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Aula 06 - Roteiro de aula - Limitações - Imunidades e Isenções

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Tema: Limitações ao poder de tributar: Imunidades e Isenções. 
 
# O que se entende por IMUNIDADE? 
1. Condição de não ser sujeito de algum ônus ou encargo. 
2. Med. (...) 
3. Jur. Direitos, privilégios ou vantagens que alguém desfruta por causa do cargo ou função que exerce. 
Ex. imunidade parlamentar. (Fonte: Dicionário Aurélio) 
 
# O que é IMUNIDADE TRIBUTÁRIA? 
É uma LIMITAÇÃO AO PODER DE TRIBUTAR. 
Exemplo: 
 
REGRA: Art. 155, CF. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: 
III – propriedade de veículos automotores. 
 
IMUNIDADE: Art. 150, CF. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à 
União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: 
VI – instituir impostos sobre: 
a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros; 
 
 
 
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A imunidade é “uma forma qualificada ou especial de não incidência, por supressão, na Constituição, 
da competência impositiva ou do poder de tributar, quando se configuram certos pressupostos, 
situações ou circunstâncias previstas pelo estatuto supremo”. (Amílcar de Araújo Falcão) 
 
ATENÇÃO! Imunidade impede a incidência do tributo, mas o contribuinte não fica dispensado de 
cumprir com outras obrigações previstas em lei. Ex. emitir documentos fiscais, registrar em livros as 
operações realizadas (STF) 
 
As Imunidades Tributárias se classificam, segundo a doutrina, em Subjetivas e Objetivas. 
 
Subjetivas: imunidade concedidas à pessoas determinadas, seja de direito público ou de direito 
privado. Dentre essas podemos destacar as imunidades: a) recíproca; b) religiosa e c) genérica. 
 
Objetivas: também denominadas por imunidades, concedidas a objetos específicos. 
culturais 
Desta forma tem-se que as imunidades contidas nas alíneas a, b e c , do artigo 150 da CF/88 são 
imunidades subjetivas e as expressas nas alíneas “d” e “e” são imunidades objetivas. 
 
1. IMUNIDADES TRIBUTÁRIAS EM ESPÉCIE 
Art. 150, CF. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos 
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: 
VI - instituir impostos sobre: 
a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros; 
 
A) IMUNIDADE TRIBUTÁRIA RECÍPROCA: 
Art. 150, CF. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos 
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: 
VI - instituir impostos sobre: 
a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros; 
b) templos de qualquer culto; 
c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades 
sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins 
lucrativos, atendidos os requisitos da lei; 
d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão. 
e) Musica. 
CARACTERÍSTICAS IMPORTANTES: 
 
 É subjetiva (quando pessoas ou entidades não são oneradas); 
 Decorre da autonomia político-administrativa dos entes políticos, não há relação de hierarquia. 
Corolário da forma federativa do Estado (igualdade político-jurídica aos entes); 
 É cláusula pétrea – regra protetiva do pacto federativo (ADI 939); 
 Só se aplica aos Impostos; 
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 Estende-se às autarquias e fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, desde que a 
finalidade seja essencialmente pública (ex. INCRA); 
 
 
ATENÇÃO! Para o STF, a imunidade tributária só deixa de operar quando a natureza jurídica da entidade 
estatal é de exploração da atividade econômica (RE 242.827/PE) 
 
# Análise de Caso: 
CASO CORREIOS (EBCT) – STF/2013. 
A EBCT facilmente se enquadraria no regime de concorrência, massssss... 
- Está sujeita ao regime de licitação; 
- É obrigada a prestar serviços em todo o país (é superavitária apenas em SP, RJ, MG e DF); 
- Mesmo com a baixa da procura pelos serviços, a EBCT é obrigada a mantê-los. 
O STF entendeu que ela goza da imunidade recíproca. 
 
Casos julgados pelo STF como afrontas à imunidade recíproca: 
 Proibição de cobrança de IOF nas operações financeiras realizadas pelos estados, Distrito 
Federal e municípios (AI-AgR 172.890/RS/1996; RE 196.415/PR/1999 ; RE 213.059/SP/1997) 
 Vedação da incidência do imposto de renda sobre os rendimentos auferidos pelas pessoas 
publicas que gozam da imunidade reciproca (ADIMC 1.758/DF/1998); 
 Declaração da inconstitucionalidade do art. 2 °, § 2.°, da EC 3/1993, que, entre outras coisas, 
pretendeu excluir o IPMF da regra de imunidade reciproca (ADI 939/DF); 
 Vedação de incidência de ICMS em operações de importação em que o importador seja o 
próprio ente federado (AI-AgR 518.405/RS, rel. Min. Joaquim Barbosa, 06.04.2010). 
 
