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Possibilidade Jurídica de Concessão de Guarda Compartilhada e ou pensão alimentícia para animais domésticos

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POSSIBILIDADE JURÍDICA DE CONCESSÃO DE GUARDA COMPARTILHADA
E/OU PENSÃO ALIMENTÍCIA PARA ANIMAIS DOMÉSTICOS
LEGAL POSSIBILITY OF GRANTING SHARED GUARD AND / OR FOOD
PENSION FOR DOMESTIC ANIMALS
Izabela Flávia da Silva1
RESUMO
É nítido observar que a conjuntura familiar se modificou em diversos aspectos
durante a história, e atualmente tem-se notado o crescente vínculo afetivo entre
seres humanos e animais, principalmente os animais domésticos, de estimação, que
vem ocupando cada vez mais espaços dentro dos lares e das famílias brasileiras.
Diante dessa perspectiva, surge uma nova modalidade familiar: a família
multiespécie ou poliespécie, que embora não amparada pelo ordenamento jurídico
brasileiro, têm se discutido sua relevância e urgência de tutela. O presente estudo
busca verificar enlaces de direito de família, como guarda e pensão alimentícia em
litígios onde os animais são partes centrais em virtude da afetividade, em situações
de divórcio e dissolução de união estável, análise essa em contrapartida ao status
jurídico de ‘’coisa’’ dado pela legislação brasileira aos animais, e a atual cultura
antropocêntrica. Bem como analisar a omissão legislativa e a necessidade de se
legislar sobre o tema. Constatou-se, por meio de doutrinas, artigos científicos, direito
comparado e jurisprudências a aplicabilidade de tais institutos por meio de
analogias, visto a demanda significativa que recaem sob os tribunais, e a
necessidade de concessão de direitos aos animais, sob o seu bem-estar e interesse.
Palavras-chave: família multiespécies; guarda; alimentos; direito das coisas; direito
de família.
ABSTRACT
It is clear to observe that the family conjuncture has changed in several aspects
during history, and nowadays the growing affective bond between human beings and
animals, mainly domestic pets, has been noticed, which has been occupying more
and more spaces inside homes. and Brazilian families. In view of this perspective, a
new family modality emerges: the multi-species or multi-species family, which
although not supported by the Brazilian legal system, its relevance and urgency of
guardianship have been discussed. The present study seeks to verify links of family
1Graduanda em Direito pela Faculdade do Noroeste de Minas - FINOM.
law, such as custody and alimony in disputes where animals are central parts due to
affection, in situations of divorce and dissolution of a stable union, an analysis in
contrast to the legal status of '' thing '' given by Brazilian legislation to animals, and
the current anthropocentric culture. As well as analyzing the legislative omission and
the need to legislate on the topic. It was found, through doctrines, scientific articles,
comparative law and jurisprudence, the applicability of such institutes through
analogies, given the significant demand that fall under the courts, and the need to
grant rights to animals, for their own good -being and interest.
Keywords: Multiespecies Family; guard; foods, rights of things,family right.
INTRODUÇÃO
A relação existente entre ser humano e animais é historicamente
comprovada.Desde os primórdios, na pré história, encontrava-se essa aproximação
nas pinturas rupestres, em que o homem desenhava diversos animais nas rochas
das cavernas.
Mais tarde, por volta do século XVI, durante o Brasil Colonial essa relação
passou a ser também econômica. A domesticação dos animais teve por finalidade a
sua utilidade, seja no auxílio da produção de alimentos, no uso de arado por tração
animal no plantio, transporte de pessoas, como a charrete, ou carroça, como
comumente é conhecida, transporte de cargas, caracterizando o tropeirismo, ou
seja, a utilização de mulas para os transporte de alimentos e mercadorias, dentre
diversas designações econômicas aos quais os animais eram submetidos.
Logicamente, por sua utilização ser voltada exclusivamente para o âmbito
econômico, excluindo-se a afetividade, os animais sofriam maus tratos, e muitas
vezes acabavam falecendo prestando serviços ao ser humano. Dessa forma, não
havia uma preocupação por parte do homem sobre a dor dos animais e seus
sentimentos, e sobretudo, não os reconhecia.
O movimento social acerca dos direitos dos animais é um movimento que
surgiu não só para reivindicar um tratamento humanitário para os animais, mas
também para defender que seus interesses básicos sejam respeitados
igualitariamente aos interesses do ser humano. Sendo assim, este movimento foi
defendido por muitos filósofos e pensadores ao longo da história, sendo uma
discussão longilínea que permanece até os dias atuais.
1Graduanda em Direito pela Faculdade do Noroeste de Minas - FINOM.
