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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA DISCIPLINA: CÁLCULO NUMÉRICO / 2017.1 Quinta Lista 1- Um corpo negro (𝑟𝑎𝑑𝑖𝑎𝑑𝑜𝑟 𝑝𝑒𝑟𝑓𝑒𝑖𝑡𝑜) emite energia em uma taxa proporcional à quarta potência de sua temperatura absoluta, de acordo com a equação de Stefan-Boltzmann, onde 𝐸 = 𝑝𝑜𝑡𝑒𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑑𝑒 𝑒𝑚𝑖𝑠𝑠ã𝑜, 𝑊/𝑐𝑚² 𝑒 𝑇 = 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑒𝑟𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎, 𝐾0 O que se deseja é determinar uma fração dessa energia contida no espectro visível, que é tomado aqui como sendo 4. 10−5 a 7. 10−5 𝑐𝑚. Podemos obter a parte visível integrando a equação de Planck entre esses limites: onde 𝑥 = 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝑜𝑛𝑑𝑎, 𝑐𝑚; 𝐸 e 𝑇 como definido acima. A eficiência luminosa é definida como a relação da energia no espectro visível para a energia total. Se multiplicarmos por 100 para obter a eficiência percentual e combinarmos as constantes, o problema torna-se o de calcular: Obter a eficiência luminosa, com erro relativo < 10−5, nas seguintes condições: i. 𝑇𝑖 = 2000 °𝐾 𝑇𝑓 = 3000 °𝐾 com incremento da temperatura igual a 250. ii. 𝑇𝑖 = 2000 °𝐾 𝑇𝑓 = 3000 °𝐾 2 com incremento da temperatura igual a 200. onde 𝑇𝑖e 𝑇𝑓são as temperaturas iniciais e finais, respectivamente. 2- De um velocímetro de um automóvel foram obtidas as seguintes leituras de velocidade instantânea. Calcule a distância em quilômetros, percorrida pelo automóvel usando a regra de Simpson. 3- A determinação da área da seção reta de rios e lagos é importante em projetos de prevenção de enchentes (𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑜 𝑐á𝑙𝑐𝑢𝑙𝑜 𝑑𝑒 𝑣𝑎𝑧ã𝑜 𝑑𝑎 á𝑔𝑢𝑎) e nos projetos de reservatórios ( 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑜 𝑐á𝑙𝑐𝑢𝑙𝑜 𝑑𝑜 𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 á𝑔𝑢𝑎). A menos que dispositivos tipo sonar sejam usados na obtenção do perfil do fundo de rios/lagos, o engenheiro civil deve trabalhar com valores da profundidade, obtidos em pontos discretos da superfície. Um exemplo típico de seção reta de um rio está mostrado na figura a seguir: Use uma fórmula de quadratura sobre pontos igualmente espaçados de ℎ, para calcular a área da seção reta da figura dada acima. 4- A equação de Clapeyron encontrada no estudo das relações de propriedade termodinâmica pode ser expressa como: 3 onde 𝑃: 𝑝𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 𝑑𝑜 𝑣𝑎𝑝𝑜𝑟, 𝑇: 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑒𝑟𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑎𝑏𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑎, ∆𝐻𝑟: 𝑒𝑛𝑡𝑎𝑙𝑝𝑖𝑎 𝑑𝑎 𝑣𝑎𝑝𝑜𝑟𝑖𝑧𝑎çã𝑜, 𝑅: 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑒 𝑔á𝑠. Esta temperatura, que é válida para um intervalo limitado de pressão e temperatura, pode ser usada para determinar a pressão de vapor em qualquer