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Expert Núcleo de Ensino Profissional e Técnico Preparando seu Futuro! 1 FÍSICA – MÓDULO 2 1. FORÇAS 2. LEIS DE NEWTON 3. EQUILÍBRIO 4. ENERGIA 5. FERRAMENTAS / MÁQUINAS SIMPLES FILOSOFIA 3 – Prova A 2 1. FORÇAS 3 Dirigir um automóvel, chutar uma bola, empurrar o carrinho de supermercado e aterrissar um avião são tarefas onde o controle dos movimentos é fundamental. Da mesma forma. Aumentar ou diminuir a velocidade exige mecanismos especiais para este fim. Os automóveis possuem um sistema de freios para diminuir sua velocidade e parar, e um controle da potência do motor para poder aumentar ou manter a sua velocidade. O mesmo ocorre com os aviões, barcos e outros veículos, que têm que possuir sistemas de controle da velocidade. 4 Além disso, os próprios animais possuem seus próprios sistemas de controle de movimentos, seja para mudar sua direção, seja para alterar sua velocidade. Em todos esses casos estamos tratando das interações que os objetos tem com o meio. Quando acontece uma interação entre corpos, podem, ocorrer variações na velocidade, deformações ou ambos os fenômenos. Quando um corpo é abandonado de uma determinada altura, 5 cai com movimento acelerado devido à força de atração da Terra. As causas dessas variações ou deformações são denominadas forças. Ao chutarmos uma bola, o pé faz sobre ela uma força que além de deformá-la inicia-lhe o movimento. Forças são interações entre corpos, causando variações no seu estado de movimento ou uma deformação. Tal qual a aceleração, a força é uma grandeza vetorial, exigindo, portanto, para ser caracterizada, uma intensidade, uma direção e um sentido. 6 Por trás de todos estes exemplos Isaac Newton, o famoso físico inglês do século XVIII conseguiu elaborar as leis do movimento, conhecidas como "Leis de Newton”. Conhecendo estas leis e as várias interações, podemos prever os movimentos e as condições para que os objetos fiquem em equilíbrio. A seguir vamos apresentar alguns exemplos para que você possa compreender melhor essas interações. 7 As coisas caem porque são atraídas pela Terra. Há uma força que "puxa" cada objeto para o centro da Terra. Essa força atrativa é chamada força gravitacional ou simplesmente peso (P). Ao estudar o movimento da Lua, Newton concluiu que a força que faz com que ela esteja constantemente em órbita é do mesmo tipo que a força que a Terra exerce sobre um corpo em suas proximidades. A partir daí criou a Lei da Gravitação Universal. 8 A mesma força, força gravitacional, age sobre a Lua, puxando-a, afastando-a da linha reta que descreveria na ausência da gravidade. 9 Aceleração da Gravidade em diversas Altitudes: 10 Para que as coisas não caiam é preciso segurá-las. A mão apoia o livro, ou seja, exerce uma força sobre o livro, impedindo que ele caia. Do mesmo modo, a mesa apoia a caixa, exercendo uma força sobre ela e não a deixando cair. São casos denominados como forças de contato. 11 Um outro tipo de força de sustentação é a força de empuxo que se observa nos fluidos. Quando boiamos, nos sentimos "mais leves". Isto ocorre porque a água exerce uma força (de baixo para cima) que chamamos de empuxo hidrostático. 12 Essa força de empuxo também aparece nos gases e é a responsável, por exemplo, pela subida de um balão. na água.Essa força de empuxo também aparece nos gases e é a responsável, por exemplo, pela subida de um balão. Um balão de ar quente flutua no ar, porque o ar quente é mais leve do que o ar frio, sua densidade e menor. O que sustenta os balões e as bolas no ar também é uma força de empuxo, igual à que observamos na água. 13 Para se segurar no ar o pássaro bate asas e consegue com que o ar exerça uma força para cima, suficientemente grande para vencer a força da gravidade. Essa força também pode ser chamada de empuxo. Porém, trata-se de um empuxo dinâmico, ou seja, que depende de um movimento para existir. As forças de empuxo estático que observamos na água ou no caso de balões, não dependem de um movimento para surgir. 14 Objetos que se raspam ou escorregam estão em atrito uns com os outros. Esse atrito também representa uma interação entre os objetos. Experimente empurrar qualquer objeto no chão que você perceberá a presença da força de atrito. De um modo geral, as forças de atrito se opõem aos movimentos. Ou seja, seu sentido sempre é oposto ao sentido do movimento Fat. 15 A força de atrito é devida a rugosidades, asperezas ou pequenas saliências existentes na superfície que estão em contato quando elas tendem a se mover uma em relação a outra. Portanto, quanto mais lisas forem as superfícies em contato, menor, em geral, tende a ser o atrito entre elas.O atrito pode ser útil. Os exemplos seguintes mostram que esta afirmação é realmente verdadeira. 16 1 - Uma pessoa caminhar ou correr - quando andamos ou corremos, empurramos o chão para trás com nossos pés. Uma força de atrito é, então exercida pelo chão sobre nossos pés, empurrando-os para frente. Assim, em uma superfície sem atrito, ao tentar um passo a pessoa escorrega e não consegue caminhar. 2 - Graças à força de atrito do sistema de freios, conseguimos manter um ônibus em repouso em uma rua inclinada 17 Outro exemplo de atrito é a resistência do ar. Saltar de paraquedas é uma forma de sentir a resistência do ar. Quando um paraquedista salta, inicialmente ele cai somente sob a ação da força gravitacional. A velocidade de queda do paraquedista aumenta, pois o movimento é acelerado. Por outro lado esse aumento de velocidade causa um aumento da força de resistência do ar. Ela se manifesta como um vento forte para cima que vai aumentando à medida que ele cai. 18 A certa velocidade, a forca de resistência do ar se iguala à força gravitacional (peso) e a sua velocidade para de aumentar. Nesse momento o paraquedas é aberto aumentando a força de resistência que se torna muito maior que o peso. A força de resistência do ar depende fortemente da área que é "frontal ao vento” razão pela qual o paraquedas consegue diminuir muitíssimo (a uns poucos m/s) sua velocidade. Diminuindo a velocidade, a força de resistência também dimi- 19 nui até se igualar novamente, a força peso. Novamente a velocidade se torna constante, só que agora de um valor bem pequeno, permitindo ao paraquedista um pouso suave. 