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1º – Grupo 
Anabela Estácio 
Assumane Abdala 
Belito João 
Delfim Ramos Finiasse 
Joana José Mauricio 
Malquito Rafael Chapreca 
Nelson Armando Chilaúle 
Octávio André 
Ricardo Joaquim 
Yaquibo Assane 
 
 
 
 
 
Flexibilização Curricular 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Universidade Rovuma 
Nampula 
 2023 
2 
 
 
 
1º – Grupo 
Anabela Estácio 
Assumane Abdala 
Belito João 
Delfim Ramos Finiasse 
Joana José Mauricio 
Malquito Rafael Chapreca 
Nelson Armando Chilaúle 
Octávio André 
Ricardo Joaquim 
Yaquibo Assane 
 
 
 
Flexibilização Curricular 
Conceito; Adaptações no processo de ensino e aprendizagem; Adaptações curriculares de 
grande e pequeno porte. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Universidade Rovuma 
Nampula, Novembro de 2023 
 
Trabalho em grupo pertencente a 
disciplina de Didáctica de Biologia 
IV do 4º Ano, curso de Ensino de 
Biologia, leccionada por: 
Docente: MSC. Gabriel Dércio José 
Moreno 
3 
 
 
Índice 
1. Introdução ............................................................................................................................... 4 
2. Revisão literária ...................................................................................................................... 5 
2.1. Conceitos chaves ................................................................................................................. 5 
2.2. Flexibilização Curricular ..................................................................................................... 5 
2.2.1. O que flexibilizar? ............................................................................................................ 5 
2.2.2. Como flexibilizar? ............................................................................................................ 6 
2.2.3. Para quê flexibilizar? ........................................................................................................ 6 
2.3. O professor e a flexibilização curricular .............................................................................. 7 
2.4. Adaptações Curriculares ...................................................................................................... 7 
2.4.1. Adaptações Curriculares necessárias e possíveis ............................................................. 9 
2.4.1.1. Adaptações de Grande Porte ........................................................................................ 10 
2.4.1.2. Adaptações Curriculares de Pequeno Porte ................................................................. 10 
2.4.1.2.1. 1ª Etapa: Formulação das adaptações curriculares ................................................... 11 
2.4.1.2.2. 2ª Etapa: Implementação das Adaptações Curriculares ........................................... 12 
2.4.1.2.3. 3ª Etapa: Continuidade e Avaliação das Adaptações Curriculares ........................... 12 
3. Conclusão ............................................................................................................................. 13 
4. Referencias Bibliográficas .................................................................................................... 14 
 
 
4 
 
 
1. Introdução 
A educação básica deve ser proporcionada a todas as crianças, jovens e adultos. Para tanto, é 
necessário universalizá-la e melhorar sua qualidade, bem como tomar medidas efectivas para 
reduzir as desigualdades. É preciso tomar medidas que garantam a igualdade de acesso à 
educação de todos, como parte integrante do sistema educativo, bem como a qualidade de 
ensino. Como forma de dinamizar o ensino é necessário que tenhamos uma bússola 
orientadora, neste caso o Currículo. 
Neste trabalho o grupo tem o propósito de abordar a flexibilização curricular. O grupo espera 
que forneça uma informação descritiva sobre a temática destacada anteriormente sem deixar 
de lado a revisão literária sobre os conceitos; adaptações no processo de ensino e 
aprendizagem; adaptações curriculares de grande e adaptações curriculares de pequeno porte. 
Para a produção deste trabalho, o grupo recorreu a uma pesquisa bibliográfica, baseada na 
busca de informações sólidas e coerentes nas obras de Samuel; Santos (2022) e; Lopes, Esther 
(2008). 
O trabalho, está organizado em: introdução, desenvolvimento e conclusão para além dos 
elementos pré-textuais e pós-textuais. Para além dos aspectos descritos aqui na introdução há 
outros aspectos imprescindíveis para a melhor compreensão da temática em abordagem. 
 