temperatura, reescrevendo-se (4.1) e integrando a partir de alguma pressão e temperatura conhecidas 𝑃0, 𝑇0. Mostre que fazendo isso obtemos: A solução de (4.2) requer o cálculo da integral indicada. Entretanto em muitos casos ∆𝐻𝑟, não pode ser dada por uma expressão analítica conveniente e a integral deve então ser calculada por um método numérico. Considere uma substância para a qual os seguintes dados são conhecidos: 𝑅 = 0.01614 𝐾 𝑐𝑎𝑙 / 𝐾𝑔, 𝑃0 = 0.028 𝑎𝑡𝑚 em 𝑇0 = 185 °𝐾. Determine a pressão do vapor a uma temperatura de 235 °𝐾, usando 3, 5, 7, 9 e 11 pontos. Com 11 pontos é possível dizer quantas casas decimais estão corretas? Se a resposta for afirmativa diga qual é a precisão obtida. Observe que nesse problema você não deve entrar com o valor de 𝜖, mas sim comparar os resultados obtidos. 5- Seja a viga em balanço e o carregamento dado na figura a seguir: (4.1) (4.2) 4 onde 𝐸 = 200 𝑡/𝑐𝑚² (𝑚ó𝑑𝑢𝑙𝑜 𝑑𝑒 𝑒𝑙𝑎𝑠𝑡𝑖𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑜 𝑐𝑜𝑛𝑐𝑟𝑒𝑡𝑜). O deslocamento vertical no ponto B pode ser obtido através da expressão: com onde 𝑀0 é o momento da viga, 𝑀1 é o momento da viga correspondente a uma carga unitária na direção e sentido do deslocamento e 𝐽 é o momento de inércia de uma secção retangular de altura ℎ. Determine o deslocamento vertical 𝛿𝑉𝐵 com erro relativo inferior a 10−4. 6- Na determinação da radiação luminosa emitida por um radiador perfeito é necessário calcular-se o valor da integral: onde: Q = radiação emitida por unidade de tempo por unidade de área entre os comprimentos de onda 𝜆1 e 𝜆2, em erg/cm².s, 𝜆1 e 𝜆2 = limites inferior e superior, respectivamente, do comprimento de onda, em cm, ℎ = constante de Planck = 6.6256 × 10−27 erg.s, 5 𝑐 = velocidade da luz = 2.99793 × 1010 cm/s, 𝑘 = constante de Boltzmann = 1.38054 × 10−16 erg/k, 𝑇 = temperatura absoluta da superfície, °𝐾, 𝜆 = variável de integração = comprimento de onda, cm. Obter 𝑄, com erro relativo < 10−5, nas seguintes condições: 𝑖. 𝜆1 = 3.933666 × 10 −5 𝑐𝑚 , 𝜆2 = 5.895923 × 10 −5 𝑐𝑚 , 𝑇 = 2000 °𝐾. 𝑖𝑖. 𝜆1 = 3.933666 × 10 −5𝑐𝑚 , 𝜆2 = 5.895923 × 10 −5𝑐𝑚 , 𝑇 = 6000 °𝐾 . 7- A função de Debye é encontrada em termodinâmica estatística no cálculo do calor específico da água a volume constante de certas substâncias. A função é expressa por: Obter 𝐷(𝑥), com erro relativo <10−5, nos seguintes casos: i. 𝑥 = 0.5 ii. 𝑥 = 10 𝑖𝑖𝑖. 𝑥 = 50 8- Uma aproximação para a velocidade em função do tempo de um paraquedista em queda livre na atmosfera é dada pela equação: onde 𝑔 é a aceleração da gravidade (9.8𝑚/𝑠²), 𝑚 é a massa do paraquedista (68𝑘𝑔), 𝑐 é o coeficiente de arrasto (12.5𝑘𝑔/𝑠) e 𝑡 é o tempo (𝑒𝑚 𝑠) a partir do início da queda. Suponha que o paraquedista salte de uma altura de 3000𝑚. Sabendo que o espaço percorrido pelo paraquedista entre os instantes de tempo 𝑎 e 𝑏 é dado por: 6 Calcule a altura em que se encontra o paraquedista nos instante 𝑡 = 2𝑠 e 𝑡 = 10𝑠. Em ambos os casos, utilize a regra 1 