Aula 1 - direito e ciência_2021

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Direito e ciência
Razão científica, humanismo e direito
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Razão científica, saber e ciência do direito
Ciência
Divide a realidade;
Decifra “porções do mundo”
Divisão do mundo objetivo, subjetivo e social.
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Razão científica, saber e ciência do direito
Ciência do Direito
Ciência humana, histórica e social
O direito deve versar sobre o que há de melhor (justiça, liberdade, igualdade, diversidade, solidariedade, organização social, inteligência, trabalho, afeto, etc) e pior nas inter-relações humanas.
Estuda processos de regulação dos valores humanos e dos interesses sociais conflitantes;
Teoria e a prática estão em um único campo de trabalho.
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Razão científica, saber e ciência do direito
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Ciência do Direito	
Ciência Econômica
Ciência Política
Considerações 
Ciência do Direito
“Não é possível, assim sendo, extrair a ciência do direito com um olhar apenas interno ao afazer dos juristas. É necessário extrair a ciência do direito a partir das suas últimas determinações, com base na totalidade das ciências. O direito não se revela, cientificamente, apenas com seus próprios instrumentos de técnica jurídica. Para se dizer que o direito moderno tem diferenças em relação ao direito antigo, está-se utilizando uma ciência humana – no caso a história – para tentar entender o fenômeno jurídico.
Ao assim proceder, dá-se um passo fundamental na caminhada do entendimento científico do direito: reconhece-se a necessidade do concurso de várias ciências para se compreender o fenômeno jurídico. É impossível buscar reduzi-lo a uma mera visão unilateral, como se o direito se esgotasse apenas numa movimentação mecânica das normas jurídicas. Todo aquele que quiser buscar uma essência absoluta da ciência do direito há de falhar: em especial nas ciências humanas, não há fenômeno que seja isolado, desconexo, independente. A visão unilateral impede justamente a compreensão da dinâmica histórica e social. Somente o concurso de todas as ciências humanas poderá dar conta de uma melhor definição de objetos específicos das relações sociais e determinações que sobre eles incidem.”
(Alysson Mascaro)
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Razão científica, saber e ciência do direito
Ciência do Direito
Paradigma positivista – autoalienação epistemológica
Tecnicismo jurídico ≠ técnica jurídica
Rever o lugar do direito como uma ciência humana e social permite que os avanços científicos de outras áreas dialoguem com o direito sem lhe comprometer a autonomia.
“a Ciência do Direito – visto como Ciência Humana dos problemas humanos e sociais – irá lidar com o Direito considerando-o um lugar social racionalizador do convívio social e regulador dos conflitos sociais, que canaliza o exercício da repressão à condutas antissociais e a desentendimentos da inter-ação social, possibilitando saídas institucionais, tomadas de decisão, realização de conteúdos de regras, estímulo à prevenção de comportamentos socialmente danosos”.
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Razão científica, saber e ciência do direito
Ciência do Direito
Como toda ciência deve ter: método, objeto, racionalidade e sistematicidade.
Regulação social positiva – Ciências Normativas do Direito
Coerência, unidade e estruturação da totalidade do sistema jurídico positivo – Teoria Geral do Direito;
Mudanças e Transformações sociais – Sociologia do Direito;
Justiça – Filosofia do Direito.
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Razão científica, saber e ciência do direito
Ciência do Direito e sua constante mudança
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Direito Civil
Pacta sunt servanda
Onerosidade Excessiva
Direito Civil
Culpa
Responsabilidade Objetiva 
Razão científica, especialização do saber jurídico e ciências normativas do Direito 
1) A “Ciência do Direito” não é uma unidade, mas a reunião de um repertório de inúmeras ramificações.
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A “Ciência do Direito” não é uma unidade, mas a reunião de um repertório de inúmeras ramificações.
A ciência do direito não atua universalmente, senão, situacionalmente, ou seja, atua na compreensão e decodificação dos problemas oriundos de fragmentos de experiências extraídos do mundo da vida, compreendido como unidade da experiência mundana, traduzindo os problemas reais em linguagem técnica, de modo a formar universos de discurso científico-jurídicos especializados, o que significa dizer, do ponto de vista científico, terminologizados e diferenciados.
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Razão científica, especialização do saber jurídico e ciências normativas do Direito 
2) As “Ciências do Direito” podem ser chamadas “Ciências Normativas do Direito”.
Dogmática jurídica  Ciência Normativa do Direito
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Em especial, a dogmática jurídica brasileira veio passando por vertiginosas alterações, que confirmam e registram o estado de crise das Ciências do Direito, tais como: a repersonalização do Direito de Família; o Direito Civil da função social do contrato; a publicização do Direito privado; a unificação do tratamento codificado do Direito Civil e do Direito Comercial; a pulverização dos Estatutos; a socialização dos riscos, na Teoria dos Contratos, no Direito Civil; a jurisprudencialização do Processo Civil etc.
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2) As “Ciências do Direito” podem ser chamadas “Ciências Normativas do Direito”.
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Razão científica, especialização do saber jurídico e ciências normativas do Direito 
3)As Ciências Normativas do Direito possuem quatro identificadores que as qualificam e distinguem. 
a)Ciências normativas aplicadas;
b)Ciências baseadas em conceitos, regras e valores;
c)Ciências técnicas operatórias;
d)Ciências preparatórias de ação jurídica.
