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Dir Com -aula 7 AFRB 2009 Direito Comercial

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CURSOS ON LINE – DIREITO COMERCIAL – CURSO REGULAR 
 PROF. RONALD A. SHARP JUNIOR 
 
www.pontodosconcursos.com.br 1
AULA 7 
 
Olá, seja bem vindo! Em nossa aula 7 continuaremos o tema dos Títulos de 
Crédito, após termos visto sua teoria geral em nosso encontro passado. 
Alguns alunos procuram com seus professores indicações bibliográficas, 
adquirem livros e livros, obtém dezenas de cópias e mais um sem número de 
materiais, na busca de uma fórmula mágicas- Muitas vezes acabam se 
perdendo. Pode até ser que fórmulas mágicas existam, mas quem eu conheço 
que passou no concurso não deixou de estudar. Estude, mas não deixe para a 
véspera do concurso, porque assim alguma matéria não poderá ser estudada, 
já que não haverá mais tempo. 
Programe-se, pegue os editais dos concursos que lhe interessam, veja os 
pontos em comum, separe as matérias e faça esquemas de estudos (separe o 
tempo, que você pode dedicar aos estudos e divida entre as matérias) de 
forma a ter uma visão geral de todas as matérias principais. Assim, quando o 
concurso que você quer sair, disporá de tempo para aprofundar algum ponto 
que faltou, reler seus apontamentos e refazer os exercícios. 
Passar em um concurso requer estudos, memorização, ter tempo para 
estudar, fazer uma leitura dinâmica na legislação, rever as questões de prova 
e se atualizar, nem que seja pelo uso da internet, essa poderosa ferramenta 
que pode trabalhar a seu favor se bem manipulada. 
Organizando-se e dominando a ansiedade, você certamente obterá sucesso na 
empreitada. E Então, está preparado para o nosso tema de agora ? 
 
SUMÁRIO 
1. Letra de Câmbio 
2. Nota Promissória 
3. Duplicata 
4. Cheque 
5. Protesto 
 
 
1. Letra de Câmbio 
O primeiro título em espécie que veremos é a letra de câmbio - provavelmente 
não deve ser aquele que você mais conhece. Por sua estrutura, a doutrina o 
apresenta como o título padrão que serve de base para o estudo dos títulos de 
crédito em geral. 
Segundo o art. 1º da LUG – Lei Uniforme de Genebra, Dec. 55.663 de 1966 – 
os requisitos essenciais são: 
1º) a letra de câmbio contém a palavra “letra” inserta no próprio texto do 
título; 
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2º) a ordem pura e simples (incondicional) de pagar determinada quantia; 
3º) o nome daquele que deve pagar (sacado), a época do pagamento; 
4º) a indicação do lugar em que deve ser efetuado o pagamento; 
5º) o nome da pessoa a quem ou à ordem de quem deve ser paga 
(beneficiário); e 
6º) a indicação da data e do lugar em que é sacada emitida, a assinatura do 
sacador. 
Portanto, é um título de crédito abstrato (independe de causa específica de 
emissão), consistente numa ordem de pagamento que o credor (sacador) 
dirige ao devedor (sacado), para que este pague determinada quantia ao 
próprio credor ou a um terceiro (tomador). O emitente da letra pode designar-
se a si mesmo como beneficiário (tomador), figurando assim como sacador e 
tomador. Também é possível que seja emitida em favor de mais de um 
beneficiário, mas, na hora de ser paga, se estiver na mão de apenas um, será 
ele considerado como o credor único do título. 
Pelo art. 2º da LUG são relacionados os requisitos supríveis ou não-essenciais, 
que consistem: no vencimento; no local de pagamento e no local do saque. 
Em sua estrutura encontramos disposições acerca do saque, aceite e endosso 
e aval, que são aplicáveis a todos os títulos de crédito. Vamos transitar pelos 
conceitos cambiários? 
O saque é o ato cambiário a partir do qual um título de crédito é emitido. Seus 
efeitos são: autorizar o tomador a, na data do vencimento, procurar o sacado 
(devedor) com o objetivo de receber o valor estipulado no título; e vincular o 
sacador ao pagamento do título como coobrigado. 
O aceite é o ato por meio do qual o sacado concorda com o pagamento do 
valor mencionado na letra ao beneficiário. A vinculação do sacado ao título de 
crédito se dá com o aceite. Pendente este, o sacado ainda não é devedor, 
condição que assume após dar o seu aceite, quando passa a denominar-se 
aceitante e se obriga como devedor direto. Ninguém é obrigado a se 
vincular ao título pelo aceite. Ele é facultativo, salvo na duplicata, em que 
se torna obrigatório, se não tiverem ocorrido quaisquer das circunstâncias 
previstas no art. 8º da Lei nº. 5.474/68. 
Como o aceite não é obrigatório, em regra, poderá ser dado total ou 
parcialmente (assim haverá uma recusa implícita à parte que não foi aceita o 
que determina seu vencimento antecipado. De forma que, assim como na 
recusa integral, persistirá a obrigação do sacador de pagar na forma estipulada 
pelo saque). 
O endosso é o ato destinado a transferir o crédito representado por 
determinado título de crédito à ordem. Quem detém o crédito é quem endossa 
a letra de câmbio (endossante), ou seja, o tomador e, por força desse ato, 
transfere seu crédito ao endossatário (beneficiário ou credor). Constitui 
endosso em preto aquele que indica o beneficiário e em branco quando não o 
fizer. 
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O aval é uma garantia, segundo o qual uma determinada pessoa (avalista) 
garante o pagamento do valor mencionado em título de crédito, seja em favor 
do devedor principal, seja em favor de algum coobrigado específico (que se 
denomina avalizado). 
O vencimento da letra de câmbio podendo ser classificado como ordinário (pelo 
decurso do tempo estipulado na letra) ou extraordinário (no caso de 
antecipação da exigibilidade crédito, que pode ser de duas espécies: a primeira 
que se dá na falência do aceitante e, a segunda, pela recusa do aceite). 
O vencimento ordinário da letra de câmbio pode ser subdividido em: 
- à vista: quando o vencimento opera-se com a apresentação do título ao 
sacado, sem necessidade de se aguardar a chegada de certo e determinado 
dia; 
- a certo termo da vista, na qual o vencimento opera-se depois de decorrido 
um período de tempo, cuja contagem é iniciada à partir da data do aceite; 
- a certo termo da data, onde o vencimento opera-se depois do decurso de 
determinado lapso temporal, cuja contagem inicia-se na data do saque (sacada 
no dia 10/11 vencerá em 15 dias, portanto 25/11); ou 
- em data certa, cujo vencimento opera-se em dia determinado no calendário 
(ex.: deverá ser paga em 01/11/2006). 
O pagamento é o resgate do título de crédito, ou seja, é o ato extintivo das 
obrigações assumidas a partir de um título de crédito. 
Pelo princípio da cartularidade deve o devedor que pagou exigir a entrega do 
título, pois se presume paga a cártula se em poder do obrigado. O princípio da 
literalidade permite exigir que o credor dê a quitação no próprio título (valendo 
o que está escrito no título, se o mesmo por perdido não poderá ser 
novamente exigido, já que consta do mesmo o seu pagamento efetuado). 
Com relação ao pagamento (validamente feito) se produz o seguinte efeito: 
1º) quando é realizado pelo aceitante o pagamento opera a extinção de todas 
as obrigações existentes com relação a este título de crédito; 2º) se o 
pagamento é efetuado por um dos coobrigados, ter-se-á a extinção da 
obrigação de pagamento apenas em face do tomador (se o pagamento for feito 
pelo avalista do aceitante, ou pelo endossador, este passa a dispor de ação 
regressiva, para receber o que pagou do aceitante ou demais co-obrigados, 
podendo ainda o endossante ou avalista que pagou riscar o próprio endosso ou 
aval e dos posteriores). 
No tocante especificamente à letra de câmbio, salienta-se que o pagamento 
deverá obedecer aos prazos previstos em lei. 
Caso não haja o pagamento espontâneo resta ao tomador o apelo ao 
judiciário. Os títulos de crédito podem ser objeto de ação executiva de títulos 
extrajudiciais (nesse caso podemos chamá-la de ação cambial), disciplinada 
no processo de execução de título extrajudicialsegundo o CPC – Código de 
Processo Civil (CPC, art. 585, inc. I). 
Permite a lei que seja proposta contra um, alguns ou todos os coobrigados 
sem estar o credor adstrito à observância da ordem de endossos. E segundo o 
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art. 70, da LUG, os prazos prescricionais são: de 3 anos, contados do 
vencimento, em face do devedor principal e avalistas; de 1 ano, contado do 
protesto, em face dos coobrigados; e de 6 meses, contados do pagamento (ou 
ajuizamento da execução cambial), para exercício do direito de regresso pelos 
coobrigados. 
DESAFIO 
1 - Questão elaborada pela OAB/SC em 2004: Em relação à letra de câmbio, é 
correto afirmar: 
a) O emitente não pode proibir a sua apresentação para aceite. 
b) O emitente é seu devedor principal. 
c) O prazo de vencimento deve ocorrer em data fixa estabelecida na letra. 
d) O sacado não é obrigado a aceitá-la. 
 
