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FARMACOLOGIA DA SÍNDROME METABÓLICA (Atualizado)


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TRATAMENTO DA HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA 
 
MONOTERAPIA 
A monoterapia pode ser a estratégia para pacientes com HA estágio 1 com risco CV baixo ou com PA 130-139/85-89 mmHg de risco CV alto3 
ou para indivíduos idosos e/ou frágeis 
COMBINAÇÃO DE FÁRMACOS 
O início do tratamento deve ser feito com combinação dupla de medicamentos que tenham mecanismos de ação distintos, sendo exceção a 
essa regra a associação de DIU tiazídicos com poupadores de potássio. Caso a meta pressórica não seja alcançada, ajustes de doses e/ou a 
combinação tripla de fármacos estarão indicados 
DIURÉTICOS 
Mecanismo de ação: Os diuréticos reduzem a pressão arterial por mecanismos que incluem inicialmente um aumento da excreção renal de 
sódio e água, com consequente diminuição do volume extracelular 
Efeitos colaterais: Fraqueza, câimbras, hipovolemia, disfunção erétil, hipopotassemia, hipomagnesemia, hiperglicemia, hiperlipidemia, 
hiperuricemia 
TIAZÍDICOS Nome do 
fármaco 
Posologia Frequência Indicações Contraindicações 
Hidroclorotiazida 25-50 mg 1 vez ao dia - - 
Clortalidona (maior 
potência) 
12,5 – 25 mg 1 vez ao dia - - 
ALÇA 
 
Furosemida 20-240 mg 1 a 3 vezes ao dia Utilizada em 
insuficiência renal 
crônica (IRC), 
insuficiência cardíaca 
congestiva (ICC) e 
estados de retenção 
de líquidos (edema) 
- 
Poupador de 
potássio 
Espirolactona 25-100 mg 1 a 2 vezes ao dia HA resistente, 
refratária., 
prevenção e o 
tratamento de 
hipocalemia e 
hiperaldosteronismo 
primário 
- 
Betabloqueadores 
Mecanismo de ação: Os BB têm ações farmacológicas complexas. Promovem a diminuição inicial do débito cardíaco e da secreção de 
renina, com a readaptação dos barorreceptores e diminuição das catecolaminas nas sinapses nervosas. Eles podem ser diferenciados em três 
categorias, de acordo com a seletividade para ligação aos receptores adrenérgicos: 1) não seletivos – bloqueiam tanto os receptores 
adrenérgicos beta-1, encontrados principalmente no miocárdio, quanto os beta-2, encontrados no músculo liso, nos pulmões, nos vasos 
sanguíneos e em outros órgãos (propranolol, nadolol e pindolol, este último apresentando atividade simpatomimética intrínseca, agindo como 
um agonista adrenérgico parcial e produzindo menos bradicardia); 2) cardiosseletivos – bloqueiam preferencialmente os receptores beta-1 
adrenérgicos (atenolol, metoprolol, bisoprolol e nebivolol, que é o mais cardiosseletivo); e 3) com ação vasodilatadora – manifesta-se por 
antagonismo ao receptor alfa-1 periférico (carvedilol) e por produção de óxido nítrico (nebivolol) 
Efeitos adversos: Broncoespasmo, bradicardia, distúrbios da condução atrioventricular, vasoconstrição periférica, insônia, pesadelos, depressão, 
astenia e disfunção sexual 
Contraindicações gerais: Os BB são contraindicados em pacientes com asma, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e bloqueio 
atrioventricular de segundo e terceiro graus. 
Não seletivos Proponolol 80-320 mg 2-3 vezes ao dia IC ou DAC A retirada abrupta 
dos BB deve ser 
evitada, pois pode 
provocar taquicardia 
reflexa e mal-estar. 
cardioseletivos Atenolol 50-10 mg 1 -2 vezes ao dia IC ou DAC - 
Bloqueadores dos recepetores AT1 da angiotensina II (BRA) 
Mecanismo de ação: Os BRA antagonizam a ação da angiotensina II pelo bloqueio específico dos receptores AT1, responsáveis pelas ações 
próprias da angiotensina II 
Tratamento medicamentoso da síndrome metabólica 
Efeitos colaterais: São incomuns os efeitos adversos relacionados com os BRA, sendo o exantema raramente observado, redução da 
filtração glomerulae, hipercalemia 
 Losartana 50-100 mg 1-2 vezes ao dia - Evite o uso em 
mulheres em idade 
fértil, pois há grande 
risco de 
malformações fetais 
e outras 
complicações na 
gestação. 
