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Adoção de um tratado internacional, a respeito da
proibição da prisão civil.
Tratados Internacionais, entre nações, e podendo ser definido também pelas terminologias de direito das gentes ou direito transnacional, são definidos como acordos formais, solenes e escritos entre pessoas jurídica de Direito Internacional Público e regidas pelo próprio Direito Internacional Público. Quem são essas pessoas jurídicas? Estados e Organizações Internacionais. Suas principais características são a horizontalidade: pois todos os Estados possuem, teoricamente, o mesmo patamar de hierarquia, coordenação, complexidade e dinamismo: pois deve haver agilidade e organização para assinatura do tratado. Seu surgimento é diversificado entre alguns doutrinadores, em que poderá ter sido na antiguidade, A.C, ou até mesmo na idade média, em relações verticais e subordinadas. Mas a teoria mais adotada, seria que os Tratados Internacionais surgiram por volta do ano de 1648, na “Paz de Westfália”, na idade moderna, em que foi marcado pela assinatura de dois tratados de paz nas cidades alemãs de Munster e Osnabruck, colocando fim na Guerra dos Trinta Anos. 
 
Como se regula um tratado internacional ? A Convenção de Viena Sobre o Direito dos Tratados (CVDT), foi uma reunião realizada em 1969 com o objetivo de definir e normatizar os temas pertinentes aos tratados internacionais, sendo retificada por 35 países, ao qual o Brasil, em 25 de setembro de 2009, depositou o instrumento de ratificação da referida Convenção junto ao Secretário-Geral das Nações Unidas. Conforme artigo 84, da CRFB/88, compete privativamente ao Presidente da República sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamento para sua fiel execução. Sendo competente exclusivo o Congresso Nacional, com fulcro no artigo 49, inciso I da CRFB/88, para resolver definitivamente sobre tratados, acordos ou atos internacionais que acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional.
Sobre as classificações: Quanto ao número de partes, terá os tratados bilaterais, que são quando o tratado possui somente duas partes pactuantes. E os tratados multilaterais que ocorre quando há três partes ou superior a três.
Quanto ao momento da vigência ela pode ser deferida: sua execução/vigência se prolonga no tempo, exemplo: Tratado de paz e segurança. E pode ser a instantânea, que no seu caso a sua execução é imediata, esgotando seus efeitos a partir do momento de sua execução/cumprimento, tendo como exemplo os tratado de definição de fronteira.
Quanto à natureza, possui os Tratados-Contrato que é definido pela obrigação e direitos recíprocos entre as partes. E possui os Tratados-Norma, que não impõe contraprestação entre os Estados, apenas cria normas gerais de Direito Internacional Público.
A incorporação de um tratado no direito interno
A incorporação de tratados obedece os modelos idealizados pela doutrina adotado pelo ordenamento jurídico nacional do Estado, que conforme que depende do processo que envolve a aprovação do Congresso Nacional que por meio de decreto legislativo, a ratificação do ato Internacional pela presidência da República da entrada em vigor do tratado no âmbito nacional que combina na promulgação, o ato de competência do presidente da República artigo 84 inciso 9 CRFB/88 que diz a seguinte: compete privativamente ao presidente da República, celebrar tratados convenções e atos internacionais sujeitos a referendos do Congresso Nacional .
Tramitação do tratado no Brasil
A assinatura de um tratado tem como um dos seus efeitos o seu encaminhamento de texto para a ratificação que tem o seu processo regulado pelo próprio Estado, inicia-se portanto com o processo dentro do Brasil que poderá redundar o comprometimento externo do estado e na posterior incorporação ao direito interno, mas o primeiro passo do Estado para a assinatura é a preparação de um exposição de motivos, dirigida diretamente ao presidente da República, pelo ministro das relações Exteriores, dando ciência da assinatura Internacional dissertando sua relevância e suas consequências jurídicas.
Quanto à possibilidade de adesão, tem os tratados abertos: os tratados que permitem a assinatura ou a adesão de quaisquer Estados. E os tratados fechados: aqueles restritos a um determinado número de Estados, impossibilitando de haver adesão de outros países. E Quanto a sua matéria há os Comuns e o Direitos humanos.
Os tratados internacionais ingressam na ordem jurídica interna brasileira mediante o preenchimento dos seguintes requisitos: 
(a) Negociação pelo Estado brasileiro no plano internacional; 
(b) Assinatura do instrumento pelo Estado brasileiro; 
- Na assinatura marca o consentimento provisório de um Estado em se vincular a um texto de um determinado Tratado.
