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APOSTILA DE ESTIMULAÇÃO COGNITIVA por DANIELA JANSSEN Pedagoga, Psicopedagoga e Supervisora Clínica Este material foi desenvolvido visando contribuir na prática Psicopedagógica e Neuropsicopedagógica, sendo totalmente proibida a distribuição/ compartilhamento digital ou cópia total ou parcial da obra, a qualquer tempo ou fins sem a prévia autorização expressa e por escrito de sua autora, de acordo com a lei de direitos autorais 9.610, de 1998. Caberá ao responsável pela distribuição inadequada as medidas judiciais necessárias ao caso, sem prejuízo das sanções penais cabíveis, além das ações de perdas, danos e lucros cessantes aplicáveis. Excetua-se ao caso a reprodução impressa das atividades para a aplicação clínica individual ou grupo nos pacientes ou familiares de quem adquiriu o material. APOSTILA DE ESTIMULAÇÃO COGNITIVA Introdução: 1- O que são funções executivas 2- Reabilitação Cognitiva 3- Estimulação Cognitiva Estimulação Atencional ------------------------------- 01 a 67 Estimulação do Controle inibitório ---------------- 68 a 76 Estimulação da Flexibilidade cognitiva ---------- 77 a 87 Estimulação da Lateralidade ------------------------ 88 a 95 Estimulação da linguagem --------------------------- 96 a 121 Estimulação da Memória ----------------------------- 122 a 129 Estimulação da Motricidade ------------------------ 130 a 168 Estimulação do Raciocínio lógico ------------------ 169 a 203 Estimulação das Habilidades visuoespaciais – 203 a 213 Referências Bibliográficas —-------------------------- 213 SUMÁRIO INTRODUÇÃO Sobre a autora: Daniela Janssen, é graduada em Pedagogia e Pós graduada em Psicopedagogia Clínica e Institucional , sua trajetória na Educação se iniciou em 2008 com aulas de reforço pedagógico e palestras em Universidades na área de Inclusão escolar. A partir da sua Pós graduação clínica em 2011, começou a atuar na área sublocando salas de atendimento com foco em transtornos da aprendizagem. Ao longo da sua trajetória, realizou cursos complementares na área da Psicologia infantil e Estimulação cognitiva. Atualmente, lidera o seu próprio consultório de atendimento Psicopedagógico gerenciando uma equipe de profissionais parceiros. Além da sua atuação presencial, em 2018 lançou o seu primeiro curso online para formação psicopedagógica, hoje já somam 5 cursos com turmas abertas e mais de 2 mil alunos em formação. O desejo de compartilhar atividades de estimulação cognitiva, nasceu a partir das dificuldades apresentadas pelos profissionais da área de Psicopedagogia que frequentemente demonstravam insegurança nos momentos de intervenção clínica com pacientes que apresentavam prejuízos nas funções executivas. As funções executivas (FEs) são um conjunto de habilidades cognitivas necessárias para realizar várias atividades que exigem planejamento e monitoramento de direcionamento de objetivos. Elas envolvem principalmente habilidades de memória de trabalho, flexibilidade cognitiva e controle inibitório. Elas são muito importantes para o desenvolvimento infantil . Para nos acompanhar conheça nossas redes sociais: @psicopedagoga_campinas ou www.danielajanssen.com.br Funções executivas, o que são ? Funções executivas referem-se ao controle cognitivo de ordem superior, envolvendo um conjunto amplo de habilidades que faz com que as pessoas planejam, se organizem e executem ações esperadas (tanto no âmbito social e de aprendizagem) quanto realizem atividades. Elas são essenciais para o comportamento independente, criativo e socialmente construído. São organizadas em habilidades, dentre elas: memória de trabalho, controle inibitório e flexibilidade cognitiva. A memória de trabalho, também chamada de memória operacional é um sistema de capacidade limitada que permite o armazenamento e a manipulação temporária de informações que podem ser verbais ou visuais, que são recrutados para tarefas complexas, como aprendizado, compreensão, raciocínio e planejamento. O processo de registro de informações de longo prazo e o registro com as novas informações. Já o Controle Inibidor (CI) refere-se à nossa capacidade de "frear". estímulos distratores, por exemplo, quando você está assistindo o vídeo, você está inibindo várias coisas ao seu redor (como barulho externo, outros pensamentos etc.) para obter o foco nele. Além disso, também alguns impulsos, que envolvem uma ideia de "pensar antes de falar", que influi diretamente no comportamento social. Por fim, a flexibilidade cognitiva (FC) refere-se a uma capacidade alternativa entre respostas. Exemplo: você sempre vai por um caminho, mas tem uma obra, uma habilidade de pensar em outra alternativa é a flexibilidade cognitiva. Ela tem muito envolvimento com criatividade. É imprescindível que uma criança especialmente na fase estudantil tenha suas funções executivas bem trabalhadas para um melhor desenvolvimento. Elas estão presentes em diversas atividades cotidianas, como por exemplo: ● Estabelecer objetivos. ● Pensar, memorizar, manipular e recuperar informações ao mesmo tempo em que leem, etc. ● Separar ideias e conceitos gerais de ideias acessórias. ● Tarefas que envolvem atenção, foco, remoção de distratores e percepção. ● Tarefas que envolvem controle, iniciação, persistência, esforço, inibição, controle e avaliação automática de tarefas, etc. ● Tarefas que envolvam improvisação. ● Tarefas