Contraindicada em 
associação a outros 
inibidores do sistema 
reninaangiotensina-
aldosterona, exceto 
espironolactona na 
ICC 
Bloqueadores dos canais de cálcio 
Mecanismo de ação: Esta classe de medicamentos bloqueia os canais de cálcio na membrana das células musculares lisas das arteríolas, reduza disponibilidade 
de cálcio no interior das células dificultando a contração muscular e, consequentemente, diminui a RVP por vasodilatação. Os BCC são classificados em dois 
tipos básicos: os di-hidropiridínicos e os não di-hidropiridínicos. Os dihidropiridínicos (anlodipino, nifedipino, felodipino, manidipino, levanlodipino, lercanidipino, 
lacidipino) exercem efeito vasodilatador predominante, com mínima interferência na FC e na função sistólica, sendo, por isso, mais frequentemente usados 
como medicamentos anti-hipertensivos. Os BCC não di-hidropiridínicos, como as difenilalquilaminas (verapamila) e as benzotiazepinas (diltiazem), têm menor 
efeito vasodilatador e agem na musculatura e no sistema de condução cardíacos. 
Efeitos adversos: edema maleolar, cefaleia latejante, rubor facial, dermatite ocre e hipertrofia gengival 
Di-
hidropiridínicos 
Alondipino 2,5-10 mg 1 -2 vezes ao dia - Evite o uso em 
pacientes com 
insuficiência cardíaca 
com fração de 
ejeção reduzida. 
Não di-
hidropiridínicos 
Verapamila 120-360 mg 1-2 vezes ao dia - Evite o uso em 
pacientes com 
insuficiência cardíaca 
com fração de 
ejeção reduzida. 
Evite a associação 
com 
betabloqueadores e 
em pacientes com 
bradicardia 
Inibidores da enzima conversora da angiotensina (IECA) 
Mecanismo de ação: a inibição da enzima conversora de angiotensina I, responsável a um só tempo pela transformação de angiotensina I 
em angiotensina II (vasoconstritora) e pela redução da degradação da bradicinina (vasodilatadora). 
Efeitos adversos: Tosse seca, edema angioneurótico, errupção cutânea, piora da função renal 
Principais da 
classe ieca 
Captopril 25-150 mg 2-3 vezes ao dia Evite o uso em 
mulheres em idade 
fértil, pois há grande 
risco de malformações 
fetais e outras 
complicações na 
gestação. 
Contraindicada em 
associação a outros 
inibidores do sistema 
reninaangiotensina-
aldosterona, exceto 
espironolactona na ICC 
Enalapril 5-40 mg 1-2 vezes ao dia Evite o uso em 
mulheres em idade 
fértil, pois há grande 
risco de malformações 
fetais e outras 
complicações na 
gestação. 