2 - Questão elaborada pela Fundação José Pelúcio Ferreira para Auditor Fiscal 
de RO em 2006: A alternativa que caracteriza adequadamente a estrutura 
jurídica da letra de câmbio é: 
A) o título cambial é de origem causal 
B) a cláusula “não à ordem” é obrigatória 
C) o aceite é elemento constitutivo do título 
D) o tomador, o sacador e o aceitante podem ser a mesma pessoa. 
E) o devedor indireto será o sacado, caso não aceite a cártula. 
 
3 - Questão elaborada pela CESPE em1998: Determinada letra de câmbio foi 
emitida pela sociedade comercial A contra a sociedade B, sendo indicada como 
beneficiária do título a sociedade C. O título recebeu o aval da sociedade D. A 
letra foi endossada pelo beneficiário em favor da sociedade E. Não tendo sido 
efetuado o pagamento do título em seu vencimento, o endossatário – 
sociedade E – propôs ação executiva contra as sociedades A, B, C e D. Em face 
dessa situação, julgue os seguintes itens. 
1. A sociedade comercial D, avalista da letra, somente poderá ser executada 
após a execução do seu avalizado. 
2. Na ausência de indicação expressa em favor de quem foi dado o aval 
prestado pela sociedade D, presume-se que este tenha sido prestado em favor 
da sociedade A, sacadora da letra. 
3. A sociedade B, caso não tenha aceitado pagar a letra, não terá qualquer 
responsabilidade pelo seu pagamento. 
4. A sociedade C, endossante, não terá responsabilidade pelo pagamento do 
título, salvo se, ao efetuar seu endosso, tiver expressamente indicado que terá 
responsabilidade pelo seu pagamento. 
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5. A sociedade A, emitente da letra, somente poderá ser executada após o 
protesto do título, salvo se constar determinação expressa em sentido 
contrário no próprio título. 
 
 
 
 
Nota Promissória 
A nota promissória pode ser conceituada como o título de crédito abstrato pelo 
qual uma pessoa (emitente) promete (daí promissória) efetuar o pagamento a 
outra (beneficiário). 
As regras aplicadas às promissórias, com as devidas adequações, são as 
mesmas aplicáveis às letras de câmbio (endosso, pagamento, prescrição, etc.), 
segundo o art. 77 da LUG. 
Convém lembrar que a letra de câmbio é uma ordem de pagamento, enquanto 
a nota promissória é uma promessa de pagamento, dispensando, pois, o 
aceite. A letra de câmbio possui 3 figuras intervenientes obrigatórias: sacador, 
sacado (aceitante) e beneficiário(que pode coincidir com o sacador ou ser um 
terceiro), enquanto a nota promissória abrange apenas o emitente e o 
beneficiário. A Nota Promissória jamais é emitida por pessoa que não seja o 
próprio devedor. Por fim, como o emitente é equiparado ao aceitante na letra 
de câmbio, não há a dação de aceite, já que o emitente, ao dar vida ao título, 
firma a promessa de pagá-lo. 
Os requisitos legais essências da nota promissória encontram-se no art. 75 da 
LUG: 
1º) a denominação “nota promissória”; 
2º) a promessa pura e simples de pagar uma quantia determinada; 
3º) a época do pagamento; a indicação do lugar e que vai ser efetuado o 
pagamento; 
4º) o nome da pessoa a quem ou à ordem de quem deve ser paga 
(beneficiário); 
5º) a indicação da data em que, e do lugar onde, a nota é passada e; 
6º) a assinatura de quem passa a nota (emitente). 
 
DESAFIO 
4 - Questão elaborada pela CESPE em 2002: Com relação a notas promissórias 
e letras de câmbio, julgue os itens subseqüentes. 
I. As notas promissórias, assim como as letras de câmbio, são títulos de 
crédito que, segundo a doutrina predominante no Brasil, são documentos 
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formais, literais, incorporando direitos abstratos, com obrigações autônomas, e 
valendo pela aparência, para a garantia do portador de boa-fé. 
II. Tanto a nota promissória quanto a letra de câmbio são ordens de 
pagamento, contudo distinguem-se porque, na primeira, há, inicialmente, 
apenas dois elementos pessoais, o sacador e o tomador, enquanto, na 
segunda, há três, o sacador, o sacado e o tomador. 
II. A época e o lugar de pagamento são requisitos essenciais à validade da 
nota promissória, de modo que, na falta de um deles, o título não produzirá 
efeito como nota promissória, mesmo estando presentes os demais requisitos. 
IV. Salvo as atinentes ao direito de ação por falta de pagamento e à 
prescrição, são aplicáveis às notas promissórias, no que couber, as disposições 
relativas às letras de câmbio. 
V. O sacador de uma nota promissória é o obrigado principal do título e 
assume responsabilidade semelhante à do aceitante na letra de câmbio. 
 
 
Duplicata 
A duplicata é título de crédito que você já deve ter ouvido falar, não? Bem, ela 
é um título muito usual no comércio, genuinamente brasileiro, a ponto de ser 
chamada por Tullio Ascarelli de “príncipe do direito brasileiro”, em razão de sua 
contribuição para o desenvolvimento do comércio nacional. 
Segundo o professor, Rubens Requião, a Duplicata é “um título de crédito 
formal, circulante por meio de endosso, constituindo um saque fundado sobre 
crédito proveniente de contrato de compra e venda mercantil ou de prestação 
de serviços, assimilando aos títulos cambiários por força de lei”1. 
A Duplicada pode, assim, ser mercantil ou de prestação de serviços, 
correspondendo a um título cambiariforme (lembra-se é um título que possui 
causa específica de emissão), portanto situando-se à margem do atributo da 
abstração no momento de sua criação, embora se lhe apliquem as normas de 
direito cambiário. 
Em função disso, a emissão de duplicata sem causa é considerada crime 
conforme dispõe o art. 172 do Código Penal, cujo título é duplicata simulada. 
A duplicata recebeu essa denominação porque consiste na cópia (na 
reprodução) da fatura, que é o documento obrigatoriamente emitido nas 
vendas com prazo de pagamento superior a 30 dias contados da entrega das 
mercadorias - a venda, por isso, presume-se à vista até 30 dias – ou quando 
emitida nota fiscal-fatura,2 ou, no caso de prestação de serviços, da fatura 
facultativamente expedida depois de executado o serviço.3 
 
1 Curso de Direito Comercial, 2º vol. São Paulo: Saraiva, 1982, p. 428. 
2 Por força do Convênio de Criação do Sistema Nacional Integrado de Informações Econômico-
Fiscais, de 15/12/70 
3 Segundo a Lei de Duplicatas, art. 1º c/c art. 3º, § 2º, e art. 20, § § 1º e 2º. 
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Em virtude do disposto no art. 27, da Lei de Duplicatas, a Resolução 
n.º102/68, do Conselho Monetário Nacional, estabeleceu o modelo padronizado 
para as notas fiscais/faturas e duplicatas. Assim, a duplicata pode ser duplicata 
de mercadorias e ou duplicata de prestações de serviços 
A duplicata é regulada pela Lei de Duplicatas– LD, Lei n.º 5.474/68 e, 
subsidiariamente, pela legislação sobre letras de câmbio no tocante à emissão, 
circulação e pagamento (LD, art. 25),4 bem como demais normas que 
disponham sobre títulos de crédito e protestos, como a Lei n.º 9.492/97. 
A duplicata, ao ser emitida, é escriturada num livro próprio, o Livro de Registro 
de Duplicatas, sendo vinculada a emissão de uma fatura correspondente. No 
caso de perda ou extravio, pode ser extraída triplicata (cópia da duplicata). 
Difere a duplicata da letra de câmbio,5 porque enquanto a letra de câmbio é 
título de crédito próprio e abstrato; a duplicata é título impróprio e causal 
(cambiariforme); na letra de câmbio o aceite é facultativo; na duplicata o 
aceite é obrigatório; o aceite na letra de câmbio somente ocorre de modo 
expresso; na duplicata pode dar-se de modo tácito ou presumido (LD, art. 15, 
incs. I e II); o beneficiário da letra de câmbio pode ser o próprio sacador ou 
terceiro; na duplicata o beneficiário é sempre o sacador, por se cuidar de título 
causal; a letra de câmbio nasce com três figuras intervenientes distintas 
(sacador, sacado e tomador), embora possam ser coincidentes; a duplicata 
admite apenas as figuras do sacador e sacado como pessoas distintas; e a 
letra de câmbio pode apresentar vencimento à vista, a tempo certo de vista, a 
dia certo e a tempo certo de data; o vencimento da duplicata será 
exclusivamente com data certa ou à vista (LD, art. 2º, § 1º, inc. III). Mias um 
detalhe: Acrescente-se que, pelo art. 12, § único, da LD, o aval dado 
posteriormente ao vencimento produz o mesmo efeito que o prestado 
anteriormente a esse momento. 
Os requisitos essenciais da duplicata acham-se previstos no § 1º, do art. 2º, 
da LD, quais sejam: 
1º) que contenha a expressão “duplicata”, data de emissão e número de 
ordem, conforme escrituração efetuada no Livro de Registro de Duplicatas, de 
adoção obrigatória somente no caso de serem emitidas duplicatas; 
2º) o número da fatura ou nota-fiscal fatura a que corresponder; data certa do 
vencimento ou de menção de ser o título à vista, embora o art. 11 da LD 
permita a sua prorrogação mediante declaração do vendedor ou do 
endossatário; 
3º) o nome e domicílio do comprador e do vendedor, restringindo-se a emissão 
de duplicatas às partes domiciliadas em território brasileiro (art. 1º da LD); 
4º) a importância a pagar em moeda nacional, em algarismos e por extenso. É 
vedado o saque em moeda estrangeira, por serem inaplicáveis o Decreto-Lei 
 
