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Alimentos e ações correlatas

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ALIMENTOS: 
aspectos materiais e 
processuais
Professora Fernanda Tartuce
www.fernandatartuce.com.br
@Fernandatartuceii (instagram)
Fernanda Tartuce (Youtube, Facebook e Linkedin
fetartuce@uol.com.br
Temas
a) Características dos alimentos no Código Civil;
b) Questões polêmicas sobre irrepetibilidade e
renúncia;
c) Aspectos procedimentais da ação de
alimentos.
Conceito de alimentos
Prestações destinadas 
ao sustento cotidiano das pessoas para 
atender às suas necessidades do dia a dia
Crédito alimentar: 
peculiaridades.
- Previsão na Constituição Federal;
- Previsão em lei específica;
- Previsão no CPC.
Questão
Por que os alimentos recebem um tratamento 
normativo tão privilegiado? 
a) Pelo nexo com a dignidade humana?
b) Pela urgência? 
c) Pela necessidade de reforçar a solidariedade?
d) Todas as anteriores.
Causas da obrigação alimentar
Os alimentos, quanto à causa jurídica, decorrem
▪ da lei (por vínculo familiar entre certas pessoas); 
▪ de testamento; 
▪ de sentença judicial condenatória (indenização 
para ressarcir danos decorrentes de ato ilícito);
▪ de convenção (ex: contrato de doação).
Questão
A proteção conferida aos alimentos (execução 
sob pena de prisão) diz respeito apenas aos 
alimentos decorrentes do direito de 
família/sucessório 
ou engloba também os alimentos decorrentes de 
ato ilícito (pensão mensal)?
Questão
Jodeílde tem 8 anos e ficou órfã de ambos os
pais em razão de acidente de veículos
causado por Lupércio, que foi condenado
criminalmente por tal homicídio.
Considerando que na demanda cível há
pedido de alimentos em favor de Jodeílde,
pergunta-se: caso não pague a pensão
estipulada Lupércio poderá ser preso?
Justifique.
CF, art. 5º
LXVII - não haverá prisão civil por dívida,
salvo a do responsável pelo inadimplemento
voluntário e inescusável de obrigação
alimentícia e a do depositário infiel;
STJ
HABEAS CORPUS. SUBSTITUTIVO DE RECURSO ORDINÁRIO.
ADMISSIBILIDADE EM HIPÓTESES EXCEPCIONAIS. ALIMENTOS DECORRENTES
DE ATO ILÍCITO. NATUREZA INDENIZATÓRIA. PRISÃO CIVIL. NÃO CABIMENTO.
RITO EXECUTIVO PRÓPRIO. ART. 533 DO CPC/15. ORDEM CONCEDIDA. 1. A
impetração de habeas corpus como substitutivo do recurso ordinário
somente é admitida excepcionalmente quando verificada a existência de
flagrante ilegalidade no ato judicial impugnado, hipótese dos autos. 2. Os
alimentos devidos em razão da prática de ato ilícito, conforme previsão
contida nos artigos 948, 950 e 951 do Código Civil, possuem natureza
indenizatória, razão pela qual não se aplica o rito excepcional da prisão civil
como meio coercitivo para o adimplemento. 3. Ordem concedida. (STJ, HC
523.357/MG, Rel. Min. Maria Isabel Gallotti, j. em 01/09/2020, DJe:
16/10/2020)
Teor do acórdão
Como sabido, os alimentos, de acordo com a causa de sua origem,
podem ser classificados em três espécies, quais sejam, legítimos
(devidos por força de vínculo familiar estabelecido em lei),
voluntários/negociais (derivados de negócio jurídico) ou
indenizatórios (em razão de ato ilícito).
A obrigação alimentícia, consubstanciada no dever de prestar
assistência aos familiares, possui assento no artigo 229 da
Constituição Federal de 1988:
Art. 229. Os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos
menores, e os filhos maiores têm o dever de ajudar e amparar os pais
na velhice, carência ou enfermidade. (...)
Com base nessa premissa, da distinção entre obrigação alimentar
propriamente dita e obrigação de ressarcimento de prejuízo decorrente
de ato ilícito, parte expressiva da doutrina sustenta que somente no
primeiro caso (obrigações de direito de família) é cabível a prisão civil
do devedor de obrigação de prestar alimentos. (...)
Esse entendimento é corroborado pela circunstância de que o CPC em
vigor apresenta regra específica destinada a reger a execução de
sentença indenizatória que incluir prestação de alimentos:
Art. 533. Quando a indenização por ato ilícito incluir prestação de
alimentos, caberá ao executado, a requerimento do exequente,
constituir capital cuja renda assegure o pagamento do valor mensalda
pensão. (....)
Feito esse parênteses, observo que realmente, como acentuado por
Cássio Scarpinella Bueno e por José Miguel Garcia Medina, entre outros
doutrinadores, o art. 528 do CPC/2015, assim como o art. 733 do
CPC/73, ao estabelecer a possibilidade de decreto de prisão em caso de
não pagamento injustificado da pensão, não faz diferença entre a
obrigação alimentar de direito de família e a decorrente de ato ilícito.
Penso, todavia, que é manifesta a distinção entre a obrigação de prestar
alimentos em derivada de vínculo familiar e a decorrente da
condenação a compor os prejuízos causados por ato ilícito. Com efeito,
os “alimentos” indenizatórios são arbitrados em quantia fixa, pois são
medidos pela extensão do dano, de forma a ensejar, na medida do
possível, o retorno ao status quo ante.
Ao contrário, os alimentos civis/naturais devem necessariamente levar
em consideração o binômio necessidade-possibilidade para a sua
fixação, estando sujeitos à reavaliação para mais ou para menos, a
depender das vicissitudes ocorridas na vida dos sujeitos da relação
jurídica. (...)
Considero que, embora nobre a intenção do intérprete, e sem descurar
da possível necessidade do credor dos alimentos indenizatórios, não é
dado ao Poder Judiciário ampliar as hipóteses de cabimento de medida
de caráter excepcional e invasiva a direito fundamental garantido pela
Constituição Federal. (...)
Cumpre ressaltar que o alargamento das hipóteses de prisão civil, para
alcançar também prestação de alimentos de caráter indenizatório,
chegando a se estender, no limite proposto por Cássio Scarpinella
Bueno, a todos os credores de salários e honorários profissionais, acaba
por enfraquecer a dignidade excepcional, a força coercitiva extrema,
que o ordenamento jurídico, ao vedar como regra geral a prisão por
dívida, concedeu à obrigação alimentar típica, decorrente de direito de
família, a qual, em sua essência, é sempre variável de acordo com as
necessidades e possibilidades dos envolvidos. (...)
TJSP
HABEAS CORPUS PREVENTIVO. EXECUÇÃO DE ALIMENTOS
DECORRENTE DE AÇÃO INDENIZATÓRIA POR ATO ILÍCITO.
ANUNCIADA A ORDEM DE. Prisão. Inadmissibilidade. Não se
discute os deveres inerentes às relações de parentesco, na
forma do art. 528, do CPC. Ordem concedida. (TJSP; HC
2265672-05.2021.8.26.0000; Ac. 15489256; Itapetininga;
Trigésima Sexta Câmara de Direito Privado; Rel. Des. Pedro
Baccarat; Julg. 16/03/2022; DJESP 22/03/2022)
TJPR
APELAÇÃO CÍVEL. NÃO RECEBIMENTO DA PETIÇÃO INICIAL
DA EXECUÇÃO DE ALIMENTOS INDENIZATÓRIOS, VISANDO
A PRISÃO CIVIL DO DEVEDOR. IMPOSSIBILIDADE DA
PRETENDIDA PRISÃO CIVIL. Distinção entre devedor de
alimentos decorrente de vínculo familiar e daquele
decorrente de indenização por ato ilícito. Precedentes do
STJ. Sentença mantida. Recurso desprovido. Apelação cível
desprovida. (TJPR; ApCiv 0001235-91.2021.8.16.0083;
Francisco Beltrão; Décima Câmara Cível; Relª Desª Elizabeth
Maria de França Rocha; Julg. 14/03/2022; DJPR 14/03/2022)
Direito aos alimentos: caracteres - Fachin
• Imprescritível;
• Irrenunciável;
• Impenhorável;
• Irrepetível;
• Inalienável;
• Incedível;
• Incompensável;
• Não transacionável.
Rolf Madaleno
Proíbe a lei o “não querer”
desfrutar de certos direitos havidos
como essenciais à dignificação
social da pessoa, que se
apresentam como fundamentais à
vida, e vida digna.
São os alimentos irrepetíveis?
CC, Art. 1.707.
Pode o credor não exercer, porém lhe é vedado renunciar o direito
a alimentos, sendo o respectivo crédito insuscetível de cessão,
compensação ou penhora.
Posição dominante - sim
Para Maria Berenice Dias, é inconcebível cogitar sobre a restituição
porque os alimentos visam a garantir a vida do alimentando,
destinando-se a aquisição de bens para seu consumo.
No mesmo sentido, há decisões reconhecendo que “a
irrepetibilidade dos alimentos é inerente à própria natureza da
obrigação alimentar”.
TJAL
APELAÇÃO CÍVEL.DIREITO DE FAMÍLIA. ALIMENTOS. PLEITO DE
DEVOLUÇÃO DE VALORES PAGO A MAIOR. Erro da fonte pagadora.
Regra da irrepetibilidade dos alimentos. Possibilidade de relativização
em caso de má-fé. Má-fé não comprovada. Impossibilidade de
devolução da verba alimentar. Sentença mantida. 01 em regra a verba
alimentar é irrepetível, havendo a possibilidade de relativização,
apenas quando houver a efetiva demonstração de má-fé. 02 no caso
em comento, não restou devidamente comprovada a má-fé da
recorrida, de modo que, se torna impossível a devolução da verba
alimentar. Recurso conhecido e não provido. Decisão unânime. (TJAL;
AC 0723457-25.2019.8.02.0001; Rel. Des. Fernando Tourinho de
Omena Souza; DJAL 30/03/2022)
CC
Art. 1.708. Com o casamento, a união estável
ou o concubinato do credor, cessa o dever de
prestar alimentos.
TJPE
AÇÃO REVISIONAL DE ALIMENTOS. (...) Não há se falar em direito à
devolução do pagamento feito a maior pelo recorrente em decorrência
de haver pago a integralidade do plano de saúde da parte autora, e
não a metade, como ficou assentado na sentença proferida na Ação de
Divórcio. A restituição de valores eventualmente pagos a maior, a
título de pensão alimentícia, somente seria possível em casos de
comprovada má-fé do alimentando, o que não restou comprovado nos
autos. (...) (TJPE; APL 0072668-30.2014.8.17.0001; Quinta Câmara
Cível; Rel. Des. Jovaldo Nunes Gomes; Julg. 30/01/2019; DJEPE
07/02/2019)
TJSP
APELAÇÃO. AÇÃO DE ALIMENTOS. PEDIDO FORMULADO EM FACE DO 
EX-CÔNJUGE. Improcedência. Casal separado de fato há muitos anos, 
tendo a autora fonte de renda própria, bem como contando com sua 
meação no produto obtido com a venda do imóvel comum, não se 
justificando imposição de obrigação de alimentos ao ex-marido. 
