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Medicamentos na Prática Clinica - Barros - 1ed-242

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Comentários 
• A posologia também deve ser reduzida 
nas insuficiências coronariana, hepática 
e em idosos. O ajuste da posologia deve 
ser feito por meio da determinação dos 
níveis séricos da digoxina (normal en-
tre 1-2 ng/dL). 
Digoxina 
Genérico. Digoxina. 
Apresentações. Cpr com 0,25 mg; elixir 
pediátrico 0,05 mg/mL com 60 mL. 
Farmácia popular. Digoxina. 
Apresentação. Cpr de 0,25 mg. 
Nomes comerciais. Digobal®, Digoxina®. 
Apresentações. Cpr com O, 125 e 0,25 mg. 
Usos. ICC associada à fibrilação atrial, 
ICC associada à disfunção sistólica mesmo 
com ritmo sinusal. 
Contraindicações. Cardiomiopatia hiper-
trófica obstrutiva, síndrome de Wolff-Par-
kinson-White, bloqueio AV significativo. 
Posologia. 0,125-0,25 mg/dia. Ajuste pelo 
nível sérico, procurando mantê-lo entre 
1-2 ng/dL. Dose máxima: 0,25 mg/dia. 
Modo de administração. VO; a presença 
de alimentos pode retardar, mas não alte-
rar a taxa de absorção da digoxina. 
Parâmetros farmacocinéticos 
• Pico plasmático: oral: -1 h. 
• Início de ação: oral: 1-2 h. 
• Pico de ação: oral: 2-8 h. 
• Duração de ação: 3-4 dias. 
• Biodisponibilidade: oral: 70-80%. 
• Biotransformação: metabolismo no es-
tômago e no intestino, formando me-
tabólitos que podem contribuir para 
os efeitos terapêuticos e tóxicos da 
digoxina. Na ICC, o metabolismo está 
reduzido. 
• Ligação a proteínas plasmáticas: 30o/o; 
na uremia, a digoxina é deslocada dos 
seus sítios de ligação às proteínas plas-
, . 
mat1cas. 
• Meia-vida: 38-48 h. 
Medicamentos na prática clínica 243 
• Eliminação: urina (50-70% como droga 
inalterada). Trinta por cento são excre-
tados por vias não renais (intestino e 
metabolismo hepático). 
Ajuste para função hepática e renal. Usar 
com cautela na IH. 
• DCE 40-50 mL/min 
- Ataque: 75o/o da dose; manutenção: 
0,125 mg/dia. 
• DCE 10-40 mL/min 
- Ataque: 75-50% da dose; manuten-
ção: 0,125 mg/dia. 
• DCE < 10 mL/min 
- Ataque: 50o/o da dose; manutenção: 
0,125 mg 2-4x/semana. 
Efeitos adversos. Gastrintestinais (anore-
xia, náuseas, vômitos, diarreia), neurológi-
cos (mal-estar, fadiga, confusão, vertigem, 
xantopsia), cardiológicos (palpitações, ar-
ritmias, síncope), sanguíneos (nível sérico 
de digoxina elevado; pode estar nor1nal 
quando o potássio está baixo e causar to-
xicidade). 
Interações. Amiodarona, ciclosporina, 
itraconazol, indometacina, tetraciclinas, 
eritromicina, claritromicina, quinidina, 
propiltiouracil, nitrendipino, diltiazem, 
verapamil e espironolactona aumentam o 
nível sérico de digoxina. O carvedilol inibe 
o metabolismo da digoxina, aumentando 
o risco de toxicidade. A succinilcolina tem 
sido implicada no aumento do risco de 
arritmias. Levotiroxina, metoclopramida, 
colestiramina e penicilamina diminuem 
os efeitos da digoxina. 
Gestação e lactação. Categoria de risco C 
na gestação. Indefinida na lactação. 
Comentários 
• Monitorar potássio, cálcio, magnésio, 
ureia e creatinina. 
• Hipocalemia, hipercalcemia e hipo-
magnesemia predispõem à toxicidade 
da digoxina.

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