B) IMUNIDADE TRIBUTÁRIA RELIGIOSA: Protege o direito individual de liberdade de culto. 
 
 
 
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Art. 5º, CF Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos 
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à 
igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: 
VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos 
religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias; 
 
Art. 150, CF. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos 
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: 
VI - instituir impostos sobre: 
b) templos de qualquer culto; 
 
• Características Importantes: 
a) É subjetiva (quando pessoas ou entidades não são oneradas); 
b) É cláusula pétrea – proteção de direito individual; 
c) Aplicável exclusivamente aos IMPOSTOS; 
 
 
# Análise de Casos: 
# Aplica-se somente aos prédios onde se realizam os cultos? (art. 150, VI, b, c/c § 4º, CF) 
# Se determinada religião aluga um imóvel seu, tal imóvel perde a imunidade? (STF – RE 325.822/SP 
e Súmula 724). Finalidades essenciais da instituição. OBS: Cabe ao Fisco provar a relação entre 
patrimônio, renda, os serviços e as finalidades essenciais. 
# Imóveis destinados à residência de ministros religiosos têm imunidade? (ARE AgR 694.453/DF) 
# Cemitérios que são extensões de entidades religiosas sem fins lucrativos e que revertam suas 
atividades funerárias à religião, possuem imunidade? (RE 578.562/BA) 
# E a maçonaria, possui imunidade? (RE 562.351/RS) 
 
C) IMUNIDADES GENÉRICAS (Subjetiva) 
Art. 150, VI, CF - instituir impostos sobre: 
c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades 
sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, 
atendidos os requisitos da lei; 
 
A imunidade prevista no art. 150, VI, c, CF são subjetivas – pessoas e entidades não são oneradas e 
abrange 4 situações: 
- Partidos políticos e suas fundações. 
- Entidades sindicais dos trabalhadores. 
- Instituições de educação sem fins lucrativos. 
- Instituições de assistência social sem fins lucrativos 
 
c.1) Imunidade Tributária dos Partidos Políticos e suas Fundações. 
# Por que imunidade a partidos políticos? 
Decorre da noção de Estado Democrático de Direito. Serve para assegurar o pluralismo político e evitar 
que o Estado use do Poder de Tributar como pretexto para subjugar partidos políticos cujas concepções 
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contrariem aquelas adotadas por quem está no Poder. 
 
c.2) Entidades Sindicais de Trabalhadores 
# Por que imunidade a sindicatos de trabalhadores? 
Para proteção da liberdade sindical do art. 8º, CF: 
Art. 8º, CF. É livre a associação profissional ou sindical 
 
# Essa imunidade abrange os sindicatos dos empregadores ou de setores econômicos? 
NAO 
 
c.3 e c.4) Imunidade das Instituições de Educação e de Assistência Social Sem Fins Lucrativos. 
Requisitos para que as entidades gozem da imunidade: 
a) Não distribuir qualquer parcela de seu patrimônio ou de suas rendas a qualquer título; 
b) Aplicar integralmente no país os seus recursos na manutenção dos seus objetivos institucionais; 
c) Manter escrituração de suasreceitas e despesas em livros revestidos de formalidades capazes 
de assegurar sua exatidão 
 
# Se a entidade deixar de cumprir esses requisitos? 
A autoridade competente suspende a aplicação do benefício (art. 14, § 1º, CTN) 
 
# Entidades sem fins lucrativos podem ter superávit? 
Podem ter superávit. O que não pode acontecer é a distribuição dos excedentes entre os sócios, 
diretores, gerentes. A aplicação dos resultados é à instituição. 
 
D) IMUNIDADE TRIBUTÁRIA CULTURAL 
Art. 150, VI, CF - instituir impostos sobre: 
d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão. 
 
Tem como principal objetivo estimular a disseminação de cultura e de ideias em geral. Sua finalidade 
básica é facilitar, por meio da redução dos custos de edição, impressão e distribuição dos livros, dos 
jornais e dos periódicos veiculados em papel, a livre manifestação do pensamento (CF, art. 5.°, IV), da 
atividade intelectual, artística, científica e de comunicação (CF, art. 5.°, IX) e o acesso a informação 
(CF, art. 5.°, XIV). 
 
Como é imunidade objetiva – coisas e atividades não são oneradas – ela alcança todos os impostos que 
incidiriam sobre as operações com livros, jornais, periódicos e o papel destinado à impressão deles. 
Como a imunidade não é subjetiva, não estão a editora, a livraria, a empresa jornalística, a banca de 
jornais ou os comerciantes em geral imunes. 
 
