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AULA 6

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16/05/2022 10:58 UNINTER
https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 1/17
 
 
 
 
 
 
 
 
GESTÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS
AULA 6
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16/05/2022 10:58 UNINTER
https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 2/17
 
Prof. Paulo Nascimento Neto
CONVERSA INICIAL
POLÍTICAS PÚBLICAS NO BRASIL: TÓPICOS DE REFLEXÃO
Após explorarmos os conceitos fundamentais e diferentes aportes teóricos de suporte ao longo
das aulas anteriores, passaremos agora a estudar o contexto brasileiro, nos aprofundando no
desenho e nas principais características das políticas contemporâneas de desenvolvimento urbano,
rural e social.
Esse estudo aplicado nos permitirá evidenciar a importância dos temas trabalhados nesta
disciplina e como eles nos instrumentalizam tanto para a compreensão do mundo em que vivemos
quanto para a atuação profissional no campo da gestão pública. Propositadamente, optamos por não
utilizar apenas um modelo de análise de políticas públicas, mas produzir uma reflexão ampla e
estruturada de cada política setorial mencionada, e a partir delas você será convidado a construir
suas próprias leituras, com base em diferentes óticas e modelos.
Desejamos a você um excelente estudo nesta etapa de nossa disciplina!
TEMA 1 – POLÍTICAS PÚBLICAS: DA POLÍTICA AO PROJETO
Ao adentrarmos na dimensão concreta de políticas públicas setoriais no Brasil, é necessário
construir um conjunto específico de conceitos sobre a estrutura formal de uma política pública. Ela
corresponde, em essência, ao modelo pelo qual ocorre seu processo constitutivo, organizando-se em
quatro níveis hierárquicos, quais sejam:
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1. O nível das políticas públicas, no qual o delineamento geral da ação pública toma forma a
partir da definição de princípios, diretrizes, objetivos e fontes de recursos.
2. O nível dos planos, no qual, a partir do delineamento geral das políticas públicas que o
fomentam, são estabelecidos objetivos e diretrizes para um recorte espacial e temático
delimitados, pautando a ação pública em uma sequência temporal ordenada por graus de
prioridade. Para Cohen e Franco (1999), o plano pode ser entendido como um conjunto de
programas, que, compilados, convergem para objetivos gerais comuns, tratando também de
definições estratégicas para sua consecução (alocação de recursos, formas de coordenação e
direção e meios de negociação e pactuação entre atores envolvidos).
3. O nível dos programas, desenhados especificamente para temas ou áreas geográficas
específicas, definindo um conjunto de projetos que permitirão alcançar uma transformação
pretendida ou a prestação de um componente de um serviço público. Nesse nível deve haver
uma clara identificação do público-alvo, da equipe técnica responsável pela execução e dos
recursos financeiros envolvidos.
4. Por fim, o nível dos projetos corresponde à unidade operativa fundamental, na qual se dá
aplicação de recursos segundo atividades inter-relacionadas, articuladas para se chegar a
determinado objetivo em um período delimitado de tempo. Conforme Cohen e Franco (1999),
os projetos se caracterizam por sua orientação à produção de bens ou prestação de serviços
específicos.
A adoção dessa estrutura formal não significa que vamos desconsiderar a perspectiva pós-
positivista estudada nas aulas anteriores. Continuaremos a enxergar a produção de políticas públicas
como um processo complexo e multidimensional no qual as etapas são inter-relacionadas e os
conteúdos estão em permanente disputa nas arenas decisórias. Contudo, para nos possibilitar uma
leitura instrumental de casos concretos, adotaremos a lógica da estrutura formal para organizar as
análises que se seguem, particularmente das políticas de desenvolvimento urbano, rural e social no
Brasil contemporâneo.