envolvendo priorização, ordenação, hierarquização e predição de tarefas seguindo metas, objetivos e resultados, etc. ● Flexibilidade envolvendo autocrítica, alteração de estratégias e conduta, detecção de erros e busca de soluções, etc. Resoluções de problemas. O comprometimento das habilidades executivas, caracterizando a chamada síndrome disexecutiva, pode compreender alterações cognitivo-comportamentais diversas, associadas ao prejuízo de seus processos componentes, tais como dificuldades na seleção de informação, distratibilidade, dificuldades na tomada de decisão, problemas de organização, comportamento perseverante ou estereotipado, dificuldade no estabelecimento de novos repertórios comportamentais, dificuldades de abstração e de antecipação das conseqüências de seu comportamento, impondo uma série de problemas à vida diária (Muñoz-Céspedes & Tirapu-Ustárroz, 2004; Strauss, Sherman & Spreen, 2006). A essas dificuldades, Lent (2001) acrescenta o imediatismo comportamental e o prejuízo no ajuste social do comportamento, e Saboya, Franco e Mattos (2002) destacam os prejuízos em habilidades de planejamento, memória evocativa e mesmo em linguagem expressiva. Em suma, alterações estruturais ou funcionais dos lobos pré-frontais ou de seus circuitos podem ocasionar diversos transtornos comportamentais desadaptativos (García-Molina, 2008). COMO O TDAH AFETA AS FUNÇÕES EXECUTIVAS? Crianças com TDAH apresentam com frequência déficits nas funções executivas, pois resultado de pesquisas mostram que o transtorno compromete o desenvolvimento de regiões cerebrais importantes responsáveis por nossas emoções, motivação e sistema de recompensa, a região pré frontal. As funções executivas envolvem auto regulação emocional, capacidade de inibição, capacidade de definir prioridades, monitorar e controlar atitudes, flexibilidade, planejamento, memória de trabalho e organização. Funções executivas são, na verdade, todos os comportamentos e esforços voltados para a realização de uma tarefa. O lobo frontal é a região cerebral responsável pelas funções executivas. Como afirma o psicólogo Thomas Brown, elas representam o maestro na orquestra. As disfunções executivas são bastante presentes em indivíduos com TDAH. Entretanto, as funções executivas são essenciais no processo de aprendizagem, pois contemplam aspectos como a atenção, controle inibitório, planejamento, memória operacional indispensáveis no processo de aquisição de novos conhecimentos. O tratamento do TDAH deve envolver uma abordagem multidisciplinar,associando ou não o uso de medicamentos às intervenções psicoeducativas e psicoterapêuticas. COMO A DISLEXIA AFETA AS FUNÇÕES EXECUTIVAS? A leitura e a escrita são atividades complexas que exigem vários processos cognitivos e linguísticos, notadamente o desenvolvimento da linguagem oral e conhecimentos gramaticais. Quando ocorrem problemas na dinâmica cognitiva relativa à leitura, tem-se o transtorno da dislexia. A dislexia do desenvolvimento ou dificuldade específica da leitura é um transtorno de aprendizagem, de condição neurobiológica, muitas vezes herdado, caracterizado por dificuldades acentuadas na aprendizagem da leitura e escrita de palavras na idade adequada, a despeito de instrução apropriada e potencial intelectual na média ou acima dela.. A teoria mais adotada entre os pesquisadores para explicar a dislexia é a do déficit fonológico, a qual considera que os problemas iniciais da leitura são decorrentes de dificuldades no processamento fonológico, em termos cognitivos. Porém, segundo Snowling (2004) o “déficit na dislexia é uma forma pela qual o cérebro codifica ou ‘representa’ os atributos falados da palavra” (p. 35), e esse déficit compromete outras habilidades além da alfabetização, como a memória verbal a curto prazo, memória de trabalho, funções executivas, nomeação verbal, nomeação automatizada rápida, dentre outras sendo estes objetos de estudo de vários pesquisadores que compreendem que existem outros déficits cognitivos, além da defasagem fonológica, presentes nos disléxicos. As funções executivas são um grupo de processos cognitivos evocados quando o indivíduo precisa coordenar e autorregular as emoções, pensamentos e comportamentos. Podem ser executados de forma intuitiva e/ou automática, bem como de forma consciente e planejada, e envolvem a vontade ou necessidade. Na leitura, as funções executivas desempenham um importante papel porque estão envolvidas nas estratégias usadas no momento em que se manipulam os vários estímulos advindos das letras, palavras e frases captadas visualmente. Assim, a memória de trabalho está envolvida na administração do tempo de resposta para cada elemento da leitura, coordenando seus variados estímulos. Com o controle inibitório gerencia os estímulos que levam à distração. E com a flexibilidade cognitiva atua no manejo dos itens que apresentam diferentes significados. A memória de trabalho ou também chamada de memória operacional ou atualização (updating), é definida como um sistema de armazenamento com capacidade limitada, que mantém e processa informações verbais e visuoespaciais (não verbais), com o objetivo de dar apoio aos processos cognitivos, promovendo uma interface entre a percepção, memória a longo prazo e ação. Envolve a retenção da informação na mente, por um curto período de tempo, para poder manipulá-la, usá-la ou trabalhar