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GE - Tópicos Integradores II_Nutrição_04

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Tópicos Integradores II
Nutrição
UNIDADE 4
1
Para início de conversa 
Olá, estudante! Como vão os estudos? Acredito que esteja tudo bem!
Nesta unidade IV vou abordar o conteúdo de avaliação nutricional no adulto e idoso, com conceitos so-
bre avaliação nutricional objetiva e semiologia nutricional. Gostaria de lembrar que com o estudo desse 
último GUIA você será capaz de concluir a sua atividade avaliativa (CASO CLÍNICO). Fique atento as infor-
mações para que você possa concluir sua atividade. Caso tenha alguma dificuldade, não perca tempo e 
tire suas dúvidas com o seu tutor!
orientações da disciPlina
AVALIAÇÃO NUTRICIONAL é uma disciplina relevante na pratica clínica do profissional nutricionista e 
bem extensa. Esse GUIA de estudo tem como proposta abordar os tópicos dentro desse vasto assunto 
de modo mais simplificado e se limitando ao individuo adulto e idoso para você ser capaz de concluir sua 
atividade avaliativa da melhor forma possível.
Vamos começar!
2
avaliaçÃo nUtricional
Palavras do Professor
Prezado(a) aluno(a), devemos compreender que a Avaliação Nutricional é uma importante ferramenta para 
a determinação do estado nutricional e para a escolha da intervenção nutricional adequada a indivíduos 
e/ou populações. O método a ser utilizado na avaliação nutricional dependerá da população e do tipo de 
estudo que se deseja fazer. Você deverá levar em consideração, entre outros fatores, sua aplicabilidade 
e eficácia. 
Caro(a) estudante, conforme as informações repassadas nas unidades anteriores, todas as informações 
contidas em nossos guias de estudos servirão como base para elaboração da sua atividade avaliativa 
(Elaboração do Caso Clínico). Conto com seu comprometimento! 
1. inQUeritos aliMentares
Os inquéritos alimentares são essenciais na investigação da relação saúde – dieta e identificação de 
populações em risco nutricional.
Os inquéritos alimentares podem ser divididos em: Retrospectivos e Prospectivos.
1.1 Métodos retrospectivos: 
Recordatório Alimentar de 24h 
•	 O investigador propõe ao indivíduo recordar e descrever todos os alimentos e bebidas ingeridos 
no período de 24h.
•	 As quantidades dos alimentos consumidos são usualmente estimadas em medidas caseiras.
•	 Modelos de alimentos podem ser utilizados para auxiliar na estimativa das porções. 
Observe a tabela 1
vantagens desvantagens 
Fácil e rápido de ser administrado. Depende da memória 
Baixo custo Requer treinamento do investigador para evitar 
indução. 
Quando realizado em série, fornece estimativas 
da ingestão usual do indivíduo. 
A ingestão prévia das 24h pode ser atípica. 
Não altera a dieta usual. Bebidas e lanches tendem a ser omitidos. 
3
Pode ser usados em grupos de baixo nível de es-
colaridade. 
Não fornece dados quantitativos precisos sobre 
a ingestão de nutrientes. 
Pode ser usado para estimar o valor energético 
total da dieta e a ingestão de macronutrientes. 
Não reflete diferença de ingestão de dias de fim 
de semana ou dias de semana. Pode ocorrer su-
per ou subestimação. 
Tabela 1: Vantagens e desvantagens do recordatório alimentar. Fonte: Produzida pelo autor 
Questionário de Frequência alimentar (QFA)
•	 O individuo registra ou descreve sua ingestão usual com base em uma lista com diferentes ali-
mentos e em sua frequência de consumo por dia, semana, mês ou ano.
•	 O QFA fornece informações qualitativas sobre o consumo dos alimentos, não fornecendo assim 
dados quantitativos da ingestão de alimentos ou nutrientes.
•	 Quando as porções dos alimentos consumidos são estimadas com uso de medidas caseiras, rece-
be o nome de QFA semiquantitativo. 
Ver tabela 2
vantagens desvantagens 
Pode ser autoadministrado ou usado por outro 
profissional. 
Não fornece informações sobre a quantidade 
consumida. 
