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BENEFICIÁRIOS DO RGPS (segurados e dependentes) Se alguém segue confiantemente na direção dos próprios sonhos e se empenha em viver a vida que imaginou, encontrará um sucesso inesperado nas horas comuns. Atravessará uma barreira invisível e novas leis universais começarão a se estabelecer dentro dele e ao seu redor." Henry David Thoreau Todo trabalhador que exerça atividade remunerada, desde que não esteja vinculado a Regime Próprio de Previdência Social – RPPS será considerado segurado obrigatório do Regime Geral de Previdência Social, independentemente da sua vontade. Portanto, a qualidade de segurado obrigatório está incitamente ligada ao exercício de atividade remunerada, com ou sem vínculo empregatício. Conclui-se que o vínculo existente entre o trabalhador e o RGPS é legal e não contratual como ocorre com a previdência complementar. Na relação jurídica decorrente do RGPS, o Estado chama para si a função de proteger o trabalhador diante de certas contingências previstas em lei, através de filiação e contribuição compulsórias. A única exceção a essa regra no RGPS decorre da aplicação do princípio da universalidade que admite a filiação de pessoa que não exerça atividade remunerada na qualidade de segurado facultativo, de acordo com a sua própria vontade. Em linhas gerais, os beneficiários do RGPG dividem-se em segurados e dependentes. Os segurados são aqueles que, de regra, contribuem e fazem jus a todos os benefícios do RGPS, desde que cumpram os requisitos exigidos em lei. Os dependentes são aqueles que não contribuem, mas mantém dependência econômica com os segurados na forma da lei. Possuem direito a percepção de apenas dois benefícios: pensão por morte do segurado e auxílio-reclusão. SEGURADOS Os segurados, por sua vez, dividem-se em obrigatórios e facultativos. Segurados obrigatórios são aqueles cujo vínculo com o RGPS decorre de lei, portanto, independe da sua própria vontade. Exemplos: um camelô, um ambulante, um feirante, dentre outros, ainda que não estejam inscritos no INSS. Segurados facultativos são aqueles cujo vínculo com o RGPS depende da sua vontade. Com fundamento no princípio da universalidade, podem ser considerados segurados facultativos todas as pessoas que não exerçam atividade remunerada que os vincule obrigatoriamente aos regimes básicos de previdência. Exemplo: uma dona de casa, que não exerça atividade remunerada. Em resumo, a diferença básica entre o segurado obrigatório e o segurado facultativo está no fato de que a filiação do primeiro decorre da lei, enquanto a do segundo representa ato volitivo. SEGURADOS OBRIGATÓRIOS Os segurados obrigatórios dividem-se em cinco categorias: empregado; empregado doméstico; trabalhador avulso; contribuinte individual e especial. DISTINÇÃO (MÉTODO DE ELIMINAÇÃO) Caso o trabalhador exerça atividade remunerada e não esteja vinculado a Regime Próprio de Previdência, estará enquadrado em uma das cinco categorias de segurados obrigatórios do RGPS, sendo vedada a sua inscrição como segurado facultativo. Portanto, caso exerça atividade remunerada, pública ou privada, o segurado estará obrigatoriamente vinculado ao regime geral ou regime próprio e jamais poderá inscrever-se no RGPS como segurado facultativo. Esse vínculo (filiação) como segurado obrigatório independe da vontade do segurado. A grande dificuldade dos candidatos nas provas dos concursos públicos, em relação a esse tema tão importante, por ser um dos mais cobrados, é fazer a correta distinção entre as categorias de segurados obrigatórios, face às inúmeras hipóteses previstas na legislação previdenciária, dificultando qualquer tentativa de uma simples memorização. Para que possamos então resolver qualquer questão sobre esse tema (sem decorar) com absoluta convicção, basta aplicarmos um método simples que consiste no processo de eliminação. De acordo com esse método, três categorias são inconfundíveis, não costumam trazer muita dificuldade, portanto devem ser analisadas e, se for o caso, eliminadas em primeiro lugar, a saber: 1) doméstico(a) – é aquele que trabalha de forma contínua para a família com subordinação em atividades sem fins lucrativos. É o caso da babá, cozinheira, jardineiro e outros. É fundamental que a atividade seja estritamente doméstica, tanto urbana como rural, caso a atividade seja desvirtuada, ou seja, passe a ter fins lucrativos, o trabalhador (a) enquadra-se na condição de empregado (CLT); 2) avulso – é o trabalhador que só pode ser contratado mediante intermediação obrigatória do sindicato da categoria ou do órgão gestor de mão-de-obra – OGMO. Essa intermediação obrigatória só existe para essa categoria de trabalhadores e tem por finalidade a sua própria proteção diante do contratante (tomador de serviços). Portanto, observem que o avulso não mantém vínculo empregatício nem com o contratante e nem com o intermediário. O estivador é um dos exemplos de avulso portuário. 