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GINECOLOGIA
E OBSTETRÍCIA
GUSTAVO URZÊDA V I TÓR IA
 
 
1 Gustavo Urzêda Vitória 
GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA 
ASSUNTOS EM GO 
- Pré-natal de alto e baixo riscos: 
 
Avaliação do risco gestacional: 
• Características individuais e condições socioeconômicas desfavoráveis. 
• História reprodutiva anterior. 
• Intercorrências clínicas crônicas. 
• Doenças obstétricas na gravidez atual. 
• Fatores de risco: 
o < 17 anos ou > 35 anos, situação conjugal insegura, baixa 
escolaridade, ocupação de risco, condições ambientais, < 1,45 m, 
< 45 kg ou > 75 kg, uso de drogas lícitas e ilícitas. 
• Histórico gestacional: 
o Morte perinatal, hemorragia, abortamento, multiparidade, cirurgia 
uterina anterior, EM com crescimento retardado. 
• História gestacional atual: 
o Desvio de crescimento uterino, trabalho de parto prematuro, ganho 
ponderal inadequado, gravidez prolongada, pré-eclâmpsia e 
eclâmpsia, DMG, amniorrexe prematura, hemorragia na gestação, 
aloimunização, óbito fetal. 
• Intercorrências: 
o HA, cardiopatia, pneumopatia, nefropatia, endocrinopatia etc. 
Primeira consulta: 
• Anamnese e exame físico geral. 
• Peso e PA. 
 
 
2 Gustavo Urzêda Vitória 
• Percepção de movimentos fetais (a partir de 16-18 semanas). 
• AFU (a partir de 12 semanas). 
• BCF (sonar a partir de 10-12 semanas, Pinard a partir de 20 semanas). 
o Frequência: 110-160 bpm. 
Funcionamento: 
• > 6 consultas: completo. 
• Orientações sobre higiene, amamentação, vestuário, lazer etc. 
• Grupo multidisciplinar. 
• Controle da frequência de consultas. 
Periodicidade: 
• Até 28 semanas: mensal. 
• 28-36 semanas: quinzenal. 
• > 36 semanas: semanal. 
Cálculos: 
• Idade gestacional (IG): 
o DUM → calcular quantas semanas até a data atual. 
o USG obstétrica de 1°T (margem de erro de 3-5 dias). 
o AFU. 
 
 
3 Gustavo Urzêda Vitória 
 
• Data provável do parto (DDP): 
o Regra de Naegele: 
 
 
 
4 Gustavo Urzêda Vitória 
Curva de crescimento fetal: 
• Entre os percentis 10 e 90 está normal. 
• < 10 percentil: CIUR, PIG. 
• > 90 percentil: GIG. 
 
Avaliação do estado nutricional: 
• IMC para IG. 
• Atenção com o ganho de peso súbito. 
• Ganho de peso normal: 
o IMC < 18,5 (baixo peso): 12,5-18kg. 
o IMC 18,5-24,9 (normal): 11,5-16kg. 
o IMC 25-29,9 (sobrepeso): 7-11,5kg. 
o IMC > 30 (obesidade): 5-9kg. 
Controle de PA: 
• Detectar HAS e/ou DHEG. 
o PAS aumentou 30 ou PAD aumentou 15 ou PA > 140/90, 
confirmada após 30 minutos. 
Provas de vitabilidade fetal: 
• Doppler, CTG e PBF. 
• Alto risco. 
Exames complementares: 
• Hemograma (1°T e 3°T). 
• COP (se houver necessidade). 
• Tipagem sanguínea e Rh. 
o Rh – e pai + ou desconhecido → coombs indireto. 
▪ Negativo: repetir a cada 4 semanas a partir de 24 semanas. 
▪ Positivo: pré-natal de alto risco. 
▪ Ig a partir de 28 semanas. 
 
 
5 Gustavo Urzêda Vitória 
• EAS e urocultura. 
o Infecções, proteinúria, hematúria e cilindúria. 
o Pode usar cefalexia, ampicilina e amoxicilina. 
o Pielonefrite → internação hospitalar. 
• Glicemia de jejum (1°T e 3°T). 
• TOTG → até 92 de jejum, 180 após 1h e 153 após 2h. 
• USG → 1°T (TV até 14 semanas, depois obstétrica), morfológico para 
avaliar transluscência nucal (entre 12 e 14 semanas), pelo menos uma 
entre 20-22 semanas e outra no 3°T (36 semanas). 
• Teste da mamãe (2 fases: 1°T e 3°T). 
• Outros: parasitológico de fezes, bacterioscopia de secreção vaginal, 
eletroforese de Hb, USG obstétrico com Doppler, rastreamento genético, 
CTG, biópsia de vilo corial, amniocentese e cordocentese (os três últimos 
são invasivos, feitos para toxoplasmose, anemia e isoimunização Rh). 
Teste da mamãe: 
Sífilis: 
• T. pallidum. 
• Primária, secundária ou terciária → as duas primeiras transmitem mais. 
• VDRL: 
o Negativo: repetir na 30° semana ou no parto. 
o Positivo: VDRL do parceiro e teste confirmatório da gestante → 
FTA-Abs. 
o Cura: diminuição em duas diluições seguidas ou diminuição de 
quatro vezes o título → VDRL normal. 
• Tratamento: 
o Primária: penicilina G benzatina 1.200.000 UI, IM, em cada glúteo 
por semana, e tratar o parceiro. 
▪ Por 3 semanas. 
▪ Ou eritromicina 500mg, VO, 6/6h por 10 dias. 
o Secundária: dobro da dose. 
o Terciária: triplo da dose. 
HIV: 
• Parto é a principal forma de transmissão → não faz o parto vaginal a 
princípio. 
• Negativo: orientações e nos suspeitos repetir com 30-90 dias. 
• Indeterminado: repetir com 30 dias. 
• Positivo: informar e encaminhar para serviço especializado → recebe AZT 
dose de ataque e manutenção. 
HBV: 
• Também testa HCV. 
 
 
6 Gustavo Urzêda Vitória 
• Vírus de DNA, com incubação de 60-180 dias e transmissão por vias 
sexual, vertical ou pelo sangue. 
• HBsAg: 
o Negativo: vacina para mãe e RN. 
o Positivo: encaminhar e aplicar IgHAHB e primeira dose da vacina 
até 12h após o parto no RN e repetir o exame com 1-6 meses. 
Realizar anti-HBs para confirmar imunidade. 
Toxoplasmose: 
• IgM negativo: orientar sobre contaminação → evitar contato com fezes de 
gatos, carne crua e alimentos crus mal lavados. 
• IgM positivo: tratamento com espiramicina 1g, 8/8h, VO, e encaminhar. 
• Avidez de IgG: 
o Baixa: infecção aguda (pirimetamina, ácido folínico e sulfadiazina 
até o parto). 
o Alta: infecção antiga (suspender medicamentos). 
o Fase de penumbra: entre 30 e 60% → aguarda e repetir. 
• Pode fazer amniocentese e biópsia. 
Rubéola: 
• RNA vírus, transmissão por contato direto, sem tratamento e incubação 
de até 4 semanas. 
• IgG + e IgM -: imune. 
• IgG - e IgM +: infectada. 
• IgG – e IgM -: suscetível. 
CMV: 
• Incubação de dias a poucas semanas. 
• Várias formas de transmissão. 
• Não tem tratamento. 
• Causa perda auditiva, microcefalia, retardo mental, paralisia cerebral e 
coriorretinite no RN. 
HTLV: 
• Transmissão parenteral ou sexual. 
• Associado a leucemia e linfomas. 
• Rastreamento semelhante ao HIV, mas não usa AZT. 
• Não pode amamentar e costuma fazer cesárea. 
Chagas: 
• T. cruzii. 
• Não trata na gravidez. 
 
 
7 Gustavo Urzêda Vitória 
• Pesquisa para fazer diagnóstico precoce no RN. 
• IgG + e IgM -: crônico. 
• IgG – e IgM -: suscetível. 
• IgG – e IgM +: agudo. 
2° fase: 
• Sorologias para HIV, sífilis e toxoplasmose (IgM). 
Intercorrências gravídicas: 
• Êmese e hiperêmese: 1°T pelo aumento do HCG e estrogênio → tiamina 
100mg/dia EV, se mais de 3 semanas de vômitos. 
o Ondansetrona pode usar no 3°T, antes disso meclizina. 
• Pirose: antiácidos. 
• Constipação: orientação dietética → fibras e água. 
• Hemorroidas: banhos com água morna. 
• Edema: se generalizado, pesquisar eclâmpsia. 
• Varizes: elevar MMII, meias compressivas. 
• Cãibras: diminuição do cálcio e aumento do fósforo → tratamento visa 
controle dos sintomas. 
• Fadiga, lombalgia e leucorreia podem ser queixas normais da gravidez. 
• Higiene e hábitos de vida: 
o Atividades físicas dosadas. 
o Não fazer irrigação vaginal. 
o Atividade sexual dosada. 
o Cuidado com drogas teratogênicas. 
o Suspender álcool e tabaco, além de eventuais drogas ilícitas. 
• Vacinas: tétano (a partir de 20 semanas e 3 doses), influenza e HBV. 
o Raiva e febre amarela depende do contexto. 
o As vacinas de vírus vivos atenuados estão contraindicadas. 
EM ANEXO UM ROTEIRO DE PRÉ-NATAL E UM MAPA MENTAL. 
- Assistência ao trabalho de parto normal e 
distócito (partograma): 
Parto: 
Fases clínicas: 
• Premonitório (pré-parto): 
o Descida do fundo uterino. 
o Dores lombares → estiramento das articulações da cintura pélvica 
e transtornos circulatórios. 
o Aumento da secreção das glândulas cervicais e vaginais. 
o Perda do tampão mucoso. 
 
