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A TEORIA DE WANDA HORTA Necessidades humanas básicas Wanda Horta Mulher, nortista, enfermeira e professora. Através dela na década de 70, foi introduzido os conceitos do processo de enfermagem e humanização ao atendimento. “Enfermagem é ciência e a arte de assistir o ser humano no atendimento de suas NECESSIDADES BÁSICAS, de torná-lo independente desta assistência através da educação; de recuperar, manter e promover sua saúde, contando para isso com a colaboração de outros grupos profissionais". ” — Wanda Horta Classificação das necessidades básicas Psicobiológicas e psicossociais Necessidades Psicobiológicas Oxigenação Hidratação Nutrição Eliminação Sono e repouso Exercicio Sexualidade Abrigo INTEGRIDADE FISICA Percepção: olfativa, visual, auditiva, tatil, gustativa, dolorosa, terapeutica Segurança Amor Liberdade Aprendizagem (educação a saúde) Recreação Lazer Orientação (tempo e espaço) Aceitação Autorrealização Autoestima Necessidades Psicobiológicas A OMS e a maioria dos governos recomendam a ingesta diária de nutrientes para indivíduos saudáveis, que, por sua vez, sofrem adaptações, para mais ou para menos, em situação de doença. Em situações normais, uma pessoa mantem uma alimentação balanceada, intercalada e integrando os alimentos da pirâmide alimentar. Nutrição Nutrição O Profissional tem a responsabilidade de acompanhar o paciente e auxilia-lo durante a refeição O profissional deve providenciar um cuidado assistido e necessário de acordo com o grau da dependência existente. . HIDRATAÇÃO O corpo humano é constituído de mais de 60% de água se fazendo um nutriente fundamental para a saúde Além de distribuir os nutrientes pelos diferentes órgãos do corpo, a água ajuda a regular a temperatura, eliminar toxinas e estimula o transito intestinal Caso o liquido do corpo não for reposto entramos em um processo de desidratação e intoxicação ELIMINAÇÕES Nosso organismo tem um sistema de purificação para manter sua higiene interna. Quando a eliminação está equilibrada e adequada as toxinas são liberadas com mais facilidade promovendo a renovação das células. Já a eliminação deficiente faz com que o sangue fique intoxicado e assim intoxicando áreas mais frágeis, e então, causando e facilitando a formação de doenças. Dissimulando materiais tóxicos por células frágeis Higiene A higiene pessoal é muito importante para a saúde do indivíduo e, também, para o seu relacionamento com a sociedade. O cuidado com o corpo, ou a falta dele, demonstra o grau de compromisso que o indivíduo tem consigo mesmo As doenças e problemas mais frequentes são: Micoses Pé de atleta Piolhos Mau hálito Sono e repouso Durante o repouso; recomendado de 8 horas com intervalo de 24 horas, nosso organismo realiza funções importantíssimas com consequências diretas a saúde; Crescimento muscular Reparo dos tecidos Síntese de proteínas Descanso do cérebro Sono e repouso Durante o sono muitos dos principais órgãos e sistemas regulatórios trabalham ativamente produzindo de forma acentuada determinados hormônios Endorfina Dopamina Serotonina GH Sono e repouso Nosso desempenho físico e mental está diretamente ligado a uma boa noite de sono. O efeito de uma noite em claro é semelhante ao da embriaguez: Coordenação motora é prejudicada Capacidade de raciocínio comprometida. Sono e repouso O GH – Hormônio do crescimento, continua sendo liberado mesmo na fase adulta, durante o sono. Em quantidades menores, ele evita a flacidez muscular e garante o vigor físico Pessoas que dormem bem possuem: Maior capacidade de concentração Autocontrole Realização de tarefas pessoais e profissionais Qualidade do sono As interferências ao sono são classificadas em: EXTERNAS – trabalhos noturnos, problemas com fuso horário, viagens ORGANICAS – Ronco, apneia, insônia, bruxismo, síndrome das pernas inquietas Qualidade do sono As necessidades de sono será afetada principalmente no pós-operatório imediato, de pacientes submetidos à procedimentos cirúrgicos como: Laringe, Amidalas, Nariz e até mesmo algum procedimento cirúrgico doloroso. Qualidade do sono A enfermagem deve gerir períodos de repouso com a administração de analgésicos, antitussicos e indutores do sono, quando estiverem prescritos. CONFORTO DO PACIENTE O CONFORTO PODE SER DEFINIDO COMO A EXPERIÊNCIA IMEDIATA DE TER ATENDIDAS AS NECESSIDADES HUMANAS BASICAS PARA ALIVIO, CALMA E TRANSCENDÊNCIA. NA MEDIDA EM QUE O PACIENTE APRESENTA O DESCONFORTO COMO: ALGIA, PERCEBEMOS