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AVALIAÇÃO DE PACIENTES CRÍTICOS E SEUS FAMILIARES 1 . Discutir a importância de uma abordagem consistente e sistemática para a avaliação de pacientes críticos e seus familiares. 2. Identificar as prioridades de avaliação para os diferentes estágios de uma doença grave: • Avaliação pré-admissão • Anamnese e exame físico inicial de admissão A avaliação de pacientes críticos e seus familiares é uma habilidade essencial para os profissionais de terapia intensiva. As informações obtidas a partir da avaliação identificam as necessidades imediatas e futuras do paciente e de seus familiares , de modo que se possa iniciar um plano de cuidados para explicar ou resolver essas necessidades. As abordagens tradicionais para a avaliação do paciente in- cluem uma análise completa de sua história e um exame físico de todos os sistemas do corpo. Essa abordagem, embora ideal, raramente é possível em terapia intensiva, na qual os profissio- nais lutam com problemas graves de saúde durante a internação e devem equilibrar a necessidade de coletar dados e, ao mesmo tempo, priorizar e fornecer o atendimento. As abordagens tra- dicionais e as técnicas de avaliação devem ser modificadas na terapia intensiva para equilibrar a necessidade de informação, enquanto se considera a natureza crítica da situação do paciente e de seus familiares. Este capítulo apresenta uma abordagem de avaliação que reconhece a natureza dinâmica e emergencial da doença crítica. Tal abordagem enfatiza a coleta de dados em fases ou etapas, de forma coerente com as prioridades de cuidado ao paciente. Os componentes da avaliação podem ser utilizados como um modelo genérico para avaliar os pacientes em estado crítico e s~us familiares. A avaliação pode ser individualizada pelo acrés- cimo de tópicos específicos relacionados com o diagnóstico do paciente. Esses tópicos específicos de avaliação serão abordados em outros capítulos. Mary Fran Tracy • Anamnese e exame físico de admissão • Avaliação da evolução 3. Descrever como a avaliação é modificada com base no estado clínico do paciente. Uma abordagem de avaliação coerente e sistemática é es- sencial para o desenvolvimento de habilidades na avaliação de pacientes críticos e seus familiares . Sem essa abordagem, seria fácil perder sinais ou detalhes sutis que poderiam revelar um problema atual ou potencial ou indicar alguma mudança na con- dição do paciente. As avaliações devem concentrar-se primei- ramente no paciente e, em seguida, na tecnologia. O paciente precisa ser o foco principal da atenção do profissional envolvido em terapia intensiva, com a tecnologia enriquecendo as informa- ções obtidas a partir da avaliação direta. Existem duas abordagens-padrão para a avaliação de pa- cientes: a cefalocaudal e a por sistemas do corpo. A maioria dos enfermeiros de terapia intensiva usa uma combinação de ambas, ou seja, uma abordagem por sistemas aplicada de "cima para baixo". Os tópicos deste capítulo relacionados à admissão e à avaliação da evolução são apresentados considerando essa abor- dagem combinada. SISTEMATIZAÇÃO DA AVALIAÇÃO A avaliação do paciente crítico e de seus familiares começa a partir do momento em que o enfermeiro tem conhecimento da admissão do primeiro e continua até a transição para a próxima fase de atendimento. O processo de avaliação pode ser visuali- zado em quatro fases distintas: (1) avaliação pré-admissão, (2) 26 Marianne Chulay, Suzanne M. Burns anamnese e exame físico inicial de admissão ("apenas o essen- cial"), (3) anamnese e exame físico de admissão e (4) avaliação da evolução. Avaliação pré-admissão A avaliação pré-admissão começa no momento em que se re- cebe a informação a respeito da admissão do paciente. Essa notificação vem do contato inicial com a equipe de saúde. O contato pode ser feito por enfermeiros, técnicos de enfermagem, bombeiros em campo que fazem um relato à unidade móvel de emergência, transferência de outra instituição ou transferência de outras áreas dentro do mesmo hospital, como unidade de emergência (UE), centro cirúrgico (CC) ou unidades de enfer- magem médico-cirúrgicas. A avaliação pré-admissão esboça o quadro inicial do paciente e permite que o enfermeiro de terapia intensiva comece a antecipar as necessidades físicas e psicoló- gicas do paciente. Também permite que o enfermeiro determine os recursos que serão necessários para cuidar do paciente. As informações recebidas nessa fase são cruciais porque permitem que o enfermeiro de terapia intensiva prepare adequadamente o ambiente para atender às necessidades específicas do paciente e de seus familiares. Anamnese e exame físico inicial de admissão A anarnnese e o exame físico inicial de admissão são realiza- dos imediatamente após a chegada do paciente e baseiam-se na avaliação dos parâmetros representados pelo acrônimo ABCDE (Tab. 1.1 ). Fornecem uma visão geral sobre as condições de ven- tilação e perfusão, para assegurar uma intervenção precoce em qualquer situação envolvendo risco de vida. O foco deve estar em explorar a queixa principal e solicitar os exames diagnósti- cos essenciais para complementar os resultados do exame físico. A anamnese e o exame físico inicial de admissão proporcionam uma visão superficial do paciente. Entretanto, são essenciais, pois verificam se a manutenção das funções cardíacas e respira- tórias vitais é satisfatória. Anamnese e exame físico de admissão A anarnnese e o exame físico de admissão são realizados do modo mais rápido possível. Dita-se o momento de sua realiza- ção pe!o grau de estabilidade hemodinâmica e pela necessidade do paciente de receber intervenções de emergência. A anarnnese e.º ex_ame fís~co consistem em uma análise em profundidade da h1stóna de saude e social do paciente, além de possibilitarem um TABELA 1.1 ACRÓNIMO ABCDE A de Airway (Vias aéreas) B de Breathing (Respiração) C de Circulação, perfusão Cerebral e Chíef complain (queixa principal) o de Drugs (medicamentos) e exames diagnósticos E de Equipamento exame físico completo de cada sistema corporal. Essa avaliação revela-se vital para que sejam alcançados bons resultados, uma vez que oferece, ao enfermeiro, valiosas informações que po- dem ser necessárias para a promoção de intervenções proativas. Avaliação da evolução Depois de concluídos a anamnese e o exame físico de admissão, são realizadas avaliações durante a internação (uma versão abre- viada da anamnese e do exame físico de admissão), em intervalos variáveis. Os parâmetros de avaliação descritos neste tópico são normalmente destinados para todos os pacientes, além de outras exigências de avaliação da evolução relacionadas à condição es- pecífica do paciente, tratamentos e resposta a esses tratamentos. Considerações a respeito da segurança do paciente nas avaliações de admissão A admissão de um paciente com doença aguda pode ser um evento caótico e de ritmo acelerado, com múltiplas áreas envol- vidas em diversas atividades. Entretanto, é nesse momento que os prestadores de cuidados de saúde devem estar particularmente cientes da importância da precisão das avaliações e da coleta de dados. Isso garante que o paciente seja tratado com segurança e com intervenções apropriadas. A obtenção de informações im- precisas na admissão pode provocar erros continuados, que po- dem não ser facilmente corrigidos ou detectados e, assim, levar a resultados indesejados. A obtenção de informações de um paciente com doença aguda pode ser difícil, quando não impossível. Se o paciente for incapaz de fornecer informações, devem ser utilizadas outras fontes, tais como membros da fami1ia, prontuários anteriores, registros dos responsáveis pelo transporte ou informações de pertences do paciente. A obtenção da identificação correta do paciente é de particular importância no momento da internação, bem como a história de saúde pregressa, incluindo todas as aler- gias conhecidas. Se possível, é extremamente útil conheceros medicamentos em uso pelo paciente, uma vez que podem for- necer pistas sobre a condição clínica e, talvez, a respeito dos fatores que contribuíram para a condição atual. É fundamental que se realize um exame físico cuidadoso ao se admitir o paciente na unidade de terapia intensiva. Essa avaliação possibilita medidas de prevenção e/ou tratamento pre- coces de complicações associadas à doença crítica. É de parti- cular importância que seja realizada a avaliação do risco para a formação de úlceras de pressão, alteração no estado mental e/ou quedas. Os riscos associados à correta identificação do paciente nunca diminuem, sobretudo quando se relacionam com as inter- venções, tais como a realização de procedimentos invasivos, ad- ministração de medicamentos, administração de sangue e coleta de exames laboratoriais. Os enfermeiros precisam estar cientes das quest~es de segurança para o tratamento começar adequa- damente. E essencial que seja feita uma programação precisa de bombas de infusão de medicamentos de alto risco. Os prestado- res de cuidados de saúde também devem garantir a segurança dos procedimentos invasivos realizados com urgência. AVALIAÇÃO PRÉ-ADMISSÃO: ANTES DO INICIO DAS INTERVENÇÕES A avaliação pré-admissão