4 Recorre-se com freqüência à afirmação de que a duplicata constitui a letra de câmbio 
comercial brasileira, em confronto com a letra de câmbio propriamente dita, de caráter 
eminentemente financeiro. 
5 Essas diferenças nos são apontas pelo prof. Luiz Emygdio da Rosa Junior, in: Títulos de 
Crédito, Rio de Janeiro: Renovar, 2000, p. 639-640. 
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857/69 e as Leis 9.069/95, art. 28, e 10.192/2001, arts. 1º e 2º. Do ponto de 
vista exclusivamente cambial, tem sido reconhecido amplamente que não 
representa ofensa à literalidade a estipulação da soma a pagar segundo índices 
oficiais ou publicamente conhecidos, desde que a apuração do valor dependa 
de simples cálculos aritméticos; 
5º) praça de pagamento; 
6º) cláusula “à ordem”, a fim de que necessariamente a duplicata possa vir a 
ser objeto de endosso, admitindo-se, contudo, a cláusula “sem 
responsabilidade”, pela qual o endossante não se tornará devedor cambiário; 
7º) a declaração do reconhecimento de sua exatidão e obrigação de pagá-la, a 
ser assinada pelo comprador, como aceite; 
8º) a assinatura do emitente, de próprio punho, por intermédio de procurador 
com poderes especiais ou por chancela mecânica (Lei n.º 6.304/75). 
Após a Duplicata estar completa (inclusive com o aceite) e é endossada, o 
devedor não pode alegar que a mercadoria não foi entregue ou que apresenta 
vícios. Terá que pagar e posteriormente cobrar a solução do problema junto ao 
sacador do título. Como vimos, o título desprende-se de sua causa originária, o 
que abre espaço para a autonomia, donde decorrerem a abstração e a 
inoponibilidade das exceções. Depois disso o título se desprende da causa 
original pelo aceite, não pode ser alegado que a mercadoria estava com 
defeito, que o serviço não foi prestado etc. . 
A duplicata é um título de crédito de aceite obrigatório, ou seja, o aceite não 
poderá ser recusado, tendo em conta a estrita vinculação à sua causa, baseada 
em um contrato verdadeiro e já cumprido. Somente se admite a sua recusa 
especificamente diante de: avaria ou não-recebimento das mercadorias, 
quando não expedidas ou não entregues por sua conta e risco; vícios ou 
defeitos e diferenças na qualidade ou na quantidade das mercadorias, 
devidamente comprovados; ou divergências nos prazos e condições ou não-
recebimento das mercadorias ou sua avaria (LD, arts. 7º , 8º e 21). 
O aceite da duplicata pode ocorrer das seguintes formas: 
a) aceite expresso ou ordinário, que se dá pela assinatura do devedor 
(sacado) no próprio título; 
b) aceite por comunicação, resultante de retenção da duplicata pelo sacado, 
autorizado por instituição financeira cobradora, e de comunicação escrita 
formal ao credor sobre o seu aceite (LD, art. 7º, § 1º); 
c) aceite tácito ou presumido, que resulta do recebimento da mercadoria, que 
é documentada pelo recibo de entrega de mercadorias que acompanha a nota 
fiscal ou pela prestação de serviços, sem recusa justificada do aceite, no prazo 
de 10 dias, e do protesto do título (LD, art. 15, inc. II). 
No caso do aceite presumido (ou tácito) como o devedor não recebeu antes o 
título para dar o aceite é preciso que seja feito o protesto (que estudaremos 
mais adiante), oportunidade que o devedor terá para pagar ou alegar suas 
defesas (ou exceções) baseadas na relação jurídica que deu causa à emissão 
do título. 
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Na prática da Duplicata, ninguém manda mais para aceite. Entrega a 
mercadoria, pega o canhoto, comunica ao banco, o qual envia o boleto. Se não 
há pagamento, o protesto é pedido via on-line e ele é efetuado, suprindo dessa 
forma o aceite; e é neste momento que poderá o devedor alegar que suas 
defesas. Com a apresentação das razões pelas quais não realiza o pagamento, 
amparadas que devem estar no art. 8º da Lei de Duplicatas (Lei nº. 5.474/68), 
o título fica capenga, não se completa o aceite presumido e ele passa a estar 
carente de força executiva para a cobrança contra o sacado. 
A razão das duplicatas serem tão cotadas no comércio é porque são mais 
fáceis de serem cobradas. Não requerem aceite expresso, podem ser 
protestadas por via eletrônica. Por essas circunstâncias, os credores muitas 
vezes querem emiti-las mesmo fora das hipóteses que a lei prevê. Como por 
exemplo, a emissão de duplicata no contrato de leasing (contrato complexo, ou 
misto, que envolve uma compra e venda, uma prestação de serviços, uma 
locação, várias obrigações), que não corresponde a uma hipótese prevista pela 
lei para a emissão desse título.6 O STJ já decidiu nesse sentido.7 Também não 
serve para a cobrança de royalties decorrentes de contrato de franquia ou de 
licenciamento de uso de marca. 
A duplicata virtual é a aquela sem base física (sem um suporte físico 
material, um papel, um documento tangível) com existência apenas virtual, 
incorpórea, sem estar corporificada num documento. Existe porque o art. 15 
da LD prevê o suprimento do aceite nos títulos pelo aceite tácito ou presumido 
e dado que o art. 8º, § único da Lei nº 9.492/97 admite o requerimento do 
protesto ao cartório por via eletrônica. Torna-se dispensável o aceite expresso 
(assinatura do devedor no título). O princípio da cartularidade, portanto, ficou 
bastante atenuado, pois agora naprática (98% dos casos) os bancos e as 
empresas não operam mais com a duplicata em papel, e sim com a virtual. 
Como ocorre esse aceite tácito? Com base no art. 15 quando o título, embora 
estando sem o aceite expresso, está protestado e acompanhado do recibo de 
 