Contraindicada em 
associação a outros 
inibidores do sistema 
reninaangiotensina-
aldosterona, exceto 
espironolactona na ICC 
 
TRATAMENTO DA DIABETES MELLITUS DO TIPO 2 
Sulfunilureias 
Mecanismo de ação: Seu mecanismo de ação consiste em sua ligação ao canal de potássio sensível ao ATP na membrana da célula β (em 
um local denominado receptor de sulfonilureia), resultando em despolarização da membrana e, por fim, liberação de insulina dos grânulos secretórios 
pré-formados 
Efeitos colaterais: Hipoglicemia e ganho ponderal 
Medicamento Posologia Frequência Vantagens Desvantagens Indicações Contraindicações 
Glipizida 2.5-20 mg 1-2 vezes ao dia Redução do risco 
de complicações 
microvasculares 
(UKPDS) 
Redução 
relativamente 
maior da HbA1C 
Hipoglicemia e 
ganho ponderal 
- Gravidez, insuficiência 
renal ou hepática 
Glibenclamida 2,5 – 20 mg 1-2 vezes ao dia Redução do risco 
de complicações 
microvasculares 
(UKPDS) 
Redução 
relativamente 
maior da HbA1C 
Hipoglicemia e 
ganho ponderal 
- Gravidez, insuficiência 
renal ou hepática 
Glinidas 
Mecanismo de ação: igual da sulfunilureias 
Efeitos colaterais: Hipoglicemia e ganho ponderal discreto 
Repaglinidina 0,5 – 16 mg 3 vezes ao dia Redução do 
espessamento 
médio intimal 
carotídeo 
(repaglinida) 
Hipoglicemia e 
ganho ponderal 
discreto 
- Gravidez 
BIGUANINAS 
Mecanismo de ação: Redução da produção hepática de glicose com menor ação sensibilizadora da ação insulínica 
Efeitos colaterais: Desconforto abdominal, diarreia e náusea A apresentação de liberação prolongada (XR) causa menos efeitos 
gastrintestinais Deficiência de vitamina B12 Risco de acidose lática (raro) 
Metformina 1.000-2550 
mg 
2-3 vezes ao 
dia 
Redução 
relativamente 
maior da HbA1c 
Diminuição de 
eventos 
cardiovasculares 
Prevenção de 
DM2 Melhora do 
perfillipídico 
Diminuição do 
peso 
Desconforto 
abdominal, diarreia 
e náusea A 
apresentação de 
liberação 
prolongada (XR) 
causa menos 
efeitos 
gastrintestinais 
Deficiência de 
vitamina B12 Risco 
de acidose lática 
(raro) 
- Gravidez, insuficiência 
renal (TFG < 30 
mL/min/1,73 m2 ), 
insuficiências hepática, 
cardíaca ou pulmonar e 
acidose grave 
Metformina XR 1.000-2500 
mg 
2-3 vezes ao 
dia 
Redução 
relativamente 
maior da HbA1c 
Diminuição de 
eventos 
cardiovasculares 
Prevenção de 
DM2 Melhora do 
perfil lipídico 
Desconforto 
abdominal, diarreia 
e náusea A 
apresentação de 
liberação 
prolongada (XR) 
causa menos 
efeitos 
gastrintestinais 
Deficiência de 
- Gravidez, insuficiência 
renal (TFG < 30 
mL/min/1,73 m2 ), 
insuficiências hepática, 
cardíaca ou pulmonar e 
acidose grave 
Diminuição do 
peso 
vitamina B12 Risco 
de acidose lática 
(raro) 
Inibidores da alfa-glicosidase 
Mecanismo de ação: Retardo da absorção de carboidrato 
Efeitos colaterais: sintomas gastrouintestinais 
Arcabose 50 a 300 
mg 
3 vezes ao dia Prevenção de 
DM2 Redução 
do 
espessamento 
médio intimal 
carotídeo 
Melhora do 
perfil lipídico 
Redução da 
variabilidade da 
glicose pós-
prandial Rara 
hipoglicemia 
Diminuição de 
eventos 
cardiovasculares 
Meteorismo, 
flatulência e 
diarreia Redução 
discreta da HbA1c 
- Gravidez 
Glitazonas 
Mecanismo de ação: Aumento da sensibilidade à insulina em músculo, adipócito e hepatócito (sensibilizadores da insulina) ao se 
ligar a receptor ppr-y. 