3 de Simpson, com um número adequado de subintervalos para que o erro seja menor que 1𝑚. 9- O etileno ocupa a quinta posição entre os produtos químicos mais fabricados nos Estados Unidos e o primeiro lugar entre os produtos químicos orgânicos, ao longo de um ano. Mais de 28 𝑚𝑖𝑙ℎõ𝑒𝑠 𝑑𝑒 𝑙𝑖𝑏𝑟𝑎𝑠 foram produzidas em 1985 e vendidas a 𝑈$ 22/𝑙𝑖𝑏𝑟𝑎. De todo etileno produzido, 65% é usado na fabricação de plásticos, 20% para óxido de etileno e etileno glicol, 5% para fibras e 5% para solventes. Deseja-se determinar o tamanho (𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒) de um reator necessário para produzir 300 𝑚𝑖𝑙ℎõ𝑒𝑠 𝑑𝑒 𝑙𝑖𝑏𝑟𝑎𝑠 de etileno por ano do craqueamento de etano puro. A reação é irreversível e elementar. Além disso, deseja-se alcançar 80% de conversão para o etano operando o reator isotermicamente a 1100𝐾 e à pressão de 6 𝑎𝑡𝑚. A equação para o reator é dada por: onde: 𝑉 é 𝑜 𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑜 𝑟𝑒𝑎𝑡𝑜𝑟 (𝑓𝑡3); 𝐹𝐴0 é 𝑎 𝑡𝑎𝑥𝑎 𝑑𝑒 𝑎𝑙𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑎çã𝑜 𝑑𝑜 𝑟𝑒𝑎𝑔𝑒𝑛𝑡𝑒 (𝑙𝑏 𝑚𝑜𝑙𝑒𝑠/𝑠); −𝛾𝐴 é 𝑎 𝑡𝑎𝑥𝑎 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑎çã𝑜 (𝑓𝑡3/𝑙𝑏 𝑚𝑜𝑙), 𝑒 𝑥 é 𝑎 𝑐𝑜𝑛𝑣𝑒𝑟𝑠ã𝑜. A taxa de desaparecimento do etano (−𝛤𝐴) é dada por: −𝛤𝐴 = 𝑘𝐶 , onde 𝑘 é 𝑎 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑎çã𝑜 e 𝐶, a reconcentração do reagente (etano) é dada por: 𝐶 = 𝐶0(1 − 𝑥)/(1 + 𝜖), com 𝐶0 𝑠𝑒𝑛𝑑𝑜 𝑎 concentração inicial do reagente e o fator de mudança de volume. Usando uma regra de quadratura sobre pontos igualmente espaçados de ℎ, determine o volume de um reator, dado que: 𝐹𝐴0 = 0.425𝑙𝑏 𝑚𝑜𝑙𝑒𝑠/𝑠, 𝑘 = 3.07𝑠−1, 𝑥 = 0.8, 𝐶0 = 0.00415 𝑙𝑏 𝑚𝑜𝑙𝑒𝑠/𝑓𝑡 3 e 𝜀 = 1. 10- O serviço de proteção ao consumidor (𝑆𝑃𝐶) tem recebido muitas reclamações quanto ao peso real do pacote de 5𝑘𝑔 do açúcar vendido nos supermercados. Para verificar a validade das reclamações, o 𝑆𝑃𝐶 contratou uma firma especializada em estatística para fazer uma estimativa da quantidade de pacotes que realmentecontinham menos de 5𝑘𝑔. Como é inviável a repezagem de todos os pacotes, afirma responsável pesou apenas uma amostra de 100 pacotes. A partir destes dados e utilizando métodos estatísticos eles puderam ter uma boa ideia do peso de todos os pacotes existentes no mercado. 7 Chamando de 𝑥𝑖 o peso do pacote 𝑖, tem-se que a média da amostra 𝑥 ̅é dada por: onde 𝑛 é 𝑜 𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑝𝑎𝑐𝑜𝑡𝑒𝑠 𝑑𝑎 𝑎𝑚𝑜𝑠𝑡𝑟𝑎. Serão omitidos os pesos, face ao elevado número de pacotes examinados. Calculando-se a média: O desvio padrão que é uma medida estatística que dá uma noção da dispersão dos pesos em relação à média é dado por: Para os dados deste problema tem-se que 𝑆 = 0.005 𝑘𝑔. Supondo-se verdadeira a hipótese de que a variação do peso dos pacotes não é tendenciosa, isto é, que o peso de um pacote é função de uma composição de efeitos de outras variáveis independentes, entre a quais podemos citar: regulagem da máquina