começa quando se recebe a informa- ção a respeito da chegada do paciente. O relatório pré-admis- são, embora resumido, fornece informações importantes sobre queixa principal, diagnóstico ou motivo da internação, detalhes pertinentes da história e estabilidade hemodinâmica do paciente (Tab. 1.2). Também contém sexo e idade do paciente e informa- ções a respeito da presença de tubos e linhas arteriais invasivas e cateteres centrais, medicamentos que estão sendo adminis- trados, outros tratamentos em curso e exames laboratoriais ou diagnósticos pendentes ou concluídos. Também é importante considerar a necessidade de isolamento para o paciente (p. ex., precauções neutropênicas ou isolamento respiratório especial). Estar preparado para as necessidades de isolamento previne ris- cos de exposição para o paciente ou para os prestadores de cui- dados de saúde. Essa informação auxilia o médico a antecipar as necessidades fisiológicas e emocionais do paciente antes da admissão e assegura que o ambiente à beira do leito esteja com- TABELA 1.2 RESUMO DAS AVALIAÇÕES DE PRÉ-ADMISSÃO E DE ANAMNESE E EXAME FISICO INICIAL DE ADMISSÃO Avaliação Pré-admissão • Relato breve do paciente (idade, sexo, queixa principal, diagnóstico, história pertinente ao caso, condições fisiológicas, dispositivos invasivos, equipamentos e resultados dos exames laboratoriais e de diagnóstico) • Configuração completa do box, incluindo a verificação do funcionamento adequado dos equipamentos Avaliação de anamnese e exame físico inicial de admissão • Aparência geral (nível de consciência) • Vias aéreas. Permeabilidade Posicionamento da via aérea artificial (se houver) • Respiração: Quantidade e qualidade da respiração (ritmo, profundidade, padrão, simetria, esforço, uso de músculos acessórios) Ruídos respiratórios Presença de respiração espontânea • Circulação e Perfusão Cerebrat. ECG (frequência, ritmo e presença de foco ectópico) Pressão arterial Pulsos periféricos e enchimento capilar Cor, temperatura e umidade da pele Presença de sangramento Nível de consciência, capacidade de resposta • Queixa Principat. Sistema do corpo mais envolvido Sintomas associados • Medicamentos e Exames Diagnósticos. Medicamentos pré-admissão (prescritos, de uso livre, illcitos) Medicamentos de uso atual Revisar os resultados dos exames diagnósticos • EquipamentO'. Permeabilidade dos sistemas vascular e de drenagem Funcionamento adequado e rotulagem de todos os equipamentos conectados ao paciente • Alergias Fundamentos de Enfermagem em Cuidados Críticos da AACN 27 pleto para atender a todas as necessidades de monitoramento, suprimento e equipamento antes da chegada do paciente. Muitas unidades de terapia intensiva estão organizadas de modo padronizado, agrupando os pacientes em unidades de acordo com o diagnóstico principal. O padrão de monitoramen- to e a lista de equipamentos para cada unidade variam; no entan- to, existem alguns requisitos comuns (Tab. 1.3). A configuração- -padrão do quarto é modificada para cada admissão, a fim de acomodar as especificidades do paciente (p. ex., equipamentos adicionais, fluidos intravenosos [IV], medicamentos). Antes da chegada do paciente, deve ser verificado o bom funcionamento de todos os equipamentos à beira do leito. Também é importante preparar os formulários de regis- tros do paciente, que geralmente consistem em formulários de preenchimento manual ou sistema informatizado de dados para o registro de sinais vitais, o balanço hídrico, a administração de medicamentos, as intervenções realizadas e a avaliação do paciente. O relatório pré-admissão pode sugerir procedimentos pendentes, sendo necessária a organização dos suprimentos ade- quados à beira do leito. O fato de se ter o box preparado e todos os equipamentos disponíveis facilita a entrada ágil, tranquila e segura do paciente. ANAMNESE E EXAME FÍSICO INICIAL DE ADMISSÃO: OS PRIMEIROS MINUTOS A partir do momento em que o paciente chega à unidade de te- rapia intensiva (UTI), seu aspecto geral é imediatamente obser- vado e a avaliação pelo acrônimo ABCDE rapidamente reali- zada (Tab. 1.1). A gravidade do(s) problema(s) é determinada de modo que as necessidades de urgência que ameaçam a vida do paciente possam ser resolvidas em primeiro lugar. O pacien- te é monitorado e os equipamentos para o suporte de vida são TABELA 1.3 EQUIPAMENTOS DE UM BOXORGANIZADO DE MODO PADRÃO• • ECG de beira de leito e monitor invasivo de pressão, com os cabos apropriados • Eletrodos de ECG • Manguito de pressão arterial • Oxímetro de pulso • Dispositivo para aspiração por vácuo • Cateteres de aspiração • Ressuscitador manual com reservatório • Medidor de fluxo de oxigênio, tubulação apropriada e dispositivo adequado de fornecimento de oxlgênio • Suporte para infusões IV e bombas de infusão • Carrinho de suprimentos contendo compressas com álcool, luvas estéreis, seringas, lençóis absorventes e suprimentos para curativo • Kit de admissão, que normalmente contém bacia de banho e materiais de higiene geral • Formulários de admissão e cuidados intensivos 'N. de R.T.: No Brasil, a resolução da diretoria colegiada (RDC) n' 7, de 18 de fevereiro de 2011, do Ministério da Saúde (MS) e Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), dispõe sobre as normas mínimas para unidade de terapia intensiva (I.JTQ e cita os equipamentos mínimos necessários para as UTls. 28 Marianne Chulay, Suzanne M. Burns ~-, À BEIRA DO LEITO Avaliarão pré-admissão . · ceber um paciente A enfermeira-chefe avisa Sue que esta vai re • . (UE) do sexo masculino de 26 anos da unidade de emergenc~a . • 'd t obilfstico A eniermelfa envolvido em um grave ac1 ente au om · S da UE responsável pelo paciente ligou para passar o caso a u;. O paciente sofreu um traumatismo craniano fechado e trauma e tórax, com colapso do pulmão esquerdo. Foi intubado e conectado a um ventilador mecânico; instala-se um acess_o I~ e coloca-se um dreno torácico no lado esquerdo. Após a reah~çao de uma to- mografia computadorizada (TC) da cabeça, o paciente será trans- ferido para a UTI. Sue pergunta à enfermeira da UE se ele e_stav~ agitado, se foi introduzido um cateter de Foley e se a famíha foi notificada do acidente. Sue vai conferir o box do paciente antes da admissão e faz uma verificação mental do que será necessário. "O paciente está intubado, então vou ligar o AMBU ao oxigênio, verificar os _ca- teteres de aspiração e certificar-me de que os sistemas de aspira- ção estão funcionando. O oxímetro de pulso e o ventilador estão prontos. Tenho um ponto extra de aspiração para con~tar ao dreno torácico. Também vou ligar o monitor do ECG e deixar seus ele- trodos prontospara o uso. O equipo com soro da linha arte~al e transdutor também estão prontos para serem conectados. Os dispo- sitivos de infusão IV são preparados. Esse paciente tem um nível de consciência alterado, o que indica a necessidade de avaliações neurológicas frequentes e a potencial conexão de um cateter para monitoramento da PIC. Minha caneta de luz está sempre à mão, mas é melhor verificar se temos todos os equipamentos para inserir o cateter de PIC, caso o médico queira realizar aqui o procedimen- to, após a TC. Acho que estou pronta." instalados, sendo administrados medicamentos de urgência e solicitados exames diagnósticos e laboratoriais. Ao mesmo tem- po em que realiza a avaliação do ABCDE, o enfermeiro _deve conferir se o paciente foi devidamente identificado por me10 de uma pulseira de hospital, identificação pessoal ou identificação familiar. Além disso, as alergias do paciente devem ser determi- nadas, incluindo o tipo de reação e qual o tratamento utilizado para aliviar a resposta alérgica, se houver. Pode haver outros profissionais da saúde presentes para re- ceber o paciente e ajudar com as atividades de admissão. No entanto, o enfermeiro de terapia intensiva é o líder da equipe de recepção. Ao assumir a responsabilidade pela avaliação do acrô- nimo ABCDE, ele organiza a equipe na realização das tarefas delegadas, tais como instalação de equipamento de UTI ou a co- nexão dos cabos de monitoramento. Sem um líder na equipe de admissão, o cuidado pode ser fragmentado, e sinais importantes na avaliação, ignorados. O enfermeiro de terapia intensiva avalia de modo rápido o ABCDE, na sequência descrita nesta seção. Se qualquer aspecto dessa avaliação estiver fora dos padrões de normalidade, as in- tervenções são logo voltadas para resolver o problema antes de se continuar com a avaliação de anamnese e exame físico inicial de admissão. Além disso, independentemente de o paciente es- tar consciente ou não, é importante falar com ele durante todo esse processo de admissão, explicando o que está ocorrendo em cada gesto e intervenção. Vias aéreas e respiração b·i·dade das vias aéreas é verificada ao se analisar se 0 A permea • 1 . . fl . e I se seu tórax msufla e desmsu a, ou em ambas si-paciente ,a a e "d "fi _ S via aérea estiver comprometi a, ven 1que se a cabe-tuaçoes. e a . . t foi posicionada corretamente para evitar que a Iín-ça do pac1en e . é . I ·a aérea Inspecione as vias a reas supenores quanto gua oc ua a v1 · d sangue vômito e corpos estranhos antes de instalar a presença e • á . S . . d. ·ti"vo por via oral, se necess no. e o paciente Já tem um 1spos1 . . "d . b . é artificial como cncot1reo1 otom1a, tu o endotra-uma via a rea • . . . . 