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APOSTILA D PROC PENAL 3

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PROCESSO PENAL
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PROCESSO PENAL
AÇÃO PENAL
AÇÃO PENAL
CONCEITO: o Estado é o único ente com legitimidade para punir. O Estado usurpou do cidadão 
o direito de fazer justiça com as próprias mãos, mas, em contrapartida, ofereceu um direito, 
e esse direito é o direito de ação. Portanto, a ação penal é um direito público e subjetivo, 
constitucionalmente assegurado.
Art. 5º, XXXV, CF. A lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a 
direito.
CARACTERÍSTICAS
As características se resumem no revestimento, isto é, a forma pela qual a ação penal se 
apresenta, sendo elas:
ͫ	 um direito AUTÔNOMO, que não se confunde com o direito material que se pretende 
tutelar;
ͫ	 um direito ABSTRATO, que independe do resultado do processo;
ͫ	 um direito SUBJETIVO, pois o titular pode exigir do Estado-Juiz a prestação jurisdicional;
ͫ	 um direito PÚBLICO, pois a atividade jurisdicional que se pretende provocar é de natureza 
pública;
ͫ	 um direito INSTRUMENTAL, sendo um meio para alcançar a efetividade do direito material.
CONDIÇÕES GERAIS DA AÇÃO PENAL
Condições para a elaboração da ação penal são requisitos que devem, obrigatoriamente, serem 
observados, sob sanção de extinção do processo sem julgamento de mérito. Ora, o indivíduo não 
pode se utilizar de qualquer forma o direito de ação, visto que tal instituto se reveste de importância 
única. O legislador processual penal não distinguiu quais são as condições na ação penal. Para isso, 
a jurisprudência e a doutrina se valem do art. 3º do CPP, no que tange à utilização da interpretação 
extensiva, aplicação analógica e aplicação dos princípios gerais do direito. Assim, utiliza-se do novo 
CPC para determinar quais são as condições para o exercício da ação, sendo elas:
ͫ	 LEGITIMIDADE:	é a legitimidade que as partes devem ter ao lançar mão do direito de 
ação. Pode ser ad causam, quando a legitimidade paira sobre o aspecto subjetivo (Ex.: 
caso em que o MP ofereça a denúncia em um crime de ação privada ou contra menor 
de 18 anos); ou ad processum	(relativo à legitimidade processual – Ex.: um menor assi-
nando uma queixa-crime ou queixa impetrada pelo querelante, o qual não tem atividade 
postulatória);
AÇÃO PENAL 3
ͫ	 INTERESSE	DE	AGIR: materializa-se em uma tríade de NECESSIDADE, UTILIDADE E ADE-
QUAÇÃO. A necessidade é contrastada com a obrigatoriedade de se ter uma ação para 
que haja a aplicação de uma pena. No processo civil, não há que se falar em necessidade, 
pois as partes podem simplesmente acordar em pagar custos, coisa impossível no pro-
cesso penal. O acusado não pode negociar a sua liberdade por conta de um acordo. Já a 
utilidade nada mais é do que a esperança, ainda que mínima, da aplicação da pena. Por 
fim, a adequação, expressão autoexplicativa, é utilizar o meio adequado para pleitear o 
direito em jogo;
ͫ	 JUSTA	CAUSA: com a reforma do CPP, é comum as bancas cobrarem um posicionamento 
advindo da reforma do Código, o qual salientou a necessidade da “Justa Causa” (art. 395, 
III, CPP), diga-se, a apresentação de um lastro probatório mínimo (indícios de autoria e 
de materialidade) para a implementação da ação penal.
Em relação à POSSIBILIDADE JURÍDICA DO PEDIDO, o novo CPC (2015) excluiu a menção desse 
requisito (para Renato Brasileiro e Nestor Távora), o qual prediz que, para que haja ação penal, a lei 
deve proteger um direito que foi ferido. O motivo da exclusão, segundo a doutrina, é que tal disposi-
tivo se tratava de categoria que necessitava de excessiva retórica para ser justificada no ordenamento 
jurídico. A exclusão da possibilidade jurídica do pedido foi cobrada em 2017 pela banca CESPE/UNB, 
de forma que são consideradas condições genéricas da ação penal apenas a legitimidade, interesse 
de agir e justa causa. No entanto, parte da doutrina e algumas bancas (FUNDATEC) afirmam que 
deve ainda existir a possibilidade jurídica do pedido, logo, não há pacifismo quanto ao tema.
ͫ	 ORIGINALIDADE: a doutrina minoritária considera ainda como condição genérica da ação 
a originalidade. Para Afrânio Jardim e André Nicolitt, a ação penal deve ser original, não 
se admitindo reprodução, em face da vedação da dupla persecução criminal (bis in idem).
MODALIDADES
A ação penal é tipicamente classificada de acordo com a titularidade da ação. Quando o titular 
for o Ministério Público (dominus litis), a ação será chamada de ação penal pública, enquanto, sendo 
o particular o titular da ação, a nomenclatura dada é ação penal privada.
A ação pública, por sua vez, apresenta as seguintes modalidades:
ͫ	 incondicionada: o exercício da ação independe de qualquer condição especial. É a regra 
no processo penal, uma vez que, no silêncio da lei, a ação será pública incondicionada;
ͫ	 condicionada: a propositura da ação penal depende da prévia existência de uma condição 
especial (representação da vítima ou requisição do Ministro da Justiça).
Já a ação penal privada pode ser dividida em:
ͫ	 exclusiva:	é aquela em que pode ser exercida pelos seus familiares sempre que houver 
ausência ou falecimento;
ͫ	 personalíssima:	apenas a própria vítima é quem pode prestar a queixa-crime. Ocorre no 
CP unicamente no artigo 236 (induzimento a erro essencial e ocultação de impedimento 
em casamento);
ͫ	 subsidiária	da	Pública: é a ação promovida pela parte sempre que houver descaso ou 
relaxamento do MP em relação à ação penal pública.

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