TEMA 2 – POLÍTICAS DE DESENVOLVIMENTO URBANO NO BRASIL
Para podermos compreender as atuais políticas urbanas no Brasil, é preciso que façamos um
esforço de leitura histórica, compreendendo os processos de formação e consolidação dos elementos
que compõem a agenda pública contemporânea do país. Para tanto, organizamos as análises em dois
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grandes momentos: inicialmente serão tratados aspectos históricos, passando pelas décadas de 1970
até 2000, e, na sequência, analisaremos o contexto contemporâneo, entre 2000 e 2020.
Dentro de uma perspectiva histórica, a década de 1970 é emblemática, pois é a partir dela que
identificamos, de forma mais marcada, a transição demográfica brasileira, com o predomínio da
população urbana sobre a rural, influenciada pelo processo de mecanização do campo e de
industrialização dos grandes centros urbanos, que promoveram uma migração em massa para as
principais metrópoles do país. Sem uma precisão exata de datas, podemos enxergar ao longo
daquela década (1970-1980) uma atuação tecnocrática e centralizadora da política urbana,
capitaneada pelo regime militar. O acelerado crescimento demográfico impôs uma série de desafios
à gestão das cidades, nas quais veremos uma expansão descontrolada de assentamentos informais e
um déficit na oferta de serviços de saneamento básico, transporte público e de moradia (Moura et al.,
2004; Gouvêa, 2005).
Frente a esse contexto, foi criado em 1964 o Banco Nacional de Habitação (BNH), órgão federal
responsável por coordenar os investimentos em infraestrutura urbana no país, promover a
construção de conjuntos habitacionais e fomentar a elaboração de Planos Diretores nos municípios.
Sua atuação se caracterizou pelo financiamento de projetos de larga escala, em modelos
padronizados de moradia ou de implantação de infraestruturas de saneamento (Monte-Mór, 2008).
Em consonância ao cenário da época, em escala local, os municípios possuíam um padrão de gestão
administrativa das cidades, concentrando-se no provimento de serviços (Ultramari; Rezende, 2006).
Com a crise política e inflacionária do início dos anos de 1980, observamos, ao longo da década
seguinte (1980-1988), o enfraquecimento do modelo até então em vigência, levando à redução dos
investimentos em infraestrutura e à significativa ampliação dos assentamentos informais nas cidades,
no que ficou conhecido como década perdida. Nessa esteira, o BNH foi extinto em 1986 e parte de
suas atribuições foi assumida pela Caixa Econômica Federal (Baltrusis; Ottaviano, 2009). Esse
momento também foi acompanhado de um fortalecimento dos movimentos sociais, particularmente
do Movimento Nacional pela Reforma Urbana, pressionado o poder público para incluir na agenda
governamental temas como o direito à cidade e à moradia digna (Rolnik, 2009). Na escala local, esse
processo impulsionou iniciativas dos governos municipais, como programas de urbanização de
favela, em um novo padrão de gestão urbana (Ultramari; Rezende, 2006) apoiada por financiamento
de organismos multilaterais, como o Banco Mundial.
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Posteriormente, na próxima década (1988-2000), com a consolidação do processo de
redemocratização no Brasil, verificamos avanços no campo da política urbana. A própria Constituição
Federal de 1988 trouxe um capítulo específico sobre a política urbana, proclamando a gestão
democrática da cidade e a função social da propriedade, além de obrigar a elaboração de Planos
Diretores para os municípios com população superior a 20 mil habitantes.
No campo da gestão urbana, os municípios passaram a disputar entre si investimentos de
indústrias multinacionais e recursos disponíveis nas agências multilaterais. Nesse cenário, as cidades
passaram a buscar atributos que as diferenciasse das demais, ampliando a competitividade e as
“guerras de isenção fiscal”. Nesse período, os governos locais se consolidam como escala privilegiada
de atuação da política urbana, voltando-se não apenas à requalificação dos espaços, mas também à
melhoriada imagem da cidade.
É diante desse histórico que os anos 2000 iniciam e conformam, em uma perspectiva ampla, um
novo ciclo de políticas urbanas no Brasil. Como marco inicial se destaca a aprovação do Estatuto da
Cidade (Lei Federal n. 10.257/2001), que delineou diretrizes e os mecanismos de cumprimento da
função social da cidade e da propriedade, balizados na participação popular e viabilizados a partir de
uma série de instrumentos urbanísticos. O rol de casos em que o Plano Diretor passou a ser
obrigatório se ampliou, bem como os seus conteúdos mínimos e procedimentos a serem observados.