Questões polêmicas: 
# Álbum de figurinhas e os cromos adesivos? Sim (RE 179.893/SP) 
# Revistas de cunho sexual? Sim 
# Apostilas? Sim (RE 183.403/SP) 
# Encartes de propagandas dentro de jornais? Não abrange (RE 213.094/ES) 
# Tinta especial para jornal? Não (RREE 203.267; 203.859; 204.234; 215.435; RE 225.960/RS, rel. Min. 
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Neri da Silveira, 22.05.1998; RE 273.308/SP, rel. Min. Moreira Alves, 22.08.2000) 
# Solucao de base alcalina concentrada? Não (RREE 203.267; 203.859; 204.234; 215.435; RE 
225.960/RS, rel. Min. Neri da Silveira, 22.05.1998; RE 273.308/SP, rel. Min. Moreira Alves, 22.08.2000) 
# Tiras de plástico para amarrar jornais? Não (RREE 203.267; 203.859; 204.234; 215.435; RE 
225.960/RS, rel. Min. Neri da Silveira, 22.05.1998; RE 273.308/SP, rel. Min. Moreira Alves, 22.08.2000) 
# Chapas de gravação destinadas a impressao de jornais? Não (RREE 203.267; 203.859; 204.234; 
215.435; RE 225.960/RS, rel. Min. Neri da Silveira, 22.05.1998; RE 273.308/SP, rel. Min. Moreira Alves, 
22.08.2000) 
# Cadernos e blocos de papel para anotações, livros contábeis, calendários, agendas de anotações, 
manuais de instruções de operação de maquinas, utensílios e equipamentos, manuais ou papeis 
impressos de propaganda mercantil, industrial ou profissional? Não 
# Materiais: filmes e papeis fotográficos? Sim. Súmula 657/STF: A imunidade prevista no art. 150, VI, 
‘d’, da Constituição Federal abrange os filmes e papéis fotográficos necessários à publicação de jornais 
e periódicos 
# Publicações em meios eletrônicos/virtuais (e-books)*?. A ideia é que a imunidade atinja livros, 
jornais e periódicos impressos em papel (Al 530.958/G0, rel. Min. Cezar Peluso, 14.03.2005; RE 
282.387/RJ, rel. Min. Eros Grau, 23.05.2006; RE 416.579/RJ, rel. Min. Joaquim Barbosa, 17.12.2009). 
ATENÇÃO! Questão ainda está sendo decidida pelo STF em Repercussão Geral (RE 330.817 - RECURSO 
EXTRAORDINÁRIO ) 
 
DECISÃO DO STF NO RE 330.817 
 
Operações com livros eletrônicos e e-readers – os aparelhos utilizados para ler e-books – não devem 
ser tributados, decidiu o Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quinta-feira (08/03). Por unanimidade, 
os ministros entenderam que ambos estão abrangidos pela imunidade garantida pela Constituição 
Federal aos livros. 
 
A decisão foi tomada no RE 330.817, que tratava originalmente da imunidade dos livros eletrônicos. 
Mas o relator do caso, ministro Dias Toffoli, incluiu na decisão final os e-readers. O magistrado 
salientou, porém, que o benefício tributário só pode ser aproveitado quando os aparelhos são 
utilizados exclusivamente para a leitura. Smartphones e tablets estão excluídos dessa categoria. 
 
Decisão foi proferida em repercussão geral. Dessa forma, ela deverá ser observada pelos pelo Judiciário 
brasileiro em discussōes semelhantes. O STF fixou a tese de que “a imunidade tributária constante do 
art. 150, VI, d, da CF/88 aplica-se ao livro eletrônico (e-book), inclusive aos suportes exclusivamente 
utilizados para fixá-lo”. (Leia o voto do relator abaixo). 
 
O caso foi julgado em conjunto com o RE 595.676, de relatoria do ministro Marco Aurélio. Também por 
unanimidade os ministros entenderam pela imunidade na importação de pequenos componentes 
eletrônicos que acompanham material didático de um curso de montagem de computadores. 
 
Em ambos os processos os integrantes do Supremo garantiram, nas palavras da ministra Carmen Lúcia, 
uma “interpretação ampliativa” ao artigo 150 da Constituição. O dispositivo proíbe que os Estados, os 
municípios e a União cobrem impostos sobre “livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua 
impressão”. 
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/642045/artigo-150-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10670478/inciso-vi-do-artigo-150-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10670318/alinea-d-do-inciso-vi-do-artigo-150-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/642045/artigo-150-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
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Ao proferir voto no caso em que era relator, Toffoli salientou que é preciso interpretar 
a Constituição de acordo com as mudanças sociais, culturais e tecnológicas. Isso, para ele, evitaria um 
“esvaziamento das normas por lapso temporal”. O ministro lembrou que, ao longo da história, já foram 
confeccionados livros em papiros, pergaminhos, placas de argila, madeira ou marfim, folha de 
palmeiras e outros. 
 
