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TICS - TIPOS DE ABORTO ALUNA: ANNY BIANCA BONFIM VELOSO FALCÃO - T13 PROFa: ANA RACHEL OLIVEIRA DE ANDRADE ● Quais os tipos de aborto? O aborto é a interrupção prematura de uma gravidez, de acordo com critérios estabelecidos pela Organização Mundial de Saúde (OMS). A OMS define o aborto como a interrupção antes das 22 semanas de gestação, com o feto geralmente pesando menos de 500 g. Nessas condições, o feto é incapaz de sobreviver fora do útero da mãe. Existem vários tipos de aborto: 1. Aborto completo: É caracterizado pela eliminação total do conteúdo uterino, geralmente ocorrendo até a oitava semana de gestação, sem a necessidade de intervenção médica. O colo uterino (orifício interno) pode estar aberto e o tamanho uterino mostra-se menor que o esperado para a idade gestacional. No exame de ultrassom, encontra-se cavidade uterina vazia ou com imagens sugestivas de coágulos. A conduta nesse caso é de observação, com atenção ao sangramento e/ou à infecção uterina. Quando persiste o sangramento, ou a mulher deseja interromper a perda sanguínea, deve ser realizada aspiração manual intrauterina (AMIU) e, na falta desta, a curetagem uterina. 2. Aborto incompleto: Caracterizado pela eliminação parcial do conteúdo uterino, resultando em sangramentos não volumosos. Requer intervenção médica, pois as pacientes ainda eliminam material fetal, que também pode ser chamado de abortamento em curso. 3. Aborto retido: Ocorre quando o feto está morto há mais de 30 dias, com resíduos intrauterinos não expelidos. Os sintomas de gravidez cessam, o colo do útero permanece fechado, e o diagnóstico é confirmado por ultrassom. O tratamento envolve medicamentos para induzir contrações, AMIU ou curetagem. 4. Aborto infectado: É causado por resíduos intrauterinos e frequentemente está associado a abortos ilegais. Pode resultar em infecção local ou sistêmica grave (septicemia) com alta mortalidade. Os sintomas são semelhantes aos do aborto incompleto, mas incluem febre, taquicardia, dor local e eliminação de conteúdo com odor fétido. Os seguintes exames podem ser necessários para melhor avaliação da mulher, bem como para seu seguimento: hemograma com contagem de plaquetas; urina tipo I; coagulograma; hemocultura; cultura da secreção vaginal e do material endometrial, também para anaeróbios; raios-x do abdome; ultrassonografia pélvica ou de abdome total; e tomografia, principalmente para definir coleções intracavitárias. No tratamento, é fundamental o restabelecimento das condições vitais com soluções parenterais ou com sangue. 5. Aborto inevitável: Ocorre quando há perda de vitalidade do produto da concepção, confirmada por ultrassom, resultando em sangramento e dores intensas. Os sinais da gravidez diminuem, o colo do útero pode dilatar, e o conteúdo gestacional pode ou não ser eliminado parcialmente. REFERÊNCIAS: - Tratado de obstetrícia Febrasgo / editores Cesar Eduardo Fernandes, Marcos Felipe Silva de Sá; coordenação Corintio Mariani Neto. – 1. Ed. – Rio de Janeiro: Elsevier, 2019 - CARDOSO, Bruno Baptista; VIEIRA, Fernanda Morena dos Santos Barbeiro; SARACENI, Valeria. Aborto no Brasil: o que dizem os dados oficiais?. Cadernos de Saúde Pública, v. 36, 2020. - Organização Mundial da Saúde. Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde.10ª revisão. São Paulo: Edusp; 2012.
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