Os animais foram ficando tão próximos ao ser humano, seja por meio de
esportes culturais, para recreação, como vigias, para companhia e amizade, e
também como reais membros familiares. Atualmente, a relação entre seres humanos
e animais, apresenta nova conjuntura, construída ao longo do tempo, desprendida
de preconceitos, aos quais os animais domésticos eram acometidos. Hoje, o enlace
notadamente é envolvido de afetividade, em que os animais são parte do cotidiano
do ser humano e ocupam papel fundamental em suas vidas.
O papel imprescindível que os animais domésticos ocupam no espaço familiar
é perceptível, e para que se possa mensurar os limites do conceito de animais
domésticos, afastando dos demais animais, a autora Ariana os define como, aquele
que: ‘’apresentando características biológicas e comportamentais, em estreita
dependência do homem” (GIL, 2016, p. 14)
De acordo com essa conceituação entende-se por animais domésticos
aqueles animais que possuem dependência em relação ao ser humano,
dependência para sobreviver, de carinho e atenção. No dicionário, quando se
procura pela palavra doméstico, a definição que encontramos é a de ‘’Animais
domésticos. Animais que vivem e se criam em casa, juntamente com a família, como
os cães e gatos; manso.’’ (ANIMAIS DOMÉSTICOS,2021)
Nesse sentido, os animais que coabitam com os seres humanos são aqueles
que detém para eles um valor afetivo, pois, o ser humano carece de afeto desde o
seu nascimento, e dessa forma, ganharam um espaço nas famílias,como um
verdadeiro membro e muitas vezes como um filho, talvez, em detrimento da atual
ascensão profissional que as mulheres têm ocupado, que decidem por planejarem
suas famílias, casamento e filhos cada vez mais tardiamente, pela escassez de
tempo, e esterilidade, essa relação familiar é denominada família multiespécie ou
família pluri espécie.
Diante disso, este trabalho tem por escopo analisar em virtude do atual
advento da família multiespécie, onde surge uma insegurança jurídica frente a
situações de divórcio e dissolução de união estável, em como ficará os animais de
estimação dos cônjuges-tutores nesse processo, como disputa de guarda,
desdobrando-se em direito de visita e pensão alimentícia, como um direito-dever do
cônjuge que não detém a guarda, considerando a afetividade de ambos pelo
animalzinho,que carece de cuidados, carinhos, brincar, e estar entre os donos e os
1Graduanda em Direito pela Faculdade do Noroeste de Minas - FINOM.
gastos financeiros com sua subsistência como alimentos, vacinas, veterinário, entre
outros.
Este é um tema bastante debatido ultimamente, em que vale uma discussão
jurídica ampla, pois é uma questão que segue sem legislação que ampare e tem
surgido recorrentemente no judiciário, tendo ele que decidir criando uma colisão, em
aplicar primariamente a legislação vigente dos animais que os considera como
meros objetos, afastando-os de todos os direitos inerentes ao direito de família, ou
ainda aplicar analogamente a legislação civil de família dos filhos menores, partindo
do princípio da senciência animal que é unânime que reluz a idéia da capacidade de
sentir do animal, seja dor, ou emoções. Dessa forma, a solução desses litígios
deverão ser acometidos para o bem-estar do animal, seus interesses, quebrando
paradigmas antropocêntricos.Passa-se a analisar a possibilidade jurídica
anteriormente abordada.
1. EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO CONCEITO DE FAMÍLIA
O conceito de família para fins de direito desde a antiguidade até os dias
atuais se modificou drasticamente, principalmente pela chegada da Constituição
Federal de 1998. As modificações ao longo do tempo se deram sobretudo no
reconhecimento de mais espécies de família, na pluralidade reconhecida, pelo
princípio da afetividade, ou seja, pelo afeto, carinho e felicidade na relação familiar
que se passa a considerar vários tipos de família, afastando-se o antigo conceito de
família amarrado exclusivamente ao laço sanguíneo, e ao casamento de duas
pessoas de sexo distinto.
A família tradicional do século passado era tão somente a família matrimonial,
ou seja, aquela constituída estritamente por meio de casamento para fins de direito,
influenciado pelo antigo Código Civil de 1916 patriarcal e machista, onde as famílias
patriarcais (pátrio-poder) eram submetidas ao poder e obediência ao homem, sendo
o único provedor, e detentor de direitos sobre filhos e esposa, e os laços eram
exclusivamente consanguíneos, ou seja, os filhos advindos de uma relação
extraconjugal, isto é fora do casamento, não eram reconhecidos como filhos
‘’legítimos’’, não sendo dessa forma registrados pelo pai, e considerados ilegítimos,
adulterinos ou incestuosos.
