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Medicamentos na Prática Clinica - Barros - 1ed-275

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276 Elvino Barros, Helena M. T. Barros & Cols. 
A pramlintida é uma análogo da 
amilina, sendo utilizada em pacientes 
com DMl e DM2 em uso de insulina, 
quando o controle glicêmico não está 
dentro do alvo com a terapia em uso, in-
cluindo metformina e sulfonilureias. Esse 
fár1naco reduz a glicemia pós-prandial, 
apresenta efeito modesto na redução da 
HbAlc, reduz a dose de insulina e o peso 
do paciente. No DMl, há estudos contra-
ditórios para o controle da HbAlc, com 
resultados negativos ou com redução de, 
no máximo, 0,6%, apesar da redução da 
variabilidade da glicemia pós-prandial e 
da redução do peso nos pacientes que uti-
lizam pramlintida, às custas de maior taxa 
de hipoglicemias. Em pacientes com DM2, 
os estudos são, na maioria, metodologica-
mente inadequados e comparadas apenas 
com placebo. 
Essa medicação é aplicada no subcu-
tâneo, em múltiplas doses, imediatamen-
te antes das refeições. Não deve ser mis-
turada com a insulina para a aplicação, e 
o sítio de aplicação deve variar entre as 
aplicações. 
Pramlintida 
Nome comercial. Symlin®. 
Apresentações. 600 µg/mL (5 mL); 1000 
µg/mL (1,5 mL) - caneta com 60 aplica-
ções; 1.000 µg/mL (2,7 mL) - caneta com 
120 aplicações. 
Uso. DM tipos 1 e 2, em uso de insulina. 
Contraindicações. Não deve ser utilizada 
em pacientes com hipoglicemias graves e 
gastroparesia. Segurança e eficácia não 
estabelecidas em crianças. 
Posologia. DMl: dose inicial de 15 µg/ 
refeição. A dose pode ser aumentada em 
15 µg a cada 3 dias. Dose máxima: 60 µg/ 
refeição. 
DM2: dose inicial de 60 µg/refeição. A 
dose pode ser aumentada para 120 µg/ 
refeição após 3-7 dias. Dose máxima: 120 
µg/refeição. 
Modo de administração. se, com as refei-
ções, em múltiplas doses ao dia. 
Parâmetros farmacocinéticos 
• Duração de ação: 3-4 h. 
• Biodisponibilidade: 30-400/o. 
• Ligação a proteínas: 600/o. 
• Pico: 20 min. 
• Biotransformação: renal a metabólitos 
ativos. 
• Meia-vida: 48 min. 
• Eliminação: principalmente na urina. 
Ajuste para função hepática e renal. Sem 
necessidade de ajuste para IR. Não avalia-
do para pacientes em diálise e com IH. 
Efeitos adversos. Cefaleia, náusea, anore-
xia e hipoglicemia são os efeitos colaterais 
mais comuns e ocorrem mais frequente-
mente em pacientes com DMl. 
A náusea ocorre no início do tratamen-
to e diminui com o tempo. A pramlintida 
não causa hipoglicemias por si só, porém 
a hipoglicemia pode ocorrer devido ao uso 
concomitante de insulina. Quando inicia-
da com dose baixa, com aumento nos 1-2 
meses seguintes, e com redução da dose de 
insulina prandial em 25-50%, o risco de hi-
poglicemias e de náusea é reduzido. Além 
disso, não há estudos de segurança do uso 
a longo prazo da medicação. 
Interações. Aumenta os paraefeitos anti-
colinérgicos, principalmente gastrintesti-
• na1s. 
Gestação e lactação. Categoria de risco C 
na gestação; ainda sem estudos em huma-
nos. A secreção no leite materno é desco-
nhecida; usar com cautela. 
Comentários 
• Não deve ser usada na mesma seringa 
que a insulina. 
• A dose de insulina deve ser reduzida 
em 30-500/o quando iniciada a terapia 
com pramlintida.

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