Baixo custo/rápido Não é possível saber a hora e a circunstância 
que o alimento foi consumido. 
Pode descrever padrões sobre a ingesta alimentar. 
Gera resultados padronizados. 
Listas complicadas para a população geral. 
Pode ser utilizado para estudar associação de 
alimentos ou nutrientes específicos com alguma 
doença. 
Pode haver subestimação, pois nem todos os 
alimentos consumidos podem não estar na 
lista. 
A análise fica difícil sem o uso de computado-
res e programas específicos. 
Tabela 2: Vantagens e desvantagens do QFA. Fonte: Produzida pelo autor 
Histórico Alimentar 
•	 O individuo é extensivamente entrevistado para fornecer informações detalhadas sobre seu há-
bito alimentar.
•	 Em geral, inclui informações similares às coletadas pelo R24h e o QFA, além de informações sobre 
tratamento dietético anterior, preferências e intolerâncias ou aversões alimentares, apetite, número 
de refeições diárias, local e horário das refeições, frequência da prática de atividade física e etc. 
4
Ver tabela 3
vantagens desvantagens 
Leva em consideração modificações sazonais. Requer um nutricionista altamente treinado. 
Fornece uma completa e detalhada descrição 
qualitativa e quantitativa da ingestão alimentar. 
Depende da memória 
Minimiza as variações que ocorrem dia a dia. Exige tempo 
Fornece uma boa descrição da ingesta usual. 
Tabela 3: Vantagens e desvantagens do histórico alimentar. Fonte: Produzida pelo autor 
1.2 Métodos Prospectivos
Registro alimentar estimado
•	 O individuo registra no momento o consumo de todos os alimentos e todas as bebidas ingeridas 
em um período que varia de um dia a uma semana.
•	 Costuma-se utiliza o registro de três dias incluindo um dia de final de semana.
Registro alimentar pesado 
•	 Todos os alimentos devem ser pesados em balanças apropriadas antes de serem consumidos. 
•	 Da mesma forma, as sobras devem ser pesadas e registradas.
•	 Apesar de bastante preciso, é pouco usado, pois requer treinamento, esforço e muita vontade de 
colaboração do individuo avaliado. 
 
2. antroPoMetria
Caro(a) aluno(a), as medidas antropométricas são de grande importância para a avaliação do estado nutri-
cional de indivíduos. Por meio da antropometria, avalia-se crescimento e composição corporal. Em relação 
à composição corporal, é possível mensurar os dois principais compartimentos de massa corporal total: 
tecido adiposo e massa livre de gordura.
As vantagens dessas medidas são: uso de equipamentos de fácil aquisição e baixo custo, utilização de 
técnicas não invasivas que podem ser realizadas ao leito, obtenção rápida de resultados e fidedignidade 
do método, desde que mensurado e avaliado por profissionais capacitados.
Dentre as limitações da antropometria, podemos destacar a incapacidade de detectar distúrbios recentes 
no estado nutricional e identificar deficiências específicas de nutrientes.
Com base nos estudos colaborativos da Organização Mundial de Saúde, nas publicações do Instituto 
de Medicina dos EUA e na publicação da Organização Pan-americana de Saúde, as medidas de peso, 
estatura, circunferência braquial e dobra tricipital foram as mais citadas em estudos populacionais de 
investigação antropométrica. 
5
- Peso;
- Altura;
- Altura do Joelho;
- Circunferência do braço;
- Circunferência da panturrilha;
-Cálculo do Índice de massa corporal (IMC) e classificação segundo Organização Mundial da Saúde (OMS);
-Métodos para determinação do peso ideal, peso ajustado, peso habitual, peso seco e perda ponderal;
-Adequação do peso segundo compleição óssea;
-Índice de conicidade;
-Avaliação da massa magra e gorda (pregas e circunferências corporais, fórmulas preditivas).
avaliação da distribuição de gordura corporal:
Razão Cintura-Quadril (RCQ);
Razão Cintura-Estatura (RCEst);
Circunferência da cintura;
Diâmetro abdominal sagital;
Somatória das dobras cutâneas para determinar o percentual de gordura corporal.