com ela em prol da solução de algum problema. É importante também que a criança e ou adolescente aprenda um pouco sobre o transtorno, os impactos em sua vida, o conhecimento do que está acontecendo ajuda a evitar os rótulos e a compreender que cada indivíduo funciona de uma maneira, com ritmos e formas de aprender diferentes uns dos outros, mas principalmente que é preciso se adaptar a situação e encontrar melhores caminhos. O controle inibitório é “a capacidade de responder apropriadamente a estímulos, inibindo respostas não-adaptadas”. Na hora da leitura este é de suma importância, pois, para compreender o que está sendo lido, necessitamos controlar o movimento dos olhos da direita para a esquerda, analisar a estrutura do texto e impedir que outros pensamentos e estímulos distratores atrapalhem a nossa concentração, para que, em conjunto com as demais funções cognitivas, possamos decodificar e interpretar o conteúdo lido. Outro fator que influencia o desempenho da leitura é a flexibilidade cognitiva. Esta diz respeito a realizar uma ação diferente da que se fazia anteriormente, procurando novas possibilidades e soluções para os problemas, ou seja, envolve o pensar de forma flexível. Destaca-se que para mudar de perspectiva o controle inibitório é acionado inibindo ou desativando a perspectiva inicial para carregar na memória de trabalho a nova perspectiva. Sendo assim, estes dois componentes estão relacionados à flexibilidade cognitiva . É possível afirmar que a flexibilidade cognitiva é habilidade de pensar além do óbvio, sugerindo novas alternativas e praticando a empatia. Por exemplo, conforme assevera Cartwright 21, a flexibilidade cognitiva está atuando quando o leitor lê cada palavra com uma entonação diferente devido ao som das letras ou no momento em que lê a palavra ao mesmo tempo em que compreende o seu significado. Em síntese, a flexibilidade implica em conseguir mudar o foco de uma situação para outra. Segundo Diamond (2003), a memória de trabalho, a flexibilidade cognitiva e o controle inibitório são funções executivas que dão base às funções executivas de alto funcionamento como raciocínio, resolução de problemas e planejamento. Sendo estas também apontadas como preditores da compreensão leitora . HABILIDADES ATENCIONAIS Estimulação das Habilidades Atencionais 1- O que é a atenção? A atenção é a habilidade para escolher e se concentrar em um estímulo relevante. A atenção é o processo cognitivo que permite escolhermos um estímulo relevante e, em consequência, dar-lhe uma resposta. Esta habilidade cognitiva é muito importante e uma função essencial em nossas vidas cotidianas. Por sorte, a atenção pode ser exercitada e melhorada com o treinamento cognitivo adequado. 2-Tipos de atenção A atenção é um processo complexo que usamos em quase todas as nossas atividades cotidianas. Ao longo do tempo, os cientistas e pesquisadores descobriram que a nossa atenção não é um processo individual, mas um grupo de sub-processos da atenção. As atividades a seguir estão separadas por áreas cognitivas. A intenção desta apostila de estimulação cognitiva é que você desenvolva um Programa terapêutico para cada paciente, subdividindo essas categorias ao longo de um período mínimo de três meses. A autora Daniela Janssen, desenvolveu um método de intervenção terapêutico chamado “ Bloco de intervenção consistente-BIC, que consiste em trabalhar no máximo dois blocos cognitivos por mês, desta forma, focaremos na estimulação e reabilitação de áreas pontuais com objetivo de proporcionarmos novas conexões neurais. Excitação: faz alusão ao nosso nível de ativação e nível de atenção, se estamos cansados ou com energia. ● Atenção focada: faz alusão à nossa habilidade para focar a atenção em um estímulo. ● Atenção constante: a habilidade para se centrar em um estímulo ou atividade durante um período longo de tempo. ● Atenção seletiva: a habilidade para se centrar em um estímulo ou atividade na presença de outros estímulos que desviam a atenção. ● Atenção alternada: a habilidade para alterar a atenção focada entre dois estímulos. ● Atenção dividida: a habilidade para se centrar ou prestar atenção a diferentes estímulos ao mesmo tempo. 1 Encontre os sete erros 2 Encontre os sete erros 3 Encontre os sete erros 4 Encontre os sete erros 5 Encontre os sete erros 6 Encontre os sete erros 7 Encontre os sete erros 8 Encontre os sete erros 9 Ligue as partes correspondentes 10 Ligue as partes correspondentes 11 Ligue as partes correspondentes 12 Ligue as partes correspondentes 13 Ligue as partes correspondentes 14 Ligue as partes correspondentes 15 Ligue as partes correspondentes 16 Complete as sequências 17 Complete as sequências 18 Complete as sequências 19 Ligue as cores iguais 20 Ligue as cores iguais 21 Ligue as cores iguais Ligue as cores iguais 22 Ligue as cores iguais Ligue as cores iguais23 Ligue as cores iguais Ligue as cores iguais 24 Pinte as sequências de cores correspondentes 25 Pinte as sequências de cores correspondentes 26 Pinte as sequências de cores correspondentes 27 Desenhe os correspondentes 28 Desenhe os correspondentes 29 Desenhe os correspondentes 30 Siga o caminho e pinte o correspondente 31 Pinte de acordo com o exemplo 32 Pinte de acordo com o exemplo 33 Pinte de acordo com o exemplo 34 Pinte de acordo com o exemploPinte de acordo com o exemplo 35 Preencha os números de acordo com