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As Ciências normativas do Direito desempenham seu papel por meio de: a)análise, o que significa etimologicamente, partir para compreender, o que não se faz sem que se gere além de ciência (epistéme, gr.), também, opinião fundada (dóxa, gr.); b)conceituação, pois é necessário conceituar, para bem definir, distinguir, classificar, ordenar, em se tratando de fenômenos e objetos múltiplos de análise, o que não se faz sem a contribuição de processos lógicos, cognitivos e hermenêuticos. Por isso, para as Ciências Normativas do Direito a conceituação não é uma atividade de somenos importância, na medida em que os conceitos jurídicos (o conceito de família, no Direito de Famílias; o conceito de posse, no Direito Civil, etc formam os núcleos técnicos de aspersão e derivação de consequências jurídicas.
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3)As Ciências Normativas do Direito possuem quatro identificadores que as qualificam e distinguem. 
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Razão científica, especialização do saber jurídico e ciências normativas do Direito 
4)As Ciências Normativas do Direito estão implicadas num quadro de progresso das ciências no âmbito da esfera pública científica.
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4)As Ciências Normativas do Direito estão implicadas num quadro de progresso das ciências no âmbito da esfera pública científica.
O tratamento científico dos problemas pressupõe a busca de a)linguagem especializada; b) capacidade técnica; c) discurso embasado; d) razoes para a justificação da solução; e) fundamentação racional. 
De outro lado, as Ciências Normativas do Direito pressupõem: a) posições científicas, b)posições teórico-metodológicas; c) lugares de discursos; d) representações de grupos sociais, de ideologias, de interesses, de concepções, de visões de mundo. Isso aponta para o fato de que a Ciência também envolve opinião e subjetividade autoral. Por isso, tradicionalmente, costumava-se chamar a doutrina de opinio doctoris. A opinião do jurista deveser embasada, pesquisada, sensata, fundamentada, criteriosa e convincente.
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Razão científica, especialização do saber jurídico e ciências normativas do Direito 
5)As Ciências Normativas do Direito podem ser metacompreendidas e suprainterpretadas no plano de uma Teoria Geral do Direito. 
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5)As Ciências Normativas do Direito podem ser metacompreendidas e suprainterpretadas no plano de uma Teoria Geral do Direito. 
A Teoria Geral do Direito deve servir de ponto de partida (1) para as Ciências Normativas do Direito e, ao mesmo tempo, de ponto de chegada (2). Enquanto ponto de partida (1), ela deve ser capaz de estabelecer as premissas comuns de trabalho do Direito no quadro histórico atual, preocupando-se com a unidade, coerência e totalidade do universo de questões comuns que organizam o sistema jurídico; e, enquanto ponto de chegada (2), ela deve significar o lócus teórico de diálogo para diversidade das questões específicas de cada Ciência Normativa do Direito. Não por outro motivo, uma Teoria Contemporânea do Direito deve se construiri como
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Razão científica, Teoria do Direito e Teoria do Humanismo Realista
Crise da Teoria Geral do Direito
Tem sido cada vez menor as investigações sobre esse ramo do direito;
As sociedades complexas tornam o direito cada vez mais disperso e especializado;
Ao lado do Direito Privado há o desenvolvimento de Teorias Gerais das especialidades (TG do Direito Penal; TG do Direito Civil; TG dos DH; TG do Direito Administrativo; TG do Processo Civil).
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Razão científica, Teoria do Direito e Teoria do Humanismo Realista
Teoria Geral do Direito
É útil para uma construção abrangente do Direito, desde que baseada na interdisciplinaridade com outras fronteiras científicas, no diálogo entre as áreas das Ciências Normativas do Direito e também dos desafios concretos da realidade.
É toda vertentes que procura explicar o que o Direito é, e ainda, como o Direito funciona
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Razão científica, Teoria do Direito e Teoria do Humanismo Realista
Teoria do Humanismo Realista 
Subsidia o Direito a ser mais crítico e revisor de suas próprias práticas;
Incentiva que a formação jurídica seja crítico-reflexiva voltada para um olhar realista. 
Incentiva a promoção das formas de emancipação, considerando o potencial do Direito, enquanto somado ao potencial de outras foças sociais;
Procura promover o esclarecimento. 
Retoma a justiça como força centrípeta da cultura do Direito.
Enfatiza a a noção de dignidade humana.
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Razão científica, Teoria do Direito e Teoria do Humanismo Realista
Teoria do Humanismo Realista 
Trabalha os valores privados e públicos de forma complementar;
Procura o desenvolvimento integral da pessoa humana em suas várias dimensões. 
A teoria se abastece da racionalidade e irracionalidades, sendo as irracionalidades:
Políticas – o arbítrio, extremização política, corrupção, desvio de poder
Econômicas – poder econômico, monopólio, concentração, dominação, exploração, alienação.
Culturais – cordialidade, jeitinho
Discurso-comunicativas – manipulação, distorção, coação ,alienação.
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Obrigado
Ana Carolina Greco Paes
Nepe.coordenador@toledoprudente.edu.br
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