6 Numa prova do 24º Concurso para o Ministério Público do Rio de Janeiro, perguntou-se se 
Duplicatas vencidas, protestadas e não pagas, representativas de contrato de Leasing 
constituem título executivo extrajudiciais idôneos a embasar pedido de falência. A resposta é 
dada pela referida decisão do E ao invés da duplicata, poderia o devedor emitir em favor do 
credor uma nota promissória para comprovar o crédito decorrente de contrato de compra e 
venda de mercadorias ou de prestação de serviços? Sim, porque a proibição se dá somente na 
emissão desse título pelo credor, não impedindo a emissão de uma nota promissória pelo 
devedor. A letra de câmbio é um título emitido pelo credor. Nesse caso, ele não poderia 
substituir a duplicata pela letra de câmbio. Mas a promissória é emitida pelo devedor e, em tal 
ordem, não haveria proibição de a duplicata ser substituída por ela. Vejam a decisão do STJ 
cuja a ementa é: Comercial. Venda de mercadorias. Emissão de nota promissória e Duplicata. 
Cobrança via executiva da primeira. Possibilidade. Lei n. 5.474/68, art. 2º. Interpretação. I. A 
restrição contida no art. 2º da Lei n. 5.474/68 refere-se apenas à emissão de qualquer outro 
título, que não a duplicata, "para documentar o saque do vendedor pela importância faturada 
ao comprador", não obstando, todavia, que o devedor emita nota promissória 
comprometendo-se a pagar o débito decorrente da compra e venda mercantil realizada entre 
as partes. II. Hígida, pois, a execução baseada nas notas promissórias assim emitidas. III. 
Recurso especial não conhecido. - Ministro Aldir Passarinho - Data da Decisão 05/09/2002 -4ª 
Turma. 
7 Nesse sentido o Resp 45792-0. 
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entrega da mercadoria (aquele canhoto da nota fiscal). Esse canhoto mais o 
protesto do título reúnem as condições de plena cobrança judicial pela via da 
execução, sem a necessidade do aceite lançado de modo explícito pelo 
devedor. 
O comprovante da entrega juntamente com o protesto do título no cartório de 
protesto suprem à necessidade de aceite expresso. Apesar de isso já existir no 
ordenamento desde 1968, a Lei de Protestos, Lei nº. 9.492/1997, no seu art. 
8º § único, introduziu uma novidade: a possibilidade do pedido/requerimento 
de protesto ser encaminhado ao cartório de protesto através de meio 
eletrônico ou magnético, sem necessidade de apresentação física nem do título 
nem do requerimento. O conteúdo das informações desse pedido/requerimento 
de protesto ao cartório fica sob a inteira e exclusiva responsabilidade do credor 
que está requerendo a providência cartorária. O título é protestado (o devedor 
recebe uma intimação para pagar e, não pagando, efetiva-se o protesto) e o 
credor toma o instrumento do protesto lavrado pelo oficial do cartório e o 
recibo da entrega da mercadoria (aquele canhoto da nota fiscal, que pode ter 
sido recebido pelo próprio devedor ou um preposto seu, ou seja, um 
empregado, um gerente), instruindo assim os documentos da ação de 
execução. 
Você consegue imaginar como funciona uma duplicata virtual? Não. Pois bem, 
veja o exemplo: A indústria de refrigerantes Coca-Cola vende para o 
supermercado Extra mercadorias,acompanhados de nota fiscal. Seguem num 
caminhãozinho, até o supermercado, onde o encarregado pelo recebimento 
destaca e assina o canhoto da nota fiscal devolvendo-o para o representante 
do remetente. A Coca-Cola comunica ao Banco a venda de seus produtos ao 
supermercado Extra. Só que este está precisando de recursos de caixa 
imediatamente. Então, o Extra faz um endosso eletrônico das informações 
próprias da duplicata em favor de um Banco. Recebidas as informações, o 
Banco credita dinheiro na conta da Coca-Cola e fica como endossatário8 
daquele título criado virtualmente. 
A partir disso, o Banco manda um aviso para o Extra, aquele boleto bancário, 
que é o aviso de que o devedor (supermercado) deve agora se dirigir ao Banco 
e não mais à Coca-Cola para efetuar o pagamento. O banco recebe o 
pagamento no vencimento estipulado e a obrigação se extingue 
satisfatoriamente. 
Ainda em nosso exemplo vamos imaginar que o supermercado Extra não 
pague. O Banco, que já está de posse daquelas informações relativas ao título, 
já é o endossatário desse título virtual, também por via eletrônica pede ao 
cartório de protestos que efetue o protesto. O cartório de protesto que 
notifica/intima o supermercado Extra para fazer o pagamento em 3 dias. Não 
pagando o título acaba sendo protestado. E o credor faz o que? Ele vai pegar 
 
8 Mas como é a comprovação desse endosso? Através dessas informações, que são mandadas 
para o cartório, o qual, por se tratar de via eletrônica, não tem como certificar a veracidade. Aí 
diz o § único do art. 8º da Lei de Protestos (Lei nº. 9.492/97) que a veracidade desses dados, 
se houve endosso, se houve negociação do título, fica a cargo exclusivo de quem está pedindo 
o protesto. Se essas informações forem falsas, inexatas, o próprio Banco que está pedindo o 
protesto terá responsabilidade civil (indenização), pois se insere no risco da atividade bancária. 
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o instrumento de protesto, que é a declaração/certidão do oficial de que o 
título está protestado, o recibo da entrega da mercadoria e juntar à petição da 
ação de execução. O título vai estar dotado de executividade, não só para uma 
ação de execução, mas até mesmo para o pedido de falência (art. 94, inc. I, da 
Lei nº 11.101/05). 
Vimos que o art. 15 da LD fala em duplicatas de mercadorias: “...poderá ser 
suprido o aceite através do recibo de entrega de mercadorias e o protesto...” 
restava a dúvida se a duplicata de prestação de serviços também teria essa 
executividade, essa força executiva. O art. 20, § 3º, da LD manda que sejam 
observados na duplicata de serviços as disposições relativas à duplicata de 
mercadorias. Assim, se é aplicado à Duplicata de mercadorias o suprimento do 
aceite dessa forma, pelo art. 20 § 3º, aplicaremos a mesma sistemática para a 
duplicata de serviços, embora não mencionada expressamente no art. 15 a 
duplicata de serviços. Finalmente pacificando essa questão, o STJ eliminou as 
dúvidas com a edição da súmula 248: “Comprovada a prestação dos serviços, 
a duplicata não aceita, mas protestada, é título hábil para instruir o pedido de 
falência”. 
Com relação à cobrança judicial da duplicata ou triplicata, aceita, ou 
protestada para o suprimento do aceite, será processada pela forma de ação 
de execução, garantindo-se ao credor a penhora dos bens do devedor para a 
imediata satisfação do crédito (LD, art. 15). Para possuir a mesma força 
executiva, a duplicata não aceita precisa estar protestada - mediante exibição 
do título ou por indicação do credor - acompanhada da prova da entrega da 
mercadoria e o devedor não haver recusado motivada e tempestivamente o 
aceite (LD, art. 15, inc. II, alíneas “a”, “b” e “c”). 
DESAFIO 
5 - Questão elaborada pela OAB/MG em 2004: Assinale a opção CORRETA. Em 
uma venda a prazo, 
(A) a emissão da duplicata mercantil está condicionada à emissão da fatura 
correspondente. 
(B) poderá ser emitida uma duplicata mercantil para várias faturas. 
(C) para cada fatura só poderá ser emitida uma duplicata mercantil. 
(D) poderão ser emitidas tantas duplicatas mercantis quantas desejarem as 
partes, ainda que não se emita qualquer fatura. 
 
6 - Questão elaborada pelo FJPF em 2006 (Auditor Fiscal de Rondônia). Dos 
títulos decrédito abaixo relacionados, aquele que admite o instituto do 
denominado aceite presumido é: 
A) nota promissória 
B) letra de câmbio 
C) debênture 
D) warrant 
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E) duplicata 
 
7 - Questão elaborada pelo TJ/DF em 2003: Assinale a alternativa incorreta. 
Com relação às duplicatas, pode-se afirmar que: 
a) Pode ser recusado o aceite desde que não corresponda a serviços prestados. 
b) O seu protesto pode ser feito mediante simples indicação do credor, sem 
exibição o título ao cartório. 
c) O aval dado posteriormente ao vencimento do título, não produz os mesmos 
efeitos que o prestado anteriormente. 
d) O protesto da duplicata mercantil não aceita é requisito essencial para a 
propositura a competente ação executiva contra o devedor principal. 
 
 
Cheque 
Sem dúvida esse é um título de crédito do qual você já ouviu falar e até fez 
uso, não é? O Cheque é uma ordem de pagamento à vista que uma pessoa 
(emitente) dirige contra um banco ou instituição financeira equiparada 
(sacado), para que pague à pessoa indicada, que poderá se o próprio emitente 
ou terceira pessoa. 
É um título regulado por lei própria, a Lei nº. 7.357/85 - LC. 
Seus elementos essenciais segundo o art. 1º da LC: são: 
1º) a denominação “cheque”; 
2º) uma ordem incondicional de pagamento de determinada quantia (Se 
houver divergência entre o valor por extenso e a indicada em algarismos 
prevalece à indicada por extenso); 
3º) a indicação do local do pagamento; 
4º) o nome do banco que deve pagar (sacado); 
5º) a indicação do local e data de emissão; 
6º) nome da pessoa a quem deve ser pago o cheque, quando este for igual ou 
superior a determinado valor e; 
7º) a assinatura do emitente (sacador) ou de mandatário com poderes 
especiais. 
Observe que o cheque será sempre considerado ordem de pagamento à 
vista, uma vez que o art. 32 da LC considera não escrita qualquer menção em 
contrário. Os alunos costumam perguntar: mas eu não paguei a vista, dei um 
cheque pré-datado e só vou pagar daqui 30 dias. Bem, eu respondo: O cheque 
pré-datado, na verdade, “pós-datado” (nomenclatura correta), continua a ser 
uma ordem de pagamento à vista. O que ocorre é um acordo (pacto adjeto) 
entre você e quem recebeu o cheque, mas se ele descumprir o combinado e 
apresentar o cheque ao Banco, este efetuará normalmente o pagamento. O 
trato para depositar o cheque posteriormente não tem validade perante o 
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direito dos títulos de crédito, por isso que o Banco não só pode como deve 
pagá-lo. Nesse caso o que você poderá fazer é ajuizar uma ação para que o 
credor que descumpriu o acordo lhe indenize por isso. 
O Cheque cumpre a função de instrumento de pagamento, ao passo que a 
Letra de Câmbio, o título de crédito por excelência, exerce a função de 
instrumento circulatório do crédito. 
O cheque é de uso prático por milhares de pessoas, por servir como 
instrumento de pagamento através da retirada de fundos em poder do 
banqueiro pelo próprio depositante, assim permitindo pagamentos à distância 
e ajustes por compensação com substituição da moeda. 
Entre as particularidades do cheque podemos citar a possibilidade de sustação. 
A sustação (ou oposição ao pagamento) é um instituto que se confunde com a 
revogação (ou contra-ordem) – art. 35 da LC.9 
O emitente do Cheque (que é cliente de um banco) pode revogá-lo por 
contra-ordem. O banco é o mandatário do cliente/emitente do cheque, 
porque o emitente quando emite o cheque (pague-se a fulano a quantia de...) 
dá uma ordem ao banco sacado para que pague ao beneficiário. Como 
mandatário, o banco é obrigado a seguir as instruções do mandante, 
permitindo a Lei do Cheque que o emitente do cheque dê uma contra-ordem. 
Mas essa contra-ordem (ou revogação) só produz efeito depois de expirado o 
prazo de apresentação do Cheque. 
O prazo de apresentação do cheque é de 30 dias, se passado na mesma 
praça (quando o local indicado como sendo o de emissão se localizar no 
mesmo Município da agência bancária pagadora), e 60 dias se for passado em 
estado diferente ou no exterior, sempre da data da emissão, mesmo que o 
cheque seja emitido com data futura (pós-datado). O que vale é a data 
mencionada no cheque. 
A data de emissão do cheque é a que se utiliza para fins de prescrição, que 
será de seis meses e se conta do término do prazo de apresentação (ou seja, 
os seis meses são contados a partir de 30 ou 60 dias da emissão conforme a 
praça que for emitido) – art. 59 da LC. 
Sendo o cheque pós-datado, mesmo que o credor o tenha apresentado em 
data anterior a mencionada no título, o prazo só começará a contar da data 
prevista no título. Para o STJ este é o único efeito cambial do cheque pós-
datado, postergar a data de apresentação do cheque e, por conseqüência, o 
prazo de prescrição. 
Já o art. 36 da LC10 trata da oposição ou sustação ao pagamento do cheque. 
E o § 2o do art. 36 diz ainda que não cabe ao banco julgar as razões para a 
sustação do cheque. 
 