as imagens 36 Ligue a sequência de cores correspondentes sem tirar o lápis do papel 37 Ligue a sequência de cores correspondentes sem tirar o lápis do papel 38 Ligue a sequência de cores correspondentes sem tirar o lápis do papel 39 Ligue a sequência de cores correspondentes sem tirar o lápis do papel 40 Pinte os círculos com as cores correspondentes aos números adequando as figuras geométricas ao enunciado 41 Complete os números e cores correspondentes Pinte os círculos com as cores correspondentes aos números adequando as figuras geométricas ao enunciado 42 Complete os números e cores correspondentes Pinte os círculos com as cores correspondentes aos números adequando as figuras geométricas ao enunciado 43 Complete os números e cores correspondentes Pinte os círculos com as cores correspondentes aos números adequando as figuras geométricas ao enunciado 44 Encontre as peças que compõem as imagensRecorte e junte as peças iguais 45 Encontre as peças que compõem a imagem 46 Encontre as peças que compõem a imagem 47 Ligue as imagens iguais 48 Ligue as imagens iguais 49 Ligue as imagens iguais 50 Ligue as imagens iguais 51 Siga a sequência de números e cores correspondentes 52 Siga a sequência de números e cores correspondentes 53 Siga a sequência de formas e cores correspondentes 54 Siga a sequência de formas e cores correspondentes 55 Siga a sequência de formas e cores correspondentes 56 Siga a sequência de formas e cores correspondentes 57 Atividade para recorte 58 Atividade para recorte 59 Atividade para recorte 60 Atividade para recorte 61 Atividade para recorte 62 Faça como o Modelo 63 Faça como o Modelo 64 Faça como o Modelo 65 Pinte de acordo com o exemplo 66 Circule na cor do exemplo 67 Ligue os Iguais Controle Inibitório 2- O que é Controle inibitório A inibição é uma das funções cognitivas mais usadas. É a forma em que o cérebro corrige um comportamento. A inibição é o que nos permite ficar calados quando queremos dizer algo, mas sabemos que não deveríamos. É o que ajuda a estarmos quietos e sentados na sala de aula. É o que ajuda a permanecermos seguros quando alguém passa para a nossa pista sem usar o pisca-pisca. É o que nos ajuda a estudar ou trabalhar, mesmo quando estamos entediados ou queremos nos levantar. A inibição permite você reagir perante situações imprevistas ou perigosas de forma rápida e segura. Uma inibição ou o controle inibitório bem desenvolvidos pode ajudar a melhorar o comportamento e permitir um melhor desempenho acadêmico, no trabalho, na estrada ou com amigos. A estimulação neuropsicopedagógica para desenvolver e treinar o controle inibitório poderá ser realizada através de atividades de vida prática, como por exemplo, versar líquidos, transpor objetos com uma pinça de um recipiente para outro, abotoar e desabotoar roupas, amarrar cadarços, descascar e cortar alimentos, fazer receitas culinárias. Todas atividades tão simples que trabalham muitos aspectos cognitivos, incluindo habilidades do controle inibitório, já que para a realização dessas tarefas é necessário, atenção e concentração; monitoramento dos movimentos necessários para completar a atividade com sucesso e inibição de outros que podem atrapalhar; planejamento dos passos a serem seguidos, o que é necessário fazer primeiro e depois . Outros ótimos recursos que poderão ser utilizados são os jogos de tabuleiro, como Ludo, Resta um, Xadrez, Damas, Senha, Batalha naval, Hora do Rush, além de jogos de cartas, opções para crianças maiores que envolvem o cumprimentos de regras, o desenvolvimento de estratégias para se alcançar um objetivo, por meio de um planejamento de ações e muita concentração, todas habilidades que envolvem a inibição. Para crianças menores pode-se adaptar alguns desses jogos, como também propor outros menos complexos, tais como Tapa certo, Lince, Jogo da memória, Quebra-cabeça, Pega-varetas. . A inibição ou o controle inibitório é a habilidade para inibir ou controlar respostas impulsivas (ou automáticas) e criar réplicas usando a atenção e o raciocínio. Esta habilidade cognitiva é uma de nossas funções executivas e contribui para a antecipação, o planejamento e a definição de objetivos. A inibição ou o controle inibitório obstrui as condutas e detém reações automáticas inadequadas, passando de uma resposta para outra melhor e mais considerada, adequada para a situação. . O Dr. Russell Barkley (1997) propôs um modelo de auto-regulação comportamental, onde o controle inibitório era a base do funcionamento adequado do resto das funções executivas. O controle inibitório é necessário para a alteração, o controle da impulsividade ou das interferências, a memória operacional, o controle da afetação ou das emoções, etc. . Uma inibição baixa é um dos maiores problemas do TDAH. Uma inibição deficiente pode manifestar-se em três níveis diferentes: ● Nível motor: há uma falta de controle do comportamento motor. Portanto, é manifestada na forma de hiperatividade. Por exemplo, quando uma criança está na aula e não pode parar de se levantar todo o tempo porque está cansada de ficar sentada. ● Nível de atenção : é manifestado com distrações e dificuldades para prestar atenção. Por exemplo, quando uma criança está lendo um livro e se distrai com um ruído externo. ● Nível de comportamento : é manifestado com atitudes impulsivas que não podem ser inibidas. Por exemplo, tocar a buzina quando estamos irritados com o motorista que está na frente. As estruturas frontais do cérebro são as últimas em madurar durante o desenvolvimento. Por isso, é comum ver crianças pequenas com dificuldade para controlar o seu comportamento e lidar com alterações ou acontecimentos inesperados. As crianças tendem a ter dificuldade para inibir situações após serem iniciadas. Se não existem problemas específicos para impedir a inibição de seu desenvolvimento natural, ela aumentará e evoluirá à medida que envelhecemos. 