(c) Poder Executivo ao Congresso Nacional para discussão e aprovação do instrumento; 
- Neste fase do Congresso Nacional, na análise poderá haver ressalvas, em que passa pela câmara, senado, Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, CREDEN, comissão específica a respeito do assunto que aborda o tratado e posteriormente ao plenário.
(d) Aprovação parlamentar mediante decreto legislativo; 
(e) Ratificação do instrumento; 
- Na ratificação, marca o consentimento definitivo em que o Estado irá vincular-se ao Tratado.
(f) Promulgação do texto legal do tratado mediante decreto presidencial. 
Dispõe o artigo 49 da CRFB/88 que “é da competência exclusiva do Congresso Nacional: inciso I – resolver definitivamente sobre tratados, acordos ou atos internacionais que acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional”. Por tanto, esses acordos internacionais que criarem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional têm de ser aprovados pelo Congresso antes de entrarem em vigor.
A partir do julgamento, no caso concreto, acerca da prisão civil do depositário infiel, o Supremo Tribunal Federal decidiu que tal forma civil de cerceamento da liberdade do indivíduo deveria ser abolida, observando, nesse diapasão, o que já disciplinava o Pacto de São José da Costa Rica. O direito brasileiro passou a ter três graus hierarquias no que tange aos tratados internacionais: Regra: que são leis ordinárias que não se referem aos direitos humanos em sua matéria; Hierarquia dos tratados internacionais sobre direitos humanos. As Emenda Constitucional 45/04. Norma supralegal. STF concebeu esse efeito aos tratados anteriores ao § 3º do art. 5º da CF/88. (Toda vez que uma lei ferir tratado internacional, realiza o controle de “convencionalidade”). Emenda Constitucional:
A Constituição Federal, no art. 5.º, § 3º aduz: os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais. Assim, se o Tratado obedeceu às regras desse parágrafo, não existe nenhuma dúvida sobre a hierarquia, pois será equivalente à Constituição.
O contrato fica extinto quando à: Ab Rogação, que é a revogação total do tratado internacional. Deve haver consentimento das partes; Denúncia: Ato unilateral em que um Estado manifesta sua vontade de não mais se sujeitar aos termos de um tratado internacional. Afasta os termos do tratado, se desvincula. Num tratado bilateral, com a denúncia ele será extinto. Num tratado multilateral com a denúncia o tratado vai permanecer, apenas modificando sua composição com a saída de um Estado; Condição Resolutória: Ocorre a extinção do tratado internacional quando o prazo expira a condição para qual foi criado acontece; Caducidade: Será extinto por não ser aplicado a um longo prazo; Termo final: Chegou o fim de seu prazo, nem todo tratado tem prazo, mas alguns tem; Consentimento mútuo: As partes acham que não devem ser mais aplicados. Afirmando dessa forma ou atualizando, fazendo novo tratado do mesmo objeto; E tem a Execução Integral que é quando as condições acordadas foram cumpridas. É aquele que o fim a que destinava otratado internacional se perfaz por completo, gerando a extinção do tratado internacional. Exemplo de um tratado feito para construção de uma ponte entre fronteiras, que separa dois países determinados, criado apenas para dividir obrigações sobre a construção, assim, a ponte ficando pronta, o tratado acabou, não faz sentido continuar.
De acordo com o art. 64 da Convenção de Viena, um tratado antagônico a uma norma de jus cogens superveniente torna- se nulo e extingue-se: se sobrevier uma nova norma imperativa de Direito internacional geral, qualquer tratado existente em conflito com essa norma torna-se nulo e extingue-se. Caso já houver uma norma jus cogens, peremptória, em vigor e mesmo assim algum Estado queira assinar um tratado que vá em desacordo a norma vigente, ele torna-se automaticamente nulo.
OU SEJA, para o caso concreto em questão:
 A adoção de um tratado internacional, a respeito da proibição da prisão civil, exceto em casos de inadimplemento de pagamento de verba alimentar. Assinado o tratado, ele é incorporado, via processo legislativo, ao sistema normativo brasileiro.
 O Tratado tendo sua promulgação, publicação e depósito, a respeito da proibição civil, salvo em casos de inadimplemento de pagamento de verbas alimentares, seria o caso da aplicação das normas JUS COGENS, peremptórias, pois há normas previstas na CVDT/69, onde o tratado tornara-se NULO.