 
 
Origem: escápula e úmero. 
Inserção: ulna. 
Ação: extensão do antebraço. 
 
• Quadríceps: m. quadríceps femural. 
 
Origem: osso do quadril e fêmur. 
Inserção: tuberosidade da tíbia. 
Ação: flexão da coxa e extensão da perna. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 @ortognaticatro7ao - Jonathan Melo – Odontologia 
CLASSIFICAÇÃO DOS 
MÚSCULOS QUANTO AO 
NÚMERO DE VENTRES 
• Digástrico: m. digástrico. 
 
Origem: mandíbula (ventre anterior) e processo 
mastóide (ventre posterior). 
Inserção: osso hióide. 
Ação: auxilia no abaixamento da mandíbula. 
 
• Poligástrico: m. reto do abdome. 
 
Origem: púbis. 
Inserção: 5ª a 7ª cartilagens costais e apófise xifóide. 
Ação: flexão do tronco, estabilização da coluna 
vertebral, compressão da parede abdominal, aumento 
da pressão intra-abdominal e respiração. 
 
CLASSIFICAÇÃO DOS 
MÚSCULOS QUANTO À FUNÇÃO 
• Agonista: o principal músculo do movimento. 
 
• Antagonista: músculo que se opõe, em 
função, ao agonista. 
 
• Sinergista: músculo que auxilia o agonista no 
movimento. 
 
• Fixadores: músculos que fixam o corpo em 
uma determinada posição. 
 
SITEMA NERVOSO 
Controla as funções corporais e está relacionado a 
todos os outros sistemas do organismo. 
O sistema nervoso interage com o meio externo e 
interno, mantendo a homeostase. 
O sistema nervoso é a parte do organismo que 
transmite sinais entre as suas diferentes partes e 
coordena as suas ações voluntárias e involuntárias. 
Na maioria das espécies animais, constitui-se de duas 
partes principais: o sistema nervoso central (SNC) e o 
sistema nervoso periférico (SNP). 
O sistema central é formado pelo encéfalo e pela 
medula espinhal. Todas as partes do encéfalo e da 
medula estão envolvidas por três membranas de 
tecido conjuntivo - as meninges. O encéfalo, principal 
centro de controle, é constituído por cérebro, cerebelo, 
tálamo, hipotálamo e bulbo. 
O SNP constitui-se principalmente de nervos, que 
são feixes de axônios que ligam o sistema nervoso 
central a todas as outras partes do corpo. O SNP 
inclui: neurônios motores, mediando o movimento 
voluntário; o sistema nervoso autônomo, 
compreendendo o sistema nervoso simpático e o 
sistema nervoso parassimpático, que regulam as 
funções involuntárias; e o sistema nervoso entérico, 
que controla o aparelho digestivo. 
 
ORIGEM EMBRIONÁRIA 
• Ectoderme: origina a pele e o sistema nervoso. 
O sistema nervoso origina-se da placa neural, sulco 
neural, goteira neural e, por fim, a goteira neural. 
O tubo neural desprende-se do epitélio de origem 
fechando-se na forma de um tubo. 
Observamos a formação das cristas neurais (mais 
tarde originarão o sistema nervoso periférico) e a 
notocorda, que dará origem às vértebras. 
O disco intervertebral é formado por dois núcleos: 
fibroso (mais externo) e o pulposo (mais interno), 
sendo este último um remanescente da notocorda. 
A extremidade anterior do tubo neural se desenvolve 
mais que a posterior formando uma dilatação 
denominada vesícula encefálica ou arquencéfalo. 
• Mesoderme: origina coração, vasos, músculo, 
ossos. 
 
• Endoderme: origina as vísceras. 
 
 
9 @ortognaticatro7ao - Jonathan Melo – Odontologia 
Na evolução embrionária a vesícula anterior 
(encefálica) irá formar outras três vesículas 
denominadas: 
• Prosencéfalo: formará o telencéfalo e o 
diencéfalo. O diencéfalo formará estruturas como o 
tálamo e o hipotálamo enquanto que o telencéfalo se 
desenvolverá e dará origem aos hemisférios direito e 
esquerdo e também aos núcleos da base. 
 
• Mesencéfalo: formará o próprio mesencéfalo. 
 
• Rombencéfalo: em metencéfalo (formará a 
ponte e o cerebelo) e o mielencéfalo (medula espinhal). 
Quando falamos em encéfalo estamos considerando o 
tronco cerebral, constituído pelo mesencéfalo, ponte e 
bulbo, como também o cerebelo, ambos, adicionados 
ao cérebro propriamente dito. 
Logo, cérebro e encéfalo são denominações que 
determinam estruturas diferentes. 
Em um corte transversal do tubo neural identificamos 
estruturas diferentes. 
No seu interior há uma cavidade chamada de canal 
neural delimitada posteriormente, por lâminas alares 
(formarão os centros sensitivos) e, anteriormente, por 
lâminas basais (formarão os centros motores). 
Estas lâminas são separadas por sulcos limitantes 
(formarão os centros vegetativos), superiormente há a 
lâmina do tecto e inferiormente a lâmina do assoalho. 
 
DIVISÃO DO SISTEMA NERVOSO 
• Divisão anatômica: 
 
Reconhecemos no sistema nervoso duas partes que 
são o sistema nervoso central (SNC) e o sistema 
nervoso periférico (SNP). 
A divisão é topográfi-ca e também funcional, embora as 
duas porções sejam interdependentes. 
O sistema nervoso central é uma porção de recepção 
de estímulos, de comando e desencadeadora de 
respostas. 
Pode-se dizer que o SNC está constituído por 
estruturas que se localizam no esqueleto axial (coluna 
ver-tebral e crânio): são a medula espinal e o encéfalo. 
A porção periférica está constituída pelas vias que 
conduzem os estímulos ao sistema nervoso central ou 
que levam até aos órgãos efetuadores as ordens 
emanadas da porção central. 
O sistema nervoso periférico compreende os nervos 
cranianos e espinhais, os gânglios e as terminações 
nervosas. 
 
• Divisão funcional: 
 
 
DIFERENÇA ENTRE SISTEMA 
NERVOSO SIMPÁTICO E 
PARASSIMPÁTICO 
O sistema nervoso simpático é responsável pelas 
alterações no organismo em situações de estresse ou 
emergência. Assim, deixa o indivíduo em estado de 
alerta, preparado para reações de luta e fuga. 
O sistema nervoso parassimpático tem a função de 
fazer o organismo retornar ao estado de calma em que 
o indivíduo se encontrava antes da situação 
estressante. 
 
 
10 @ortognaticatro7ao - Jonathan Melo – Odontologia 
Ambos são partes do sistema nervoso autônomo. 
Este é responsável pelas ações espontâneas do corpo, 
como respiração, batimentos cardíacos, digestão, 
controle da temperatura corporal, entre várias outras 
funções, administradas pelos sistemas simpáticoe 
parassimpático. 
 
TECIDO NERVOSO 
O tecido nervoso compreende basicamente dois 
tipos de celulares: os neurônios e as células glias. 
• Neurônio: é a unidade estrutural e funcional do 
sistema nervoso que é especializada para a 
comunicação rápida. Tem a função básica de receber, 
processar e enviar informações. São células altamente 
excitáveis que se comunicam entre si ou com outras 
células efetuadoras, usando basicamente uma 
linguagem elétrica. A maioria dos neurônios possui 
três regiões responsáveis por funções 
especializadas: corpo celular, dendritos e axônios. 
 
• Células glias: compreende as células que 
ocupam os espaços entre os neurônios e tem como 
função sustentação, revestimento ou isolamento e 
modulação da atividade neural. 
Além de células neuronais (neurônios propriamente 
ditos) o sistema nervoso possui uma diversidade de 
células “auxiliares” denominadas células da glia ou 
neuróglias. 
 
a) As células de Schwann são responsáveis pela 
formação da bainha de mielina nos neurônios 
do sistema nervoso periférico. Elas se enrolam 
em volta dos axônios, isolando-os 
eletricamente; 
 
b) Os oligodendrócitos possuem poucos 
prolongamentos, por isso têm esse nome 
(oligo=pouco). Participam do processo de 
mielinização dos neurônios do sistema nervoso 
central, ou seja, da formação da bainha de 
mielina que envolve e protege os axônios; 
 
c) Micróglias são macrófagos que atuam na 
remoção de resíduos do sistema nervoso (fazer 
fagocitose); 
 
d) Gliócitos são células que atuam na 
sustentação do sistema nervoso; 
 
e) Astrócitos são as principais células da glia, 
atuando na nutrição do neurônio já que estas 
células estão no caminho entre o vaso 
sanguíneo e o neurônio. 
Além de atuar como células de nutrição, são 
barreiras a componentes exógenos como 
antibióticos, por exemplo, ou mesmo excesso 
de alguns íons como o potássio; 
 
f) As células ependimárias ou ependimócitos 
são células de revestimento do sistema 
nervoso. Elas revestem os ventrículos do 
encéfalo e o canal central da medula. 
 
• O corpo celular: é o centro metabólico do 
neurônio, responsável pela síntese de todas as 
proteínas neuronais. A forma e o tamanho do corpo 
celular são extremamente variáveis, conforme o tipo de 
neurônio. O corpo celular é também, junto com os 
dendritos, local de recepção de estímulos, através de 
contatos sinápticos. 
 
• Dendritos: geralmente são curtos e ramificam-
se profusamente, a maneira de galhos de árvore, em 
ângulos agudos, originando dendritos de menor 
diâmetro. São os processos ou projeções que 
transmitem impulsos para os corpos celulares dos 
neurônios ou para os axônios. Em geral os dendritos 
são não mielinizados. Um neurônio pode apresentar 
milhares de dendritos. Portanto, os dendritos são 
especializados em receber estímulos. 
 