1 (ET) ou traqueostom1a, certifique-se de q~e essa via esteJa queafi d Observe a posição do tubo ET e venfique a altura do bem 1xa a. . _ I -0 a' comissura labial para futuras comparaçoes da tubo em re aça . . t do ET A aspiração das vias aéreas supenores, pela altura corre a · , . .d d I ou pelo ET pode ser necessana para assegurar que cav1 a e ora ' _ . . é esteiam livres de secreçoes. Observe a quanlidade as vias a reas _ . ' a cor e a consistência das secreçoes removidas~ . . Ob n·tmo a profundidade, o padrao e a stmetna da serve o , . , . • - . bserve também o esforço resprratono e o uso da resprraçao, o . 1 - • . I t acessória e em caso de ventl açao mecamca, se a museu a ura • . . . · - t, si· ncronizada com o ventdador. Observe os smais resp1raçao es a . . _ - bais de desconforto respiratório, tais como ag1taçao, an-nao ver .• . A I , · d d Jteraço-es no nível de consc1encia. uscu te o torax s1e a e ou a . , . . . a fim de verificar a presença de sons resprrato?~s- bdaterai~, .ª qualidade de tais sons respiratórios e a expans1_b1h?~de torac1- ca bilateral. Em condições ideais, os sons resprratonos devem ser auscultados anterior e posteriormente; entretanto, durante a avaliação de anarnnese e exame físico de admissão, normal- mente só é avaliada a parte anterior do tórax. Se a monitoração não invasiva da saturação de oxigênio estiver disponível, obser- ve e analise rapidamente os valores. Se o paciente estiver sendo ventilado por ressuscitador manual com reservatório ou ventila- dor mecânico, observe se há presença de respiração espontânea e avalie se a ventilação requer pressão positiva. Se os drenos torácicos estiverem presentes, verifique se são pleurais ou mediastinais. Certifique-se se estão devidamente conectados à sucção, se for o caso, e se não estão pinçados ou torcidos. Circulação e perfusão cerebral Avalie a circulação por meio de uma rápida palpação do pulso e visualização do monitor de eletrocardiograma (ECG) no intuito de verificar a frequência cardíaca, o ritmo e a presença de foco ectópico. Mensure a pressão arterial e a temperatura. Avalie a perfusão periférica por meio da análise de cor, temperatura e umidade da pele, juntamente com enchimento capilar. Com base no relatório pré-admissão e no motivo da internação, pode ha- ver necessidade de inspecionar o corpo para detectar quaisquer sinais de perda de sangue e determinar se está ocorrendo san- gramento ativo. A avaliação da perfusão cerebral na avaliação de anarnnese e exame físico inicial de admissão é focada na determinação da i~tegridade funcional do cérebro como um todo, o que se faz ra- p1dame~te ao se ~valiar o nível de consciência aparente. Avalie se o pa~1ente esta al~rta e consciente do seu arredor, se respon- de a est1mulos verbais ou dolorosos ou se não está comunicati- vo. Observar a reação do paciente durante a passagem da maca para o leito de lfTI pode fornecer informaçõe5 adicionais sobre 0 nível de consciência. Observe se seus olhos estão abertos e se captam os acontecimentos ao redor. Por exemplo, verifique se o paciente obedece a comandos simples, como UC:oloque as mãos sobre o peito", "Levante a perna" ou "Abra os olhos" . Se o paciente for incapaz de falar por causa do trauma ou da presen- ça de uma via aérea artificial, observe se responde às perguntas com a cabeça de modo adequado. Queixa principal Em condições ideais, a descrição da queixa principal é obtida a partir do paciente, mas isso pode não ser possível. O paciente pode ser incapaz de responder ou não falar o mesmo idioma. Pode ser necessário que as informações sejam coletadas a partir de familiares, amigos ou outras pessoas presentes. Na ausência de uma fonte de história, os profissionais devem depender ex- clusivamente dos resultados do exame físico (p. ex., presença de adesivos de medicamentos, marca-passo de.finiti,•o ou cicatrizes de cirurgias antigas) e do conhecimento da fisiopatologia para identificar as possíveis causas da internação. A avaliação da queixa principal concentra-se em determinar os sistemas do corpo envolvidos e a extensão dos sintomas asso- ciados. Outras questões exploram a época do aparecimento, os fatores precipitantes e a gravidade dos sintomas. Embora a fase de anamnese e exame físico inicial de admissão seja focada em obter uma visão geral dos principais sistemas que levam a risco de vida, pode ser necessária uma avaliação mais aprofundada de determinado sistema nesse momento. Por exemplo, no caso clínico de pré-admissão mencionado, a realização do acrônimo ABCDE é seguida rapidamente por uma avaliação mais ampla dos sistemas nervoso e respiratório. Medicamentos e exames diagnósticos As infonnações a respeito de medicamentos e exames diagnósti- cos são integradas às prioridades da anamnese e do exame físico inicial de admissão. Se o acesso IV não estiver presente, deve ser providenciado imediatamente, iniciando-se administração de medicamentos e realizando os registros de balanço hídrico. Se estiverem sendo infundidos medicamentos IV, confira o(s) medicamento(s) e verifique a correta infusão da dose e o volume de infusão desejado. Solicite os exames diagnósticos urgentes. Amplie os exames de rastreamento básicos (Tab. 1.4 ), acrescentandotestes adicionais adequados ao diagnóstico e à queixa principal. Revise qualquer dado laboratorial ou de diagnóstico disponível, buscando por anor- malidades ou indícios de potenciais problemas que exijam inter- venção imediata. As alterações laboratoriais e diagnósticas espe- cíficas para cada doença serão abordadas nos próximos capítulos. Equipamento Avalie rapidamente a localização e a permeabilidade de todos os tubos vasculares e drenos, conectando-os a aparelhos de mo- Fll1damentDs de &ifesmagem em c,mn; cm::os da ~ 29 niloramento e aspiração adequados. Observe QU3!"tidade, coe, consistência e odor das secreções drenadas. Verifique o c:ocreto funcionamento de todos os equipamentos cooectados ao pacien- te e a sua identificação, confonne necessário. A anamnese e o exame fi:sico inicial de admissão são reali- zados em poucos minutos. Após a conclusão da a\'1lliação ABC- DE, inicia-se a avaliação completa de admissão. Se em qualquer fase da avaliação de anamnese e exame físico inicial de admis- são for verificado que um componente ABCDE não foi estabi- lizado e controlado, toda a energia é focada em primeiro lugar para solucionar essa anonnalidade antes de proceder à a,'llliação completa de admissão. Depois de completada a avaliação de anamnese e exame físico inicial de admissão e se o paciente não necessitar de in- tervenção urgente, é possfrel completar o relatório com base nas informações dos profissionais da saúde que encaminharam o paciente para a UTI. Trata-se de uma oponuoidade para você confirmar suas observações, tais como a d053eoem de medica- mentos infundidos, as ano.rmalidades encontradas n~ aoamoese e no exame tisico inicial de admis.são, bem como quaisquer eventuais inconsistências verificadas entre a avaliação e o rela- tório pré-admissão. É mais fácil esclarecer as dúvidas enquanto os transportadores estão ainda presentes, se pos.sfrel. Essa também pode ser uma oportunidade para a interação inicial com familiares ou amigos. se houver. Apresente-se, ofe- reça confiança e confirme a intenção de dar ao paciente o me- lhor cuidado possível (Tab. 1.5). Se possível, pem:üta-lbes ver brevemente o paciente. Se isso não for possível, forneça-lhes TABELA 1.4 EXAMES OIAGNÕSTICOS eot.U1ENTE SOI..JCIWX)S CXRà.NlE A AVMJAr)-.O OE ANAMtESE E EXAME FÍSICO HCW.. OE ADMlSSÃO sélms Glicose Hemlqama completo, com contagem de pla<p'ltas Gasometria arteõal ~fia de tórax ECG TABB.A 1.5 PRÁTICA BASEADA EM E'AOtNCIA& AvtJ.JAr)-.0 DAS NECESSIDADES OOS FAMILIARES Anamnese e exame físico inicial de admissão • Oferecer esperança realista' b • Fornecer respostas honestas e informaçãou • Propiciar tranQUilidade' Anamnese e exame físico • Comunicar-se abertamente e avaliar o estilo de comunicação dos fanuliares' • Avaliar o nível de ansiedade dos membros da família .. ' • Avaliar a percepção da situação (conhecimento, compreensão, confiança nos funcionários, resultados esperados)' • Avaliar o papel e a dinâmica familiar (práticas culturais e religiosas. valores, porta-voz)' • Avaliar mecanismos e recursos de enfrentamento (o que usam, rede social e de apoio}"- "-d. • Retirado de 'leske (2002); 'leske (1992); 'Raleigh et ai. (1990); "Roman et ai. (1 995); e 'Sabo et ai. (1989). ) 30 M Burns Marianne Chulay, Suzanne . ximado em que poderão . - eríodo de tempo apro . ão do paciente. uma prev1sao ~o iormações a respeito da ~odnd1~a escoltá-los a receber novas m d equipe de sau e p membro a Apresente outro . uma área de espera apropnada. EXAME FfSICO DE ADMISSÃO ANAMNESEE , . admissão determinam as con- A anamnese e o exame_ f1s1co ?