A partir da aprovação do Estatuto da Cidade, observamos uma transformação da atuação do
governo federal, que passou a promover um modelo descentralizado e participativo de política
urbana. Criou-se, em 2003, um órgão de coordenação da política de desenvolvimento urbano no
país, o Ministério das Cidades, integrando as diferentes políticas setoriais relacionadas ao tema. Em
seguida foram regulamentadas uma série de políticas setoriais relacionadas à política urbana, entre
as quais: Política Nacional de Habitação (2004), Saneamento Ambiental (2007), Resíduos Sólidos
(2010), Mobilidade (2012), Proteção e Defesa Civil (2012) e Estatuto da Metrópole (2015). Para cada
uma, houve a previsão de obrigatoriedade de planos específicos. Esperava-se que a consolidação do
processo de elaboração dos planos diretores e dos diferentes planos setoriais fornecesse aos
municípios o instrumental técnico necessário para pautar a política urbana local.
Com eles, observamos também um processo de grandes investimentos em obras de
infraestrutura e habitação, sobretudo a partir do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e do
Programa Minha Casa Minha Vida (PMCMV). Sem adentrar em aspectos mais específicos da
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implementação de cada um dos programas, observamos, mais recentemente, um cenário de redução
da disponibilidade de recursos públicos em nível federal, acompanhado da extinção do Ministério
das Cidades (absorvido pelo Ministério do Desenvolvimento Regional) e a interrupção de
investimentos no âmbito do Programa Minha Casa Minha Vida. Os impactos decorrentes do contexto
mundial da pandemia de Covid-19 também resultaram, em certa medida, em maiores
constrangimentos às possibilidades de investimento público federal em políticas urbanas, em tal
medida que ainda não se pode delinear com maior precisão o cenário concreto dessa política setorial
no Brasil.
TEMA 3 – POLÍTICAS DE DESENVOLVIMENTO RURAL NO BRASIL
As políticas de desenvolvimento rural envolvem o conjunto de ações promovidas pelo poder
público com vistas a induzir alterações socioeconômicas e ambientais nos espaços rurais,
notadamente em relação à geração de renda, melhoria da qualidade de vida e bem-estar (Schneider,
2004). Devemos observar que isso não se restringe às cadeias produtivas do agronegócio, devendo
considerar a diversidade de atividades que podem ocorrer em estabelecimentos rurais. As ações,
destarte, buscam promover um ambiente favorável à inovação e estimular um arranjo de governança
local a partir da articulação de atores-chaves locais a começar pela priorização de municípios com
menores níveis de desenvolvimento e capacidade institucional, definidos como territórios
economicamente deprimidos (Ortega, 2008; 2016).
Historicamente, a década de 1990 é considerada um marco temporal das políticas de
desenvolvimento rural no Brasil. Motivado pelas transformações nas atividades empreendidas na área
rural, pelos impactos da globalização sobre as dinâmicas produtivas locais e pela emergência do
desenvolvimento sustentável desde a Eco-92, passou-se a adotar o território como unidade básica de
atuação do Estado (Schneider, 2004; Ortega, 2016; Bianchini, 2015).
É nesse contexto que é criado em 1995 o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura
Familiar (PRONAF), voltado ao apoio de agricultores familiares por meio de linhas de crédito e
capacitação profissional. Apenas para termos uma percepção da extensão do PRONAF, vigente até os
dias atuais, os empréstimos ofertados pelo programa têm taxas de juros no patamar de 0,5% ao ano
(Brasil, 2020a) acumulando, ao longo de sua existência, mais de R$ 160 bilhões investidos (Bianchini,
2015). As atividades, ao longo do tempo, passaram também a comportar apoio não apenas às
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atividades agrícolas, mas, sobretudo, à pluriatividade, com o consórcio de atividades, por exemplo, de
turismo rural e artesanato.