O conceito de família sob a luz do patriarcado advém da origem da palavra
‘’família’’, advinda do termo latino famulos que denomina ‘’escravo doméstico’’. A
1Graduanda em Direito pela Faculdade do Noroeste de Minas - FINOM.
família romana tinha como protagonista o homem, independente da figura de pai, ele
era hierarquicamente superior, sendo seus subordinados tanto sua família, mulher e
filhos quanto escravos, decididindo até sobre suas vidas. No Brasil, na colonização,
a constituição familiar não era diferente. O vínculo do casamento não podia se
romper em nenhuma hipótese, por influência dos princípios religiosos.
Mudanças históricas no âmbito familiar aconteceram na revolução industrial
no ano de 1760, onde a mulher foi inserida no mercado de trabalho, com o
surgimento da pílula anticoncepcional em 1960, com o surgimento do divórcio em
1977, entre outros acontecimentos onde o conceito de família foi gradativamente
mudando, na medida em que as mulheres passaram a ter menos tempo para se
dedicar aos filhos, puderam assim planejar suas famílias através da prevenção, até
na decisão de ter ou não filhos, puderam desfazer seus casamentos e dessas
mudanças, novos enlaces familiares foram surgindo, e assim, novos conceitos de
família, afastando cada vez mais o conceito puramente patriarcal.
Diante desses pressupostos o jurista e ministro da suprema corte Edson
Fachin, correlaciona essa mudança estrutural das famílias e de seu conceito sob a
historicidade:
É inegável que a família, como realidade sociológica, apresenta, na
sua evolução histórica, desde a família patriarcal romana até a
família nuclear da sociedade industrial contemporânea, íntima
ligação com as transformações operadas nos fenômenos sociais”
(FACHIN, 1999, p. 11).
Com a promulgação da Constituição Federal de 1988, que em seu texto, só
reafirmou todas essas evoluções históricas na estrutura familiar, pautadas
principalmente nos princípios da dignidade da pessoa humana, na igualdade, e na
afetividade, reconhecendo outras espécies de família, como a família formada
através da união estável, principalmente em seus artigos 226 e 227.
Nesse sentido, nos dias atuais, observa-se o protagonismo da família
eudemonista, tanto na carta magna, quanto legislação civil, doutrina e decisões
judiciais, que cada vez mais, tem reconhecido diferentes espécies de famílias, tais
como a família homoafetiva, reconhecida através da resolução de número 175, de
14 de maio de 2013, reconhecendo o casamento e a união estável de duas pessoas
do mesmo sexo, que foi um marco no avanço dos direitos. Através desse viés, a
doutrinadora Maria Berenice conceitua:
1Graduanda em Direito pela Faculdade do Noroeste de Minas - FINOM.
A busca da felicidade, a supremacia do amor, a vitória da
solidariedade enseja o reconhecimento do afeto como único modo
eficaz de definição da família e de preservação da vida. São as
relações afetivas o elemento constitutivo dos vínculos interpessoais.
A possibilidade de buscar formas de realização pessoal e gratificação
profissional é a maneira de as pessoas se converterem em seres
socialmente úteis. Para essa nova tendência de identificar a família
pelo seu envolvimento afetivo surgiu um novo nome: família
EUDEMONISTA, que busca a felicidade individual vivendo um
processo de emancipação de seus membros. (DIAS, 2015, p. 143)
Desse modo, o princípio da afetividade hoje engloba o conceito de família, de
forma que não o gessa, nem o define mas o expande a conceitos cada vez mais
plurais e assistemáticos, em detrimento disso, o novo conceito de família
multiespécie, que é a família formada por seres humanos e animais, deve-se ter
uma atenção especial, visto que é uma realidade, e por observância principalmente
ao princípio da afetividade, legislações precisam ser consolidadas, a fim de
assegurar direitos e deveres provenientes desse laço, e o judiciário se ater ao
deparar com demandas desta matéria, para solucionar com empatia e justiça.
2. FAMÍLIAS AMPARADAS PELO ORDENAMENTO JURÍDICO BRASILEIRO E A
FAMÍLIA MULTIESPÉCIE
Com a promulgação da Constituição Federal em 1998, é sabido que o
legislador abrangeu o conceito de família através do princípio da afetividade, como
elemento basilar na constituição de uma família, reconhecendo mais modalidades
familiares fundada na pluralidade e felicidade nos enlaces familiares.
Além da tradicional família matrimonial, que se forma a partir do casamento
de duas pessoas, instituída no art. 226, parágrafo segundo da Carta Magna, o texto
constitucional trouxe ainda reconhecimento legal para a União estável, que é aquele
vínculo não matrimonial, formado entre duas pessoas, que possuem uma relação
amorosa pública, contínua, duradoura e com objetivo de formar família no mesmo
artigo, em seu parágrafo terceiro, reconhecendo também a família monoparental,
que é aquela família formada, por ascendentes e um descendente, por quaisquer
que sejam os motivos, pai e filhos, ou ainda mãe e filhos. Portanto, essas são as três
modalidades familiares amparadas pela Constituição Federal, a qual trouxe
vertentes muito forte em relação a liberdade de escolha, a busca pela felicidade,
pela não discriminação, e pela igualdade.