5 
 
 
2. Revisão literária 
2.1. Conceitos chaves 
Currículo do latim “currere”, que significa percurso, trajectória, caminho a seguir 
tendo um ponto de partida e uma meta a alcançar. 
Flexibilização curricular é a re-ligação de partes curriculares entre si, e com o todo 
do currículo, bem como à reforma das mentalidades, tanto quando de nosso modo de fazer 
educação, nossa práxis. 
Flexibilização curricular é o processo de disciplinarização pelo qual passa a 
construção da ciência moderna traz embutida em si esta afirmação da equivalência entre saber 
e poder. Dividir o mundo em fragmentos cada vez menores é facilitar o desenvolvimento de 
tecnologias que possibilitem seu domínio” (GALLO, 1997, p. 118). 
2.2. Flexibilização Curricular 
A moderna produção do conhecimento científico caracteriza-se pela fragmentação e 
disciplinarização hiperespecializada. Essa constatação fere o entendimento relativo à 
multidimensionalidade e à complexidade de fenómenos, processos e práticas humanas no 
mundo, além de engessar numa grade o currículo escolar. Ora, flexibilizar o currículo requer, 
pois, que se repense essa lógica da fragmentação pela disciplinaridade, rumo à re-ligação de 
partes curriculares entre si, e com o todo do currículo, bem como à reforma das mentalidades, 
tanto quando de nosso modo de fazer educação, nossa práxis. 
O processo de disciplinarização pelo qual passa a construção da ciência moderna traz 
embutido em si esta afirmação da equivalência entre saber e poder. Dividir o mundo em 
fragmentos cada vez menores é facilitar o desenvolvimento de tecnologias que possibilitem 
seu domínio” (GALLO, 1997, p. 118). 
É nesse contexto que podemos pensar em termos de “o que”, “como” e “para quê” 
relativos à flexibilização curricular. 
2.2.1. O que flexibilizar? 
Os componentes curriculares previstos em um Projecto Político-Pedagógico, os quais 
se prestam a: 
 Formar identidades e subjectividades (dimensão ôntica). 
6 
 
 
 Formar sujeitos sociais envolvidos nas questões culturais, produtivas e 
políticas (dimensão práxica). 
 Um currículo deve garantir aqueles componentes que formam a identidade. 
Deve prever a flexibilização de componentes curriculares conexos, correlatos e 
afins àqueles que são imprescindíveis à formação identitária do homem e da 
mulher. 
2.2.2. Como flexibilizar? 
Observando a base legal sobre o assunto: autonomia didático-cientítica, administrativa 
e Plano Nacional de Educação: 
 Prevê directrizes curriculares que assegurem a necessária flexibilidade e 
diversidade nos programas oferecidos pelas diferentes instituições de ensino, 
de forma a melhor atender às necessidades diferenciais de seus alunos e às 
peculiaridades das regiões nas quais se inserem. 
Pareceres do MEC defendem: 
 Maior flexibilidade na organização de cursos, de modo a atender à crescente 
heterogeneidade da formação inicial e as expectativas e interesses dos sujeitos 
que fazem a educação. 
 Profunda revisão da tradição que burocratiza cursos e se revela incongruente 
com as tendências contemporâneas de considerar a boa formação no nível de 
graduação como uma etapa inicial da formação continuada. 
2.2.3. Para quê flexibilizar? 
 Articular domínio específico, domínio prático e domínio ético com a formação 
identitária e subjectiva de sujeitos da educação formal. Romper com a 
linearidade positivista na produçãoe organização dos saberes humanos. 
 Superar o fordismo epistémico, baseado na especialização estrita, rumo à uma 
formação híbrida e aberta à articulação entre domínio específico e domínios 
mais amplos requeridos pela acção humana no mundo. 
 Para que informações, conhecimentos e saberes sejam vistos na perspectiva da 
provisoriedade e reconstrução contínuas. 
7 
 