Na esteira dessas ações, no início dos anos 2000, as políticas de desenvolvimento rural adquirem
novo impulso com o lançamento do Programa Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos
Territórios Rurais, conhecido como PRONAT. Criado em 2003, o PRONAT é amplamente reconhecido
como a primeira política em nível federal a adotar de forma efetiva a abordagem territorial em
políticas de desenvolvimento rural, alterando a forma de gestão dos recursos: não mais organizadas
segundo unidades municipais, mas segundo agrupamentos de municípios. Para cada um desses
agrupamentos (territórios rurais), exigiu-se a formação de um conselho gestor e a elaboração de um
Plano Territorial de Desenvolvimento Rural Sustentável (PTDRS). A partir desses dois instrumentos de
gestão, foram implementadas as medidas previstas.
Posteriormente, em 2008, o PRONAT passou por transformações e foi convertido no programa
Territórios da Cidadania (PTC), passando a adotar uma perspectiva intersetorial envolvendo medidas
de apoio às atividades produtivas, de ampliação da cidadania e de acesso à infraestrutura,
privilegiando o que passou a se chamar de territórios deprimidos, regionalizações de municípios com
baixos níveis de indicadores sociais e econômicos.
Conforme bem descrito por Ortega (2016, p. 45):
Os Territórios da Cidadania, portanto, por sua concepção e gerenciamento, diferem de outros
programas de enfoque territorial por não se limitarem a enfrentar problemas específicos com ações
dirigidas. Pretendia, em seu lançamento, articular diferentes ações para promover o
desenvolvimento, em que as ações governamentais tivessem um papel mais intervencionista que
aquele da criação dos Territórios Rurais, fundamentalmente de indução da constituição dos arranjos
socioprodutivos territoriais.
Sua implementação, instrumentalizada a partir de um Comitê Gestor e um Grupo Interministerial
de Execução e Acompanhamento, alterou o desenho das políticas de desenvolvimento rural,
fortalecendo um modelo descentralizado que consolidou 120 territórios, abarcando
aproximadamente 50% da população rural brasileira (Kronemberger et al., 2018).
Mais recentemente, em um cenário de transição de governo e escassez de recursos públicos,
ocorreu o encerramento do Programa Territórios da Cidadania. Ainda que o decreto que criou o
programa ainda permaneça vigente, o Decreto Federal n. 9.874/2019 revogou os artigos relativos aos
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comitês de gestão e ao grupo Interministerial de Execução, não havendo maiores definições sobre os
encaminhamentos do programa, que, desde 2017, não possui despesas executadas (Brasil, 2020c),
sendo praticamente excluído da agenda federal desde a extinção do Ministério do Desenvolvimento
Agrário (MDA) em 2016 (Costa, 2019).
Sobre este ponto, deve-se também destacar o Programa Brasil Mais Cooperativo, criado em
julho de 2019 (Portaria MAPA n. 129/2019), voltado a apoiar o cooperativismo e o associativismo
rurais por meio da oferta de assistência especializada, da formação técnica e da qualificação da
gestão e comercialização em diferentes mercados (Brasil, 2020b). Sem desconsiderar a relevância do
programa, observa-se que, ao menos até o momento, a dimensão territorial, tanto no que tange o
modelo de gestão quanto em relação aos investimentos em infraestrutura,perdeu espaço em
detrimento da concentração de ações no apoio à atividade produtiva. Complementarmente, devemos
nos atentar ao projeto de Lei n. 6.904/2017, que propõe a instituição da Política de Desenvolvimento
do Brasil Rural (PDBR). Atualmente em trâmite no congresso nacional, esse PL define o território
como unidade de planejamento básico e de execução de ações, tratando de critérios para sua
delimitação, mecanismos de gestão e princípios e diretrizes a serem observados. Trata-se de
importante instrumento normativo que poderá consolidar a abordagem territorial como política de
Estado e não mais como políticas de governo.
