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Prof. Alessandro Santana 1 Unidade 1-3 – Infraestrutura de Transportes / Engenharia de Transportes Mobilidade Urbana / Contextualização • A Lei federal n° 12.587 de Mobilidade Urbana foi aprovada em 3 de janeiro de 2012; • Ela orienta o desenvolvimento das cidades brasileiras em função da forte urbanização; • Há uma tentativa de disciplinar o crescimento desordenado dos centros urbanos; • Essa urbanização descontrolada gerou o colapso das infraestruturas. Mobilidade Urbana • Relaciona-se intrinsicamente ao Desenho Urbano das cidades e está fortemente vinculada ao Planejamento Urbano; • Representa a maneira pela qual a população se locomove ao longo dos espaços urbanos e interfere no bem- estar social de todos os cidadãos. SOCIALECONÔMICO MEIO- AMBIENTE Sustentabilidade • Trata-se do Instrumento de política de desenvolvimento urbano; • Preconiza a Integração entre os diferentes modos de transporte; • Melhoria da acessibilidade de todas as pessoas (inclusão); • Busca também a conciliação com o transporte de cargas nas cidades; • Busca da Gestão democrática do Sistema Nacional de Mobilidade Urbana. Mobilidade Urbana Objetivos da Mobilidade Urbana • Redução das desigualdades e promover a inclusão social; • Acesso das pessoas aos serviços básicos e equipamentos sociais; • Melhoria das condições urbanas de acessibilidade e mobilidade; • Desenvolvimento sustentável com redução dos custos ambientais e socioeconômicos. • Regular permanente o serviço prestado; • Pressão sobre as Concessionárias pela busca permanente de eficiência e produtividade; • Prestação de serviço com qualidade e garantia da satisfação do usuário; • Implantação da mobilidade como uma política nacional em todo território; • Integração plena dos modais de transporte. Conclusões da Mobilidade Urbana Transporte Intermodal • O Transporte Intermodal é caracterizado pela utilização de dois ou mais modais de transporte (marítimo, rodoviário, aéreo e ferroviário) em uma mesma solução Logística. Quando utilizada de forma racional, a intermodalidade pode reduzir os custos Logísticos; • Ele pode ocorrer tanto para carga quanto para passageiros. Integração entre Modais • Operacional • Física • Tarifária Acessibilidade 10 Dinâmica em sala de aula •Quantas pessoas cabem em 1m² ??? 11 Transporte de Passageiros 12 Parâmetros Caracterização da Demanda: Flutuação Temporal; Flutuação Espacial; Nível de Serviço: Veículo de Projeto; Níveis de Ocupação; Análise de Oferta; Redimensionamento da oferta: Intervalo e freqüência de projeto; Número de Viagens no período; Seleção de nível de serviço de projeto; Equilíbrio no número de viagens unidirecionais; Cálculo da frota. Flutuação Temporal 1 2 3 i n h tempo j-1 j tempo Fluxo de passageiros (pass/min) Períodos Típicos Parâmetros Médios Onde: v = fluxo de passageiros da viagem média (pass / min) Pvm = passageiros transportados na viagem genérica (pass) Hj+1 = horário do fim do período típico Hj = horário de início do período típico Pj = passageiros transportados no período j Tj = duração do período j j j jj mj m v v T P HH P m = − = + = 1 1 Parâmetros Unitários Onde: • vj = fluxo de passageiros da viagem média (pass / min) • Pvj = passageiros transportados na viagem média (pass) • hj = intervalo médio entre viagens sucessivas (min) j v v h P j j = Flutuação Espacial Onde: • Ei = passageiros embarcados no ponto i • Di = passageiros desembarcados no ponto i 1 2 k n E1 D1 E2 D2 Ek Dk Ek+1 Dk+1 En Dn k+1 == + −= k i k i ikk DiE 11 1, k,k+1 = ocupação no trecho k, k+1 Flutuação Espacial (cont.) • Ocupação crítica da viagem : c = máx k,k+1 • Renovação de passageiros R = Pv - c • Índice de renovação c vP K = Nível de Serviço • Veículo de Projeto • Níveis de Ocupação Tipo do Veículo Dimensões (m) Capacidade (pass) (*) Comprimento Largura Sentados Em pé total Microônibus 4,75 - 8,50 2,00 - 2,50 10 – 20 0 – 20 10 – 40 Ônibus Convencional “Standard” 9,50 - 11,00 2,50 25 – 40 35 – 50 60 –90 “Padron” 10,50 - 12,00 2,50 30 – 50 50 – 75 80 – 125 Ônibus de Grande Porte “Articulado” 