2. LEIS DE NEWTON 20 Princípio da Inércia ou 1ª Lei de Newton Considere um corpo não submetido à ação de nenhuma força, nesta condição esse corpo não sofre variação de velocidade. Isto significa que, se ele está parado, permanece parado e, se está em movimento, permanece em movimento e sua velocidade se mantém constante. Tal princípio, formulado pela primeira vez por Galileu e depois confirmado por Newton, é conhecido como primeiro princípio da Dinâmica (1ª lei de Newton) ou princípio da inércia. PRINCÍPIO DA INÉRCIA OU 1ª LEI DE NEWTON 21 Podemos interpretar seu enunciado da seguinte maneira: todos os corpos são "preguiçosos” e não desejam modificar seu estado de movimento: se estão em movimento, tendem a continuar em movimento: se estão parados, a tendência é permanecer neste estado.. Essa "preguiça” é chamada pelos físicos de inércia válida para corpos dotados de massa. O princípio da inércia pode ser observado no movi- mento de um ônibus. PRINCÍPIO DA INÉRCIA OU 1ª LEI DE NEWTON 22 Quando o ônibus “arranca” a partir do repouso, os passageiros tendem a deslocar-se para trás, resistindo ao movimento. Da mesma forma, quando o ônibus já em movimento freia, os passageiros deslocam-se para frente, tendendo a continuar com a velocidade que possuíam. Assim a 1ª lei de Newton enuncia que: Na ausência de forças, um corpo em repouso continua em repouso, e um corpo em movimento retilíneo continua em movimento em linha reta e velocidade constante. O QUE SIGNIFICA INÉRCIA 23 Inércia na linguagem cotidiana significa falta de ação, de atividade,preguiça ou coisa semelhante. Por essa razão, costuma-se associar inércia a repouso, o que não corresponde exatamente ao sentido que a física dá ao termo. O significado físico de inércia é mais abrangente: inércia é “ficar como está, ou em repouso ou em movimento”. 2ª. LEI DE NEWTON 24 Imagine um bloco apoiado sobre um plano liso (sem atrito), sujeito à ação de uma força horizontal. Já vimos (na lei de Newton) que, se nenhuma força atuasse sobre o bloco, seu movimento seria retilíneo uniforme. A experiência nos mostra, que quando uma força está atuando no bloco o módulo de sua velocidade é alterado. Em outras palavras, observa-se que um corpo sob ação de uma força adquire uma alteração. Bloco Força a F 2ª. LEI DE NEWTON 25 Em outras palavras, observa-se que um corpo sob ação de uma força adquire uma alteração. Observa-se também, nessa experiência, que duplicando o módulo da força, o valor da aceleração também duplica, ou seja, o valor da força que atua num corpo é diretamente proporcional à aceleração a que ela produz. Sabemos também que o bloco do exemplo anterior, possui uma determinada massa, (medida numérica de sua inércia), então a 2ª lei de Newton enuncia que: 2ª. LEI DE NEWTON 26 A resultante das forças aplicadas em um corpo ou ponto material é igual ao produto de sua massa pela aceleração adquirida. F = m.a Onde: • F = resultante das forças aplicadas • m = massa • a = aceleração 2ª. LEI DE NEWTON 27 No Sistema Internacional de Unidades (SI) a unidade de medida de massa é o quilograma (Kg) e a unidade de aceleração é o m/s2. Aplicando o princípio fundamental da Dinâmica temos que a unidade de medida usada para força é Newton (N). PESO DE UM CORPO 28 Em torno da Terra há uma região chamada campo gravitacional, na qual todos os corpos sofrem sua influência, que se apresenta em forma de uma força. Essas forças de atração são denominadas forças gravitacionais. Peso é a força de atração gravitacional que a Terra exerce sobre um corpo. Desprezando-se a resistência do ar, todos os corpos abandonados próximo à superfície da Terra caem devido aos PESO DE UM CORPO 29 seus pesos, com velocidades crescentes, sujeitos a uma mesma aceleração, denominada aceleração da gravidade. Sendo m a massa do corpo e g a aceleração da gravidade, podemos aplicar o princípio fundamental da Dinâmica e obter o peso P do corpo. P = m.g g = aceleração da gravidade (aprox.10 m/s2) O peso de um corpo é uma grandeza vetorial que tem direção vertical orientada para o centro da Terra e cuja intensidade depende do valor local da aceleração da PESO DE UM CORPO 30 Note que o peso e a massa são grandezas diferentes. A massa é uma proprie- dade exclusiva do corpo; não depende do local onde é medida. TERCEIRA LEI DE NEWTON 31 "A toda ação há sempre oposta uma reação igual, ou, as ações mútuas de dois corpos um sobre o outro são sempre iguais e dirigidas a partes opostas". À ação possui a mesma intensidade que a reação. Quando eu empurro uma parede, a parede me empurra de volta com a mesma força. TERCEIRA LEI DE NEWTON 32 Apresentamos também o par de forcas ação-reação em alguns exemplos: a) Força peso - Na interação da Terra com um corpo, o peso do corpo é a ação, e a força que o corpo exerce sobre a Terra é a reação. TERCEIRA LEI DE NEWTON 33 b) Força de tração em fio - Quando esticamos um fio ideal (inextensível e de massa desprezível), nas suas extremidades aparecem forças de mesma intensidade chamadas forças de tração (T). • A mão exerce no fio uma força T. • O fio exerce na mão uma força T. TERCEIRA LEI DE NEWTON 34 c) Força de reação normal - Um corpo em repouso, apoiado numa superfície horizontal, aplica sobre esta uma força F de com-pressão, cuja intensidade é igual à do seu peso. A superfície de apoio exerce no corpo uma força N de reação, que por ser perpendicular às superfícies de contato é chamada de força normal de apoio. Ao considerarmos o peso do corpo, nele atuam duas forças de mesma intensidade e sentidos contrários. Logo, elas se anulam. TERCEIRA LEI DE NEWTON 35 As forças de ação e reação que surgem como resultado da interação entre dois objetos sempre aparecem aos pares, mas uma em cada objeto, ou seja : Ação e Reação são sempre aplicadas em corpos distintos, possuindo mesma intensidade e direção e sentidos contrários. O fato da força de ação agir em um objeto e a de reação em outro, é a ideia básica da Terceira Lei de Newton. 