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Medicamentos na Prática Clinica - Barros - 1ed-459

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460 Elvino Barros, Helena M. T. Barros & Cols. 
Henoch-Schõnlein, trombocitopenia, leu-
copenia e sulfemoglobinemia. Os recep-
tores de transplante renal podem sofrer 
grave toxicidade hematológica. A maioria 
dos paraefeitos envolve a pele, podendo 
causar dermatite esfoliativa; a síndrome 
de Stevens-Johnson e a necrólise epidér-
mica tóxica (síndrome de Lyell) são raras 
e ocorrem, principalmente, em indivíduos 
idosos. Náuseas e vômitos são as reações 
gastrintestinais mais frequentes. Diarreia 
é rara; glossite e estomatite são relativa-
mente comuns. Também ocorrem hepati-
te alérgica colestática, cefaleia, alucina-
ções, depressão e vertigem. Em pacientes 
com doença renal prévia, pode haver di-
minuição permanente da função renal e 
cristalúria. Pode haver acidose tubular 
renal e anafilaxia. 
Interações. O metotrexato e a pirimetami-
na aumentam a possibilidade de citope-
nias graves. Evitar o uso concomitante de 
varfarina, fenitoína, tolbutamida e clorpro-
pamida, que têm seus efeitos potencializa-
dos. A polimixina B e os aminoglicosídeos 
têm sinergia contra alguns bacilos Gram-
negativos. O uso associado à rifampicina 
é sinérgico para o tratamento de infecções 
por Staphylococcus aureus resistentes à 
oxacilina, desde que o germe seja sensível 
tanto ao sulfametoxazol +trimeto prima 
quanto à rifampicina. 
Gestação e lactação. Categoria de risco C 
na gestação. Não usar na gestação próxi-
ma ao termo (categoria de risco D). Pode 
causar hemólise nos fetos com deficiência 
de G6PD e com kernicterus. No leite ma-
terno, atinge nível correspondente a SOO/o 
do nível sérico, sendo contraindicada na 
lactação. 
Comentários 
• Penetra bem no fluido cerebrospinal, no - , . escarro e na secreçao prostat1ca; tam-
bém atinge alta concentração na bile. 
• Pode ser associado à rifampicina para o 
tratamento de infecções por Staphylococ-
cus aureus resistentes à oxacilina, desde 
que sensíveis tanto ao sulfametoxazol + 
trimetoprima quanto à rifampicina. 
• Não há evidências de que sulfametoxa-
zol-trimetoprima, nas doses recomen-
dadas, induza a deficiência de ácido 
folínico em pessoas sadias, mas o uso 
do último pode prevenir o surgimento 
de trombocitopenia, de anemia e de 
leucopenia. 
• Em pacientes com deficiência de G6PD 
e de folato, em uso de pirimetamina ou 
de outras drogas citopênicas, pode ha-
ver grave depressão da medula óssea e 
discrasias sanguíneas. 
GLICOPEPTÍDEOS 
A teicoplanina e a vancomicina são 
os glicopeptídeos atualmente disponí-
veis para uso humano. Os glicopeptíde-
os são fármacos com atividade essen-
cialmente contra cocos Gram-positivos, 
Clostridium difficile e Chryseobacterium 
(Flavobacterium) meningosepticum. Agem 
na parede celular e são lentamente bac-
tericidas. Contra estafilococos sensíveis 
à oxacilina, são nitidamente inferiores a 
ela, matando bactérias em um ritmo qua-
tro vezes inferior ao do ~-lactâmico. O 
mesmo vale para os enterococos sensíveis 
à ampicilina, que respondem melhor a ela 
do que aos glicopeptídeos. 
A vancomicina é o fármaco de escolha para 
o Staphylococcus aureus meticilina-resistente. 
Embora ela também seja ativa contra outros 
microrganismos Gram-positivos, outros anti-
bióticos são preferidos para tratar infecções 
devidas a esses microrganismos. 
Recentemente, surgiram os primeiros 
relatos de estafilococos intermediários e 
resistentes à vancomicina, sendo que S. au-
reus resistentes à teicoplanina em infecções 
humanas já foram descritos há mais de 10

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