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XX EXAME DE ORDEM - AGRAVO DE INSTRUMENTO EM AÇÃO DE ALIMENTOS PROVISÓRIOS

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XX EXAME DE ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL 
2ª FASE DE DIREITO CIVIL 
AGRAVO DE INSTRUMENTO EM AÇÃO DE ALIMENTOS 
 
Em 2015, Rafaela, menor impúbere, representada por sua mãe Melina, ajuizou 
Ação de Alimentos em Comarca onde não foi implantado o processo judicial 
eletrônico, em face de Emerson, suposto pai. Apesar de o no me de Emerson 
não constar da Certidão de Nascimento de Rafaela, ele realizou, em 2014, 
voluntária e extrajudicialmente, a pedido de sua ex-esposa Melina, exame de 
DNA, no qual foi apontada a existência de paternidade de Emerson em relação 
a Rafaela. 
Na petição inicial, a autora informou ao juízo que sua genitora encontrava-se 
desempregada e que o réu, por seu turno, não exercia emprego formal, mas vivia 
de “bicos” e serviços prestados autônoma e informalmente, razão pela qual pediu 
a fixação de pensão alimentícia no valor de 30% (trinta por cento) de 01 (um) 
salário mínimo. A Ação de Alimentos foi instruída com os seguintes documentos: 
cópias do laudo do exame de DNA, da certidão de nascimento de Rafaela, da 
identidade, do CPF e do comprovante de residência de Melina, além de 
procuração e declaração de hipossuficiência para fins de gratuidade. 
Recebida a inicial, o juízo da 1ª Vara de Família da Comarca da Capital do 
Estado Y indeferiu o pedido de tutela antecipada inaudita altera parte, rejeitando 
o pedido de fixação de alimentos provisórios com base em dois fundamentos: 
 
(i) inexistência de verossimilhança da paternidade, uma vez que o nome de 
Emerson não constava da certidão de nascimento e que o exame de DNA 
juntado era uma prova extrajudicial, colhida sem o devido processo legal, 
sendo, portanto, inservível; e 
(ii) inexistência de “possibilidade” por parte do réu, que não tinha como 
pagar pensão alimentícia pelo fato de não exercer emprego formal, como 
confessado pela própria autora. 
 
A referida decisão, que negou o pedido de tutela antecipada para fixação de 
alimentos provisórios, foi publicada no Diário da Justiça Eletrônico em 
01/12/2015, segunda-feira. Considere-se que não há feriados no período. 
 
Na qualidade de advogado(a) de Rafaela, elabore a peça processual cabível 
para a defesa imediata dos interesses de sua cliente, indicando seus 
requisitos e fundamentos nos termos da legislação vigente. (Valor: 5,00) 
 
 
 
 
 
 
Padrão de Resposta / Espelho de Correção 
 
Em Ação de Alimentos, é plenamente possível a fixação liminar de alimentos 
provisórios, medida que desfruta da natureza jurídica de tutela provisória de 
urgência antecipada. 
Para a concessão de alimentos provisórios, embora a necessidade do menor 
seja presumida, deve ser apontada a presença necessária a comprovação de 
dois requisitos (“verossimilhança da alegação” e “risco de dano irreparável”) a 
respeito do dever alimentar (presunção de paternidade por meio de realização 
de prova extrajudicial) o binômio necessidade-possibilidade (necessidade pelo 
alimentando e possibilidade de pagamento pelo alimentante). 
 
No caso vertente, há verossimilhança do dever de prestar alimentos, uma vez 
que foi apresentado exame de DNA realizado extrajudicialmente, que apontou o 
réu como o pai da autora, menor. Há, ainda, possibilidade de pagamento de 
alimentos pelo réu (que, apesar de não ter emprego formal, realiza atividade 
informal remunerada) e risco de dano irreparável (necessidade de percepção de 
alimentos pela autora, que vive com a mãe, desempregada). 
A decisão do juiz, que indefere o pedido de tutela provisória de urgência 
antecipada para fixação dos alimentos provisórios, tem natureza de decisão 
interlocutória, a qual deve ser recorrida por agravo de instrumento. 
 