1Graduanda em Direito pela Faculdade do Noroeste de Minas - FINOM.
Como mencionado no capítulo anterior, um dos maiores avanços do conceito
de família, foi o reconhecimento da família homoafetiva, ou seja, o reconhecimento
de família de duas pessoas do mesmo sexo, que podem se casar, e construir uma
união estável, tal marco foi instituído através da resolução de número cento e
setenta e cinco, de quatorze de maio de dois mil e treze.
Outras modalidades familiares ainda reconhecidas pela doutrina e pela
jurisprudência, a família Mosaico/Pluriparental, a doutrinadora Maria Helena Diniz a
conceitua como ‘’dos seus, dos meus, dos nossos’’ (DINIZ, 2016) que é aquela em
que encontrasse mais de uma família, por exemplo, após o divórcio, o pai forma
nova família, trazendo dois núcleos familiares para os filhos, temos também a
espécie de família Anaparental denominada pela ausência dos pais, onde juntos, os
filhos formam uma família, há também a família Unipessoal, sim, família de uma só
pessoa, seja ela solteira, separada, divorciada ou viúva, encontrada na súmula 364
do STJ.
Também há a família Eudemonista que aquela formada pela primazia da
afetividade e pela felicidade, não tendo estreita ligação sanguínea, um clássico
exemplo dessa família, é a formada por amigos, família ‘’extensa’’ incluída pela lei de
número 12.010 de 2009 conhecida como a lei da adoção, e família paralela ou
simultâneaque é bastante discutida, uns doutrinadores a reconhecem e a
defendem, outros não, mas sua característica é a de uma pessoa que
simultaneamente possui duas relações, um casamento e uma união estável, por
exemplo.
Diante das diversas modalidades de família aqui abordadas, pode-se
perceber que a afetividade predomina como parte central dessas relações. Diante
disso:
‘’Entende-se que a afetividade é um valor conquistado pelas famílias
ao longo de toda sua historicidade e, como tal, deve ser conservada
e preservada na sua espontaneidade própria mediante normas que
visem resguardar-lá, seja qual a forma de se relacionar ou amar [...]’’
(XAVIER, 2016, p. 51)
Por último, mas não menos importante, temos a família multiespécie ou pluri
espécie, que diz respeito ao presente trabalho, que é aquela família formada por
mais de uma espécie, assim como preconiza o nome, a espécie humana e a espécie
animal (animais domésticos) juntos em uma só relação familiar.
1Graduanda em Direito pela Faculdade do Noroeste de Minas - FINOM.
Nesse sentido, existem dados que comprovam a presença cada vez mais
crescente da família multiespécie:
[...]106,2 milhões de animais de estimação no Brasil, país que ocupa
o segundo lugar 24 Revista Científica UNIFAGOC | Caderno Jurídico
| ISSN: 2525-4995 | Volume I | 2020 25 mundial em faturamento e em
população de cães e gatos (37,1 milhões e 21,3 milhões,
respectivamente). São ainda 26,5 milhões de peixes, 19,1 milhões de
aves e 2,17 milhões de outros animais (répteis e pequenos
mamíferos). Os dados são da Associação Brasileira da Indústria de
Produtos para Animais de Estimação (Abinpet). Enquanto a
economia brasileira tem dificuldades para decolar, a entidade estima
que em 2014 o faturamento do setor deverá crescer 8,2% sobre o
ano passado, chegando a R$ 16,47 bilhões. Entre 2012 e 2013, o
avanço havia sido de 7,3%. O montante diz respeito aos segmentos
de Pet Food (alimentação), Pet Serv (serviços), Pet Care
(equipamentos, acessórios e produtos para higiene) e Pet Vet
(medicamentos veterinários) (FURBINO, 2014)
Esses dados mostram que as famílias brasileiras estão cada vez mais
adotando animais domésticos, como cãezinhos e gatinhos, e que cada vez mais,
eles estão deixando de ser meros animais, passando a ser considerados como
membros da família, como filhos, envolvidos pela afetividade e pelo amor.
Como foi abordado no início do trabalho, a vida contemporânea, a
modernidade, os direitos e suas influências foram decisivos para a ascensão da
família multiespécie, pois, as mulheres passaram a decidir se querem ter filhos,
quando e quantos, e o planejamento familiar é presente no cotidiano das famílias
modernas, seja por sua carreira profissional, muitas mulheres têm adiado o sonho
de serem mães, e outras, vivem esse sonho como mães de pets.
