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Pediatria – Amanda Longo Louzada 1 TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA DEFINIÇÃO: Distúrbio do neurodesenvolvimento diagnosticado em crianças menores de 3 anos EPIDEMIOLOGIA: Prevalência global de 1% da população Mais comum em meninos ETIOLOGIA: Genética: Ocorre em 60 a 90% dos gêmeos monozigóticos e 0% dos gêmeos dizigóticos Os genes mais envolvidos estão localizados nos cromossomos 7 e 15, por isso o autismo pode estar presente na síndrome de Prader- Willi e na de Angelman Etiologia Ambiental: Idade parental avançada Baixo peso ao nascer Exposição fetal ao ácido valproico CARACTERÍSTICAS: A criança apresenta: Padrões restritos e repetitivos Dificuldade na comunicação e interação social Brinca de forma incomum Dificuldade em lidar com alteração da rotina Pode ter diferentes gravidades FISIOPATOLOGIA: Aumento anormalmente rápido do PC dos 6 a 14 meses Aumento de volume do cerebelo, telencéfalo e do corpo amigdaloide Subdesenvolvimento com circuitos anormais nessas áreas QUADRO CLÍNICO: Déficits persistentes na comunicação e na interação social em múltiplos contextos Domínio de Reciprocidade socioemocional: Abordagem social anormal Dificuldade com conversas Manutenção de relacionamentos: Dificuldade em fazer amigos Ajuste do comportamento para o contexto Comunicação não-verbal: Contato visual anormal Ausência de expressões faciais Associados a 2 ou mais padrões restritivos e repetitivo Movimentos ou falas estereotipados: Esteriotipias motoras Frases idiossincráticas Insistência em padrões de comportamento: Sofrimento com pequenas mudanças Rituais de saudação Interesses fixos ou restritos Hipo ou hiper-reatividade a estímulos sensoriais Que estejam presentes precocemente no início da vida (nos primeiros 3 anos de vida) Que causem prejuízo significativo no funcionamento social Os déficits não são explicados por deficiência intelectual ou atraso global do desenvolvimento ESPECIFICADORES: Gravidade: o paciente preenche os critérios, mas não é todo o paciente que possui a mesma gravidade Pode ser graduado com nível 1 a nível 3, de acordo com a necessidade apoio necessário. Sendo nível 1 aquele paciente que quase não precisa de apoio nenhum, tendo a vida funcional normal e o nível 3 pacientes que precisa de muito apoio para as atividades de vida diária Comorbidades: Comprometimento intelectual Comprometimento de linguagem Associação a outras doenças: Síndrome de Down Síndrome alcoólica-fetal Síndrome do X-frágil Esclerose tuberosa M-CHAT-R: Triagem universal para o transtorno do espectro autista, deve ser aplicado para todas as crianças entre 18 e 24 meses, mesmo que não tenhas sinais de alerta para o transtorno Deve ser feito dos 16 aos 30 meses de vida É aplicado pelo pediatra e é respondida pelos responsáveis Resultado: Baixo Risco: 0 a 2 pontos, deve fazer o seguimento de rotina Risco Moderado: 3 a 7 pontos, deve aplicar a M-CHAT-R\F Alto Risco: 8 a 20 pontos, deve encaminhar ao neurologista DIAGNÓSTICO: É clínico Pediatria – Amanda Longo Louzada 2 TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA Exame Físico: pode ter alterações, mas sempre tem Macrocefalia Dismorfismos Deve ser descartado problema de audição TRATAMENTO: Terapia Cognitivo Comportamental: Intensiva: pelo menos 40 horas semanas O ideal é que inicie antes dos 3 anos, pois está associado a melhora da função social, do desenvolvimento da linguagem e ameniza comportamento inadequados PROGNÓSTICO: A presença de deficiência intelectual ou de comprometimento de linguagem, são fatores que estão associados a um pior prognóstico futuro Além disso a idade de início do diagnóstico e do tratamento, possui uma importância muito grande, pois quanto mais precoce for maiores ganhos vai ter em controle dos comportamentos
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