 
 Para se aprender a aprender sozinho e de maneira solidária, cooperativa. 
Superar o modelo curricular, dando ao estudante o direito de intervir na 
escolha do percurso curricular e formativo que deseja realizar na universidade. 
2.3. O professor e a flexibilização curricular 
O Currículo Escolar é um meio para os professores e não uma lei a ser seguida 
rigorosamente, ele pode ser usado como um caminho para a prática pedagógica, com 
flexibilidade de ajustes para melhor atender as necessidades dos alunos. 
A flexibilização do currículo escolar tem como princípio a importância da escola e dos 
professores na construção do currículo escolar, não aludindo uma estrutura organizacional 
única e pressupondo, portanto, uma diversidade dos contextos e, ao mesmo tempo, 
proporcionando um ensino de melhor qualidade. 
O currículo, nesse aspecto, é uma ferramenta benéfica, um instrumento que pode ser 
alterado para favorecer o desenvolvimento individual e social dos alunos, resultando em 
alterações que podem ser de maior ou menor relevância. 
O desafio é estabelecer e colocar em prática no ambiente escolar um trabalho 
pedagógico que consiga ser comum e adequado para todos os alunos, contudo apto a atender 
os alunos em situações e características de aprendizagem que necessitam de uma pedagogia 
diferenciada. 
2.4. Adaptações Curriculares 
Quando tratamos do campo a respeito de adaptações curriculares, compreendemos que 
são modificações e/ou adaptações feitas no currículo, visando melhorar o processo de 
aprendizagem dos alunos, considerando suas particularidades. Carvalho (2008) fala que as 
adaptações curriculares são principalmente aplicadas como propostas que facilitem o processo 
na aprendizagem do aluno, considerando suas particularidades, em especial aos alunos com 
deficiência. 
As adaptações curriculares segundo Carvalho (2008) trazem em sua fala que as 
mesmas consistem em modificações que são realizadas pelos professores e/ou escola, no qual 
todas as estratégias colocadas em prática são propositadamente organizadas e elaboradas para 
corresponder às necessidades de cada aluno, particularmente considerando aqueles 
apresentam qualquer tipo de dificuldade na aprendizagem. 
8 
 
 
Considerando planos e projectos que possibilitem adequações aos docentes durante 
suas actuações, as adaptações curriculares têm como conceito, a permissão de uma 
oportunidade equitativa aos alunos independentemente de sua situação. O qual podemos 
constatar por lei, que o ensino-aprendizagem é um direito de todos e para todos. Desta forma 
devemos compreender que o processo de adaptação curricular não pode ser considerado como 
um método único que irá se encaixe a qualquer situação, lembrando que cada pessoa possui 
sua particularidade e deve ser respeitada e com isso as adaptações servem para que de fato 
permita que todos possam participar de forma democrática do ensino-aprendizagem. 
Tendo em vista que as modificações e adaptações devem ser feitas nos diversos 
sectores que compõem as instâncias curriculares, temos que ressaltar que a escola tem um 
papel fundamental. O qual podemos afirmar que é seu dever realizá-las para que assim 
alcance o atendimento, respeitando todo e qualquer necessidade que seja encontrada pelos 
alunos. Essas possíveis alterações estão extremamente relacionadas ao projecto político 
pedagógico da escola. Tendo conhecimento dessa importância que o Projecto Político 
Pedagógico possui no que se refere às adaptações curriculares, Veiga (2003) relata que o PPP, 
[…] é uma acção intencional, com um sentido explícito, com um 
compromisso definido colectivamente. Por isso, todo Projecto 
Pedagógico da escola é, também, um projecto político por estar 
intimamente articulado ao compromisso sociopolítico com os interesses 
reais e colectivos da população majoritária. Na dimensão pedagógica 
reside à possibilidade da efetivação da intencionalidade da escola, que é 
a formação do cidadão participativo, responsável, compromissado, 
crítico e criativo. Pedagógico no sentido de definir as acções educativas 
e as características necessárias às escolas de cumprirem seus propósitos 
sua intencionalidade. (p.13). 
É valido lembrar que compreender o Projecto Político Pedagógico de uma escola, é 
mais do que simplesmente um documento contendo diversas terias visto que em sua 
construção há uma necessidade de que seja respeitada as necessidades de sua comunidade, 
para possa aplicar de forma eficaz em práticas o que foi pensado, elaborado e posto como 
teoria. 
Desta ocasião, entendemos que as adaptações curriculares como um todo têm o 
objectivo de realizar modificações buscando uma organização, levando sempre em 
consideração a existência das diversidades, permitindo uma flexibilidade, para que 
principalmente seja acessível nos diversos sentidos possíveis. O que se encaixa nos campos de 
estrutura física escolar, comportamento de seus profissionais, considerando desde o porteiro 
9 
 
