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Minha visão é que sim, porque quando a Receita Federal do Brasil formaliza uma exigência no Siscomex, isso resulta na retificação da declaração, o que, por sua vez, pode levar a um aumento dos tributos, semelhante a um lançamento suplementar. Quanto à segunda pergunta, a meu ver, diz respeito ao cumprimento da obrigação tributária que foi formalizada por meio de um lançamento feito pela própria autoridade fiscal. c) O desembaraço aduaneiro (liberação) constitui uma homologação do lançamento? Considerar os diferentes canais de conferência aduaneira (verde, amarelo, vermelho ou cinza); e A meu ver, nos canais “amarelo”, “vermelho” e “cinza”, o desembaraço aduaneiro constitui uma homologação do lançamento pois é realizado após a conferência dos produtos e de seus documentos pela Receita Federal do Brasil. Seguindo a mesma lógica, no canal verde não há que se falar em homologação de lançamento, pois o desembaraço é feito de forma automática, sem a necessidade de conferencia por parte da RFB. d) A revisão aduaneira tem natureza de revisão de lançamento? Pelos motivos expostos, entendo que sim. E, por isso, deve observar os critérios elencados nos artigos 146 e149 do Código Tributário Nacional. 8. Um importador, ao registrar a declaração de mercadorias (DI - Declaração de Importação - no Siscomex ou DUIMP - Declaração Única de Importação – no Portal Único de Comércio Exterior), classificou determinado produto como equipamento de raio X para uso médico não destinado especificamente para diagnóstico (NCM 9022.14.90 ). A declaração foi parametrizada no canal vermelho de conferência aduaneira. A liberação (desembaraço) ocorreu sem oposição da Receita Federal em relação ao enquadramento tarifário adotado. Entretanto, após quatro anos, outro Auditor-Fiscal entendeu que, naquela oportunidade, houve uma interpretação equivocada das regras da Convenção Internacional do Sistema Harmonizado de Designação e Codificação de Mercadorias (Decreto Legislativo nº 71/1988; Decreto nº 97.409/1988). Assim, em sede de revisão aduaneira, promoveu a reclassificação do produto para a NCM 9022.14.19 , relativa aos aparelhos de raios X destinados a diagnósticos, lavrado auto de infração e lançamento para a constituição da diferença de crédito tributário e cominação das penalidades. Diante disso, pergunta-se (Vide anexos IX e X): a) Esse lançamento de ofício deve observar o art. 146 do CTN? Há diferença se a parametrização, ao invés do canal vermelho, tivesse ocorrido no canal verde? Antes de tudo, é importante destacar que o artigo 146 do Código Tributário Nacional é muito claro ao afirmar que a adoção de um critério jurídico diferente do anterior só pode ser aplicada aos fatos geradores que ocorrerem após a sua introdução. Em outras palavras, não é possível fazer um lançamento retroativo à data do fato gerador quando se adota um critério jurídico distinto do anterior.
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