Litigância de má-fé. Caracterização. Substancial alteração da verdade 
dos fatos (art. 80, II do CPC). Inicial apresentando a autora como idosa 
que teria sido abruptamente abandonada pelo marido depois de várias 
décadas de casamento, não tendo fonte de renda, dependendo do 
cônjuge para sua subsistência. Casal que, na realidade, estava 
separado de fato há 17 anos, tendo a autora trabalhado e se 
aposentado, contando com fonte de renda. 
https://www.magisteronline.com.br/mgstrnet/lpext.dll?f=FifLink&t=document-frame.htm&l=jump&iid=c%3A%5CViews44%5CMagister%5CMgstrnet%5CMagNet_Legis.nfo&d=NCPC,%20art.%2080&sid=45eef336.5491742d.0.0#JD_NCPCart80
Discrepância sobre fato relevante que indevidamente influenciou na 
fixação de alimentos provisórios. Comportamento que não caracteriza 
mero erro técnico. Redução do valor da multa aplicada, exclusão da 
obrigação de custear despesas de viagem do réu e quanto ao 
pagamento de honorários contratuais de advogado, mantida obrigação 
de restituição dos valores percebidos no curso da lide a título de 
indenização. Recurso parcialmente provido. (TJSP; AC 1002335-
24.2018.8.26.0590; Ac. 13906628; São Vicente; Primeira Câmara de 
Direito Privado; Rel. Des. Enéas Costa Garcia; Julg. 28/08/2020; DJESP 
04/09/2020)
Questão
É possível renunciar, quando do divórcio, aos 
alimentos?
Caso haja mudança na condição econômica 
posteriormente será possível voltar atrás?
Código Civil de 1916
Livro I – Do Direito de Família
Título V – Das relações de parentesco
Capítulo VII - Dos Alimentos
Art. 404: Pode-se deixar de exercer, mas não se pode 
renunciar o direito a alimentos.
Lição clássica: Orlando Gomes
“Não se pode renunciar o direito a alimentos. A
proibição decorre do caráter necessário da prestação
alimentar, sendo supérflua, por conseguinte, a sua
expressa declaração na lei. A irrenunciabilidade
atinge o direito, não seu exercício. O que ninguém
pode fazer é renunciar a alimentos futuros, a que
jaça jus, obrigando-se a não reclamá-las, pois lhe é
permitido expressamente deixar de exercer o
direito..”
Código Civil vigente
Art. 1.694: "Podem os parentes, os cônjuges ou
companheiros pedir uns aos outros os alimentos de
que necessitem para viver de modo compatível com
a sua condição social, inclusive para atender às
necessidades de sua educação“.
Amplia o alcance dos alimentos; antes, no art. 396 do
CC-16 eles só decorriam do parentesco e agora
incidem entre cônjuges e companheiros.
CC, Art. 1.704. Se um dos cônjuges separados
judicialmente vier a necessitar de alimentos, será o
outro obrigado a prestá-los mediante pensão a ser
fixada pelo juiz, caso não tenha sido declarado
culpado na ação de separação judicial.
§ único. Se o cônjuge declarado culpado vier a
necessitar de alimentos, e não tiver parentes em
condições de prestá-los, nem aptidão para o
trabalho, o outro cônjuge será obrigado a assegurá-
los, fixando o juiz o valor indispensável à
sobrevivência
Rolf Madaleno
Será nula qualquer convenção para extinguir o direito 
alimentar. 
Os arts. 1.704 e 1.707 ressuscitam a velha polêmica
da irrenunciabilidade entre cônjuges e unidos
estavelmente, permitindo expirar 
uma longa e dispensável
rediscussão da relatividade dos alimentos, que
tradicionalmente vinham sendo dispensados na mera
obrigação alimentar.
Maria Berenice Dias
Como os alimentos são irrenunciáveis, ainda que
tenha havido renúncia, desistência ou mera dispensa
na separação, no divórcio ou na dissolução
(contratual ou judicial) da união estável, qualquer
dos cônjuges ou conviventes pode a qualquer tempo
pleitear alimentos. Basta exsurgir a necessidade.
Rodrigo da Cunha Pereira
É impraticável a proibição de renúncia aos alimentos 
entre cônjuges ou companheiros.
Rolf Madaleno: não faz sentido que o NCC ande na
contramão da história, afrontando toda uma sólida
jurisprudência construída com coerência e bom
senso ao deixar de distinguir a obrigação alimentar
derivada do casamento/da união estável do dever
alimentar relacionado ao parentesco...
Contrponto: Zeno Veloso
“Não há sentido ou razão para que um cônjuge, pessoa capaz, 
colocada em plano de igualdade com o outro cônjuge, no 
acordo de separação amigável, que tem, ainda, de ser 
homologado pelo juiz, não possa abrir mão de alimentos, 
fique impedido de rejeitar esse favor, tolhido de renunciar a 
tal benefício, se possui bens ou rendas suficientes para sua 
sobrevivência, manutenção, e manter padrão de vida digno, 
ficando o outro cônjuge a mercê de uma reclamação futura de 
alimentos, apresentada pelo que, livremente, renunciou à 
pensão alimentícia, perpetuando-se, numa sociedade conjugal 
extinta e dissolvida, o dever de mútua assistência que 
relacionava os consortes durante a convivência matrimonial”.
Rolf Madaleno
Grande verdade percebida pelos tribunais e por grande parte 
da doutrina: decisões são tomadas por pessoas adultas 
capazes, que correm os riscos e assumem os custos 
materiais de suas opções...
É muito cômodo garantir por lei e por vínculo de um 
casamento desfeito, às vezes de curta duração, um direito 
alimentar vitalício, como se fosse um seguro a ser 
acionado sempre que o ex-cônjuge ou ex-convivente
esbarrasse em dificuldades financeiras, isentando-se dos 
riscos na condução de sua própria vida, e de sua inteira 
responsabilidade, desde que se apartou do parceiro com o 
qual compartia seu tempo, seus planos e seu espaço.
Desembargador Brasil Santos - TJRS
Evidente a inconveniência dessa disposição, no que diz 
respeito ao casamento e à união estável. É que, em se 
tratando de direito patrimonial, e ainda mais tendo em 
conta que o casamento (assim como a união estável, é 
claro) trata-se de um vínculo que há muito não mais 
desfruta da característica da indissolubilidade, 
injustificável que a ele se associe a geração de um direito 
indisponível! 
Brasil Santos - TJRS
Ademais, é sabido que, muitas vezes, a obtenção de um 
acordo de separação ou divórcio consensual exige 
determinadas concessões recíprocas. Nesse contexto, a 
renúncia aos alimentos é manifestada em troca de outras 
vantagens patrimoniais. Agora, com a impossibilidade de 
dispor dos alimentos estendida também aos cônjuges, a 
margem de negociação de acordosrestará 
significativamente restringida.
Nancy Andrighi
... reconhecida a irrenunciabilidade dos alimentos 
entre cônjuges, a homologação da separação 
consensual deve ser exercida com extrema 
prudência, reflexão e, antes de tudo, sensatez, não se 
restringindo a perquirir se a manifestação de vontade 
das partes está livre de vícios, mas, em especial, a 
analisar os reflexos futuros dos termos em que se 
formaliza a separação, tanto para os ex-consortes
quanto para seus descendentes. 
TJSP
(...) ALIMENTOS. Fixação. Ex-cônjuge. Expressa renúncia aos alimentos 
em processo de divórcio consensual devidamente homologado por 
sentença. Indicação de dificuldades financeiras. Renúncia formulada 
por partes capazes acompanhadas de profissional da advocacia. Ato 
jurídico perfeito a gerar efeitos. Posição da jurisprudência a 
sacramentar a plena eficácia do ato dispositivo. Eventual fato 
superveniente a exigir específica ação em busca da desconstituição do 
ato por proclamado vício. Pedido não acolhido. (...). (TJSP; AC 
1037315-12.2018.8.26.0100; Ac. 14858284; São Paulo; Décima Câmara 
de Direito Privado; Rel. Des. Elcio Trujillo; Julg. 27/07/2021; DJESP 
04/08/2021)
TJDF
APELAÇÃO CÍVEL. CIVIL E PROCESSO CIVIL. AÇÃO DE DIVÓRCIO. 
ALIMENTOS. DISPENSA. EXPRESSA. AUSÊNCIA. (...) Trata-se de 
apelação cível interposta contra sentença que, mesmo após o 
ajuizamento de Embargos de Declaração, deixou de incluir na 
sentença, que decretou o divórcio, a dispensa dos alimentos pelo réu 
cônjuge varão. 2. A dispensa de alimentos não se confunde com a 
renúncia. A dispensa de alimentos na ação de divórcio é provisória, 
não impedindo que no futuro a parte necessitada venha a postular 
alimentos de seu ex-cônjuge. Já a renúncia importa na abdicação do 
direito de alimentos. Direito disponível por se tratar de cônjuges. , 
impossibilitando futuro pleito. (...)(TJDF; Rec 07211.13-
27.2019.8.07.0003; Rel. Des. César Loyola; Julg. 29/07/2020; Publ. PJe
21/08/2020)
TJSP
APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE ALIMENTOS EM FACE DE EX-CÔNJUGE. 
PAGAMENTO DE PENSÃO ALIMENTÍCIA E MANUTENÇÃO EM PLANO 
DE SAÚDE. POSSIBILIDADE. FIXAÇÃO DO ENCARGO APÓS A 
DECRETAÇÃO DO DIVÓRCIO. CABIMENTO. RENÚNCIA. NÃO 
OCORRÊNCIA. BINÔMIO NECESSIDADES E POSSIBILIDADES. 
OBSERVÂNCIA(...) Mesmo após o divórcio, se um dos ex-cônjuges não 
dispuser dos meios para satisfazer a própria sobrevivência, por 
incapacidade para o trabalho ou insuficiência de bens, poderá requerê-
los, desde que, presentes os requisitos legais, não tenha renunciado 
aos alimentos. (...) (TJDF; Rec 07138.38-27.2019.8.07.0003; Ac. 
135.0357; Segunda Turma Cível; Rel. Des. César Loyola; Julg. 
23/06/2021; Publ. PJe 06/07/2021) 
TJDF
CIVIL. AÇÃO DE DIVÓRCIO. RECONVENÇÃO. ALIMENTOS 
PROVISÓRIOS. EX-CÔNJUGE. POSSIBILIDADE. TRANSITORIEDADE. 
VALOR ARBITRADO. RAZOABILIDADE. I - A dissolução do casamento 
pelo divórcio não implica necessariamente na extinção do dever de 
prestar alimentos entre os ex-cônjuges, desde que não tenha havido 
renúncia ao direito pelo interessado. No entanto, deve ser tida como 
medida excepcional e exige a comprovação da necessidade de quem os 
reclama, consubstanciada na incapacidade para o trabalho do 
alimentando, da capacidade financeira de quem os supre e, 
obviamente, observância às peculiaridades do caso, já que não se pode 
pretender que o dever de mútua assistência permaneça 
indefinidamente. (...) (TJDF; Rec 07228.95-78.2019.8.07.0000; Rel. Des. 
José Divino; Julg. 29/01/2020; Publ. PJe 12/02/2020)
Gestão adequada
O direito aos alimentos
pode e deve ser objeto de ajustes 
entre as pessoas interessadas. 
Conflitos familiares - peculiaridades
Envolvem elementos subjetivos como 
o afeto
e a proteção;
Por haver relações continuadas, 
a chance de desgaste é maior.
Conflitos familiares -
peculiaridades
Conflitos familiares
Há controvérsias
coexistenciais que
envolvem ampla
gama de relações e situações.
Havendo disputas, 
são importantes iniciativas de...
a) Comunicação entre os envolvidos para 
explanação sobre necessidades e possibilidades -
tentativa de negociação direta;
Tentativa de negociação direta
Em tempos estressantes,
a conversa pode ser difícil..