2.1 Peso: (loHMan et al., 1988)
1. Número de vezes a realizar a medida: duas (02).
2. Equipamento: balança eletrônica.
3. Técnica: instalar a balança em superfície plana, firme e lisa e afastada da parede. Ligar a balança antes 
de o avaliado ser colocadosobre ela. 
4. Colocar o avaliado no centro do equipamento, com o mínimo de roupa possível, descalço, ereto, pés 
juntos e braços estendidos ao longo do corpo. Mantê-lo parado nesta posição.
5. Realizar a leitura após o valor do peso estar fixado no visor. 
6. Registre o valor mostrado no visor, imediatamente, sem arredondamentos (ex: 75,2 kg).
Fonte: http://sereduc.com/zbjALa
http://sereduc.com/zbjALa
6
2.2 altura (loHMan et al., 1988)
1. Número de vezes a realizar a medida: duas (02). 
2. Equipamento: fita métrica inelástica, esquadro de madeira, fita adesiva e fio de prumo. 
3. Técnica: escolher uma parede sem rodapé. Afixar a fita métrica inelástica, a 50 cm do solo. 
4. A pessoa deverá ser colocada ereta, e, sempre que possível, calcanhares, panturrilha, escápulas e 
ombros encostados na parede, joelhos esticados, pés juntos e braços estendidos ao longo do corpo. 
5. A cabeça deverá estar erguida (fazendo um ângulo de 90º com o solo), com os olhos mirando um plano 
horizontal à frente, de acordo com o plano de Frankfurt. 
6. Peça à pessoa que inspire profundamente e prenda a respiração por alguns segundos. 
7. Neste momento, desça o esquadro até que este encoste a cabeça da pessoa, com pressão suficiente 
para comprimir o cabelo. Realizar a leitura da estatura sem soltar o esquadro. 
8. Registre o valor encontrado, imediatamente, sem arredondamentos. (ex: 1,734m). 
2.3 altura do Joelho (chumlea, 1985)
1. Número de vezes a realizar a medida: duas (02).
2. Equipamento: fita métrica inelástica.
3. Técnica: será aplicada caso a mensuração da altura esteja impossibilitada.
4. O participante deve estar em posição supina ou sentado o mais próximo possível da extremidade da 
cadeira com o joelho da perna não dominante flexionado em ângulo de 90°. 
5. Com uma fita inelástica será medido o comprimento entre a patela e o calcanhar.
6. O valor encontrado deve ser registrado imediatamente.
7. E posteriormente inserido na fórmula preditiva proposta para estimar a altura.
Fonte : http://sereduc.com/q6uK2k 
http://sereduc.com/q6uK2k
7
2.4 circunferência do braço (loHMan et al., 1988)
1. Número de vezes a realizar a medida: duas (02). 
2. Equipamento: fita métrica inelástica. 
3. Técnica: posicione-se atrás do avaliado. Solicite ao indivíduo que flexione o cotovelo a 90º, com a pal-
ma da mão voltada para cima. Por meio de apalpação, localize e marque o ponto mais distal do processo 
acromial da escápula e a parte mais distal do olecrano. Faz-se, então, uma pequena marcação do ponto 
médio entre estas duas extremidades. Peça ao indivíduo, que em posição ereta, relaxe o braço, deixando-
-o livremente estendido ao longo do corpo. O avaliado deve estar com toda a área do braço exposta, de 
modo a permitir uma total exposição da área dos ombros. Com a fita métrica inelástica, fazer a medida da 
circunferência do braço em cima do ponto marcado, sem fazer compressão. 
4. Registre o valor obtido, imediatamente, sem arredondamentos. Ex: 33,6 cm. 
Fonte: http://sereduc.com/6XMRBd
2.5 circunferência da panturrilha (loHMan et al., 1988)
a. Número de vezes a realizar a medida: duas (02). 
b. Equipamento: fita métrica inelástica. 
c. Técnica: o antropometrista posiciona-se lateralmente ao avaliado. O avaliado coloca-se em pé, com os 
pés afastados 20 cm um do outro, de forma que o peso fique distribuído igualmente em ambos os pés. 