 
8 Gustavo Urzêda Vitória 
o Metrossístoles intermitentes do útero. 
o Colo amolecido. 
o Trabalho de parto: 
▪ Contrações uterinas espontâneas e rítmicas: 2-3 em 10-15 
minutos, durando 40 segundos. 
• Dilatação (1° período): 
o Inicia contrações rítmicas e terminama dilatação completa → 10 
cm. 
o Ruptura de bolsas d’água: 
▪ Pode ser precoce, tardia, espontânea ou provocada. 
o Apagamento do colo (estreitamento): 
▪ Primigesta: apaga e depois dilata. 
▪ Multípara: apaga e dilata ao mesmo tempo. 
▪ Pode ser precoce, tardia, espontânea ou artificial. 
o Cuidados: 
▪ Cuidados iniciais, sinais vitais maternos, alimentação, 
posição mais confortável, toque vaginal a cada 4h (OMS), 
ruptura de membranas, fluidos EV. 
▪ Monitorização da vitabilidade fetal: baixo risco de 30 minutos 
a 1h, alto risco de 15/15 minutos ou CTG constante. 
▪ Avaliação da dilatação: admissão, latência (1-4h), ativa (1-
2h), rotura espontânea ou artificial (avaliar prolapso de 
cordão), antes da analgesia intraparto. 
• Expulsão (2° período): 
o Inicia com a dilatação completa e termina com a saída do feto. 
o 5 contrações em 10 minutos. 
o Aparecimento de contrações voluntárias da prensa abdominal. 
o Duração: 
▪ Fase latente: 20h nas primíparas e 14h nas multíparas. 
▪ Fase ativa: 
• Dilatação: 5,3-16,4h nas primíparas e 3,8-15,7h nas 
multíparas. 
• Expulsão: 1,1-3,6h nas primíparas e 04-2h nas 
multíparas. 
• Analgesia aumenta 1h. 
o Intervenções anteparto: 
▪ Exercícios do assoalho pélvico → evitar incontinência 
urinária. 
▪ Massagem perineal → diminui a ocorrência de lacerações. 
o Assistência a expulsão: 
▪ Flexão da coxa sobre o abdome → favorece a passagem do 
RN. 
▪ Orientar puxos e respirações. 
▪ Episiotomia → apenas se sofrimento fetal ou iminência de 
laceração, depois sutura dos músculos isoladamente. 
▪ Proteção perineal. 
 
 
9 Gustavo Urzêda Vitória 
▪ Vitabilidade fetal de 5-15 minutos. 
• CTG se alto risco. 
▪ Manobra de Kristeller está proscrita → lesões perineais 
graves, hemorragias, tocotraumatismos. 
▪ Assistência ao desprendimento do polo cefálico → deflexão 
da cabeça, segura o períneo e lentifica a saída da cabeça. 
▪ Manobra de Ritgen. 
▪ Desprendimento dos ombros → tração para baixo e depois 
para cima. 
▪ Circular de cordão: 
• Foruxa: não precisa ser desfeita. 
• Apertada: manobra de Somersault. 
▪ Dose recomendada de ocitocina para prevenir hemorragia 
pós-parto: 10UI, IM, após desprendimento dos ombros 
posteriores. 
▪ Contato pele a pele e ligadura tardia do cordão. 
▪ Revisão da vulva, vagina e colo. 
▪ Correção das lacerações. 
• Secundamento (saída da placenta): 
o Prolongado: mais de 30 minutos. 
o Dectação: 
▪ Baudelocque-Schultze: face fetal primeiro → 75%. 
▪ Baudelocque-Duncan: face materna primeiro → 25%. 
o Descida e expulsão. 
o Manobra de Jacob-Dublin. 
• 4° período: 
o Após a saída da placenta. 
o Primeira causa de morte materna. 
o Miotamponagem, trombotamponagem, indiferença uterina e 
contração fixa. 
 
 
 
10 Gustavo Urzêda Vitória 
Partograma: 
• É a representação gráfica do trabalho de parto. 
• É obrigatório. 
• Linha de alerta: traça 1h após abrir. 
• Linha de ação: traça 4h após a de alerta. 
• Abrir na fase ativa → mais ou menos 5cm e com dinâmica uterina. 
 
EM ANEXO MAPAS MENTAIS. 
- Parto vaginal assistido: 
Local e assistência ao parto: 
• Local: 
o Baixo risco podem ter o parto domiciliar, porém não é recomendado 
por não seguir coberto pelo sistema de saúde. 
• Profissional: 
o Baixo risco: médico ou enfermeira obstetras. 
Cuidados gerais durante o trabalho de parto: 
• Grávidas devem ser incluídas nas tomadas de decisões e informadas de 
todos os procedimentos. 
• Oferecer apoio físico e emocional. 
 
 
11 Gustavo Urzêda Vitória 
• Dieta: preferência por isotônicos no lugar de água; leve se não houver 
risco de anestesia geral ou uso de opioides. 
• Manter assepsia. 
• Avaliação do bem-estar fetal com BCF. 
Alívio da dor no trabalho de parto: 
• Sempre que possível, oferecer imersão em água. 
• Podem ser usadas técnicas de relaxamento e de massagem. 
• Inalatória: óxido nitroso a 50% → pode causar náuseas, tonturas, vômitos 
e alteração de memória. 
• IM e EV: opioides não devem ser usados de rotina. 
• Regional: mais eficaz que opioides, mas prolonga o segundo período e 
aumento as chances de parto instrumentado. 
• ROPREMA: se for evidente, não fazer exame especular e toque → 
avaliação fetal e da indução do parto. 
Assistência no primeiro período: 
• Não está em trabalho de parto (menor ou igual a 3cm de dilatação): 
oferecer apoio e encorajar a retornar para casa e aguardar. 
• Trabalho de parto estabelecido (maior ou igual a 4cm de dilatação): 
admissão para assistência. 
o Monitorar sinais vitais e abrir partograma. 
o Enema não deve ser rotina. 
o Tricotomia não deve ser rotineira. 
• Falha no primeiro período: 
o Considerar amniotomia. 
o Transferir para a responsabilidade do médico obstetra. 
o Oferecer analgesia peridural, se for indicado o uso de ocitocina. 
o Realizar exame vaginal a cada 4h após o início da ocitocina. 
Assistência no segundo período: 
• Apoiar puxos espontâneos e evitar puxos dirigidos. 
• Assistência a posição mais confortável e uso de instrumentos. 
• Kristeller está proscrita. 
• Falha: 
o Considerar ocitocina. 
o Considerar parto vaginal instrumentado. 
• Cuidados com o períneo: 
o Não é recomendado massagem perineal. 
o Considerar aplicação de compressas mornas. 
o Não usar spray de lidocaína. 
o Proteger o períneo e flexionar a cabeça fetal. 
o Não fazer episiotomia de rotina. 
o Se for fazer episio, assegurar analgesia antes. 
Assistência no terceiro período: 
 
 
12 Gustavo Urzêda Vitória 
• Uso rotineiro de substancias uterotônicas, campleamento do cordão e 
tração controlada do cordão → conduta ativa → casos prolongados (> 30 
minutos). 
• Retenção placentária: acesso venoso calibroso e ocitocina EV. 
Cuidados maternos imediatos após o parto: 
• Observar sinais vitais. 
• Classificar as lesões de períneo e avaliação. 
 
• Reparar traumas perineais. 
• AINEs supositórios após reparo de traumas de 1° e 2° graus. 
 
- Provas de vitabilidade fetal (CTG, PBF e 
Doppler): 
Conceitos: 
• Indicada especialmente nas gestações que cursam com insuficiência 
placentária, capaz de determinar sofrimento fetal crônico, muitas vezes 
associado a CIUR. 
• Não há interesse de iniciar os testes antes de 23 semanas. 
• Diabéticas: 
o Controladas: testes de 32-36 semanas. 
o Não controladas: a partir de 26 semanas. 
• Gravidez prolongada: a partir de 41 semanas, mas é melhor induzir o 
parto. 
• Frequência: 1-2x/semana, podendo ser diário dependendo do caso. 
 
 
13 Gustavo Urzêda Vitória 
Contagem dos movimentos fetais: 
• Todas as mulheres com fator de risco para prognóstico perinatal adverso. 
• A partir de 26-32 semanas. 
• Não alcançar 6 movimentos a cada 2h → anormal → deve ser melhorar 
avaliado. 
• Normal: 10 ou mais movimentos em 12h. 
Cardiotocografia (CTG): 
• Indicada apenas no diabetes sem complicação vascular, na pós-
maturidade e no DPP crônico; 
• Frequência cardíaca fetal (FCF) normal: 110-160 bpm → > 160 
taquicardia e < 110 bradicardia → indicativos de sofrimento fetal. 
• Classificada em reativa e não reativa: 
o Reativa: maior ou igual a 2 acelerações ao movimento fetal, com 
amplitude maior ou igual a 15bpm e duração maior ou igual a 15s, 
em 20 minutos → indica boa vitabilidade. 
▪ < 32 semanas: normal acelerações com amplitudes maior 
ou igual a 10bpm e duração maior ou igual a 10s. 
o Não reativa: < 2 acelerações em 20 minutos de traçado → 
comprometimento da vitabilidade. 
 
Perfil biofísico fetal (PBF) e volume do líquido amniótico (vLA): 
• Não são legitimados para avaliar sofrimento fetal no CIUR. 
• São reservados para avaliar pós-maduros na gravidez prolongada e 
apenas vLA para acompanhar vitabilidade no diabetes sem complicação 
vascular. 
• PBF: observa FCF pela CTG e 4 variáveis ultrassonográficas em 30 
minutos: movimento respiratório fetal, movimento fetal, tônus e vLA. 
o Membranas intactas, rins funcionantes e sistema urinário 
desobstruído → diminuiçãode vLA significa redução da filtração 
renal pela redistribuição do DC com prejuízo do rim, em resposta a 
hipóxia crônica. 
 