68 RAIVA ALEGRIA Fichas das Emoções. Recortar e Plastificar. 69 TRISTEZA NOJO MEDO 70 FICHAS DO TEXTO PARA IMPRESSÃO E RECORTE Bruno, Henrique e seus amigos gostavam de jogar bola na escola. Eles estavam brincando na quadra e ao chutar a bola para fazer o gol acertaram o rosto de Gustavo. Vanessa e Clara estavam passeando pela escola na hora do recreio quando ouviram um barulho. Foram até lá para ver o que era e encontraram Pedro pisando em uma barata. Eduardo foi ao banheiro e sem querer virou o trinco com muita força. Quando tentou sair não conseguiu. Começou a gritar pelos colegas, mas ninguém o escutava, pois estava sozinho. COMO ELES SE SENTIRAM ? 71 Rodrigo estava fazendo uma atividade de matemática super difícil, quando entregou a atividade para a professora achou que não tinha acertado nada. Mas quando recebeu a atividade corrigida viu que havia acertado todas as questões. Ana estava brincando com suas amigas quando Carlos começou a implicar com seus brinquedos. Carlos pegou uma de suas bonecas e arrancou os seus cabelos 72 FICHAS DO TEXTO PARA IMPRESSÃO E RECORTE 73 74 Boneco das EmoçõesAo jogar o dado a criança deverá representar o movimento solicitado : 75 DADO DOS COMANDOS 76 Boneco das Emoções FLEXIBILIDADE COGNITIVA 3- O que é Flexibilidade Cognitiva? Flexibilidade cognitiva é a capacidade que nós temos de “pensar fora da caixa”, pensar em diferentes estratégias para chegar a um mesmo objetivo. É uma habilidade que usamos para tudo, inclusive na nossa vida cotidiana. Imagine que você acorda, se arruma e sai caminhando para o trabalho. De repente, tem uma obra na calçada por onde você passa normalmente. O que o seu cérebro faz? Imediatamente ele arranja uma estratégia nova. São milésimos de segundo. Mas, rapidamente, quase que natural e automático, você atravessa a rua, para continuar a jornada pelo outro lado. Ou você ficaria parado esperando a obra terminar, só porque acredita que exista apenas aquele caminho? Essa é uma habilidade desenvolvida no lobo-frontal do cérebro, portanto, ela amadurece ao longo dos anos. Um adolescente tem melhor flexibilidade cognitiva do que uma criança, por exemplo. Depois dos 35, 40 anos, ela chega no seu ápice e começa uma queda lenta, que pode se tornar mais brusca durante a fase idosa. É por isso que tantos idosos tem menos prontidão e agilidade no pensamento do que jovens adultos. Desde pequenos aprendemos a estabelecer padrões de pensamentos para chegarmos a soluções imediatas perante as adversidades do dia a dia. A flexibilidade cognitiva é exatamente isso: a capacidade de produzir uma resposta automática ao nosso cérebro. Entre as principais características de um indivíduo com flexibilidade cognitiva, estão: ● rápida adaptação às adversidades e novas situações; ● maior tolerância para diferentes opiniões; ● facilidade para criar soluções alternativas para um problema ou tarefa a ser realizada; ● capacidade de encarar um problema ou situação a partir de diferentes perspectivas; ● facilidade para atuar em diferentes tipos de situações e migrar entre diferentes atividades; ● maior tolerância para erros e mudanças de percursos no meio de uma tarefa do dia a dia profissional ou pessoal. 77 Ligue as peças que compõem a figura 78 Ligue as peças que compõem a figura 79 Ligue as peças que compõem a figura 80 Ligue as peças que compõem a figura 81 Pinte na sequência 82 Pinte na sequência 83 Pinte na sequência 84 Pinte na sequência 85 Encontre a saídaEncontre a saída 86 Encontre a saída 87 Imprima e recorte = Reproduza os gestos a seguir. Alterne mão direita e mão esquerda de acordo com a imagem LATERALIDADE 4- O que é Lateralidade? A lateralidade diz respeito à capacidade do indivíduo de utilizar ambos os lados do corpo para executar tarefas do dia a dia. Por exemplo: mesmo quem é destro consegue abrir uma porta ou apanhar um objeto com a mão esquerda quando a direita está ocupada. Isso também se desenvolve em atividades de psicomotricidade. A aplicação sistemática desses conceitos no dia a dia escolar é vital para a formação de indivíduos conscientes do seu corpo como canal de interação com o meio em que está inserido. Esquema corporal Esse é um dos principais conceitos da psicomotricidade aplicada à educação infantil e nada mais é do que a consciência do próprio corpo enquanto forma de se comunicar consigo mesmo e com o meio social. Isso significa que os educadores precisam ajudar seus alunos a construírem uma imagem sobre o seu próprio corpo por meio das experiências. Na etapa da educação infantil, a criança já tem condições de aprimorar seus movimentos voluntários, melhorar a coordenação motora, perceber o corpo como um ponto de referência para situar objetos e outras pessoas. É a base de todas as atividades. Organização espaço-temporal É o desenvolvimento da noção de espaço e da aplicação de conceitos como “perto”, “longe”, “em cima”, “embaixo”, “dentro” e “fora”, por exemplo. 