• Axônios: a grande maioria dos neurônios 
possui um axônio, prolongamento longo e fino que se 
origina do corpo celular ou de um dendrito principal. O 
axônio apresenta comprimento muito variável, podendo 
ser de alguns milímetros como mais de um metro. São 
os processos que transmitem impulsos que deixam os 
corpos celulares dos neurônios, ou dos dendritos. A 
porção terminal do axônio sofre várias ramificações 
para formar de centenas a milhares de terminais 
axônicos, no interior dos quais são armazenados os 
neurotransmissores químicos. Portanto, o axônio é 
especializado em gerar e conduzir o potencial de ação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 @ortognaticatro7ao - Jonathan Melo – Odontologia 
TIPOS DE NEURÔNIOS 
São três os tipos de neurônios: sensitivo, motor e 
interneurônio. 
Um neurônio sensitivo conduz a informação da 
periferia em direção ao SNC, sendo também chamado 
neurônio aferente. 
Um neurônio motor conduz informação do SNC em 
direção à periferia, sendo conhecido como neurônio 
eferente. Os neurônios sensitivos e motores são 
encontrados tanto no SNC quanto no SNP. 
Um neurônio interneurônio são aqueles que 
conectam um neurônio a outro, sendo encontrados no 
SNC. 
Portanto, o sistema nervoso apresenta três funções 
básicas: 
• Função sensitiva: os nervos sensitivos 
captam informações do meio interno e externo do corpo 
e as conduzem ao SNC; 
 
• Função integradora: a informação sensitiva 
trazida ao SNC é processada ou interpretada; 
 
• Função motora: os nervos motores conduzem 
a informação do SNC em direção aos músculos e às 
glândulas do corpo, levando as informações do SNC. 
 
 
Os neurônios podem ainda ser divididos em: 
 
A. Multipolares: possuem um corpo celular, 
vários dendritos e um axônio. 
Constituem a maioria dos neurônios do tecido nervoso. 
As fibras nervosas são conjuntos de axônios, sem 
corpos celulares, que interligam o sistema nervoso 
central com a periferia. 
B. Bipolares: possuem um dendrito, um corpo 
celular e um axônio. 
 
C. Unipolares: possuem um corpo celular e um 
axônio. 
 
 
ARCO REFLEXO 
 
O arco reflexo é a resposta imediata à excitação de um 
nervo, sem a vontade ou consciência do animal, ou 
seja, é um estímulo que não chega até o encéfalo, ele 
recebe resposta na medula. 
Um arco reflexo contém 5 componentes básicos: 
• Receptor: os receptores variam de localização 
no organismo, porém todos apresentam uma função 
em comum: captar alguma energia ambiental e 
transformá-la em potenciais de ação. Por exemplo, 
receptores da retina captam luz, os da pele captam 
calor, frio, pressão, receptores do fuso muscular 
captam estiramento, etc. 
 
• Nervo sensorial: o nervo aferente conduz o 
potencial de ação gerado pela ativação do receptor 
para o SNC penetrando na medula espinhal por meio 
das raízes dorsais. 
 
• Sinapse: poderá ser única no reflexo 
monossinaptico ou várias no reflexo polissinaptico 
 
• Nervo motor: o nervo eferente conduz 
potenciais de ação do SNC para o órgão efetor 
deixando a medula a partir da raiz ventral. 
 
• Órgão alvo: é o órgão efetuador, normalmente 
um músculo, capaz de produzir a resposta motora 
reflexa. 
 
SINAPSE 
É a região localizada entre neurônios onde agem os 
neurotransmissores (mediadores químicos), 
transmitindo o impulso nervoso de um neurônio a outro, 
ou de um neurônio para uma célula muscular ou 
glandular. 
As sinapses são junções entre a terminação de um 
neurônio e a membrana de outro neurônio. São elas 
que fazem a conexão entre células vizinhas, dando 
continuidade à propagação do impulso nervoso por 
toda a rede neuronal. 
Os neurônios fazem a comunicação entre os órgãos do 
corpo e o meio externo, isso acontece através de sinais 
 
12 @ortognaticatro7ao - Jonathan Melo – Odontologia 
elétricos. Os impulsos elétricos percorrem toda a 
extensão do neurônio, indo do corpo celular aos 
axônios, mas não podem passar de um neurônio a 
outro. 
 
O espaço entre as membranas das células é chamado 
fenda sináptica. A membrana do axônio que gera o 
sinal e libera as vesículas na fenda é chamada pré-
sináptica, enquanto que a membrana que recebe o 
estímulo através dos neurotransmissores é chamada 
pós-sináptica. 
 
FIBRAS NERVOSAS 
Uma fibra nervosa compreende um axônio e, quando 
presente, seu envoltório de origem glial. O principal 
envoltório das fibras nervosas é a bainha de mielina 
(camadas de substâncias de lipídeos e proteína), 
que funciona como isolamento elétrico. Quando 
envolvidos por bainha de mielina, os axônios são 
denominados fibras nervosas mielínicas. Na ausência 
de mielina as fibras são denominadas de amielínicas. 
Ambos os tipos ocorrem no sistema nervoso central e 
no sistema nervoso periférico, sendo a bainha de 
mielina formada por células de Schwann, no periférico 
e no central por oligodendrócitos. A bainha de mielina 
permite uma condução mais rápida do impulso nervoso 
e, ao longo dos axônios, a condução é do tipo saltatória, 
ou seja, o potencial de ação só ocorre em estruturas 
chamadas de nódulos de Ranvier. 
 
 
 
 
 
 
 
 
MEDULA ESPINHAL 
Medula significa miolo e indica o que está dentro. Assim 
temos a medula espinhaldentro dos ossos, mais 
precisamente dentro do canal vertebral. 
A medula espinhal é uma massa cilindroide de tecido 
nervoso situada dentro do canal vertebral sem, 
entretanto, ocupa-lo completamente. No homem adulto 
ela mede aproximadamente 45 cm sendo um pouco 
menor na mulher. 
Cranialmente a medula limita-se com o bulbo, 
aproximadamente ao nível do forame magno do osso 
occipital. O limite caudal da medula tem importância 
clínica e no adulto situa-se geralmente em L2. 
A medula termina afinando-se para formar um cone, o 
cone medular, que continua com um delgado filamento 
meníngeo, o filamento terminal. 
• Forma e estrutura da medula: 
 
A medula apresenta forma aproximada de um cilindro, 
achatada no sentido antero-posterior. Seu calibre não é 
uniforme, pois ela apresenta duas dilatações 
denominadas de intumescência cervical e 
intumescência lombar. 
Estas intumescências medulares correspondem às 
áreas em que fazem conexão com as grossas raízes 
nervosas que formam o plexo braquial e lombossacral, 
destinados à inervação dos membros superiores e 
inferiores respectivamente. 
A formação destas intumescências se deve pela maior 
quantidade de neurônios e, portanto, de fibras nervosas 
que entram ou saem destas áreas. 
A intumescência cervical estende-se dos segmentos 
C4 até T1 da medula espinhal e a intumescência lombar 
(lombossacral) estende-se dos segmentos de T11 até 
L1 da medula espinhal. 
A superfície da medula apresenta os seguintes sulcos 
longitudinais, que percorrem em toda a sua extensão: o 
sulco mediano posterior, fissura mediana anterior, sulco 
lateral anterior e o sulco lateral posterior. 
 
13 @ortognaticatro7ao - Jonathan Melo – Odontologia 
Na medula cervical existe ainda o sulco intermédio 
posterior que se situa entre o sulco mediano posterior e 
o sulco lateral posterior e que se continua em um septo 
intermédio posterior no interior do funículo posterior. 
Nos sulcos lateral anterior e lateral posterior fazem 
conexão, respectivamente as raízes ventrais e dorsais 
dos nervos espinhais. 
• Secções da medula espinhal em todas 
regiões: 
 
Na medula, a substância cinzenta (corpos 
neuronais) localiza-se por dentro da branca e 
apresenta a forma de uma borboleta, ou de um “H”. 
Nela distinguimos de cada lado, três colunas que 
aparecem nos cortes como cornos e que são as 
colunas anterior, posterior e lateral. A coluna lateral só 
aparece na medula torácica e parte da medula lombar. 
No centro da substância cinzenta localiza-se o canal 
central da medula. 
A substância branca (axissonios) é formada por 
fibras, a maioria delas mielínicas, que sobem e descem 
na medula e que podem ser agrupadas de cada lado 
em três funículos ou cordões: 
1. Funículo anterior: situado entre a fissura 
mediana anterior e o sulco lateral anterior. 
 
2. Funículo lateral: situado entre os sulcos 
lateral anterior e o lateral posterior. 
 
3. Funículo posterior: situado entre o sulco 
lateral posterior e o sulco mediano posterior, 
este último ligado a substancia cinzenta pelo 
septo mediano posterior. Na parte cervical da 
medula o funículo posterior é dividido pelo 
sulco intermédio posterior em fascículo grácil e 
fascículo cuneiforme. 
 
• Conexões com os nervos espinhais: nos 
sulcos lateral anterior e lateral posterior fazem conexão 
com pequenos filamentos nervosos denominados de 
filamentos radiculares, que se unem para formar, 
respectivamente, as raízes ventrais e dorsais dos 
nervos espinhais. As duas raízes se unem para 
formação dos nervos espinhais, ocorrendo à união em 
um ponto situado distalmente ao gânglio espinhal que 
existe na raiz dorsal. 
 
