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Disciplina: Citologia e Embriologia Veterinária Professora: Danielle Misael Terceira e Quarta Semanas do desenvolvimento embrionário e organogênese Deslocamento Gastrulação Mesênquima = células frouxamente arranjadas = células mesenquimais: amebóides e fagocíticas Forma os tecidos de sustentação do embrião (tecidos conjuntivos do corpo e glândulas): Parte do mesênquima forma o mesoblasto (mesoderma indiferenciado) = mesoderma embrionário ou intra-embrionário Três folhetos embrionários = Disco Trilaminar •Mesoderma Intra-embrionário – células mesenquimais; •Endoderma Intra-embrionário – mesênquima desloca o hipoblasto; •Epiblasto passa ser ectoderma intra-embrionário. Formação da notocorda ▪ Estrutura (cilíndrica) = Eixo do embrião ▪ Base da formação do esqueleto axial ▪ Futuro local das vértebras - Importância • Estimula a diferenciação do sistema nervoso • Define o eixo primitivo do embrião (rigidez) • Serve de base para formação do esqueleto axial • Indica o local dos corpos vertebrais Origem da Notocorda ✓ No mesodema = Abaixo do Nó Primitivo = Processo notocordal ✓ Cresce em direção a placa pré cordal – se dobra = NOTOCORDA o Nó Primitivo o Processo notocordal o Canal notocordal = abertura no processo notocordal Endoderma (inferior) = Apoptoses - degeneração = Placa notocordal e Canal neuroentérico = Notocorda definitiva ➢ Formação do tubo neural (SNC) o Notocorda induz a placa neural (ectoderma) na formação do tubo neural que dá origem ao SNC. o Surgimento das cristas neurais – SNP. o Células mesenquimais migram do nó em direção cefálica = processo notocordal que cresce até a placa pré-cordal. Fusão com a placa pré-cordal = membrana bucofaríngea (futura boca). Neurulação Ectoderma acima da notocorda = se espessa e se invagina = Placa Neural Crista neural Tubo neural separa do ectoderma ⇨ forma células da crista neural – Direita e esquerda ⇨ migram do tubo neural. Estruturas derivadas da crista neural: • gânglios espinhais e do SNA • gânglios dos nervos cranianos; • Bainhas dos nervos (células de Schwann); • revestimento meníngeo do encéfalo e da medula espinhal. • Mesoderma somitos • Desenvolve-se cefalocaudalmente • Esqueleto axial (ossos do crânio, coluna vertebral, costelas e esterno). • Músculos associados. • Derme adjacente. • Determinação da idade do embrião. ❖ Formação dos somitos Diferenciação do mesoderma intraembrionário ❑ Mesoderma paraxial – Estruturas esféricas = Somitos Músculos, vértebras e costelas ❑ Mesoderma intermediário ❑ Mesoderma Lateral Número de somitos correlacionados com a idade aproximada em dias Idade aproximad a (em dias) Número de somitos 20 1 – 4 21 4 – 7 22 7 – 10 23 10 – 13 24 13 – 17 25 17 – 20 26 20 – 23 27 23 – 26 28 26 – 29 30 34 – 35 Fonte: SADLER, T. W. Langman – Embriologia Médica. 11. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010. Surgimento do Alantoide ✓ Pequeno divertículo (evaginação) em forma de salsicha na parede caudal do saco vitelino e em direção ao pedículo do embrião (16º dia); ✓ Embriões de répteis, pássaros e alguns mamíferos = se expande e tem função respiratória e de reservatório para a urina; ✓ Embriões humanos: muito pequeno forma o ligamento umbilical e os vasos sangüíneos que servirão à placenta. Parte proximal do divertículo alantoide = úraco (da bexiga até a região umbilical); Nos adultos = ligamento umbilical mediano. No fim da terceira semana... ✓ Sangue circula e o coração começa a bater (21ª ou 22º dias) ✓ Sistema cardiovascular = Primeiro sistema de órgãos que alcança um estado funcional. ✓ Batimentos cardíacos embrionários = detectados por ultra-sonografia ❖Desenvolvimento inicial do sistema cardiovascular ✓ Formação dos vasos e do coração = Primeiro formam-se os vasos ✓ 2 processos: Vasculogênese e Angiogênese ✓ Mesoderma extra-embrionário, saco vitelino, pedículo do embrião e córion ✓ Final da 2ª semana = Nutrição do embrião – Difusão do sangue materno pelo celoma extra-embrionário e saco vitelino. Vasculogênese Formação de vasos sanguíneos ▪ Células mesenquimais se diferenciam em angioblastos ▪ Angioblastos se agrupam = ilhotas sanguíneas ▪ Nas ilhotas sanguíneas surgem cavidades (cavidades dos vasos sanguíneos) ▪ Células mudam de forma = de esféricas para pavimentosas = endoteliais Células pavimentosas Grupos V as cu lo gê n es e Angioblastos Transformação em células tronco hematopoiéticas (cavidade) Cavidades nos grupos A n gi o gê n es e Vasos sanguíneos Broto de células Ramificação e invade o mesoderma extra embrionário, saco vitelino, pedículo do embrião e córion Angiogênese Ramificação de vasos sanguíneos Formação do coração (Início do desenvolvimento) Mesoderma extraembrionário – área cardiogênica Coração e grandes vasos – Células mesenquimais da área cardiogênica Par de canais longitudinais revestidos por endotélio — os tubos cardíacos endocárdicos — se fundem = tubo cardíaco primitivo. Fusionam Surgem cavidades isoladas que se fundem Cavidade Coriônica Células do saco vitelínico = Mesoderma extraembrionário (circunda o âmnio e o saco vitelino. Entre membrana exocelomica e citotrofoblasto. • Trofoblasto diferenciado em vilosidades primárias – citotrofoblasto recoberto por uma camada sincicial – vilosidade primária. • Vasos ligam-se ao coração embrionário • Desenvolvimento das vilosidades aumenta a superfície de troca de nutrientes entre circulação – materna e fetal. Vilosidades coriônicas Vilosidades coriônicas SECUNDÁRIAS Vilosidades coriônicas TERCIÁRIAS Córion + Endométrio = Placenta (trocas entre mãe e feto) Mesoderma extra-embrionário cresce para dentro das vilosidades primárias em direção à decídua = vilosidades coriônicas secundárias. Células mesenquimais das vilosidades diferenciam-se em capilares sanguíneos formando redes de capilares e células sanguíneas – vilosidades coriônicas terciárias. Vilosidades coriônicas ✓ Estabelecimento das estruturas internas e externas ✓ Principais sistemas de órgãos (funcionamento mínimo) – Exceção = Sistema cardiovascular ✓ Mudança da forma do embrião ✓ Diferenciação rápida = exposição de embriões a teratógenos = anomalias congênitas. ✓ Teratógenos são agentes – medicamentos, vírus, radiações = que produzem ou aumentam a incidência de anomalias congênitas QUARTA SEMANA DO DESENVOLVIMENTO Dobramento do embrião Dobramento ventral das extremidades do embrião = pregas cefálica e caudal e o embrião se alonga cefálica e caudalmente • Rápido crescimento do embrião • Influência do desenvolvimento do sistema nervoso central. • Constrição gradativa do saco vitelino = grande parte é eliminada • Porção superior = incorporada ao embrião = intestino primitivo. • Anexos embrionários - âmnio e alantoide sofrem reposicionamento. PREGA CEFÁLICA Pregas neurais se espessam para formar o primórdio do encéfalo. PREGA CAUDAL Crescimento da parte distal do tubo neural (primórdio da medula espinhal). PREGAS LATERAIS Crescimento rápido da medula espinhal e dos somitos que produzem as pregas laterais direita e esquerda. 22 dias 26 dias 28 dias Crescimento rápido da medula espinhal e dos somitos forma as pregas laterais direita e esquerda, cujo crescimento desloca o disco embrionário ventralmente, formando um embrião praticamente cilíndrico. ECTODERMA Se diferencia em ectoderma cutâneo e ectoderma neural. Ectoderma cutâneo: Epiderme e anexos (pêlos, unhas e glândulas, chifres), Glândula mamária, parte anterior da hipófise, esmalte dos dentes, o cristalino e a orelha interna. Ectoderma neural se divide em placa neural e tubo neural. Tubo neural = SNC, corpo pineal, parte posterior da hipófise e a retina. Crista neural = SNP, camada medular da adrenal, células pigmentares da pele, cartilagens dos arcos faríngeos e tecido conjuntivo da cabeça. MESODERMA Cabeça = origina o crânio, tecido conjuntivo e a dentina. Mesoderma paraxial: músculosda cabeça e músculo estriado esquelético tronco e membros, ossos do corpo, a derme e tecido conjuntivo. Mesoderma intermediário: Sistema urogenital, Gônadas, Ductos e Glândulas acessórias. Mesoderma lateral: Tecido conjuntivo e músculo liso das vísceras, membranas serosas da pleura, peritônio e pericárdio, coração primitivo, sangue e células linfáticas, o baço e o córtex da adrenal. ENDODERMA Porções epiteliais do trato respiratório (traqueia, brônquios e pulmões) e do trato gastrointestinal (esôfago, estômago, intestinos), o fígado e o pâncreas, a bexiga, as partes epiteliais da faringe, tireoide, cavidade timpânica, tonsilas, paratireoide. Desenvolvimento