~s iniciais, de modo que futuras <lições fisiológicas e ps1coss:,iadas a elas para determinar se o mudanças possam ser ~omihorando ou piorando. A anamne~e estado do paciente esta _m~ bém definem o estado de sau- e o exame físico de adrmssaodtam ·nando os problemas ou as . ré ento eterm1 . -de do paciente p -ev ' tado durante a mtemaçao, d m afetar seu es . . d d limitações que po e f turos para a contmmda e o 'ais problemas u . bem como potenc1 tado nesta seção consiste em um cuidado. O conteúdo apres:~idades e determinar a extensão_do modelo para detectar anoi:m hados anormais ou alteraçoes • t Quaisquer ac d dano para o pac1en e. r ção mais aprofunda a da condição inicial requerem uma ava ia do sistema pertinente. f' . de admissão incluem a histó-e O exame 1s1co A a~amnese história social do paciente e um exame ria de saude, u~a breve o. Essa avaliação de admissão do físico de cada sistema do cori: 1·aço-es de admissão para pa-. , · , emelhante as ava 1 ~:~;:t:~n~~~:deosnão crítico. Esta seção descre_ve apenas pectos da avaliação q_ute sã;ee::::~sõ~:~~:c:~~::u::adas do crítico ou que necess1 am . - 't'co O pro- . de um paciente nao cn 1 . que aquelas obtidas no caso . 'f; b l l 6 e 1 7 cesso completo de avaliação está resurmdo a e _as -~dic~~ As mudanças demográficas da terapia mte~s1_va 1 uma proporção crescente de pacientes idosos, _exigindo qu: as avaliações incorporem os efeitos do en~elheciment_o. Em ora a avaliação do idoso não seja significativamente diferente da avaliação do adulto, é importante que se com~reen~a como o envelhecimento altera o estado fisiológico e psi_cológico d_o pa- ciente. As principais alterações fisiológicas pertinentes ~o idoso em estado crítico estão resumidas na Tabela l.8. Tambem deve ser dada ênfase adicional aos antecedentes de saúde pregressos, já que o idoso frequentemente apresenta múltiplas como~b!da- des e está em uso de diversos medicamentos sob prescnçao e de uso livre. Os antecedentes sociais devem abordar questões relacionadas com o ambiente domiciliar, os sistemas de apoio e a independência funcional. A interpretação dos achados clínicos em idosos também deve levar em consideração a coexistência de diversas doenças e a diminuição das reservas da maioria dos sistemas do corpo, que muitas vezes resulta na deterioração fi- siológica mais rápida do que a que ocorre em adultos jovens. Antecedentes de saúde Além do evento principal que trouxe o paciente ao hospital, é importante determinar condições de saúde e cirúrgicas prévias, internações, medicamentos e sintomas (ver Tab. 1.7). Ao revisar os medicamentos em uso, não se esqueça de verificar os medica- mentos de uso livre, bem como todos os suplementos fitoterá- TABELA 1.6 RES ADMISSÃO E ANAMNESE E EXAME FfSICO DE LIMO DOS REQUISITOS D , d pregressa , . História de sau e , d'mentos cirurg1cos . - de saude, proce i • Cond1çoes . acionais • Distúrbios psiquiátricos/em . , . • Internações . d uso livre, drogas ilícitas) e horário da ultima • Medicamentos (presentas, e dose administrada • Alergias . do corpo (ver Tab. 1. 7) • Avaliação dos sistemas História social • Idade, sexo • Etnia • Altura, peso • Nível de escolaridade • Ocupação • Estado civil . 1 t as pessoas importantes • Familiares mais próximos ou r • Religião d • e procuração permanente de cuidados de • Diretivas antecipadas de vonta e saúde • Vícios (álcool, drogas, cafeína, tabaco) . • Casos de violência doméstica ou adulto indefeso Avaliação psicossocial • Comunicação geral • Modos de enfrentamento • Ansiedade e estresse • Expectativas da unidade de terapia intensiva • Preocupações atuais • Necessidades da família Espiritualidade • Fé/crença espiritual • Práticas de cura Exame físico • Sistema nervoso • Sistema cardiovascular • Sistema respiratório • Sistema renal • Sistema digestório • Sistemas endócrino, hematológico e imune • Sistema tegumentar • N. de R.T.: Diretiva antecipada de vontade, ou testamento vital, é uma declaração feita por um adulto mentalmente competente, na qual ele esclarece como desejaria ser tratado em uma situação futura. Ainda não existe no Brasil. picos ou alternativos. Para cada sintoma encontrado, devem ser realizadas perguntas adicionais para explorar as características desse sintoma (Tab. 1.9). Antecedentes sociaisQuestione por uso e abuso de cafeína, álcool, tabaco e outras substâncias. Uma vez que o uso desses agentes pode ter impli- cações importantes para o paciente crítico, as perguntas visam determinar a frequência, a quantidade e a duração do uso. No entanto, pode não ser possível obter informações honestas a TABELA 1.7 QUESTÕES PROPOSTAS PARA A REVISÃO DA HISTÓRIA PREGRESSA, CATEGORIZADAS POR SISTEMA CORPORAL Sistema Corporal Questões Nervoso Cardiovascular Respiratório Renal Gastrintestinal Tegumentar Endócrino Hematológico Imune Psicossocial Espiritual • Você já apresentou convulsão alguma vez? • Você já desmaiou, desfaleceu ou teve delirium tremens (DTs)? • Você já teve dormência, formigamento ou fraqueza em qualquer parte do corpo? • Você tem alguma dificuldade de audição, visão ou fala? • Você teve alteração nas suas atividades diárias devido a sua condição atual? • Você necessita de algum dispositivo de apoio, como muletas? • Você já teve algum problema cardíaco ou doenças como ataque cardíaco ou derrame cerebral? • Você tem algum problema de cansaço extremo? • Você apresenta um ritmo cardíaco irregular? • Você tem pressão alta? • Você tem um marca-passo ou desfibrilador implantado? • Você já sentiu falta de ar? • Você apresenta alguma dor associada com a respiração? • Você tem tosse persistente? Com secreção? • Você já ficou exposto a algum agente ambiental que pode afetar os pulmões? • Você apresenta apneia do sono? • Você teve alguma mudança na frequência de micção? • Você apresenta ardência, dor, corrimento ou dificuldade ao urinar? • Você observou sangue em sua urina? • Você teve alguma perda ou ganho de peso recentemente? • Você apresentou alguma mudança no apetite? • Você apresentou náuseas ou vômitos? • Com que frequência você evacua? Essa frequência mudou recentemente? Você observou sangue nas fezes? • Você usa prótese dentária (dentadura)? • Você tem alguma alergia alimentar? • Você sofre de algum problema na pele? • Você apresentou algum sangramento? • Você tem infecções crônicas? • Você teve alguma doença contagiosa recentemente? • Você tem alguma restrição física que torna difícil a comunicação (perda auditiva, distúrbios visuais, barreiras de linguagem, etc.)? • Como você aprende melhor? Você precisa que as informações sejam repetidas várias vezes e/ou necessita de informações antes das aulas? • Como você lida com estresse, crises ou dor? • Quem são as pessoas importantes para você de sua "família" ou conhecidos? Quem você quer que tome as decisões por você ou para você? • Você já teve alguma experiência anterior com doença grave? • Você já sofreu algum tipo de abuso? • Alguma vez você já experimentou problemas com ansiedade, irritabilidade, confusão mental, alterações de humor ou tentativas de suicídio? • Quais as práticas culturais, as Influências religiosas e os valores importantes para a família? • Quais as percepções e as expectativas dos membros de sua família a respeito da equipe de cuidados intensivos e da UTI? • Qual a sua fé ou a sua preferência espiritual? • Que práticas o ajudam a se curar ou lidar com o estresse? • Você gostaria de ver um capelão, padre ou outro profissional semelhante? Fundamentos de Enfermagem em Cuidados Críticos da AACN 31 respeito do abuso de álcool e outras substâncias. Familiares ou amigos podem fornecer informações adicionais para a avaliação desses parâmetros. Muitas vezes, as informações obtidas duran- te a avaliação social podem ser verificadas no exame físico, pela análise da presença de sinais ou sintomas como marcas de pica- das de agulha, marcas de nicotina nos dentes e dedos ou o cheiro de álcool na respiração. Exame físico O exame físico é detalhado nesta seção, ordenado por sistemas e apresentando-os conforme direção cefalocaudal. Embora o con- teúdo seja apresentado por sistemas, em geral, as questões da história são integradas ao exame físico. A seção de exame físico utiliza as técnicas de inspeção, ausculta e palpação. Embora a percussão seja uma técnica comum no exame físico, é poucas vezes utilizada em pacientes críticos. Em geral, a avaliação da dor é associada a cada sistema do corpo, em vez de ser considerada como uma entidade isolada. Por exemplo, se o paciente tem dor torácica, a avaliação e o re- gistro da dor são incorporados à avaliação cardiovascular. Em vez de apresentar as questões relacionadas à avaliação geral da dor repetidamente na avaliação de cada sistema, os aspectos re- ferentes à tal avaliação são apresentados nesse momento. A dor e o desconforto são os indícios que alertam tanto o paciente quanto o enfermeiro de terapia intensiva de que algo está errado e precisa de atenção imediata. A avaliação da dor inclui a diferenciação da dor aguda e da dor crônica, determi- nando os sintomas fisiológicos relacionados e investigando as percepções do paciente e as reações emocionais à dor. Explore os atributos e as características da dor, utilizando as questões listadas na Tabela 1.9. A avaliação da dor é muito subjetiva, e os profissionais de terapia intensiva algumas vezes aplicam seus próprios valores quando tentam avaliar a dor do paciente. Para resolver esse dilema, utilize, sempre que