Efeitos colaterais: Retenção hídrica, anemia, ganho ponderal, insuficiência cardíaca e fraturas 
Pioglitazona 15-45 mg 1 vez ao dia Prevenção de 
DM2 Redução 
do 
espessamento 
médio intimal 
carotídeo 
Melhora do 
perfil lipídico 
Redução da 
gordura 
hepática Rara 
hipoglicemia 
Redução 
relativamente 
maior da HbA1c 
Redução dos 
triglicérides 
Retenção hídrica, 
anemia, ganho 
ponderal, 
insuficiência 
cardíaca e 
fraturas 
- Insuficiência cardíaca 
classes III e IV 
Insuficiência hepática 
Gravidez 
Inibidores da DDP-4 
Mecanismo de ação: Aumento do nível de GLP-1, com aumento da síntese e da secreção de insulina, além da redução de 
glucagon 
Efeitos colaterais: Angioedema e urticária Possibilidade de pancreatite aguda Aumento das internações por insuficiência cardíaca 
(saxagliptina e alogliptina?) 
Sitagliptina 50-100 mg 1 – 2 vezes ao 
dia 
Aumento da 
massa de 
células β em 
modelos 
animais 
Segurança e 
tolerabilidade 
Efeito neutro 
no peso 
Angioedema e 
urticária 
Possibilidade de 
pancreatite aguda 
Aumento das 
internações por 
insuficiência 
cardíaca 
(saxagliptina e 
alogliptina?) 
- Hipersensibilidade 
corporal Rara 
hipoglicemia 
Análogos de GLP-1 
Mecanismo de ação: Aumento do nível de GLP-1, com aumento da síntese e da secreção de insulina, além da redução de 
glucagon Retardo do esvaziamento gástrico Saciedade 
Efeitos colaterais: Hipoglicemia, náuseas,, vômitos, diarreia, taquicardia e pancreatite aguda injetável 
Exenatida 5-10 mcg Uma injeção 
antes do 
desjejum e 
outra antes do 
jantar, via SC 
Aumento da 
massa de células 
β em modelos 
animais Redução 
do peso 
Redução da 
pressão arterial 
sistólica Rara 
hipoglicemia 
Redução da 
variabilidade da 
glicose pós-
prandial Redução 
de eventos 
cardiovasculares 
e mortalidade em 
pacientes com 
DCV 
Hipoglicemia, 
náuseas,, vômitos, 
diarreia, taquicardia 
e pancreatite aguda 
injetável 
- Hipersensibilidade 
Liraglutida 0,6, 1,2 e 1,8 
mg 
Uma injeção 
ao dia sempre 
no mesmo 
horário via SC 
Aumento da 
massa de células 
β em modelos 
animais Redução 
do peso 
Redução da 
pressão arterial 
sistólica Rara 
hipoglicemia 
Redução da 
variabilidade da 
glicose pós-
prandial Redução 
de eventos 
cardiovasculares 
e mortalidade em 
pacientes com 
DCV 
Hipoglicemia, 
náuseas,, vômitos, 
diarreia, taquicardia 
e pancreatite aguda 
injetável 
- Hipersensibilidade 
Inibidores do SGLT2 
Mecanismo de ação: Inibidor de receptor SGLT2 Prevenção da reabsorção de glicose no túbulo proximal renal Promoção de 
glicosúria 
Efeitos colaterais: Infecção genital Infecção urinária Poliúria Depleção de volume, hipotensão e confusão mental Aumento do 
LDL-c Aumento transitório da creatinina Cetoacidose diabética 
 
Dapaglifozina 5-10 mg 1 vez ao dia, 
em qualquer 
horário 
Rara hipoglicemia 
Redução do 
peso Redução da 
pressão arterial 
Redução de 
eventos 
cardiovasculares 
e mortalidade em 
pacientes com 
DCV 
Infecção genital 
Infecção urinária 
Poliúria Depleção 
de volume, 
hipotensão e 
confusão mental 
Aumento do LDL-c 
Aumento transitório 
da creatinina 
Cetoacidose 
diabética 
- Não deve ser usado em 
pacientes com 
disfunção renal 
moderada a grave (com 
TFG estimada 
persistentemente 
inferior a 45 
mL/min/1,73 m2 – 
MDRD ou depuração de 
creatinina 
persistentemente 
menor ou igual a 60 
mL/min – Cockcroft-
Gault) 
 
Tratamento da dislipidemia 
ESTATINAS 
Mecanismo de ação: Agem (A,1A) inibindo a HMG-CoA redutase, reduzindo a síntese de colesterol e aumentando a expressão hepática dos 
receptores da LDL e, conseqüentemente, a captação dessa lipoproteína e das VLDL pelo hepatócito. Além disso, bloqueiam a síntese hepática de 
triglicérides 