 
14 Gustavo Urzêda Vitória 
o Componentes sonográficos e CTG recebem nota 2 se presentes e 
0 se ausentes. 
▪ 8-10 (desde que vLA seja 2): normal. 
• vLA: avalia a existência de oligoidramnia → diâmetro vertical do maior 
bolsão de LA é normal quando mede entre 2-8cm, < 2cm é oligo e > 8cm 
é poli. 
 
Doppler: 
• Artéria uterina: 
o Avalia a resistência dos vasos que suprem a placenta, refletindo a 
remodelação das artérias espiraladas, comprometida na pré-
eclâmpsia, CIUR, DPP e morte fetal intraútero. 
o Totalmente incorporado a USG de 20-24 semanas. 
o Anormal: média das 2 uterinas mostra índice de resistência > 0,58 
e caso haja incisuras diastólicas em ambas as artérias. 
• Artéria umbilical: 
o Normal: baixa resistência, crescente com a evolução da gravidez, 
à medida que desenvolve a arquitetura vascular das vilosidades 
terminais. 
o 4 classes: 
▪ Normal. 
▪ Classe I: diástole diminuída. 
▪ Classe II: diástole zero. 
▪ Classe III: diástole reversa. 
• De outros vasos: 
o Com o desenvolvimento da hipóxia fetal, a redistribuição do fluxo 
sanguíneo ocorre que maneira que a resistência na artéria cerebral 
média cai e na artéria umbilical se eleva, pela obliteração das 
arteríolas vilosas → centralização. 
 
 
15 Gustavo Urzêda Vitória 
 
EM ANEXO MAPA MENTAL. 
- Puerpério: 
• Inicia após o parto. 
• Fisiológico ou patológico. 
Fases: 
Imediato: 
• 1°-10° dia. 
• Útero regride rapidamente: 
o Até 10° dia é abdominal. 
o Após o 10° dia é pélvico. 
• Colo: 
o 12h após é permeável de 2-3 dedos. 
o 9°-10° dia: 1 polpa digital. 
• Lactantes: a involução uterina é mais rápida (reflexo útero mamário) → 
pela liberação de ocitocina. 
• Involução mais rápida nas primíparas → fibras musculares mais íntegras 
e responsivas, mas multíparas podem precisar de ocitocina EV. 
• Lóquios: exsudatos, transudatos celulares e sangue. 
o Até 3 dias: sanguíneos. 
o Após 3 dias: serossanguíneos. 
Tardio: 
• Todas as funções começam a ser influenciadas pela amamentação. 
• Útero regride lentamente até 6 semanas → só após essas 6 semanas que 
pode colocar DIU, caso a paciente queira. 
• Lóquios regridem em 3 semanas. 
• Leucocitose: até 25.000 no pós-parto→ cai pela metade em 48h e volta a 
taxas habituais no 5°-6° dia. 
Assistência pós-natal: 
 
 
16 Gustavo Urzêda Vitória 
• Orientações sobre a higiene da vulva e do períneo. 
• Uso de absorventes descartáveis. 
• Estimulo a deambulação precoce (12-24h) → melhora circulação e gases. 
• Mamas: uso de porta seios apropriados (mamas elevadas) → caso de 
ingurgitamento usar ocitocina nasal e/ou bolsa de gelo. 
Remoto: 
• Duração imprecisa, com presença ou não de lactação. 
• Menstruação: aproximadamente 45 dias precedida de ovulação (mulheres 
que não amamentam). 
o Nas lactantes depende da duração do aleitamento. 
• Amamentação aumenta prolactina, inibe FSH e LH. 
Métodos anticoncepcionais: 
• Barreira: codom e FIU. 
• Hormonais: 
o Progestágenos: desogestrel 75mcg, acetato de 
medroxiprogesterona 150mg, IM, 90/90 dias. 
o Contraindicado o uso de conjugados → estrogênio prejudica a 
amamentação. 
Exame da puérpera: 
• Diários até 2° dia: temperatura, pulso, PA, palpação do útero, exame dos 
lóquios, inspeção do períneo, vulva e MMII. 
• 6 semanas: exame clínico + citologia. 
Puerpério patológico: 
Infecção puerperal: 
• Febre maior ou igual a 38°C, por 2 dias; no primeiros 10 primeiros dias 
pós-parto, excluídas as 24h iniciais. 
• Além das infecções genitais: tromboflebite, ITU, pneumonia e mastite. 
• 15% de febre puerperal: ingurgitamento mamário. 
• 3° causa de mortalidade materna → DHEG é a 1° e hemorragias a 2°. 
• Etiopatogenia: 
o Área de remanescentes do deslocamento placentário. 
o Anaeróbios 40-60%. 
o Endometrite pós-parto: frequentemente precedida pela infecção 
intra-amniótica. 
o A partir da junção cérvico-endometrial, a cavidade é estéril. 
• Fatores predisponentes: 
o Cesariana → aumenta endometrite, bacteremia, abscesso, 
tromboflebite pélvica e morte por infecção. 
o Parto e amniorrexe prolongados com muitos toques vaginais. 
 
 
17 Gustavo Urzêda Vitória 
o Baixo nível socioeconômico. 
o > 6h de amniorrexe representa risco. 
• Etiologia: 
o Aeróbios: Estreptococos hemolíticos dos grupos A, B e D; 
estafilococos, Gram negativos aeróbios, H. influenzae, 
Gardinerella vaginalis. 
o Anaeróbios: Gram positivos e negativos. 
o Estreptococos beta-hemolíticos: 
▪ Grupo B (S. mastitidis, S. agalactidae): infecção precoce e 
neonatal (24h após o parto), 30% das culturas vaginais e 
cervicais de grávidas (endêmico) → febre de 39°C, calafrios, 
taquicardia, útero doloroso à palpação (endomiometrite). 
Sensíveis a penicilina, ampicilina, cefalosporinas e 
eritromicina. 
▪ Grupo D (S. faecalis, inclui os enterococos): pequeno 
número nas endometrites pós-parto ou bacteremia. 
Resistentes a penicilina, cefalosporinas e clindamicina. 
▪ Grupo A (S. pyogenes): exógenos (nasofaringe e lesões de 
pele). Sensíveis a penicilina, cefalosporinas e eritromicina. 
o Estafilococos aeróbios: 
▪ S. epidermidis, S. aureus. 
▪ Abscessos vulvovaginais e mastites. 
▪ Resistentes a penicilina e ampicilina. 
▪ Sensíveis a oxacilina, cefalosporinas e cloxacilina. 
o Gram negativo aeróbios: 
▪ E. coli, Klebisiella, Proteus, Pseudomonas, Enterobacter. 
▪ Protagonistas de ITU. 
▪ E. coli → pode levar a choque séptico. 
▪ Sensíveis a gentamicina, cloranfenicol e canamicina. 
o H. influenzae: 
▪ 20 casos desde 1969. 
▪ Sensíveis a ampicilina, cloranfenicol e tetraciclinas. 
o G. vaginalis: 
▪ Provoca infecção puerperal em associação com anaeróbios. 
▪ Sensível a maioria dos ATB. 
o Gram negativos anaeróbios: 
▪ Cocos: Peptococcus, Peptoestreptococcus. 
▪ Sensíveis a penicilina. 
▪ Bastonetes anaeróbios (clostrídios → C. perfrigens, C. 
welchii): podem causar abortamento infectado, gangrena 
gasosa, hemólise, IR e hipotensão. 
o Gram negativos anaeróbios: 
▪ Bacterióides (B. fragilis): virulentos em presença de tecido 
necrosado, lóquios fétidos. 
• Sensíveis a clorafenicol e clindamicina. 
 
 
18 Gustavo Urzêda Vitória 
▪ Micoplasma: sensíveis a tetraciclinas, eritromicina e 
cloranfenicol. 
▪ Clamídia: sensíveis a tetraciclinas e eritromicina. 
o Endometrite: 
▪ Mais frequente → inicia no sítio de implantação placentária. 
▪ Febre de 38,5-39°C. 
▪ Lóquios fétidos e purulentos (anaeróbios). 
▪ Útero amolecido. 
▪ Tratamento: 
• Infecção leve: ATB VO. 
• Infecção moderada a grave: ATB EV (ampicilina, 
metronidazol, gentamicina). 
o Parametrite: 
▪ Decorre da laceração do colo e vagina. 
▪ 70% ocorre no tecido parametrial. 
▪ Atinge 39,5°C de febre. 
▪ Dor intensa ao toque vaginal (paramétrios). 
o Anexite (salpingite e ovarite): 
▪ Surgem após abortamentos infectados e partos vaginais 
prolongados. 
▪ Piossalpinge, hidrossalpinge e obstrução tubária. 
o Peritonite: 
▪ Febre de 40°C. 
▪ Acompanha infecção puerperal localizada (endometrite, 
salpingite e parametrite). 
▪ Dor intensa ao toque do fundo de saco. 
▪ Blumberg positivo. 
▪ Peritonite generalizada: estreptococos beta-hemolíticos. 
o Tromboflebite pélvica séptica: 
▪ Pioemia (êmbolos sépticos) levando à abscessos renais, 
pulmonares etc. 
▪ Febre, calafrios, taquicardia e taquipneia. 
▪ Pode levar a trombose da veia ovariana. 
▪ Diagnóstico da trombose pela TC. 
o Choque séptico: 
▪ E. coli. 
▪ Prognóstico grave. 
▪ Precede o choque a septicemia (40°C, calafrios, taquicardia, 
estado geral comprometido). 
▪ Pode levar a CIVD e IRA. 
▪ Útero pode não estar dolorido ou aumentado. 
Patologias da amamentação: 
• Ingurgitamento mamário: 
o Acotovelamento de canais galactóforos. 
o Hipergalactia secundária. 
 