Atenção para o timing (sensibilidade sobre 
o tempo oportuno para tomar uma 
iniciativa);
se necessário, combine a conversa em um 
momento melhor.
b) Sendo inviável a conversa, 
é possível a atuação de um terceiro imparcial 
para facilitar a comunicação 
(mediador ou conciliador)
Sendo infrutífera a tentativa de comunicação 
e/ou o alcance de consenso, 
a parte precisará intentar 
medida judicial para a definição da situação 
familiar.
Processo
Diretriz
CPC, Art. 694. Nas ações de família, 
todos os esforços serão empreendidos 
para a solução consensual da controvérsia, 
devendo o juiz dispor do auxílio 
de profissionais de outras áreas 
de conhecimento para a mediação e conciliação.
Ferramentas para
facilitação da atuação em juízo
• Competência diferenciada;
• Concessão de medida liminar e elementos de 
estímulo ao cumprimento;
• Procedimento especial.
1. Há prova pré-constituída do vínculo que 
gera direito aos alimentos? Se sim, incide a 
Lei 5.478/68, c/ possível liminar
2. Sem prova: ação de procedimento comum 
– por ex., cumulação com pedido de 
investigação de paternidade, sem liminar 
prevista. 
Procedimento
Lei 5.478/68: rito especial se houver prova pré constituída 
da obrigação
• parentesco, 
• tutela, 
• matrimônio, 
• pacto firmado por companheiros
• sentença, como a declaratória de união estável.
CLASSIFICAÇÃO
a) alimentos concedidos em sentença 
(cognição exauriente): alimentos 
definitivos;
b) alimentos concedidos liminarmente 
(cognição sumária): alimentos provisórios 
(L. 5.478/68) e alimentos provisionais 
(CPC).
Diferença
Alimentos provisórios 
(há prova pré constituída)
X 
Alimentos provisionais
(necessidade de provar fumus e
periculum)
O tempo e o processo
Certeza demanda tempo... 
segurança ou rapidez?
Efetividade, celeridade... 
A vida social os demanda!
Doutrina: Flavio Luiz 
Yarshell
O equilíbrio, na verdade, 
deve se dar entre decisões
céleres (escopo social) e 
decisões justas (escopo
jurídico).
Importância no Direito de Família
A tutela do Direito de Família, 
por estar relacionada a relações 
continuadas e valores sensíveis,
demanda soluções rápidas para 
crises de segurança e de satisfação.
“Tutela diferenciada sumária”
Técnica processual adotada diversa da 
comum que adota cronologia própria e 
antecipa efeitos para 
momento anterior ao trânsito
em julgado da sentença de mérito.
Tutelas provisórias
Como será proporcionada a concessão de uma
decisão do juiz, antes da resolução final do conflito
em definitivo?
Através da concessão de medidas especiais, como
- tutelas cautelares;
- tutelas antecipadas.
Tutelas provisórias no CPC/2015
Tutela
Tutela 
provisória
Tutela de 
urgência
Tutela 
antecipada
Caráter 
incidental
Caráter 
antecedente
Tutela 
cautelar
Caráter 
incidental
Caráter 
antecedente
Tutela de 
evidência
Tutela 
definitiva
“Medida liminar”
Tanto a tutela cautelar como a antecipada podem ser 
concedidas liminarmente. 
A expressão “liminar” (in limine litis) tem a ver com o 
momento em que ela foi conferida. O critério é 
apenas cronológico, nada sinalizando em relação ao
conteúdo e à finalidade da medida.
Outro sentido: “liminares” expressamente previstas
em procedimentos especiais (ex.: ações de alimentos)
Tutela de urgência
MEDIDA LIMINAR: previsão específica da Lei de 
Alimentos (5.478/68): 
Art 4º Ao despachar o pedido, o Juiz fixará desde
logo alimentos provisórios a serem pagos pelo
devedor, salvo se o credor expressamente
declarar que dêles não necessita.
Alimentos provisionais
A medida manteve a sua utilidade
no novo sistema - em que não
há a previsão específica
de alimentos provisionais?
Lei 11.340/2006
Art. 22. Constatada a prática de violência doméstica
e familiarcontra a mulher, nos termos desta Lei, o 
juiz poderá aplicar, de imediato, ao agressor, em
conjunto ou separadamente, as seguintes medidas
protetivas de urgência, entre outras:
V - prestação de alimentos provisionais ou
provisório
Doutrina – Maria Cecilia Araújo Asperti
“Essa hipótese de necessidade acautelatória de alimentos outrora 
compreendida pela medida cautelar de alimentos provisionais terá, 
portanto, de ser contemplada pela tutela provisória de urgência prevista 
pelo NCPC, cujos requisitos genéricos são previstos pelo artigo 300 (...)
Restará saber se essa hipótese se encaixará no procedimento das tutelas de 
urgência antecipadas ou cautelares... Esse enquadramento dependerá do 
entendimento esposado acerca da natureza satisfativa ou não dos alimentos 
provisionais” 
(Processo e conflito: os desafios da efetivação das tutelas provisórias em 
conflitos de família e o novo Código de Processo Civil Revista Nacional de 
Família e Sucessões, n. 7. Ed. Magister, 2015)
TJSP- exemplo de aplicação
DIVÓRCIO CUMULADO COM GUARDA E ALIMENTOS. FIXAÇÃO DE 
ALIMENTOS PROVISIONAIS EM PROL DA AGRAVADA. ALIMENTOS 
DEVIDOS À EX-CÔNJUGE SÃO EXCEPCIONAIS E PROVISÓRIOS. Agravada 
que é jovem, atualmente com 41 anos de idade, e possui qualificação 
como advogada, além da notícia de que também seria professora de 
Zumba de nível profissional. Deve a agravada lutar pelo próprio sustento 
ou, em caso de necessidade, buscar eventual auxílio de familiares. 
Recurso provido. (TJSP; AI 2019259-78.2022.8.26.0000; Rel. Des. Luis
Mario Galbetti; Julg. 01/04/2022; DJESP 05/04/2022)
TJSP- exemplo de aplicação
DIVÓRCIO. Decisão que fixara alimentos provisionais em favor da 
agravada. Legitimidade. Conquanto não se olvide da natureza excepcional 
e transitória dos alimentos devidos entre ex-cônjuges, é forçoso 
reconhecer que o contexto fático-probatório ampara o arbitramento, pois 
o agravante sempre custeou os gastos do lar comum, bem como, da 
agravada, inexistindo prova de que ela exerça atividade lucrativa ou tenha 
saldo em conta bancária. Necessidade demonstrada. Decisão mantida. 
Agravo desprovido. (TJSP; AI 2076970-75.2021.8.26.0000; Relª Desª 
Hertha Helena de Oliveira; Julg. 22/03/2022; DJESP 28/03/2022)
TJMA- exemplo de aplicação
CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA. 
EXECUÇÃO DE ALIMENTOS PROVISÓRIOS. COMPETÊNCIA PARA 
EXECUÇÃO. VARA ESPECIAL DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR 
CONTRA A MULHER. (...) A cessação da situação de violência não importa, 
necessariamente, o fim da situação de hipervulnerabilidade em que a 
mulher se encontra submetida, a qual os alimentos provisórios ou 
provisionais visam, efetivamente, contemporizar. (...) (TJMA; CC 0810024-
69.2021.8.10.0000; Primeira Câmara Cível; Rel. Des. Kleber Costa 
Carvalho; DJEMA 17/11/2021)
Questão
Valdenice afirma ter tido um breve 
relacionamento com Mamédico e se diz grávida 
dele. Como, porém, ele se recusa a colaborar na 
gestação, pretende mover ação de alimentos 
gravídicos. O que é suficiente para configurar 
indícios da paternidade e viabilizar a fixação de tal 
pensão? 
Indícios e efetividade
Em alguns casos o legislador 
se contenta com 
Indícios para autorizar o juiz 
a conceder certas 
Medidas...
LEI 11.804/2008- Alimentos gravídicos
Art. 1o Esta Lei disciplina o
direito de alimentos da mulher
gestante e a forma como será
exercido.
LEI 11.804/2008Art. 6º Convencido da existência de indícios da
paternidade, o juiz fixará alimentos gravídicos que
perdurarão até o nascimento da criança, sopesando
as necessidades da parte autora e as possibilidades da
parte ré.
§ único. Após o nascimento com vida, os alimentos
gravídicos ficam convertidos em pensão alimentícia
em favor do menor até que uma das partes solicite a
sua revisão.
Questão 
O que é suficiente para configurar 
indícios da paternidade
e viabilizar a fixação de alimentos 
gravídicos?
Indício – prova indireta
Sem definição no processo civil;
no Código de Processo Penal, consta no art.
239 que “considera-se indício a circunstância
conhecida e provada, que, tendo relação
com o fato, autorize, por indução, concluir-se
a existência de outra ou outras
circunstâncias”
Exemplo: TJSP
AGRAVO DE INSTRUMENTO. Alimentos gravídicos. Decisão que fixou 
alimentos provisórios do agravante para a agravada no valor de 20 
salários-mínimos. Pretensão de redução para 05 salários-mínimos. 
Indícios de paternidade comprovados através de conversas por 
aplicativos de mensagem. Alimentos que são fixados com base nas 
necessidades da agravada e possibilidade do agravante. Necessidade 
presumida em razão da gravidez de gêmeos. Alimentante que é jogador 
de notório clube internacional de futebol e aufere elevados 
rendimentos, o que afasta as alegações de desproporcionalidade da 
pensão. Decisão mantida até a formação do contraditório. Recurso não 
provido. (TJSP; AI 2248502-20.2021.8.26.0000; Rel. Des. Enio Santarelli
Zuliani; Julg. 25/01/2022; DJESP 09/02/2022)
TJSP
AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE ALIMENTOS GRAVÍDICOS. 
Insurgência contra a r. Decisão que fixou alimentos provisórios em valor 
correspondente a 25% dos rendimentos líquidos do agravante, ou 30% 
do salário mínimo para hipótese de ausência de vínculo empregatício 
formal. Presença de indícios de paternidade. Relação incontroversa e 
mensagens de texto trocadas entre as partes que dão indícios de prova 
da paternidade, nos termos do artigo 6º, da Lei nº 11.804/08. Valor 
fixado em primeiro grau que comporta redução. (...) (TJSP; AI 2006017-
52.2022.8.26.0000; Rel. Des. Donegá Morandini; Julg. 31/03/2022; DJESP 
05/04/2022)
TJSE
AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE ALIMENTOS GRAVÍDICOS. LEI 
Nº11.804/2008. (...) In casu, verifica-se que a autora/agravada 
comprovou a gravidez através de exame laboratorial (fls. 55/56), assim 
como o seu relacionamento com o ora agravante, por meio de diversas 
fotos e conversas no aplicativo whatsapp. 2. Ademais, em nenhum 
momento anterior à propositura da ação, o recorrente questionou a 
paternidade do nascituro, tendo, inclusive, nas longas conversas 
acostadas (fls. 64/101), demonstrado bastante interesse na gestação, 
sugerindo até um nome e apelido para a criança. 
3. Some-se a isso o fato de que o agravante também iniciou, de forma 
espontânea e voluntária, o pagamento de alimentos gravídicos, além de 
assegurar que a autora não se preocupasse, como pode ser observado 
às fls. 100/101. 4. Provas indiciárias capazes de atribuir ao réu a 
condição de genitor do nascituro, nos termos do art. 6º da Lei nº 
11.804/08. (TJSE; AI 202100834662; Relª Desª Ana Bernadete Leite de 
Carvalho Andrade; DJSE 14/01/2022)
TJAM
AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE ALIMENTOS GRAVÍDICOS. 