 
até a direcção e no processo de aprendizagem, oferecendo então aos alunos com deficiência, 
um espaço que respeite suas particularidades. 
2.4.1. Adaptações Curriculares necessárias e possíveis 
Para falar sobre as adaptações necessárias e possíveis, vamos nos basear nos escritos 
de Beyer: 
“O desafio é construir e pôr em prática no ambiente escolar uma 
pedagogia que consiga ser comum e válida para todos os alunos da 
classes escolar, porém capaz de atender os alunos cujas situações 
pessoais e características de aprendizagem requeiram uma pedagogia 
diferenciada. Tudo isto sem demarcações, preconceitos ou atitudes 
nutridoras dos indesejados estigmas. (2006, p. 76) ”. 
O Estado deve garantir o acesso e a permanência de todos os alunos na escola – 
Alunos com necessidades especiais ou sem elas. Sabe-se que cada aluno tem: sua própria 
história de vida; sua própria história de aprendizagem anterior; características pessoais em seu 
modo de aprender. Enfim, cada um é diferente do outro, tanto em termos de suas 
características físicas, sociais, culturais, como de seu funcionamento mental. Sabe-se, 
também, que não há aprendizagem se não houver um ensino eficiente. 
Tendo em conta estes aspectos, o professor deve buscar conhecer cada aluno e suas 
peculiaridades e consequentemente as suas necessidades especiais, As necessidades especiais 
revelam que tipos de estratégias, diferentes das usuais, são necessários para permitir que todos 
os alunos, inclusive as pessoas com deficiência, participem integralmente das oportunidades 
educacionais, com resultados favoráveis, dentro de uma programação tão normal quanto 
possível. Porem algumas dessas estratégias compreendem acções que são de competência e 
atribuição das instâncias político administrativas superiores e dá os motivos pelos quais são, 
assim, compreendidas, a saber: 
 Exigem modificações que envolvem acções de natureza política, 
administrativa, financeira, burocráticas. Essas estratégias são denominadas 
Adaptações Curriculares de Grande Porte. Outras, denominadas nos 
Parâmetros Curriculares Nacionais de Adaptações Curriculares não 
Significativas, porque compreendem modificações menores, de competência 
específica do professor. Elas configuram pequenos ajustes nas acções 
planejadas a serem desenvolvidas no contexto da sala de aula. A essas, 
denominam-se Adaptações Curriculares de Pequeno Porte. 
10 
 
 
2.4.1.1. Adaptações de Grande Porte 
De acordo com a cartilha de Adaptações curriculares de Grande Porte MEC (2000) 
disponibilizado pelo Ministério da Educação, que temcomo objectivo central oferecer a 
comunidade escolar propostas que ajudem nas adaptações em seu currículo. 
As adaptações são respostas quanto à forma de oferecer o conforto tanto para o aluno 
dito “normal” como para o aluno em situação de deficiência. De modo que permita a 
participação de todos de forma igualitária, buscando a eliminação de barreiras, tornando 
acessíveis os múltiplos espaços que devem ser oferecidos pela escola. Onde é válido lembrar 
que também devem ser oferecidos todo um apoio e suporte aos alunos. 
As adaptações de Grande Porte são soluções dadas pelo sistema educacional no 
processo de adaptação curricular, tendo em vista que é direito de todos os alunos 
permanecerem na escola de forma igualitária. E que através dessas adaptações possam 
oferecer a eles de fato uma escola inclusiva, principalmente aos alunos com deficiência. 
(Adaptações Curriculares de Grande Porte, 2000, pág. 10) 
Pois sabemos que para haver aprendizagem é necessário um ensino de qualidade e 
com isso é necessário que a escola respeite as particularidades de cada aluno, incluindo sua 
trajectória referente ao ensino, sua história de vida e com isso dará oportunidade a eles serem 
incluídos de fato, participando das actividades activamente na escola, pois “cada um é 
diferente do outro, tanto em termos de suas características físicas, sociais, culturais, como de 
seu funcionamento mental”. (BRASIL,2000,p.8). 
Portanto compreendemos que todos têm capacidade de desenvolver suas aptidões, é 
um passo extremamente importante para que ocorra a inclusão e que de fato a mesma seja 
implantada. Desta feita entendemos que a escola é quem tem o dever de se adaptar ao aluno, e 
não o aluno a escola. De um modo geral, as adaptações curriculares de grande porte são 
destinadas para atender as necessidades especiais do aluno, principalmente de alunos com 
deficiência. 
2.4.1.2. Adaptações Curriculares de Pequeno Porte 
As adaptações curriculares de pequeno, são específicas e se constituem em 
modificações e/ou adaptações que se caracterizam com a finalidade de priorizar alguns 
objectivos, conteúdos e a forma de avaliação. Essas medidas conforme Brasil (2005) são 
necessárias para que se tenha a implementação de acções objectivas e afirmativas, para que as 
mesmas sejam acolhedoras para todos. Neste sentido, 
11 
 