Em virtude disso, a família moderna tem escolhido adotar animais de
estimação para suprir a falta da prole, e em virtude disso, eles são tratados como se
assim o fossem, sendo amados, mimados, e cuidados da mesma maneira. “Os
números mostram que, hoje, é possível dizer que o Brasil tem mais cachorros do
que crianças, já que, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílios (PNAD), de 2013, o país tinha 44,9 milhões de crianças de 0 a 14 anos”
(KNOPLOCH, 2015).
Como prevê a expressão jurídica em latim ubi societas, ibi jus, que significa
‘’onde há sociedade, há direito’’ reluz a necessidade de legislação que ampare a
família multiespécie e os direitos inerentes a essa, pois, é fato que a família
multiespécie é uma realidade, e o direito precisa evoluir junto a sociedade, para
trazer segurança jurídica, e garantia da aplicabilidade dos direitos de família
1Graduanda em Direito pela Faculdade do Noroeste de Minas - FINOM.
instituídos no Código Civil Brasileiro de 2002, normatizando a convivência dos
tutores e seus pets.
A família multiespécie é um exemplo claro de afetividade, princípio primordial
da conceituação, por isso a omissão legislativa desta matéria não deve continuar,
dessa forma: “funda-se a família pós-moderna em sua feição jurídica e sociológica,
no afeto, na ética, na solidariedade recíproca entre os seus membros e na
preservação da dignidade deles” (FARIAS, ROSENVALD, BRAGA. P, 1680. 2018)
3. DIVÓRCIO NO ORDENAMENTO JURÍDICO BRASILEIRO
O divórcio é o meio jurídico pelo qual se dissolve uma sociedade conjugal, ou
seja, um casamento. Diante disso, os doutrinadores Cristiano Chaves de Farias,
Nelson Rosenvald e Felipe Braga Netto o conceituam como:
O divórcio é a medida jurídica, obtida pela iniciativa das partes, em
conjunto ou isoladamente, que dissolve integralmente o casamento,
atacando, a um só tempo, a sociedade conjugal (isto é, os deveres
recíprocos e o regime de bens) e o vínculo nupcial formado (ou seja,
extinguindo a relação jurídica estabelecida). Pode ser obtido
judicialmente ou administrativamente, através de escritura pública,
quando não houver interesse de incapaz. Implica em modificação do
estado civil dos cônjuges, passando a um novo estado civil, o de
divorciados. (CHAVES et al., 2018, p. 1791).
Nessa perspectiva, o divórcio sendo um meio de cessar a relação matrimonial, sem
que haja motivo, tempo previamente estabelecido, é findado todos os deveres e
direitos conjugais, demais situações de dissolução do vínculo conjugal estão
estabelecidos no art. 1571 do Código Civil Brasileiro.
Ele ainda poderá ser consensual ou ainda litigioso, o divórcio consensual é
aquele que acontece com a anuência das partes, ou seja, com seu consentimento,
não havendo nenhum problema, atrito e divergência na guarda dos filhos, pensão
alimentícia, divisão de bens, entre outras questões,ele é feito pela motivação de
ambos, homologado judicialmente, conforme artigo 731 do Código de Processo Civil
de 2015.
Já o divórcio litigioso, como o próprio nome já diz, há uma lide, um conflito
preexistente, há interesses conflitantes e dessa forma, há uma necessidade de
intervenção do judiciário, seja para declarar o divórcio e intervir nas questões
anteriormente abordadas.
4. INSTITUTO DA GUARDA E DO DEVER DE ALIMENTAR
1Graduanda em Direito pela Faculdade do Noroeste de Minas - FINOM.
O dever de alimentar bem como o instituto de guarda é instituído pela
legislação civil brasileira, são direitos essenciais para a criação dos filhos menores,
pois, eles carecem de conviver com seus pais, e também necessitam de sobreviver,
ter saúde, educação, lazer, dentre diversas necessidades, e esses direitos são
ressaltados que permanecem, mesmo após o fim do casamento ou união estável de
seus genitores. “Obrigação alimentícia é a que a lei impõe a certas pessoas, a fim de
que forneçam a outras os recursos necessários à sua manutenção, quando não
tenham meios de a prover” (PLÁCIDO, SILVA, p.971)
A Carta Magna de 1988, garantiu às crianças e aos adolescentes, a sua
proteção, cabendo ao Estado e ao instituto família, executá-la, tendo em vista o
desenvolvimento saudável fisicamente, socialmente e psicologicamente.