A NECESSIDADE DE INTERVENÇÃO DA ENFERMAGEM PARA AUMENTAR O CONFORTO CONFORTO DO PACIENTE ASSIM COMO É NECESSÁRIO O CONFORTO NA RESIDENCIA, TAMBEM É NECESSARIO NO HOSPITAL E DEVE INCLUIR: CONVERSA ACOLHIMENTO PRIVACIDADE CALMA E SILENCIO CONFORTO DO PACIENTE As situações de conforto que um paciente que irá se submeter a uma cirurgia relacionaram-se a: Visita da família Ser bem medicado (ausência de dor) Receber orientações Visita e bom atendimento de médicos e enfermeiras Tranquilidade e silencio CONFORTO DO PACIENTE Medidas adotadas pela enfermagem para proporcionar conforto ao paciente: Ambiente limpo e confortável Boa postura do paciente Respeito quanto a individualidade Massagem de conforto Realizar medidas para alivio da dor Higiene corporal sempre que necessário CONFORTO DO PACIENTE Pacientes acamados necessitam de uma atenção especial, pois apresentam reflexos alterados com diminuição ou abolição total de movimentos voluntários. A imobilização facilita complicações traqueobrônquicas e ulcerações. Mudança de decúbito, exercícios passivos e massagem de conforto são medidas utilizadas para prevenção. CONFORTO DO PACIENTE Materiais necessários: Comadre; Papel higiênico; Biombos; Bacia com água morna; Toalha de banho; Sabonete. TÉCNICA DO PROCEDIMENTO Lavar as mãos; Identificar o paciente; Cercar a cama com biombos; Explicar ao paciente o que vai ser feito; Reunir o material necessário junto a unidade; Colocar as luvas de procedimento; Aquecer a comadre (fazendo movimentos de fricção em sua superfície, com a extremidade sobre o lençol ou colocando-a em contato com água quente); MASSAGEM DE CONFORTO Técnica do procedimento: Aproximar o paciente na lateral do leito, onde se encontra a pessoa que irá fazer a massagem; Virar o paciente em decúbito ventral ou lateral; Após lavar as costas, despejar na palma da mão pequena quantidade de creme; Aplicar nas costas do paciente massageando com movimentos suaves e firmes, seguindo a seguinte orientação: ANAMNESE Processos da investigação com o paciente ANAMNESE (interrogatório de paciente) Histórico que vai desde os sintomas iniciais até o momento da observação clínica, realizado com base nas lembranças do paciente. A finalidade da anamnese é promover um intercâmbio das informações entre o paciente e a enfermagem e assim identificar os principais sinais e sintomas e a causa do problema. ESTRUTURA DA ANAMNESE IDENTIFICAÇÃO OU DADOS BIBLIOGRÁFICOS Reconhecer quem é o paciente e a que possíveis doenças ele está exposto. Data e hora da entrevista; Nome; Endereço, telefone, idade, raça, religião; Estado civil; Profissão;ESTRUTURA DA ANAMNESE 2. Queixa principal e duração Motivo pelo qual foi buscar atendimento atual Por que você procurou o hospital? Há quanto tempo essa preocupação existe? ESTRUTURA DA ANAMNESE 3. História da doença atual Registro cronológico e detalhado do motivo que o paciente procurou o atendimento Modo que começou o sintomas Duração e frequência dos sintomas Perguntar sobre tratamentos e PM ESTRUTURA DA ANAMNESE 4. Historia patológica pregressa: Perguntar sobre a saúde antes da doença Quantas doenças você possui? Desde quando? Já teve alguma doença infecciosa? Quais vacinas tomou? Já fez alguma cirurgia? Quando? Por quê? Já fez teve algum traumatismo? Lesão? ESTRUTURA DA ANAMNESE 4. Historia patológica pregressa: Perguntar sobre a saúde antes da doença Quantas doenças você possui? Desde quando? Já teve alguma doença infecciosa? Quais vacinas tomou? Já fez alguma cirurgia? Quando? Por quê? Já fez teve algum traumatismo? Lesão? ESTRUTURA DA ANAMNESE 5. História familiar Estado de saúde dos pais e avós, ou causas de suas mortes; Doenças em filhos, irmãos e irmãs; Casos de doenças cardiovasculares, HAS, DM, C.A, hipercolesterolemia ESTRUTURA DA ANAMNESE 6. História social A maioria desses problemas podem gerar impacto sobre o estado de saúde do paciente. Perguntar sobre a rotina; Gosto; Relação familiar; Situação profissional e planos; TÉCNICAS DE EXAME FÍSICO PAGINA 262 O exame físico de enfermagem é a investigação do corpo do paciente para determinar o estado de saúde do mesmo. O procedimento completo inclui peso, altura, sinais vitais e um exame céfalo caudal (da cabeça para os pés) de todos os sistemas do corpo do paciente. 