PRESENÇA DE INDÍCIOS DE PATERNIDADE. DÚVIDA. PROTEÇÃO AO 
DIREITO À VIDA DO NASCITURO. VALOR FIXADO. RESPEITO AO 
BINÔMIO NECESSIDADE/POSSIBILIDADE. DESPROVIMENTO DO 
RECURSO. 1. Os alimentos gravídicos são destinados a cobrir as despesas 
adicionais do período de gravidez e devidos pelo futuro pai à mulher 
grávida, devendo ser fixados quando presentes meros indícios da 
paternidade, sendo desnecessária a sua efetiva comprovação (art. 2º, 
caput e parágrafo único, e art. 6º da Lei nº 11.804/2008)
2. O próprio agravante informa que manteve uma união estável com a 
agravada até 12/10/2021 e, em tal momento, a agravada já se encontrava 
com gestação tópica de mais de 10 (dez) semanas, sendo certo que a 
criança foi concebida na constância do relacionamento e restando 
comprovada a existência de indício suficiente de paternidade para o 
deferimento dos alimentos gravídicos. 3. Ainda que possa haver dúvida 
sobre a efetiva paternidade do agravante. Suscitada pela alegação de 
relacionamento extraconjugal da agravada. , deve-se tutelar, 
primordialmente, o direito à vida e ao pleno desenvolvimento do 
nascituro. Jurisprudência dos Tribunais. (...). (TJAM; AI 4001311-
38.2021.8.04.0000; Manaus; Segunda Câmara Cível; Relª Desª Onilza
AbreuGerth; Julg. 15/12/2021; DJAM 15/12/2021)
TJSP
AGRAVO DE INSTRUMENTO. FIXAÇÃO DE ALIMENTOS GRAVÍDICOS. (...) 
Ação instruída com indícios suficientes de paternidade (art. 6º da Lei nº 
11.804/2008). Ausência de recusa peremptória, tampouco de 
comprovação de eventual infertilidade. Exigência de prova inequívoca da 
paternidade que frustraria o escopo legal de cobertura de despesas 
adicionais do período de gravidez. Prévia dilação probatória que 
desatenderia a celeridade que a hipótese requer. A raiz causal está na 
defesa do direito substantivo do nascituro. Fixação adequada, mormente 
em face do indício de possibilidade do agravante. Decisão mantida. 
Agravo desprovido. (TJSP; AI 2233437-82.2021.8.26.0000; Rel. Des. 
Rômolo Russo; Julg. 17/12/2021; DJESP 27/01/2022)
TJSP
AGRAVO DE INSTRUMENTO. Alimentos gravídicos. Fixação no valor de 
R$500,00. Insurgência do réu. Alega que: I) não há prova robusta de que 
é o pai do nascituro; II) a presunção paternidade é do companheiro da 
agravada que recebeu a intimação do oficial de justiça; III) ela já tem dois 
filhos com o companheiro; IV) houve apenas um encontro entre as 
partes; V) os exames médicos indicam que ela já estava grávida antes 
esse encontro. Descabimento. Mensagens, gravações de áudio e fotos 
que demonstram que havia longo e íntimo relacionamento entre as 
partes. Na contestação o agravante admite encontros esporádicos. 
Presunção de paternidade do companheiro da autora que é 
controvertida. 
Alegação da autora de que não mais se relaciona com o antigo 
companheiro, pai de seus dois primeiros filhos, e que ainda moram 
juntos por questões financeiras e para cuidarem da cria. Questão que 
deve ser apurada durante a instrução. Cálculos de gestação (data da 
concepção) podem variar, para mais ou para menos, com a evolução dela 
própria. AGRAVO IMPROVIDO. (TJSP; AI 2282593-73.2020.8.26.0000; Ac. 
14787300; São José do Rio Preto; Sétima Câmara de Direito Privado; Rel. 
Des. Miguel Brandi; Julg. 17/11/2021; DJESP 24/11/2021; Pág. 2343)
TJSC
APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE RECONHECIMENTO E DISSOLUÇÃO DE 
UNIÃO ESTÁVEL C/C ALIMENTOS GRAVÍDICOS. RECURSO DA AUTORA. 
1) Tencionada condenação em alimentos gravídicos. Indícios suficientes 
da paternidade. Nascimento da criança em menos de trezentos dias 
após a dissolução da união estável. Filiação presumida (art. 1.597, II, do 
CC). Estipulação da verba em 50% (cinquenta por centos) sobre o 
salário mínimo. Ausência de comprovante de rendimentos do réu e de 
gastos inusuais pela autora. Conversão da obrigação em favor do filho 
comum, após nascimento com vida. Pleito procedente. (...) (TJSC; AC 
0301782-85.2015.8.24.0070; Rel. Des. Gerson Cherem II; DJSC 
28/02/2020)
TJCE
AGRAVO DE INSTRUMENTO. (...). 3. Com efeito, não cabe ao julgador 
exigir provas robustas para a fixação dos alimentos gravídicos, sob pena de 
a Lei perder sua eficácia, notadamente para as pessoas mais humildes, as 
quais mais necessitam desse auxílio material. (...) Contudo, cabe à 
gestante carrear aos autos indícios da existência de relacionamento 
amoroso com o suposto pai, exemplificando, cito: Fotografias, cartões, 
cartas de amor, mensagens em redes sociais, entre outros. 
Ainda, é possível a designação de audiência de justificação, para oitiva de 
testemunhas acerca do relacionamento mantido pelas partes. 4. No caso dos 
autos, a recorrente produziu a prova básica da existência do nascituro, 
mediante o exame beta hcg, com resultado "positivo", acostado à fl. 26 e 
cartão da gestante (fls. 22-23 dos autos originários). Vislumbra-se, ainda, do 
acervo probatório, que como indício de prova do relacionamento amoroso 
havido entre a agravante e o agravado, foi colacionado a degravação de um 
áudio de conversas telefônicas entre as partes na data de 23/06/2017 (fls. 25-
31), além da declaração firmada pela sra. Claudete nunes de Lima, 
certificando a existência da alegada relação (fl. 23), pelo que conclui-se, nesta 
fase de cognição sumária, hábeis à constituição de indício de prova do 
alegado, ou seja, a probabilidade do direito da recorrente. (...)
9. Concluindo, comprovada a existência do nascituro, calcada no indício de 
prova do relacionamento amoroso havido entre as partes e observado o 
critério da necessidade, possibilidade e proporcionalidade, confirma-se a 
liminar da relatoria concedida (fls. 34-41) que fixou alimentos provisórios no 
valor correspondente a 01 (hum) salário mínimo, mensalmente, devendo o 
mesmo ser entregue à genitora do nascituro, pessoalmente ou mediante 
depósito bancário... (TJCE; AI 0626165-03.2017.8.06.0000; Segunda Câmara 
de Direito Privado; Relª Desª Maria de Fátima de Melo Loureiro; DJCE 
11/03/2019; Pág. 137)
TJMS
AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE ALIMENTOS GRAVÍDICOS. 
TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA. PRESENÇA DOS 
REQUISITOS. ARTIGO 300, DO CPC/2015. INDÍCIOS DA PATERNIDADE. 
BOLETIM DE OCORRÊNCIA REGISTRANDO O ESTUPRO. ARTIGO 6. º, DA 
LEI Nº 11.801/2008... A fixação de alimentos em prol da gestante 
depende apenas de indícios, não havendo necessidade de efetiva 
demonstração do vínculo de parentesco entre o requerido e o feto. A 
existência de um boletim de ocorrência relatando a prática do crime 
de estupro é suficiente para demonstrar a verossimilhança da 
alegação (TJMS; AI 1401591-75.2018.8.12.0000; Terceira Câmara 
Cível; Rel. Des. Eduardo Machado Rocha; DJMS 10/05/2018)
https://www.magisteronlinee.com.br/mgstrnet/lpext.dll?f=FifLink&t=document-frame.htm&l=jump&iid=c:/Views44/Magister/Mgstrnet/MagNet_Legis.nfo&d=NCPC,%20art.%20300&sid=4bc1378d.2ca11885.0.0
Questão
A ação de alimentos gravídicos é convertida 
automaticamente em ação de alimentos?
Sim - TJPR
AGRAVO DE INSTRUMENTO. ALIMENTOS GRAVÍDICOS. NASCIMENTO
NO CURSO DA DEMANDA. CONVERSÃO AUTOMÁTICA EM ALIMENTOS
PROVISÓRIOS (...) A conversão dos alimentos gravídicos em alimentos
provisórios em favor do menor é automática, não sendo necessário
qualquer pedido das partes ou pronunciamento expresso, conforme
regra contida no parágrafo único do artigo 6º, da Lei nº 11.804/2008.
Com enfoque no trinômio necessidade-possibilidade-proporcionalidade,
os alimentos devem atender às necessidades do alimentando,
presumidas quando há menoridade civil, sem comprometer o sustento
do alimentante. (...). (TJPR; Rec 0044074-89.2021.8.16.0000; Ibaiti;
Décima Segunda Câmara Cível; Rel. Des. Rogério Etzel; Julg. 21/03/2022;
DJPR 23/03/2022)
TJAL
AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE ALIMENTOS GRAVÍDICOS C/C
RECONHECIMENTO DE PATERNIDADE. CONVERSÃO DE ALIMENTOS
GRAVÍDICOS EM PROVISÓRIOS ENQUANTO SE DISCUTE A
PATERNIDADE. POSSIBILIDADE. Inteligência do art. 6º da Lei nº
11.804/2008. Precedentes do Superior Tribunal de Justiça. 01. O art. 6º
da Lei nº 11.804/2008, prescreve a possibilidade da conversão de
alimentos gravídicos em provisórios, inclusive, de ofício, ou seja,
independentemente de requerimento da parte. 02- o Superior Tribunal
de Justiça, já firmou entendimento pela possibilidade da mencionada
conversão, ainda que se discuta a paternidade... (TJAL; AI 0803173-
36.2021.8.02.0000; Rel. Des. Fernando Tourinho de Omena Souza; DJAL
11/08/2021)
TJMG
APELAÇÃO CÍVEL. PRELIMINAR DE AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO 
REJEITADA. MÉRITO. AÇÃO DE ALIMENTOS GRAVÍDICOS. NASCIMENTO 
COM VIDA. CONVERSÃO DA AÇÃO EM ALIMENTOS. (...) A Lei nº. 
11.804/2008 disciplina o direito de alimentos da mulher gestante e a 
forma como será exercido. Sobrevindo o nascimento com vida, os 
alimentos gravídicos ficam convertidos em pensão alimentícia em favor da 
criança, até que eventualmente uma das partes solicite a revisão do valor. 
Na fixação de alimentos é indispensável a análise do binômio 
possibilidade/necessidade, sendo do réu o ônus da prova de que não 
pode arcar com a pensão mensal fixada. 
São presumíveis os dispêndios com alimentação, vestuário, lazer e 
educação, dentre outros de extrema necessidade, além de aumentarem 
com o desenvolvimento da criança. Com relação ao dever de assistência 
ao menor,segundo dispõe o artigo 1.703 do Código Civil, cabe a ambos 
os genitores o dever de sua manutenção, devendo suprir as suas 
necessidades por meio do esforço comum e na proporção de seus 
recursos. Recurso não provido. (TJMG; APCV 5001063-
66.2020.8.13.0153; Quinta Câmara Cível; Rel. Des. Wander Marotta; Julg. 
24/02/2022; DJEMG 24/02/2022) 
Sim se arbitrados provisórios - TJES
APELAÇÃO. DIREITO PROCESSUAL CIVIL E CIVIL. AÇÃO DE ALIMENTOS
GRAVÍDICOS. PERDA SUPERVENIENTE DE OBJETO. NASCIMENTO E
AUSÊNCIA DE INDÍCIOS DE PATERNIDADE. INAPLICABILIDADE DO ART. 6º
DA LEI Nº 11.804/08. RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO. 1. O
deferimento de alimentos gravídicos pressupõe a existência de indícios de
paternidade, que não estão presentes nos autos, tanto que o Ministério
Público Estadual iniciou o procedimento de averiguação de paternidade.