 
19 Gustavo Urzêda Vitória 
o Tratamento: sustentação das mamas, ordenha (manual oumecânica), ocitocina nasal, bolsa de gelo. 
• Mastite: 
o S. aureus, E. coli, Bacteriodes sp., estreptococos A ou B. 
o Incide na 2°-3° semanas pós-parto. 
o 39-40°C e mastalgia. 
o Tratamento: 
▪ Cefalexina 500mg, 6/6h (7-10 dias). 
▪ Esvaziamento mamário. 
▪ Seios suspensos, bolsa de gelo. 
▪ Drenagem cirúrgica de abscessos flutuantes. 
Hemorragias: 
• Precoce: primeiras 24h. 
o Hipotonia uterina e laceração do trajeto. 
o Tratamento: compressão bimanual do útero, ocitocina, 
hemotransfusão (choque), suturar lacerações existentes, ligadura 
das artérias uterinas, histerectomia. 
• Tardias: após 24h. 
o Restos ovulares → curetagem uterina. 
o Sobredistensão uterina → ocitocina. 
o Subinvolução uterina → ocitocina. 
o Hematoma puerperal pós-episiotomia, subperitoneal, 
subaponeurótico → drenagem. 
 
 
 
20 Gustavo Urzêda Vitória 
GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA 
PATOLOGIAS 
- ROPREMA: 
Conceito: 
• Membranas e o líquido amniótico são uma barreira protetora para o feto. 
o Importantes para o desenvolvimento do feto e a flutuação do 
cordão umbilical. 
• ROPREMA é a ruptura espontânea dessas membranas 
comprovadamente antes do início do trabalho de parto. 
o Pré-termo: < 37 semanas. 
o A termo: maior ou igual a 37 semanas. 
• Trabalho de parto geralmente vem até 1 semana após a ruptura. 
• Período de latência: intervalo entre a ruptura das membranas e o início do 
trabalho de parto → inversamente relacionado com a IG. 
 
Epidemiologia: 
• Incidência: 
o 8% das gestações a termo. 
o Aproximadamente 25% dos partos prematuros. 
Etiologia: 
• Iatrogênicas: cirurgias cervicais ou procedimentos invasivos intrauterinos. 
• Espontâneas: complexa e multifatorial. 
o Alterações nas estruturas de membranas + infecção ascendente 
da flora vaginal (causa identificável mais comum). 
o Sobredistenção uterina → gemelar, polidrâmnio. 
o Fatores mecânicos. 
 
 
21 Gustavo Urzêda Vitória 
o Alterações da integridade cervical. 
o Falta de oxigenação. 
o Fatores intrínsecos às membranas. 
o Síndrome de Ehlers-Danlos → distúrbio hereditário do tecido 
conjuntivo, causado por defeitos na estrutura do colágeno. 
• Complicações maternas: corioamnionite (70%), endometrite, DPP, sepse 
(rara). 
• Complicações fetais: prematuridade (hipoplasia pulmonar → mais comum 
antes de 20 semanas), infecção neonatal e hipóxia (compressão 
funicular). 
Diagnóstico: 
• Aproximadamente 90% é clínico. 
• Cristalização: 
o Análise do líquido que sai pela vagina no microscópio. 
o Quando paciente relata perda de líquido. 
o Cristalização em folha de samambaia. 
 
• Teste que verificam alteração de pH: 
o Alta sensibilidade e baixa especificidade. 
o Papel de nitrazina → azul se alcalino. 
o Teste do fenol vermelho → vermelho se alcalino. 
 
• Detecção da proteína – 1 e alfamicroglobulina – 1: 
 
 
22 Gustavo Urzêda Vitória 
o AmniSure. 
o Fácil realização, ótima acurácia e alto custo. 
• USG: 
o Avalia somente a presença de oligoâmnio. 
Tratamento: 
• Fundamentalmente ligado à IG e a existência de complicações. 
• Infecção intrauterina e comprometimento da vitabilidade fetal indicam 
interrupção da gravidez. 
• IG maior ou igual a 34 semanas indicam interrupção da gravidez. 
• Medidas gerais: 
o Hospitalização. 
o Monitorização eletrônica (útero e feto). 
o Cultura para estreptococos grupo B. 
▪ Swab da região vaginal e retal. 
▪ Profilaxia ATB no pré-termo. 
▪ Termo: profilaxia se o intervalo entre a amniorrexe e o parto 
for prolongado (>18h). 
▪ Ampicilina ou azitromicina ou amoxicilina. 
o Monitoramento de infecção → hemograma, PCR e VHS. 
▪ Critérios da corioamnionite: 
• 1 maior: febre na ausência de outros focos. 
• 2 menores: taquicardia materna ou fetal, útero 
irritável, secreção purulenta via colo, leucocitose, 
diminuição da movimentação fetal, aumento do PCR. 
• Pré-termo com < 24 semanas (periviável): 
o Sobrevida neonatal de 50%. 
o Risco materno: DPP e sepse. 
o Aconselhamento → expectante ou parto. 
o USG seriada. 
o Monitoramento. 
• Pré-termo entre 24 e 33 semanas: 
o Conduta expectante. 
o Hospitalização. 
o Repouso relativo. 
o Repouso pélvico → sem relação sexual. 
o Vigilância infecciosa. 
o Perfil biofísico simplificado (CTG e avaliação do LA). 
o ATB profiláticos para estreptococos do grupo B. 
o Corticoide (betametasona 12mg, IM, 1x/dia, 2 doses). 
o Tocólise não está indicada. 
o Neuroproteção fetal (antes de 32 semanas e risco de parto 
iminente) → sulfato de magnésio na dose de 4 g de ataque e 
manutenção de 1 g/h em gestações com idade gestacional ≤ 31 
semanas e 6 dias. 
• Pré-termo maior ou igual a 34 semanas: 
 
 
23 Gustavo Urzêda Vitória 
o Parto imediato → indução com ocitocina ou misoprostol. 
o Via de parto de acordo com a indicação obstétrica. 
o ABT profilaxia para estreptococos do grupo B, se necessário. 
- DHEG: 
 
Morbimortalidade: 
• Mais de 500 mil mulheres morrem a cada ano por causas relacionadas a 
gravidez. 
o 99% em países em desenvolvimento. 
o 10-15%: pré-eclâmpsia e eclâmpsia. 
o Hipertensão na gravidez é fator de risco para doença hipertensiva, 
DAC, AVE no futuro. 
• Feto: 
o Mortalidade perinatal aumentada. 
o Fator de risco para PIG e prematuridade. 
o Aumenta defeitos do desenvolvimento e doenças crônicas. 
Classificação: 
• HAS. 
• Pré-eclâmpsia e eclâmpsia. 
• Pré-eclâmpsia sobreposta à HAS. 
• Hipertensão gestacional. 
Diagnóstico: 
• PAS maior ou igual a 140 e/ou PAS maior ou igual a 90. 
o Média de 2 medidas no mesmo braço e confirmada após 4h. 
o PA > 160/110 → repetir em 15 minutos. 
• Proteinúria: 
 
 
24 Gustavo Urzêda Vitória 
o Quantitativa maior ou igual a 300mg/24h. 
o Qualitativa fita única +. 
o Grave maior ou igual 2g/24h ou ++ ou +++. 
• Rotina laboratorial: 
1. Creatinina. 
2. Ureia. 
3. TGO. 
4. TGP. 
5. Bilirrubina total e frações. 
6. DHL. 
7. Hemograma. 
8. Ácido úrico. 
Pré-eclâmpsia: 
Etiologia e fisiopatologia: 
• Etiologia indefinida, de frequência variável e evolução imprevisível. 
• Começa com o tecido trofoblástico → invasão decidual e do miométrio. 
• Placenta é um órgão endócrino → vasculogênese e angiogênese. 
• Desequilíbrio entre prostaglandinas e tromboxano A2 (muito aumentado). 
• Doença endotelial que leva a hipoxia placentária → aterose placentária, 
depósito de fibrina → endoteliose glomerular. 
• Alteração do Doppler de artérias uterinas → persistência de incisuras, A/B 
e IR. 
• Sistema de coagulação ativado → consumo de plaquetas, fibrinogênio e 
complexo trombina-antitrombina III (diminuição da antitrombina III). 
• Hemólise (esquizócitos e esferócitos). 
• Anemia microangiopática → fibrina nas hemácias. 
• Reticulocitose. 
Classificação: 
• Leve: 
o PA > 140/90 e < 160/110. 
o Proteinúria < 2g/24h ou < ++ na fita. 
o Assintomática. 
o Sem alterações no laboratório. 
• Grave: 
o Cefaleia holocraniana, escotomas, visão turva, cegueira. 
o Urina diminuída ou espumosa. 
o Dor epigástrica (pelo fígado). 
o Hiperreflexia. 
o Edema agudo de pulmão. 
o Pode ter edema de MMII. 
o PAS maior ou igual a 160 e/ou PAD maior ou igual 110. 
o Proteinúria maior ou igual 2-5g/24h ou fita maior ou igual a ++++. 
 