Há duas modalidades de guarda existentes no ordenamento jurídico, a guarda
unilateral e a guarda compartilhada, ao qual são conceituadas por doutrinadores
como:
A guarda compartilhada diz respeito à forma (inovadora) de custódia
de filhos (de pais que não convivem juntos) pela qual a criança ou
adolescente terá uma residência principal (onde desenvolverá a sua
referência espacial, com o relacionamento com vizinhos, amigos,
escola...), mantendo, porém, uma convivência simultânea e
concomitante com o lar de ambos os genitores, partilhando do
cotidiano de ambos os lares (aniversários, alegrias, conquistas...).
Enfim, é o exercício do mesmo dever de guarda por ambos os pais
(CHAVES et al., 2018, p. 1882)
A guarda unilateral é definida na primeira parte art. 1.583, §1° do
CC/02, podendo ser compreendida como aquela atribuída a apenas
um dos ex-cônjuges ou a alguém que o substitua.155 Assim, nessa
modalidade, a guarda dos filhos fica a cargo de um deles, o qual fica
encarregado doscuidados com os filhos. Ao outro, que não detém a
guarda, cabe o direito de visita, da guarda jurídica à distância e do
pagamento da pensão alimentícia. (PÉRICARD, 2018, p.49)
Dessa forma, a guarda unilateral é aquela em que apenas um genitor se
responsabiliza , atribuída somente a ele, já a compartilhada, ambos genitores se
responsabilizam mutuamente, de maneira igual e análoga pelo poder familiar dos
filhos.
5. OMISSÃO LEGISLATIVA E A POSSIBILIDADE DE CONCESSÃO DE GUARDA
E/OU ALIMENTOS PARA ANIMAIS DOMÉSTICOS
Sabe-se que o ordenamento jurídico braileiro traz aos animais o status jurídico
de ‘’coisa’’, sendo considerados meros objetos, ou seja, seres semoventes, incluídos
ainda, na seção de bens móveis por natureza: ‘’Art. 82. São móveis os bens
1Graduanda em Direito pela Faculdade do Noroeste de Minas - FINOM.
suscetíveis de movimento próprio, ou de remoção por força alheia, sem alteração da
substância ou da destinação econômico-social.’’ (BRASIL, 2021)
No entanto, sabemos que o status jurídico dos animais domésticos não condiz
com a complexibilidade da estrutura fática da sociedade contemporânea. Pois os
animais domésticos estão presentes no seio familiar, sendo membros reais da
família multiespécie, tendo estrita dependência emocional e material a seus tutores.
De acordo com a visão biocêntrica do mundo e da senciência animal, os
animais, seres não humanos também são seres que sentem emoções, dor, e é um
conceito bastante aceito pela doutrina, sobre a ética e os direitos inerentes aos
animais, e por isso, surge a necessidade de se dar o mesmo valor jurídico a todas
espécies do mundo.
Como anteriormente abordado, a legislação brasileira prevê o status jurídico
de ‘’coisa’’ ‘’objeto móvel’’ aos animais, no entanto, as legislações estrangeiras
reconhecem-os de maneira distinta, em breves considerações, passa-se a analisar,
no Código Civil Alemão e Suiço, em seus artigos 90 e 641, respectivamente, os
animais não são caracterizados como coisa, meros objetos, a legislação civil
portugues, prevê normas que o tutor deve ter com seus animaizinhos,preocupando
com sua vida sadia e digna, em seu art 1305, ainda a legislação portuguesa,
determina a característica de sensibilidade aos animais domésticos.
O atual ordenamento jurídico brasileiro limita o acesso como pode-se
observar a certos direitos, no art. 75 do Código de Processo Civil, é instituído que os
seres que não possuem personalidade jurídica, incluindo os animais, podem figurar
de forma ativa ou passiva em juízo, desde que representados legalmente.
Os animais por certo não poderiam ser classificados como pessoas
humanas, nem ser considerados como sujeito de personalidade
jurídica. Portanto, enquadrando-os como entes despersonalizados,
eles estariam sujeitos de direito na ordem civil (PÉRICARD, 2018)
Em contrapartida,é perceptível a dificuldade do judiciário diante do atual
status jurídico dos animais em resolver demandas principalmente em matéria de
família, em situações de dissolução da sociedade conjugal, como com quem ficará o
animal e como ficará as custas de zelo deste, dado a família multiespécie
consolidada nos dias atuais.
A Constituição Federal de 1988, garantiu aos animais, direitos de terceira
geração, sua proteção. Com a omissão legislativa sobre a matéria de família e
animais, há alguns projetos de lei, que visam solucionar esse impasse, são elas:
1Graduanda em Direito pela Faculdade do Noroeste de Minas - FINOM.