Toffoli também destacou que o Supremo, em outros julgamentos, estendeu a imunidade do artigo 150 
a revistas técnicas, listas telefônicas, apostilas, álbuns de figurinhas e mapas impressos. Foram 
tributados, por outro lado, os calendários, que, para o tribunal, não seriam veículos de transmissão de 
ideias. 
E) IMUNIDADE TRIBUTÁRIA DA MÚSICA NACIONAL 
Novidade! EC 75/2013 (PEC da Música) 
Art. 150/CF 
III - cobrar tributos: 
e) fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil contendo obras musicais ou 
literomusicais de autores brasileiros e/ou obras em geral interpretadas por artistas brasileiros bem 
como os suportes materiais ou arquivos digitais que os contenham, salvo na etapa de replicação 
industrial de mídias ópticas de leitura a laser. (Incluída pela Emenda Constitucional nº 75, de 
15.10.2013) 
 
# Qual foi o objetivo? 
O combate à pirataria! 
 
ELEMENTOS DESTA IMUNIDADE: 
a) É objetiva – coisas/atividades não são oneradas 
b) Fonogramas (gravação de som) e videofonogramas (gravação de som + gravação de imagem) 
c) Produzidos no Brasil 
d) Contendo obras musicais ou literomusicais de autores brasileiros (autor brasileiro, não importa 
quem interpreta – brasileiro ou estrangeiro) 
e) Contendo obras musicais ou literomusicais em geral interpretadas por artistas brasileiros (a obra 
pode até ser estrangeira, desde que seja interpretada por brasileiro) 
f) Suportes Materiais ou Arquivos Digitais (vinil, cassete, DVD, CD, MP3, etc.) que os contenham. 
g) Salvo na replicação industrial de mídias ópticas de leitura a laser. (Zona Franca deManaus) 
 
TRIBUTOS 
• Regra: imunidade de IMPOSTOS (IPI, ICMS, IE) 
• Exceção: IR, ISS. 
 
IMUNIDADES DE TAXAS E CONTRIBUIÇÕES 
As imunidades de que tratam o art. 150, VI da CF referem-se apenas a impostos. Porém, a CF estabelece 
algumas situações em que haverá imunidade de TAXAS e de CONTRIBUIÇÕES – que não estão 
relacionados com os previstos nesta temática. 
 
# As imunidades atingem somente os IMPOSTOS? 
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc75.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc75.htm
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NÃO! Na CF, existem imunidades relativas às: 
• TAXAS (art. 5º, XXXIV – direito de petição e certidões em repartições públicas); 
• IMPOSTOS (art. 150, VI, CF) e 
• CONTRIBUIÇÕES (art. 195, § 7º, CF – entidades beneficentes de assistência social. 
 
Exemplos de Imunidade de TAXAS: 
1) Art. 5°, XXXIV - São a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas: a) o direito 
de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder; b) a 
obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento de situações 
de interesse pessoal; 
2) Art. 5°, LXXVI - São gratuitos para os reconhecidamente pobres, na forma da lei: a) o registro civil de 
nascimento; b) a certidão de óbito; 
3) Art. 226, § 1° - O casamento é civil e gratuita a celebração. 
 
Exemplos de Imunidade de Contribuições: 
1) Art. 149, § 2°, 1 - As contribuições sociais e de intervenção no domínio econômico de que trata o 
caput deste artigo não incidirão sobre as receitas decorrentes de exportação; 
2) Art. 195, § 7° São isentas de contribuição para a seguridade social as entidades beneficentes de 
assistência social que atendam às exigência estabelecidas em lei. 
 
DIFERENÇA ENTRE IMUNIDADE E ISENÇÃO 
 
IMUNIDADE: Dispensa CONSTITUCIONAL para pagamento de um tributo. Hipótese de NÃO 
INCIDENCIA constitucionalmente qualificada. 
ISENÇÃO: Dispensa LEGAL para pagamento de um tributo é uma possibilidade normativa de dispensa 
legalmente qualificada. 
 
 
 
 
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	ATENÇÃO! Questão ainda está sendo decidida pelo STF em Repercussão Geral (RE 330.817 - RECURSO EXTRAORDINÁRIO )

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