2. A conversão prevista pela regra do artigo 6º da Lei nº 11.804/08
somente é aplicável aos casos em que houve o arbitramento, ainda que
provisório, da prestação alimentícia. 3. Recurso conhecido e improvido.
(TJES; AC 0031067-49.2018.8.08.0035; Rel. Des. Fernando Estevam Bravin
Ruy; Julg. 23/02/2021; DJES 03/03/2021)
TJSP
ALIMENTOS GRAVÍDICOS. Nascimento da criança no curso do processo,
antes da sentença. Conversão da ação em ação de investigação de
paternidade. Indeferimento, com prolação de sentença transformando os
alimentos gravídicos em definitivos. Alimentos gravídicos que, nos termos
do art. 6º, parágrafo único, da Lei nº 11.804, de 5/11/2008, após o
nascimento com vida, ficam convertidos em pensão alimentícia em favor
do menor até que uma das partes solicite sua revisão. Alimentos
gravídicos que têm fundamento em indícios de paternidade, não podendo
se transformar em definitivos, senão após a comprovação desse fato.
Alimentos, ademais, que têm por fim prover as necessidades da gestante
até o nascimento da criança, enquanto os alimentos devidos a esta
objetivam a satisfação de suas necessidades, que são diversas daquelas
da mãe. Conversão da ação em investigação de paternidade que se torna
necessária, com emenda da petição inicial para dela constar no polo ativo
o menor, transformados os alimentos gravídicos em provisórios, e
determinada desde logo a realização do exame de DNA. Recurso provido
para esses fins, anulada a sentença. (TJSP; AC 1000261-
73.2020.8.26.0445; Ac. 14594711; Pindamonhangaba; Décima Câmara de
Direito Privado; Rel. Des. Jair de Souza; Julg. 20/04/2021; DJESP
06/05/2021)
STJ
RECURSO ESPECIAL. CONSTITUCIONAL. CIVIL. PROCESSUAL CIVIL.
ALIMENTOS GRAVÍDICOS. GARANTIA À GESTANTE. PROTEÇÃO DO
NASCITURO. NASCIMENTO COM VIDA. EXTINÇÃO DO FEITO. NÃO
OCORRÊNCIA. CONVERSÃO AUTOMÁTICA DOS ALIMENTOS GRAVÍDICOS
EM PENSÃO ALIMENTÍCIA EM FAVOR DO RECÉM-NASCIDO. MUDANÇA
DE TITULARIDADE. (...) Os alimentos gravídicos, previstos na Lei n.
11.804/2008, visam a auxiliar a mulher gestante nas despesas
decorrentes da gravidez, da concepção ao parto, sendo, pois, a gestante a
beneficiária direta dos alimentos gravídicos, ficando, por via de
consequência, resguardados os direitos do próprio nascituro.
2. Com o nascimento com vida da criança, os alimentos gravídicos 
concedidos à gestante serão convertidos automaticamente em pensão 
alimentícia em favor do recém-nascido, com mudança, assim, da 
titularidade dos alimentos, sem que, para tanto, seja necessário 
pronunciamento judicial ou pedido expresso da parte, nos termos do 
parágrafo único do art. 6º da Lei n. 11.804/2008. 3. Em regra, a ação de 
alimentos gravídicos não se extingue ou perde seu objeto com o 
nascimento da criança, pois os referidos alimentos ficam convertidos em 
pensão alimentícia até eventual ação revisional em que se solicite a 
exoneração, redução ou majoração do valor dos alimentos ou até mesmo 
eventual resultado em ação de investigação ou negatória de paternidade. 4. 
Recurso especial improvido. (STJ; REsp 1.629.423; Rel. Min. Marco Aurélio 
Bellizze; DJE 22/06/2017)
AÇÃO DE ALIMENTOS: 
PRINCIPAIS ELEMENTOS.
Fernanda Tartuce 
Qual procedimento deve seguir a 
ação de alimentos?
Houve mudança no cenário do 
CPC/2015?
Procedimento
Art. 693. Parágrafo único. A ação de 
alimentos e a que versar sobre interesse de 
criança ou de adolescente observarão o 
procedimento previsto em legislação 
específica, aplicando-se, no que couber, as 
disposições deste Capítulo.
CPC
Art. 1º. A ação de alimentos 
é de rito especial, 
independente de prévia distribuição e 
de anterior concessão do benefício de 
gratuidade.
Lei 5.478/1968
a) alimentos concedidos em sentença 
(cognição exauriente): alimentos 
definitivos;
b) alimentos concedidos liminarmente 
(cognição sumária): alimentos provisórios
Classificação
1. Há prova pré-constituída do vínculo que
justifica a obrigação alimentar?
Sim – aplica-se a Lei 5.478/68, c/ possível
liminar
Procedimento: ação de 
alimentos
Lei 5.478/68: rito especial se houver prova pré-constituída 
da obrigação em termos de
➢parentesco, 
➢tutela, 
➢matrimônio, 
➢pacto firmado por companheiros
➢sentença (como a declaratória de união estável).
Ação de alimentos
O credor dirigir-se-á ao juiz competente, 
qualificando-se, e exporá suas necessidades, 
provando, apenas 
o parentesco ou 
a obrigação de alimentar do devedor (...)
Lei 5.478/68: Art. 2º. 
Art. 4º Ao despachar o pedido, 
o juiz fixará desde logo 
alimentos provisórios 
a serem pagos pelo devedor, 
salvo se o credor expressamente declarar que deles 
não necessita.
Lei n. 5.478/68
Os alimentos serão fixados na proporção
das necessidades de quem pede e 
da possibilidade da pessoa obrigada.
Critérios para fixação do valor 
devido
O valor dos alimentos deve compreender
a) alimentação;
b) habitação;
c) saúde;
d) educação;
e) vestuário;
f) lazer;
g) Cuidador(a)? Despesas extras?
Necessidades
Qual a condição financeira 
de quem deve alimentos?
Quanto a pessoa aufere de ganhos?
Jurisprudência: possível fixação de até 1/3 
dos vencimentos em prol do alimentando.
Possibilidade
Art. 2º. O credor, pessoalmente, ou por intermédio de 
advogado, dirigir-se-á ao juiz competente, 
qualificando-se, e exporá suas necessidades, 
provando, apenas o parentesco ou a obrigação de 
alimentar do devedor, indicando seu nome e 
sobrenome, residência ou local de trabalho, profissão 
e naturalidade, quanto ganha aproximadamente ou os 
recursos de que dispõe.
Lei 5.478/68
Demandas familiares
Dificuldade probatória marcante!
Regra probatória: padrão
• Quem alega prova!
• Na percepção clássica e liberal o ônus sempre foi concebido 
a partir da liberdade de realizar atos ou condutas previstas 
em certa norma jurídica para satisfazer interesse próprio da 
parte.
• Acontece, porém, que nem sempre querer é poder – nem 
sempre a parte pode exercer plenamente sua liberdade; 
faltam condições e recursos.
Se o alimentante é pessoa distante e/ou 
dificulta o conhecimento sobre suas 
possibilidades, como a alimentanda pode se 
desincumbir 
do ônus de demonstrar tal elemento da
causa de pedir?
Questão
Consideração diferenciada: como não é possível que o 
autor prove a possibilidade, cabe ao demandado provar 
a impossibilidade.
Fala-se, em certos casos, em 
Inversão do ônus da prova ou em
Distribuição Dinâmica do ônus da prova. 
Ônus da prova
CPC/2015, art. 373, § 1º
Em casos previstos em lei ou diante de peculiaridades 
da causa relacionadas à impossibilidade ou excessiva 
dificuldade de cumprir o encargo de provar ou à 
maior facilidade de obtenção da prova do fato 
contrário, o juiz poderá atribuir o ônus da prova de 
modo diverso.
TJSP
DIREITO CIVIL. DIREITO DE FAMÍLIA. AÇÃO DE RECONHECIMENTO DE
PATERNIDADE, CUMULADA A PRETENSÃO COM ALIMENTOS. Revelia
decretada. Prevacelente a presunção juris tantum quanto à paternidade.
Recurso de apelação pelo autor que se circunscreve aos alimentos. Inversão
do ônus da prova quanto à comprovação da situação financeira. Recurso
provido para fixar os alimentos conforme pleiteados na petição inicial.Sentença reformada. Fixados encargos de sucumbência. (TJSP; AC 1017019-
48.2019.8.26.0224; Rel. Des. Valentino Aparecido de Andrade; Julg.
06/04/2022; DJESP 11/04/2022)
TJMG
AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE DIVÓRCIO LITIGIOSO COM PARTILHA
DE BENS, REGULARIZAÇÃO DE GUARDA E OFERTA DE ALIMENTOS. INVERSÃO
ÔNUS DA PROVA. POSSIBILIDADE. ART. 373, §1º, DO CPC. DOCUMENTOS
GRAVADOS COM SIGILO BANCÁRIO E FISCAL. IMPOSSIBILIDADE DE
OBTENÇÃO PELA PARTE REQUERENTE. O art. 373, § 1º do CPC dispõe que o
juiz poderá atribuir o ônus da prova de modo diverso, desde que o faça por
decisão fundamentada, o que se verifica no presente caso, na medida em que
a documentação postulada pela requerida/agravada encontra-se protegida
por sigilo bancário e fiscal. (TJMG; AI 5550684-46.2020.8.13.0000; Rel. Des.
Kildare Carvalho; Julg. 02/09/2021; DJEMG 03/09/2021)
https://www.magisteronlinee.com.br/mgstrnet/lpext.dll?f=FifLink&t=document-frame.htm&l=jump&iid=c:/Views44/Magister/Mgstrnet/MagNet_Legis.nfo&d=NCPC,%20art.%20373&sid=1bc12cea.6538e8aa.0.0#JD_NCPCart373
https://www.magisteronlinee.com.br/mgstrnet/lpext.dll?f=FifLink&t=document-frame.htm&l=jump&iid=c:/Views44/Magister/Mgstrnet/MagNet_Legis.nfo&d=NCPC,%20art.%20373&sid=1bc12cea.6538e8aa.0.0#JD_NCPCart373
TJDF
DIREITO DE FAMÍLIA E PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO DE ALIMENTOS.
ALIMENTANDOS MENORES. (...) Os rendimentos mensais auferidos com
atividade empresarial não podem ser delimitados de modo exato,
notadamente quando se esquivara o alimentante do ônus que lhe estivera
debitado ao não coligir nenhum comprovante dos seu efetivo rendimento
atual, conquanto evidenciado pelos alimentandos o desenvolvimento de
atividade comercial pelo pai e a subsistência de razoável patrimônio
imobilizado, ensejando a apreensão de que os alimentos que lhe estão
debitados como expressão do poder familiar devem ser fixados, (...) em
montante que se afigure razoavelmente adequado à sua capacidade
contributiva(...) (TJDF; Rec 07055.41-82.2020.8.07.0007; Rel. Des. Teófilo
Caetano; Julg. 07/04/2021; Publ. PJe 26/04/2021)
QUESTÃO
Pode o juiz fixar a pensão alimentícia em valor 
superior ao pleiteado na inicial?
Ou, se o fizer, proferirá decisão ultra petita e, 
portanto, nula?