• Raízes nervosas: 
 
Existem 31 pares de nervos espinhais aos quais 
correspondem 31 segmentos medulares assim 
distribuídos: 
• 8 cervicais; 
 
• 12 torácicos; 
 
• 5 lombares; 
 
• 5 sacrais; 
 
• 1 coccígeo. 
Encontramos 8 pares de nervos cervicais e apenas 7 
vértebras cervicais porque o primeiro par de nervos 
espinhais sai entre o occipital e C1. 
 
• Relação das raízes nervosas com as 
vértebras: 
 
 
14 @ortognaticatro7ao - Jonathan Melo – Odontologia 
• Topografia da medula: 
A um nível abaixo da segunda vértebra lombar 
encontramos apenas as meninges e as raízes nervosas 
dos últimos nervos espinhais, que dispostas em torno 
do cone medular e filamento terminal, constituem, em 
conjunto, a chamada cauda equina. 
Como as raízes nervosas mantém suas relações com 
os respectivos forames intervertebrais, há um 
alongamento das raízes e uma diminuição do ângulo 
que elas fazem com a medula. Estes fenômenos são 
mais pronunciados na parte caudal da medula, levando 
a formação da cauda equina. 
Ainda como consequência da diferença de ritmos de 
crescimento entre a coluna e a medula, temos o 
afastamento dos segmentos medulares das vértebras 
correspondentes. Assim, no adulto, as vértebras T11 e 
T12 correspondem aos segmentos lombares. Para 
sabermos qual o nível da medula cada vértebra 
corresponde, temos a seguinte regra: entre os níveis 
C2 e T10, adicionamos o número dois ao processo 
espinhoso da vértebra e se tem o segmento medular 
subjacente. Aos processos espinhosos de T11 e T12 
correspondem os cinco segmentos lombares, enquanto 
ao processo espinhoso de L1 corresponde aos cinco 
segmentos sacrais. 
 
• Envoltório da medula: 
 
A medula é envolvida por membranas fibrosas 
denominadas meninges, que são: dura-máter, 
aracnoide e pia-máter. 
• Dura-máter: é a mais espessa e envolve toda 
a medula, como se fosse uma luva, o saco dural. 
Cranialmente ela se continua na dura-máter craniana, 
caudalmente ela se termina em um fundo-de-saco ao 
nível da vértebra S2. Prolongamentos laterais da dura-
máter embainham as raízes dos nervos espinhais, 
constituído um tecido conjuntivo (epineuro), que 
envolve os nervos. 
• Aracnoide: se dispõe entre a dura-máter e a 
pia-máter. Compreende um folheto justaposto à dura-
máter e um emaranhado de trabéculas aracnoideas, 
que unem este folheto à pia-máter. 
 
• Pia-máter: é a membrana mais delicada e mais 
interna. Ela adere intimamente o tecido superficial da 
medula e penetra na fissura mediana anterior. Quando 
a medula termina no cone medular, a pia-máter 
continua caudalmente, formando um filamento 
esbranquiçado denominado filamento terminal. 
Este filamento perfura o fundo-do-saco dural e continua 
até o hiato sacral. Ao atravessar o saco dural, o 
filamento terminal recebe vários prolongamentos da 
dura-máter e o conjunto passa a ser chamado de 
filamento da dura-máter. Este, ao se inserir no 
periósteo da superfície dorsal do cóccix, constitui o 
ligamento coccígeo. A pia-máter forma, de cada lado da 
medula, uma prega longitudinal denominada ligamento 
denticulado, que se dispõem em um plano frontal ao 
longo de toda a extensão da medula. 
A margem medial de cada ligamento continua com a 
pia-máter da face lateral da medula ao longo de uma 
linha continua que se dispõe entre as raízes dorsais e 
ventrais. A margem lateral apresenta cerca de 21 
processos triangulares que se inserem firmemente na 
aracnóide e na dura-máter em um ponto que se alteram 
com a emergência dos nervos espinhais. Os dois 
ligamentos denticulados são elementos de fixação da 
medula e importantes pontos de referência em cirurgias 
deste órgão. 
Entre as meninges existem espaços que são 
importantes para a parte clínica médica devido às 
patologias que podem estar envolvidas com essas 
estruturas, tais como: hematoma extradural, meningites 
etc. O espaço epidural, ou extradural, situa-se entre a 
dura-máter e o periósteo do canal vertebral. 
Contém tecido adiposo e um grande número de veias 
que constituem o plexo venoso vertebral interno. O 
espaço subdural, situado entre a dura-máter e a 
aracnoide, é uma fenda estreita contendo uma pequena 
quantidade de líquido. O espaço subaracnoideo contém 
uma quantidade razoavelmente grande de líquido 
cérebro-espinhal ou liquor. Alguns autores ainda 
consideram um outro espaço denominado subpial, 
localizadoentre a pia-mater e o tecido nervoso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 @ortognaticatro7ao - Jonathan Melo – Odontologia 
TRONCO ENCEFÁLICO 
O tronco encefálico interpõe-se entre a medula e o 
diencéfalo, situando-se ventralmente ao cerebelo, ou 
seja, conecta a medula espinal com as estruturas 
encefálicas localizadas superiormente. A substância 
branca do tronco encefálico inclui tratos que recebem e 
enviam informações motoras e sensitivas para o 
cérebro e também as provenientes dele. Dispersas na 
substância branca do tronco encefálico encontram-se 
massas de substância cinzenta denominadas núcleos, 
que exercem efeitos intensos sobre funções como a 
pressão sanguínea e a respiração. Na sua constituição 
entram corpos de neurônios que se agrupam em 
núcleos e fibras nervosas, que por sua vez, se agrupam 
em feixes denominados tratos, fascículos ou lemniscos. 
Muitos dos núcleos do tronco encefálico recebem ou 
imitem fibras nervosas que entram na constituição dos 
nervos cranianos. Dos 12 pares de nervos cranianos, 
10 fazem conexão com o tronco encefálico. 
O tronco encefálico se divide em: bulbo, situado 
caudalmente, mesencéfalo, e a ponte situada entre 
ambos. 
 
 
• Bulbo (medula oblonga): 
 
Tem forma de um cone, cuja extremidade menor 
continua caudalmente com a medula espinhal. Como 
não se tem uma linha demarcando a separação entre 
medula e bulbo, considera-se que o limite está em um 
plano horizontal que passa imediatamente acima do 
filamento radicular mais cranial do primeiro nervo 
cervical, o que corresponde ao nível do forame magno. 
No bulbo localiza-se o centro respiratório, muito 
importante para a regulação do ritmo respiratório. 
Localizam-se também o centro vasomotor e o centro do 
vômito. A presença dos centros respiratórios e 
vasomotor no bulbo torna as lesões neste órgão 
particularmente perigosas. 
Em razão de sua importância com relação às funções 
vitais, o bulbo é muitas vezes chamado de centro vital. 
Pelo fato de essas estruturas serem fundamentais para 
o organismo, você pode compreender a seriedade de 
uma fratura na base do crânio. O bulbo é também 
extremamente sensível a certas drogas, especialmente 
os narcóticos. Uma dose excessiva de narcótico causa 
depressão do bulbo e morte porque a pessoa pára de 
respirar. 
 
• Ponte: 
 
É a parte do tronco encefálico interposto entre o bulbo 
e o mesencéfalo. Está situada ventralmente ao 
cerebelo e repousa sobre a parte basilar do osso 
occipital e o dorso da sela túrcica do esfenoide. Sua 
base situada ventralmente apresenta uma estriação 
transversal em virtude da presença de numerosos 
feixes de fibras transversais que a percorrem. 
A ponte tem um papel fundamental na regulação do 
padrão e ritmo respiratório. Lesões nessa estrutura 
podem causar graves distúrbios no ritmo respiratório. 
 
• Mesencéfalo: 
 
Interpões-se entre a ponte e o cérebro, do qual é 
representado por um plano que liga os dois corpos 
mamilares, pertencentes ao diencéfalo, à comissura 
posterior. É atravessado por um estreito canal, o 
aqueduto cerebral. A parte do mesencéfalo situada 
dorsalmente ao aqueduto é o tecto do mesencéfalo. 
Ventralmente, temos os dois pedúnculos cerebrais, que 
por sua vez, se dividem em uma parte dorsal, o 
tegmento e outra ventral, a base do pedúnculo. 
Em uma secção transversal do mesencéfalo, vê-se que 
o tegmento é separado da base por uma área escura, 
a substância negra (nigra). Junto à sustância negra 
existem dois sulcos longitudinais: um lateral, sulco 
lateral do mesencéfalo, e outro medial, sulco medial do 
pedúnculo cerebral. Estes sulcos marcam o limite entre 
a base e o tegmento do pedúnculo cerebral. Do sulco 
medial emerge o nervo oculomotor, III par craniano. 
Tecto do mesencéfalo: em vista dorsal o tecto 
mesencefálico apresenta quatro eminências 
arredondadas denominadas colículos superiores e 
inferiores, separados por dois sulcos perpendiculares 
em forma de cruz. Na parte anterior do ramo 
longitudinal da cruz, aloja-se o corpo pineal, que 
pertence ao diencéfalo. Caudalmente a cada colículo 
inferior, emerge o IV par craniano, o nervo troclear. 
 