9 O caput do art. 35 da LC trata da revogação ou contra-ordem diz: “O emitente do cheque 
pagável no Brasil pode revogá-lo, mercê de contra-ordem dada por aviso epistolar ou por via 
judicial ou extrajudicial, com as razões motivadoras do ato”. 
10 Art. 36: Mesmo durante o prazo de apresentação, o emitente e o portador legitimado podem 
fazer sustar o pagamento, manifestando ao sacado, por escrito, oposição fundada em 
relevante razão de direito. 
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Enquanto a contra-ordem só vale para após o prazo de apresentação e 
somente pelo emitente, a sustação ou oposição ao pagamento pode ser feita 
dentro do prazo de apresentação e pelo emitente ou pelo portador legitimado. 
No caso do cheque administrativo o banco retira o valor da conta do 
correntista e emite o cheque administrativo. Mas se o cheque é perdido 
poderia ele pedir a sustação do cheque? O correntista não é nem o emitente e 
nem o beneficiário/portador. O STJ entende que sim, pois aquele que pede ao 
banco que emita o cheque administrativo (como o dinheiro sai da conta dele) é 
equiparado ao emitente e pode fazer a oposição ao pagamento. 
O cheque pode ser classificado segundo as seguintes as espécies de cheques: 
1º) cheque ao portador: quando não consta o nome do beneficiário ou 
favorecido, de tal sorte que a pessoa que esteja de posse do mesmo pode 
recebê-lo diretamente no banco; 
2º) cheque nominativo: que é aquele em consta o nome do favorecido no 
contexto, razão pela qual só esta pessoa poderá descontá-lo a não ser que a 
mesma o endosse. Nesse tipo de cheque pode ser tanto não à ordem, isto é, 
quando não se permite o endosso e à ordem quando pode ser transmitido 
através de endosso; 
3º) cheque especial: na verdade é um cheque comum, ao qual se aplicam 
todas às normas aplicáveis ao cheque, mas nesse caso existe um contrato feito 
pelo emitente e o Banco onde o Banco garante o cumprimento do cheque até 
um determinado limite além do saldo da conta do cliente; 
4º) cheque visado: é uma modalidade na qual o banco apõe o seu “visto” no 
anverso to título a pedido do seu emitente, com o que transfere a quantia 
correspondente e a coloca à disposição do portador legitimado pelo prazo de 
apresentação do cheque. Só pode ser nominativo mesmo que seja em favor do 
emitente; 
5º) cheque administrativo: é um cheque nominativo emitido pelo próprio 
banco para pagamento por ele mesmo a pedido de alguém em seu próprio 
favor ou no de outrem; 
6º) cheque cruzado: é um cheque em se fizeram dois traços transversais e 
paralelos são apostos em seu anverso, o que faz com que o mesmo só possa 
ser pago pelo sacado a banco ou a cliente do sacadomediante crédito em 
conta. O cruzamento pode, também, ser especial, quando entre os dois traços 
aparecer o nome do banco a que deve ser pago o cheque ou, se este for o 
sacado, a clientes seu mediante crédito em conta; 
7º) cheque de viagem (ou traveler’s checks): é um cheque de valor pré-
determinado, cujo saque é garantido em qualquer um das agências do banco 
responsável pela sua emissão. São adquiridos pelo cliente em uma agência 
bancária, ato no qual é indicado o valor dos cheques. São cheques nominativos 
(o cliente os assinará na agência em que os comprou e novamente na agência 
onde for os sacar); 
8º) cheque fiscal: é o cheque pelo qual se faz a restituição do Imposto de 
Renda Pessoa Física, tem as seguintes características: validade de 180 dias, é 
nominativo não à ordem e o seu resgate se faz através de qualquer banco; 
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Com relação ao endosso, aceite e aval: 
1º) O cheque comporta apenas um endosso, o que não impede que possa ser 
um endosso póstumo, isto é, o que se realiza após o prazo de apresentação; 
2º) não admite aceite, já que é emitido é a pago com crédito do próprio 
emissor, segundo os fundos disponíveis, mantidos pelo emitente frente ao 
banco sacado; e 
3º) Admite aval, que é lançado no anverso do título ou mesmo no verso, com 
as palavras “por aval” ou fórmula equivalente. Pode ser garantido por um aval 
total (quando for garantido no todo) ou parcial (quando apenas parte de seu 
valor tiver sido garantido). 
Caso o cheque não seja pago, o portador legitimado dispõe, enquanto não 
houver prescrição, de ação de execução contra o emitente e seu avalista e 
também contra o endossante e seus avalistas, dependendo, nesta segunda 
hipótese, de protesto efetuado dentro do prazo de apresentação ou de 
declaração do banco (aquele carimbinho indicativo) de insuficiência de fundos 
(art. 47 da LC). 
Por fim, voltando à questão do cheque pós-datado, pode pairar uma dúvida. A 
pessoa que deu um “cheque-pré” está sujeita a ser processada criminalmente 
caso o cheque volte por insuficiência de fundos, apesar ter sido apresentando 
antes do combinado? Bem quando as partes acordam o pagamento do cheque 
para data futura, estão descaracterizando o cheque como instrumento de 
pagamento à vista. Ele passa a ser tratado, apenas entre as partes, como 
uma promessa de pagamento futuro. Assim está descaracterizado o crime de 
estelionato (art. 171 do CP), que busca proteger o cheque enquanto 
instrumento que permita ao credor receber imediatamente a quantia nele 
representada mediante a sua pronta apresentação ao Banco. 
A pergunta gera o seguinte desdobramento, se é o próprio credor que não quis 
receber o cheque como instrumento de pagamento à vista, ele não fica 
descaracterizado como título de crédito? Não. O que fica descaracterizado é 
tão somente a tutela penal, e não o título. Essa tutela penal existe para não 
desestimular a utilização do cheque como instrumento de pagamento. É uma 
garantia maior de que o cheque será pago imediatamente. Mas se o próprio 
credor aceita que o cheque não seja pago imediatamente, ele mesmo está 
desvirtuando essa natureza do cheque de pagamento à vista. 
 