88 Circule todos os jipes que estão virados para a DIREITA 89 Circule todos as abelhas que estão viradas para a ESQUERDA 90 Circule de vermelho todos os ESQUILOS e de verde todos os RATOS 91 Pinte as setas viradas para a DIREITA de azul e para a ESQUERDA de rosa 92 Pinte as setas viradas para a DIREITA de roxo e para a ESQUERDA de verde 93 Pinte todas as tartarugas viradas para a ESQUERDA 94 Pinte todas Baleias viradas para a ESQUERDA.Pinte todas as baleias viradas para a ESQUERDA 95 Pinte todos os veados virados para a DIREITA LINGUAGEM 5- Quais são os estágios de desenvolvimento da linguagem O cérebro do bebê muda consideravelmente depois do nascimento. Nesse momento, os neurônios já estão formados e já migraram para as suas posições no cérebro, mas o tamanho da cabeça, o peso do cérebro e a espessura do córtex cerebral, onde se localizam as sinapses, continuam a aumentar no primeiro ano de vida. Conexões a longa distância não se completam antes do nono mês e a bainha de mielina continua se adensando durante toda a infância. As sinapses aumentam significativamente entre o nono e o vigésimo quarto mês, a ponto de terem 50% a mais de sinapses que os adultos. A atividade metabólica atinge níveis adultos entre o nono e o décimo mês, mas continuam aumentando até os quatro anos. O cérebro também perde material neural nessa fase. Um enorme número de neurônios morre ainda na barriga da mãe, essa perda continua nos dois primeiros anos e só se estabiliza aos sete anos. As sinapses também diminuem a partir dos dois anos até a adolescência quando a atividade metabólica se equilibra com a do adulto. Dessa forma, pode ser que a aquisição da linguagem dependa de uma certa maturação cerebral e que as fases de balbucio, primeiras palavras e aquisição de gramática exijam níveis mínimos de tamanho cerebral, de conexões a longa distância e de sinapses, particularmente nas regiões responsáveis pela linguagem. (PINKER, 2002) Balbuciando É comum dividir o estágio inicial da aquisição de linguagem em duas fases: pré-lingüística e lingüística. No estágio pré-lingüístico, a capacidade lingüística da criança desenvolve-se sem qualquer produção lingüística identificável. Sem levar em conta as mudanças biológicas que facilitam o desenvolvimento lingüístico e ocorrem nos primeiros meses de vida da criança, é o balbuciar dos bebês de aproximadamente seis meses que sinaliza o começo da aquisição da linguagem. Esse período é tipicamente descrito como pré-lingüístico porque os sons produzidos não são associados a nenhum significado lingüístico. O estágio dos balbucios é marcado por uma variedade de sons que muitas vezes são usados em alguma das línguas do mundo, embora muitas vezes não sejam a língua que a criança irá, posteriormente, falar. . Primeiras Palavras Segundo Stillings (1987), o primeiro estágio verdadeiramente lingüístico da criança parece ser o estágio de uma palavra. Nesse estágio, que aparece a poucos meses delas completarem um ano, as crianças produzem suas primeiras palavras. Durante esse estágio, as suas falas se limitam a uma palavra, que são pronunciadas de maneira um pouco diferente da dos adultos. Muitos fatores contribuem para essa pronúncia não usual: alguns sons parecem estar fora da escala auditiva das crianças, por dependerem da maturação de alguns nervos. Sons que são difíceis para a criança detectar, tornam-se difíceis para elas aprenderem. Além disso, alguns sons parecem ter uma articulação difícil para as crianças. Por exemplo, é comum ver crianças que possuem desenvolvimento lingüístico adiantado mas não conseguem pronunciar o [r]. Algumas vezes, sons fáceis podem se tornar difíceis na presença de outros sons. Por exemplo, crianças no estágio de uma palavra freqüentemente omitem o som das consoantes finais. O surgimento da sintaxe A partir do estágio de duas palavras é possível examinar o desenvolvimento sintático, mesmo que seja de maneira rudimentar O sistema lingüístico da criança nessa fase também é diferente do adulto.Além das diferenças de pronúncia e significado, elas também possuem uma gramática diferente da deles. Obviamente produzem sentenças mais breves; além da maioria delas serem sentenças inovadoras, não sendo apenas imitações da dos adultos. Além do estágio de duas palavras Embora os estágios de uma e duas palavras não tenham um início e um final determinado, existem características confiáveis para identificá-los. A partir desse ponto, no entanto, isso não será mais possível. Próximas fases de desenvolvimento Após o estágio de duas palavras as crianças expandem seu vocabulário, aprendem as regras de construção (negativa, passiva, etc.) presentes na língua, aprendendo seu sistema fonológico e morfológico, aperfeiçoando sua pronúncia, e, geralmente, alcançando a convenção adulta de maneira bem rápida (entre os seis e sete anos), mesmo que demorem mais a aprender estruturas mais complexas, como a voz passiva. 