 
16 @ortognaticatro7ao - Jonathan Melo – Odontologia 
CEREBELO 
 
O cerebelo, órgão do sistema nervoso supra-
segmentar, deriva da parte dorsal do metencéfalo e fica 
situado dorsalmente ao bulbo e à ponte, contribuindo 
para a formação do tecto do IV ventrículo. Repousa 
sobre a fossa cerebelar do osso occipital e está 
separado do lobo occipital por uma prega da dura-
máter denominada tenda do cerebelo. 
Liga-se à medula e ao bulbo pelo pedúnculo cerebelar 
inferior e a ponte e mesencéfalo pelos pedúnculos 
cerebelares médio e superior, respectivamente. Do 
ponto de vista fisiológico, o cerebelo difere 
fundamentalmente do cérebro porque funciona sempre 
em nível involuntário e inconsciente, sendo sua função 
exclusivamente motora (equilíbrio e coordenação). 
Anatomicamente, distingue-se no cerebelo, uma 
porção ímpar e mediana, o vérmis, ligado a duas 
grandes massas laterais, os hemisférios cerebelares. O 
vérmis é pouco separado dos hemisférios na face 
superior do cerebelo, o que não ocorre na face inferior, 
onde dois sulcos são bem evidentes o separam das 
partes laterais. 
 
DIENCÉFALO 
O diencéfalo e o telencéfalo formam o cérebro, que 
corresponde ao prosencéfalo. O cérebro é a parte mais 
desenvolvida do encéfalo e ocupa cerca de 80% da 
cavidade craniana. O diencéfalo é uma estrutura ímpar 
que só é vista na porção mais inferior de cérebro. Ao 
diencéfalo compreendem as seguintes partes: tálamo, 
hipotálamo, epitálamo e subtálamo, todas relacionadas 
com o III ventrículo. 
 
• III Ventrículo: 
É uma cavidade no diencéfalo, ímpar, que se comunica 
com o IV ventrículo pelo aqueduto cerebral e com os 
ventrículos laterais pelos respectivos forames 
interventriculares. 
Quando o cérebro é seccionado no plano sagital 
mediano, as paredes laterais do III ventrículo são 
expostas amplamente; verifica-se então a existência de 
uma depressão, o sulco hipotalâmico, que se estende 
do aqueduto cerebral até o forame interventricular. As 
porções da parede, situadas acima deste sulco, 
pertencem ao tálamo; e as situadas abaixo, pertencem 
ao hipotálamo. 
 
• Tálamo: 
O tálamo, com comprimento de cerca de 3 cm, 
compondo 80% do diencéfalo, consiste em duas 
massas ovuladas pareadas de substância cinzenta, 
organizada em núcleos, com tratos de substância 
branca em seu interior. Em geral, uma conexão de 
substância cinzenta, chamada massa intermédia 
(aderência intertalâmica), une as partes direita e 
esquerda do tálamo. A extremidade anterior de cada 
tálamo apresenta uma eminência, o tubérculo anterior 
do tálamo, que participa da delimitação do forame 
interventricular. 
O tálamo serve como uma estação intermediária para a 
maioria das fibras que vão da porção inferior do 
encéfalo e medula espinhal para as áreas sensitivas do 
cérebro. O tálamo classifica a informação, dando-nos 
uma ideia da sensação que estamos experimentando, 
e as direciona para as áreas específicas do cérebro 
para que haja uma interpretação mais precisa. 
Tem como função: sensibilidade; motricidade; 
comportamento emocional; ativação do córtex; 
desempenha algum papel no mecanismo de vígilia, ou 
estado de alerta. 
 
• Hipotálamo: 
É uma área relativamente pequena do diencéfalo, 
situada abaixo do tálamo, com funções importantes 
principalmente relacionadas à atividade visceral. 
O hipotálamo é parte do diencéfalo e se dispõe nas 
paredes do III ventrículo, abaixo do sulco hipotalâmico, 
que separa o tálamo. Apresenta algumas formações 
anatômicas visíveis na face inferior do cérebro: o 
quiasma óptico, o túber cinéreo, o infundíbulo e os 
corpos mamilares. Trata-se de uma área muito 
pequena (4 g) mas, apesar disso, o hipotálamo, por 
suas inúmeras e variadas funções, é uma das áreas 
mais importantes do sistema nervoso. 
Tem como função: controle do sistema nervoso 
autônomo; regulação da temperatura corporal; 
regulaçãodo comportamento emocional; regulação do 
sono e da vigília; regulação da ingestão de alimentos; 
regulação da ingestão de água; regulação da diurese; 
regulação do sistema endócrino; geração e regulação 
de ritmos circadianos. 
 
 
 
 
17 @ortognaticatro7ao - Jonathan Melo – Odontologia 
• Epitálamo: 
Limita posteriormente o III ventrículo, acima do sulco 
hipotalâmico, já na transição com o mesencéfalo. Seu 
elemento mais evidente é a glândula pineal, glândula 
endócrina de forma piriforme, ímpar e mediana, que 
repousa sobre o tecto mesencefálico. A base do corpo 
pineal se prende anteriormente a dois feixes 
transversais de fibras que cruzam um plano mediano, a 
comissura posterior e a comissura das habênulas, entre 
as quais penetra na glândula pineal um pequeno 
prolongamento da cavidade ventricular, o recesso 
pineal. 
 
• Subtálamo: 
Compreende a zona de transição entre o diencéfalo e o 
tegumento do mesencéfalo. Sua visualização é melhor 
em cortes frontais do cérebro. Verifica-se que ele se 
localiza abaixo do tálamo, sendo limitado lateralmente 
pela cápsula interna e medialmente pelo hipotálamo. O 
subtálamo apresenta formações de substância branca 
e cinzenta, sendo a mais importante o núcleo 
subtalâmico. Lesões no núcleo subtalâmico provocam 
uma síndrome conhecida como hemibalismo, 
caracterizada por movimentos anormais das 
extremidades. 
 
TELENCÉFALO 
O telencéfalo compreende os dois hemisférios 
cerebrais, direito e esquerdo, e uma pequena linha 
mediana situada na porção anterior do III ventrículo. 
Os dois hemisférios cerebrais são incompletamente 
separados pela fissura longitudinal do cérebro, cujo o 
assoalho é formado por uma larga faixa de fibras 
comissurais, denominada corpo caloso, principal meio 
de união entre os dois hemisférios. Os hemisférios 
possuem cavidades, os ventrículos laterais direito e 
esquerdo, que se comunicam com o III ventrículo pelos 
forames interventriculares. 
 
 
 
 
 
 
Cada hemisfério possui três pólos: frontal, occipital 
e temporal; e três faces: súpero-lateral (convexa); 
medial (plana); e inferior ou base do cérebro (irregular), 
repousando anteriormente nos andares anterior e 
médio da base do crânio e posteriormente na tenda do 
cerebelo. 
 
 
• Sulcos: 
Durante o desenvolvimento embrionário, quando o 
tamanho do encéfalo aumenta rapidamente, a 
substância cinzenta do córtex aumenta com maior 
rapidez que a substância branca subjacente. Como 
resultado, a região cortical se enrola e se dobra sobre 
si mesma. Portanto, a superfície do cérebro do homem 
e de vários animais apresenta depressões 
denominadas sulcos, que delimitam os giros ou 
circunvoluções cerebrais. A existência dos sulcos 
permite considerável aumento do volume cerebral e 
sabe-se que cerca de dois terços da área ocupada pelo 
córtex cerebral estão “escondidos” nos sulcos. 
Em qualquer hemisfério, os dois sulcos mais 
importantes são o sulco lateral e o sulco central. 
a) Sulco lateral: é o sulco que separa o lobo 
frontal do lobo temporal. Ele é subdividido em 
ascendente, anterior e posterior. 
 
b) Sulco central: separa o lobo parietal do frontal. 
O sulco central é ladeado por dois giros 
paralelos, um anterior, giro pré-central, e outro 
posterior, giro pós-central. As áreas situadas 
adiante do sulco central relacionam-se com 
a motricidade, enquanto as situadas atrás 
deste sulco relacionam-se com a 
sensibilidade. 
 
 
 
 
 
18 @ortognaticatro7ao - Jonathan Melo – Odontologia 
Outro sulco importante situado no telencéfalo, na face 
medial, é o sulco parieto-occipital, que separa o lobo 
parietal do occipital. 
 
Os lobos cerebrais recebem o nome de acordo com a 
sua localização em relação aos ossos do crânio. 
Portanto, temos cinco lobos: frontal, temporal, 
parietal, occipital e o lobo da ínsula, que é o único que 
não se relaciona com nenhum osso do crânio, pois está 
situado profundamente no sulco lateral. 
A divisão dos lobos não corresponde muito a uma 
divisão funcional, exceto pelo lobo occipital que parece 
estar relacionado somente com a visão. 
 
 
MENINGES 
 
O encéfalo e a medula espinhal são envolvidos e 
protegidos por lâminas (ou membranas) de tecido 
con-juntivo chamadas, em conjunto, meninges. 
Estas lâminas são, de fora para dentro: a dura-máter, a 
aracnóide-máter e a pia-máter. 
A dura-máter é a mais espessa de-las e a pia-máter a 
mais fina. 
Esta última está intima-mente aplicada ao encéfalo e à 
medula espinhal. 
Entre as duas está a aracnóide, da qual partem fibras 
delicadas que vão até a pia-máter, constituindo uma 
rede semelhante a uma teia de aranha. 
A aracnóide é separada da dura-máter por um espaço 
capilar denominado espaço subdural e da pia-máter 
pelo espaço subaracnóide, onde circula o líquido 
cérebro-espinhal (ou líquor). 
Líquor: é um fluido aquoso e incolor que ocupa o 
espaço subaracnóideo e as cavidades ventriculares. A 
são função primordial é proteção mecânica do sistema 
nervoso central. 
 
GÂNGLIOS NERVOSOS 
São aglomerados de corpos celulares de neurônios que 
se localizam fora do sistema nervoso central, próximo à 
coluna vertebral, que se associam aos nervos, 
funcionando como estações de interligação entre 
neurônios e estruturas do organismo. Estes gânglios 
nervosos se mostram como pequenas dilatações em 
alguns nervos. 
O gânglio é envolvido pelo tecido conjuntivo, e 
internamente o gânglio é constituído por neurônios 
esféricos ou asteriscos (que são grandes células com 
núcleos que possuem vesículas). 
Existem dois tipos de gânglios: os sensitivos e os 
autônomos. 
 