Efeitos colaterais: Efeitos colaterais são raros no tratamento com estatinas. Variam desde mialgia, com ou sem elevação da Creatinoquinase 
(CK), até a rabdomiólise. A dosagem de CK deve ser avaliada no início do tratamento, principalmente em indivíduos de alto risco de eventos adversos 
musculares, como pacientes com antecedentes de intolerância à estatina; indivíduos com antecedentes familiares de miopatia; o uso concomitante 
de fármacos que aumentem o risco de miopatia. A dosagem rotineira de CK não é recomendada em pacientes já em uso de estatina, exceto se 
ocorrerem sintomas musculares (dor, sensibilidade, rigidez, câimbras, fraqueza e fadiga localizada ou generalizada), introdução de fármacos que 
possam interagir com estatina ou quando se eleva a dose desta. A avaliação basal das enzimas hepáticas (ALT e AST) deve ser realizada antes do 
início da terapia com estatina. Durante o tratamento, deve-se avaliar a função hepática quando ocorrerem sintomas ou sinais sugerindo 
hepatotoxicidade (fadiga ou fraqueza, perda de apetite, dor abdominal, urina escura ou aparecimento de icterícia) 
Medicamento Posologia Frequência Indicações Contraindicações 
Sinvastatina 10-80 mg 1 vez ao dia a noite Terapias de 
prevenção primária e 
secundária como 
primeira opção 
- 
Rosuvastatina 10-40 mg 1 vez ao dia a noite - 
Ezetimiba 
Mecanismo de ação: A ezetimiba inibe a absorção de colesterol na borda em escova do intestino delgado, atuando seletivamente 
nos receptores NPC1-L1 e inibindo o transporte intestinal de colesterol 
Efeitos colaterais: Raros efeitos colaterais têm sido apontados e estão em geral relacionados com o trânsito intestinal. 
Ezetimiba 10 mg 1 vez ao dia A ezetimiba isolada 
constitui opção 
terapêutica em 
pacientes que 
apresentam 
intolerância às estatinas. 
Por precaução, recomenda-
se que ela não seja utilizada 
em casos de dislipidemia 
com doença hepática aguda. 
Resinas 
Mecanismo de ação: As resinas, ou sequestradores dos ácidos biliares, atuam reduzindo a absorção enteral de ácidos biliares 
Efeitos colaterais: Os principais efeitos colaterais relacionam-se ao aparelho digestivo, por interferir na motilidade intestinal: obstipação 
(particularmente em idosos), plenitude gástrica, náuseas e meteorismo, além de exacerbação de hemorroidas preexistentes. Raramente, 
pode ocorrer obstrução intestinal e acidose hiperclorêmica em idosos e crianças, respectivamente. Diminui, eventualmente, a absorção 
de vitaminas lipossolúveis (A, D, K e E) e de ácido fólico. A suplementação destes elementos em crianças ou, eventualmente, em 
adultos pode ser necessária 
Colestiramina 4-24 g/dia 1 vez ao dia 
Devem ser 
administradas longe de 
outros medicamentos, 
pois podem interferir 
na absorçãode muitos 
deles. Recomenda-se 
que sejam tomados os 
remédios rotineiros 1 
hora antes da tomada 
da colestiramina e/ou 4 
horas depois desta. 
a adição de 
colestiramina ao 
tratamento com 
estatinas pode ser 
recomendada quando 
a meta de LDL-c não 
é obtida apesar do uso 
de estatinas potentes 
em doses efetivas. Por 
não ser absorvida para 
a circulação sistêmica, 
tem sido recomendada 
para crianças 
hipercolesterolêmicas, 
isoladamente ou em 
associação com 
estatinas, e é o único 
fármaco liberado para 
mulheres no período 
reprodutivo sem 
método 
anticoncepcional 
- 
efetivo, e durante os 
períodos de gestação 
e amamentação 
Fibratos 
Mecanismo de ação: São fármacos derivados do ácido fíbrico que agem estimulando os receptores nucleares denominados “Receptores Alfa 
Ativados da Proliferação dos Peroxissomas” (PPAR-α). Este estímulo leva ao aumento da produção e da ação da LPL, responsável pela hidrólise 
intravascular dos TG, e à redução da ApoC-III, responsável pela inibição da LPL. 