Uma fita inelástica é colocada ao redor da panturrilha (circunferência máxima no plano perpendicular à 
linha longitudinal da panturrilha) e deve-se mover a fita para cima e para baixo, a fim de localizar esta má-
xima circunferência. A fita métrica deve passar em toda a extensão da panturrilha, sem fazer compressão. 
O valor zero da fita é colocado abaixo do valor medido. 
d. Registre o valor obtido: imediatamente, sem arredondamentos. Ex: 31,3 cm. 
http://sereduc.com/6XMRBd
8
Fonte: http://sereduc.com/CERgWp 
2.6 cálculo do índice de massa corporal (iMc) e classificação segundo organização Mundial 
da saúde (oMs)
É a relação entre o peso e altura ao quadrado. É utilizada para classificar o estado nutricional do individuo. 
Porém, não fornece dados sobre composição corporal. 
Fórmula :
Classificação adulto Classificação idoso 
2.7 Método para determinação de percentual de perda ponderal
http://sereduc.com/CERgWp
9
2.8 adequação do peso segundo compleição óssea
A estimativa de peso ideal pela compleição é realizada pela relação (r) entre a circunferência do punho 
(cm) do braço não dominante e a altura (cm), obtida por meio da fórmula:
 
Fonte: http://sereduc.com/dti7Qa
2.9 índice de conicidade
O IC é baseado na ideia de que as pessoas que acumulam tecido adiposo na região abdominal têm a 
forma parecida com um duplo cone, ou seja, dois cones que apresentam a mesma base.
 
 
Fonte: http://sereduc.com/dnQvos
Avaliação da massa magra e gorda (pregas e circunferências corporais, fórmulas preditivas).
http://sereduc.com/dti7Qa
http://sereduc.com/dnQvos
10
2.10 circunferência da cintura
1. Número de vezes a realizar a medida: duas (02).
2. Equipamento: fita métrica inelástica. 
3. Técnica: a medida deverá ser feita na ausência de roupas na região de interesse. O indivíduo deve estar 
ereto, com o abdome relaxado (ao final da expiração), os braços estendidos ao longo do corpo e as pernas 
fechadas. A medida deverá ser feita no plano horizontal. Posicione-se de frente para a pessoa e localize 
o ponto médio entre a última costela e a crista ilíaca. A fita deverá ser passada por trás do participante 
ao redor deste ponto. Verifique se a fita está bem posicionada, ou seja, se ela está no mesmo nível em 
toda a extensão de interesse, sem fazer compressão na pele. Pedir a pessoa que inspire e, em seguida, 
que expire totalmente. 
4. Registre o valor obtido: imediatamente, sem arredondamentos, 
Ex: 78,6 cm 
Fonte: http://sereduc.com/VK0uOj 
2.11 circunferência do quadril
1.Número de vezes a realizar a medida: duas (02). 
http://sereduc.com/VK0uOj
11
2. Equipamento: fita métrica inelástica. 
3. Técnica: a medida deverá ser feita com roupas finas ou íntimas na região de interesse. O indivíduo 
deve estar ereto, com o abdome relaxado, os braços estendidos ao longo do corpo e as pernas fechadas. 
O examinador posiciona-se lateralmente ao avaliado de forma que a máxima extensão glútea possa ser 
vista. Uma fita inelástica deve ser passada neste nível, ao redor do quadril, no plano horizontal, sem fazer 
compressão. Verifique se a fita está bem posicionada, ou seja, se ela está no mesmo nível em toda a 
extensão de interesse. O zero da fita deve estar abaixo do valor medido. 
4. Registre o valor obtido: imediatamente, sem arredondamentos. Ex: 104,7 cm. 
Fonte: http://sereduc.com/E4Bskg 
2.12 razão cintura-estatura (rcest)
Constitui indicador simples e efetivo para mensurar a obesidade abdominal tanto em adultos quanto em 
crianças. Um valor maior de 0,50 é sugerido como ponto de corte para o risco de desenvolvimento de 
doenças cardiovasculares em indivíduos de ambos os sexos a partir dos seis anos de idade.   
A relação cintura/estatura é calculada dividindo-se a circunferência da cintura (cm) pela medida da esta-
tura (cm).