3. EQUILÍBRIO 36 A partir de Newton e sua lei número 1, ficou estabelecido que o repouso e o movimento retilíneo com velocidade constante são estados que tendem a ser conservados. Somente a ação de, forças sobre um objeto pode alterar o seu estado de repouso ou movimento retilíneo com velocidade constante. Daí, estes dois estados passam a ser vistos como estados de equilíbrio, estados nos quais a resultante das forças é nula. Assim, não é necessária uma força resultante para manter a velocidade de um corpo, mas sim para mudá- EQUÍLÍBRIO 37 Podemos diferenciar estas duas situações dizendo que ao conservar velocidade o objeto encontra-se em equilíbrio dinâmico (como, por exemplo, um carro com velocidade constante) e ao permanecer em repouso o objeto encontra-se em equilíbrio estático (corno uma ponte, um prédio, um livro). EQUÍLÍBRIO 38 No repouso, somente duas forças atuam sobre o bloco, o peso P (força exercida pela Terra) e a força normal N (força exercida pelo chão sobre o corpo, denominada reação Normal de apoio). Como bloco está em repouso, que é uma situação de equilíbrio, devemos ter a resultante das forças nula. Logo. EQUÍLÍBRIO 39 Assim como a Terra, todos os objetos celestes que fazem parte do Universo atraem para si os objetos próximos a eles se atraem mutuamente por meio das forças; gravitacionais. Na realidade, qualquer objeto atrai mutuamente qualquer outro, mas como suas massas são pequenas é difícil perceber esta atração. Em uma região onde um objeto é atraído por uma força gravitacional podemos dizer que existe um campo gravitacional. DINAMÔMETRO 40 Dinamômetro é um instrumento capaz de medir forças. O seu princípio de funcionamento é simples: em uma mola presa na vertical (posição relaxada), pendura-se o objeto cuja força se quer determinar. DINAMÔMETRO 41 A força gravitacional provoca distensão na mola e, na situação de equilíbrio, esta força tem o mesmo módulo, mesma direção e sentido oposto ao da força elástica. Ou seja, P = Fe Quando distendemos uma mola ela se deforma proporcional-mente à força aplicada (força gravitacional). QUANTO MAIOR A FORÇA => MAIOR A DEFORMAÇÃO Que pode ser representada pela expressão: Fe = k . y DINAMÔMETRO 42 Nessa fórmula, a letra k representa as propriedades elásticas do objeto, ou seja, se ele deforma-se facilmente ou não. Esse valor é chamado de constante elástica. Quanto maior for o valor de k, mais rígido será o objeto. Por exemplo, uma mola de espiral de caderno possui um valor de constante elástica pequeno, ao passo que uma mola usada na suspensão de automóveis tem um grande valor de k. O valor y representa a deformação sofrida pelo objeto. É preciso lembrar que a força elástica é uma força restauradora e que, portanto, terá sempre sentido oposto ao da deformação. DINAMÔMETRO – MEDINDO FORÇAS 43 Quando o dinamômetro é usado como balança, possui uma escala graduada que fornece os valores em gramas, quilogramas ou outra unidade de massa. Se for usado para medir forças, a unidade é o newton (N). Outras unidades de força , podem ser empregadas, como as listadas na tabela a seguir: DINAMÔMETRO – MEDINDO FORÇAS 44 O dinamômetro pode ser usado como balança somente porque o campo gravitacional da Terra tem um valor mais ou menos igual em todos os lugares. Porém, não serve como uma balança precisa, por causa das pequenas variações do campo de um lugar para outro. Por exemplo, nasproximidades dos polos (9,832 N/kg), o campo é maior do que no equador terrestre (9,750 N/kg). Estas variações se devem basicamente ao fato de a Terra não ler sempre o mesmo raio. DINAMÔMETRO – MEDINDO FORÇAS 45 A deformação da mola do dinamômetro depende apenas da força de atração da Terra. Entretanto esta força varia com a altura, quanto mais longe estivermos da Terra menor será a forço gravitacional e menor a deformação da mola. Isto significa que uma massa padrão de 1 kg pesaria cada vez menos. Podemos medir massa ou por meio de uma balança ou por meio da Segunda Lei de Newton. Já que os valores da massa gravitacionais e da massa inerciais são equivalentes, usare-mos a palavra massa para nos referirmos tanto a uma quanto à outra. 4. ENERGIA 46 Mas, de onde vem a energia? E como ela se manifesta? O Sol e a Energia A principal fonte de energia que utilizamos direta ou indireta-mente, e a energia solar. A radiação solar produz a fotossíntese que é responsável pela produção dos alimentos vegetais, da lenha, do carvão e do petróleo. A radiação solar produz evaporação e ventos que por sua vez permitem o aproveitamento da hidroeletricidade. SOL E ENERGIA 47 Portanto, sem a energia solar não haveria nem ventos, nem chuva, nem vida Mas de onde o Sol arranja tanta energia para irradiar continuamente. Hoje se sabe que a energia solar tem origem em reações nucleares que ocorrem no interior do Sol. Nessa reação, os átomos de hidrogênio se fundem formando átomos de hélio e liberando uma enorme quantidade de energia, na forma de radiações eletromagnéticas. Essas radiações são responsáveis pelas altíssimas temperaturas ali reinantes e pela energia radiante que se espalha em todas as direções do espaço cósmico. A FOTOSSÍNTESE E A ENERGIA 48 Como as plantas aproveitam a energia solar para se desenvolverem? As plantas absorvem uma parte da luz solar e a utilizam na produção de substâncias orgânicas, necessárias ao seu crescimento e manutenção. As plantas verdes possuem uma substância, a clorofila, capaz de absorvera radiação luminosa. A energia absorvida é usada para transformar o gás carbônico do ar (CO ) e a água (absorvida pelas raízes) em glicose (um açúcar), através de um processo chamado fotossíntese. A FOTOSSÍNTESE E A ENERGIA 49 Através do processo conhecido por "respiração", a glicose sofre muitas transformações, nas quais ocorre liberação de energia, que o vegetal utiliza para diversas funções. Pode-se dizer que a energia solar fica “guardada” nas plantas. Quando necessitam de energia, substâncias