TEMA 4 – POLÍTICAS DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL NO BRASIL
Ao alcançarmos nosso terceiro caso de estudo aplicado de políticas públicas no contexto
contemporâneo de nosso país, chegamos às políticas de desenvolvimento social. Segundo Castro e
Oliveira (2014), enquanto o desenvolvimento está relacionado à superação de entraves às
potencialidades de uma sociedade, as políticas sociais são constituídas pelo conjunto de ações do
Estado que “se concretizam na garantia da oferta de bens e serviços, nas transferências de renda e na
regulação de elementos do mercado” (Castro; Oliveira, 2014, p. 23). Como direitos fundamentais, os
direitos sociais foram efetivados apenas recentemente, a partir da Constituição Federal de 1988, na
qual se estabeleceu a universalização do acesso à saúde e a assistência social como direito e não
como ação política (de antigas tradições assistencialistas).
Conforme classificação adotada pelo Ipea (2010), as políticas sociais podem ser classificadas
essencialmente em duas tipologias. A primeira, relativa às políticas de proteção social, se relacionam
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à seguridade social e se baseiam no princípio da solidariedade com os grupos em situação de
vulnerabilidade, seja por incapacidade de subsistir, seja por outras questões, como aquelas
decorrentes de idade ou de acidentes. Por sua vez, as políticas de promoção social se referem
àquelas voltadas à geração de oportunidades, expandindo a oferta de serviços socais e políticas de
inclusão produtiva. Na Figura 1, a seguir, podemos compreender como as diferentes políticas
setoriais se articulam nessas tipologias.
Figura 1 – Políticas setoriais e transversais da política social brasileira
Fonte: Nascimento Neto, 2020.
Diante da multiplicidade de políticas e frentes de discussão, estudaremos neste momento as
políticas de assistência social voltadas às famílias de grande vulnerabilidade social, tendo como
objeto específico o programa Bolsa Família (PBF), considerado por Bichir (2010) o “carro-chefe” da
política social brasileira.
Dentro de uma retrospectiva histórica, veremos que o Programa Bolsa Família (PBF), criado em
2003, se origina da compilação de diversos programas do governo federal, já existentes desde o final
dos anos 1990. Temos, assim, a unificação dos programas Bolsa Escola, Bolsa Alimentação, Auxílio
Gás e Cartão Alimentação (Draibe, 2009).
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No desenho institucional atual, a sua gestão está vinculada ao Ministério da Cidadania,
particularmente à Secretaria Especial do Desenvolvimento Social. É de responsabilidade do governo
federal a operacionalização e a coordenação do programa, cabendo aos governos estaduais a
coordenação intersetorial, capacitação técnica aos municípios e checagem de condicionalidades. Por
fim, na escala local, os municípios são responsáveis pela gestão direta do programa, envolvendo o
cadastramento e o acompanhamento das famílias e a articulação com as áreas de educação, saúde e
assistência social.
Falamos em checagem de condicionalidades, mas você sabe o que é isso? O desenho do
programa envolve a concessão de recursos financeiros para as famílias pobres (renda mensal per
capita entre R$ 89,00 e R$ 178,00) e extremamente pobres (renda mensal per capita inferior a R$
89,00) desde que sejam atendidas algumas condições. Desse modo, apenas com o atendimento da
frequência escolar de crianças e adolescentes e acompanhamento de saúde de nutrizes e grávidas se
pode acessar os benefícios do programa. Com esse desenho, busca-se estabelecer estratégias de
incentivo a determinadas condições almejadas pelo governo no atendimento das demais políticas
sociais (Brasil, 2019a).
O programa, com mais de 15 anos de existência, permanece em vigência e ultrapassou o
patamar de política de governo para se transformar em política de Estado. Dados do governo federal
apontam para mais de 13 milhões de famílias e um volume de recursos superior a R$ 26 bilhões em
2019. Veja que as alternâncias de governo ocorridas desde 2003 não levaram à interrupção do
programa, que se consolidou no cenário nacional como principal política social de apoio à população
em condição de extrema pobreza, concedendo a esse grupo, conforme análises de Rego e Pinzani
(2013), um grau mínimo de autonomia e dignidade.