NERVOS CRANIANOS 
São os que fazem conexão com o encéfalo. Os 12 
pares de nervos cranianos recebem uma nomenclatura 
específica, sendo numerados em algarismos romanos, 
de acordo com a sua origem aparente, no sentido 
rostrocaudal. 
Eles estão ligados com o córtex do cérebro pelas fibras 
corticonucleares que se originam dos neurônios das 
áreas motoras do córtex, descendo principalmente na 
parte genicular da cápsula interna até o tronco do 
encéfalo. 
Os nervos cranianos sensitivos ou aferentes originam-
se dos neurônios situados fora do encéfalo, agrupados 
para formar gânglios ou situados em periféricos órgãos 
dos sentidos. 
Os núcleos que dão origem a dez dos doze pares de 
nervos cranianos situam-se em colunas verticais no 
tronco do encéfalo e correspondem à substância 
cinzenta da medula espinhal. 
 
19 @ortognaticatro7ao - Jonathan Melo – Odontologia 
De acordo com o componente funcional, os nervos 
cranianos podem ser classificados em: motores, 
sensitivos e mistos. 
• Motores (puros): são os que movimentam o 
olho, a língua e acessoriamente os músculos látero-
posteriores do pescoço. 
São eles: 
III – Nervo oculomotor; 
IV – Nervo troclear; 
VI – Nervo abducente; 
XI – Nervo acessório; 
XII – Nervo hipoglosso. 
 
• Sensitivos (puros): destinam-se aos órgãos 
dos sentidos e por isso são chamados sensoriais e não 
apenas sensitivos, que não se referem à sensibilidade 
geral (dor, temperatura e tato). 
Os sensoriais são: 
I – Nervo olfatório; 
II – Nervo óptico; 
VIII – Nervo vestibulococlear. 
 
• Mistos (motores e sensitivos) são em 
número de quatro: 
V – Trigêmeo; 
VII – Nervo facial; 
IX – Nervo glossofaríngeo; 
X – Nervo vago. 
Cinco deles ainda possuem fibras vegetativas, 
constituindo a parte crânica periférica do sistema 
autônomo. 
São os seguintes: 
III – Nervo oculomotor; 
VII – Nervo facial; 
IX – Nervo glossofaríngeo; 
X – Nervo vago; 
XI – Nervo acessório. 
 
 
A sequência craniocaudal dos nervos cranianos é 
como se segue: 
 
I. Nervo olfatório: 
As fibras do nervo olfatório distribuem-se por uma área 
especial da mucosa nasal que recebe o nome de 
mucosa olfatória. Em virtude da existência de grande 
quantidade de fascículos individualizados que 
atravessam separadamente o crivo etmoidal, é que se 
costuma chamar de nervos olfatórios, e não 
simplesmente de nervo olfatório (direito e esquerdo). 
É um nervo exclusivamentesensitivo, cujas fibras 
conduzem impulsos olfatórios, sendo classificados 
como aferentes viscerais especiais. Mais informações 
sobre o nervo olfatório podem ser encontradas em 
telencéfalo (rinencéfalo). 
 
II. Nervo óptico: 
É constituído por um grosso feixe de fibras nervosas 
que se originam na retina, emergem próximo ao pólo 
posterior de cada bulbo ocular, penetrando no crânio 
pelo canal óptico. Cada nervo óptico une-se com o do 
lado oposto, formando o quiasma óptico, onde há 
cruzamento parcial de suas fibras, as quais continuam 
no tracto óptico até o corpo geniculado lateral. O nervo 
óptico é um nervo exclusivamente sensitivo, cujas 
fibras conduzem impulsos visuais, classificando-se 
como aferentes somáticas especiais. 
 
 
 
 
20 @ortognaticatro7ao - Jonathan Melo – Odontologia 
III. Nervo oculomotor; / IV. Nervo troclear; / VI. Nervo 
abducente: 
São nervos motores que penetram na órbita pela 
fissura orbital superior, distribuindo-se aos músculos 
extrínsecos do bulbo ocular, que são os seguintes: 
elevador da pálpebra superior, reto superior, reto 
inferior, reto medial, reto lateral, oblíquo superior, 
oblíquo inferior. Todos estes músculos são inervados 
pelo oculomotor, com exceção do reto lateral e do 
oblíquo superior, inervados respectivamente, pelos 
nervos abducente e troclear. As fibras que inervam os 
músculos extrínsecos do olho são classificadas como 
eferentes somáticas. 
O nervo oculomotor nasce no sulco medial do 
pedúnculo cerebral; o nervo troclear logo abaixo do 
colículo inferior; e o nervo abducente no sulco pontino 
inferior, próximo à linha mediana. 
Os três nervos em apreço se aproximam, ainda no 
interior do crânio, para atravessar a fissura orbital 
superior e atingir a cavidade orbital, indo se distribuir 
aos músculos extrínsecos do olho. 
O nervo oculomotor conduz ainda fibras vegetativas, 
que vão à musculatura intrínseca do olho, a qual 
movimenta a íris e a lente. 
 
V. Nervo trigêmeo: 
O nervo trigêmeo é um nervo misto, sendo o 
componente sensitivo consideravelmente maior. 
Possui uma raiz sensitiva e uma motora. A raiz sensitiva 
é formada pelos prolongamentos centrais dos 
neurônios sensitivos, situados no gânglio trigemial, que 
se localiza no cavo trigeminal, sobre a parte petrosa do 
osso temporal. 
Os prolongamentos periféricos dos neurônios 
sensitivos do gânglio trigeminal formam, distalmente ao 
gânglio, os três ramos do nervo trigêmeo: nervo 
oftálmico, nervo maxilar e nervo mandibular, 
responsáveis pela sensibilidade somática geral de 
grande parte da cabeça, através de fibras que se 
classificam como aferentes somáticas gerais. 
A raiz motora do trigêmeo é constituída de fibras que 
acompanham o nervo mandibular, distribuindo-se aos 
músculos mastigatórios. O problema médico mais 
freqüentemente observado em relação ao trigêmeo é a 
nevralgia, que se manifesta por crises dolorosas muito 
intensas no território de um dos ramos do nervo. 
 
VII. Nervo facial: 
É também um nervo misto, apresentando uma raiz 
motora e outra sensorial gustatória. Ele emerge do 
sulco bulbo-pontino através de uma raiz motora, o 
nervo facial propriamente dito, e uma raiz sensitiva e 
visceral, o nervo intermédio. Juntamente com o nervo 
vestíbulo-coclear, os dois componentes do nervo facial 
penetram no meato acústico interno, no interior do qual 
o nervo intermédio perde a sua individualidade, 
formando-se assim, um tronco nervoso único que 
penetra no canal facial. 
A raiz motora é representada pelo nervo facial 
propriamente dito, enquanto a sensorial recebe o nome 
de nervo intermédio. 
Ambos têm origem aparente no sulco pontino inferior e 
se dirigem paralelamente ao meato acústico interno 
onde penetram juntamente com o nervo 
vestibulococlear. 
No interior do meato acústico interno, os dois nervos 
(facial e intermédio) penetram num canal próprio 
escavado na parte petrosa do osso temporal, que é o 
canal facial. 
As fibras motoras atravessam a glândula parótida 
atingindo a face, onde dão dois ramos iniciais: o 
temporo facial e cérvico facial, os quais se ramificam 
em leque para inervar todos os músculos cutâneos da 
cabeça e do pescoço. 
Algumas fibras motoras vão ao músculo estilo-hioideo 
e ao ventre posterior do digástrico. 
As fibras sensoriais (gustatórias) seguem um ramo do 
nervo facial que é a corda do tímpano, que vai se juntar 
ao nervo lingual (ramo mandibular, terceiro ramo do 
trigêmeo), tomando-se como vetor para distribuir-se 
nos dois terços anteriores da língua. 
O nervo facial apresenta ainda fibras vegetativas 
(parassimpáticas) que se utilizam do nervo intermédio 
e depois seguem pelo nervo petroso maior ou pela 
corda do tímpano (ambos ramos do nervo facial) para 
inervar as glândulas lacrimais, nasais e salivares 
(glândula sublingual e submandibular). 
Em síntese, o nervo facial dá inervação motora para 
todos os músculos cutâneos da cabeça e pescoço 
(músculo estilo-hioideo e ventre posterior do 
digástrico). 
 
VIII. Nervo vestibulococlear: 
Constituído por dois grupos de fibras perfeitamente 
individualizadas que formam, respectivamente, os 
nervos vestibular e coclear. É um nervo exclusivamente 
sensitivo, que penetra na ponte na porção lateral do 
sulco bulbo-pontino, entre a emergência do VII par e o 
flóculo do cerebelo. Ocupa juntamente com os nervos 
facial e intermédio, o meato acústico interno, na porção 
petrosa do osso temporal. 
A parte vestibular é formada por fibras que se originam 
dos neurônios sensitivos do gânglio vestibular, que 
conduzem impulsos nervosos relacionados ao 
equilíbrio. 
A parte coclear é constituída de fibras que se originam 
dos neurônios sensitivos do gânglio espiral e que 
conduzem impulsos nervosos relacionados com a 
audição. 
As fibras do nervo vestíbulo-coclear classificam-se 
como aferentes somáticas especiais. 
 