DESAFIO 
8 - Questão elaborada pela ESAF em 1997: O diretor de uma empresa sofreu 
assalto, tendo sido obrigado a assinar vários cheques e entregá-los aos 
assaltantes. Depois de solto, dirigiu-se imediatamente ao banco sacado, tendo 
solicitado que aqueles cheques fossem sustados. O gerente do Banco informou 
que o pedido de sustação, para ser eficaz, dependeria da apresentação de 
boletim de ocorrência. A vítima, no entanto, insistiu em que o banco recebesse 
mediante protocolo seu pedido de sustação, enquanto tomava as providências 
relacionadas com o boletim de ocorrência, o que foi feito. No dia seguinte, de 
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posse do documento emitido pela Delegacia de Polícia, foi ao banco para 
entregá-lo, tendo sido informado de que alguns cheques já haviam sido pagos 
por compensação bancária. Diante desses termos, pode-se dizer que: 
a) O banco estaria obrigado a indenizar o seu cliente, pois, tendo em mãos 
pedido de sustação, não lhe caberia julgar as razões determinantes do pedido 
de sustação; 
b) O banco agiu corretamente em exigir a prova dos fatos alegados, 
consubstanciada no boletim de ocorrência, para o fim de não se ver envolvido 
em questões entre terceiros; 
c) O banco excedeu-se em seus direitos ao exigir a cópia do boletim de 
ocorrência, mas seu procedimento não lhe traria conseqüências jurídicas, uma 
vez que a sustação dos cheques, segundo a lei, somente seria eficaz após 
passado o prazo de validade daqueles títulos; 
d) O banco estava correto na exigência do boletim de ocorrência, mas 
confundiu os institutos da sustação e da revogação ou contra-ordem, somente 
neste último caso aplicável a regra da eficácia daquela condicionadamente ao 
transcurso do prazo de apresentação; 
e) Nem o cliente nem o banco estavam corretos em seu procedimento, porque 
o primeiro deveria acionar, inicialmente, o sistema centralizado de Telecheque, 
comunicando a ocorrência, para tanto devidamente orientado por aquela 
instituição financeira, a qual, em seguida, faria a sustação requerida. 
 
9 - Questão elaborada pelo TJ/DF em 2003: Assinale a alternativa correta. 
Com relação ao cheque, pode-se afirmar que: 
(a) após o prazo de 30 ou 60 dias, pode ser apresentado ao banco sacado, 
mesmo que prescrito; 
(b) emitido em moeda estrangeira, será pago em moeda nacional, de acordo 
com o câmbio de sua emissão, por ocasião de apresentação; 
(c) o sacador ou portador pode proibir o seu pagamento em dinheiro, desde 
que coloque no mesmo a expressão «para levar em conta» ou outra 
semelhante; 
(d) a morte do emitente ou sua incapacidade superveniente à emissão, 
invalida os efeitos do cheque. 
 
10 - Questão elaborada pela OAB/PR em 2005: Sobre o cheque, assinale a 
incorreta: 
a) o cheque é emitido contra banco, ou instituição financeira que lhe seja 
equiparada, sob pena de não valer, de forma alguma, como cheque; 
b) pode-se estipular no cheque que seu pagamento seja feito com cláusula —
não à ordem“ a pessoa nomeada, ou mesmo, com ou sem cláusula expressa —
à ordem“ e, ainda, ao portador; 
c) aquele que assina cheque como mandatário ou representante, sem poderes 
para tal, ou excedendo os que lhe foram conferidos, obriga-se pessoalmente; 
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d) a morte do emitente ou sua incapacidade superveniente invalidam os efeitos 
do cheque. 
 
11 - Questão elaborada pela OAB/SC em 2004: Em relação ao cheque, é 
correto afirmar: 
a) O cheque é uma ordem de pagamento à vista. Qualquer menção em 
contrário o descaracteriza como título de crédito. 
b) O tomador do cheque que não o apresenta ao banco no prazo definido 
em lei perde o direito de executá-lo. 
c) A contra-ordem ao pagamento do cheque só produz efeitos após o prazo 
de apresentação, mas a oposição produz efeito imediatamente. 
d) A morte do emitente, após a emissão do cheque, invalida o título. 
 
12 - Questão elaborada pela OAB/SP em 2006 Assinale a afirmativa correta. 
(A) O cheque com cruzamento especial só pode ser pago pelo banco sacado ao 
banco indicado ou, se este for o sacado, a cliente seu, mediante crédito em 
conta. 
(B) O emitente ou o portador não podem proibir que o cheque seja pago em 
dinheiro pelo banco sacado. 
(C) O cruzamento geral de um cheque não pode ser convertido em especial. 
(D) É possível inutilizar o cruzamento de um cheque. 
 
13 – Questão elaborada pela OAB/MG em 2004: Um cheque emitido em Belo 
Horizonte, em 5 de fevereiro de 2003, foi apresentado ao banco sacado em 14 
de março de 2003. Devolvido por ter sido sustadopelo emitente, instruiu uma 
execução distribuída em 14 de abril de 2004 e que será agora embargada. 
Poderá ser alegado nos embargos que: 
(A) a prescrição do título ocorre em 30 dias a partir da emissão, se a praça de 
pagamento do cheque é Belo Horizonte, mais seis meses. 
(B) a prescrição do título, ocorre em 30 dias a partir da emissão, se a praça de 
pagamento do cheque é diversa de Belo Horizonte, mais seis meses. 
(C) o fato de o título ter sido sustado retira o caráter executivo do título de 
crédito. 
D) o fato de o título ter sido apresentado ao banco sacado fora do prazo retira 
o caráter executivo do título de crédito. 
 
14 – Questão elaborada pela (OAB/MG/2006) É correto afirmar que: 
a) A partir do Código Civil Brasileiro de 2002, não pode mais o emitente de 
Nota Promissória proibir o endosso desse título, mediante inserção da cláusula 
proibitiva de endosso. 
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b) Quem endossa Letra de Câmbio ou Cheque não responde pelo cumprimento 
da prestação constante do título, ressalvada cláusula expressa em contrário, 
constante do endosso, conforme dispõe o Código Civil Brasileiro. 
c) Admite-se o aval parcial no Cheque, a despeito da vedação expressa de aval 
parcial contida no Código Civil Brasileiro. 
d) Condição essencial para a ação de execução de duplicata aceita, movida 
pelo sacador do título contra o aceitante, é o protesto do referido título, que 
deve ser realizado a partir do primeiro dia útil seguinte ao dia do seu 
vencimento até 30 (trinta) dias do vencimento. 
 
15 – Questão elaborada pela CESPE em 2002: Determinado cheque foi emitido 
em Brasília, no dia 1º/9/2001, contra agência bancária local, mas com data de 
10/12/2001. O título somente foi apresentado ao sacado, para pagamento, no 
dia 17/1/2002. Nessa situação 
I. o sacado não poderá efetuar o pagamento, haja vista ter sido o cheque 
apresentado fora do prazo de apresentação legal. 
II. não tendo sido apresentado o cheque no prazo legal, não mais poderá ser 
proposta a ação executiva com base nesse cheque contra possível endossante 
do título. 
III. se, em decorrência da eventual falta de pagamento, o cheque vier a ser 
protestado em cartório de protesto de títulos e documentos, o protesto 
provocará a interrupção da prescrição da ação executiva. 
IV. a contagem do prazo prescricional da ação executiva com base nesse 
cheque será iniciada a partir da apresentação desse título ao banco, no dia 
17/1/2002. 
V. se o cheque tivesse sido apresentado ao sacado no dia 5/12/2001, portanto, 
antes da data lançada no título, ainda que houvesse fundos disponíveis, o 
sacado não poderia efetuar o pagamento. 
 
16 – Questão elaborada pela OAB/PR em 2005: Sobre o cheque, assinale a 
incorreta: 
a) o cheque é emitido contra banco, ou instituição financeira que lhe seja 
equiparada, sob pena de não valer, de forma alguma, como cheque; 
b) pode-se estipular no cheque que seu pagamento seja feito com cláusula —
não à ordem“ a pessoa nomeada, ou mesmo, com ou sem cláusula expressa —
à ordem“ e, ainda, ao portador; 
c) aquele que assina cheque como mandatário ou representante, sem poderes 
para tal, ou excedendo os que lhe foram conferidos, obriga-se pessoalmente; 
d) a morte do emitente ou sua incapacidade superveniente invalidam os efeitos 
do cheque. 
 