Deve a autora interpor recurso de agravo de instrumento, com pedido de tutela 
antecipada recursal (“efeito suspensivo ativo”) por parte do relator, a fim de ser 
reformada a decisão que indeferiu o pagamento de alimentos provisórios, até 
que venha a ser proferida a decisão final, colegiada, pelo órgão julgador do 
agravo, confirmando a reforma do conteúdo da decisão agravada, para que seja 
mantido o deferimento de pensão alimentícia provisória. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DISTRIBUIÇÃO DOS PONTOS 
ITEM PONTUAÇÃO 
Endereçamento ao juízo correto: Câmara Cível do Tribunal de Justiça do 
Estado Y (0,10). 
0,00 / 0,10 
Indicação correta das partes: Agravante Rafaela, representada por sua mãe 
Melina (0,10); Agravado Emerson (0,10). 0,00 / 0,10 / 0,20 
Identificação do preparo ou pedido de gratuidade de justiça (0,20). 0,00 / 0,20 
Identificação do rol de peças/documentos cuja cópia é de juntada 
obrigatória (0,30). 
0,00 / 0,30 
Fundamentação Jurídica: 
1) Demonstração de que há presunção sobre a paternidade biológica, tendo em 
vista que foi realizado, extrajudicialmente, exame de DNA, apontando que o 
agravado-réu seria o pai de agravante-autora (0,80). 
 
 
0,00 /0.80 
2) Identificação de que embora a necessidade do menor seja presumida, deve ser 
apontada a presença do binômio “necessidade-possibilidade” (0,80). 
0,00 /0.80 
 
3) Asseverar o direito da agravante ao recebimento de alimentos 
provisórios (0,80). 
0,00 /0.80 
Formular corretamente os pedidos: 
a) pedido de deferimento de tutela antecipada recursal (“efeito suspensivo 
ativo”), a fim de que sejam fixados alimentos provisórios (0,70). 0,00 / 0,70 
b) pedido de provimento final do agravo OU da reforma integral da 
decisão (0,40), para que sejam fixados alimentos provisórios em favor da 
agravante (0,30). 
0,00 / 0,30 /0,40/ 
0,70 
c) pedido de intimação do advogado da parte contrária para contrarrazões (0,20) 0,00 / 0,20 
d) requerimento de intimação do MP (0,10) 0,00 / 0,10 
Fechamento da Peça: Indicar a inserção de local, data e assinatura por 
advogado (0,10). 
0,00 / 0,10 
 
 
 
 
 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO 
EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO Y 
 
Processo de Origem – Ação de Alimentos – 1ª Vara de Família da Comarca 
da Capital Y 
 
 
 
 
RAFAELA, menor impúbere, representada por sua genitora MELINA, 
nacionalidade..., estado civil..., profissão..., RG nº..., CPF nº..., residente e 
domiciliada em..., com endereço eletrônico..., por intermédio de seu advogado 
(procuração em anexo), com endereço eletrônico..., e endereço profissional 
em..., onde recebe intimações, vem, respeitosamente, perante Vossa 
Excelência, com fundamento no artigo 1.015, do CPC, interpor o presente 
 
AGRAVO DE INSTRUMENTO 
COM PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA RECURSAL 
 
Em face da decisão interlocutória de fls ..., proferida pelo juízo a quo, publicada 
no DJE em 01/12/2015, nos autos nos quais é réu e ora agravado EMERSON, 
nacionalidade..., estado civil..., profissão..., RG nº..., CPF nº..., residente e 
domiciliado em..., com endereço eletrônico..., pelos fatos e fundamentos a seguir 
expostos. 
I – DO PREPARO 
A agravante deixa de realizar o preparo, vez que já foi concedido o benefício da 
Justiça Gratuita pelo Juízo de 1º grau, conforme fls... 
 
II – DA TEMPESTIVIDADE 
O presente Agravo de Instrumento é tempestivo, tendo em vista que a publicação 
da decisão foi realizada em 01/12/2015, com o prazo para interposição do 
recurso de 15 dias úteis, até o dia22/12/2015, conforme estabelece os artigos 
219 e 1.003, §5º, CPC. 
 
III – DA JUNTADA DAS PEÇAS OBRIGATÓRIAS E FACULTATIVAS 
A Agravante junta cópia integral dos autos e documentações conforme o artigo 
1.017, I, CPC: Petição inicial; Decisão agravada; Certidão de intimação da 
decisão agravada; e Cópia da procuração outorgada ao advogado. 
 
 
Nestes termos, pede deferimento. 
 
Local..., data..., 
Advogado..., OAB nº... 
EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO Y 
 
Processo nº... 
Agravante: RAFAELA 
 
Agravado: EMERSON 
 
Colenda câmara, 
Eméritos desembargadores, 
Vem perante aos nobres julgadores apresentar: 
 
RAZÕES DE RECURSO 
 
RESUMO DOS FATOS 
 
Rafaela, através da representação de sua mãe, Melina, ajuizou Ação de 
Alimentos em face deEmerson, seu suposto pai, em 2015. A autora comprovou 
a paternidade de Emerson com a juntada de Exame de DNA realizado em 2014, 
voluntária e extrajudicialmente, conforme fls. X. 
 