possível, as palavras do próprio paciente e suas descrições da dor; para avaliar os níveis de dor de forma objetiva e consistente, empregue uma escala de dor da preferência do paciente (ver Cap. 6, Manejo da Dor, Sedação e Bloqueio Neuromuscular). Sistema nervoso O sistema nervoso é o computador "central" de todos os siste- mas; divide-se em sistemas nervoso central e periférico. Com exceção dos nervos cranianos do sistema nervoso periférico, quase toda a atenção do paciente crítico está voltada à avalia- ção do sistema nervoso central (SNC). Muitas vezes, o impacto fisiológico e psicológico da doença grave e das intervenções far- macológicas altera o funcionamento do SNC. O indicador mais importante do funcionamento cerebral é o nível de consciência; avaliado no paciente crítico pela Escala de Coma de Glasgow (ver Cap. 12, Sistema Neurológico). Avalie tamanho, forma, simetria e reatividade à luz direta das pupilas. Ao interpretar a implicação do tamanho alterado da pupila, lembre-se de que alguns medicamentos podem afetar seu tamanho, como a morfina ou a atropina. A avaliação inicial da pupila é importante, mesmo em pacientes sem diagnóstico neurológico, já que algumas pessoas apresentam pupilas desi- 32 Marianne Chulay, Suzanne M. Burns TABELA 1.8 EFEITOS FISIOLÓGICOS DO ENVELHECIMENTO Sistema corporal . . ·ção de tônus e força muscular, - motora diminui 'bTd d Efeitos ão na coordenaçao . , -es aumento da sens1 11 a e a . - . - erda da memória de curto prazo, alte:~dade de sintetizar novas i~for~aço , Nervoso Déficit de aud1ç~o e ~1sao~~lmulos verbais e motores, m~nor_c~pdlminuição do nfvel de consc1ênc1a . ção com consequente diminuição do respos:;~: t:;;e~atura e sedação (confusão ou cardfacas, diminuição do vol~~;ii~;J~ dos pulsos periféricos alte~a~ - os efeitos da aterosclerose em vaso~ e á dia aumento no trabalho cardfaco, 'dual redução na eficácia da tosse, cardiovascular Respiratório Potenc1ahzaça? n . . ão da complacência do m1oc r , . d ·tal aumento do volume res1 , débito card1aco, dim1nu1ç . 'd d diminuição da capac1da e v1 , ed - da complacência e da elast1c1 a e, •. R d~~ºu·iça·o da resposta à hipercapnia d . co de desequilíbrio hidroeletrohtico . hepát'ico aumento do risco de alteração Renal 1mm I umento o ris . - d etabol1smo ' Diminuição da taxa de filtração ~l~me~ ~r, ão da mobilidade intestinal, diminu1çao o m Gastrintestinal Aumento de problemas de dent1çao, d1mmu1ç . - t dos anticorpos e imunidade celular do estado nutricional . . b' da t·1reoide e anemia; diminu1çao da respos a Endócrino, hematológico e imune Tegumentar Diversos Psicossocial . . d d'abetes d1stur 10s Aumento da inc1dênc1a e i , . . . - da elasticidadet mas d1mmu1çao . Ira ilidade capilar e de hema o , . ·culações e extremidades . . . Diminuição do turgor da pele, aument~ ~a . g d' . ·ção da amplitude de movimento de a~1 . d de transtornos de défic1t cogmt1vo, Alteração farmacocinética e farmacodmam1ca, 1m1nud1 aumento da incidência de depressao e ans1e a , . d - de sono fragmenta o, Dificuldades para dormir e pa rao dificuldades com mudanças TABElA 1.9 IDENTIFICAÇÃO DAS CARACTERISTICAS DOS SINTOMAS Característica Início Localização Frequência Qualidade Intensidade Quantidade Ambiente Achados associados Fatores agravantes e atenuantes Exemplos de perguntas Como e em que circunstâncias o sintoma começ?u; O início foi súbito ou gradual? O sintoma progrediu. Onde ocorre o sintoma? Está sempre no mesmo lugar, irradia ou se move? Com que frequência ocorre o sintoma? É fastidioso, agudo, em queimação, latejante, etc.? Quantifique a dor em uma escala (numérica, descrição em palavras, escala de faces, escala de FLACCí Quanto tempo faz que você tem o sintoma? Quando o sintoma ocorre, normalmente o que você está fazendo? Existem outros sinais e sintomas que ocorrem quando ele aparece? 0 que faz com que O sintoma piore? E melhore? • N. de R.T.: Escala de FlACC- Faces, Legs, Activity, Crye Consolability- escala para medir dor em crianças. guais ou normalmente não reativas. Se não forem checadas na avaliação inicial, uma eventual verificação posterior durante um evento agudo poderia, inadvertidamente, atribuir as anormalida- des das pupilas a um evento fisiopatológico. A avaliação do nível de consciência e das pupilas é acom- panhada pela avaliação da função muscular dos membros supe- riores e inferiores, analisando a simetria e a qualidade da força. Os testes tradicionais de força muscular incluem solicitar ao pa- ciente que aperte as mãos do enfermeiro e realize flexão plantar e dorsal do pé. Se o paciente não puder seguir os comandos, pode ser inferida uma estimativa da força e da qualidade dos movimentos pela observação da movimentação do paciente no leito. Se ele não apresentar qualquer movimento voluntário ou não estiver respondendo, cheque o reflexo de vômito e o sinal de Babinski. 'ta de traumatismo craniano, nça ou suspe1 . Se houver prese d líquido ao redor do nanz . . d xtravasamento e verifique sma1s e e . tr l1'quido cerebrospinal e san- d. nciando en e ou das orelhas, 1 ere ló . o) A avaliação completa 12 Sistema Neuro gic · gue (ver Cap. , , . sti'ficada· realiza-se a ava-. aramente e JU ' dos nervos cramanos r 'fi amente relacionados à lesão ianos espec1 1c liação de nerv~s ~ran l os movimentos extraoculares ou a um diagnostico. P~r exemp o,acientes com trauma facial. O são rotineiran_ialencteo:::~~a:: :::: :adrão de referência para lesões exame senson . · d l medulares, trauma de extremidades e analge~ia ep1 ura . ai Trata-se de um bom momento para aval~ar o e!tado ment - ' se o paciente estiver respondendo. Avalie a onentaçao em relaçao a pessoa, tempo e lugar. Pergunte ao paciente se ele compreende o que está acontecendo. À medida que faz as pergunta~, observe se há contato visual, diálogo sob pressão ou mudez e ntm~ da fala. Em geral, o ritmo da fala é consistente com o estado ps1co~ot~r do paciente. Prejuízos cognitivos subjacentes, tais como demencia e atrasos de desenvolvimento, são geralmente agravados durante a doença crítica devido a alterações fisiológicas, medicamentos _e mudanças ambientais. Pode ser necessário verificar com os fami- liares qual era a capacidade funcional inicial do paciente. Os dados laboratoriais pertinentes ao sistema nervoso in- cluem eletrólitos séricos e urinários, osmolaridade e densidade da urina. A análise toxicológica para verificação do consumo de drogas e álcool pode ser útil para excluir possíveis fontes de alteração no nível de consciência. Se o paciente tiver um dispositivo de monitoramento da pressão intracraniana (PIC), observe o tipo de dispositivo (p. ex., ventriculostornia, epidu- ral, subdural) e analise a pressão inicial e a forma de onda. Confirme todos os dados de diagnóstico e informações do sis- tema de monitoramento para determinar se uma intervenção imediata se justifica. Sistema cardiovascular A avaliação do sistema cardiovascular é direcionada ao exame da perfusão central e periférica. Revalide o exame físico inicial de admissão da pressão arterial, frequência cardíaca e ritmo. Avalie o ECG buscando por anormalidades na onda Te mudan- ças no segmento ST e determine os intervalos PR, QRS e QT e as mensurações do QTc. Observe quaisquer anormalidades ou indicativos de lesão miocárdica, problemas de condução elétri- ca e desequilíbrio eletrolítico. Analise a pressão de pulso. Se as decisões de tratamento serão baseadas na pressão do manguito, a pressão arterial deve ser avaliada em ambos os braços. Se hou- ver uma linha de pressão arterial, compare a pressão arterial da linha com a do manguito. Em quaisquer casos, se houver uma diferença de l O a 15 mmHg, deve-se decidir qual a pressão mais exata que deve ser seguida nas futuras decisões de tratamento. Se um método diferente é usado de forma inconsistente, as alte- rações da pressão arterial podem ser indevidamente atribuídas a alterações fisiológicas, em vez de a diferenças anatômicas. Observe a cor e a temperatura da pele, com ênfase parti- cular para os lábios, as membranas mucosas e as extremidades distais. Avalie também a cor das unhas e o enchimento capilar. Verifique se há edema, principalmente nas regiões dependentes do corpo, como pés, tornozelos e sacro. Em caso positivo, avalie sua qualidade, usando uma escala de O a +4 (Tab. 1.1 O). Ausculte os ruídos cardíacos para avaliar a qualidade, a in- tensidade e a altura de B 1 e B2 e detectar a presença de ruídos extracardíacos, como sopros, estalidos e atritos. Ouça um som de cada vez, analisando os ruídos em cada ponto-chave anatô- mico do coração. Observe se há qualquer alteração relacionada à respiração ou ao posicionamento do paciente. Palpe a amplitude e a qualidade dos pulsos periféricos, usando a escala de O a +4 (Tab. 1.11 ). Verifique todos os pulsos simultaneamente, com exceção do carotídeo, comparando cada pulso com o contralateral. Se o pulso for difícil de palpar, deve ser utilizado um aparelho de ultrassom (Doppler). Para facilitar a detecção de um pulso fraco nas avaliações subsequentes, mar- que sua localização com uma caneta de tinta indelével. Também é útil comparar a qualidade dos pulsos com o ECG, a fim de avaliar a perfusão dos batimentos cardíacos. Os