TEMA 5 – DILEMAS DO FEDERALISMO: DESAFIOS DA GESTÃO
REGIONAL
Ao entrarmos neste tópico, um novo conceito nos é colocado, o federalismo. Apesar de
sabermos que vivemos em uma República Federativa e que os estados constituem unidades da
federação, você já pensou sobre qual o conceito vinculado ao termo federalismo? Conforme bem
colocado por Dye (2009), entendemos o federalismo como uma forma de organização do Estado
nacional na qual, a partir de uma Constituição, os governos nacionais e subnacionais exercem sua
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autoridade com autonomia parcial, elegem seus representantes e cobram os impostos pela provisão
de serviços públicos. Colaborando com esta descrição mais ampla, Abrucio (2010) afirma que, por
meio de uma constituição se estabelece um compartilhamento da soberania territorial, de forma que
coexistam entes relativamente autônomos dentro de uma nação em um arranjo de relações
contratuais e não diretamente hierárquicas.
Como podemos ver, esses conceitos lançam luz sobre a repartição de competências entre os
diferentes níveis federativos – União, estados e municípios – e os eventuais conflitos que possam
decorrer dessas estruturas. Ao lembrarmos que os conteúdos das políticas públicas são construídos
socialmente em contextos complexos permeados por coalizões de interesse, nos saltam aos olhos os
desafios de pactuação constante da agenda governamental.
Para alguns assuntos, os conflitos nas políticas setoriais estão concentrados essencialmente em
uma esfera federativa. A competência pelas políticas públicas relativas à extração minerária, por
exemplo, é exclusiva da União e, portanto, delimita-se uma arena de conflito específica. Da mesma
forma, a política de desenvolvimento urbano é de competência dos municípios, cabendo a estes sua
elaboração e gestão.
Mas como podemos pensar a concepção e gestão de políticas públicas em regiões
metropolitanas, recortes territoriais formados por um conjunto de municípios nos quais há
continuidade da ocupação urbana para além dos limites municipais, além de interdependência
socioeconômica e ambiental? A título de exemplo, pensemos na Região Metropolitana de Curitiba
(PR): embora a cidade de Curitiba concentre os poderes Legislativo e Judiciário do Estado, a maior
população e dinâmica econômica, um segundo conjunto de municípios limítrofes é responsável pela
preservação dos mananciais de abastecimento de água de toda a região, e outro conjunto, pela
localização das principais plantas industriais, geradoras de empregos, de produção de bens e de
arrecadação de impostos. Há uma interdependência inquestionável.
Essas relações também podem ocorrer em outras regiões que não metropolitanas, vinculadas,
por exemplo, a dinâmicas produtivas ou questões culturais ou sociais. Em comum, temos a
organização de um território que ultrapassa os limites de gestão municipal. Contudo, conforme já
falamosanteriormente, em nossa Constituição temos o estabelecimento de apenas três níveis
federativos: União, Estados e municípios.
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Há, assim, um vácuo da escala regional, que não possui atribuição efetiva de competência
constitucional, não possui legitimidade político-administrativa ou direcionamento obrigatório de
recursos. Não por outro motivo, as políticas de desenvolvimento rural que estudamos anteriormente
previam a obrigatoriedade de conselhos gestores para que se habilitasse a transferência de recursos.
A partir deste desenho, busca-se, em certa medida, superar os desafios de coordenação e
cooperação (Nascimento Neto, 2013). Temos aqui duas tipologias de desafios: enquanto a
coordenação está relacionada a uma atividade hierarquizada e coordenada por um ente federativo
superior (a União, por exemplo), os dilemas de cooperação voltam-se aos desafios de articulação
horizontal, ou seja, do estabelecimento de políticas integradas por municípios Klink, 2009; Garson,
2009; Machado, 2009). Não pretendemos aqui avançar de forma profunda em cada um desses
tópicos, mas apresentar tópicos de reflexão e questões que precisam ser conhecidas e reconhecidas
por nós na prática cotidiana da gestão pública.