1. INSPEÇÃO Consiste no processo de observação, um exame visual das partes do corpo. Devemos observar: A postura; Os movimentos corporais; Condições de higiene; Padrão de fala; 2. PALPAÇÃO As mãos são nossos instrumentos de palpação com elas nós percebemos alterações especificas em relação à forma, textura, espessura, sensibilidade e volume. EX: Tireoide ou linfonodos aumentados 3. PERCUSSÃO consiste em golpear a superfície do corpo com a ponta dos dedos para produzir som, avaliar o tamanho e consistência dos órgãos, bem como para descobrir líquidos nas cavidades corporais. Devemos observar o som e a resistência oferecida pela região golpeada 3. PERCUSSÃO Os dois métodos de percussão são: O direto : envolve o golpeamento da região examinada diretamente com um ou dois dedos. 3. PERCUSSÃO O indireto - é feito com o dedo indicador ou o dedo médio da mão dominante, pressionando-o firmemente sobre a zona a ser percutida. Com o dedo médio da outra mão, que deve estar um pouco flexionado, golpeia-se o dedo a ser percutido, produzindo-se os sons Sons básicos da percussão: Timpânico: como um tambor (víscera vazia, exemplo: fundo do estômago); Ressonância: oco (pulmão normal); Hiper ressonante: vibrante (pulmão enfisematoso); Maciço: sólido (víscera cheia, ou fígado); Som claro: submacicez (músculo.) 4. AUSCULTA Consiste em escutar sons produzidos por diferentes órgãos do corpo. É útil para avaliação dos sons emitidos pelo coração, pelos pulmões, pelos intestinos e vasos. Os exemplos de fenômenos acústicos clinicamente importantes são: Os murmúrios vesiculares: sons normais durante a ausculta pulmonar. Ruídos adventícios: sons anormais durante a ausculta pulmonar. 4. AUSCULTA Para auscultar corretamente é necessário uma boa audição e um bom estetoscópio (que deve ser colocado na pele sem roupas, pois o tecido abafa os sons). A ausculta requer concentração e prática. Fechar os olhos pode ajudar a focalizar determinado som. EXAME FÍSICO GERAL PAGINA 263 Exame físico geral O exame físico geral constitui-se como importante ferramenta ao raciocínio clínico e a sua realização estreita a relação entre o profissional de saúde e o paciente/cliente. E possibilita ver o paciente como um todo; Estado geral; Sinais vitais (frequência respiratória e cardiovascular, pressão arterial, temperatura); Medidas antropométricas; Pele; Fâneros; Mucosas; Linfonodos; Cianoses; Eupneico ou taquipneico; PARÂMETROS QUALITATIVOS Dos parâmetros qualitativos, um dos primeiros a serem notados é o estado geral do paciente, podendo ser: BOM – BEG (Bom Estado Geral) REGULAR – REG (Regular Estado Geral) MAU – MEG (Mau Estado Geral) PARÂMETROS QUALITATIVOS Paciente comunicativo, sem gravidade – BEG Paciente com alguma alteração – REG Paciente debilitado – MEG PARÂMETROS QUALITATIVOS Em seguida avaliamos a coloração do paciente NORMOCORADO – Corado HIPOCORADO – Descorado / Pálido *A simples observação da pele está sujeita a erros, já que no frio pode ocorrer vasoconstrição e a pele tornar-se pálida. PARÂMETROS QUALITATIVOS O próximo sinal a ser observado é se há presença de icterícia, um aumento de bilirrubinas no sangue; doença no fígado, entre outras coisas. É observada por uma coloração amarelada da pele, freio da língua e esclera do olho. ICTERICIA PARÂMETROS QUALITATIVOS Outro sinal importante é a presença de cianose; uma coloração azulada mais facilmente vista nos lábios, extremidades, e pavilhões auriculares. A cianose ocorre por um aumento da concentração de hemoglobina reduzida (não ligada ao oxigênio) o que pode ser devido à uma má oxigenação do sangue. *Caso o paciente não apresente cianose chamamos de Acianótico Cianose PARÂMETROS QUALITATIVOS Hidratação é aferida pela observação da umidade das mucosas, principalmente oral e língua. Em um paciente hidratado, a pele tem turgor (consistência) elástico. Em idosos, pode ocorrer uma diminuição fisiológica da umidade da mucosa e a pele tem alteração do turgor, dificultando o achado de desidratação. PARÂMETROS QUALITATIVOS Em criança, o turgor da pele pode ser notado fazendo-se uma prega no abdome e outro sinal de desidratação é a fontanela (moleira) deprimida. Além da falta de hidratação, pode ocorrer o seu excesso, que é o chamado edema. Este pode ser notado ao realizar- se pressão na região pré-tibial e persistindo-se a impressão do dedo na pele. PARÂMETROS QUALITATIVOS Os parâmetros quantitativos incluem a medida do pulso, frequência respiratória, pressão arterial, temperatura, peso e altura. Medidas Antropométricas - É o ato de verificar peso e altura. Tem a finalidade de acompanhar o crescimento pôndero-estatural, detectar variações patológicas do equilíbrio entre peso e altura.
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