de ensacar, variação da densidade do açúcar, leitura do peso, etc.; pode-se afirmar que a variável do peso tem uma distribuição normal. O gráfico da distribuição normal é apresentado a seguir: A forma analítica desta função é: Comentado [MD1]: 8 O valor de 𝑓(𝑥) é a frequência de ocorrência do valor 𝑥. A integral de 𝑓(𝑥) fornece a frequência acumulada, isto é: é a probabilidade de que 𝑥 assuma um valor menor ou igual a 𝑥0. Graficamente, 𝐹(𝑥0) é a área hachurada na figura a seguir: No problema em questão, o que se deseja é determinar: Observações: 1) ∫ 𝑓(𝑥)𝑑𝑥 = 1. ∞ −∞ 2) A curva é simétrica em relação a média (�̅�), logo: 11- A definição da integral imprópria é: Se essa integral for convergente podemos avaliá-la aproximadamente por m´método numérico. Por exemplo, a integral exponencial 𝐸𝑖(𝑥) pode ser avaliada tomando o limite superior U suficientemente grande em: 9 Sabemos que 𝑈 é “suficientemente grande” quando as contribuições adicionais ao fazer 𝑈 maior são desprezíveis. Estimar 𝐸𝐼(0.5). Note que pode-se usar subintervalos maiores à medida que 𝑣 cresce. Compare o valor obtido com o valor tabular: 0.5598. 12- A seção reta de um veleiro está mostrada na figura a seguir: A força que o vento exerce sobre o mastro (devido às velas), varia conforme a altura 𝑧 (em metros) a partir do convés. Medidas experimentais constataram que a força resultante exercida sobre o mastro (em N) é dada pela equação: Deseja-se saber a linha de ação de 𝐹, isto é, o ponto onde pode-se aplicar uma força de mesmo módulo, direção e sentido de 𝐹, tal que o efeito sobre o mastro seja o mesmo de 𝐹. Esse ponto, localizado a uma altura 𝑑 do convés do barco, pode ser determinado a partir da seguinte equação: 10 Pede-se então calcular o valor de 𝑑, usando fórmula de quadratura sobre pontos igualmente espaçados de ℎ. 13 - Suponha que a água em uma represa exerce uma pressão sobre a face esquerda da mesma, como mostrada na figura: Essa pressão pode ser caracterizada pela expressão: onde 𝑝(𝑧) é a pressão (𝑒𝑚 𝑁/𝑚²) na altura 𝑧 (𝑒𝑚 𝑚) a partir do fundo do represa. A densidade da água 𝜌 é suposta constante e vale 103 𝑘𝑔/𝑚3, a aceleração da gravidade vale 9.8𝑚/𝑠², e 𝐷 é a altura (𝑒𝑚 𝑚) da superfície da água a partir do fundo do represa. Sabe-se que a pressão aumenta linearmente com a profundidade, como mostrado em (𝑎). A força total 𝑓𝑡 sobre a face esquerda da represa pode ser calculada multiplicando-se a pressão pela ´área da face da represa. A largura da represa para diferentes profundidades, está mostrada em (𝑏). Assuma que a largura da represa varia linearmente desde 200𝑚 (na superfície) até 122 𝑚 (a 60 m de profundidade). Assim a força resultante sobre a face da represa pode ser obtida através de: onde 𝜔(𝑧) é a largura da represa na altura 𝑧 a partir do fundo. Determine a altura 𝑑 da linha de ação da força resultante, que pode ser obtida através do cálculo de:
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