 
[...] as Adaptações Curriculares de Pequeno Porte (Adaptações 
Não significativas) são modificações promovidas no currículo, pelo 
professor, de forma a permitir e promover a participação produtiva dos 
alunos que apresentam necessidades especiais no processo de ensino e 
aprendizagem, na escola regular, juntamente com seus parceiros 
coetâneos São denominadas de Pequeno Porte (Não Significativas) 
porque sua implementação encontra-se no âmbito de responsabilidade e 
de acção exclusivos do professor, não exigindo autorização, nem 
dependendo de acção de qualquer outra instância superior, nas áreas 
política, administrativa, e/ou técnica (PROJETO ESCOLA VIVA, 
2000, p .08). 
De acordo com Glat (2012) adaptações de pequeno porte são aquelas promovidas pelo 
professor, possibilitando a inclusão do aluno na sala regular, ampliando então a participação e 
aprendizagem dos alunos com deficiência. Uma vez que o professor pode e deve realizar 
adaptações nos conteúdos ministrados e em suas metodologias. 
Cabe ao professore, realizar para favorecer a aprendizagem de todos os alunos 
presentes em nossas salas de aula. Estas acções devem ser planejadas e construídas tendo 
como referência, primeiramente, os conteúdos curriculares oficiais para a classe/ciclo em que 
se está trabalhando, levando em conta os objectivos fundamentais e os conteúdos mínimos 
essenciais, aos quais os alunos devem ter acesso para alcançarem sucesso e promoção para a 
classe superior. Considerando que as Adaptações Curriculares de Pequeno Porte encontram-se 
no âmbito de responsabilidade e de acção exclusivo do professor, não exigindo autorização, 
nem dependendo de qualquer outra instância superior, nas áreas política administrativa, e/ou 
técnica. 
É preciso ter clareza e domínio do que está posto nas directrizes Curriculares 
Nacionais, bem como no Projecto Político Pedagógico da escola, para que as acções 
estabelecidas no processo de flexibilização favoreçam a aprendizagem do aluno sem, no 
entanto, configurar desvio na caminhada da escola. Além disso, para obter êxito, o professor 
precisa adequar sua intervenção à maneira peculiar de aprender de cada um de seus alunos, 
em respeito às diferenças individuais. 
Duk, Hernandéz e Sius (2007) distinguem, dentro do processo de adaptações 
curriculares, três etapas diferenciadas, a saber: 
2.4.1.2.1. 1ª Etapa: Formulação das adaptações curriculares 
Para iniciar este trabalho o professor deve ter como referência, por um lado, a situação 
do aluno, ou seja, um conhecimento exacto de quais são as potencialidades e dificuldades do 
12 
 