21 @ortognaticatro7ao - Jonathan Melo – Odontologia 
IX. Nervo glossofaríngeo: 
É um nervo misto que emerge do sulco lateral posterior 
do bulbo, sob a forma de filamentos radiculares, que se 
dispõem em linha vertical. Estes filamentos reúnem-se 
para formar o tronco do nervo glossofaríngeo, que sai 
do crânio pelo forame jugular. No seu trajeto, através 
do forame jugular, o nervo apresenta dois gânglios, 
superior e inferior, formados por neurônios sensitivos. 
Ao sair do crânio, o nervo glossofaríngeo tem trajeto 
descendente, ramificando-se na raiz da língua e na 
faringe. 
Desses, o mais importante é o representado pelas 
fibras aferentes viscerais gerais, responsáveis pela 
sensibilidade geral do terço posterior da língua, faringe, 
úvula, tonsila, tuba auditiva, além do seio e corpo 
carotídeos. Merecem destaque também as fibras 
eferentes viscerais gerais pertencentes à divisão 
parassimpática do sistema nervoso autônomo e que 
terminam no gânglio óptico. Desse gânglio, saem fibras 
nervosas do nervo aurículo-temporal que vão inervar a 
glândula parótida. 
 
X. Nervo vago: 
O nervo vago é misto e essencialmente visceral. 
Emerge do sulco lateral posterior do bulbo sob a forma 
de filamentos radiculares que se reúnem para formar o 
nervo vago. Este emerge do crânio pelo forame jugular, 
percorre o pescoço e o tórax, terminando no abdome. 
Neste trajeto o nervo vago dá origem a vários ramos 
que inervam a faringe e a laringe, entrando na formação 
dos plexos viscerais que promovem a inervação 
autônoma das vísceras torácicas e abdominais. 
O vago possui dois gânglios sensitivos: o gânglio 
superior, situado ao nível do forame jugular; e o gânglio 
inferior, situado logo abaixo desse forame. Entre os 
dois gânglios reúne-se ao vago o ramo interno do nervo 
acessório. 
Fibras aferentes viscerais gerais: conduzem impulsos 
aferentes originados na faringe, laringe, traqueia, 
esôfago, vísceras do tórax e abdome. 
Fibras eferentes viscerais gerais: são responsáveis 
pela inervação parassimpática das vísceras torácicas e 
abdominais. 
Fibras eferentes viscerais especiais: inervam os 
músculos da faringe e da laringe.As fibras eferentes do vago se originam em núcleos 
situados no bulbo, e as fibras sensitivas nos gânglios 
superior e inferior. 
 
XI. Nervo acessório: 
Formado por uma raiz craniana e uma espinhal. A raiz 
espinhal é formada por filamentos que emergem da 
face lateral dos cinco ou seis primeiros segmentos 
cervicais da medula, constituindo um tronco que 
penetra no crânio pelo forame magno. A este tronco 
unem-se filamentos da raiz craniana que emergem do 
sulco lateral posterior do bulbo. 
O tronco divide-se em um ramo interno e um externo. 
O interno une-se ao vago e distribui-se com ele, e o 
externo inerva os músculos trapézio e 
esternocleidomastoideo. 
As fibras oriundas da raiz craniana que se unem ao 
vago são: 
Fibras eferentes viscerais especiais, que inervam os 
músculos da laringe; 
Fibras eferentes viscerais gerais, que inervam vísceras 
torácicas. 
 
XII. Nervo hipoglosso: 
Nervo essencialmente motor. Emerge do sulco lateral 
anterior do bulbo sob a forma de filamentos radiculares 
que se unem para formar o tronco do nervo. Este, 
emerge do crânio pelo canal do hipoglosso, e dirige-se 
aos músculos intrínsecos e extrínsecos da língua (está 
relacionado com a motricidade da mesma). Suas fibras 
são consideradas eferentes somáticas. 
 
SISTEMA CIRCULATÓRIO 
O sistema circulatório é o conjunto de órgãos 
responsáveis pela distribuição de nutrientes para as 
células e coleta de suas excretas metabólicas para 
serem eliminadas por órgãos excretores. 
• Funções do sistema circulatório sanguíneo: 
a) Transporte de gases dos pulmões aos tecidos 
e dos tecidos aos pulmões, de nutrientes das 
vias digestivas aos tecidos e de toxinas; 
 
b) Distribuição dos hormônios vindos das 
glândulas e de anticorpos; 
 
c) Manutenção da temperatura corporal. 
O sistema circulatório é dividido em linfático e 
sanguíneo. 
O sistema circulatório é constituído pelos 
seguintes componentes: 
• Coração: o coração é um órgão muscular, que 
se localiza na caixa torácica, entre os pulmões. 
Funciona como uma bomba dupla, de modo 
que o lado esquerdo bombeia o sangue arterial 
para as diversas partes do corpo, enquanto o 
lado direito bombeia o sangue venoso para os 
pulmões. 
O coração funciona impulsionando o sangue 
por meio de dois movimentos: contração ou 
sístole e relaxamento ou diástole. 
 
 
 
 
 
 
22 @ortognaticatro7ao - Jonathan Melo – Odontologia 
• Localização do coração: mediastino médio. 
 
• Posição do coração: 
a) Ápice: ântero inferior à esquerda da linha 
mediana. 
 
b) Base: póstero superior à direita da linha 
mediana. 
 
• Faces do coração: 
a) Anterior ou esternocostal; 
 
b) Inferior ou diafragmática; 
 
c) Posterior. 
 
• Câmaras cardíacas: 
a) Átrios: dois (esquerdo e direito). 
 
b) Ventrículos: dois (esquerdo e direito). 
Obs.: entre os átrios temos o septo interatrial, 
entre os ventrículos o septo interventricular e 
entre átrios e ventrículos as valvas 
atrioventriculares. 
 
• Vasos da base: 
Os vasos pelo qual o sangue chega ou saem 
do coração, têm suas raízes situadas na base 
do coração e por esta razão esta região não 
apresenta uma nítida delimitação. 
a) Átrio direito: chegam a veia cava superior e 
cava inferior e seio coronário (sangue venoso). 
b) Átrio esquerdo: chegam às veias pulmonares 
(sangue arterial). 
 
c) Ventrículo direito: saem à artéria tronco 
pulmonar. 
 
d) Ventrículo esquerdo: saem à artéria aorta. 
 
• Valvas do coração: 
a) Átrioventriculares: tricúspide e bicúspide. 
 
b) Semilunares: aórtica e pulmonar. 
Obs.: se encontram ancoradas no miocárdio 
por cordas tendíneas e músculos papilares. 
 
• As principais estruturas do coração são: 
c) Pericárdio: membrana que reveste o exterior 
do coração. 
 
d) Endocárdio: membrana que reveste o interior 
do coração. 
 
e) Miocárdio: músculo situado entre o pericárdio 
e o endocárdio, responsável pelas contrações 
do coração. 
 
f) Átrios ou aurículas: cavidades superiores por 
onde o sangue chega ao coração. 
 
g) Ventrículos: cavidades inferiores por onde o 
sangue sai do coração. 
 
h) Válvula tricúspide: impede o refluxo de 
sangue do átrio direito para o ventrículo direito. 
 
i) Válvula mitral: impede o refluxo de sangue do 
átrio esquerdo para o ventrículo esquerdo. 
 
• Vasos sanguíneos: são as vias de transporte 
por onde o sangue circula. São divididos basicamente 
em artérias (vasos que saem do coração e conduzem 
o sangue para todo o corpo), veias (vasos que 
carregam sangue dos tecidos ao coração) e capilares 
(vasos sanguíneos microscópicos que se originam das 
ramificações das artérias e veias e tem como função 
irrigar as células). 
 
• Sangue: material liquido que transporta os 
nutrientes e oxigenação para o corpo. 
 
• Sistema de condução do coração: 
Nó sinoatrial (átrio direito, próximo à veia cava superior) 
-> Feixes internodais -> Nó atrioventricular -> Feixe 
interventricular (de His) -> Fibras subendocárdicas (de 
Purkinje). 
 
 
 
 
23 @ortognaticatro7ao - Jonathan Melo – Odontologia 
PEQUENA CIRCULAÇÃO 
A pequena circulação ou circulação pulmonar consiste 
no caminho que o sangue percorre do coração aos 
pulmões, e dos pulmões ao coração. 
Assim, o sangue venoso é bombeado do ventrículo 
direito para a artéria pulmonar, que se ramifica de 
maneira que uma segue para o pulmão direito e outra 
para o pulmão esquerdo. 
Já nos pulmões, o sangue presente nos capilares dos 
alvéolos libera o gás carbônico e absorve o gás 
oxigênio. Por fim, o sangue arterial (oxigenado) é 
levado dos pulmões ao coração, através das veias 
pulmonares, que se conectam no átrio esquerdo. 
 
 
GRANDE CIRCULAÇÃO 
A grande circulação ou circulação sistêmica é o 
caminho do sangue, que sai do coração até as demais 
células do corpo e vice-versa. 
No coração, o sangue arterial vindo dos pulmões, é 
bombeado do átrio esquerdo para o ventrículo 
esquerdo. Do ventrículo passa para a artéria aorta, que 
é responsável por transportar esse sangue para os 
diversos tecidos do corpo. 
Assim, quando esse sangue oxigenado chega aos 
tecidos, os vasos capilares refazem as trocas dos 
gases: absorvem o gás oxigênio e liberam o gás 
carbônico, tornando o sangue venoso. 
Por fim, o sangue venoso faz o caminho de volta ao 
coração e chega ao átrio direito pelas veias cavas 
superiores e inferiores, completando o sistema 
circulatório. 
• Resumindo: a pequena circulação transporta 
sangue do coração aos pulmões e, destes, novamente 
ao coração (coração – pulmão – coração). A grande 
circulação conduz o sangue do coração a todos os 
órgãos do corpo e é responsável pelo seu retorno ao 
coração (coração – corpo – coração). 
 