como a glicose se transforma, fornecendo a energia que a planta necessita. As plantas estão na base da cadeia alimentar, pois delas dependem a sobrevivência dos animais herbívoros, que, por sua vez, alimentam os animais carnívoros. A FOTOSSÍNTESE E A ENERGIA 50 Através do processo conhecido por "respiração", a glicose sofre muitas transformações, nas quais ocorre liberação de energia, que o vegetal utiliza para diversas funções. Pode-se dizer que a energia solar fica “guardada” nas plantas. Quando necessitam de energia, substâncias como a glicose se transforma, fornecendo a energia que a planta necessita. As plantas estão na base da cadeia alimentar, pois delas dependem a sobrevivência dos animais herbívoros, que, por sua vez, alimentam os animais carnívoros. A COMBUSTÃO E A ENERGIA 51 Os homens, em seus primórdios, viviam praticamente como os outros animais, só utilizavam o que a natureza lhes proporcionava. O Sol era a única fonte de luz e calor. Para sobreviver, eles não dispunham senão da força dos seus braços. Quando aprenderam a dominar o fogo a sobrevivência tornou-se mais fácil. Com a energia calorífica liberada pela queima da lenha, enfim, eles tinham à sua disposição, uma fonte de energia que eles podiam usar a qualquer momento, ao contrário da energia do Sol.. A COMBUSTÃO E A ENERGIA 52 O petróleo já era conhecido desde a Idade Antiga, mas era pouco utilizado como combustível, pois o homem não sabia como extraí-lo do solo. Por volta de 1860 o petróleo passou a ser explorado comercialmente, com a perfuração dos primeiros poços na Califórnia, Estados Unidos. A iluminação pública começou a ser feita com lampiões a petróleo, em substituição aos de óleo animal. A produção de energia elétrica em grande escala só foi possível com as invenções do gerador de eletricidade e da turbina hidráulica. A COMBUSTÃO E A ENERGIA 53 O gerador transforma energia de movimento (cinética) em energia elétrica. A turbina é um dispositivo constituído por várias pás, que se movimentam por ação da força da água proveniente de uma a queda d'água. O petróleo, então, passou a ser queimado para aquecer a água e produzir imensas quantidades de vapor para movimentar turbinas hidráulicas. Ou seja, o petróleo passou a ser útil também na produção de energia elétrica. A COMBUSTÃO E A ENERGIA 54 Esse é o princípio de funcionamento de uma usina termelétrica. Numa usina termelétrica, o vapor movimenta uma turbina, que, por sua vez, movimenta um gerador ocorrendo a produção de energia elétrica. As usinas termelétricas são responsáveis ainda hoje por cerca de 90% da energia elétrica fornecida a todo o mundo. No Brasil, as usinas termelétricas são responsáveis por cerca de 5% da energia elétrica gerada. Nessas usinas são queimados derivados do petróleo, gás natural, carvão ou ainda bagaço de cana-de-açúcar. A COMBUSTÃO E A ENERGIA 55 Em um motor de automóvel, a energia química do combustível é convertida em energia térmica, ou seja, em calor, durante a explosão do combustível. Essa energia térmica liberada faz com que o ar superaquecido dentro do cilindro do motor do carro empurre o pistão do motor produzindo movimento, ou seja, energia cinética. Quanto mais energia térmica um motor conseguir transformar em cinética, mais econômico e eficiente ele é. Nos carros atuais essa taxa é de algo em torno de 25%. A COMBUSTÃO E A ENERGIA 56 Quando são queimadas substâncias que contêm carbono (petróleo, óleos, carvão etc. ocorre a formação de dióxido de carbono - CO2), um dos gases responsáveis pelo aumento do efeito estufa. O que, uma máquina a vapor ou o motor de um carro tem em comum com os nossos músculos? Todos eles produzem movimento a partir de uma reação química, a combustão. UNIDADES DE MEDIDAS 57 No S. I. a unidade de energia é o Joule (J). Outras unidades usuais de energia são a caloria (cal) e a caloria alimentar (Cal). A Caloria alimentar (Cal, com C maiúsculo) é uma unidade de energia usada para determinar o conteúdo energético de alimentos. PILHAS, BATERIAS E ENERGIA 58 Você já pensou em como uma pilha produz energia suficiente para acender uma lanterna ou fazer funcionar um rádio? E por que uma pilha "acaba" (deixa de funcionar)? As pilhas e as baterias também produzem energia elétrica através das reações químicas que ocorrem no seu interior. No carro, por exemplo, esta energia é transformada em luz nos faróis, em movimento no motor de arranque, em som nas buzinas ou na faísca nas velas de ignição. E claro que elas produzem energia elétrica, em quantidade muito inferior à produzida nas usinas de geração de eletricidade. PILHAS, BATERIAS E ENERGIA 59 À medida que a pilha vai sendo utilizada as quantidades das substâncias que reagem vão diminuindo, assim a produção de energia elétrica vai ficando menor, ocorrendo, então, o desgaste da pilha. As baterias são sistemas compostos por associação de pilhas, fornecendo, portanto, mais energia. A ÁGUA E A ENERGIA 60 Vivemos rodeados de aparelhos elétricos como o liquidificador, ventilador, furadeira. Nestes aparelhos é a energia elétrica que é convertida em energia cinética. Esta energia elétrica vem de uma usina até a nossa casa. Os fios servem como "meio" que transporia a energia elétrica da fonte de energia elétrica até o motor que irá produziro movimento. Os motores elétricos são mais eficientes do que os motores a combustão, no que diz respeito à porcentagem de energia transformada em cinética, atingindo taxas superiores a 80%. A ÁGUA E A ENERGIA 61 De onde vem a energia elétrica? A energia elétrica das usinas provém do movimento de turbinas que fazem girar um gerador. Esse movimento pode ser obtido, por exemplo, de quedas d'água, como é o caso das usinas hidrelétricas. A energia cinética da água que cai numa usina hidrelétrica vai mover turbinas que fazem girar um gerador. A gente em casa aperta o botão, acende a luz o nem quer saber de onde veio a energia. A ÁGUA E A ENERGIA 62 De onde vem a energia elétrica? A energia elétrica das usinas provém do movimento de turbinas que fazem girar um gerador. Esse movimento pode ser