PLC nº 27/2018, de autoria do Deputado Federal Ricardo Izar –
PSD/SP, que “Determina que os animais não humanos possuem
natureza jurídica sui generis e são sujeitos de direitos
despersonificados, dos quais devem gozar e obter tutela jurisdicional
em caso de violação, vedado o seu tratamento como coisa”, a qual
fora aprovada pelo plenário em 07/08/2019 (BRASIL, 2018, p.1/4). O
PL nº 542/2018, de autoria da Senadora Rose de Freitas –
PODE/ES, que “Dispõe sobre a custódia compartilhada dos animais
de estimação nos casos de dissolução do casamento ou da união
estável”, atualmente se encontra na CCJ- Comissão de Constituição,
Justiça e Cidadania e prevê: [..] o compartilhamento da custódia de
animal de estimação de propriedade em comum, quando não houver
acordo na dissolução do casamento ou da união estável. Altera o
Código de Processo Civil, para determinar a aplicação das normas
das ações de família aos processos contencioso de custódia de
animais de estimação. (BRASIL, 2018, p. 1/6).
Se os projetos acima forem aprovados, haverá significativa mudança de
paradigma na sociedade, sobre segurança jurídica, preenchendo uma lacuna
legislativa importantíssima, e uma atuação célere e simplificada do Poder Judiciário,
englobando a guarda e a pensão alimentícias aos animais, levando essas demandas
para varas de família.
No entanto, enquanto ainda segue-se sem legislação, diante dessa omissão o
judiciário tem por dever, responder a essas novas demandas, é o que determina a
Lei de Introdução às Normas de Direito Brasileiro em seu artigo quarto: ‘’quando a lei
for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os
princípios gerais do direito.’’ (BRASIL, 2021)
Dessa forma, pela impossibilidade de inércia do judiciário, eventuais
demandas de animais sobre questões de família, poderá valer-se por analogia as
matérias sobre guarda e pensão alimentícia dos filhos menores, para os animais
domésticos, valendo-se também dos costumes, e também dos princípios, decisões
estas deverão ser pautadas sempre no princípio da dignidade da pessoa humana,
para valer a dignidade animal, o princípio da isonomia, tratando de forma desigual os
desiguais, englobando partes e os animais, a afetividade, o melhor interesse do
menor, o qual seja animal seu bem estar e subsistência.
5. DECISÕES JUDICIAIS
De acordo com o que abordamos demais capítulos deste trabalho, a omissão
legislativa em matéria de família multiespécie é clara, dessa forma, ao chegar
demandas nesse sentido pela impossibilidade de inércia: ‘’“O juiz não se exime de
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decidir sob a alegação de lacuna ou obscuridade do ordenamento jurídico”. O
judiciário tem decidido, alguma julgados sobre este tema:
A 7ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo/SP já
se manifestou acerca da competência para ajuizamento da ação, nos termos do voto
do relator José Rubens Queiroz Gomes: ‘’aplicar a analogia acima referida, estando
a ação de reconhecimento e dissolução de união estável em trâmite na 3ª Vara de
Família e Sucessões do Foro Central, é deste juízo a competência para o
julgamento da ação em que se discute a “posse compartilhada e visitação” do animal
doméstico.’’ (BRASIL, 2018, p. 4).
Nesse sentido, foi defendido a competência da Vara de Família em situação de
questões envolvendo animais domésticos:
RECURSO ESPECIAL. DIREITO CIVIL. DISSOLUÇÃO DE UNIÃO
ESTÁVEL. ANIMAL DE ESTIMAÇÃO. AQUISIÇÃO NA
CONSTÂNCIA DO RELACIONAMENTO. INTENSO AFETO DOS
COMPANHEIROS PELO ANIMAL. DIREITO DE VISITAS.
POSSIBILIDADE, A DEPENDER DO CASO CONCRETO [...] na
dissolução da entidade familiar em que haja algum conflito em
relação ao animal de estimação, independentemente da qualificação
jurídica a ser adotada, a resolução deverá buscar atender, sempre a
depender do caso em concreto, aos fins sociais, atentando para a
própria evolução da sociedade, com a proteção do ser humano e do
seu vínculo afetivo com o animal. Na hipótese, o Tribunal de origem
reconheceu que a cadela fora adquirida na constância da união
estável e que estaria demonstrada a relação de afeto entre o
recorrente e o animal de estimação, reconhecendo o seu direito de
visitas ao animal, o que deve ser mantido (BRASIL, 2018).