3) especial – é o produtor rural pessoa física, em regime de economia familiar e os equiparados, como por exemplo, o pescador artesanal. A princípio, a atividade do especial é de subsistência, sem o auxílio de empregados permanentes, para aqueles que não tenham alguma outra atividade remunerada. Portanto, pelo nosso método, sobram apenas as duas maiores categorias: o segurado empregado e o contribuinte individual. Também nesses casos a distinção é simples. O empregado é o trabalhador que mantém vínculo empregatício caracterizado principalmente pela subordinação jurídica, como ocorre com o empregado celetista. Também se enquadram nessa categoria os equiparados a segurado empregado, como por exemplo, o exercente de mandato eletivo. Finalmente, por eliminação, caso o trabalhador não esteja enquadrado nas três primeiras categorias inconfundíveis (doméstico, avulso e especial) e também não possua vínculo empregatício, será contribuinte individual que, não por acaso, é a maior categoria de todas (todo trabalhador que não esteja enquadrado nas anteriores e nem vinculado a regime próprio de previdência). Exemplos: ministro de confissão religiosa, garimpeiro, árbitro de futebol, dentre outros. Pela sua extensão, e com base em concursos anteriores, não há nenhuma dúvida que este assunto (segurados) será cobrado. Em resumo, para resolvermos qualquer questão sobre esse tema basta aplicarmos o processo de eliminação. Dentre as cinco categorias de segurados obrigatórios, três são inconfundíveis: o doméstico (trabalha para família em atividades sem fins lucrativos), o avulso (intermediação obrigatória do sindicato ou órgão gestor de mão-deobra) e o especial (produtor rural pessoa física, em regime de economia familiar e os equiparados, como por exemplo, o pescador artesanal). Sobram as duas maiores categorias: empregado(vínculo empregatício caracterizado pela subordinação jurídica e equiparados) e o contribuinte individual que é a maior categoria de todas (todo trabalhador que não esteja enquadrado nas anteriores e nem vinculado a regime próprio de previdência). Agora vamos por em prática a identificação das categorias de segurados obrigatórios através do método de eliminação. Para isso vamos imaginar que determinado trabalhador autônomo seja associado à cooperativa de trabalho para a prestação de serviços a terceiros através da cooperativa. Inicialmente, pelo exercício de atividade remunerada, não pode ser considerado facultativo. Quanto aos regimes de previdência, estará vinculado ao RGPS por não ser servidor público exercente de cargo efetivo. O trabalhador cooperado não pode ser segurado empregado doméstico do RGPS porque não trabalha de formacontínua para família, em atividade sem fins lucrativos. Não é avulso porque não há intermediação obrigatória do sindicato ou órgão gestor da mão-de-obra na sua contratação. Também é incompatível com o segurado especial, tendo em vista que este é o produtor rural ou equiparado que exerce atividade agropecuária individualmente ou em regime de economia familiar. Não pode ser segurado empregado porque não há vínculo empregatício entre o cooperado e a cooperativa, embora nada impeça que a cooperativa tenha seus próprios empregados. Por eliminação constata-se que o cooperado é segurado obrigatório do RGPS na qualidade de contribuinte individual. É simples assim. CATEGORIAS DE SEGURADOS OBRIGATÓRIOS Para reforçar a nossa compreensão sobre esse tema, listamos abaixo o enquadramento dos trabalhadores em relação a cada uma das categorias previstas na legislação previdenciária. Reiteramos que, face à extensão do assunto, a simples decoreba deve ser evitada. EMPREGADO 1) aquele que presta serviço de natureza urbana ou rural a empresa, em caráter não eventual, sob sua subordinação e mediante remuneração, inclusive como diretor empregado; Atenção.: a inscrição do segurado em qualquer categoria do RGPS, seja como obrigatório ou facultativo, exige a idade mínima de dezesseis anos, exceto como segurado obrigatório empregado, na condição de aprendiz. Esta exceção decorre do art. 7º, inciso XXXIII, da Constituição Federal, que proíbe o trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos. Observem que essa exceção não se aplica ao segurado facultativo porque, nesse caso, o limite mínimo de idade sempre será 16 anos. Apenas no caso do menor aprendiz, como segurado obrigatório do regime geral na condição de empregado, o piso para inscrição na previdência social poderá ser a partir dos 14 anos. Em síntese, a exceção (14 anos) aplica-se ao segurado obrigatório empregado (aprendiz) e não ao segurado facultativo, cujo limite de idade (16 anos) sempre seguirá a regra geral. 