obtido, por exemplo, de quedas d'água, como é o caso das usinas hidrelétricas. A energia cinética da água que cai numa usina hidrelétrica vai mover turbinas que fazem girar um gerador. A gente em casa aperta o botão, acende a luz o nem quer saber de onde veio a energia. ENERGIA E O MEIO AMBIENTE 63 É difícil para uma pessoa nascida nos últimos 50 anos, imaginar a vida sem energia. Todos os dias, acendemos a luz, refrigeramos os alimentos na geladeira, utilizamos aparelhos eletrodomésticos como liquidificador, torradeira, enceradeira e aquecemos a água nos chuveiros. O consumo de energia pelo homem foi aumentando e se modificando ao longo de sua história. No entanto, não nos perguntamos de onde sai a energia que consumimos e não nos preocupamos com o seu desperdício. FONTES DE ENERGIA 64 As principais fontes de energia no mundo são: Fontes de Energia: • Renováveis • - Sol • - Água • - Vento • - Marés • - Biomassa • • Não-renováveis • - Petróleo • - Carvão • - Gás natural • - Energia Nuclear • - Energéticos Fósseis ENERGIA E O MEIO AMBIENTE 65 Cerca de 95% da energia utilizada no mundo provêm da queima do carvão mineral (31%), do petróleo (43%) e do gás natural (21%). Essas substâncias, chamadas combustíveis fósseis, provêm cios remanescentes fossilizados de plantas e animais pré-históricos. Os combustíveis fósseis da Terra não são ilimitados e algum dia eles se esgotarão, daí a crescente necessidade de se procurar novas fontes de energia. Para você ter uma ideia, o carvão mineral é uma fonte não- ENERGIA E O MEIO AMBIENTE 66 -renovável que se formou ao longo de milhões de anos a partir de florestas sepultadas debaixo da terra. Para se formar carvão naturalmente, a partir das florestas atuais, serão precisos outros milhões de anos. A queima dos combustíveis fósseis é a fonte principal de energia elétrica do mundo. ENERGIA E O MEIO AMBIENTE 67 Exemplos: As chuvas castigaram a cidade de São Paulo durante os meses de fevereiro e março de 1999 provocando enchentes nunca vistas na capital paulistana. Um automóvel foi vítima das enchentes: o motor estava a 600oC quando foi tomado pela água da enxurrada que estava a 25 oC. Então, a temperatura da água subiu e a do motor do carro diminuiu, atingindo o equilíbrio térmico. TRANSFORMAÇÃO DE ENERGIA E TRABALHO 68 Numa pilha, a energia química é convertida em sonora. Em muitos brinquedos, essa mesma energia química é transformada em energia de movimento (cinética), como num carrinho movido por controle remoto. Quando o automóvel está em movimento, a energia química do combustível é transformada em energia térmica, e parte dessa energia se converte em energia cinética. Parte dessa energia cinética é usada para recarregar a bateria, através de um elemento, chamado dínamo ou alternador, que transforma energia cinética em energia elétrica. TRANSFORMAÇÃO DE ENERGIA E TRABALHO 69 Portanto, a energia não é criada nem destruída. É impossível criar energia. Assim, se um tipo de energia é necessário, devemos obtê-lo através de uma transformação, por isso dizemos que a energia se conserva. TRABALHO 70 Com a invenção das máquinas, o homem passou a ter a possibilidade de realizar trabalho sem utilizar a própria força muscular ou a dos animais. Surgiu então o seguinte problema: qual o valor de uma máquina? Para calcular esse valor, os fabricantes passaram a comparar o trabalho que ela realizava com o mesmo trabalho realizado através da força muscular. Com isso uma outra questão surgiu: como medir esse trabalho? COMO MEDIR UM TRABALHO 71 Do ponto de vista da Física, para realizar trabalho são necessários primeiro, a aplicação de uma força sobre o objeto; segundo este objeto deve ser deslocado. Quando uma força F move um objeto ao longo de uma distância d, o trabalho realizado por esta força é definido como sendo o produto F x d. Quanto maior a força e a distância percorrida maior o trabalho. Isso pode ser expresso assim: T = F . d Onde: T= trabalho; F= força; d= deslocamento. COMO MEDIR UM TRABALHO 72 Nessa definição, só conta à força na direção do deslocamento. Se aplicarmos uma força que age numa direção diferente do deslocamento, só parte desta força produz trabalho. Um exemplo é um indivíduo arrastando um carro: a) Com uma força na direção do movimento e, b) Com uma força inclinada relativamente ao movimento. c) O individuo exerce uma força na mesma direção do movimento. COMO MEDIR UM TRABALHO 73 Nessa situação a força é integralmente aproveitada para deslocar o carro. d) O indivíduo exerce uma força, cuja direção forma um ângulo com a direção do deslocamento. O valor da componente na direção do deslocamento é calculado através da expressão Neste caso, nem toda a força que o indivíduo faz está servindo para realizar o trabalho de empurrar o carro. Isso porque a força está inclinada em relação ao movimento. Somente uma parte dela, a componente da força na direção do deslocamento, é que realiza trabalho de empurrar o carro, COMO MEDIR UM TRABALHO 74 A componente da força aplicada que for perpendicular à direção do deslocamento não realiza trabalho e, portanto não transfere energia. COMO MEDIR UM TRABALHO 75 Nesse exemplo, estamos pensando no motorista corno um sistema e no carro como outro. Então, o trabalho realizado mede a energia transferida de um sistema para outro. Na primeira situação ilustrada, a variação de energia, ou seja, a energia transferida é maior do que na segunda situação. Portanto, a variação da energia ou a energia transferidas ou o trabalho realizado pela força depende: • do componente da força na direção do deslocamento (F.cosβ), onde, β é o angulo entre a direção da força e do deslocamento; COMO MEDIR UM TRABALHO 76 • do modulo do deslocamento (d); T = F . d . Cos β Isto significa que só "entra" no cálculo do trabalho a componente da força na direção do deslocamento. UNIDADE DE TRABALHO MECÂNICO 77 O trabalho realizado por uma força é uma grandeza escalar. No S.I. a força é medida em newtons (N) e a distância em metros (m). A unidade de trabalho será, então: N.m. Esta unidade denomina-se Joule. MÁQUINAS