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Prática de Ensino Na Educação Especial Espaços Não-Formais I - Turma001 Atividades Avaliativas AP Unidade II (clique aqui para enviar sua atividade)

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O trecho citado de Ferreira (1994, apud ANTUNES & GLAT, 2019) traz à tona uma visão histórica sobre a Educação Especial e sua abordagem em relação às pessoas com deficiência intelectual. Ele destaca a influência dos princípios evolucionistas da modernidade na maneira como a aprendizagem dessas pessoas era compreendida, e como essa compreensão tem se transformado ao longo do tempo. Essas ideias são fundamentais para refletirmos sobre a formação de professores em educação não-formal e suas contribuições para os processos de aprendizagem de pessoas com deficiência.
A abordagem histórica mencionada ressalta que a Educação Especial costumava adotar uma perspectiva que, de certa forma, atribuía a não-aprendizagem a supostos "defeitos" biológicos das pessoas com deficiência. Isso refletia uma visão simplista, que não levava em consideração as complexas interações entre fatores biológicos, culturais e sociais no processo de aprendizagem. Além disso, a responsabilidade pela construção do conhecimento era colocada inteiramente nas "condições internas do aluno", ignorando o papel fundamental do professor como mediador desse processo.
A importância da citação reside na crítica à visão unidimensional que limitava o potencial de aprendizagem das pessoas com deficiência, com base em suas características individuais. Essa perspectiva desconsiderava o papel da educação e do ambiente na promoção da aprendizagem, e perpetuava estigmas e estereótipos. No entanto, ao longo dos anos, tem havido uma transformação na compreensão da educação de pessoas com deficiência.
A formação de professores em educação não-formal junto às pessoas com deficiência desempenha um papel crucial nesse contexto. Professores bem preparados podem contribuir para uma abordagem mais inclusiva, que reconhece a diversidade de habilidades e necessidades individuais. Eles podem aprender a criar ambientes de aprendizagem que são sensíveis às particularidades de cada aluno, independentemente de suas deficiências. Além disso, os professores podem atuar como mediadores ativos, facilitando o acesso ao conhecimento e promovendo a participação plena de seus alunos.
Hoje, entende-se que a aprendizagem não é estritamente determinada por características "biológicas" individuais, mas é profundamente influenciada por fatores ambientais, culturais e sociais. Os professores em educação não-formal têm a oportunidade de promover uma educação mais inclusiva, que considera o aspecto cultural e plural das mentes. Eles podem desafiar concepções obsoletas e ajudar a superar estigmas, empoderando as pessoas com deficiência a se tornarem sujeitos cognoscentes, capazes de aprender, crescer e contribuir de maneira significativa para a sociedade.
Em suma, a formação dos professores em educação não-formal é fundamental para construir uma abordagem inclusiva que valorize a diversidade e o potencial de aprendizagem das pessoas com deficiência, reconhecendo que o papel do professor como mediador é essencial para promover a igualdade de oportunidades e a plena participação de todos os alunos na sociedade.

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