2) aquele que, contratado por empresa de trabalho temporário, por prazo não superior a 09 meses, prorrogável, presta serviço para atender a necessidade transitória de substituição de pessoal regular e permanente ou a acréscimo extraordinário de serviço de outras empresas, na forma da legislação própria; 3) o brasileiro ou o estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil para trabalhar como empregado no exterior, em sucursal ou agência de empresa constituída sob as leis brasileiras e que tenha sede e administração no País; 4) o brasileiro ou o estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil para trabalhar como empregado em empresa domiciliada no exterior com maioria do capital votante pertencente a empresa constituída sob as leis brasileiras, que tenha sede e administração no País e cujo controle efetivo esteja em caráter permanente sob a titularidade direta ou indireta de pessoas físicas domiciliadas e residentes no País ou de entidade de direito público interno; 5) aquele que presta serviço no Brasil a missão diplomática ou a repartição consular de carreira estrangeira e a órgãos a elas subordinados, ou a membros dessas missões e repartições, excluídos o não-brasileiro sem residência permanente no Brasil e o brasileiro amparado pela legislação previdenciária do país da respectiva missão diplomática ou repartição consular; 6) o brasileiro civil que trabalha para a União no exterior, em organismos oficiais internacionais dos quais o Brasil seja membro efetivo, ainda que lá domiciliado e contratado, salvo se amparado por regime próprio de previdência social; Obs.: no RGPS, todo brasileiro que trabalha no exterior é empregado, exceto o brasileiro civil que trabalha no exterior em organismo oficial internacional que é contribuinte individual (observem que esta é a única exceção), caso ele trabalhe para a União em organismo oficial internacional do qual o Brasil seja membro efetivo, será considerado empregado, conforme disposto no item 6 acima. Em resumo: Brasileiro que trabalhe para a União em OI -> empregado. Exemplo: uma pessoa que trabalha para a União como seu representante na Organização das Nações Unidas - ONU Brasileiro que trabalhe em OI -> contribuinte individual. Exemplo: um pesquisador que exerce atividade privada e foi contratado diretamente pela Organização Mundial de Saúde – OMS. 7) o brasileiro civil que presta serviços à União no exterior, em repartições governamentais brasileiras, lá domiciliado e contratado, inclusive o auxiliar local de que tratam os art. 56 e 57 da Lei no 11.440, de 29 de dezembro de 2006, este desde que, em razão de proibição legal, não possa filiar-se ao sistema previdenciário local; Observação: auxiliar local é o brasileiro ou o estrangeiro admitido para prestar serviços ou desempenhar atividades de apoio que exijam familiaridade com as condições de vida, os usos e os costumes do país onde esteja sediado o posto, em síntese, é uma espécie de adido. 8) o bolsista e o estagiário que prestam serviços a empresa, em desacordo com a Lei no 11.788, de 25 de setembro de 2008; 9) o servidor da União, Estado, Distrito Federal ou Município, incluídas suas autarquias e fundações, ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração (o servidor efetivo que exerça cargo em comissão continua vinculado ao regime próprio); 10) o servidor do Estado, Distrito Federal ou Município, bem como o das respectivas autarquias e fundações, ocupante de cargo efetivo, desde que, nessa qualidade, não esteja amparado por regime próprio de previdência social; 11) o servidor contratado pela União, Estado, Distrito Federal ou Município, bem como pelas respectivas autarquias e fundações, por tempo determinado, para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público; 12) o servidor da União, Estado, Distrito Federal ou Município, incluídas suas autarquias e fundações, ocupante de emprego público (CLT); Dica importante: todos aqueles que exercem atividade pública remunerada (empregados públicos, comissionados, temporários), com exceção do servidor público exercente de cargo efetivo com regime próprio, são segurados obrigatórios do RGPS como empregados. 