exames laboratoriais comuns para detectar anormalida- des do sistema cardiovascular são eletrólitos, hemograma com contagem de plaquetas, estudos da coagulação e perfil lipídi- TABELA 1.10 ESCAI.A DE AVALIAÇÃO DO EDEMA Após a aplicação e a remoção de pressão digital firme contra o tecido, o edema é avaliado por uma das seguintes respostas: • O Nenhuma depressão no tecido • + 1 Pequena depressão no tecido, que desaparece em menos de 1 segundo • +2 Depressão no tecido desaparece em menos de 1 a 2 segundos • +3 Depressão no tecido desaparece em menos de 2 a 3 segundos • +4 Depressão no tecido desaparece em mais de 4 segundos TABELA 1.11 ESCALA DE AVALIAÇÃO DO PULSO PERIFÉRICO • O Ausência de pulso palpável • + 1 Pulso palpável, mas filiforme; facilmente ocluído com uma pressão leve • +2 Pulso normal; não pode ser ocluido com uma pressão leve • +3 Pulso forte • +4 Pulso forte e bem delimitado Fundamentos de Enfermagem em Cuidados Críticos da AACN 33 co. O exame dos níveis de enzimas cardíacas (CPK, CK-MB, T60, T6p, troponina, peptídeo natriurético tipo ~) é realizado em caso de qualquer queixa de dor torácica ou suspeita de trau- ma torácico. Os níveis de substâncias comumente usadas como medicamentos cardiovasculares, tais como a digoxina, podem justificar alguns tipos de arritmias. Em geral, um ECG de 12 derivações é realizado em todos os pacientes,conforme o mo- tivo principal da admissão (p. ex., queixas de dor torácica, ir- regularidades no ritmo ou suspeita de contusão miocárdica de- corrente do trauma) ou como base para uma futura comparação, se necessário. Observe o tipo, o tamanho e a localização dos cateteres IV e verifique sua permeabilidade. Se forem administrados medicamentos antiarrítmicos ou vasopressores em infusão con- tínua, garanta que estão sendo infundidos em uma veia de cali- bre adequado e que são compatíveis com qualquer solução IV secundária. Verifique se todos os sistemas de ·alarme dos parâmetros de monitoração estão ativos e ajustados com limites apropria- dos. Observe o tamanho e a localização das linhas de moni- toração invasiva, como os cateteres arterial, venoso central e da artéria pulmonar (AP). Verifique se o soro de manutenção do cateter está correto e se o pressurizador está com a pressão adequada para manutenção do cateter. Nivele a linha invasiva a 30º para zerar o monitor, se necessário. Para cateteres da arté- ria pulmonar, observe o tamanho do introdutor e a localização (em cm) do ponto que indica onde o cateter deixa o introdutor. Interprete as leituras de pressão hemodinâmica, comparando com os valores normais e em relação à fisiopatologia subjacen- te do paciente. Avalie as formas de onda para determinar sua qualidade (p. ex., amortecida ou hiperfonéticas) e se essa for- ma corresponde às características esperadas para o posiciona- mento anatômico do cateter invasivo (ver Cap. 4, Monitoração Hemodinâmica). Por exemplo, a forma de onda do ventrículo direito para uma linha de pressão venosa central indica um pro- blema com a posição do cateter venoso central que precisa ser corrigido. Se o cateter da artéria pulmonar tem capacidade de monitoração contínua da saturação venosa mista de oxigênio (SvO2) ou dados contínuos do débito cardíaco, esses números também são avaliados em associação com os dados de sinais vitais e qualquer concorrente farmacológico e/ou infusões de volume. Sistema respiratório A oxigenação e a ventilação são o foco central dos parâmetros de avaliação respiratória. Reavalie a frequência e o ritmo respira- tório, bem como a simetria dos movimentos da parede torácica. Se o paciente tem uma tosse produtiva ou se são aspiradas secre- ções por uma via aérea artificial, observe a cor, a consistência e a quantidade dessas secreções. Avalie se a traqueia está em posi- ção mediana ou deslocada. Inspecione a forma, o diâmetro ante- roposterior e as deformidades estruturais (p. ex., cifose ou esco- liose) da caixa torácica. Palpe para avaliar se a excursão torácica é simétrica, para verificar a presença de crepitação e quaisquer áreas de sensibilidade ou fratura. Se o paciente estiver recebendo oxigênio, verifique o tipo de dispositivo e cheque a porcentagem de oxigênio com a prescrita pelo médico. 34 Marianne Chulay, Suzanne M. Burns Ausculte todos os lobos, anterior e posteriormente, a fim de avaliar a presença de ruídos respiratórios bilateralme~~e e • t d ar e ruídos advent1c10s, detectar a presença de mov1men os e . como sibilos ou crepitações. Observeª qualidade eª pro~und'.- dade da respiração e o comprimento e a altura das fases msp1- ratória e expiratória. . . A gasometria arterial (GA) é, muitas vezes, ut1hzad~ c~~o teste diagnóstico para avaliar a oxigenação, o estado ventilatono e O equihbrio ácido-base. É interpretado o impacto dos valo- res de hemoglobina e hematócrito na oxigenação e no estado acidobásico. Se a condição do paciente justificar, os valores de saturação de oxigênio podem ser monitorados continuamente por meio da conexão a um monitor não invasivo de saturação de oxigênio ou de um aparelho de monitoração da SvO2por cateter na artéria pulmonar. Se o paciente estiver intubado, observe o tamanho do tubo e registre a marcação de tamanho em centímetros nos dentes ou nas narinas para auxiliar futuras comparações e ma- nutenção correta. Se o paciente estiver conectado a um ven- tilador mecânico, verifique o modo de ventilação, o volume corrente, a frequência respiratória, a pressão expiratória final positiva (PEEP) e a porcentagem de oxigênio e compare com as configurações prescritas. Observe se o paciente apresenta respiração espontânea, verificando tanto a frequência quan- to o volume corrente médio de cada respiração. Verifique a quantidade de pressão necessária para ventilar o paciente, a fim de possibilitar comparações posteriores e determinar as altera?õe~ da complacência pulmonar. Se estiver disponível, a avahaçao da evolução do CO2 ao final da expiração é inte- grada ao quadro respiratório e comparada com a gasometria arterial. Se o paciente estiver com drenos torácicos, avalie a área ao redor _do local de inserção buscando por crepitações. Observe a quant1~ade e a cor do conteúdo drenado e se há vazamento de ~ .,Venfique se o sistema de drenagem torácica está sob o selo d agua ou conectado à sucção. Sistema renal As características urinárias e o estado eletrolítico sa-o . cipais • · • os pnn-parametros ut1hzados para avaliar a função d . conjunt · os nns. Em . o co~ o sistema cardiovascular, também é avali d impacto d? s'.stema re~al na condição do volume de fluido: o o A ma1ona dos pacientes críticos ossui . para avaliar o débito urinário a c d p um cateter de Foley serve a quantidade e a cor da . a sª uma ou duas horas. Ob- urma. e necessário lh amostra para avaliar a presença anormal d li ' reco a uma sangue. Inspecione os órgãos gen·t . ti e g cose, proteínas e - 1 ais a im de detect . fl çao, edema, úlceras e secreções. Se tubos su , . ar m ama- ureterostomia estiverem presentes b prapub1cos ou uma . ' o serve sua posiçã b como a quantidade e as característic d o, em há - as a secreção Ob secreçao ao redor de algum dreno. . serve se Além do exame de urina, outros exames d. . mumente utilizados para avaliar a f - ~agnósticos co-. unçao renal sao O , . ncos de eletrólitos, ureia nitrogenad . . s Dive1s sé- sérica e urinária. a, creatmma e osmolaridade Sistema gastrintestinal Os principais fatores relacionados à função do sistema . . . 1 d fl .d gastnn. testinal são o e~tado ~utnc~ona el e b UI os. Inspecione o ab. dome para anahsar a s1metna gera , o servando se O cont . d. d.d omo é Plano, redondo, proemmente ou isten I o. Verifique a . 0 d . . presen. Ça de manchas ou estnas. esta o nutncional é avaliad • A analisar O peso do paciente e seu tonus muscular a cond· _ ' içao da mucosa oral e os resultados dos exames laboratoriais tais . ' corno albumina e transfemna. A ausculta dos ruídos intestinais deve ser feita em tod .d h , . b os os quatro quadrantes, em senti o orar10, o servando a fre • • . d 'd O quen-cia e a presença ou ~usencia e rui os. s ruídos intestinais são geralmente classificados como ausentes, hipoativos . , nor- mais ou hiperativos. Antes de classificar como um ruído au- sente, o quadrante deve ser analisado por ao menos 60 a 90 segundos. Anote as características e a frequência dos ruídos. Depois de auscultar buscando pela presença de ruídos normais determine se existe algum ruído adventício, como atritos d~ fricção, sopros ou frêmitos. A palpação leve do abdome ajuda a localizar áreas de sen- sibilidade, dor e defesa ou recuo por sensibilidade. Lembre-se de auscultar antes de palpar, já que a palpação pode alterar a frequência e a natureza dos sons peristálticos do paciente. Avalie a localização e o funcionamento de todos os drenas e t~bém as características de qualquer secreção. Confira O posi- c10namento adequado da sonda nasogástrica (SNG) e verifique o pH e a presença de sangue oculto nas secreções dessa son- da. Confira se há sangue oculto em vômitos e fezes conforme 0 caso. Aval!e a localização, a cor do estoma e o tipo de secreção das ostoffilas. Sistemas endócrino, hematológico e imune Muitas vezes os sistema d , . h , . . . , s en ocnno, ematolog1co e imune são ign~ra~os n~ _avaliação de pacientes críticos.Os parâmetros de avahaçao utilizados p · , d . ara examma-los estão incluídos no exame e outros sistemas· e t t . , n re anto, ao rever esses parâmetros e im- portante considerar d d . ' 1. _ d . ' e mo o consciente, esses sistemas. A ava-iaçao os sistemas e dó · n ermo, hematológico e imune baseia-se em uma profunda co -dos ho • . mpreensao da função primária de cada um rmomos célul d cada u d ' . as O sangue ou componentes imunes de m o_s respecttvos sistemas. A avahação das f -tema e dó . unçoes específicas dos hormônios do sis- n ermo é um de fi .