Ocorre que Melina encontra-se desempregada, enquanto o agravado não exerce 
emprego formal, mas presta serviços autônomos e informais, razão pela qual foi 
requerida a fixação de pensão alimentícia no valor de 30% (trinta por cento) de 
um salário mínimo. 
 
Recebida a inicial, o juízo da 1ª Vara de Família da Comarca da Capital do 
Estado Y indeferiu o pedido de tutela antecipada, rejeitando o pedido de fixação 
de alimentos provisórios baseados: na inexistência de verossimilhança, por não 
constar o nome do agravado na certidão de nascimento da agravante e o DNA 
ter sido colhido sem o devido processo legal; e na inexistência de possibilidade 
do agravado pagar pensão alimentícia, visto o não exercício de emprego formal. 
 
Desta forma, não há como se conformar a agravante com os termos da r. 
decisão, razão pela qual interpõe o presente agravo de instrumento, nos termos 
a seguir aduzidos. 
 
DO CABIMENTO E DOS PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE 
RECURSAL 
 
Conforme artigo 1.015, I do CPC, cabe agravo de instrumento contra decisões 
interlocutórias que versarem sobre tutelas provisórias, como é o caso da 
presente ação, sendo a inadmissão da apelação suscetível de causar à 
agravante lesão grave e de difícil reparação. 
 
DAS RAZÕES DE REFORMA DA DECISÃO AGRAVADA 
 
A r. decisão proferida pelo Douto juízo a quo merece reforma, conforme 
fundamentos que seguem: 
Da possibilidade: neste quesito, é indispensável a verificação do binômio 
necessidade-possibilidade, ou seja, a necessidade do alimentando e a 
possibilidade de pagamento pelo alimentante, conforme artigo 1.694, §1º do 
Código Civil. A genitora da agravante encontra-se desempregada e sem 
possibilidade de prover o sustento de sua filha, enquanto o provável genitor 
realiza prestação de serviço autônomo, mas não contribui com o necessário 
sustento da menor, mesmo tendo condições de provê-lo. Desta forma, o 
desemprego do alimentante não o exime da obrigação alimentar, pois ele realiza 
trabalhos informais, permanecendo o dever de sustento da agravante, conforme 
artigo1.695 do Código Civil. 
 
Da verossimilhança: trata-se, o DNA, de prova documental com um índice de 
acerto e de probabilidade de verdade de99,99% (noventa e nove, noventa e nove 
por cento) e de direito da agravante empregá-la, conforme artigo 369 do CPC. 
Como é de elementar conhecimento, este traz ao magistrado prova praticamente 
absoluta da existência ou não da paternidade e, mesmo sendo realizado antes 
do ajuizamento da ação, constitui relevante meio de prova acerca da existência 
ou não da paternidade biológica. Desta forma, o exame deve ser aceito para o 
reconhecimento da verossimilhança, conforme artigo 371 do CPC e haja vista 
não haver prova robusta de que houve irregularidade ou vício na perícia. 
 
 
DOS PEDIDOS: 
Ante o exposto, requer: 
a) Que ocorra o conhecimento do presente recurso e o deferimento liminar 
da tutela antecipada, conforme dispõe o artigo 1.019, I, CPC. 
b) Que seja feita a juntada dos documentos obrigatórios, conforme artigo 
1.017, I, CPC. 
c) Que ocorra o provimento do presente agravo de instrumento para 
reformar a decisão de fls..., para o fim de deferir a liminar de tutela 
antecipada e o consequente pagamento de alimentos provisórios fixados 
em 30% (trinta por cento) do salário mínimo, até que venha a ser proferida 
a decisão final, colegiada, pelo órgão julgador do agravo, confirmando a 
reforma do conteúdo da decisão agravada, para que seja mantido o 
deferimento de pensão alimentícia provisória. 
d) A intimação do agravado, para, querendo, ofereça contrarrazões; 
e) A intimação do Ministério Público para atuar no feito como fiscal da lei; 
f) A condenação do agravado ao pagamento dos honorários advocatícios e 
custas processuais, conforme dispõe o art. 85, do CPC; 
Nestes termos, pede deferimento. 
 
Local..., data..., 
Advogado..., OAB nº... 
	DISTRIBUIÇÃO DOS PONTOS

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