TJSP
ALIMENTOS. Sentença que, após reconhecer a paternidade do apelante com
relação ao apelado, fixou a obrigação alimentícia no importe de 30% (trinta
por cento) dos rendimentos líquidos do autor (em ação de investigação de
paternidade cumulada com oferta de alimentos). Alegação de sentença ultra
petita, vez que o apelante ofereceu, inicialmente, a quantia de 20% (vinte por
cento) sobre o salário mínimo. Jurisprudência sedimentada acerca da
possibilidade de fixação de valor superior ao indicado na inicial, sem a
ocorrência de nulidade, posto tratar-se de mera estimativa. Arbitramento que
respeitou o binômio necessidade-possibilidade. Sentença mantida. RECURSO
A QUE SE NEGA PROVIMENTO. (TJSP; AC 1001315-48.2017.8.26.0229; Rel.
Des. Wilson Lisboa Ribeiro; Julg. 23/03/2022; DJESP 30/03/2022)
TJPR
APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE OFERTA DE ALIMENTOS C/C REGULAMENTAÇÃO DE
VISITAS. PRESTAÇÃO ALIMENTAR FIXADA EM 30% DO SALÁRIO MÍNIMO
NACIONAL. INSURGÊNCIA DO ALIMENTANTE, QUE É PESCADOR. RENDIMENTOS
VARIÁVEIS AO LONGO DO ANO. PLEITO PELA FIXAÇÃO DOS ALIMENTOS EM R$
200,00 ENTRE OS MESES DE NOVEMBRO A ABRIL, E R$ 120,00 NOS DEMAIS
MESES. Impossibilidade. Melhor interesse dos apelados, que hoje contam com 12
e 7 anos de idade. Fixação dos alimentos em valor superior ao postulado na inicial.
Alegação de sentença ultra petita. Não ocorrência. Precedentes. Alimentos
reduzidos para 23% do salário mínimo. Recurso conhecido e parcialmente provido.
(TJPR; Rec 0018145-89.2020.8.16.0129; Relª Desª Vilma Régia Ramos de Rezende;
Julg. 08/02/2022; DJPR 08/02/2022)
TJGO
AAGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE DIVÓRCIO LITIGIOSO C/C
PARTILHA DE BENS, GUARDA, ALIMENTOS PROVISÓRIOS. ALIMENTOS
PROVISÓRIOS ARBITRADOS EM VALOR SUPERIOR AO PLEITEADO.
INOBSERVÂNCIA AO PRINCÍPIO DA CONGRUÊNCIA. ALIMENTOS
PROVISÓRIOS AS FILHAS MENORES. OBSERVÂNCIA AO TRINÔMIO
NECESSIDADE, POSSIBILIDADE E PROPORCIONALIDADE. ADEQUAÇÃO AO
PEDIDO INICIAL. ALIMENTOS PROVISÓRIOS PARA EX-CÔNJUGE.
CABIMENTO. MÚTUA ASSISTÊNCIA. ALUGUÉIS. INOVAÇÃO RECURSAL.
1. O agravo de instrumento cinge-se no acerto ou desacerto do ato judicial
agravado. 2. O princípio da congruência determina que o Juiz decida a lide
nos limites em que foi proposta, sendo vedada a prolação de sentença além
(ultra petita), fora (extra petita) ou aquém do pedido (citra ou infra petita).
3. No caso, havendo inobservância do valor pretendido a título de alimentos
provisórios fixados às filhas menores, mister a minoração para 50%
(cinquenta por cento) do salário-mínimo, para cada. (...) (TJGO; AI 5353840-
03.2021.8.09.0000; Minaçu; Quinta Câmara Cível; Rel. Des. Maurício Porfírio
Rosa; Julg. 14/10/2021; DJEGO 18/10/2021; Pág. 3119)
TJMS
(...) Quanto aos alimentos, não há qualquer ilegalidade na decisão
agravada. A propósito, o magistrado fixou o quantum alimentar em valor
menor do que o postulado na inicial, para cada genitor, não havendo que se
falar em decisão ultra petita. Ademais, como bem observado no parecer
ministerial, o Superior Tribunal de Justiça já firmou o entendimento de que,
“na ação de alimentos, a sentença não se subordina ao princípio da
adstrição, podendo o magistrado arbitrá-los com base nos elementos
fáticos que integram o binômio necessidade/capacidade, sem que a decisão
incorra em violação dos arts. 128 e 460 do CPC” (REsp 1.290.313/AL, Rel.
Ministro ANTONIO CARLOS FERREIRA, QUARTA TURMA, julgado em
12/11/2013, DJe de 7/11/2014) (...) (TJMS; AI 1405294-09.2021.8.12.0000;
Rel. Des. Geraldo de Almeida Santiago; DJMS 20/08/2021)
https://www.magisteronline.com.br/mgstrnet/lpext.dll?f=FifLink&t=document-frame.htm&l=jump&iid=c:/Views44/Magister/Mgstrnet/MagNet_Legis.nfo&d=NCPC,%20art.%20128&sid=1bc12cea.6538e8aa.0.0#JD_NCPCart128
https://www.magisteronline.com.br/mgstrnet/lpext.dll?f=FifLink&t=document-frame.htm&l=jump&iid=c:/Views44/Magister/Mgstrnet/MagNet_Legis.nfo&d=NCPC,%20art.%20460&sid=1bc12cea.6538e8aa.0.0#JD_NCPCart460
TJSP
APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE OFERTA DE ALIMENTOS. ALEGAÇÃO DE 
JULGAMENTO ULTRA PETITA. NÃO CARACTERIZAÇÃO. VALOR ARBITRADO. 
MANUTENÇÃO. ATENDIMENTO AO BINÔMIO 
NECESSIDADE/POSSIBILIDADE.... 1. Tratando-se de ação de oferta de 
alimentos, o Magistrado a quo não fica adstrito ao pedido inicial, de tal 
modo que o julgamento não é ultra petita quando a obrigação é fixada em 
valor superior àquele ofertado. 2. Demonstrado que a fixação dos 
alimentos observou ao binômio necessidade/possibilidade, de rigor a sua 
manutenção, máxime porque a necessidade do filho menor é presumida e 
os elementos evidenciam a capacidade do genitor para arcar com o valor 
arbitrado. (TJSP; AC 1000620-93.2021.8.26.0281; Relª Desª Maria do 
Carmo Honório; Julg. 25/11/2021; DJESP 30/11/2021)
QUESTÃO
É possível pleitear alimentos em face do pai e do avô 
de forma concomitante?
STJ
Súmula 596
A obrigação alimentar dos avós tem natureza
complementar e subsidiária, somente se
configurando no caso de impossibilidade total ou
parcial de seu cumprimento pelos pais.
TJSP
AÇÃO DE GUARDA CUMULADA COM REGULAMENTAÇÃO DE VISITAS E 
ALIMENTOS. Ação ajuizada em face do genitor e dos avós paternos, 
pleiteando alimentos provisórios. Alegação de que o genitor está preso 
em regime semiaberto. Decisão que determinou à autora que 
emendasse a inicial para o fim de excluir do polo passivo os avós 
paternos. Insurgência da agravante. Acolhimento. Obrigação alimentar 
avoenga que é subsidiária e complementar, e somente se justifica se 
ficar comprovado que os genitores não possuem condições financeiras 
de suprir as necessidades do alimentando. Inteligência da Súmula nº 
596 do C. STJ. 
Possibilidade, no entanto, de litisconsórcio sucessivo, em que a pretensão 
formulada contra um dos litisconsortes só será examinada se não acolhida 
a pretensão formulada contra o outro. Litisconsórciosucessivo que se 
admite quando não é possível apurar, de antemão, de quem é a 
responsabilidade pelo cumprimento da obrigação. Inviabilidade, no 
entanto, de fixação de alimentos provisórios em face de avós, uma vez não 
comprovada, de plano, a incapacidade dos pais. Recurso parcialmente 
provido. (TJSP; AI 2087146-50.2020.8.26.0000; Ac. 13549546; Praia 
Grande; Sexta Câmara de Direito Privado; Rel. Des. Marcus Vinicius Rios 
Gonçalves; Julg. 12/05/2020; DJESP 18/05/2020)
TJSP
ALIMENTOS. PLEITO DEDUZIDO POR ADOLESCENTE (12 ANOS DE 
IDADE), SOB A GUARDA MATERNA, EM FACE DO GENITOR E DO AVÔ 
PATERNO. DECISÃO QUE DETERMINA A EMENDA DA INICIAL PARA A 
INCLUSÃO DOS AVÓS MATERNOS NO POLO PASSIVO DA AÇÃO. 
Manifestação do autor no sentido de que os ascendentes maternos já 
contribuem materialmente com seu sustento, de forma espontânea. 
Indeferimento da inicial e extinção do feito, sem resolução do mérito 
(art. 485, I, do CPC). Inconformismo. 
https://www.magisteronlinee.com.br/mgstrnet/lpext.dll?f=FifLink&t=document-frame.htm&l=jump&iid=c%3A%5CViews44%5CMagister%5CMgstrnet%5CMagNet_Legis.nfo&d=NCPC,%20art.%20485&sid=45eef336.5491742d.0.0#JD_NCPCart485
Acolhimento. Obrigação alimentar que, embora divisível, não conduz à 
hipótese de litisconsórcio passivo necessário, cabendo a cada 
coobrigado contribuir na proporção de sua cota e de seus respectivos 
recursos. Alimentando que não é obrigado a litigar contra quem não 
pretende. Faculdade do credor de alimentos. Precedentes. 
Desnecessidade de emenda à inicial. Ação que deve prosseguir em 
relação ao pai, com pleito subsidiário em face do avô paterno. Extinção 
afastada. Recurso provido. (TJSP; AC 1000196-56.2019.8.26.0108; Ac. 
14189992; Cajamar; Sétima Câmara de Direito Privado; Rel. Des. 
Rômolo Russo; Julg. 28/11/2020; DJESP 03/12/2020)
TJCE
(...) O agravante é avô paterno do alimentando e foi chamado a integrar o 
polo passivo da lide e pagar alimentos provisórios à criança no valor de 
40% do salário mínimo, pois seu filho não conseguia sozinho cumprir a 
obrigação alimentar imposta a ele (filho do agravante), cujo valor havia 
sido fixado em 50% do salário mínimo. (...) O dever de prestar alimentos 
dos avós tem caráter subsidiário e complementar da obrigação de 
alimentos que recai sobre os pais, ou seja, eventual deferimento da 
pretensão dependerá de prévia comprovação de absoluta impossibilidade 
dos genitores em prover o sustento da prole. Precedentes. 
4 - Em face da irrepetibilidade dos alimentos, não se mostra razoável que 
o avô paterno figure em ação de alimentos em litisconsórcio com o 
genitor/alimentante antes de apurada a impossibilidade dos pais em fazê-
lo. 5 - Agravo de instrumento conhecido e provido. Decisão de primeiro 
grau reformada para excluir do polo passivo da demanda todos os avós do 
alimentando. (TJCE; AI 0622814-51.2019.8.06.0000; Quarta Câmara de 
Direito Privado; Rel. Des. Francisco Bezerra Cavalcante; Julg. 19/11/2019; 
DJCE 25/11/2019) 
TJSP
AGRAVO DE INSTRUMENTO. Alimentos. Ação movida contra a avó paterna. 
Decisão saneadora que rejeitou preliminares de ilegitimidade passiva e 
chamamento ao processo do genitor da alimentada... O art. 1.698 do Código 
Civil não prevê a hipótese de chamamento ao processo entre os parentes de 
grau diverso, como no caso da avô em relação ao genitor da alimentada, e 
nem litisconsórcio necessário entre pai e avós, respondendo estes por 
obrigação própria, somente se não puder ser cumprida total ou parcial pelo 
genitor, cuja prova pode-se fazer no curso da ação... (TJSP; AI 2002938-
70.2019.8.26.0000; Rel. Des. Alcides Leopoldo; Julg. 25/05/2015; DJESP 
22/10/2019)
https://www.magisteronlinee.com.br/mgstrnet/lpext.dll?f=FifLink&t=document-frame.htm&l=jump&iid=c%3A%5CViews44%5CMagister%5CMgstrnet%5CMagNet_Legis.nfo&d=CC,%20art.%201698&sid=353c660f.2ef94620.0.0#JD_CCart1698
QUESTÃO
Quando se admite a ação de alimentos avoengos? 