NA PRÁTICA
Ao longo desta aula trabalhamos essencialmente com casos práticos do contexto brasileiro,
desde as políticas setoriais de desenvolvimento urbano, rural e social. Diante dos aportes de reflexão
que construímos, realizaremos aqui um esforço de discussão transversal, buscando articular
diferentes elementos estudados nesta aula e nas anteriores, demonstrando como os diferentes
conceitos e modelos podem e dever ser utilizados em conjunto na leitura de nossa realidade,
complexa e multifacetada.
Uma das questões que permanece nas entrelinhas dos três casos estudados é a noção de
políticas de governo e políticas de Estado. Propositalmente, optamos por nos concentrar na
discussão dos conteúdos das políticas, sem adentrar no campo de análise das dinâmicas políticas.
Mas, ao final desta aula, convidamos você a revisitar cada um dos casos e identificar como ocorrem
os processos de transformação da agenda pública e como determinadas políticas de governo
tendem a ser alçadas ao nível de políticas de Estado, enquanto outras são descontinuadas. Por vezes,
nesse processo, verificamos também a alteração da própria agenda governamental, evidenciando os
diferentes fluxos presentes na produção de políticas públicas, tal como estudado por John Kingdon
no Modelo dos Fluxos Múltiplos ou mesmo no Modelo de Coalizão de Defesa de Sabatier e Jenkens-
Smith.
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Conforme trabalhamos em aulas anteriores, o modelo dos fluxos múltiplos parte do pressuposto
que a produção de políticas públicas é resultado da interação de três fluxos: problemas, soluções e
dinâmica política. E são justamente as janelas políticas criadas pela confluência desses fluxos
(coupling) que tendem a gerar mudanças mais substanciais nas políticas públicas. Ao olharmos para
os casos estudados, veremos a abertura de janelas específicas, como na confluência de
fortalecimento do Movimento Nacional da Reforma Urbana durante o processo de redemocratização
do país (política urbana) ou da adoção de políticas de desenvolvimento rural de corte territorial a
partir da influência das discussões da Conferência da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável (Eco-
92) e das alterações da atividade produtiva no meio rural gerada pelos processos de globalização.
Obviamente, com o intuito de exercitar os conceitos estudados nesta disciplina, realizamos
simplificações da realidade de forma a nos concentrarmos nos principais tópicos de atenção. Agora,
convidamos você, a partir dos temas estudados na disciplina, a reconstruir as leituras das políticas de
desenvolvimento urbano, social e rural segundo um dos modelos teóricos já estudados, ou a partir
do modelo do ciclo de políticas públicas, ou ainda desde o contexto de reformas do Estado
empreendidas nos últimos 30 anos. As possibilidades de leitura são variadas, e dependem das
preferências analíticas e teóricas do analista de política pública, gestor público ou tomador de
decisão.
FINALIZANDO
Chegamos ao final desta aula encerrando um percurso de estudos sobre a formulação e a gestão
de políticas públicas. Trabalhamos com uma diversidade de temas, dos quais, a partir dos
entendimentos centrais, você poderá derivar estudos dirigidos e concentrados em direção aos
tópicos de seu interesse. As bibliografias citadas ao longo de cada aula articulam produções
nacionais e internacionais recentes, de autores e institutos de referência que podem e devem ser
consultados por você nesta caminhada de avanço nos estudos do campo de políticas públicas. Como
já falamos algumas vezes, trata-se essencialmente de um campo de estudo que se debruça sobre um
fenômeno complexo, multidimensional e permeado de variações analíticas, a partir das quais nos são
abertos caminhos de estudo e especialização para toda uma vida.
Desejamos a você sucesso na continuidade da sua formação no campo da gestão pública,
contribuindo, em última análise, com a melhoria das condições sociais, econômicas e ambientais de
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nosso país.
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