13) o escrevente e o auxiliar contratados por titular de serviços notariais e de registro a partir de 21 de novembro de 1994, bem como aquele que optou pelo Regime Geral de Previdência Social; 14) o exercente de mandato eletivo federal, estadual ou municipal, desde que não vinculado a regime próprio de previdência social; Observação: A lei 10.887/2004 reinseriu a figura do exercente de mandato eletivo como segurado obrigatório do RGPS na qualidade de empregado, com fundamento na EC 20/98 que prevê além da contribuição dos trabalhadores a dos demais segurados. A intenção foi demonstrar que a partir da EC 20/98 há fundamentação constitucional para o enquadramento do exercente de mandato eletivo no RGPS. Porém, o exercente de mandato eletivo federal, estadual ou municipal, só poderá ser considerado segurado obrigatório do RGPS na qualidade de empregado, caso não esteja vinculado a regime próprio de previdência social. Caso contrário, mesmo depois de eleito, continuará vinculado ao regime de origem (próprio), como por exemplo, um auditor da Receita Federal que seja eleito deputado estadual, permanecendo o vínculo com o seu regime próprio de previdência (União). 15) o empregado de organismo oficial internacional ou estrangeiro em funcionamento no Brasil, salvo quando coberto por regimepróprio de previdência social; 16) o trabalhador rural contratado por produtor rural pessoa física, na forma do art. 14-A da Lei no 5.889, de 8 de junho de 1973, para o exercício de atividades de natureza temporária por prazo não superior a dois meses dentro do período de um ano. EMPREGADO DOMÉSTICO Aquele que presta serviço de natureza contínua, mediante remuneração, a pessoa ou família, no âmbito residencial desta, em atividade sem fins lucrativos. CONTRIBUINTE INDIVIDUAL 1) a pessoa física, proprietária ou não, que explora atividade agropecuária, a qualquer título, em caráter permanente ou temporário, em área, contínua ou descontínua, superior a quatro módulos fiscais; ou, quando em área igual ou inferior a quatro módulos fiscais ou atividade pesqueira ou extrativista, com auxílio de empregados ou por intermédio de prepostos; 2) a pessoa física, proprietária ou não, que explora atividade de extração mineral - garimpo, em caráter permanente ou temporário, diretamente ou por intermédio de prepostos, com ou sem o auxílio de empregados, utilizados a qualquer título, ainda que de forma não contínua; 3) o ministro de confissão religiosa e o membro de instituto de vida consagrada, de congregação ou de ordem religiosa; 4) o brasileiro civil que trabalha no exterior para organismo oficial internacional do qual o Brasil é membro efetivo, ainda que lá domiciliado e contratado, salvo quando coberto por regime próprio de previdência social; Obs.: vamos supor que um brasileiro nato civil que mora há muito tempo na Suíça, foi contratado em Genebra para trabalhar na Organização Mundial de Saúde tendo optado por não se filiar ao regime próprio daquela organização. Nessa situação, Miguel é segurado obrigatório da previdência social brasileira na qualidade de contribuinte individual. Por outro lado, caso esse segurado trabalhasse no exterior para a União em organismo oficial internacional (exemplo: ONU), seu enquadramento no RGPS seria como empregado. 5) o titular de firma individual urbana ou rural; 6) o diretor não empregado e o membro de conselho de administração na sociedade anônima; 7) todos os sócios, nas sociedades em nome coletivo e de capital e indústria; 8) o sócio gerente e o sócio cotista que recebam remuneração decorrente de seu trabalho e o administrador não empregado na sociedade por cotas de responsabilidade limitada, urbana ou rural; 9) o associado eleito para cargo de direção em cooperativa, associação ou entidade de qualquer natureza ou finalidade, bem como o síndico ou administrador eleito para exercer atividade de direção condominial, desde que recebam remuneração; 10) quem presta serviço de natureza urbana ou rural, em caráter eventual, a uma ou mais empresas, sem relação de emprego; 11) a pessoa física que exerce, por conta própria, atividade econômica de natureza urbana, com fins lucrativos ou não; Obs.: essa é uma das hipóteses mais comuns (trabalhador autônomo) de segurado obrigatório do RGPS na qualidade de contribuinte individual. Exemplo típico dessa categoria seria o caso de três mulheres que passaram a trabalhar por conta própria e exercem suas atividades na residência de uma delas como cabeleireira, manicure e esteticista, respectivamente. 