RCEst= CC (cm) / A (cm) 
Figura elaborada pelo Professor.
http://sereduc.com/E4Bskg
12
2.12 diâmetro abdominal sagital
Essa medida é obtida com auxilio de um calibrador abdominal portátil e com o individuo em posição supi-
na com as pernas estendidas. A haste fixa é colocada embaixo das costas do individuo e a haste móvel é 
trazida até a marca abdominal no ponto médio entre a crista ilíaca. Pede-se para que o indivíduo respire 
normalmente e haste móvel do calibrador é tocada na marca abdominal sem compressão.
- Valores acima de 20 cm têm sido considerados um valor de risco para o desenvolvimento de alterações 
metabólicas.
Fonte: http://sereduc.com/WsxSG9
2.13 somatória das dobras cutâneas paradeterminar o percentual de gordura corporal
Avaliação da massa magra e gorda (pregas e circunferências corporais, fórmulas preditivas).
1. Número de vezes a realizar a medida: três (03).
2. Equipamento: adipômetro 
3. Técnica: A dobra sempre é levantada perpendicularmente ao local de superfície a ser medido. Todas as 
medidas são baseadas supondo-se que os avaliadores são destros. O adipômetro deve ser segurado com 
a mão direita enquanto a dobra cutânea é levantada com a mão esquerda.
- Caso o avaliador seja não destro e não tenha habilidade de segurar o adipômetro com a mão direita, 
segure o adipômetro com a mão esquerda (mão dominante) e tracione a dobra com a mão direita. Isto 
não alterará os resultados das medidas.
4. Deve-se cuidar para que apenas a pele e o tecido adiposo sejam separados.
5. Erros de medidas são maiores em dobras cutâneas mais largas/ espessas.
6. A dobra é mantida tracionada até que a medida seja completada.
7. A medida é feita, NO MÁXIMO, até 4 segundos depois de feito o tracionamento da dobra cutânea. Se 
o adipômetro exerce uma força por mais que 4 segundos em que o tracionamento é realizado, uma medida 
menor será obtida em função do fato de que os fluidos teciduais são extravasados por tal compressão.
http://sereduc.com/WsxSG9
13
 
Fonte: http://sereduc.com/fEo9ne 
2.14 dobra cutânea tricipital
Fonte: http://sereduc.com/SJGIWy
- Técnica: a dobra cutânea tricipital (DCP) é medida no mesmo ponto médio localizado para a medida da 
circunferência braquial. O indivíduo deve estar em pé, com os braços estendidos confortavelmente ao 
longo do corpo. 
- O adipômetro deve ser segurado com a mão direita. O examinador posiciona-se atrás do indivíduo.
A dobra cutânea tricipital é tracionada com o dedo polegar e indicador, aproximadamente 1 cm do nível 
marcado e as extremidades do adipômetro são fixadas no nível marcado. 
- O valor deve ser registrado, imediatamente, o mais próximo de 0,1 mm. Ex: 20,5 mm ou 21,0 mm.
2.15 dobra cutânea Bicipital
Fonte: http://sereduc.com/EuC1tL 
http://sereduc.com/fEo9ne
http://sereduc.com/SJGIWy
http://sereduc.com/EuC1tL
14
- Técnica: a dobra cutânea bicipital é medida segurando-se a dobra na vertical, na face anterior do braço, 
sobre o ventre do bíceps (o ponto a ser marcado coincide com o mesmo nível da marcação para a aferição 
da circunferência do braço/dobra cutânea tricipital). 
(Lembrar que a palma da mão deve estar voltada para cima). A dobra é levantada verticalmente 1cm 
superior à linha marcada (que junta a face anterior do acrômio e o centro da fossa antecubital). As extre-
midades do adipômetro são posicionadas na linha marcada. 
O avaliador deve posicionar-se de frente ao avaliado; ambos em pé; o valor deve ser registrado, imedia-
tamente, o mais próximo de 0,1 mm. 
2.16 dobra cutânea subscapular
Fonte: http://sereduc.com/7xy0Gn 
- Técnica: o local a ser medido é justamente no ângulo inferior da escápula. Para localizar o ponto, o exa-
minador deve apalpar a escápula, percorrendo seus dedos inferior e lateralmente, ao longo da borda ver-
tebral até o ângulo inferior ser identificado. Em alguns avaliados, especialmente em obesos, gentilmente 
peça que coloque os braços para trás, afim de que seja identificado mais facilmente o ponto.