SISTEMA LINFÁTICO 
O sistema linfático é o principal sistema de defesa do 
organismo. Ele é constituído pelos nódulos linfáticos 
(linfonodos), ou seja, uma rede complexa de vasos, 
responsável por transportar a linfa dos tecidos para o 
sistema circulatório. 
Além disso, ele possui outras funções como a proteção 
de células imunes, pois atua junto ao sistema 
imunológico. Outro importante papel do sistema 
linfático está na absorção dos ácidos graxos e no 
equilíbrio dos fluidos (líquidos) nos tecidos. 
 
• Órgãos linfoides primários: medula óssea e 
timo; 
 
• Órgãos linfoides secundários: linfonodos, 
baço e tonsilas; 
 
• Vasos linfáticos; 
 
• Ductos linfáticos: ducto torácico, ducto 
linfático direito e cisterna do quilo. 
 
• Funcionamento do sistema linfático: 
 
 
24 @ortognaticatro7ao - Jonathan Melo – Odontologia 
Para desempenhar sua função de eliminar as 
impurezas do nosso corpo, o sistema linfático trabalha 
junto com o sistema imunológico. 
O sistema linfático atua em conjunto com diversos 
órgãos e elementos do organismo. É dessa forma que 
ele consegue alcançar as partes do corpo para filtrar o 
líquido tissular que nutriu, oxigenou os capilares 
sanguíneos e saiu levando gás carbônio e excreções. 
Diferente do sangue que é impulsionado pela força do 
coração, no sistema linfático a linfa semovimenta de 
forma lenta e com baixa pressão. Ela depende da 
compressão dos movimentos dos músculos para 
pressionar o líquido. 
É a partir da contração realizada pelo movimento dos 
músculos que o fluído é transportado para os vasos 
linfáticos. Como eles são maiores acabam se 
acumulam no ducto linfático direito e no ducto torácico, 
percorrendo assim para o resto do corpo. 
 
• Componentes do sistema linfático: 
 
a) Linfonodos: os linfonodos (gânglios linfáticos) 
são chamados de nódulos linfáticos. Eles são 
pequenos órgãos (com até 2 cm) presentes no 
pescoço, no tórax, no abdômen, na axila e na 
virilha. 
Formados por tecido linfoide e distribuídos pelo 
corpo, os linfonodos são responsáveis por 
filtrarem a linfa antes dela retornar ao sangue. 
Além disso eles também atuam na defesa do 
organismo, impedindo a permanência de 
partículas estranhas no corpo. 
 
b) Linfa: é um líquido transparente e alcalino 
semelhante ao sangue e que circula pelos 
vasos linfáticos. Porém, ele não possui 
hemácias e, por isso, apresenta um aspecto 
esbranquiçado e leitoso. 
Responsável pela eliminação das impurezas, a 
linfa é produzida pelo intestino delgado e 
fígado. Seu transporte é feito pelos vasos 
linfáticos num único sentido (unidirecional), 
filtrada pelos linfonodos e lançada no sangue. 
 
c) Vasos linfáticos: são canais, distribuídos pelo 
organismo, os quais possuem válvulas que 
transportam a linfa na corrente sanguínea num 
único sentido, impedindo assim o refluxo. 
Eles atuam no sistema de defesa do 
organismo, visto que retiram células mortas e 
transportam os linfócitos (glóbulos brancos) 
que combatem as infecções no organismo. 
 
d) Baço: maior dos órgãos linfáticos, o baço é um 
órgão de ovalado, localizado abaixo do 
diafragma e atrás do estômago. 
Ele é responsável pela defesa do organismo e 
exerce as seguintes funções: produção de 
anticorpos (linfócitos T e B) e hemácias 
(hematopoiese), armazenamento de sangue e 
liberação de hormônios. 
 
e) Timo: é um órgão localizado na cavidade 
torácica, próximo do coração. 
Além de produzir as substâncias como a 
timosina e a timina, o timo produz anticorpos 
(linfócito T), atuando, dessa maneira, na defesa 
do organismo. 
 
f) Tonsilas palatinas: popularmente, esses dois 
órgãos localizados na garganta, são 
conhecidos como amídalas ou amígdalas 
palatinas. 
Elas são responsáveis pela seleção dos 
microrganismos que penetram no corpo, 
principalmente pela boca. Nesse caso, auxiliam 
no processo de defesa do organismo visto que 
produzem linfócitos. 
 
SISTEMA RESPIRATÓRIO 
O sistema respiratório é o conjunto dos órgãos 
responsáveis pela absorção do oxigênio do ar pelo 
organismo e da eliminação do gás carbônico retirado 
das células. 
Ele é formado pelas vias respiratórias e pelos pulmões. 
Os órgãos que compõem as vias respiratórias são: 
cavidades nasais, faringe, laringe, traqueia e brônquios. 
• Divisão do sistema respiratório: 
a) Porção condutora: nariz, faringe, laringe, 
traqueia, brônquios e bronquíolos. 
 
b) Porção respiratória: bronquíolos 
respiratórios, ductos alveolares e alvéolos. 
Obs.: espaço morto é a região do sistema respiratório 
onde não ocorrem trocas gasosas. 
• Funções do sistema respiratório: 
a) Troca gasosa: quando inspiramos o ar 
atmosférico, que contém oxigênio e outros 
elementos químicos, ele passa pelas vias 
respiratórias e chega aos pulmões. 
É nos pulmões que acontece a troca do dióxido 
de carbono pelo oxigênio. E, graças aos 
músculos respiratórios que este órgão cria 
forças para o ar fluir. Tudo isso a partir de 
 
25 @ortognaticatro7ao - Jonathan Melo – Odontologia 
estímulos e comandos emitidos pelo sistema 
nervoso central. 
 
b) Equilíbrio ácido-base: corresponde à 
remoção do excesso de CO2 do organismo. 
Nesta função, novamente temos a atuação do 
sistema nervoso, que é responsável por enviar 
informações para os controladores da 
respiração. 
 
c) Produção de sons: é realizada pela ação 
conjunta do sistema nervoso e dos músculos 
que trabalham na respiração. 
São eles que permitem o fluxo do ar das cordas 
vocais e da boca. 
 
d) Defesa pulmonar: ao respirar, é praticamente 
impossível eliminar as impurezas contidas no 
ambiente atmosférico. A inspiração de 
microrganismos se torna inevitável. 
Para evitar problemas de saúde, o sistema 
respiratório apresenta mecanismos de defesa, 
que por sua vez, são realizados a partir da 
atuação dos diferentes órgãos. 
 
• Órgãos do sistema respiratório: 
 
a) Cavidades nasais: são dois condutos 
paralelos revestidos de mucosa e separados 
por um septo cartilaginoso, que começam nas 
narinas e terminam na faringe. 
No interior das cavidades nasais, existem pelos 
que atuam como filtro de ar, retendo impurezas 
e germes, garantindo que o ar chegue limpo 
aos pulmões. 
A membrana que reveste as cavidades nasais 
contém células produtoras de muco que 
umidificam o ar. Ela é rica em vasos 
sanguíneos que aquecem o ar que entra no 
nariz. 
 
b) Faringe: é um tubo que serve de passagem 
tanto para os alimentos quanto para o ar, 
portanto, faz parte do sistema respiratório e do 
sistema digestório. 
Sua extremidade superior se comunica com as 
cavidades nasais e com a boca, na 
extremidade inferior se comunica com a laringe 
e o esôfago. Suas paredes são musculosas e 
revestidas de mucosa. 
 
c) Laringe: é o órgão que liga a faringe à traqueia. 
Na parte superior da laringe está a epiglote, a 
válvula que se fecha durante a deglutição. 
Este é também o principal órgão da fala. Nela 
estão localizadas as cordas vocais. 
d) Traqueia: é um tubo situado abaixo da laringe 
e formado por quinze a vinte anéis 
cartilaginosos que a mantêm aberta. 
Este órgão é revestido por uma membrana 
mucosa, e nela o ar é aquecido, umidificado e 
filtrado. 
 
e) Brônquios: são duas ramificações da traqueia 
formados também por anéis cartilaginosos. 
Cada brônquio penetra em um dos pulmões e 
divide-se em diversos ramos menores, que se 
distribuem por todo o órgão formando os 
bronquíolos. 
Os brônquios se ramificam e subdividem-se 
várias vezes, formando a árvore brônquica. 
 
f) Pulmões: o sistema respiratório é composto 
por dois pulmões, órgãos esponjosos situados 
na caixa torácica. Eles são responsáveis pela 
troca do oxigênio em gás carbônico, através da 
respiração. 
Cada pulmão é envolvido por uma membrana 
dupla, chamada pleura. Internamente, cada 
pulmão apresenta cerca de 200 milhões de 
estruturas muito pequenas, em forma de cacho 
de uva e que se enche de ar, chamados de 
alvéolos pulmonares. 
Cada alvéolo recebe ramificações de um 
bronquíolo. Nos alvéolos, realizam-se as trocas 
gasosas entre o ambiente, denominada 
hematose. Tudo isso acontece graças às 
membranas muito finas que os revestem e 
abrigam inúmeros vasos sanguíneos bem 
finos, os capilares. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
26 @ortognaticatro7ao - Jonathan Melo – Odontologia 
SISTEMA DIGESTÓRIO 
Ele é formado por um conjunto de órgãos que atuam no 
corpo humano. 
A ação desses órgãos está relacionada ao processo de 
transformação do alimento, que tem o objetivo de 
ajudar na absorção dos nutrientes. 
Tudo isso acontece por meio de processos mecânicos 
e químicos. 
 