 
aluno nas distintas áreas curriculares ou dito de outro modo, quais são as necessidades 
educativas especiais do aluno e por outro lado, a proposta curricular do seu grupo de 
referência. Com base nestas informações e levando em conta os recursos disponíveis, o 
professor poderá decidir o tipo e o grau de adaptações ou flexibilizações que seria 
conveniente pôr em andamento para ajudar o aluno a progredir em sua aprendizagem. 
2.4.1.2.2. 2ª Etapa: Implementação das Adaptações Curriculares 
Uma vez definidas as adaptações curriculares, o professor deverá buscar estratégias 
que lhe permitam pô-las em prática, sem que isto implique deixar de atender os demais 
alunos, pelo contrário, ele deve garantir que tais acções conduzam ao enriquecimento da 
própria prática pedagógica e das experiências de aprendizagem de todo o grupo. 
2.4.1.2.3. 3ª Etapa: Continuidade e Avaliação das Adaptações Curriculares 
No decorrer do processo ensino aprendizagem, o professor deverá verificar se as 
adaptações estabelecidas para o aluno, estão sendo eficazes, ou seja, se facilitam a 
aprendizagem, caso contrário será necessário revisá-las, com vista a mudanças pertinentes. 
Quando as adaptações implicam em modificações nos conteúdos e objectivos de 
aprendizagem é preciso avaliar o nível de sucesso alcançado pelo aluno em função das 
referidas modificações e não em relação aos conteúdos estabelecidos para a classe/ciclo. 
 
13 
 
 
3. Conclusão 
A presente pesquisa proporcionou uma elevada análise e descobertas sobre a flexibilidade 
curricular, tendo conceituado o currículo como a totalidade de experiências a serem 
vivenciadas pelo aluno, sob a orientação da escola, levando-se em conta seus conhecimentos 
anteriores e valorizando-se os seus interesses. E flexibilização curricular como sendo o 
conjunto de respostas educativas que devem ser dadas pelo sistema educacional para 
favorecer todos os alunos, possibilitando o acesso ao currículo, sua participação integral e o 
atendimento às necessidades educacionais diferenciadas, de acordo com a realidade de cada 
aluno. 
Abordou-se ainda sobre as adaptações curriculares, definidas como adaptações feitas no 
currículo, visando melhorar o processo de aprendizagem dos alunos, considerando suas 
particularidades. No processo de Ensino e Aprendizagem as adaptações referem a 
modificações feitas para atender às necessidades de alunos com diferentes habilidades, estilos 
de aprendizagem ou necessidades especiais. As adaptações curriculares de grande porte, 
envolvem as mudanças significativas no currículo, como a criação de programas educacionais 
individualizados ou a modificação dos objectivos de aprendizagem. Enquanto as adaptações 
curriculares de pequeno porte são ajustes mais pontuais, como a utilização de materiais 
didácticos adaptados, a oferta de apoio individualizado ou a modificação da metodologia de 
ensino. 
14 
 
 
4. Referencias Bibliográficas 
BEYER, Hugo Otto. Educação Inclusiva ou Integração?Implicações pedagógicas dos 
conceitos como rupturas pragmáticas. Ensaios Pedagógicos: Brasília: Ministério da 
Educação/ Secretaria de Educação Especial, 2006, p. 277- 80. 
CARVALHO, Rosita Edler. Escola Inclusiva> a reorganização do trabalho pedagógico. Porto 
Alegre: Mediação, 2008. 
GALLO, S. “Conhecimento, transversalidade e educação: para além da interdisciplinaridade”. 
Impulso, v. 10, n. 21. Piracicaba: Unimep, 1997, p.115-133. 
GLAT, Rosana; PLETSCH, Márcia Denise. (2012) Inclusão escolar de alunos com 
necessidades educacionais especiais. 2.ed. Rio de Janeiro Editora Eduerj, (Série 
Pesquisa em Educação) 
PROJETO ESCOLA VIVA (2000) Garantindo o acesso e permanência de todos os alunos na 
escola - Alunos com necessidades educacionais especiais. Brasília: Ministério da 
Educação, Secretaria de Educação Especial. 
Obras Bibliográficas 
SAMUEL, Helfas. Flexibilização Curricular. Flexibilizacao-Curricular_101808.pdf 
SANTOS, Andrey Cunha Dos (2022). Adaptações curriculares de grande e pequeno porte 
para alunos com deficiência visual. 
LOPES, Esther (2008). Flexibilização Curricular: um caminho para o atendimento de aluno 
com deficiência, nas classes comuns da Educação Básica.

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