 
25 Gustavo Urzêda Vitória 
o Creatinina > 1,2mg/dl. 
o < 100.000 plaquetas. 
o Hemólise (esquizócitos e esferócitos). 
o HELLP (hemólise, trombocitopenia e alterações hepáticas). 
▪ DHL > 600. 
▪ TGO/TGP > 70. 
▪ Bb > 1,2. 
▪ Plaquetas < 100.000. 
• Precoce: 
o < 34 semanas. 
o Maior disfunção placentária. 
o Maior comprometimento fetal. 
o Mais grave. 
o RVC maior. 
o maior risco de recorrência. 
• Tardia: 
o > 34 semanas. 
o Mais comum. 
o Primigesta. 
o Comprometimento fetal menor. 
o RCV menor. 
o Menor recorrência. 
Complicações: 
• Deslocamento placentário → útero de Couvelaire. 
 
• Eclâmpsia. 
• CIVD. 
• Edema pulmonar. 
• IRA. 
• Insuficiência hepática ou insuficiência hemorrágica. 
 
 
26 GustavoUrzêda Vitória 
• Choque (raro). 
• Morbidade cardiovascular tardia. 
Síndrome materno fetal: 
• Gestante bem e feto grave. 
• Gestante grave e feto bem. 
Tratamento: 
• Classificação da gravidade e comprometimento materno-fetal. 
• IG. 
• Score cervical de Bishop → indução do trabalho de parto. 
 
o < 6: colo desfavorável → amadurecimento cervical antes da 
indução do trabalho de parto. 
• Presença de trabalho de parto. 
• Leve: 
o Controle ambulatorial no pré-natal de alto risco. 
o Retorno semanal ou 2-3x/semana. 
o Pesquisar sinais clínicos e reflexos. 
o Laboratório semanal. 
o Avaliação fetal semanal: CTG, PBF, USG para avaliar crescimento 
fetal e Doppler. 
• Grave: 
o Internação. 
o Monitorização laboratorial a cada 48h. 
o Corrigir emergência hipertensiva (maior ou igual 160/110) com 
nifedipino (10-20mg, vO, a cada 30 min → dose máxima de 50 mg 
em 1h) e/ou hidralazina (5-10mg, EV, a cada 20 min → dose 
máxima de 30mg). 
o Sulfato de magnésio para prevenir eclâmpsia. 
o Induzir maturidade fetal entre 24-34 semanas → betametasona ou 
dexametasona em 2 doses. 
o Avaliar interrupção da gravidez. 
o Monitorização fetal diária: CTG, USG, PBF e Doppler. 
 
 
27 Gustavo Urzêda Vitória 
o Sulfato de magnésio dose de ataque e de manutenção → monitorar 
dose sérica. 
 
▪ Neuroproteção fetal < 31 semanas. 
▪ Suspensão caso: 
• Reflexo tendinoso hipoativo. 
• Diurese > 25-30ml/h. 
• FR maior ou igual a 16. 
▪ Caso de toxicidade: 1-2g de gliconato de cálcio, EV (10ml 
de solução a 10%), em 3 minutos. 
Prognóstico materno e fetal: 
• Identificar fatores de risco. 
• Referenciar para o alto risco. 
• Orientar sinais de alarme. 
• Investigar os 5 sinais em cada consulta: HA, proteinúria, cefaleia, 
distúrbios visuais ou epigastralgia, diminuição dos movimentos fetais ou 
CIUR. 
Profilaxia primária: 
• Cálcio: 1g/dia, se baixa ingestão. 
• Magnésio, zinco, restrição de sal e calorias, aspirina, vitaminas C e E. 
• Heparina para prevenção da pré-eclâmpsia em mulheres com 
trombofilias. 
• Atividade física diminui incidência. 
• Repouso no 3°T. 
• Aspirina baixa dose em grupo de risco: diminui o risco de forma grave e 
precoce. 
• Fatores de risco: DM, SAAF, trombofilias, > 40 anos, negra, HAS, história 
familiar. 
Eclampsia: 
• Pré-eclâmpsia + convulsão e coma. 
• Sintomas que prenunciam a convulsão são a cefaleia frontal e os 
distúrbios visuais. 
Síndrome HELLP: 
 
 
28 Gustavo Urzêda Vitória 
• Forma grave de pré-eclâmpsia → hemólise, elevação das enzimas 
hepáticas e trombocitopenia. 
• Quadro clínico: 2° metade da gravidez → epigastralgia ou dor no 
quadrante superior direito, associada a náuseas e vômitos. Hipertensão e 
proteinúria podem ou não estar presentes. 
• Diagnóstico: pré-eclâmpsia grave + alterações laboratoriais. 
• Complicações: hematoma subcapsular do fígado que pode romper. 
HAS: 
• Definição: presente antes de 20 semanas e pode persistir por até 12 
semanas após o parto. 
• Exames complementares: rotina pré-natal, proteinúria 24h, cleance de 
creatinina, fundoscopia, função renal, TGO/TGP, hemograma, doppler 
fetal e de artérias uterinas. 
• Tratamento: 
o Baixo risco: dieta hipossódica e descontinuar anti-hipertensivos. 
o Alto risco: hospitalizar seria o ideal. 
▪ Atenolol pode causar CIUR. 
▪ Não usar diuréticos. 
▪ iECA pode causar anomalias fetais graves no 1°T. 
▪ BRA anomalias renais, dismorfismo e natimortalidade. 
▪ Crise: nifedipino e hidralazina. 
▪ Manutenção do tratamento: metildopa 250mg, 2x/dia, VO ou 
nifedipino 10mg, 2x/dia, VO. 
Pré-eclâmpsia superajuntada: 
• Mulheres com hipertensão crônica. 
• Também possui formas leve e grave. 
• Sinais: 
o HAS prévia. 
o Proteinúria. 
o Hemólise, aumento das enzimas hepáticas, trombocitopenia 
(HELLP). 
o Doppler de artérias uterinas anormal (incisura bilateral). 
- Incontinência urinária: 
Conceito: 
• Perda involuntária de urina, podendo causar problemas sociais e de 
higiene. 
• Observada em mulheres de todas as idades. 
Epidemiologia: 
• Prevalência: 
o 5-20% na pré-menopausa. 
 
 
29 Gustavo Urzêda Vitória 
o 40-45% no pós-menopausa. 
• Fatores de risco: 
o HAS, DM, obesidade; importantes problemas psiquiátricos, sociais 
e sexuais. 
Fisiopatologia: 
• SNA: 
o SNS: 
▪ Beta-adrenérgico: relaxamento do detrusor. 
▪ Alfa-adrenérgico: contração do esfíncter uretral. 
o SNPa: 
▪ Colinérgico: contração do detrusor e relaxamento da uretra. 
• Mecanismo de continência: 
o Integridade anatômica e do tônus muscular dos diafragmas 
urogenital e pélvico (especialmente o pubococcígeo), ligamentos e 
fáscia endopélvica → compressão do lúmen uretral contra a parede 
vaginal anterior. 
o Contração reflexa do músculo estriado uretral (esfíncter uretral). 
o Armazenamento: ausência de contração do detrusor e 
complacência vesical. 
o Durante o esforço: colo vesical elevado → suporte adequado da 
uretra média e esfíncter interno da uretra íntegro (mucosa e 
submucosa selando a uretra). 
 
 
 
30 Gustavo Urzêda Vitória 
 
Etiologia: 
• Tocoginecológicos. 
• Anomalias congênitas. 
• Iatrogênicas. 
• Traumatismos pélvicos. 
• Sistêmicas. 
Classificação: 
• Fatores uretrais: 
o Incontinência urinária de esforço (IUE). 
▪ Estudo urodinâmico: 
• Hipermobilidade uretral (> 90 cm de H2O). 
• Insuficiência intrínseca do esfíncter (< 60 cm de 
H2O). 
• Entre 60 e 90 é indeterminado, e não misto. 
• Fatores vesicais: 
o Fístulas. 
o Hiperatividade do detrusor: 
▪ Instabilidade idiopática. 
▪ Hiperreflexia neurogênica. 
o Por transbordamento. 
o Mista. 
Diagnóstico: 
• Anamnese: 
o Perda involuntária de urina. 
o Relação com esforço físico, urgência e noctúria ou nictúria. 
o Antecedentes gineco-obstétricos. 
 
 
31 Gustavo Urzêda Vitória 
o Associação com HAS, uso de beta-bloq., DPOC, DM, AVE, 
Parkinson etc. 
o Cistite e uretrite. 
o Peso, idade, atividade física, tabagismo. 
o Comprometimento da qualidade de vida. 
• Exame físico: 
o Geral. 
o Abdominal. 
o Ginecológico. 
o Valsalva para avaliar presença de distopias. 
o Teste do esforço. 
▪ Pedir para a paciente tossir e observar se há perda de urina. 
 
o Teste do cotonete. 
▪ Q-tip test (introdução de um cotonete estéril lubrificado com 
gel anestésico na uretra; durante Valsava afere-se a medida 
do ângulo formado pelo cotonete e o eixo horizontal; 
alterações acima de 30º indicam hipermobilidade do colo 
vesical). 
 
o Teste de enchimento vesical. 
• Complementares: 
o Hemograma, glicemia, EAS, urocultura. 
 