dos Membros e Face I – Desenvolvimento dos membros – Final da terceira semana de gestação em gatas, ovelhas e porcas e durante a quarta semana em cadelas e vacas. ❑ Formação do broto dos membros (regiões cervicotorácica e lombossacral. - Elevações nas paredes ventrolaterais do corpo - Inicia-se no mesoderma das lâminas parietais Formam-se abaixo de uma faixa de ectoderma – crista ectodérmica apical Ação da crista ectodérmica apical Desenvolvimento do membro torácico e pélvico é similar Morfogênese dos membros pélvicos é mais tarde que a dos membros torácicos. Organogênese: ❑ Formação da placa das mãos e dos pés (porção distal dos membros) - Extremidades dos brotos se achatam (forma de remo) ❑ Formação dos raios digitais - Condensação do mesoderma - Broto dos dedos - Formação das falanges - Membranas interdigitais (pé de pato) - Surgimento de reentrâncias entre os dedos - Importância da apoptose Vista dorsal da pata direita de feto felino (8 cm, dia 42). 1: Rádio; 2: Ulna; 3: Ossos do carpo; 4: Ossos metacárpicos; 5: Primeira falange; 6: Segunda falange; 7: Terceira falange; 8: Garra. Formação dos músculos Diferenciação de células mesenquimais em Mioblastos - se agregam em massa em cada broto dos membros envolvendo ossos em formação Massa muscular dorsal = Músculos extensores Massa muscular ventral = Músculos flexores. Mesênquima dos somitos forma os Miótomos cervicais e lombares = músculos das cinturas escapular e pélvica. PARTICULARIDADES ENTRE AS ESPÉCIES Futuros dígitos: agregados de células mesenquimais que secretam matriz pré-cartilaginosa. Raios digitais – segmentação espécie-específica (segmentos falangeanos característicos). Construção padrão da porção distal dos membros torácicos e pélvicos = 5 dígitos que irradiam Dígito 1 = posição medial e o Dígito 5 na lateral. Em equinos e bovinos: Processo evolutivo = redução no número e tamanho de dígitos (mudança de locomoção plantígrada para digitígrada). Bovinos: dígito 1 desaparece primeiro, seguido pelo dígitos 2e 5 – Dígito 3 e 4. Equínos = Redução mais acentuada = único dígito (dígito 3). Suínos (= artiodáctilos: ungulados de dedos pares): Dígitos 3 e 4 são suporte de peso e os dígitos 2 e 5 são menores. Carnívoros: Dígitos 2, 3, 4 e 5 suportam o peso e o dígito 1 (dígito vestigial) é muito reduzido em tamanho. Em mamíferos: 5 arcos branquiais 5º ausente e 6º rudimentar. Revestimento externo = Ectoderma Revestimento interno = Endoderma Preenchidos pelo mesoderma (cartilagem; músculo ar; artéria (o arco aórtico) e nervo II – Desenvolvimento da face ✓ Formação dos arcos faríngeos (ou branquiais) = Aparelho branquial Formação da cabeça e do pescoço Arcos branquiais; Sulcos branquiais (entre os arcos, externamente) e bolsas faríngeas (entre os arcos, internamente). Desenvolvimento craniocaudal ***Primeiro arco faríngeo*** Desenvolvimento da face Saliências maxilares+ segmento intermaxilar = boca, maxila, lábios superiores Saliências mandibulares = boca, mandíbula, lábios inferiores ✓ Placoides nasais nas porções ínfero-laterais da saliência frontonasal ✓ Saliências laterais nasais (asas do nariz) ✓ Saliências mediais nasais (Ponta do nariz, Filtro do lábio superior; Palato primário; Septo nasal) ✓ Migração medial das saliências maxilares e das fossetas nasais ✓ Fusão das fossetas nasais e formação do segmento intermaxilar ✓ Fusão das saliências mandibulares ✓ Fusão das saliências maxilares ao segmento intermaxilar Anomalias relacionadas ao desenvolvimento da face Micrognatia Agnatia Lábio leporino ou fissura labial mediana / fenda nasal mediana = Fusão incompleta entre eminências nasais medianas Anomalias relacionadas ao desenvolvimento da face Bibliografia ▪ Embriologia Clínica - MOORE, Keith L. et al. 10. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016. ▪ Embriologia veterinária - Hyttel, Sinowatz & Vejlsted (tradução Antônio Chaves de Assis Neto … et al.) Rio de Janeiro: Elsevier, 2012. ▪ Embriologia Veterinária Comparada – ALMEIDA, Jorge Mamede – Guanabara Koogan, 2019 Slide 1 Slide 3 Slide 4 Slide 5 Slide 6 Slide 8 Slide 9 Slide 10 Slide 11 Slide 12 Slide 13 Slide 14 Slide 16 Slide 18 Slide 19 Slide 20 Slide 21 Slide 22 Slide 23 Slide 25 Slide 26 Slide 28
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