O sujeito permanece confortavelmente ereto, com as extremidades superiores relaxadas ao longo do 
corpo. A dobra cutânea é destacada na diagonal, inclinada ínfero-lateralmente aproximadamente num 
ângulo de 45º com o plano horizontal.
2.17 dobra cutânea suprailíaca
Fonte: http://sereduc.com/pqh485 
http://sereduc.com/7xy0Gn
http://sereduc.com/pqh485
15
O compasso é aplicado ínfero-lateralmente em relação ao indicador e o polegar que está tracionando a 
prega e a medida deve ser registrada o mais próximo de 0,1 mm. 
- Técnica: a dobra cutânea suprailíaca é medida na linha axilar média imediatamente superior à crista 
ilíaca. O indivíduo posiciona-se em posição ereta e com as pernas fechadas.
- Os braços podem estar estendidos ao longo do corpo ou podem estar abduzidos levemente para me-
lhorar o acesso ao local. Em indivíduos impossibilitados a ficarem em pé, a medida pode ser feita com o 
indivíduo em posição supina. 
- Alinha-se ínfero medialmente num ângulo de 45º com o plano horizontal. O compasso é aplicado 1 cm 
dos dedos que seguram a dobra.
3. seMioloGia nUtricional
Semiologia é a parte da medicina relacionada ao estudo dos sinais e sintomas das doenças humanas e 
animais. A semiologia é muito importante para o diagnóstico da maioria das enfermidades.
Neste contexto, sintoma é toda a informação subjetiva descrita pelo paciente. Por outro lado, um sinal 
refere-se a toda alteração objetiva, que afeta algum dos sentidos do examinador (uma mancha na pele, 
por exemplo). A semiologia estuda, também, a maneira de revelar (interrogatório, exame clínico) esses 
sintomas, com o propósito de se estabelecer um diagnóstico. É um momento de identificação de sinais 
que podem levar a sintomas não informados pelo paciente. 
Já a semiologia nutricional é um instrumento obrigatório do processo de avaliação nutricional, que englo-
ba o exame físico direcionado (quadro clínico), observando sinais de emagrecimento, alteração do apetite, 
aspectos fisionômicos, estado de humor, alteração dos diversos grupos musculares, formas do abdômen, 
evidências de perda de gordura. 
 
(Tabela 4 e tabela 5)
reGiÃo ManifestaçÃo Possível siGnificado 
Fáceis agudo Pct cansado, não consegue ficar 
com olhos abertos por muito 
tempo.
Desnutrição aguda 
Fáceis crônico Aparência de tristeza, depres-
são.
Desnutrição crônica 
Pele em regiões palmoplantares e 
mucosas, principalmente conjunti-
val e labial.
Palidez Anemia 
Boca Baixa produção de saliva, baixa 
umidade na parte inferior da 
língua. 
Desidratação 
Olhos Brilho reduzido e tendem a ficar 
encovados. 
Desidratação 
Pele Turgor e elasticidades reduzidas Desidratação 
Pele e mucosas Amareladas Icterícia 
16
Têmporas Atrofia bitemporal Ingestão insuficiente, imu-
nocompetência.
Bola gordurosa de Bichart Depletada. Associa-se com a 
atrofia temporal, formando o 
sinal de “asa quebrada”. 
Perda proteico-calórica 
prolongada 
Regiões supra e infraclaviculares 
(pescoço) 
Perdas musculares Depleção crônica 
Fúrcula esternal (pescoço) Perdas musculares Depleção crônica 
Musculatura paravertebral Atrofia. Redução da força de 
sustentação corporal. 
Depleção crônica 
Membros superiores Atrofia da musculatura bi e tri-
cipital 
Depleção crônica 
Membros superiores Atrofia das musculaturas de 
pinçamento.
Depleção crônica 
Abdome Escavado Perda da reserva calórica 
Abdome “Umbigo em chapéu” Privação calórica, sem per-
da ponderal significativa.
