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Medicamentos na Prática Clinica - Barros - 1ed-272



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le glicêmico gira em tomo de 0,5-1 % na 
HbAlc, com efeito principal na glicemia 
pós-prandial. Pode ser utilizada concomi-
tantemente com a metformina, sulfonilu-
reia ou tiazolidinediona, com melhora do 
controle glicêmico. Quando comparada à 
insulina em pacientes com DM2 descom-
pensado, com falência à sulfonilureia ou à 
metformina, a exenatida apresentou con-
trole semelhante ao da HbAl c, com maior 
perda de peso, porém também com maior 
taxa de efeitos colaterais. Essa medica-
ção está associada à perda de peso, pelo 
menos em parte devido aos seus efeitos 
colaterais gastrintestinais. Seu uso envol-
ve 1-2 doses diárias, antes ou em até 1 h 
após o café e o jantar, via subcutânea. 
A liraglutida é um análogo do GLPl, 
cuja posologia apresenta a vantagem de 
apenas uma aplicação ao dia, com tempo 
de meia-vida de 10 h, pois esse análogo 
apresenta-se ligado à albumina, com ab-
sorção e eliminação mais lentas e resis-
tência à degradação pela DPP 4. Essa me-
dicação parece apresentar eficácia com-
parável à da exenatida, da metformina e 
da glimepirida ou até mesmo superior à 
última. A perda de peso com liraglutida é 
menos pronunciada do que com exenati-
da. Essa medicação ainda aguarda libera--çao para uso. 
Náusea é relatada em 40-500/o dos 
pacientes em uso de exenatida e é causa 
frequente de descontinuação do tratamen-
to, porém esse efeito é transitório e ape-
nas 10% dos pacientes não apresentam 
resolução dos sintomas. Outra desvanta-
gem é o uso subcutâneo. Tem havido rela-
tos de pancreatite, e estudos de seguran-
ça devem ser realizados. Uma vantagem é 
que está associada à baixa incidência de 
hipoglicemia, que ocorre principalmente 
quando há associação com outras medi--caçoes. 
Exenatida 
Nome comercial. Byetta®. 
Medicamentos na prática clínica 273 
Apresentações. Caneta de 1,2 mL com 
60 doses de 5 µg (5 µg/0,02 mL); cane-
ta de 2,4 mL com 60 doses de 10 µg (10 
µg/0,04 mL). 
Uso. DM2. 
Contraindicações. Cetoacidose, DMl. Não 
recomendado para pacientes com doença 
gastrintestinal sintomática e TFG abaixo 
de 30 mL/min. Segurança e eficácia não 
estabelecidas na população pediátrica. 
Posologia. Dose inicial: 5 µg, 2x/dia. 
Após um mês, pode-se aumentar para 10 
µg, 2x/dia. Dose máxima: 10 µg, 2x/dia. 
Modo de administração. SC, dentro de 60 
min antes das refeições. 
Parâmetros f armacocinéticos 
• Duração de ação: 8 h. 
• Pico: 2 h. 
• Biotransformação: mínimo metabolis-
mo sistêmico; pode ocorrer degradação 
proteolítica após filtração glomerular. 
• Meia-vida: 2,4 h. 
• Eliminação: urina. 
Ajuste para função hepática e renal. Sem 
recomendação oficial para IH. Sem neces-
sidade de ajuste de dose para TFG > 30 
mL/min. Uso não recomendado se TFG < 
30 mL/min. 
Efeitos adversos. Náuseas em 40-500/o dos 
pacientes. Baixa incidência de hipoglice-
mias. Podem ocorrer diarreia, cefaleia, 
tontura, diminuição do apetite, dispepsia, 
astenia e sintomas de refluxo gastresofá-
gico. Relatos de pancreatite. 
Interações. Sem interações relevantes. 
Gestação e lactação. Categoria de risco C 
na gestação. A secreção no leite matemo é 
desconhecida; usar com cautela. 
Comentários 
• Associada à perda de peso durante o 
tratamento. 
• Pode ser utilizada com outros antidia-
béticos orais.