 
32 Gustavo Urzêda Vitória 
o A critério: 
▪ USG TV e/ou perineal da bexiga + cistoscopia. 
▪ Urografia excretora + cistoscopia. 
▪ Uretrocistografia de corrente de Hodgkinson → desuso. 
▪ Provas urodinâmicas. 
▪ 
• Estudo urodinâmico: 
o Identificar e excluir fatores determinantes. 
o Esclarecer fisiopatologia. 
o Diferenciar mista da hiperatividade do detrusor. 
o Etapas: 
▪ Cistometria → fase de enchimento → sensibilidade, 
capacidade e complacência. 
▪ Eletromiografia. 
▪ Estudo de fluxo-padrão. 
▪ Pressão de perda sob esforço. 
IUE: 
• Incontinência urinária associada ao aumento da pressão intra-abdominal 
(tosse, espirro, esforço físico) na ausência de atividade do detrusor. 
• Mais comum em mulheres mais jovens. 
Tipos: 
• Fatores intrínsecos (deficiência esfincteriana intrínseca): 
o Falta de fechamento ativo do esfíncter uretral. 
• Fatores extrínsecos (hipermobilidade do colo vesical): 
o Falta de compressão da uretra contra a parede vaginal anterior. 
Diganóstico: 
• EAS + urocultura, diário miccional, USG, estudo urodinâmico e vídeo 
urodinâmico. 
• PAD-teste ou teste do absorvente: 
o Pesa o absorvente seco e coloca na paciente. 
o Paciente ingere 500 ml de líquido sem sódio em 15 minutos. 
o Nos 30 minutos iniciais a paciente anda, sobe e desce um lance de 
escada. 
o Nos 30 minutos finais ela levanta e senta 10 vezes, tosse 10 vezes,corre parada por 1 minuto, agacha 5 vezes e lava a mão em água 
corrente fria por 1 minuto. 
o Remove e pesa o absorvente. 
▪ < 2g: sem incontinência. 
▪ 2-10g: leve a moderada incontinência. 
▪ 10-50g: incontinência severa. 
▪ > 50g: incontinência muito severa. 
 
 
33 Gustavo Urzêda Vitória 
Tratamento clínico: 
• Estriol local e/ou sistêmico. 
• Exercícios de Kegel e Siredey. 
• Cones vaginais, 
• Estimulação elétrica perineal. 
• Tratamento das causas sistêmicas. 
Tratamento cirúrgico: 
• Bursh: colpossuspensão retropúbica → fixação da fáscia paravaginal 
anterior ao ligamento ileopectíneo (Cooper). 
o Contraindicado para obesas. 
• Marshall-Marchetti-Krantz: uretropexia retropúbica → fixação da uretra e 
colo vesical no periósteo. 
o Em desuso pelo aumento de osteomielite. 
• Sling: via vaginal → transobturatório e retropúbico. 
Urgência e bexiga hiperativa (IUU): 
• Tipo mais comum em idosas → perda involuntária acompanhada, ou 
imediatamente precedida, de urgência. 
• Hiperatividade do detrusor é uma observação urodinâmica caracterizada 
por contrações involuntárias do detrusor durante a fase de enchimento, 
que podem ser espontâneas ou provocadas. 
• Síndrome da bexiga hiperativa: urgência + polaciúria + noctúria, com ou 
sem IUU, na ausência de ITU. 
Mista: 
• IUE + IUU. 
• Mais em mulheres idosas. 
Funcional e transitória: 
• Mais comum em mulheres idosas. 
• Incontinência causada por fatores não relacionados com o mecanismo de 
micção → dor musculoesquelética, diminuição da mobilidade, dificuldade 
visual, rebaixamento do nível de consciência etc. → dificultam ou atrasam 
a chegada ao banheiro. 
Extrauretal: 
• Perda de urina indesejada através da uretra → aberturas anormais 
criadas por traumatismos ou anomalias congênitas. 
• Ureter ectópico. 
Noctúria: 
• Número de micções registradas durante o sono noturno, sendo cada uma 
precedida e sucedida pelo sono. 
 
 
34 Gustavo Urzêda Vitória 
o Exclui a última micção antes de deitar e inclui a primeira após 
levantar de manhã. 
• Maior produção de urina durante a noite. 
Tratamento medicamentoso: 
• Mais usado na mista e na urgência. 
• Anticolinérgicos: 
o Contraindicados para glaucoma, miastenia gravis, risco de 
demência. 
o Oxibutinina: M1 e M3, 5-20mg, causa xerostomia pelo M1. 
o Tolteridina: 1-4mg/dia. 
o Darifenacina: 7,5-15mg/dia, 60x mais seletivo para M3. 
o Solifenacina: 5-10mg/dia, mais seletivo para M3. 
• Agonista beta3: 
o Mirabegron. 
o Aumenta capacidade cistométrica, baixos efeitos colaterais, mas 
pode aumentar PA. 
o 50mg/dia. 
- Prolapsos e distopias genitais: 
Conceito: 
• Todo e qualquer deslocamento ou descida dos órgãos genitais pélvicos 
em diferentes graus, em direção a rima vulvar ou que se exteriorizam 
através da fenda vaginal. 
• Pode ser uterino, de cúpula vaginal, enterocele, inversão uterina, 
colpocistocele, colporretocele. 
 
Epidemiologia: 
• 50% das multíparas. 
• 10-20% necessitam de tratamento. 
• 1 em cada 10 mulheres aos 80 anos já foram submetidas a cirurgia por 
prolapso. 
 
 
35 Gustavo Urzêda Vitória 
• 30% de recidiva. 
• Aumenta com a paridade. 
Fisiopatologia: 
• Fator etiológico mais associado a essa quebre é o equilíbrio da estática 
pélvica → multiparidade. 
Etiopatogenia: 
• Fatores: traumáticos e obstétricos, neurológicos, carenciais, endócrinos, 
raciais, constitucionais (debilidade mesenquimal), diversos (obesidade, 
constipação crônica, situações que aumentam a pressão abdominal). 
• Enfraquecimento dos ligamentos cardinais. 
• Retroversão e medioversão uterinas → provoca aumento crônico da 
pressão intra-abdominal, empurrando no sentido crânio-caudal → 
deslocamento em direção ao hiato urogenital. 
• Risco de prolapso severo: idade avançada (hipoestrogenismo), parto 
vaginal de RN > 4kg, histerectomia ou cirurgia prévia por prolapso, não 
tem associação significativa com patologias médicas. 
Quadro clínico: 
• Sensação de peso ou desconforto em baixo ventre. 
• Exteriorização de uma massa na vagina, presente ao repouso, podendo 
aparecer e aumentar com o esforço. 
• Podem ocorrer sangramentos pelo atrito com a roupa íntima, dispareunia 
e disfunção sexual. 
• Dificuldade de evacuação e micção. 
Diagnóstico: 
• Exame físico → inspeção dinâmica com Valsalva. 
Histórico: 
• Antes de 1990: classificações americana e alemã. 
• Depois de 1990: nova classificação → De Lancey, Petros e Ulmsten → 
uso de exames de imagem mais sofisticados. 
o De Lancey: efeito Hammock → tecidos conectivos sustentam o 
assoalho pélvico. 
o Petros: teoria integral da mulher → estática pélvica e teoria dos 
neoligamentos. 
o Ulmsten: telas sintéticas. 
• Níveis de De Lancey: 
o Suspensão apical (nível I): 
▪ Correlaciona com prolapsos uterinos. 
• Ligamento cardinal/US. 
• Cúpula vaginal/colo uterino. 
o Suporte lateral (nível II): 
 
 
36 Gustavo Urzêda Vitória 
▪ Correlaciona com cistocele e retocele. 
• Endopélvica (pulbocervical). 
• 1/3 médio vaginal. 
o Fusão distal (nível III): 
▪ Correlaciona com a rotura perineal. 
 
• Tratamento também passou a ser sítio específico, e foi separado do 
tratamento de IUE. 
Nomenclatura, classificação padronizada e estadiamento: 
Nomenclatura: 
• Defeito do compartimento anterior (cistocele): 
o Central. 
o Lateral ou paravaginal. 
o Transverso. 
 
• Defeito do compartimento posterior (retocele): 
o Central. 
o Transverso. 
 
 
37 Gustavo Urzêda Vitória 
 
• Defeitos do compartimento apical: 
o Prolapso uterino. 
o Prolapso de cúpula. 
 
Classificação padronizada: 
• Baden-Walker. 
 
• POP-Q. 
 
 
38 Gustavo Urzêda Vitória 
 
 
Estadiamento: 
• Grau 0: sem prolapso. 
 
 
39 Gustavo Urzêda Vitória 
• Grau 1: maior ponto do prolapso está 1 cm acima do hímen. 
• Grau 2: maior prolapso está entre 1 cm acima e 1 cm abaixo do hímen. 
• Grau 3: maior prolapso está a mais de 1 cm abaixo do hímen, porém não 
se desloca mais que o comprimento total da vagina menos 2 cm. 
• Grau 4: reversão completa → porção mais distal se desloca, no mínimo, 
o comprimento total da vagina menos 2 cm. 
Tratamento: 
Pequeno (até grau 2): 
• Fisioterapia. 
• Cirurgia (conservadora ou extrativa ou obliterativa). 
Grandes (grau 2 ou mais): 
• Cirurgia (extrativa ou obliterativa por tela). 
• Pessário → quem não pode fazer a cirurgia. 
Defeito apical: 
• Cirúrgico conservador: 
o Cirurgia de Manchester (Donald-Fothergill) → prolapsos até grau 2 
com hipertrofias de colo uterino → amputação do colo com 
encurtamento dos ligamentos cardinais. 
o Histeropexia: High McCall, sacroespinhal, promontofixação. 
o Histeropexia com tela. 
Telas sintéticas: 
• Tempo cirúrgico e tempo de internação menores. 
• Curva de aprendizado pequena. 
• Sem necessidade de identificação do tipo de defeito pélvico. 
• Risco de infecção. 
• Depende da fibrose para segurar os órgãos. 
 