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Protesto 
O último tema a respeito dos títulos de crédito é o instituto do protesto. 
Referido por diversas vezes no decorrer da aula, acredito que, com muita 
probabilidade de acertar, diria que alguém que você conhece já requereu a 
efetivação do protesto ou teve contra si um pedido dessa natureza. Sem 
dúvida muitos transtornos podem ser causados apenas por ser o nome da 
pessoa apontado no Cartório de Protestos. É uma informação negativa da 
pessoa, que acaba constando de diversos cadastros de devedores. Muita dor 
de cabeça! 
O protesto consiste no ato oficial, formal e solene, pelo qual se prova 
inadimplência e o descumprimento da promessa contida no título (art. 1º da 
Lei nº 9.492/97). 
É regido pela Lei de Protesto - LP, Lei n.º 9.492/97. Corresponde tanto a um 
direito quanto um a um ônus imposto ao portador, dado que seu não-exercício 
pode fazer com que este perca certos ou todos os seus direitos. Será 
necessário o protesto caso se queira garantir direito de regresso frente a 
endossantes e respectivos avalistas. 
O prazo normal para requerer o protesto é no primeiro dia útil seguinte ao do 
vencimento do título. No caso de Duplicata, o protesto por falta de pagamento 
deve ser efetuado no prazo de 30 dias a contar do vencimento (art. 13, § 4º, 
da LD). E no caso da letra de câmbio à vista e na não aceita fica à vontade do 
portador, que tem 6 meses para apresentá-la ao aceite. O protesto é 
desnecessário no caso de cheque não pago, que é atestado por declaração do 
banco sacado, podendo o credor promover ação executiva contra o devedor, 
mas A falta de protesto acarreta a perda do direito de regresso cambial, isto é, 
decai o portador do direito de cobrar a duplicata do sacador, dos endossantes 
(o sacador também pode ser endossante) e dos avalistas dos endossantes (art. 
53 da LUG). Em regra o protesto não é necessário para a cobrança cambial do 
aceitante e de seus avalistas. 
O protesto é um requerimento do credor pedindo para que o oficial 
solenemente declare que o título não foi pago, e devedor pode apresentar 
razões pelas quais ele não efetuará o pagamento. Mas isto não susta o 
protesto, só há essas duas maneiras de sustar, de evitar que o título seja 
protestado: 
a) se evita o protesto é o pagamento no prazo de 3 dias, que é o prazo que o 
devedor tem para pagar o título que está sendo protestado; 
b) ou se pede em juízo um provimento judicial cautelar ou de antecipação dos 
efeitos da tutela de mérito, para que o cartório se abstenha de realizar o 
protesto. 
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O protesto, portanto, pode ser necessário (impropriamente se diz que é 
obrigatório) ou facultativo. 
Sendo facultativo, o portador prova a impontualidade do devedor. Como 
conseqüência se tem a interrupção da prescrição da ação executiva (ação 
cambiária). 
No protesto é necessário temos dois casos: 
1º) para a efetivação do direito de regresso cambial, a fim de que o credor 
possa cobrar o título do sacador, endossantes e avalistas dos endossantes (por 
exemplo, é necessária para a ação cambial de duplicata não aceita, 
acompanhada do comprovante da venda e da entrega da mercadoria), e 2º) 
para fins específicos de falência, caso em que passa a ser condição da ação 
falimentar (art. 23 da LP e art. 94, inc. I, da Lei de Falências – Lei nº. 
11.101/05). 
Embora a LP não preveja um livro especial para os protestos com fins 
falimentares, estes continuam existindo, sendo todos os protestos lavrados em 
livro único, para facilitar a consulta e a emissão de certidões.11 
Após efetuado o protesto se questionada de quem é a responsabilidade pelo 
cancelamento do mesmo, quando o título termina sendo pago, mas somente 
após haver sido protestado? Segundo o STJ cabe ao devedor providenciar o 
cancelamento de protesto de título junto aos cartórios, e não ao credor. 
Afirmando que deve ser aplicado o art. 26 da LP, em consonância com o art. 
325 do NCC, para elucidar a responsabilidade. A Lei fala, primeiramente, que 
qualquer interessado deve proceder ao cancelamento e, qualquer interessado, 
engloba, por óbvio, o devedor. O NCC, por sua vez, assinala claramente que as 
despesas com o pagamento e a quitação do débito presumem-se a cargo do 
devedor.12 
 
DESAFIO 
17 - Questão elaborada pela FCC em 2006: O protesto de duplicata Mercantil é 
indispensável para a propositura de execução contra o(A) sacado, tenha a duplicata sido aceita ou não. 
(B) endossante, tenha a duplicata sido aceita ou não. 
(C) avalista do sacado, tenha a duplicata sido aceita ou não. 
(D) avalista do endossante, apenas se a duplicata não tiver sido aceita. 
(E) sacador, apenas se a duplicata não tiver sido aceita. 
 
 
11 Nesse sentido veja o Resp 418.371-SP do STJ. 
12 Veja também o Resp 442.641 do STJ. 
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18 - Questão elaborada pela OAB/MG em 2006: Quanto ao protesto de títulos 
de crédito, é correto afirmar que: 
a) O protesto para fins falimentares é procedimento cautelar específico 
previsto no Código de Processo Civil Brasileiro, com finalidade de legitimar o 
credor a pedir falência do empresário devedor em razão do não pagamento, no 
prazo, de obrigação líquida materializada em título(s) executivo(s) 
protestado(s), conforme exige a Lei de Falência. 
b) Protesto cambial é meio de cobrança de título de crédito vencido e não 
pago, que se faz através de pedido dirigido ao Tabelião de Protestos de Títulos. 
c) A duplicata sem aceite pode ser executada pelo sacador, mesmo sem 
protesto, desde que o exequente apresente junto à inicial o comprovante de 
entrega da mercadoria. 
d) A verdadeira finalidade do protesto cambial é probatória, servindo tal 
instituto para munir o credor de declaração autêntica de falta de devolução, 
aceite ou pagamento de título de crédito. 
 
19 - Questão elaborada pela ESAF em 2001: O endossante de um título de 
crédito responde pelo crédito nele representado: 
a) Somente diante do endossante direto e de seu avalista. 
b) Uma vez protestado o título e pelas obrigações dele emergentes. 
c) Desde que o devedor principal não possa ser encontrado, caracterizando-se 
tal fato pelo protesto. 
d) Respeitado o prazo de prescrição de cinco anos. 
e) Da mesma forma que o avalista do aceitante. 
 
20 - Questão elaborada pelo TJ/AM em 2005: Analise as proposições a seguir: 
I. Em se tratando de protesto de cheque, poderá este ser lavrado no lugar do 
pagamento ou do domicílio do emitente. 
II. Protesto é um ato formal e solene pelo qual se prova a inadimplência e o 
descumprimento de obrigação originada em títulos e outros documentos de 
dívida. 
III. O tabelião de protestos arquivará mandados e ofícios judiciais. 
Assinale: 
(A) se somente a proposição I estiver correta. 
(B) se somente a proposição II estiver correta. 
(C) se somente as proposições I e a III estiverem corretas. 
(D) se todas as proposições estiverem corretas. 
(E) se nenhuma proposição estiver correta. 
 
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21 - Questão elaborada pela CESPE-2002: O Banco Gama, portador de letra de 
câmbio, propôs ação executiva contra: José da Silva, avalista do título; 
sociedade Alfa, subscritora do título; sociedade Beta, sociedade contra quem a 
letra foi emitida. 
José da Silva embargou a execução e argumentou que a ação contra ele 
somente poderia ser proposta após esgotados os meios para a cobrança da 
dívida junto ao seu avalizado e se o título tivesse sido protestado, o que não 
ocorreu. 
A sociedade Alfa argumentou em seus embargos que a falta de protesto 
impediria a sua execução. A sociedade Beta, por seu turno, argumentou em 
seus embargos que, à exceção da assinatura de um diretor, firmada na face do 
título, não assumia qualquer responsabilidade pelo pagamento da letra, haja 
vista não constar, no título, qualquer declaração da sociedade que pudesse ser 
entendida como aceite cambial. Em face dessa situação hipotética, julgue os 
itens seguintes. 
I. O primeiro argumento apresentado por José da Silva, o de que a ação contra 
ele somente poderia ser proposta após esgotados os meios para a cobrança da 
dívida contra o avalizado, deverá ser considerado improcedente. 
II. Caso José da Silva não tenha indicado em favor de quem se prestou o aval, 
presume-se que este tenha sido em favor da sociedade Alfa. 
III. Em relação à sociedade Alfa, será necessário o protesto da letra para que 
seja proposta a ação executiva. 
IV. Em relação à sociedade Beta, é correta a observação de que o título não foi 
aceito, não cabendo, portanto, responsabilizar o sacado da letra. 
V. Admitida a responsabilidade da sociedade Beta, após efetuar o pagamento 
da letra, ela poderá propor ação regressiva contra a subscritora do título. 
 
22 - Questão elaborada pela ESAF em 2001: O endossante de um título de 
crédito responde pelo crédito nele representado: 
a) Somente diante do endossante direto e de seu avalista. 
b) Uma vez protestado o título e pelas obrigações dele emergentes. 
c) Desde que o devedor principal não possa ser encontrado, caracterizando-se 
tal fato pelo protesto. 
d) Respeitado o prazo de prescrição de cinco anos. 
e) Da mesma forma que o avalista do aceitante. 
 
23 - Questão elaborada pelo TJ/DF em 2003: Assinale a alternativa incorreta. 
Com relação às duplicatas, pode-se afirmar que: 
(a) pode ser recusado o aceite desde que não corresponda a serviços 
prestados; 
(b) o seu protesto pode ser feito mediante simples indicação do credor, sem 
exibição do título ao cartório; 
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(c) o aval dado posteriormente ao vencimento do título, não produz os 
mesmos efeitos que o prestado anteriormente; 
(d) o protesto da duplicata mercantil não aceita é requisito essencial para a 
propositura da competente ação executiva contra o devedor principal. 
 