Membros inferiores Atrofia da musculatura das co-
xas (fossa de quadríceps). 
Perda de força muscular 
Membros inferiores Atrofia da musculatura das pan-
turrilhas. 
Desnutrição proteico-
-calórica 
Tabela 4: Parâmetros Nutricionais De Exame Físico. Fonte: DUARTE; BORGES, 2007.
local Manifestações clínicas deficiÊncias 
Cabelo Perda do brilho, seco, quebradiço, despigmenta-
ção e fácil de arrancar. 
Proteína e zinco 
Face Seborreia nasolabial e edema de face B2, Fe e Proteína.
Olhos Palidez conjuntival, xerose e blefarite angular. Fe, vit. A, B2 e B6.
Lábios Estomatite angular e queilite B2 
Língua Glossite, língua magenta, atrofia e hipertrofia das 
papilas.
B2, B3, B9, B12 
Gengivas Esponjosas e sangramento Vitamina C 
Pele Xerose, hiperceratose folicular, petéquias e equi-
moses excessivas.
Vitaminas A, C e K.
Unhas Coiloníquea e quebradiças Ferro 
Tecido subcutâneo Edema e pouca gordura Proteína e calorias 
Sistema musculoesque-
lético
Atrofia muscular, alargamento epifisário, perna 
em “x”, flacidez das panturrilhas e fraturas.
Vitamina D, B1 e Cál-
cio.
Sistema cardiovascular Cardiomegalia B1 
Sistema nervoso Alterações psicomotoras e sensitivas, depressão, 
fraqueza motora e formigamento (mãos/pés). 
B1, B6 e B12 
Tabela 5: PrincipaisAlterações Clínicas Em Algumas Deficiências Nutricionais. Fonte: DUARTE; BORGES, 2007.
17
4. avaliaçÃo sUBJetiva GloBal
A Avaliação Subjetiva Global é um método adequado para se realizar o diagnóstico nutricional. Represen-
ta essencialmente o raciocínio clínico sobre a história nutricional. (Figura 1) É composta por anamnese 
dirigida e exame físico simplificado para aspectos nutricionais. O doente é questionado sobre mudanças 
do peso habitual, alterações de hábitos alimentares, presença de sinais e sintomas gastrointestinais, 
assim como distúrbios da capacidade funcional. 
A doença também é considerada no contexto geral e de acordo com o diagnóstico de base do paciente, 
atribui-se-lhe grau de demanda metabólica leve, moderado e alto. Por último, o paciente é submetido 
a exame físico simples, objetivando verificar mudanças da composição subcutânea, massa muscular e 
presença de edemas.
Esta técnica é eficiente, rápida, prática, de baixo custo, não invasiva e não demanda o uso de aparelhos, 
além de ter sensibilidade e especificidade apropriadas (Correia e Waitzberg, 2003; de Mutsert et al, 2009). 
Contudo, por ser essencialmente clínica depende da capacidade do investigador em buscar informações 
precisas, detalhadas e que lhe sirvam de substrato para alcançar o diagnóstico nutricional, ou seja, é uma 
técnica sujeita ao viés do entrevistador e por tal está associada a probabilidades de diagnósticos falso-
-positivos e falso-negativos. 
Portanto, para que seja fidedigna, há a necessidade que os entrevistadores sejam treinados e capacitados 
para a aplicação e interpretação adequada dos resultados (Correia, Caiaffa e Waitzberg, 1998).
o peso: 
O paciente é questionado sobre a perda de peso involuntária, em relação ao peso habitual, expressa em 
quilos, nos últimos seis meses e nas duas semanas anteriores à entrevista. Outro aspecto importante 
que deve ser identificado é como a mudança do peso ocorreu, ou seja, se essa foi paulatina e contínua, 
foi abrupta e se estabilizou ou ainda, se foi abrupta recentemente? Por outro lado, se houve períodos de 
estabilidade e até mesmo recuperação, o diagnóstico nutricional é certamente melhor. 
