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As Práticas Baseadas em Evidências em Psicologia e sua tragetória Histórica.
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Curso: Psicologia 2023.2
Esta atividade de resenha crítica foi produzida pela acadêmica do 4° Período do curso de Psicologia da Unesc de Cacoal com objetivo de aprofundar saberes ao conhecimento construído em sala de aula. Busca o entendimento, na visão de outros autores relativo a PBEB – Práticas Baseadas em Evidências em Psicologia no contexto histórico, com propósito científico de demonstrar sua eficiência em psicoterapias, em específico, a análise será embasada no artigo Prática Baseada em Evidências em Psicologia e a História da Busca pelas Provas Empíricas da Eficácia das Psicoterapias, publicado na revista Psicologia: Ciência e Profissão Publicação do Conselho Federal de Psicologia; área de Ciências Humanas, artigos Psicol. Ciênc. Prof. (Impr.) 35 (4) - Dez 2015,  versão impressa ISSN: 1414-9893 e versão on-line ISSN: 1982-3703, sendo a autoria de Jan Luiz Leonardo, Doutorando pela Universidade de São Paulo e Sônia Beatriz Meyer, Docente da mesma Universidade.
O artigo Prática Baseada em Evidências em Psicologia e a História da Busca pelas Provas Empíricas da Eficácia das Psicoterapias, trás uma contextualização histórica sobre a tragetória da Práticas Baseadas em Evidências, demosntrando os diferentes posicionamentos de profissionais da área da psicologia e como a American Psychological Association (APA), uma organização America em Psicologia. A APA representa os Estados Unidos e o Canadá, foi fundada em 1872, com objetivo de desenvolver o conhecimento psicológico e sua aplicação. Esta Organização, através de estudos e pesquisas, buscou elaborar um modelo representativo das diversas perpectivas teóricas, metodológicas, conceituais e práticas para preencher as lacunas que se apresentam entre as práticas e as ciências quando se trata de Psicologia clínica.
Conforme citado no artigo em análise, por Beutler, a PBEP foi impulsionada por
Diversos fatores científicos, sociais, econômicos e políticos, tais como interesse de pesquisadores, clínicos e associações profissionais em comprovar os resultados dos serviços prestados pela categoria, demanda dos consumidores em assegurar a qualidade dos serviços recebidos, empenho das agências governamentais em proteger os direitos dos consumidores, interesse dos planos de saúde em maximizar a relação custo-benefício dos tratamentos, entre outros. (Beutler, 1988)
Os debates sobre o tema partiram da afirmação do psicólogo alemão Hans Eysenck, que publicou em sua revisão de estudos empíricos em psicoterapia que 
a única medida de resultado disponível era o registro do terapeuta, em termos de cura ou muita melhora, melhora, pouca melhora e melhora nenhuma, e concluiu que os resultados positivos para a melhora do cliente se devem efetivamente a passagem do tempo, desqualificando as demais práticas terapêuticas. (Hans Eysenck, 1952)
As afirmações de Eysenck causaram grande impacto na comunidade cientifica e ainda mais estimularam estudos que comprovassem eficácia da PBEB em psicoterapias.
Foram diversas pesquisas e experimentos coordenados pela American Psychological Association durante longos anos. Dentre eles podemos citar: (Luborsky, Singer e Luborsky, 1975) em seu estudo analisaram 105 pesquisas comparando diferentes modalidade de psicoterapias e concluíram que “a maioria dos estudos comparativos revelam que todos se beneficiam com a terapia, independentemente da teoria ou técnica empregada”. Os estudos de Luborsky et al. (1975) e de Smith et al, (1980) resultaram nos chamados fatores comuns, onde todas as formas de terapia funcionam igualmente, conceito que foi contestado por diversos pesquisadores de orientação cognitivo comportamental, estes atribuíam às mudanças terapêuticas aos fatores específicos – procedimentos, técnicas e estratégias presentes em cada modalidade terapêutica, ou seja, cada cliente precisa de intervenções especificas.
Nesta linha teórica, a American Psychological Association, (Divisão12) em 1993 instaurou uma nova pesquisa com psicólogos de diferentes abordagens para definir e identificar tratamentos empiricamente validados, substituídos mais tarde por tratamentos empiricamente sustentados.
Os resultados das pesquisas foram listados com a comprovação de 18 tratamentos empiricamente sustentados e sete provavelmente eficazes, após estes estudos, uma nova atualização desta lista foi apresentada em 1998, com 16 tratamentos empiricamente sustentados e 55 provavelmente eficazes com a atualização dos manuais descrevendo as etapas e procedimentos a serem empregados. Em 1999 a Divisão 12 formou o Comitê permanente, que publica atualizações constantes sobre a eficácia das intervenções psicológicas, hoje conhecido como DSM – Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais.
Mesmo com todos os esforços e resultados apresentados, muito pesquisadores terapeutas contestam o manual apresentando por diversos fatores que não se aplicariam, afirmando que os clientes tem particularidades e os contextos são diferentes. Outros questionam que alguns clientes apresentam sintomas que ficam abaixo do limiar para fechar um diagnóstico e não previsto nos manuais. Também, os manuais apresentam protocolos padronizados de intervenção ou outros que fornecem apenas diretrizes flexíveis, ou seja, não considerando os diversos diagnósticos possíveis e engessando as formas intervenções. 
Nos anos que se seguiram, novas discussões se estabeleceram a respeito dos fatores comuns e fatores específicos, parte dos pesquisadores argumentando seus pontos de vista e a eficiência de ambos fatores, e em meio a tantas discussões e novos estudos a (American Psychological Association - APA , 2006), desenvolveu o conceito Prática Baseada em Evidências em Psicologia - PBEP, que foi definido como “processo individualizado de tomada de decisões clínicas, que ocorre por meio da integração da melhor evidência possível com a perícia clinica no contexto da características, cultural e preferencias do cliente”. Importante ressaltar que a PBEP possui componentes específico que precisam ser considerados nos atendimentos clínicos.
Conclui se a partir do relato, que a trajetória histórica do surgimento da PBEP foi longa e com controvérsias sobre as teorias apresentadas em meio aos diversos profissionais em psicologia, pesquisadores estes que contribuíram para essa importante ferramenta no campo da psicoterapia clínica. Que o resultado das pesquisas alcançados nas Práticas baseadas em Evidências em Psicologia, aponta para um importante fator, independente das estratégias, em cada atendimento há um cliente único, e é preciso identificar as peculiaridades de cada um para determinar a escolha do procedimento terapêutico mais eficiente. O terapeuta não pode ter preferência por este ou aquele procedimento, e sim, clareza e entendimento sobre porque está usando determinado componente. E, apesar de não atender todas as demandas clínicas, a PBEB, está em constante debate no cenário internacional, na busca de aperfeiçoar as possíveis falhas que existem entre ciência e prática no que tange a Psicologia Clínica.
 
REFERÊNCIA
LEONARDI, Jan Luiz; SONIA; MEYER, Beatriz. Prática Baseada em Evidências em Psicologia e a História da Busca pelas Provas Empíricas da Eficácia das Psicoterapias. CIÊNCIA E PROFISSÃO, 2015, 35(4), 1139-1156. SP; encontrado em: http://dx.doi.org/10.1590/1982-3703001552014
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