 
40 Gustavo Urzêda Vitória 
 
PRÉ-NATAL
CALENDÁRIO
DE CONSULTAS
HISTÓRIA
CLÍNICA
EXAMES
CONSULTAS
SUBSEQUENTES
IDADE
GESTACIONAL
DPP
TESTE DA
MAMÃE
SUPLEMENTAÇÃO
VACINAÇÃO
GUSTAVO URZÊDA VITÓRIA
- ATÉ 28º SM:
MENSALMENTE
- 28º A 36º SM:
QUINZENALMENTE
- 36º A 41º SM:
SEMANALMENTE
- IDENTIFICAÇÃO
- BREVE HDA
- ANTECEDENTES FAMILIARES
- ANTECEDENTES PESSOAIS
- ANTECEDENTES GINECOLOGICOS
- SEXUALIDADE
- ANTECEDENTES OBSTÉTRICOS
- GESTAÇÃO ATUAL
- HÁBITOS DE VIDA
FÍSICO:
- AFU (A PARTIR DE 16-20 SM)
- BCF (A PARTIR DE 10-12 SM)
- EXAME GINECOLÓGICO E DAS MAMAS
COMPLEMENTARES:
1º CONSULTA:
- DUM, USG TV DE 1ºT, EAS E UROCULTURA, GRUPO
SANGUÍNEO E FATOR RH, HEMOGRAMA, GLICEMIA DE JEJUM,
SOROLÓGIAS, RASTREAMENTO DE CLAMIDIA E GONOCOCO,
CITOLOGIA CERVICAL
- PESO, PA, BCF E AFU
- 20-24 SM: USG ABDOMINAL MORFOLOGICA
- 24-28 SM: TOTG-75
- 26-32 SM: CONSCIENTIZAR SOBRE OS MOVIMENTOS FETAIS
- 28 SM: REPETIR HEMOGLOBINA E ADM IG ANTI-D EM RH-, E REPETIR VDRL
- 35-37 SM: CULTURA VAGINORRETAL PARA ESTREPTOCOCODO GRUPO B
- 36 SM: DETERMINAR A POSIÇÃO FETAL
41 SM: PROPOR O DESLOCAMENTO DE MEMBRANAS E A INDUÇÃO DO PARTO
- CALENDÁRIO (SOME O NÚMERO DE DIAS DO INTERVALO ENTRE A DUM E
A DATA DA CONSULTA E DIVIDE POR 7 --> RESULTADO EM SM)
- GESTOGRAMA
- GESTOGRAMA
- REGRA DE NAEGELE (SOMAR 7 AO DIA DA ÚLTIMA
MENSTRUAÇÃO E SUBTRAIR 3 MESES AO MÊS OU ADICINIONAR 9
MESES SE FOR DE JANEIRO A MARÇO)
- SÍFILIS
- HIV
- HTLV
- HBV
- HCV
- RUBEOLA
- TOXO
- CHAGAS
- FERRO E FOLATO
- CÁLCIO
- PROTEÍNAS
- DT EM QUALQUER PERIODO --> 3 DOSES NUM INTERVALO DE 60 DIAS ENTRE ELAS
- INFLUENZA DURANTE A CAMPANHA
- HBV (APÓS O 1ºT) --> 3 DOSES COM INTERVALO DE 30 DIAS ENTRE A PRIMEIRA E A SEGUNDA E 180 DIAS ENTRE A SEGUNDA E A TERCEIRA
- ANTIRRÁBICA, SE NECESSIDADE
- FEBRE AMARELA, SE NECESSIDADE
- DTPA --> 1 DOSE POR GESTAÇÃO A PARTIR DE 20 SM
- SARAMPO, RUBEOLA E CAXUMBA ESTÃO CONTRAINDICADAS
RUBIN II:
- EXERCER PRESSÃO NA FACE
POSTERIOR DO OMBRO
ANTERIOR EM DIREÇÃO AO
TÓRAX FETAL
DISTOCIA DE OMBRO GUSTAVO URZÊDA VITÓRIA
DEFINIÇÃO:
- OMBRO PRESO NA SÍNFISE PÚBICA
- MAIS DE 60 SEGUNDOS APÓS O
DESPRENDIMENTO CEFÁLICO, O OMBRO NÃO
SAIU
- SINAL DA TARTARUGA
SÃO APENAS 7
MINUTOS PARA
SOLTAR O RN
FATORES DE RISCO:
- MACROSSOMIA FETAL
- DIABETES MATERNO
- HISTÓRICO DE DISTOCIA DE OMBRO
- INCOMPATIBILIDADE DA PELVE
- USO DE FÓRCEPS
HELPERR:
- H: SOLICITAR AJUDA, AVISAR EQUIPE E PACIENTE
- E: AVALIAR EPISIOTOMIA (PODE SER AVALIADO APÓS FALHA DE
MCROBERTS, PORQUE ABRE ESPAÇO PARA O OBSTETRA APENAS)
- L: ELEVAR PERNAS (MCROBERTS)
- P: PRESSÃO SUPRAPUBICA (ROBIN I)
- E: MANOBRAS INTERNAS
- R: EXTRAÇÃO DO OMBRO POSTERIOR
- R: MANOBRA DE QUATRO APOIOS
OBS: OBSTETRA SEMPRE MANTÉM SUA MÃO NO PESCOÇO DO BEBÊ,
EMPURRANDO PARA BAIXO
MCROBERTS:
- HIPERFLEXÃO DAS COXAS SOBRE O ABDOME
- DIÂMETROS PÉLVICOS SÃO MANTIDOS, MAS A
CURVATURA LOMBO-SACRA DIMINUI PERMITINDO A
ROTAÇÃO CÉFALICA DA SÍNFISE PÚBICA E O OMBRO
DESLIZA
- RESOLVE DE 80-90% DOS CASOS
- MANTÉM DURANTE TODO O PROCESSO
RUBIN I:
- PRESSÃO SUPRAPÚBICA
- COM PUNHO FECHADO OU TIPO RCP
- FEITO PELO AUXILIAR
- DIMINUIR O DIÂMETRO BIACROMIAL FETAL
GASKIN:
- POSIÇÃO DE 4 APOIOS
- AUMENTO DO TAMANHO
FUNCIONAL DA PELVE MATERNA
WOODS:
- EXERCER PRESSÃO NA FACE
ANTERIOR DO OMBRO POSTEIOR
EM DIREÇÃO DO DORSO FETAL
WOODS INVERTIDO:
EXERCER PRESSÃO NA FACE POSTERIOR
DO OMBRO POSTERIOR EM DIREÇÃO AO
TÓRAX FETAL
PARAFUSO:
- COMBINAÇÃO DO WOODS E DO
RUBIN II
- PALPA DA MÃO SUPERIOR EMPURRA
O ROSTO DO RN PARA BAIXO
PINARD:
- EXTRAÇÃO DO OMBRO POSTERIOR
- ELEVA A CABEÇA DO RN E ENCOSTA NA
VULVA
- COM A OUTRA MÃO. INTRODUZIDA NO
CANAL VAGINAL, IDENTIFICA E PUXA O
PUNHO POSTERIOR, RETIRANDO O BRAÇO
TERCEIRA LINHA:
- ZAVANELLI (REINTRODUÇÃO DA CABEÇA FETAL NA CAVIDADE
UTERINA POR FLEXÃO E ROTAÇÃO, SEGUIDA DE CESARIANA)
- SINFISECTOMIA (INCISÃO DA CARTILAGEM QUE UNE A SÍNFISE
PÚBICA)
- FRATURA PROPOSITAL DA CLAVÍCULA
APRESENTAÇÕES
ANÔMALAS
GUSTAVO URZÊDA VIT´ÓRIA
DENIFIÇÃO:
TODAS AS APRESENTAÇÕES QUE
NÃO FOREM A CEFÁLICA FLETIDA
(TOCA A FONTANELA OCCIPITAL)
PÉLVICO
CEFÁLICO
DEFLETIDO
CÓRMICO
MANOBRAS
- COMPLETA
- INCOMPLETA MODO
NÁDEGAS
- INCOMPLETA MODO PÉS
- 1º GRAU OU BREGMA
- 2º GRAU OU FRONTE
3º GRAU OU FACE
1º:
CHAMAR AJUDA
- OBS: PODE FAZER EPISIO NO
INÍCIO
2º:
THIESSEN --> PRECIONAR O PE´RINEO
DA PACIENTE COM A MÃO DIREITA POR
3 CONTRAÇÕES
- OBS: USA COMPRESSA PARA FAZER A
MANOBRA
EPISIO
MÉDIO-LATERAL
3º:
DORSO ANTERIOR --> GIRA NO
PRIMEIRO SINAL DO DORSO
4º:
THIESSEN ATÉ LIVRAR POLO
CEFÁLICO E MMSS
5º:
CORDÃO EXTERIORIZOU --> ALÇA
DE CORDÃO
6º:
PAJOT --> DESPRENDER OS OMBROS --> COLOCAR O POLEGAR NO
CAVUM AXILAR DO FETO E COM OS OUTROS DEDOS REALIZAR A
FLEXÃO DOS MMSS, OU SEJA, TIRA PRIMEIRO O OMBRO MAIS
EXTERIORIZADO E PUXA O BRAÇO PELA FOSSA CUBITAL
7º:
LIVRAR A CABEÇA
- obs: 7 MINUTOS PARA TIRAR DEPOIS DESSAS
MANOBRAS
BRATCH: DIRECIONAR O DORSO FETAL EM DIREÇÃO AO
ABDOME MATERNO + EMPURRAR A CABEÇA --. MAIS
TOCOTRAUMATISMOS
MORRICEAU MODIFICADO: PRESSIONAR OS MAXILARES
COM OS DEDOS MÉDIO E INDICADOR PARA REALIZAR A
FLEXÃO CEFÁLICA