12) o aposentado de qualquer regime previdenciário nomeado magistrado classista temporário da Justiça do Trabalho ou nomeado magistrado da Justiça Eleitoral; 13) o cooperado de cooperativa de produção que, nesta condição, presta serviço à sociedade cooperativa mediante remuneração ajustada ao trabalho executado; 14) o Micro Empreendedor Individual - MEI de que tratam os arts. 18-A e 18-C da Lei Complementar no 123, de 14 de dezembro de 2006, que opte pelo recolhimento dos impostos e contribuições abrangidos pelo Simples Nacional em valores fixos mensais; Observações: a) é considerado MEI o empresário individual a que se refere o art. 966 da Lei no 10.406, de 2002 (Código Civil), que tenha auferido receita bruta, no ano-calendário anterior, de até R$ 36.000,00 (trinta e seis mil reais), optante pelo Simples Nacional e que não esteja impedido de optar pela sistemática de recolhimento mencionada neste inciso; b) conforme o disposto no art. 18-A, e seus parágrafos, da Lei Complementar nº 123/2006, poderá se enquadrar como MEI o empresário individual que possua um único empregado que receba exclusivamente um salário mínimo ou o piso salarial da categoria profissional. 15) o condutor autônomo de veículo rodoviário, assim considerado aquele que exerce atividade profissional sem vínculo empregatício, quando proprietário, co-proprietário ou promitente comprador de um só veículo; 16) aquele que exerce atividade de auxiliar de condutor autônomo de veículo rodoviário, em automóvel cedido em regime de colaboração; 17) aquele que, pessoalmente, por conta própria e a seu risco, exerce pequena atividade comercial em via pública ou de porta em porta, como comerciante ambulante; 18) o trabalhador associado a cooperativa que, nessa qualidade, presta serviços a terceiros; 19) o membro de conselho fiscal de sociedade por ações; 20) o diarista, assim entendido a pessoa física que, por conta própria, presta serviços de natureza não contínua à pessoa ou à família no âmbito residencial destas, em atividade sem fins lucrativos; Observação: a diferença existente entre o diarista (contribuinte individual) e o doméstico está na continuidade do serviço, que é essencial para este e inexistente para aquele. 21) o notário ou tabelião e o oficial de registros ou registrador, titular de cartório, que detêm a delegação do exercício da atividade notarial e de registro, não remunerados pelos cofres públicos, admitidos a partir de 21 de novembro de 1994; Importante: somente o servidor público exercente de cargo efetivo está vinculado a regime próprio de previdência social, portanto o tabelião está vinculado ao RGPS como contribuinte individual. Caso exerça a atividade de escrevente ou auxiliar contratados por titular de serviços notariais e de registro, o enquadramento no RGPS será como empregado. 22) aquele que, na condição de pequeno feirante, compra para revenda produtos hortifrutigranjeiros ou assemelhados;23) a pessoa física que edifica obra de construção civil; 24) o médico residente; 25) o pescador que trabalha em regime de parceria, meação ou arrendamento, em embarcação com mais de seis toneladas de arqueação bruta, ressalvado quando na condição, exclusivamente, de parceiro outorgado, utilize embarcação de até dez toneladas de arqueação bruta; 26) o incorporador; 27) o bolsista da Fundação Habitacional do Exército; 28) o árbitro e seus auxiliares; 29) o membro de conselho tutelar, quando remunerado; 30) o interventor, o liquidante, o administrador especial e o diretor fiscal de instituição financeira. 31) a pessoa física contratada para prestação de serviço em campanhas eleitorais por partido político ou por candidato a cargo eletivo, diretamente ou por meio de comitê financeiro; TRABALHADOR AVULSO Aquele que, sindicalizado ou não, presta serviço de natureza urbana ou rural, a diversas empresas, sem vínculo empregatício, com a intermediação obrigatória do órgão gestor de mão-de-obra ou do sindicato da categoria. Podem ser considerados avulsos: I - o trabalhador que exerce atividade portuária de capatazia, estiva, conferência e conserto de carga, vigilância de embarcação e bloco; II - o trabalhador de estiva de mercadorias de qualquer natureza, inclusive carvão e minério; III - o trabalhador em alvarenga (embarcação para carga e descarga de navios); IV - o amarrador de embarcação; V - o ensacador de café, cacau, sal e similares; VI - o trabalhador na indústria de extração de sal; VII - o carregador de bagagem em porto; VIII - o prático de barra em porto; IX -o guindasteiro; e X - o classificador, o movimentador e o empacotador de mercadorias em portos. Atenção: a definição acima consta no art. 9º, inciso VI, do Regulamento da Previdência Social. Contudo, o art. 12, inciso VI, da Lei 8.212/91, traz a seguinte definição: quem presta, a diversas empresas, sem vínculo empregatício, serviço de natureza urbana ou rural definidos no Regulamento. Comparando as duas definições verifica-se que a do RPS é mais completa, porém, ambas são corretas. No concurso a ESAF tanto pode cobrar a definição na forma da lei 8.212/91, ou poderá exigir conforme dispõe o RPS. Ambas são corretas.
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