á . . relacionad . sa 10, J que multo da sintomatologia a com a h1po h" tar relac1·0 d ou ipersecreção de hormônios pode es-na a a alteraçõ . paciente pod . es em outros sistemas. A anarnnese do e aJudar a d·~ · . tado anormal I erenciar a ongem, mas qualquer resul- ca, na alteraçã encont,radº no balanço hídrico, na taxa metabóli- o no mvel de co · • · d pele, nos eletrólito . nsciencia, na cor e temperatura a que o enferme· ds, na ghcose e no equilíbrio ácido-base requer iro e terap· · · volvimento do . ia Intensiva considere o potencial en- . sistema endó . smtomas da hip 1 . ermo. Por exemplo, os sinais e os d, ervo e mia esc 1 . iaca ou a quantidad ªº. re ac10nados à insuficiência car- Podem ser neces , . es excessivas de hormônio antidiurético? v . , . sanos exames d , eis sencos de h • . e sangue para dosagem dos m- m ormomos esp 'fi . ento do sistem , . eci tcos para descartar o envolvi- a endocnno. A avaliação de parâmetros específicos relacionados ao sis- tema hematológico inclui avaliação laboratorial dos glóbulos vermelhos e estudos de coagulação. A redução na quantidade de hemácias pode afetar a capacidade de transporte de oxigênio no sangue, evidenciada por palidez, cianose, tonturas, taquipneia e taquicardia. A disfunção dos fatores de coagulação é eviden- ciada por hematomas, extravasamento de sangue de locais de punção ou membranas mucosas ou sangramento ostensivo. A principal função do sistema imune é combater infecções. Tal função é testada por meio de hemograma completo com contagem de plaquetas e avaliação de locais de punção e mem- branas mucosas buscando por secreção de exsudatos e áreas hi- peremiadas e inflamadas. Picos de temperatura ou temperatura persistentemente reduzida muitas vezes são sinais indicativos de infecção subjacente. Contudo, é importante ter em mente que muitos pacientes críticos têm comprometimento do siste- ma imune; assim, as respostas esperadas durante uma infecção, como a presença de secreção purulenta ao redor de um local de inserção, podem não ocorrer. Sistema tegumentar A pele é a primeira linha de defesa contra a infecção. Assim, os parâmetros de avaliação são focados no exame da integridade da pele. A avaliação da pele pode ser realizada enquanto se exami- nam outros sistemas. Por exemplo, a pele do tórax e do abdome pode ser examinada enquanto se auscultam os ruídos pulmona- res e intestinais, respectivamente. Inspecione a integridade global, a cor, a temperatura e o turgor da pele. Observe a presença de erupções, estrias, man- chas, cicatrizes ou lesões. Repare no tamanho, na profundidade e na presença ou ausência de secreção em quaisquer abrasões, lesões, úlceras de pressão ou feridas. Considere o uso de uma ferramenta de avaliação do risco de integridade da pele para de- terminar as intervenções imediatas que podem ser necessárias para evitar qualquer outro episódio de perda dessa integridade. Avaliação psicossocial As rápidas alterações fisiológicas e psicológicas associadas às doenças críticas, juntamente com os tratamentos farmacológicos e biológicos, podem afetar profundamente o comportamento. Pacientes que sofrem de doenças psicológicas previsíveis po- dem ter a sua recuperação ou a sua vida comprometida caso es- tas não sejam tratadas. Para evitar fazer suposições sobre como um paciente se sente a respeito de seus cuidados, não há alter- nativa além de perguntar diretamente a ele ou a um informante, tais como familiares ou outras pessoas próximas. Comunicação geral Os fatores que afetam a comunicação envolvem cultura, fase de desenvolvimento, condição física, estresse, percepção, déficits neurocognitivos, estado emocional e habilidades de linguagem. O tipo de doença crítica, associado ao uso de farmacoterapias e vias aéreas artificiais, pode interferir nos métodos usuais de comunicação dos pacientes. É essencial determinar os métodos e os estilos de comunicação pré-doença para assegurar melhor Fundamentos de Enfermagem em Cuidados Críticos da AACN 35 comunicação com o paciente crítico e seus familiares. A inca- pacidade de muitos pacientes em estado crítico de se comunicar verbalmente exige que os profissionais de terapia intensiva tor- nem-se especialistas em avaliar pistas não verbais para determi- nar as informações e as necessidades importantes dos pacientes. A avaliação de dados relevantes pode ser feita pela observação de gestos corporais, expressões faciais, movimentos oculares, movimentos involuntários e alterações nos parâmetros fisioló- gicos, particularmente de frequência cardíaca, pressão arterial e frequência respiratória. Muitas vezes, esses comportamentos não verbais podem ser os mais expressivos dos reais sentimen- tos dos pacientes, em especial se negam sintomas e tentam ser "bons" pacientes por não reclamar. Ansiedade e estresse A ansiedade mostra-se desgastante, tanto psicológica quanto fi- siologicamente. Estar em um estado de excitação prolongado é um trabalho árduo e esgota as reservas adaptativas necessárias para a recuperação. O ambiente de terapia intensiva está repleto de estímulos auditivos e táteis constantes, estressantes, que po- dem contribuir para um nível maior de ansiedade no paciente. A situação de terapia intensiva pode forçar o isolamento de fontes de apoio social, a dependência, a perda de controle, a confiança em prestadores de cuidados desconhecidos, a impotência e a in- capacidade para resolver ou enfrentar um problema. Inquietação, distração, hiperventilação e exigências irrealistas de atenção são sinais de alerta da progressão da ansiedade. Alguns medicamentos podem induzir a ansiedade, como interferon, corticosteroides, inibidores da enzima conversara da angiotensina e vasopressores. A retirada abrupta de benzodiaze- pínicos, cafeína, nicotina e drogas, bem como acatisia de feno- tiazinas, pode mimetizar um quadro de ansiedade. Outras variá- veis etiológicas podem estar associadas à ansiedade, como dor, perda de sono, delirium, hipoxia, sincronização de ventilador ou desmame, medo da morte, perda de controle, equipamentos de alta tecnologia e um cenário de desumanização. A admissão e repetidas transferências para a unidade de terapia intensiva tam- bém podem induzir a ansiedade. Métodos de enfrentamento Os indivíduos lidam com uma doença crítica de diferentes formas. ? estilo de enfrentamento pré-doença, os traços de personalidade e o temperamento do paciente podem antecipar ~orno _será o modo_ de enfrentamento no ambiente de terapia mtensiva. Ao avahar comportamentos prévios, habilidades de enfr:,ntamento ou mecanismos de defesa que reforçam a adapta~ao ou a resolução de problemas, inclua os familiares do paciente. Alguns pacientes por exemplo querem · " ' , ser 1n1or- mados_ de tudo que está acontecendo com eles na UTI O fornecimento de mformações reduz a ansiedad . · lh - e e proporciona-- es uma sensaçao de controle Outros p . · ac1entes preferem qu outros recebam as informações por eles e t . _ e necessárias. Dar-lhes informações d t lh odmem as dec1soes · d · e a a as só agra ansie ade e duninui sua capacid d d va sua portante compreender o sign1ºfi ade e _enfrentamento. É im- . ica o atnbuído a paciente e pela famt1ia além d o evento pelo ' e entender a finalidade da defesa 36 Marianne Chulay, Suzanne M. Burns ecursos de enfrentamento são de enfrentamento. Será que os r 'dades do paciente t1. fazem as necess1adequados ao evento e sa s e de seus familiares? d conduzir uma breve Esse pode também ser o ~omento ~rituais do paciente e avaliação das crenças e necessidades esp t Os pacientes de- detectar como ajudam em ~eu e;frent~;nu:a fé ou preferên- vem ser, no mínimo, quesuona os se 1: u padre Entretanto, . . . ai desejam ver um cape ao o . eia espmtu e se . ·t de práticas espiri- também devem ser quesuonados a respe1 o d . 