• Componentes do sistema digestório: 
Divide-se em duas partes, tubo digestório e órgãos 
anexos. 
O tubo digestório (propriamente dito), antes conhecido 
como tubo digestivo. Ele se divide em três partes: alto, 
médio e baixo. 
 
• Tubo digestório alto: 
 
É formado pela boca, faringe e esôfago. 
a) Boca: 
 
A boca é a porta de entrada dos alimentos no tubo 
digestivo. Ela corresponde a uma cavidade forrada por 
mucosa, onde os alimentos são umidificados pela 
saliva, produzida pelas glândulas salivares. 
Na boca ocorre a mastigação, que corresponde ao 
primeiro momento do processo da digestão mecânica. 
Ela acontece com os dentes e a língua. 
Em um segundo momento entra em ação a atividade 
enzimática da ptialina, que é amilase salivar. Ela atua 
sobre o amido encontrado na batata,farinha de trigo, 
arroz e o transformando em moléculas menores de 
maltose. 
 
• Partes da boca: 
a) ´Lábios superior e inferior: 
 
 
b) Vestíbulo oral: 
 
 
 
27 @ortognaticatro7ao - Jonathan Melo – Odontologia 
 
 
 
c) Palato duro: ossos maxilares (processo 
palatinos das maxilas) e palatinos (lâmina 
horizontal do palatino). 
 
 
d) Palato mole: músculos elevador e tensor do 
véu palatino, palatoglosso, palatofaríngeo e da 
úvula. 
 
 
e) Assoalho da boca: músculos milo-hioideo, 
glândula sublingual, ducto da glândula 
submandibular, músculo gênio hioideo, nervos 
linguais e hipoglosso e vasos sublinguais. 
 
 
 
f) Lingua: 
 
Está constituída por músculos extrínsecos e 
intrínsecos. 
Os músculos extrínsecos a prendem à mandíbula, ao 
osso hioide, ao processo estiloide e ao palato. Quando 
estes músculos se contraem, movimentam a língua em 
todas as direções. 
Os músculos intrínsecos, por sua vez, estão contidos 
inteiramente na língua, com origem e inserção nela e 
são responsáveis pela alteração de sua forma. 
• A face dorsal da língua é dividida em terços: 
a) Os dois terços anteriores: separados do 
terço posterior por um sulco em forma de V, o 
sulco terminal. Este sulco tem seu vértice 
mediano voltado para o terço posterior; nele 
encontramos um forame de profundidade 
variável, o forame cego. 
 
b) O terço posterior da língua: sua raiz, está 
voltado para a orofaringe. Sua mucosa possui 
bastantes saliências ou pequenas massas de 
tecido linfoide que recebem o nome de tonsila 
lingual. Ainda cobertas por esta mucosa, temos 
pequenas glândulas salivares linguais. 
Espalhadas por todo dorso e bordas marginais da 
língua, temos as papilas linguais, denominadas de 
papilas circunvaladas, fungiformes e filiformes e 
folhadas. 
 
 
 
 
 
 
28 @ortognaticatro7ao - Jonathan Melo – Odontologia 
g) Glândulas salivares: 
 
As glândulas salivares são divididas, segundo o seu 
tamanho, em glândulas salivares menores e maiores. 
As glândulas salivares menores apresentam ductos 
excretores pequenos e segundo a sua localização 
topográfica são denominadas de: labiais, bucais, 
palatinas e linguais. 
O grupo das glândulas salivares maiores, é formado por 
glândulas bilaterais de maior tamanho, volume, e que 
apresentam ductos excretores grandes e geralmente 
longos. 
Compreendem as glândulas parótidas, 
submandibulares e sublinguais. 
• Parótidas: é formada por uma parte superficial 
e outra profunda, sendo unidas por um istmo. 
No istmo, encontramos o nervo facial perfurando o 
horizontalmente e a veia retromandibular verticalmente. 
No lobo profundo, temos a artéria carótida externa 
atravessando verticalmente a glândula, e a artéria 
maxilar emergindo daí. 
 
h) Dentes: 
 
a) Dentição decídua: 20 dentes (8 incisivos, 4 
caninos, 8 molares). 
 
b) Dentição permanente: 32 dentes (8 incisivos, 
4 caninos, 8 pré-molares, 12 molares). 
 
 
 
b) Faringe: 
 
A faringe é um tubo muscular membranoso que se 
comunica com a boca, através do istmo da garganta e 
na outra extremidade com o esôfago. 
Para chegar ao esôfago, o alimento, depois de 
mastigado, percorre toda a faringe, que é um canal 
comum para o sistema digestório e o sistema 
respiratório. 
No processo de deglutição, o palato mole é retraído 
para cima e a língua empurra o alimento para dentro da 
faringe, que se contrai voluntariamente e leva o 
alimento para o esôfago. 
A penetração do alimento nas vias respiratórias é 
impedida pela ação da epiglote, que fecha o orifício de 
comunicação com a laringe. 
 
c) Esôfago: 
 
O esôfago é um conduto musculoso, controlado pelo 
sistema nervoso autônomo. 
É por meio de ondas de contrações, conhecidas como 
peristaltismo ou movimentos peristálticos, o conduto 
musculoso vai espremendo os alimentos e levando-os 
em direção ao estômago. 
 
 
 
 
 
 
 
29 @ortognaticatro7ao - Jonathan Melo – Odontologia 
• Tubo digestório médio: 
O tubo digestório médio é formado pelo estômago e 
intestino delgado (duodeno, jejuno e íleo). 
a) Estômago: 
 
O estômago é uma grande bolsa que se localiza no 
abdômen, sendo responsável pela digestão das 
proteínas. 
A entrada do órgão recebe o nome de cárdia, porque 
fica muito próxima ao coração, separada dele somente 
pelo diafragma. 
Ele possui uma pequena curvatura superior e uma 
grande curvatura inferior. A parte mais dilatada recebe 
o nome de "região fúndica", enquanto a parte final, uma 
região estreita, recebe o nome de "piloro". 
O simples movimento de mastigação dos alimentos já 
ativa a produção do ácido clorídrico no estômago. 
Contudo, é somente com a presença do alimento, de 
natureza proteica, que se inicia a produção do suco 
gástrico. Este suco é uma solução aquosa, composta 
de água, sais, enzimas e ácido clorídrico. 
A mucosa gástrica é recoberta por uma camada de 
muco que a protege de agressões do suco gástrico, 
uma vez que ele é bastante corrosivo. Por isso, quando 
ocorre um desequilíbrio na proteção, o resultado é uma 
inflamação da mucosa (gastrite) ou o surgimento de 
feridas (úlcera gástrica). 
A pepsina é a enzima mais potente do suco gástrico e 
é regulada pela ação de um hormônio, a gastrina. 
A gastrina é produzida no próprio estômago no 
momento em que moléculas de proteínas dos alimentos 
entram em contato com a parede do órgão. Assim, a 
pepsina quebra as moléculas grandes de proteína e as 
transformam em moléculas menores. Estas são as 
proteoses e peptonas. 
Por fim, a digestão gástrica dura, em média, de duas a 
quatro horas. Nesse processo, o estômago sofre 
contrações que forçam o alimento contra o piloro, que 
se abre e fecha, permitindo que, em pequenas porções, 
o quimo (massa branca e espumosa), chegue ao 
intestino delgado. 
 
 
 
 
b) Intestino delgado: 
 
O intestino delgado é revestido por uma mucosa 
enrugada que apresenta inúmeras projeções. Está 
localizado entre o estômago e o intestino grosso e tem 
a função de segregar as várias enzimas digestivas. Isto 
dá origem a moléculas pequenas e solúveis: a glicose, 
aminoácidos, glicerol, etc. 
O intestino delgado está dividido em três porções: o 
duodeno, o jejuno e o íleo. 
O duodeno é a primeira porção do intestino delgado a 
receber o quimo que vem do estômago, que ainda está 
muito ácido, sendo irritante à mucosa duodenal. 
Logo em seguida, o quimo é banhado pela bile. A bile é 
secretada pelo fígado e armazenada na vesícula biliar, 
contendo bicarbonato de sódio e sais biliares, que 
emulsificam os lipídios, fragmentando suas gotas em 
milhares de micro gotículas. 
Além disso, o quimo recebe também o suco 
pancreático, produzido no pâncreas. Ele contém 
enzimas, água e grande quantidade de bicarbonato de 
sódio, pois dessa forma favorece a neutralização do 
quimo. 
Assim, em pouco tempo, a “papa” alimentar do 
duodeno vai se tornando alcalina e gerando condições 
necessárias para ocorrer a digestão intra-intestinal. 
Já o jejuno e o íleo são considerados a parte do 
intestino delgado onde o trânsito do bolo alimentar é 
rápido, ficando a maior parte do tempo vazio, durante o 
processo digestivo. 
Por fim, ao longo do intestino delgado, depois que todos 
os nutrientes foram absorvidos, sobra uma pasta 
grossa formada por detritos não assimilados e com 
bactérias. Esta pasta, já fermentada, segue para o 
intestino grosso. 
 
 
 
 
 
 
 
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• Tubo digestório baixo: 
O tubo digestório baixo é formado pelo intestino grosso, 
que possui os seguintes componentes: ceco, cólon 
ascendente, transverso, descendente, a curva 
sigmoide e o reto. 
a) Intestino grosso: 
 
O intestino grosso mede cerca de 1,5 m de 
comprimento e 6 cm de diâmetro. É local de absorção 
de água (tanto a ingerida quanto a das secreções 
digestivas), de armazenamento e de eliminação dos 
resíduos digestivos. 
Ele está dividido em três partes: o ceco, o cólon (que se 
subdivide em ascendente, transverso, descendente e a 
curva sigmoide) e reto.

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