Hábitos alimentares: 
Deve ser investigada a história de ingestão alimentar em relação ao habitual do paciente, considerando 
como base: jejum, dieta líquida, dieta sólida em quantidade inferior ao habitual e, finalmente, dieta com-
pleta. Deve-se desconsiderar alteração do padrão de ingestão alimentar se ocorrida de forma intencional, 
como nos casos de dietas para emagrecimento e por motivo de doenças como diabetes, dislipidemia, 
desde que essas tenham sido realizadas com acompanhamento nutricional por profissional habilitado. 
sintomas e sinais gastrointestinais: 
A presença de sintomas e sinais gastrointestinais, tais como anorexia, náuseas, vômitos e diarreia (mais 
de três evacuações líquidas/dia), quando presentes e de forma frequente por período superior a 15 dias 
é informação relevante. 
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capacidade funcional: 
Essas mudanças da capacidade funcional são avaliadas comparando-se as atividades físicas habitual-
mente executadas pelos pacientes antes da enfermidade e as atuais. Pergunta-se ao paciente se tem 
conseguido exercer as atividades diárias, tais como ir trabalhar, fazer serviços domésticos e/ou exercícios 
físicos. Se a resposta for afirmativa, deve-se questionar se a intensidade dessa atividade tem sido seme-
lhante à anterior ao período que antecede a doença e, por quanto tempo vem ocorrendo. 
A alteração funcional pode ser considerada: 
a) Leve quando há manutenção das atividades cotidianas, porém com maior grau de cansaço ou dificulda-
de para exercê-las (trabalho subótimo).
b) Moderada, quando ocorre interrupção das atividades cotidianas, com movimentação apenas dentro de 
casa, ficando sentado boa parte do dia (ambulatorial).
c) Grave, ocorrendo em grau extremo de inatividade, quando o paciente permanece a maior parte do 
tempo acamado. 
demanda metabólica de acordo com diagnóstico principal: 
A doença atual do paciente, associada ou não a enfermidades prévias em atividade, gera alterações da 
demanda metabólica. A presença de sepse, queimadura e trauma está, em geral, relacionada a taxas de 
metabolismo aumentadas. Operações de pequeno porte, assim como infecções leves, são consideradas 
como baixo grau de estresse. Já o câncer poderá ou não representar aumento de metabolismo. Por outro 
lado, pode estar interferindo na deglutição, na digestão e/ou na absorção, dependente da localização. De 
fato, é importante avaliar o diagnóstico do paciente, pois é considerado um grande fator de risco para 
piorar o estado nutricional. 
exame físico: 
O exame físico deverá averiguar três dados básicos: perda de tecido subcutâneo, perda de massa muscu-
lar e presença de edema de tornozelo (maleolar) e da região sacral, assim como ascite. 
Deverá ser realizado por meio do olhar clínico do examinador e do tato, não incluindo equipamentos para 
análise destes parâmetros. 
diagnóstico nutricional: 
O diagnóstico do estado nutricional é obtido considerando-se todas as informações obtidas a partir da 
história clínica, da doença principal e do exame físico simplificado. Assim, o paciente é classificado como: 
a) Nutrido; 
b) Moderadamente desnutrido ou com suspeita de desnutrição; 
c) Desnutrido grave. 
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Palavras finais
Prezado(a) aluno(a), o que achou das informações explanadas neste guia de estudos? Acredito que você 
tenha compreendido a importância de todos os tópicos estudados neste GUIA. Com o objetivo de facilitar 
a elaboração do seu Caso Clinico, abordei de forma resumida os principais métodos utilizados para reali-
zar uma avaliação nutricional. 
Espero que agora você tenha condições de finalizar seu Caso Clínico. 
Fico no aguardo de seu material e lhe desejo sucesso em seus estudos e em toda sua carreira acadêmica.
Bons Estudos!
referÊncias BiBlioGráficas
DUARTE, A. C. G. Avaliação nutricional: aspectos clínicos e laboratoriais. São Paulo: Atheneu, 2007.
ROSSI, G.; CARUSO L.; GALANTE A.P. Avaliação Nutricional: Novas perspectivas. Centro Universitário São 
Camilo. Ed. Roca, 2009-08-01.
NACIF, M.; VIEBIG, R. F. Avaliação antropométrica nos ciclos da vida: uma visão prática São Paulo: Metha, 
2007.

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