POTENTES 78 Quando falamos em potência estamos pensando em algo como "um carro potente" ou "meu aparelho de som é muito potente”, ou ainda, a potência do chuveiro para o inverno é maior que para o verão" etc. Dizer que um aparelho de som é mais potente que outro significa dizer que ele transforma mais energia elétrica em energia sonora num certo intervalo de tempo. A maioria dos chuveiros pode ser ajustada em duas posições diferentes, quente (inverno) ou fria (verão). Isso significa que ele pode funcionar com duas potências diferentes.. MÁQUINAS POTENTES 79 Na posição inverno mais energia elétrica é transformada em térmica, no mesmo intervalo de tempo do que na posição verão. A potência está relacionada com a quantidade de energia transferida o com o tempo de duração desta transferência. CALCULANDO POTÊNCIAS 80 A palavra potência está ligada à ideia de poder. Mas como medir o "poder" de uma coisa, nesse sentidoque estamos dizendo? Em que essa ideia é diferente da ideia de trabalho que estivemos discutindo há pouco? É muito simples: o trabalho realizado por uma máquina está ligado à tarefa que ela realiza. Mas dependendo da máquina, ela pode realizar esse trabalho mais rapidamente ou mais lentamente. Compare, como exemplo, uma viagem de avião e uma de ônibus. CALCULANDO POTÊNCIAS 81 Qual dos veículos é mais potente? Se você preferir, pode pensar também que, num mesmo tempo, uma máquina pode realizar muito mais trabalho do que outra. Compare, por exemplo, o caminhão ao trem. Um caminhão pode carregar mercadorias, mas você sabe que um trem é bem mais potente, pois carrega muito mais. Portanto, a potência de uma coisa está relacionada com o trabalho que ela realiza e com o tempo que ela leva para realizá-lo, da seguinte forma: CALCULANDO POTÊNCIAS 82 maior potência maior trabalho e menor tempo Essas ideias podem ser expressas matematicamente por: onde: • P = potência • T = trabalho • ∆t = intervalo de tempo UNIDADES DE POTÊNCIAS 83 No Sistema internacional, usa-se o watt como unidade de potência, 1 watt significa 1 joule por segundo (J/s). Assim, 1 J/s = 1 W. Um quilowatt (kW) são 1.000 watts e um megawatt (MW) vale 1 milhão de watts. É muito comum utilizar-se essas unidades multiplicadas por hora (unidade de tempo). Neste caso, você tem uma unidade de energia e não de potência. O kWh (quilowatt-hora) é o mais usado e equivale a 3.600.000 joules. UNIDADES DE POTÊNCIAS 84 Outras medidas usuais para potência são o cavalo- vapor (cv) e cavalo-de-força (HP). Essas unidades foram criadas nos primórdios dos estudos sobre máquinas. Seus nomes indicam sua origem: medidas de potência com cavalos. É usado muito em automóveis. Suas relações com a unidade SI. são: 1 cv = 735 W 1 HP = 745 W: A GRAVIDADE ARMAZENA ENERGIA 85 Você já viu um bate-estaca funcionando? Seu princípio de funcionamento é muito simples: o motor do bate-estacas eleva um bloco muito pesado até uma certa altura e depois o solta sobre a estaca de concreto que se pretende fincar no solo. A cada impacto a estaca entra um pouco, até que finalmente ela atinge a profundidade desejada. Que transformações de energia estão presentes no uso de um bate-estacas? Em primeiro lugar temos o motor, que pode ser elétrico ou a combustão. A GRAVIDADE ARMAZENA ENERGIA 86 No 1º caso, há uma transformação de energia elétrica em energia cinética, ou de energia química em energia cinética, no caso de um motor a combustão. O motor do bate-estacas eleva o bloco até uma certa altura e depois o solta. Enquanto está subindo, o bloco armazena energia. Esta energia armazenada é transformada em energia cinética de movimento quando o bloco cai. Quanto mais se erguer o bloco mais energia está se armazenando e, portanto, mais energia cinética o bloco terá quando atingir a estaca. A energia de movimento chama de energia cinética. O bloco em movimento tem energia cinética. A GRAVIDADE ARMAZENA ENERGIA 87 A energia armazenada chama de energia potencial. O bloco, quando está a urna certa altura acima da estaca, tem a potencialidade de enterrá-la. Por isso dizemos que o bloco, quando está acima da estaca, tem energia potencial. Todos os tipos de energia podem ser medidos em termos de um trabalho realizado. A GRAVIDADE ARMAZENA ENERGIA 88 No exemplo do bate-estacas, para erguer o bloco é necessário que uma força o puxe. É força aplicada pela máquina que realiza o trabalho de erguê-lo. Quando o bloco está no alto, a energia potencial acumulada nele é medida em termos do trabalho realizado para erguê-lo. Quando o bloco é solto, a força de atração da Terra o faz cair. Durante a queda, essa força realiza um trabalho. Esse trabalho é responsável pela transformação da energia potencial do bloco em energia cinética; na queda, à medida que a energia potencial diminui, a cinética aumenta. A GRAVIDADE ARMAZENA ENERGIA 89 Ao chegar na estaca, o bloco tem um valor de energia cinética que pode ser medido em termos do trabalho realizado pela força de atração da Terra. Se não houver perda de energia ao longo do movimento do bloco, esse valor de energia cinética é o mesmo da energia potencial quando o bloco estava em sua posição mais alta. Quando o bloco bate na estaca, exerce uma força sobre ela, afundando-a no chão. Essa força, portanto, realiza um trabalho sobre a estaca, Assim, a energia cinética do bloco é transferida para a estaca.. O CALOR COMO FORMA DE ENERGIA 90 Temperatura é a medida do grau de agitação das moléculas de um corpo e calor é a energia térmica em trânsito, isto é, a energia transferida de um corpo para outro quando existe diferença de temperatura entre eles. Existem vários tipos de termômetros, como o clínico usado para medir febre e o de máxima e mínima para registrar a temperatura do ar. As escalas termométricas mais usadas são: O CALOR COMO FORMA DE ENERGIA 91 - Celsius: o ponto de fusão do gelo é de 0°C e a temperatura de fusão da água é de 100°C. Esta escala, facilitada pela divisão centesimal (100 partes). logo teve ampla aceitação. A escala Celsius é a mais usada em todo o mundo, menos nos países de língua inglesa, onde ainda se usa a escala Fahrenheit. - Fahrenheit: o ponto de fusão do gelo é 32°F e a temperatura de ebulição da água é de 212°F e o seu ponto zero é a temperatura de uma mistura de gelo e amônia. É usada nos países de língua inglesa e tem ainda aplicação na indústria. O CALOR COMO FORMA DE ENERGIA 92 - Absoluta ou Kelvin: O ponto zero dessa escala corresponde ao zero absoluto, ou seja, -273°C e segue a mesma divisão da escala Celsius. O zero absoluto corresponde a temperatura em que teoricamente a energia cinética das moléculas de um corpo é nula. Para converter temperaturas Fahrenheit para Celsius usa-se a seguinte fórmula: C = 5/9.