Efeitos colaterais: Podem ocorrer: distúrbios gastrintestinais, mialgia, astenia, litíase biliar (mais comum com clofibrato), diminuição de libido, erupção 
cutânea, prurido, cefaleia e perturbação do sono. Raramente, observa-se aumento de enzimas hepáticas e/ou CK, também de forma reversível 
com a interrupção do tratamento. Casos de rabdomiólise têm sido descritos com o uso da associação de estatinas com gemfibrozila. Recomenda-
se, por isso, evitar esta associação. 
Bezafibrato 200-600 mg/dia - Os fibratos são 
indicados no 
tratamento da 
hipertrigliceridemia 
endógena quando 
houver falha das 
medidas não 
farmacológicas. Quando 
os TG forem muito 
elevados (> 500 
mg/dL) são 
recomendados, 
inicialmente, junto das 
medidas não 
farmacológica 
Recomenda-se também 
cautela nas seguintes 
condições clínicas: 
portadores de doença biliar; 
uso concomitante de 
anticoagulante oral, cuja 
posologia deve ser ajustada; 
pacientes com função renal 
diminuída; e associação com 
estatinas 
Niacina 
Mecanismo de ação: O ácido nicotínico reduz a ação da lipase tecidual nos adipócitos, levando à menor liberação de ácidos graxos 
livres para a corrente sanguínea 
Efeitos colaterais: Como os efeitos adversos relacionados ao rubor facial ou prurido ocorrem com maior frequência no início do 
tratamento, recomenda-se dose inicial de 500 mg ao dia com aumento gradual − em geral para 750 mg e, depois, para 1.000 mg, 
com intervalos de 4 semanas a cada titulação de dose, buscando-se atingir 1 a 2 g diárias 
Niacina de liberação 
intermediária ou 
prolongada 
250, 375, 500, 750 e 
1000 mg 
(apresentação) 
Dosagem de 1000-200 
mg/ dia 
 O ácido nicotínico 
pode, 
excepcionalmente, ser 
utilizado em pacientes 
com HDL-C baixo 
isolado, mesmo sem 
hipertrigliceridemia 
associada, e como 
alternativa aos fibratos 
e estatinas ou em 
associação com esses 
fármacos em 
portadores de 
hipercolesterolemia, 
hipertrigliceridemia ou 
dislipidemia mist 
 
Ácidos graxos ômega 3 
Mecanismo de ação: Agem reduzindo a trigliceridemia por diminuir a produção das VLDL no fígado, de modo que podem ser 
utilizados como terapia coadjuvante nas hipertrigliceridemias. 
Ômega 3 4g a 8 g/dia recomendado seu uso 
principalmente como 
adjunto da terapia das 
hipertrigliceridemias. 
- 
 
Obs 1: Na hipercolesterolemia isolada, os medicamentos recomendados são as estatinas, que podem ser administradas em 
associação à ezetimiba, à colestiramina e, eventualmente, aos fibratos ou ao ácido nicotínico 
Obs2: No tratamento da hipertrigliceridemia isolada são prioritariamente indicados os fibratos e, em segundo lugar, o ácido 
nicotínico ou a associação de ambos. Pode-se ainda utilizar, nesta dislipidemia, os ácidos graxos ômega 3, isoladamente ou em 
associação com outros fármacos. Na hiperlipidemia mista, a taxa sérica de TG deve orientar como o tratamento farmacológico 
será iniciado. Caso estas taxas estejam acima de 500 mg/dL, deve-se iniciar o tratamento com um fibrato, adicionando-se, se 
necessário, ácido nicotínico e/ou ômega 3. Nesta situação, a meta prioritária é a redução do risco de pancreatite. 