A subsidiariedade da obrigação dos avós é questão 
preliminar ou de mérito?
TJSP
AGRAVO DE INSTRUMENTO. FAMÍLIA. ALIMENTOS AVOENGOS. Ação de 
alimentos movida em face do genitor e da avó paterna. Homologação de 
acordo quanto a obrigação alimentar paterna, com prosseguimento da ação 
em face da avó. Recurso contra a decisão que rejeitou a preliminar de 
ilegitimidade passiva. Irresignação da ré. Legitimidade passiva por figurar 
como avó paterna no registro de nascimento. Desnecessidade do 
envolvimento dos avós maternos na demanda. Inexistência de litisconsórcio 
passivo necessário. Medida que, ademais, retardaria a resolução do processo, 
em prejuízo do menor nele envolvido. Precedentes desta C. Câmara. (...). 
(TJSP; AI 2012427-29.2022.8.26.0000; Rel. Des. Alexandre Marcondes; Julg. 
31/03/2022; DJESP 06/04/2022)
TJMG
(...) Pela teoria da asserção, a legitimidade ad causam é analisada conforme as 
afirmações do demandante contidas na petição inicial, de forma autônoma e 
abstrata, não se confundindo com o direito material perseguido, que diz respeito 
ao mérito da causa. 2. A invocação da responsabilidade alimentar dos avós, 
disciplinada no art. 1.698 do Código Civil, encerra obrigação divisível, razão pela 
qual a formação de litisconsórcio é facultativa, sendo cabível, assim, o ajuizamento 
da demanda em face de quaisquer dos progenitores. 3. Diante da falta de suporte 
financeiro do genitor, que reiteradamente deixa de realizar o pensionamento, não 
suprindo as necessidades básicas do filho e, considerando a necessidade premente 
do alimentando, cuja condição de hipossuficiência é presumida, é cabível a fixação 
de verba alimentar a ser arcada pelos avós paternos, de forma subsidiária e 
complementar. (...) (TJMG; APCV 0028360-97.2017.8.13.0684; Relª Desª Sandra 
Fonseca; Julg. 15/02/2022; DJEMG 21/02/2022) 
TJMS
APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE ALIMENTOS AVOENGOS. AÇÃO PROMOVIDA 
EM FACE DOS AVÓS PATERNOS. PRELIMINAR DE ILEGITIMIDADE PASSIVA. 
AFASTADA. (...) Os avós podem figurar no pólo passivo da ação de 
alimentos promovida pelo neto, em razão da sua responsabilidade 
complementar e subsidiária, conforme dispõe o art. 1698 do Código Civil. 2. 
Deve prevalecer a opção do alimentando em demandar contra aquele(a) 
avô(ó) que melhor apresente condições de suprir as suas necessidades, 
tratando. se pois de uma faculdade do autor alimentando, escolher um ou 
outro dos avós, em prestígio do princípio da instrumentalidade do 
processo, de modo a assegurar a efetividade dos alimentos, por quem 
possa prestá-los, sem maior demora processual. 
https://www.magisteronlinee.com.br/mgstrnet/lpext.dll?f=FifLink&t=document-frame.htm&l=jump&iid=c%3A%5CViews44%5CMagister%5CMgstrnet%5CMagNet_Legis.nfo&d=CC,%20art.%201698&sid=1bc12cea.6538e8aa.0.0#JD_CCart1698
Tal determina que o litisconsórcio neste caso é facultativo. 3-A obrigação 
alimentar dos avós é subsidiária e complementar a dos pais, e só se justifica 
na impossibilidade comprovada de ambos os genitores arcarem com as 
necessidades básicas dos filhos. Tal entendimento está expresso na Súmula 
nº 596 do STJ. Assim, a impossibilidade total ou parcial do cumprimento da 
obrigação alimentar pelos pais é fundamento decisivo para o 
reconhecimento da obrigação avoenga, não restando provado tal fato, o 
pedido deve ser julgado improcedente. (TJMS; AC 0802016-
85.2017.8.12.0001; Segunda Câmara Cível; Rel. Des. Fernando Mauro 
Moreira Marinho; DJMS 12/03/2021)
TJSP
AGRAVO DE INSTRUMENTO. Ação de alimentos em face do genitor e do 
avô paterno. Decisão entendendo que a ilegitimidade passiva se 
confunde com o mérito, indeferindo o chamamento dos avós maternos. 
Inconformismo do avô, pugnando pela extinção do feito sem resolução 
do mérito, uma vez reconhecida a sua ilegitimidade ou, 
subsidiariamente, o chamamento das avós paterna e materna. Decisão 
reformada. Agravada entendendo que o genitor está preso e, por isso 
mesmo, não tem condições de sustenta-la, ao contrário do avó paterno, 
supostamente aposentado, com melhores condições financeiraspara 
tanto. Acolhimento, todavia, do pleito do avô. Alimentos avoengos que 
são excepcionais e têm caráter subsidiário, não sendo complementar. 
Dever de sustento da prole que incumbe aos pais (ambos). Inexistência de 
prova concreta no sentido de que o genitor, ainda que preso, não tenha 
condições de colaborar na manutenção da filha. 
Recurso provido para acolher a preliminar de ilegitimidade passiva do avó 
paterno, julgando extinto o feito sem resolução do mérito com relação ao 
avô paterno. 
(TJSP; AI 2012980-13.2021.8.26.0000; Ac. 14864730; São José do Rio 
Preto; Segunda Câmara de Direito Privado; Rel. Des. José Joaquim dos 
Santos; Julg. 29/07/2021; DJESP 06/08/2021)
TJSP
AGRAVO DE INSTRUMENTO. ALIMENTOS AVOENGOS. (...) Rejeição da 
preliminar de ilegitimidade passiva superveniente em razão da soltura do 
genitor durante o trâmite processual. Ausência de concordância na 
inclusão do genitor no polo passivo da ação. Inteligência do artigo 339, §§
1º e 2º do código de processo civil. Matéria que se refere ao mérito da 
ação para aferição do preenchimento dos requisitos para fixação do 
encargo alimentar... (TJSP; AI 2003981-08.2020.8.26.0000; Rel. Des. 
Erickson Gavazza Marques; Julg. 03/02/2020; DJESP 11/02/2020)
https://www.magisteronlinee.com.br/mgstrnet/lpext.dll?f=FifLink&t=document-frame.htm&l=jump&iid=c%3A%5CViews44%5CMagister%5CMgstrnet%5CMagNet_Legis.nfo&d=NCPC,%20art.%20339&sid=45eef336.5491742d.0.0#JD_NCPCart339
TJAL
CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. DIREITO DE FAMÍLIA. AGRAVO DE 
INSTRUMENTO. AÇÃO DE ALIMENTOS AVOENGOS. (...) Alegação de 
ilegitimidade passiva dos avós paternos e de necessidade de chamamento 
ao processo dos avós maternos. Inacolhimento. Obrigação de prestação 
alimentar é extensiva aos ascendentes, o que torna legítima a inclusão dos 
recorrentes no polo passivo da demanda. (...) Ausência de comprovação da 
impossibilidade financeira da genitora do agravante em arcar com o 
sustento do filho. Falecimento do genitor que, de forma isolada, não 
acarreta aos pais do de cujus a obrigatoriedade de sustentar a prole que ele 
deixou. (...) (TJAL; AI 0806951-82.2019.8.02.0000; Delmiro Gouveia; Rel. 
Des. Fábio José Bittencourt Araújo; DJAL 21/07/2020)
TJSP
APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE ALIMENTOS EM FACE DOS AVÓS PATERNOS.
SENTENÇA DE IMPROCEDÊNCIA. (...) Irresignação dos alimentandos,
pugnando pela procedência da demanda, afirmando que os pais não têm
condições de proverem os alimentos. Execução de alimentos proposta
contra o genitor, inclusive com mandado de prisão pendente de
cumprimento, sem informações nos autos do desfecho. Alimentos
avoengos que têm caráter subsidiário e não solidário, sendo imposto
quando os pais não conseguem sustentar a prole. Inteligência da Súmula
nº 596 do STJ.
Apelante que exerce atividade informal, recebendo aproximadamente
R$600,00 mensais. Fato de o genitor não prover os alimentos, por si só,
não transfere aos avós paternos a obrigação alimentar. Avô paterno
falecido no curso da ação. Inconformismo dos alimentandos que não
prospera. Recurso desprovido. (TJSP; AC 1006625-35.2019.8.26.0562; Ac.
15541593; Santos; Segunda Câmara de Direito Privado; Rel. Des. João
Baptista Galhardo Júnior; Julg. 31/03/2022; DJESP 06/04/2022)
TJSP
ALIMENTOS AVOENGOS. PRELIMINAR. É DESNECESSÁRIA A FORMAÇÃO
DE LITISCONSÓRCIO ENTRE AVÓS PATERNOS E MATERNOS QUANDO UM
DOS TRONCOS ASCENDETES INTEGRA A LIDE. Obrigação alimentícia
conjunta e divisível. Menor que já reside com os pais da genitora e a
genitora. Mérito. Fixação de alimentos. Possibilidade. Inteligência dos arts.
1.696 e 1.698, ambos, do CC. Legitimidade de se impor a obrigação aos
avós na impossibilidade do pai cumprir com o pensionamento. Genitor não
localizado a despeito das inúmeras tentivas judiciais para localizá-lo.
Aplicação da Súmula nº 596 do STJ. (...) (TJSP; AC 1050610-
46.2018.8.26.0576; Relª Desª Hertha Helena de Oliveira; Julg. 28/05/2012;
DJESP 02/10/2019)
TJSP
(...) Alimentos avoengos que têm caráter subsidiário e não solidário, sendo
imposto quando ambos os pais não conseguem sustentar a prole.
Inteligência da Súmula nº 596 do STJ. Genitora jovem e saudável, podendo
laborar, encontrando-se desempregada, momentaneamente, qualificando-
se como assessora comercial. Reclusão do genitor que, por si só, não
autoriza o arbitramento dos alimentos ao avô, prestes a completar 65 anos
de idade, aposentado por invalidez, auferindo, apenas, um salário mínimo.
Apelada que poderá se socorrer do auxílio-reclusão. Inversão do ônus da
sucumbência. Recurso provido. (TJSP; AC 1003511-57.2019.8.26.0637; Rel.
Des. José Joaquim dos Santos; Julg. 10/02/2021; DJESP 19/02/2021)
TJSP
FAMÍLIA. AÇÃO DE ALIMENTOS AVOENGOS. DEMANDA MOVIDA PELA
NETA EM FACE DO AVÔ PATERNO. Sentença de procedência. (...)Pai da
autora que está recolhido em estabelecimento prisional. Impossibilidade
de pagamento dos alimentos fixados. Auxílio reclusão negado à menor pelo
INSS. Alimentos fixados em primeiro grau (30% do salário mínimo) que não
oneram em demasia o avô paterno, estando de acordo com as
necessidades da autora, menor de apenas 10 anos. Sentença mantida.
Recurso desprovido. (TJSP; AC 1004663-92.2018.8.26.0438; Rel. Des.