96 Circule as letras iguais 97 Circule as letras iguais 98 Pinte as letras iguais 99 Pinte as letras iguais 100 Pinte as letras iguais 101 Circule a letras S 102 Circule e pinte de azul a letra V 103 Pinte com a cor do macaco a letra d 104 Pinte a letra A e risque a letra D 105 Pinte a letra n e a letra u 106 Pinte a letra m e risque a letra w 107 Circule o número 5 108 Circule as Sílabas que formam a palavra indicada na imagem 109 Circule as Sílabas que formam a palavra indicada na imagem 110 Construa uma história a partir dessas cenas: 111 Construa uma história a partir dessas cenas: Construa uma história a partir dessas cenas: 112 Construa uma história a partir dessas cenas: Construa uma história a partir dessas cenas: 113 Construa uma história a partir dessas cenas: Construa uma história a partir dessas cenas: 114 Cards para utilizar na construção de palavras/frases 115 116 z 117 119 Circule e Pinte os Iguais 120 Circule e Pinte os Iguais 121 Circule e Pinte os Iguais MEMÓRIA 6- O que é memória ? A memória é basicamente a capacidade humana de inscrever, conservar, e relembrar mentalmente vivências, conhecimentos, conceitos, sensações e pensamentos experimentados em um tempo passado. Especialistas da Neurobiologia e da Psicologia Cognitiva ratificam esta definição, afirmando que na verdade existem várias memórias, pois há diversas fontes de armazenamento de dados em nossa mente, não limitadas em uma área determinada de nosso cérebro, mas inerentes a distintas atividades mentais. Hoje a memória está dividida essencialmente em dois tipos, conforme sua extensão no tempo, as atividades do cérebro envolvidas no processo, o grau de conservação, seu teor e os mecanismos neurológicos inclusos nesta operação. O primeiro tipo é a memória declarativa, através da qual se retém na mente a idéia de saber que algo aconteceu; o segundo é a memória de procedimentos ou não-declarativa, que conserva a noção de como se deu este evento. Enquanto os psicólogos e neurologistas preferem se dedicar ao estudo da memória declarativa, os neurobiólogos se concentram nesta última categoria. A memória declarativa, focalizada no dom humano de expor verbalmente acontecimentos, está submetida à prática da recordação, e é subdividida em memória imediata – que tem duração instantânea, sendo logo em seguida extinguida -; memória de curto prazo ou de trabalho, como prefere a Psicologia Cognitiva – leva algumas horas para desaparecer, legando à mente alguns vestígios de sua presença, apenas o necessário para ser lembrado e empregado utilmente pelo homem, e está conectada às nossas emoções, sensações e costumes -; memória de longo prazo – engloba intervalos de tempo mais amplos, meses ou anos. A memória de procedimentos, centrada no potencial mental de guardar e reunir dados que não podem ser expressos oralmente, é mais duradoura, fácil de ser conservada. Estas são as categorias principais, mas outros tipos podem ser incluídos nesta distribuição por classes, como as implícitas e explícitas, adotadas principalmente pelos terapeutas cognitivos. Ambas se reportam ao poder de recordar ideias conservadas nas memórias acima abordadas. Já os psicólogos percebem outros dois tipos de memórias – a episódica, ligada à evocação de fatos específicos, inerente ao cenário espaço-temporal, pois determina quando, onde e como ocorreram determinados eventos; e a semântica, associada aos aspectos gerais dos eventos, capaz de guardar dados concretamente adquiridos, como conceitos, aptidões, acontecimentos e racionalizações. Grande parte dos transtornos de aprendizagem tem implicações nos processos oriundos da memória cognitiva. 122 123 124 125 126 127 128 129 MOTRICIDADE 7- O que é a motricidade ampla? Durante a infância, a motricidade ampla é a primeira que aperfeiçoamos, porque ela permite os movimentos maiores do nosso corpo: mexer os braços, pernas e mãos, andar, correr, sentar, se inclinar para frente, carregar, empurrar, rolar, todos são movimentos da motricidade ampla. São atividades que utilizam todos os nossos músculos, ou grande parte deles, para serem realizadas. Se essa motricidade não for bem exercitada, os movimentos podem ser desconectados ou muito lentos. Quando a criança nasce, a motricidade fina não está desenvolvida, precisa de ser trabalhada. Por isso, é importante que crie condições para que a criança explore, descubra e experimente novas formas de utilizar os objetos. O desenvolvimento desta competência possibilita, à posteriori, bons resultados na escrita e na matemática. Algumas crianças com dificuldades de aprendizagem ou com autismo, por exemplo, poderão ter de trabalhar de forma mais específica para melhorar esta competência. Rasgar, recortar, utilizar o barro ou a plasticina, pintar, etc, fomentam o desenvolvimento infantil e a criatividade, melhorando consideravelmente a motricidade fina. O que é a motricidade fina? Ao contrário da motricidade ampla, a motricidade fina exige o uso de músculos menores do corpo. Por exemplo, exige a coordenação de mãos e olhos na hora de escrever, recortar ou pintar. Mover os lábios para mandar beijo, sugar e sorrir também faz parte desse conjunto de habilidades. Até mesmo juntar algo leve do chão, como uma folha, faz parte da motricidade fina. 130 Labirinto 131 Labirinto 132 Labirinto 133 Labirinto 134 Labirinto 135 Labirinto 136 Labirinto 137 Labirinto 138 Labirinto 139 Labirinto 140 Labirinto 141 Labirinto; Ajude o pirata a chegar no seu barco usando as letras para guiá-lo. 142 Labirinto 143 Labirinto 144 Ligue e pinte os peixes com as cores correspondentes 145 Ligue as botas e pinte-as das cores correspondentes;Ligue e pinte as meias com as cores correspondentes 146 Ligue os carros e pinte-os das cores correspondentes;Ligue e pinte os carros com as cores correspondentes 147 148 149 150 151 