 
TRATAMENTO DA OBESIDADE 
Medicamento Mecanismo 
de ação 
Posologia Frequência Indicações Contraindicações Efeito 
colaterias 
Sibutramina Sua ação baseia-
se no bloqueio 
da recaptação 
de noradrenalina 
e serotonina 
ocasionando a 
redução da 
ingestão 
alimentar. 
10-15 mg Uma vez ao dia no 
período da manhã 
(deve ser iniciada 
com 10 mg) 
Apesar de no Brasil o 
uso de sibutramina só 
ser permitido para 
pacientes acima de 16 
anos, em casos de 
obesidade grave 
(acima de +2 de Z-
IMC) ou com 
obesidade e 
comorbidades 
(diabete tipo 2, 
dislipidemia, 
hipertensão 
controlada, esteatose 
hepática, apneia do 
sono, alterações 
ósseas secundárias à 
obesidade) em que 
não houve melhora 
efetiva da obesidade 
e suas comorbidades 
a introdução de 
sibutramina para 
auxiliar no tratamento 
pode ser discutida 
com o paciente, pais 
ou responsáveis, após 
explicação do efeitos 
colaterais e com 
reavaliações 
frequentes, a cada 2 
semanas. 
A sibutramina é 
contraindicada em 
pacientes com história 
de doença 
cardiovascular, 
incluindo doença 
arterial coronariana, 
acidente vascular 
cerebral ou ataque 
isquêmico transitório, 
arritmia cardíaca, 
insuficiência cardíaca 
congestiva, doença 
arterial periférica ou 
hipertensão não 
controlada (acima de 
145/90 mmHg) 
Taquicardia, boca 
seca, 
constipação, 
cefaleia, insônia. 
Orlistate Trata-se de um 
análogo da 
lipstatina, inibidor 
de lipases 
gastrointestinais, 
que age fazendo 
com que um 
terço dos 
triglicerídeos 
ingeridos 
permaneçam 
não digeridos e 
não sejam 
absorvidos pelo 
intestino, sendo 
eliminados pelas 
fezes, 
ocasionando por 
consequência a 
perda de peso. 
60-120 mg 3 vezes ao dia, 
antes ou até uma 
hora após as 
principais refeiçõe 
O tratamento com 
orlistate é aprovado 
a partir dos 12 anos 
com obesidade não 
responsiva a 
mudança de estilo 
de vida, e as 
vitaminas 
lipossolúveis (A, D, 
E e K) devem 
sempre ser 
suplementadas em 
dose habituais de 
reposição, durante 
todo o tratamento 
com orlistate. 
Orlistate é 
contraindicado em 
pacientes que tenham 
distúrbios de absorção 
intestinal (doença 
celíaca, doença de 
Crohn), intolerância 
alimentar ou outros 
tipos de doença 
inflamatória intestinal. 
Por outro lado, 
ocorre uma 
maior incidência 
de esteatorreia, 
flatos com 
descarga de 
gordura e 
urgência fecal, 
efeitos 
relacionados ao 
seu mecanismo 
de ação 
liraglutida um análogo 
do peptídeo 
semelhante 
ao glucagon 
(GLP-1), 
atuando 
diretamente 
sobre os 
receptores 
3 mg por via 
subcutânea 
Uma vez ao dia - - Os eventos 
adversos 
mais 
frequentes 
são náusea, 
vômito e 
demora de 
esvaziamento 
gástrico 
cerebrais que 
controlam o 
apetite, 
através do 
aumento da 
sensação de 
saciedade e 
redução da 
sensação de 
fome, devido 
a sua ação de 
retardar o 
esvaziamento 
gástrico, 
desta forma, 
ocorre 
redução da 
ingestão 
alimentar e 
consequente 
perda de 
peso 
 
 
REFERÊNCIAS 
Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial – 2020. Arq. Bras. Cardiol., 116(3), 516-658. 
Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes 2019-2020.

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