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APOSTILA D PROC PENAL 4

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PROCESSO PENAL
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PROCESSO PENAL
AÇÃO PENAL
AÇÃO PENAL PRIVADA
A.P.P. SUBSIDIÁRIA DA PÚBLICA: a ação penal privada subsidiária da pública é espécie de ação 
penal privada, e, como previsto, é iniciada por queixa substitutiva ou subsidiária, também 
sendo prevista pela própria CF/1988 no artigo 5º, LIX:
Art. 5º, LIX, CF/88 - será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for 
intentada no prazo legal;
Tem cabimento a partir da inércia do MP, que, nos prazos legais, deixa de atuar. O importante, 
aqui, é diferenciar o que é inércia. Após receber o relatório, cabe ao MP:
1) ordenar e homologar o arquivamento;
2) requisitar novas diligências;
3) promover a denúncia;
4) realizar o acordo de não persecução.
Da negativa dessas situações, caberá a aplicação da ação penal privada subsidiária da pública, 
lembrando que o prazo de inércia é de 5 DIAS, quando o indiciado estiver preso, e de 15 DIAS 
se estiver solto (art. 46, CPP). Vale dizer que esse prazo é impróprio, ou seja, pode o MP realizar 
qualquer uma das condutas acima, ainda que o ultrapassado o prazo, até a prescrição do crime.
Essa ação trata-se de mera faculdade, cabendo ao particular optar entre manejar ou não a 
ação, gozando como regra do prazo de seis meses, iniciados, contudo, do encerramento do prazo 
que o MP dispõe para atuar (logo, no 6º dia de o investigado estiver preso, ou no 16º dia se o 
investigado estiver solto).
ͫ	 Prazo para implementar a ação penal privada subsidiária: 6 MESES, A CONTAR DA INÉR-
CIA DO MP.
ͫ	 Petição inicial: QUEIXA-CRIME SUBSTITUTIVA.
ATENÇÃO! Como a ação em que está tramitando é de caráter público, permanece o MP como sendo o titular da 
ação, sendo esta regida pelos princípios da ação penal pública. Assim, nos termos do artigo 29, poderá o MP:
Art. 29. Será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada 
no prazo legal, cabendo ao Ministério Público aditar a queixa, repudiá-la e oferecer DENÚN-
CIA SUBSTITUTIVA, intervir em todos os termos do processo, fornecer elementos de prova, 
interpor recurso e, a todo tempo, no caso de negligência do querelante, retomar a ação 
como parte principal.
Assim, funcionará o MP como ASSISTENTE LITISCONSORCIAL da ação. A ação privada subsi-
diária é indisponível. Se o querelante sinalizar com o perdão ou for desidioso, tentando, com isso, 
ocasionar a perempção, será afastado, assumindo o MP dali por diante como parte principal (este 
AÇÃO PENAL 3
fenômeno é conhecido como AÇÃO PENAL INDIRETA). Restará ao querelante afastado habilitar-se 
como assistente de acusação.
Caso o Ministério Público entenda que a ação proposta pelo particular NÃO atende aos mínimos 
requisitos legais, ou seja, é desprovida de justa causa (indícios razoáveis de autoria e materialidade), 
deverá se manifestar pela rejeição da inicial pelo magistrado. Este último, contudo, não vinculado 
ao parecer ministerial, poderá receber a queixa-crime, dando assim início ao processo. Poderá o 
MP impetrar habeas corpus em favor do réu, para trancar o processo iniciado.
AÇÃO PENAL EM CRIMES ESPECÍFICOS
CRIMES COMPLEXOS
De acordo com a regra do art. 101 do CP, nos crimes complexos, diga-se, nos crimes que se 
originam da soma de condutas que constituem delitos autônomos, se um deles é de ação pública, 
o delito decorrente da junção também o será (por extensão). É o que ocorre no roubo, que nada 
mais é do que a junção do crime de ameaça (ação penal pública condicionada à representação) 
com o de furto (ação penal pública incondicionada). Nesta situação, prevalece o caráter público 
incondicionado da ação.
CRIMES CONTRA A DIGNIDADE SEXUAL
Os crimes contra a dignidade sexual englobam o crime de estupro, estupro de vulnerável, 
importunação sexual, entre outros. A Lei nº 13.718/2018 alterou o panorama brasileiro acerca das 
ações penais da seguinte forma:
1) Ação pública condicionada: era a regra do que ocorria nos crimes contra a dignidade sexual. 
A partir de 2018, o crime de estupro e todos os crimes contra a dignidade sexual passam a ser de 
ação penal pública INCONDICIONADA.
2) Ação pública incondicionada: vale para todos os crimes previstos no título “crimes contra 
a dignidade sexual”. No estupro de vulnerável, entendeu o STJ (em 2017) de forma que, se a vul-
nerabilidade é transitória, a ação penal continua sendo de ação penal pública incondicionada (STJ. 
5ª Turma. HC 389.610/SP).
3) Ação privada: não mais subsiste, a não ser que ocorra inércia do MP, quando então terá 
cabimento a ação privada subsidiária da pública.
CRIMES CONTRA A HONRA DE FUNCIONÁRIO PÚBLICO
É a hipótese denominada pela doutrina majoritária como “legitimação concorrente”. Havendo 
ofensa à honra do funcionário público que diga respeito ao exercício das funções, segundo a 
parte final do parágrafo único do art. 145 do CP, trata-se de crime de ação pública condicionada a 
representação.
O STF, contudo, objetivando respaldar ao máximo a tutela da honra, consolidou entendimento 
de que a legitimidade, nesta hipótese, seria CONCORRENTE, ou seja, caberá ao funcionário público 
optar entre representar, e neste caso estaremos diante do texto da lei, ação pública condicionada, 
ou poderá ainda, de acordo com sua conveniência, contratar advogado para o patrocínio da ação, 
que neste caso será privada.
Para tanto, o STF editou a súmula nº 714, assentando que “é concorrente a legitimidade do 
ofendido, mediante queixa, e do Ministério Público, condicionada à representação do ofendido, para 
a ação penal nos crimes contra a honra de servidor público em razão do exercício de suas funções”.
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ATENÇÃO! Em que pese ser caso de legitimação concorrente, uma vez que o MP oferecer denúncia, preclui o 
direito do particular oferecer queixa.
CRIME DE LESÃO CORPORAL
A Lei nº 9.099 de 1995 alterou vários dispositivos, o que reflete também na ação penal do 
crime de lesões corporais. O entendimento hoje é:
ͫ	 lesão leve e culposa: ação penal pública condicionada à representação;
ͫ	 lesão grave e gravíssima: ação penal pública incondicionada;
ͫ	 lesão seguida de morte: ação penal pública incondicionada;
Importante frisar que, no caso de VIOLÊNCIA DOMÉSTICA CONTRA A MULHER (Lei nº 
11.340/2006), em qualquer caso, a lesão corporal será de AÇÃO PENAL PÚBLICA INCONDICIONADA 
(Súmula 542, STJ). Assim preconiza a súmula 542 do STJ. No entanto, nos crimes de ação penal 
pública condicionada (ex.: ameaça) admite-se a retratação da representação, desde que seja feita 
em audiência própria para isso, diretamente ao juiz.
AÇÃO PREVENTIVA (OU DE PREVENÇÃO)
Já cobrada em alguns concursos mais técnicos, a ação de prevenção é aquela impetrada com o 
intuito de absolver o acusado. A única hipótese prevista no Brasil para tal feito é quando se tratar de 
uma sentença de absolutória imprópria, vale dizer, declarada em face da inimputabilidade do réu.

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