152 153 154 155 156 157 158 159 Ligue os pontos e complete o desenho 160 Ligue os pontos e complete o desenho 161 Complete o desenho 162 Complete o desenho 163 Jogo do espelho 164 Jogo de espelho 165 166 167 168 RACIOCÍNIO LÓGICO 8- O que é o Raciocínio lógico: Raciocínio lógico é um processo de estruturação do pensamento de acordo com as normas da lógica que permite chegar a uma determinada conclusão ou resolver um problema. Um raciocínio lógico requer consciência e capacidade de organização do pensamento. Existem diferentes tipos de raciocínio lógico, como o dedutivo, indutivo e abdução. No entanto, também pode ser aplicado na área da dialética. Raciocínio lógico matemático ou quantitativo O raciocínio lógico-matemático é uma das operações de pensamento descritas por Jean Piaget. Trata do estabelecimento de relação lógica entre os entes. Segundo Piaget, acriança não é capaz de realizar tal operação quando se encontra no estágio de desenvolvimento denominado operatório concreto em torno de 4 a 5 anos, por ser considerada uma aquisição tardia e denominada de segunda-ordem O raciocínio lógico-matemático auxilia na resolução de problemas lógicos envolvendo as funções executivas como atenção, habilidades visuoconstrutivas, habilidades visuoespaciais, organização e memória. Para aprender ou treinar essa habilidade pode-se fazer uso de quebra-cabeças, sequências de figuras, sequência de palavras ou números, e conjuntos. Jogos e brincadeiras também são importantes aliados como estímulos, por exemplo dominó. Essa habilidade será utilizada no ensino fundamental anos iniciais com a introdução das frações, razões, proporções, comparações, percentagens, e generalizando seu uso e aplicação nas correlações entre diversos elementos do universo. 169 170 171 172 Adição 173 Adição 174 Adição 175 Subtração 176 Subtração 177 Subtração 178 Subtração 179 Subtração 180 Subtração 181 Ligue as cores de acordo com os números 183 Faça de acordo com o modelo 184 Faça de acordo com a imagem 185 ● Complete a sequência :Complete a sequência 186 Complete a sequência 187 Complete a sequência 188 Complete a sequência 189 Complete a sequência 190 Contar e Pintar 191 Contar e Pintar 192 Contar e Pintar 193 Contar e Pintar 194 Contar e Pintar 195 Contar e Pintar 196 Batalha Naval 197 Sudoku 198 199 200 201 Descubra quantos animais temos de cada espécie :Descubra quantos animais temos de cada espécie 202 Descubra quantos animais temos de cada espécie 203 Conte se puder! VISUOESPACIAIS O que é a percepção do espaço? A capacidade de percepção espacial é a habilidade para perceber seus relacionamentos com o entorno ao seu redor (processos exteroceptivos) e com você mesmo (processos interoceptivos). A percepção espacial é composta por dois processos, os exteroceptivos, que criam representações sobre nosso espaço através de sentimentos, e os processos interoceptivos, que criam representações sobre nosso corpo, como o posicionamento e a orientação. Espaço é tudo aquilo que nos rodeia: objetos, elementos, pessoas, etc. O espaço também faz parte de nosso pensamento, pois é o lugar onde reunimos todas as nossas experiências. Para obter informações adequadas sobre as características de nossos entornos, usamos dois sistemas. Quando falamos de percepção do espaço, geralmente faz alusão ao "espaço" que nos rodeia: objetos, elementos, pessoas, etc. Porém, o espaço também inclui parte de nosso pensamento, onde reunimos todas as nossas experiências vividas. Ter uma boa capacidade de percepção espacial nos permite perceber o entorno e nosso relacionamento com ele. A percepção espacial também consiste em entender o relacionamento entre dois objetos quando existe uma alteração em seus posicionamentos no espaço. Nos ajuda a pensar em duas ou três dimensões , o que nos permite visualizar objetos desde várias perspectivas e reconhecê-los independentemente da perspectiva desde a qual os observamos. ● O sistema visual: os receptores visuais estão localizados na retina, na parte posterior do olho. Estes receptores são responsáveis de enviar para o cérebro as informações visuais que recebemos através dos olhos. ● O sistema háptico: está localizado por todo o corpo da pessoa e proporciona informações sobre o posicionamento das partes corporais, o movimento dos membros e a superfície física do que é observado, como a velocidade e a rigidez. A característica mais importante dessa habilidade cognitiva é que nos permite perceber nossos entornos com formatos, tamanhos, distâncias, etc. 204 205 206 207 208 209 210 211 212 Referência Bibliográfica BARKLEY, R. A. Behavioral inhibition, sustained attention, and executive functions: constructing a unifying theory of ADHD. Psychological Bulletin, v. 121, n. 1, p. 65-94, 1997. CARTWRIGHT KB. Executive Skills and Reading Comprehension: A Guide for Educators. New York: Guilford Press; 2015. DIAMOND A. Executive functions. Ann Rev Psychol.;p.135-68. 2003. FONSECA, Vitor da. Papel das funções cognitivas, conativas e executivas na aprendizagem: uma abordagem neuropsicopedagógica. Revista Psicopedagogia , v. 31, n. 96, p. 236-253, 2014. MELTZER, Lynn (Ed.). Função executiva na educação: da teoria à prática . Publicações de Guilford, 2018. PINKER, Steven. O instinto da linguagem: como a mente cria a linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 2002. 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