24 - Questão elaborada pela CESPE em 1998: Determinada letra de câmbio foi 
emitida pela sociedade comercial A contra a sociedade B, sendo indicada como 
beneficiária do título a sociedade C. O título recebeu o aval da sociedade D. A 
letra foi endossada pelo beneficiário em favor da sociedade E. Não tendo sido 
efetuado o pagamento do título em seu vencimento, o endossatário – 
sociedade E – propôs ação executiva contra as sociedades A, B, C e D. Em face 
dessa situação, julgue os seguintes itens. 
- A sociedade comercial D, avalista da letra, somente poderá ser executada 
após a execução do seu avalizado. 
- Na ausência de indicação expressa em favor de quem foi dado o aval 
prestado pela sociedade D, presume-se que este tenha sido prestado em favor 
da sociedade A, sacadora da letra. 
- A sociedade B, caso não tenha aceitado pagar a letra, não terá qualquer 
responsabilidade pelo seu pagamento. 
- A sociedade C, endossante, não terá responsabilidade pelo pagamento do 
título, salvo se, ao efetuar seu endosso, tiver expressamente indicado que terá 
responsabilidade pelo seu pagamento. 
- A sociedade A, emitente da letra, somente poderá ser executada após o 
protesto do título, salvo se constar determinação expressa em sentido 
contrário no próprio título. 
 
25 - Questão elaborada pelo TJDF em 2003: Assinale a alternativa incorreta. 
Com relação às duplicatas, pode-se afirmar que: 
(a) pode ser recusado o aceite desde que não corresponda a serviços 
prestados; 
(b) o seu protesto pode ser feito mediante simples indicação do credor, sem 
exibição do título ao cartório; 
(c) o aval dado posteriormente ao vencimento do título, não produz os 
mesmos efeitos que o prestado anteriormente; 
(d) o protesto da duplicata mercantil não aceita é requisito essencial para a 
propositura da competente ação executiva contra o devedor principal. 
 
 
Parabéns por haver completado mais essa etapa! 
Em nosso próximo encontro trataremos da Falência e Recuperação. Noções 
Gerais. Princípios da Falência. Caracterização do Estado Falimentar. Efeitos da 
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Falência. Classificação dos Créditos. Extinção das Obrigações.Espécies de 
Recuperação. Objetivo da Recuperação. Excluídos da recuperação. Período de 
Observação. Meios de Recuperação. Crimes Falimentares. 
Até lá, não deixe de estudar, procurando manter um ritmo constante de 
tarefas de aprendizado ! 
 
RESPOSTA DOS DESAFIOS: 
 
Desafio 1: letra “d”. O aceite é um ato de concordância com o pagamento do 
valor mencionado na letra ao beneficiário e não é obrigatório, salvo na 
duplicata. 
Desafio 2: letra “d”. Lembre-se de que embora sejam três as figuras 
intervenientes na letra de câmbio (sacador, sacado-aceitante e tomador), nada 
impede que coincidam na mesma pessoa, podendo logo em seguida o sacador 
endossá-la, caso em que se obrigará como endossante e aceitante. 
Desafio 3: O item um está errado, porque o avalista assume a mesma posição 
jurídica do avalizado e pode ser cobrado sem o benefício de ordem, isto é, sem 
poder exigir que primeiro seja executados os bens do avalizado; O item dois 
está correto, porque quando não se indica o avalizado, presume-se que o aval 
tenha sido dado para garantir o devedor principal; O item três está certo, pois 
a obrigação do sacado somente se verifica quando ele aceita o título; O item 
quatro está errado, pois o endosso gera a co-responsabilidade do endossante 
pelo pagamento do título; O item cinco está certo, na medida que se exige o 
protesto para preservar o direito de o credor poder cobrar o título do sacador, 
dos endossantes e dos avalistas daqueles. 
Desafio 4: assertivas I e V certas, II, III e IV erradas. Segundo o art. 887 do 
NCC, art. 1º, nº. 2; 75, nº. 2, art. 2º, art. 77 e art. 9º da LUG. 
Desafio 5: letra “a”, pelo art.1 º da LD. 
Desafio 6: letra “e”, segundo a LD, art. 15, II. 
Desafio 7: letra “c”, v ide arts. 21, inc. I; 13, § 1º, da Lei de Duplicatas (Lei 
nº. 5.474/68) c/c art. 8º, § único, da Lei de Protesto (Lei nº. 9.492/97); art. 
12, § único; e art. 15, inc. II, aliena “a” da Lei de Duplicatas. 
Desafio 8: letra “a”, conforme o art. 36 e seus parágrafos, da LC. 
Desafio 9: letra “c”, segundo arts. 26, § único, 33, 37, 42 e 46 da LC. 
Desafio 10: letra “d”, pelos arts. 3º, 8º (mas com a limitação constante do art. 
2º da Lei nº. 8.021/90 e do valor atual de R$ 100,00), 14, 37, da LC. 
Desafio 11: letra “c”. Vide arts. 32, 47, 35, 36, e 37 da Lei 7.357/85. 
Desafio 12: letra “a”, segundo o art. 45 da LC. Vide ainda art. 44 da LC 
Desafio 13: letra “a”, arts. 33, 47 e 59 da LC. 
Desafio 14: letra “c”, art. 29 da LC e 903 do NCC. 
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Desafio 15: E-C-C-E-. Segundo os arts. 47, inc. I, c/c art. 33; art. 47, inc. II, 
da LC; art. 202, inc. III, do NCC, tornando prejudicada a Súmula 153 do STF, 
que é anterior; arts. 59 e 32 da LC. 
Desafio 16: letra “d”. Vide arts. 3º, 8º (mas com a limitação constante do art. 
2º da Lei nº. 8.021/90 e do valor atual de R$ 100,00), 14, 37, da LC. 
Desafio 17: letra “b”, conforme sistemática do art. 15 da LD. 
Desafio 18: letra “d”; Não é procedimento cautelar previsto no CPC, mas 
providência extrajudicial regulada pela Lei 9.492/97- LP. O protesto é dirigido 
ao Tabelionato de Protesto, mas não é, propriamente, meio de cobrança, mas 
forma de comprovação da falta de pagamento (art. 1º da LP). A duplicata sem 
aceite expresso exige o protesto, o qual é necessário para suprir o aceite e 
torná-la título executivo (art. 15 da LD). 
Desafio 19: letra “b”, pois neste caso, o protesto é necessário para assegurá-la 
ao credor o direito de exigir o título do sacador, dos endossantes e dos 
avalistas deles, dentro do que se chama “direito de regresso cambial”; 
Desafio 20: letra ¨d”, veja o art. 48 da LC arts. 1º e 35, inc. IV, da LP; 
Desafio 21: C-C-C-E-E. Vide arts. 31 32, 53, 25 e 49 da LUG; 
Desafio 22: letra “b”. Neste caso, o protesto é necessário para assegurar ao 
credor o direito de exigir o título do sacador, dos endossantes e dos avalistas 
deles, dentro do que se chama “direito de regresso cambial”. 
Desafio 23: letra “c”, uma vez que, pelo art. 12, § único, da LD, o aval 
posterior ao vencimento produz o mesmo efeito que o prestado anteriormente. 
Na letra “a”, o art. 21, inc. I, da LD, realmente prevê que o aceite possa ser 
recusado nesse caso. Na letra “b”, o art. 13, § 1º, da mesma lei, permite o 
requerimento do protesto mediante simples indicações dos dados relativos ao 
título. Na letra “d”, o protesto mais o comprovante de entrega das mercadorias 
ou da prestação dos serviços são indispensáveis para a cobrança da duplicata 
por ação e processo de execução (art. 15, inc. II, alínea “a”, da LD); 
Desafio 24: A primeira assertiva está errada, porque o avalista assume a 
mesma posição jurídica do avalizado e pode ser cobrado sem o benefício de 
ordem, isto é, sem poder exigir que primeiro seja executados os bens do 
avalizado; a segunda está correta, porque quando não se indica o avalizado, 
presume-se que o aval tenha sido dado para garantir o devedor principal; a 
terceira também está correta, porque a obrigação do sacado somente se 
verifica quando ele aceita o título; a quinta está errada, pois o endosso gera a 
co-responsabilidade do endossante pelo pagamento do título; e a sexta está 
correta, na medida que se exige o protesto para preservar o direito de o credor 
de cobrar o título do sacador, dos endossantes e dos avalistas daqueles; 
Desafio 25: letra “c”, uma vez que, pelo art. 12, § único, da LD, o aval 
posterior ao vencimento produz o mesmo efeito que o prestado anteriormente. 
Na letra “a”, o art. 21, inc. I, da LD, realmente prevê que o aceite possa ser 
recusado nesse caso. Na letra “b”, o art. 13, § 1º, da mesma lei, permite o 
requerimento do protesto mediante simples indicações dos dados relativos ao 
título. Na letra “d”, o protesto mais o comprovante de entrega das mercadorias 
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ou da prestação dos serviços são indispensáveis para a cobrança da duplicata 
por ação e processo de execução (art. 15, inc. II, alínea “a”, da LD).

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