Alexandre Marcondes; Julg. 31/03/2020; DJESP 15/04/2020)
TJSC
AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE ALIMENTOS PROPOSTA POR NETO
EM FACE DO AVÔ. Decisão interlocutória que deferiu os alimentos
avoengos em 40% (quarenta por cento) do salário mínimo e indeferiu o
ingresso no feito dos demais avós. Insurgência do progenitor. Chamamento
dos avós maternos ao processo. Litisconsórcio facultativo. Arguição
afastada. Pretensão à exoneração ou a minoração do encargo alimentar.
Prov a nos autos de abandono material pelo pai. Diversas tentativas de
citação para o cumprimento da obrigação de prestar alimentos fixada
judicialmente, todas frustradas.
Genitor que está em local incerto e não sabido. Arts. 1.696 e 1.698 do
Código Civil. Particularidades da hipótese que autorizam,
excepcionalmente, o reconhecimento do dever dos a vós de contribuir para
o sustento do alimentando. Princípio da solidariedade. Quantum arbitrado
que observa o trinômio necessidade, possibilidade e proporcionalidade, na
forma do art. 1.694, § 1º, do Código Civil. Montante, ademais, que se
afigura razoável ao caso concreto. Decisum mantido. Recurso conhecido e
desprovido. (TJSC; AI 4012595-61.2016.8.24.0000; Içara; Sexta Câmara de
Direito Civil; Rel. Des. Stanley Braga; DJSC 28/03/2018)
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QUESTÃO
Se a demanda for dirigida ao avô paterno, este 
poderá provocar a inclusão da avó materna no polo 
passivo? Se sim, qual o mecanismo processual 
adequado?
TJSP
ALIMENTOS AVOENGOS. Chamamento ao processo dos avós maternos pela
avó paterna (ré). Impossibilidade. Litisconsórcio passivo necessário de que
não se cogita. Obrigação divisível, que pode ser compartilhada pelos
codevedores do mesmo grau de parentesco. Hipótese de litisconsórcio
passivo facultativo. Óbito do genitor em razão de incêndio que resultou
também na perda da casa pela avó paterna. Situação de hipossuficiência
material reconhecida. Pedido improcedente. Alimentos provisórios
revogados. Sentença reformada. Inversão dos ônus de sucumbência.
Apelação provida, concedida tutela antecipada recursal. (TJSP; AC 1009300-
40.2020.8.26.0269; Rel. Des. Luiz Antonio de Godoy; Julg. 10/03/2022; rep.
DJESP 23/03/2022)
TJSP
AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE ALIMENTOS AVOENGOS. DECISÃO
IMPUGNADA DEFERIU O CHAMAMENTO AO PROCESSO DA AVÓ PATERNA.
Insurgência do avô paterno, sob alegação de que são casados sob regime de
comunhãouniversal de bens. Obrigação alimentar que possui natureza
complementar e subsidiária. Genitor não cumpre com a parte que lhe cabe.
Possibilidade de chamamento de todos que podem contribuir com a
obrigação, a fim de se analisar as possibilidades de maneira proporcional.
Decisão mantida Recurso não provido. (TJSP; AI 2244487-
08.2021.8.26.0000; Rel. Des. Edson Luiz de Queiroz; Julg. 05/04/2022; DJESP
08/04/2022)
TJAL
APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO CIVIL. DIREITO DE FAMÍLIA. AÇÃO DE
ALIMENTOS AVOENGOS C/C ALIMENTOS PROVISÓRIOS. Ação que pode ser
promovida em face de um ou todos os obrigados. Litisconsórcio passivo
facultativo. Critério de escolha da parte demandante. Possibilidade de
chamamento ao processo dos demais coobrigados. Ação que prosseguiu
apenas em face de um dos avós. Alimentos avoengos deferidos de forma
complementar. Situação excepcional comprovada. Alimentos que não estão
sendo pagos pelo genitor. Necessidade de ação de execução. Ausência de
demonstração quanto à impossibilidade de condições de assumir o encargo.
Avô que pagou alimentos provisórios durante o trâmite processual, sem o
comprometimento de seu sustento. (...) (TJAL; AC 0700283-
77.2016.8.02.0005; Boca da Mata; Rel. Juiz Conv. Alexandre Lenine de Jesus
Pereira; DJAL 09/03/2022)
TJPR
DIREITO CIVIL E PROCESSO CIVIL. DIREITO DE FAMÍLIA. AGRAVO DE 
INSTRUMENTO. AÇÃO DE ALIMENTOS. DECISÃO QUE INDEFERE PEDIDO 
DO GENITOR PARA O CHAMAMENTO AO PROCESSO DA GENITORA DA 
ALIMENTADA (MAIOR DE IDADE). ALEGAÇÃO DE LITISCONSÓRCIO 
PASSIVO NECESSÁRIO. INSURGÊNCIA QUE NÃO PROSPERA. CASO DE 
LITISCONSÓRCIO PASSIVO FACULTATIVO. AUSÊNCIA DE SOLIDARIEDADE 
NA OBRIGAÇÃO ALIMENTAR, TENDO EM VISTA QUE A FIXAÇÃO DA 
OBRIGAÇÃO SE DÁ DE ACORDO COM AS POSSIBILIDADES DO 
ALIMENTANTE. DECISÃO MANTIDA. 
1. Nas ações de alimentos, não há que se falar em litisconsórcio passivo 
necessário, mas sim em litisconsórcio facultativo, uma vez que, além de a 
facultatividade ser inerente à redação do artigo 1698 do Código Civil, a teor da 
locução poderão ser chamadas, não se pode obrigar o autor a litigar contra 
quem não deseja. A obrigação alimentar é individual, proporcional às 
possibilidades do Alimentante, não havendo solidariedade à dívida toda, na 
forma do art. 264 do Código Civil. 2. Processual civil e civil. Complementação 
de alimentos. Ação proposta contra avô paterno. Legitimidade. Ausência de 
litisconsórcio necessário com os avós maternos. Dissídio não demonstrado. 
Precedentes. Orientação da Turma. Recurso não conhecido. (STJ, RESP 
261.772/SP, Rel. Ministro Sálvio DE Figueiredo Teixeira, QUARTA TURMA, 
julgado em 05/10/2000, DJ 20/11/2000, p. 302). (...). (TJPR; Rec 0009135-
83.2021.8.16.0000; Relª Desª Ivanise Maria Tratz Martins; Julg. 24/05/2021; 
DJPR 07/06/2021)
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TJSP
ALIMENTOS AVOENGOS. (...) Conquanto a obrigação avoenga seja
subsidiária, não se pode olvidar que o genitor da criança faleceu,
justificando-se, então, o aumento do pensionamento. Respeitado o douto
entendimento da primeira instância, o menor reside com os avós maternos
e a mãe, sendo presumida, bem por isso, a contribuição avoenga materna.
A obrigação entre avós é conjunta e divisível, sendo desnecessária a
formação de litisconsórcio entre avós paternos e maternos quando um dos
troncos de ascendente integra a lide. (...). (TJSP; AC 1016097-
24.2019.8.26.0477; Relª Desª Hertha Helena de Oliveira; Julg. 29/09/2021;
rep. DJESP 06/10/2021)
TJSP
AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE ALIMENTOS AVOENGOS. 
Propositura pela menor em face da avó paterna, em razão da desídia do 
genitor em auxiliar no respectivo sustento. Decisão determinando a 
inclusão dos avós maternos no polo passivo do feito e a juntada da 
certidão de óbito do avô paterno. Recurso não conhecido no tocante ao 
segundo comando, eis que a certidão já foi juntada nos autos originários. 
Irresignação relacionada à inclusão dos avós maternos no polo passivo 
deve ser acolhida. Obrigação dos avós é, em regra, subsidiária e 
complementar, sendo viável a pretensão quando verificada a 
impossibilidade da genitora ou do genitor em prestar alimentos. 
Jurisprudência desta Colenda Câmara. Contudo, a obrigação dos avós, 
sejam paternos ou maternos, sempre deverá guardar relação com a 
respectiva descendência. Ou seja, os avós paternos possuem 
responsabilidade subsidiária e complementar quanto à obrigação do 
genitor e os avós maternos, quanto à obrigação da genitora. Chamamento 
dos avós maternos apenas seria justificável na hipótese de a genitora 
também não estar cumprindo com a respectiva obrigação no sustento 
financeiro da menor. Situação na verificada no caso concreto. Inexistência 
de solidariedade ou de litisconsórcio necessário. Decisão reformada neste 
particular. RECURSO CONHECIDO EM PARTE E PROVIDO NA PARTE 
CONHECIDA. (TJSP; AI 2266524-97.2019.8.26.0000; Relª Desª Silvia Maria 
Facchina Espósito Martinez; Julg. 14/06/2020; DJESP 17/06/2020)
QUESTÃO
A genitora pode requerer alimentos para filho em 
nome próprio?
TJSE
APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE ALIMENTOS. AJUIZAMENTO PELA
GENITORA EM NOME PRÓPRIO EM FAVOR DE FILHA MENOR.
ILEGITIMIDADE. IRREGULARIDADE SANÁVEL. EMENDA NÃO
REALIZADA. INÉRCIA. INDEFERIMENTO DA INICIAL NOS TERMOS DO
ART. 321, PARÁGRAFO ÚNICO DO CPC. EXTINÇÃO DO FEITO SEM
RESOLUÇÃO DO MÉRITO. OBSERVÂNCIA DO 485, I, DO MENCIONADO
DIPLOMA LEGAL. MANUTENÇÃO DA SENTENÇA. RECURSO CONHECIDO
E DESPROVIDO. DECISÃO UNÂNIME. O não atendimento da
determinação de emenda à inicial, por inépcia da parte enseja a extinção
do processo sem resolução de mérito, nos termos do art. 321, parágrafo
único do CPC. (TJSE; AC 202200701112; Rel. Des. Roberto Eugenio da
Fonseca Porto; DJSE 29/03/2022)
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https://www.magisteronlinee.com.br/mgstrnet/lpext.dll?f=FifLink&t=document-frame.htm&l=jump&iid=c%3A%5CViews44%5CMagister%5CMgstrnet%5CMagNet_Legis.nfo&d=NCPC,%20art.%20321&sid=4f5c5a53.60ccb939.0.0#JD_NCPCart321
TJSP
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. ALIMENTOS. 
Recurso interposto contra Acórdão unânime que NÃO CONHECEU DO 
AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RELAÇÃO À GENITORA E, EM RELAÇÃO AO 
MENOR/AGRAVANTE, DEU PROVIMENTO AO RECURSO. Alegação de 
CONTRADIÇÃO, sob a alegação de que a segunda embargante é genitora do 
menor e sua representante legal, devendo, portanto, ser concedido o 
deferimento da justiça gratuita e sua extensão a todos os atos do processo 
de origem, principalmente a isenção do recolhimento da remuneração do 
conciliador/mediador. 
Vício processual a justificar os embargos de declaração que deve ser 
intrínseco, ou seja, a contradição deve estar presente entre os próprios 
termos da decisão recorrida, não se admitindo o cotejo com os demais 
elementos dos autos. Acórdão que foi expresso ao demonstrar a razão que 
conduziu ao resultado, ou seja, o não conhecimento do recurso em relação 
à genitora, tendo em vista que esta. Em nome próprio. Não participa da 
relação processual originária. Representante legal que, em nome próprio, 
não é parte processual. Ausência de contradição no acórdão... (TJSP; EDcl
2006640-19.2022.8.26.0000/50000; Relª Desª Ana Maria Baldy; Julg. 
10/03/2022; DJESP 16/03/2022; Pág. 2336)
TJSP
AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE ALIMENTOS. Genitora, ora agravada, 
que tem legitimidade para pleitear, em nome próprio, na ação que tem por 
finalidade a extinção do vínculo conjugal, alimentos em favor dos filhos

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