(F-32) Ex: Converter 86°F em °C: C=(5/9).x 54; C=30°C. ENERGIA E O MEIO AMBIENTE 93 Exemplos: As chuvas castigaram a cidade de São Paulo durante os meses de fevereiro e março de 1999 provocando enchentes nunca vistas na capital paulistana. Um automóvel foi vítima das enchentes: o motor estava a 600oC quando foi tomado pela água da enxurrada que estava a 25 oC. A temperatura do motor do carro na escala Kelvin (Dados: 0°C = 273K) é de 333K. O CALOR COMO FORMA DE ENERGIA 94 Para converter temperaturas Celsius para Fahrenheit usa-se a seguinte fórmula: F = 32 + (9/5.C) Ex: Converter 30°C em °F: F=32+(9/5.30) F=32+54; F=86. Para converter Kelvin para Celsius, basta subtrair-se 273 e no caminho inverso basta somar-se 273. O CALOR COMO FORMA DE ENERGIA 95 A quantidade de calor é medida em calorias. Caloria ou pequena caloria é a quantidade de calor necessária para elevar de 1°C a temperatura de 1g de água. A principal unidade derivada da caloria é a grande caloria, quantidade de calor necessária para elevar de 1°C a temperatura de 1000g de água. A grande caloria equivale a 1000 calorias. A caloria é indicada pela sigla cal e a grande caloria pela sigla kcal. Observe que a caloria, por definição, é a quantidade de calor que eleva 1g de água de 1°C. O CALOR COMO FORMA DE ENERGIA 96 Logo, podemos concluir que o calor específico da água é de 1 cal/g°C (uma caloria por grama por graus Celsius). Estando a água e o ferro recebendo mesma quantidade de calor, o ferro se aquece muito mais rapidamente que a água. Isso significa que o ferro necessita de menos calor que a água para elevar sua temperatura. Logo, o ferro tem menos calor específico que a água. Calor específico de uma substância é a quantidade de calor, medida em calorias, que eleva 1grama dessa substância de 1 grau C. O CALOR COMO FORMA DE ENERGIA 97 O cálculo da quantidade de calor necessária para elevar a temperatura de um corpo é feito com base na relação: Q = m . c . Δt Onde: m = massa do corpo em gramas; c é o valordo calor específico em cal/g°C; Δt é a variação de temperatura que quer-se obter. Dois corpos em equilíbrio térmico, têm o mesmo calor específico. O CALOR COMO FORMA DE ENERGIA 98 Qual é a quantidade de calor que eleva de 15°C para 60°C a temperatura de 250g de água? m = 250g C = 1cal/g°C ; Δt = 60 - 15= 45°C Q = 250 x 1 x 45 = 11250 cal Definimos Calor Sensível como a quantidade de calor cedido ou absorvido por um corpo que provoca unicamente variação de temperatura. TRANSFORMAÇÕES GASOSAS 99 Isotérmica (temperatura constante); caso se diminua o volume do gás (diminuindo o volume do recipiente que o contém), a pressão aumenta: P0 . V0 = P . V Isobárica (pressão constante); caso se aumente a temperatura o volume também aumenta: V0 / T0 = V / T TRANSFORMAÇÕES GASOSAS 100 Isocórica ou Isovolumétrica (volume constante); ao se aumentar a temperatura a pressão também aumenta P0 / T0 = P / T Equação geral dos gases ideais: Se as três propriedades (volume, pressão e temperatura) variarem, a equação será: P0 .V0 / T0 = P.V / T TRANSFORMAÇÕES GASOSAS 101 É chamado de gás ideal a todo gás que se comporta conforme as equações descritas anteriormente. Na maioria das vezes os gases não se comportam como gases ideais, e são chamados de gases reais. A grandeza pressão esta associada às colisões que as partículas constituintes do gás efetuam contra paredes do recipiente que o contém. No estudo de um gás ideal são definidas as variáveis de estado do gás são temperatura, pressão volume. PRESSÃO E TEMPERATURA 102 Exemplo: Uma massa de ar ocupa um volume de 2 litros a 20oC, sobre pressão de 1 atm e é, então submetida a uma compressão isotérmica (mesma temperatura), de modo a ocupar somente meio litro. A pressão e a temperatura finais são respectivamente: p1.V1 = p2.V2 1 x 2 = p2 x 0,5; 4 atm e 20°C PRESSÃO E TEMPERATURA 103 Vasos de pressão são todos os reservatórios, de qualquer tipo, dimensões ou finalidades, não sujeitos à chama, fundamentais nos processos industriais que contenham fluidos e sejam projetados para resistir com segurança a pressões internas diferentes da pressão atmosférica, ou submetidos à pressão externa, cumprindo assim a função básica de armazenamento. Um vazo de pressão usado nas residências é a panela de pressão e sua vantagem é a rapidez para o cozimento de alimentos e isto se deve à temperatura de seu interior, que está acima da temperatura de ebulição da água no local. PRESSÃO E TEMPERATURA 104 Depois de alguns instantes em que corpos com temperaturas diferentes estiveram em contato, os dois corpos alcançam o equilíbrio e passam a ter a mesma temperatura. Exemplo: Comparando o tempo de ebulição da água no Rio de Janeiro e São Paulo, podemos afirmar que no Rio a água ferve mais lentamente. 5. FERRAMENTAS E MÁQUINAS SIMPLES 105 Muitas máquinas são movidas à eletricidade para funcionar, como o micro-ondas e a televisão, a geladeira, a batedeira, etc. Mas nem todas, muitas são máquinas simples que facilitam nosso trabalho, como o alicate, o carrinho de mão, a bicicleta, pinças, saca rolhas, etc. e só precisam da nossa força para funcionar. Há muitos séculos o homem utiliza as alavancas para vencer grandes resistências com pequenos esforços. É famosa a frase atribuída a Arquimedes (287 a.C.), matemá- FERRAMENTAS E MÁQUINAS SIMPLES 106 tico que se consagrou ao estudo da Geometria e da Mecânica, conseguindo descobrir o princípio de funcionamento das alavancas e fazer aplicações que o imortalizaram. "Se me derem uma alavanca e um ponto de apoio, eu deslocarei o mundo." FERRAMENTAS E MÁQUINAS SIMPLES 107 tico que se consagrou ao estudo da Geometria e da Mecânica, conseguindo descobrir o princípio de funcionamento das alavancas e fazer aplicações que o imortalizaram. "Se me derem uma alavanca e um ponto de apoio, eu deslocarei o mundo.