A quarta turma do STJ reconheceu ainda a aplicabilidade da analogia sobre guarda e
pensão alimentícia da criança, aos animais:
partilha de bens de semovente - sentença de procedência parcial que
determina a posse do cão de estimação para a ex- conviventemulher. Semovente que, por sua natureza e finalidade, não pode ser
tratado como simples bem, a ser hermética e irrefletidamente
partilhado, rompendo-se abruptamente o convívio até então mantido
com um dos integrantes da família. [..] vínculos emocionais e afetivos
construídos em torno do animal, que devem ser, na medida do
possível, mantidos. Solução que não tem o condão de conferir
direitos subjetivos ao animal, expressando-se, por outro lado, como
mais uma das variadas e multifárias manifestações do princípio da
dignidade da pessoa humana, em favor do recorrente. [...] a despeito
da ausência de previsão normativa regente sobre o thema, mas
sopesando todos os vetores acima evidenciados, aos quais se soma
o princípio que veda o non liquet, permitir ao recorrente, caso queira,
ter consigo a companhia do cão dully, exercendo a sua posse
provisória, facultando-lhe buscar o cão em fins de semana
alternados, das 10:00 hs de sábado às 17:00hs do domingo.
(BRASIL, 2015, p. 201/207).
1Graduanda em Direito pela Faculdade do Noroeste de Minas - FINOM.
Recentemente, um julgado que corre em segredo de Justiça em Patos de
Minas, muito interessante quanto a isso, um homem foi condenado a pagar 200
reais de custas alimentícias de seus seis cachorrinhos que tinha no relacionamento
anterior, a decisão foi pautada na responsabilidade que o ex-cônjuge assumiu a
responsabilidade e obrigação de cuidar dos animais, não afastando essa pela
separação. Sendo os animais adquiridos no decorrer do casamento e ao fim da
união, ficarão sob a guarda da mulher, que girava em torno de 400 reais, pagando
ambos, metade das custas dos animais domésticos.
E embora os animais não sejam sujeitos de direitos, "não se pode ignorar que
os animais são seres dotados de sensibilidade e não podem ser equiparados de
forma absoluta a coisas não vivas"
CONCLUSÃO
Ao adquirir um animal, o sujeito contrai a obrigação de sua subsistência,
integridade física e bem-estar, sendo assim, tais obrigações não podem ser
afastadas apenas pelo fato da dissolução da sociedade conjugal, sendo assim, há a
possibilidade jurídica, em detrimento do cenário atual de pleitear ações de ‘’guarda’’
e pensão alimentícia de forma análoga, em casos de dissolução do casamento ou
união estável tendo em vista os deveres dos cônjuges tutores e direitos dos animais
domésticos.
REFERÊNCIAS
GIL, Ariana Anari. Noções jurídicas do direito animal. 1. ed. São Paulo: Saraiva
digital, 2016.
XAVIER, Lucas Bittencourt. A família brasileira em face da história e do direito.
Minas Gerais, município de Ubá. Revista Científica FAGOC – Jurídica. v.1, n.1. p.51.
2016. Disponível em: <https://revista.fagoc.br/ndex.php/juridico/article/view/55>
Acesso em: 01/05/202.
ANIMAIS DOMÉSTICOS, In: DICIO, Dicionário Online de Português. Porto:
7Graus, 2020. Disponível em:<https://www.dicio.com.br/domestico>. Acesso em:
01/05/2021.
DIAS, Maria Berenice. Manual de Direito das Famílias. 10 ed. São Paulo: Ed.
Revista dos Tribunais, 2015, (versão digital).
FURBINO, Zulmira. Cada vez mais os animais de estimação são tratados como
gente e recebem cuidados especiais; isto é um problema? Saúde Plena, 2014.
1Graduanda em Direito pela Faculdade do Noroeste de Minas - FINOM.
https://revista.fagoc.br/ndex.php/juridico/article/view/55
https://www.dicio.com.br/domestico
Disponível em:
<https://www.uai.com.br/app/noticia/saude/2014/10/07/noticias-saude,191429/cada-v
ez-mais-animais-de-estimacao-sao-tratados-como-gente-e-recebem-c.shtml>
Acesso em: 10/05/2021.
FACHIN, Luiz Edson. Elementos críticos de direito de família. 1. ed. Rio de
Janeiro: Renovar, 1999
PÉRICARD, Catherine Marie Louise Tuboly. Guarda de animais de estimação no
Brasil: por uma regulamentação que respeite os direitos dos animais. Projeto
de Monografia Final de Curso apresentado como requisito para obtenção do título de
Bacharelado em Direito pelo CCJ/UFPE, Recife, 2018.
BRASIL. Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Institui o Código Civil. Diário Oficial
da União: seção 1, Brasília, DF, ano 139, n. 8, p. 1-74, 11 jan. 2002.
1Graduanda em Direito pela Faculdade do Noroeste de Minas - FINOM.
https://www.uai.com.br/app/noticia/saude/2014/10/07/noticias-saude,191429/cada-vez-mais-animais-de-estimacao-sao-tratados-como-gente-e-recebem-c.shtml
https://www.uai.com.br/app/noticia/saude/2014/10/07/noticias-saude,191429/cada-vez-mais-animais-de-estimacao-sao-tratados-como-gente-e-recebem-c.shtml

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