1h - . portantes para etermi-tuais e culturais de cura que es sao im ' . d t Prát1·cas podem eventualmente ser manadas uran e nar se essas sua estada na UTI. d Os pacientes expressam seus estilos de enfrentamen_to e diversas fonnas. Algumas pessoas apresentam personah~ade ou cultura estoica; costumam apresentar-se como o paciente "bom". Investigue comportamentos relacionados a n_ã~ querer "incomodar" os funcionários ocupados ou não admtt1r a pre- sença de dor aos familiares ou outros que estão nas proximida- des. Alguns pacientes expressam sua ansiedade e estresse por meio de "comportamentos" de manipulação. Os prestadores de cuidados intensivos devem compreender que impulsividade, decepção, baixa tolerância à frustração, insegurança, simpatia superficial, brigas entre cuidadores e recusa em seguir regras ou limites gerais por parte de pacientes e familiares são modos de interagir e enfrentar, são tentativas de se sentir seguro. Outros pacientes podem, ainda, interromper o uso ou solicitar sedativos ou medicamentos para dormir, a fim de diminuir o estresse e os estímulos do ambiente. O medo tem uma origem identificável e um papel impor- tante na capacidade de enfrentamento do paciente. Os objetos comuns do medo envolvem tratamentos, procedimentos, dor e separação. O processo de morrer provoca medos específicos, como medo do desconhecido, solidão, perda do corpo, perda de autocontrole, sofrimento, dor, perda de identidade e perda de todos os entes queridos pelo paciente. A farm1ia, assim como o paciente, vivenda o processo de luto, que inclui fases de nega- ção, choque, raiva, barganha, depressão e aceitação. Necessidades da família Atualmente, o conceito de família não é simples; estende-se além do núcleo familiar e inclui qualquer pessoa amada, que proporcione apoio, independentemente das fronteiras sociais e legais. Em condições ideais, o paciente deve ser questionado sob~e quem identifica como sendo da fami1ia, quem deve rece- ber mformações a respeito de seu estado e quem deve tomar as d_ecisões por ele, caso se tome incapaz de tomar decisões por s1 mesmo. Esse ta~bém pode ser um momento oportuno para perguntar _se o _paciente tem uma diretiva antecipada de vonta- de ou se d1scutm seus desejos com qualquer familiar ou ami Os profissionais de terapia intensiva precisam ser flexíveis go. 1 - 1· . 1 em re açao aos imites egais ou de tradições a respeito de "p _ t 6 . " d d . aren es _P~ x1mos , e mo o que as mformações sejam estendidas e solicitadas a pessoas designadas a tomarem decisões, indepen- dentemente d_e quem o paciente eleja. As fa~ílias podem ter um impacto positivo na capacida- de dos pac1ent_es de enfrentar e de se recuperar de uma doença grave. Cada sistema familiar é único e varia de acordo com l religião, experiências prévias com crises, ní- ultura va ores, . 16 . c '. Amico integridade ps1co g1ca, expectativas a e! soc10econo , . _ v . d função, padrões de comumcaçao, crenças e respeito e sua 'd d . E' . rtante avaliar as necess1 a es e os recursos da idades. 1mpo - · - • • . . mover intervençoes que trao otimizar O im-famíha para pro . _ d f 'l 'a no paciente e suas mteraçoes com a equipe pacto a ami 1 . 'd O pontos de avaliação das necessidades da família de sau e. s são apresentados na Tabela 1.5. Orientações a respeito da unidade O s- eiro de terapia intensiva deve ter tempo para informar enierm f .1. . t (se estiver consciente) e seus am1 tares a respeito o pac1en e . _ . do ambiente especializado da UTI. Essa o~entaçao deve mcluir licação simples a respeito dos eqmpamentos utilizados uma exp , . . . - · d . no cuidado do paciente, pohttcas de v1s1taçao, rot~nas a umda- de e como O paciente pode comun~car suas necess1dad~s à equi- pe de saúde. Além disso, a fam11ia deve receber o numero do telefone da unidade e os nomes dos chefes de enf~rmagem, bem como O do enfermeiro que presta cuidados ao paciente, em caso de problemas ou preocupações que surgirem durante o período de permanência na UTI. Encaminhamentos Depois de completar a anamnese e o exame físico de admissão, analise as informações recolhidas para verificar a necessidade de fazer encaminhamentos a outros serviços e prestadores de cuidados de saúde (Tab. 1.12). Garantir a adequada duração da TABELA 1.12 EXEMPLOS DE ENCAMINHAMENTOS POTENCIALMENTE NECESSÁRIOS A PACIENTES CRITICOS Encaminhamento Serviço social Nutrição Terapias Capelanla Enfermagem cuidados com a pele Comltê de ética Recursos necessários • Necessidades financeiras/recursos para o paciente e/ ou familiares • Recursos de enfrentamento para o paciente e/ou familiares • Estado nutricional durante o estado de risco e em caso de necessidade de avaliação nutricional aprofundada • Alterações do estado nutricional na admissão • Fisioterapia para manter ou melhorar a flexibilidade e força muscular • Terapia ocupacional para as órteses de apoio • Fonoaudiologia para a avaliação da capacidade de deglutir ou para as necessidades de comunicação • Orientação espiritual para o paciente e/ou familiares • Recursos de enfrentamento para o paciente e/ou familiares • Avaliação e necessidades do estoma • Necessidades abrangentes de integridade da pele • Decisões envolvendo complexidade ética • Decisões envolvendo divergências a respeito dos cuidados entre os prestadores de cuidados ou entre os preStadores de cuidados e o paciente/familiares • Decisões envolvendo a manutenção ou retirada de tratamentos de suportes de vida abordados nas diretivas de maneira não adequ~da estada e a gestão de recursos é um desafio permanente. Assim, é importante iniciar os encaminhamentos o mais rápido possível para manter a continuidade dos cuidados prestados e evitar o agravamento da condição do paciente. AVALIAÇÃO DA EVOLUÇÃO Depois de concluídos a anamnese e o exame físico de admis- são, todas as avaliações subsequentes são utilizadas para de- terminar tendências, avaliar a resposta aos tratamentos e iden- tificar novos problemas potenciais ou modificações a partir da anamnese e o exame físico de admissão. As avaliações conti- nuadas tomam-se mais concentradas, e sua frequência é deter- minada pela estabilidade do paciente; no entanto, as avaliações periódicas de rotina são obrigatórias. Por exemplo, as avalia- ções continuadas podem ser realizadas com poucos minutos de intervalo em pacientes extremamente instáveis e a cada 2 a 4 horas em pacientes muito estáveis. As avaliações comple- mentares devem ser realizadas em qualquer uma das seguintes situações: • Mudança de plantão • Antes e depois de qualquer intervenção de grande porte, como intubação ou inserção de dreno torácico • Antes e depois de qualquer retirada do paciente da uni- dade de terapia intensiva para procedimentos de diag- nóstico ou outros eventos • Deterioração da condição fisiológica ou mental • Início de qualquer novo tratamento Tal como acontece com a anamnese e o exame físico inicial de admissão, a avaliação da evolução é apresentada como um modelo genérico, que pode ser usado como base para todos os pacientes (Tab. 1.13). Uma avaliação mais aprofundada e o exa- me de parâmetros específicos de algum sistema são adicionados com base no diagnóstico do paciente e nos problemas fisiopa- tológicos. Fundamentos de Enfermagem em Cuidados Críticos da AACN 37 TABELA 1.13 MODELO DE AVALIAÇÃO DA EVOLUÇÃO Sistema corporal Parâmetros avaliados Nervoso • Nível de consciência Cardiovascular Respiratório Renal Gastrintestinal Endócrino,hematológico e imune Tegumentar Dor/desconforto Psicossocial • Pupilas • Força muscular das extremidades • Pressão arterial • Frequência e ritmo cardíaco • Sons cardíacos • Enchimento capilar • Pulsos periféricos • Permeabilidade IV • Verificação de soluções e medicamentos IV • Pressões hemodinâmicas e formatos de ondas • Dados de débito cardíaco • Frequência e ritmo respiratório • Ruídos respiratórios • Cor e quantidade de secreções • Informações tecnológicas não invasivas (p. ex., oximetria de pulso, C02 ao final da expiração) • Parâmetros de mecânica ventilatória • Gasometria arterial e venosa • Balanço hídrico • Cor e quantidade de débito urinário • Valores de ureia/creatinina • Ruídos intestinais • Contorno do abdome • Posição dos drenos • Cor e quantidade de secreções • Valores de bilirrubina e albumina • Equilíbrio hidroeletrolítico • Valores de eletrólitos e glicose • Hemograma com contagem de plaquetas • Temperatura • Leucócitos com contagem diferencial • Cor e temperatura da pele • Integridade da pele • Áreas hiperemiadas • Avaliados em cada sistema • Resposta às intervenções • Estado mental e atitudes comportamentais • Reação à experiência da doença crítica (p. ex., estresse, ansiedade, enfrentamento, humor) • Presença de prejuízos cognitivos (demência, deliriun1} , depressão ou desmotivação • Organização da família e necessidades • Capacidade de comunicar as necessidades e participar na prestação de cuidados • Padrões de sono 38 Marianne Chulay, Suzanne M. Burns BIBLIOGRAFIA SELECIONADA Avaliação em terapia intensiva Alspach JG. AACN Core Curriculum for Criticai Care Nursing. 6th ed. St. Louis, MO: Saunders Elsevier; 2006. . . American Association of Critical-Care Nurses. Adult Cntical Care Assessment Pocket Reference. Aliso Viejo, CA: AACN; 2009. Bickley LS, Szilagyi PG. Bates' Guide to Physical Examin_a~on and History Taking. 9th ed. Philadelphia, PA: Lippincott Wtlbams & Wilkins; 2007. Gorman LM, Sultan DF. Psychosocial Nursing for General Patient Care. Philadelphia, PA: FA Davis Co; 2008. Truman B, Ely EW. Monitoring delirium in critically ili patients: using the confusion assessment method for the intensive care unit. Crit Care Nurse. 2003;23(2):25-32. Prática baseada em evidências American Association of Critical-Care Nurses. Protocols for Prac- tice: Creating a Healing Environment. 2nd ed. Aliso Viejo, CA: AACN;2007. Le k JS Needs of family members after criticai illness· p . s e . . . . • rescnp. tions for intervent1ons. 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