“ Raramente percebemos, mas a maioria dos utensílios que usamos se baseiam em poucas ideias básicas que costumamos chamar de máquinas simples. São elas: alavancas, rodas e eixos, plano inclinado. ALAVANCAS 108 Quantas vezes você precisou levantar algo pesado e sentiu dificuldade em fazê-lo? Para essa e outras tarefas importantes do nosso dia-a-dia é que existem as alavancas. Com um ponto de apoio e uma barra nosso amigo constrói uma alavanca para facilitar seu trabalho. A força que ele faz em uma ponta é ampliada no outro lado da barra. Arquimedes, após realizar grande número de experiências, chegou a conclusão de que, quando uma alavanca está em equilíbrio, os valores das forças F1 e F2 e das distâncias d1 e d2, obedecem à relação: ALAVANCAS 109 F1 . d1 = F2 . D2 Arquimedes também percebeu que, por maior que fosse a força F2, por exemplo, seria sempre possível equilibrá-la. Para isto, bastaria aumentar suficientemente a distância d1. O segredo da alavanca é ter dois "braços" de tamanhos diferentes. No braço maior fazemos a força, e no outro colocamos a carga. Esse truque é usado, com algumas adaptações, em diversos equipamentos o usamos para as mais variadas tarefas. ALAVANCAS 110 Embora a maior parte das alavancas possua o apoio entre a carga e a força, você pode imaginar outras posições para o ponto de apoio. Num carrinho de pedreiro, por exemplo, a carga é colocada entre o ponto de apoio e o ponto onde fazemos a força braço maior-braço menor. RODAS E EIXOS 111 Poucas pessoas se lembram que para puxar um pesado balde de água do fundo de um poço, usa-se uma manivela, uma roda e um eixo. Qual é o segredo da manivela? Bem, não é mais um segredo: ela troca força por deslocamento. O trabalho realizado com ou sem a manivela é o mesmo. Mas, com o auxílio da manivela, o deslocamento realizado é bem maior, e, portanto, a força é bem menor No caso da torneira, a "borboleta" faz o papel da roda, embora não seja propriamente uma roda, e o pino faz o papel do eixo. ROLDANAS 112 Um outro truque feito com rodas para facilitar o trabalho é o uso de roldanas. Com uma roldana você já facilita o trabalho porque pode fazer força para baixo para puxar algo para cima. Neste caso, porém, não há ampliação de forças é somente o próprio peso do objeto que está ajudando. Mas quando você utiliza mais de uma roldana realmente consegue uma ajuda, em termos de ampliação de força. E, nesse caso, como não poderia deixar de ser, você estará trocando força por distancia, ou seja, terá que puxar mais corda, proporcionalmente, ao aumento de força que conseguir já que o trabalho realizado será sempre o mesmo. PLANO INCLINADO 113 Imagine que você gostaria de colocar uma imagem em um pedestal para enfeitar o jardim de sua casa. Porém, o jardim não tem um teto para que você possa usar roldanas. O que fazer? Uma boa alternativa é usar uma rampa. Se você tentar elevar a imagem diretamente, percorrerá uma distância menor, porém terá que fazer uma força grande, igual ao peso da estátua. Mas se usar uma rampa, a distância percorrida aumenta, mas em compensação a força será menor. PLANO INCLINADO 114 O velho truque de trocar FORÇA por DISTÁNCIA... Suponha que você quer transportar a sua estátua de um local mais baixo para outro mais alto. Você aprendeu que com a ajuda de um plano inclinado consegue realizar essa tarefa mais facilmente, exercendo uma força menor do que se elevasse a estátua diretamente, ao longo da vertical. Utilize um plano inclinado de 30º em relação a horizontal cuja altura é 5 m e comprimento 10 m. Coloque sobre ele a imagem de peso P = 100 N. PLANO INCLINADO 115 É fácil ver que para manter a imagem em repouso, você deverá exercer uma força F que equilibre a componente do peso PT, pois esta componente é que tende a arrastar a estátua para a base do plano. Logo, devemos ter: PT = P . sen α PT = m . g . sen 30º = 100 . 10 . 0,5 = 50 N Com uma força ligeiramente superior a 50 N, a estátua começará a se mover, subindo o plano. PLANO INCLINADO116 Reduzindo a seguir o valor da força para 50 N, a imagem continuará, por inércia, seu movimento de subida com velocidade constante. Assim, você conseguirá colocar a imagem no alto do plano inclinado exercendo uma força bastante inferior a seu peso. Se a inclinação fosse diferente de 30º, o valor da força F seria diferente, mas sempre menor que o peso da imagem. Qual seria o trabalho realizado por você para transportar a imagem de A para B? T = F . d = 50 . 10 = 500 J PLANO INCLINADO 117 Se você elevasse a imagem de C para B verticalmente, ou seja, sem o auxílio do plano, o trabalho neste caso seria: TP = P . d TP = 100 . 5 = 500 J O uso do plano inclinado permite a você elevar a imagem exercendo uma força menor que o seu peso, mas em compensação a distância que deve ser percorrida é maior que o deslocamento vertical, de tal maneira que, em ambos os casos, o trabalho realizado é o mesmo. Em certas situações a rampa ideal acaba se tornando muito longa. PLANO INCLINADO 118 Então, a ideia de trocar essa rampa por várias rampinhas menores, ou então de dobrar ou enrolar a rampa grande. A ideia era tão boa que foi aproveitada também nas roscas e parafusos. Pois a rosca é usada em ferramentas como macaco de automóveis. Quando utilizamos um macaco para levantar um carro, a força muscular que fazemos é menor do que se tivéssemos que levantá-lo diretamente com as mãos. Em compensação o deslocamento efetuado pelas mãos da pessoa, ao utilizar o macaco, será tantas vezes maior quanto menor for a força muscular. Mas o trabalho realizado 119 Boa Atividade! Boa Sorte! Fim módulo Física 2 Mauro Monteiro
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