- OBS: PODE FAZER PRESSÃO SUPRAPÚBICA PARA AJUDAR
OU
FÓRCEPS VÁCUO-EXTRATORGUSTAVO URZÊDA VITÓRIA
- SIMPSON: ARCOS PÉLVICO E
CEFÁLICO, E ARTICULAÇÃO
FIXA
- KIELLAND:SÓ O ARCO
PÉLVICO E ARTICULAÇÃO
MÓVEL
INDICAÇÕES:
- PROLAPSO DE CORDÃO
- SOFRIMENTO FETAL
- EXAUSTÃO MATERNO-FETAL
- MÃE COM PROBLEMAS CARDIOPULMONARES
- PROTEGER O CRÂNIO EM PREMATUROS
- CORRIGIR DISTOCIAS DE ROTAÇÃO
- 2 OU MAIS CICATRIZES DE CESÁREAS (1 SÓ É
INDIVIDUALIZADO)
- PERÍODO EXPULSIVO PROLONGADO
COMPLICAÇÕES:
- PARALISIAS FACIAIS TEMPOR´ARIAS
- AFUNDAMENTO DE CRÂNIO
- SINAL DE BAUDELOCQUE
- LESÃO DE PERÍNEO
- LESÃO DE VAGINA
- A: AVISAR PACIENTE, ANESTESISTA E
PEDIATRA
- B: BEXIGA VAZIA (PODE PASSAR SONDA DE
ALÍVIO)
- C: DILATAÇÃO (A PARTIR DE +2 DE DE LEE)
- D: VARIEDADE DE POSIÇÃO (OP É O MAIS
COMUM) E PENSAR EM DISTOCIA DE OMBRO
- E: AVALIAR EQUIPAMENTO
- F: ALOCAR O FÓRCEPS:
-- ARCO DE LACHAPELLE
-- PRIMEIRO COLOCAR A PÁ A ESQUERDA DA MULHER
-- SEGURAR COMO PUNHAL ATÉ 45º, DEPOIS COMO ESPADA
-- PROTEGER O PERINEO E A GENITÁLIA
-- IDEAL: PÁS EQUIDISTANTES DA SUTURA SAGITAL E COM 1
DEDO DE DISTÂNCIA DOS LÁBIOS VAGINAIS
-- J DE PAJOT: PUXA PRA VOCÊ E COM UM COMPRESSÃO PUXA
PARA BAIXO ATÉ VER A FONTANELA OCCIPITAL, DEPOIS LEVANTA
E PUXA PARA CIMA ATÉ SAIR A MANDÍBULA
-- RETIRA PRIMEIRO A ÚLTIMA PÁ COLOCADA INVERTENDO O J
DE PAJOT
- PUXAR JUNTO COM A CONTRAÇÃO
- G: GENTIL TRAÇÃO
- H: LEVANTAR OS
CABOS
- I: EPISIOTOMIA
- J: FINALIZAR
- POSICIONAR A
CÂMPANULA NO
ÁPICE DA FONTANELA
OCCIPITAL
- BOMBEIA ATÉ A MARCAÇÃO
VERDE
- A MARCAÇÃO AMARELA É EM
REPOUSO
- FAZ O RPOCESSO JUNTO COM
AS CONTRAÇÕES
- NÃO FAZ ROTAÇÃO
- O PUXAR REPETE O
MESMO PROCESSO DO J
DE PAJOT (PARA BAIXO E
PARA CIMA)
- NO MÁXIMO 3 VEZES OU 3
ESCAPES EM 20MINUTOS
- NÃO DEU CERTO: CESÁREA
DE EMERGÊNCIA
- NÃO FAZ FÓRCEPS APÓS
FALHA
PARTOGRAMA GUSTAVO URZÊDA VITÓRIA
REPRESENTAÇÃO
GRÁFICA DO
TRABALHO DE
PARTO
1º COLUNA:
DILATAÇÃO --> CADA QUADRADO
REPRESENTA 1H
- NA DIREITA TEMOS A DILATAÇÃO
DO COLO UTERINO EM CM
- NA ESQUERDA TEMOS A ALTURA
DA APRESENTAÇÃO (DELEE)
- JUNTO COM A DILAÇÃO
DESENHA A POSIÇÃO EM RELAÇÃO
A FONTANELA TOCADA
2º COLUNA:
FC FETAL --> PARA CADA
HORA (QUADRADO GRANDE)
TEMOS 2 AFERIÇÕES
(QUADRADOS MENORES)
3º COLUNA:
AVALIAÇÃO DAS
CONTRAÇÕES --> PINTA O
QUADRADO
CORRESPONDENTE
- SE AS CONTRAÇÕES
ESTIVEREM MUITO
INTENSAS TOMAR CUIDADO
COM A FCF
DEMAIS COLUNAS:
USO DE CITOCINA,
OUTROS FLUIDOS, BOLSA,
LIQUIDO AMNIOTICO,
MEDICAÇÕES E
EXAMINADOR
LINHAS:
- AÇÃO: QUASE 4H APÓS A
DE ALERTA
- TRAÇA ALERTA APÓS
ABRIR O PARTOGRAMA
- SE ULTRAPASSAR A DE
ALERTA ERA PARA
ENCAMINHAR PARA UM
HOSPITAL MAIOR
OBS:
- DELEE NA ESPINHA ILIACA É 0 --> MEDE
QUANTOS DEDOS ESTÃO ACIMA OU
ABAIXO DA ESPINHA (DEDOS +/- = CM)
- VARIEDADE DE POSIÇÃO DEPENDE DO
OCCIPITO
- ZANG ABRE O PARTOGRAMA COM 6 CM,
FRIEDMAN ABRE COM 3 CM
- REAVALIA A CADA 2H
PARTOGRAMAS
ALTERADOS
FASE ATIVA
PROLONGADA
PARADA
SECUNDÁRIA
DA DILATAÇÃO
PARTO
PRECIPITADO
PERIODO
PELVICO
PROLONGADO
PARADA
SECUNDARIA
DA DESCIDA
CTG
GUSTAVO URZÊDA VITÓRIA
DEFINIÇÃO
FCF BASALACELERAÇÕES
DESACELERAÇÕES
REALIZAÇÃO
ESTIMULAÇÃO
VIBROACUSTICA
- AVALIAÇÃO DE VITABILIDADE FETAL (OXIGENAÇÃO)
- REGISTRO GRÁFICO SIMULTÂNEO DE FCF, MOVIMENTOS FETAIS E
CONTRAÇÕES UTERINAS
- CLASSIFICADA EM: ANTEPARTO (OU BASAL) E INTRAPARTO
BASAL CALCULADA EM
DETERMINADO TEMPO
- NORMAL: 110-160BPM
- TAQUICARDIA: >160
- BRADICARDIA: <110
- AUMENTOS PERIÓDICOS DA FCF INDUZIDOS POR MOVIMENTOS FETAIS OU CONTRAÇÕES UTERINAS
- DURANTE O SONO FETOS SAUDÁVEIS NÃO SE MOVIMENTAM, FORA ISSO É NORMAL SEREM ATIVOS
- > 10MIN DEVE SER CONSIDERADA UMA MUDANÇA NA LINHA DE BASE
- AUSÊNCIA --> ACIDOSE
- FCF PODE APRESENTAR QUEDAS PERIÓDICAS QUE PODEM TER OU NÃO
SIGNIFICADO PATOLÓGICO
- QUALQUER UMA QUE DURA + DE 10MIN É CONSIDERADA UMA MUDANÇA
NA LINHA DE BASE
- PRECOCES (DIP 1): NADIR E A RECUPERAÇÃO DA FCF BASAL SÃO COINCIDENTES COM O INÍCIO E O PICO DASCONTRAÇÕES UTERINAS -->
CONSIDERADAS BENIGINAS E ASSOCIADAS A COMPRESSÃO DA CABEÇA DO FETO
- TARDIAS: (DIP 2) NADIR DA DESACELERAÇÃO OCORRE APÓS O PICO DA CONTRAÇÃO UTERINA --> SUGESTIVA DE COMPROMETIMENTO DA
OXIGENAÇÃO
- VARIÁVEIS (DIP 3): NÃO TEM REALÇÃO COM CONTRAÇÕES UTERINAS --> COMPLICADAS OU NÃO E ASSOCIADAS A COMPRESSÃO DO CORDÃO
UMBILICAL
COMPLICADAS: FCF < 70 E COM DURAÇÃO >
60S --> PERDA DE VITABILIDADE FETAL
- DECUBITO LATERAL, SEMISENTADA, FOWLER OU SENTADA
- EVITAR JEJUM PROLONGADO
- DURAÇÃO MÉDIA DE 10MIN
- USAR ESTIMULAÇÃO VIBROACÚSTICA SE ACELERAÇÕES ESTIVEREM AUSENTES
- BUZINA ADAPTADA AO VENTRE MATERNO
- ESTIMULAR A MOVIMENTAÇÃO FETAL
- PODE SER REPETIDA POR ATÉ 3X
ANOTAÇÕES:
- DECÚBITO LATERAL ESQUERDA LIBERA VEIA CAVA E MELHORA A OXIGENAÇÃO
- OFERTAR GLICOSE A MÃE AUMENTA A MOVIMENTAÇÃO FETAL
- NÍVEL É A LINHA DE BASE
CONTRAÇÕES EFETIVAS TEM FREQIÊNCIA DE 80-90MMHG
- VARIABILIDADE MODERADA: 5-20 CONTRAÇÕES
- ACELERAÇÃO: VARIAÇÃO DE + DE 15 BATIMENTOS POR + DE 15S PARA CIMA
- DESACELERAÇÃO: IGUAL ACELERAÇÃO SÓ QUE PARA BAIXO
- 2 ACELERAÇÕES TRANSITÓRIAS GARANTEM MOVIMENTAÇÃO ATIVA
- NADIR É O ZÊNITE

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