16,00 - 18,00 2,50 40 – 60 100 – 120 140 – 180 “Com reboque” 22,00 2,50 50 – 70 70 – 120 120 – 190 Ônibus Rodoviários 9,50 2,40 - 2,70 30 – 45 - 30 – 45 LT = lotação total LS = lotação sentada LP = lotação em pé = índice de ocupação (LT/LS) LT = LS + LP LP = Densidade x AU LT = LS + (Densidade x AU) Capacidade Estática (CE) Nível de Índice de Ocup ação Densi dade Serviço ocupação (passa geiros) (passageiros em pé por m2) máxima Máxima Mínima Máxima Mínima A 1,00 38 38 - - B 1,25 47 42 1,70 0,75 C 1,50 57 52 3,58 2,64 D 1,75 66 62 5,28 4,53 E 2,00 76 71 7,17 6,23 F 2,25 85 81 8,87 8,11 CE = LT do veículo, De acordo com o Nível de Serviço Adotado => Intervalo de Projeto j v v h P j j = j j v v j P h = c vP K = v cKx h = Frequência de Projeto • F = 60 / h Onde: • F = Frequência (número de veículos por hora) • H = Intervalo (minutos) Tempo de Ciclo (tC) tempo tAB tB tBA tA tC = tAB + tB + tBA + tA espaço tC Cálculo da Frota (N) 1) se duração do pico (tP) > tC N = tC / hp 2) se duração do pico (tP) < tC N = tp / hp + (tC - tp) / hs Capacidade Dinâmica (CD) • CD = CE x F Onde: • CD = Capacidade Dinâmica • CE = Capacidade Estática • F = Freqüência Estudo de Caso • Dimensionamento de uma Frota Ferroviária com Trens Metrô de seis carros (TM6) • 2 Carros A (com cabine) • 4 Carros B (sem cabine) • Capacidade = Lotação • Capacidade Dinâmica • Frota operacional • Frota total 26 Trem Metrô de Seis Carros (TM6) 27 8 7 6 5 4 3 2 1 11 10 9 2 Carros A Líder (com cabine) 4 Carros B não Líder (sem cabine) 28 Carro A / Com cabine Lay-out de um carro de metrô cabine 2,0m 4,5m 4,5m 1,8m 3,6m 22m 2 ,7 m 0 ,5 m 0 ,5 m 1,8m 4,5m 4,5m 1,8m 22m 2 ,7 m 0 ,5 m 0 ,5 m 4,5m 1,8m 1,8m 4,5m 4,5m 1,8m Carro A Líder (com cabine) Carro B não Líder (sem cabine) PASSO 1 – CÁLCULO DA ÁREA ÚTIL 30 Área Total cabine 2,0m 4,5m 4,5m 1,8m 3,6m 22m 2 ,7 m 0 ,5 m 0 ,5 m 1,8m 4,5m 4,5m 1,8m 22m 2 ,7 m 0 ,5 m 0 ,5 m 4,5m 1,8m 1,8m 4,5m 4,5m 1,8m AT = 20 x 2,7 AT = 22 x 2,7 Área Banco = Somatório de Áreas cabine 2,0m 4,5m 4,5m 1,8m 3,6m 22m 2 ,7 m 0 ,5 m 0 ,5 m 1,8m 4,5m 4,5m 1,8m 22m 2 ,7 m 0 ,5 m 0 ,5 m 4,5m 1,8m 1,8m 4,5m 4,5m 1,8m Área Bancos Área Bancos Área Bancos Área Bancos Área Bancos Área Bancos Área Bancos Área Bancos Área Bancos Bancos ÁreaÁrea Bancos 0,65 0,65 0,65 0,65 0,65 0,65 0,65 0,65 0,65 0,65 0,65 0,65 0,65 0,65 0,65 0,65 0,65 0,65 0,65 0,65 0,65 0,65 Área Útil (AU) = Área Total - Área Bancos cabine 2,0m 4,5m 4,5m 1,8m 3,6m 22m 2 ,7 m 0 ,5 m 0 ,5 m 1,8m 4,5m 4,5m 1,8m 22m 2 ,7 m 0 ,5 m 0 ,5 m 4,5m 1,8m 1,8m 4,5m 4,5m 1,8m 0,65 0,65 0,65 0,65 0,65 0,65 0,65 0,65 0,65 0,65 0,65 0,65 0,65 0,65 0,65 0,65 0,65 0,65 0,65 0,65 0,65 0,65 PASSO 2 • Cálculo da Lotação do Trem • Carro a Carro (A–B–B–B–B–A) • A Lotação de cada carro (A e B) nos dará a CAPACIDADE do trem 34 DENSIDADE (Passag. / m2) • A – Todos sentados • B – 1 passag./m2 • C = 2 passag./m2 • D = 4 passag./m2 • E = 6 passag./m2 • F = 8 passag./m2 35 Capacidade / Lotação (Lt = Ls + Lp) • Carro A • LsA = nº assentos • LpA = AU x DENSIDADE • LtA = LsA + LpA • Carro B • LsB = nº assentos • LpB = AU x DENSIDADE • LtB = LsB + LpB 36 CAPACIDADE / LOTAÇÃO DO TREM: • 2 Carros A + 4 Carros B • Lt (TM6) = 2 LtA + 4 LtB Capacidade Dinâmica • Capacidade Dinâmica = Lotação do trem x Frequência • Frequência = número de trens por hora, é calculado pela fórmula: F = 60 / h 37 Tempo de Ciclo (tC) tempo tAB tB tBA tA tC = tAB + tB + tBA + tA espaço tC Cálculo da Frota(N) 1) se duração do pico (tP) > tC N = tC / hp • Frota Reserva + 10% Situação Problema • Considerando a Linha 4 do Metrô do Rio de Janeiro em operação, exclusivamente entre Ipanema/General Osório e Jardim Oceânico, tem se uma demanda diária de 280.000 passageiros • Pelos cálculos de Capacidade, com as condições atuais de frota, velocidade e de intervalo chegou-se a uma capacidade (oferta) 280.000 passageiros • Portanto há um desequilíbrio entre a oferta e a demanda... 40 REFLEXÃO: PARA ESSA SITUAÇÃO, COMO SE PODE AUMENTAR A CAPACIDADE DESSA LINHA DO SISTEMA METROFERROVIÁRIO??? ? 41 Para ir além... • http://www.lacon.uerj.br/novo/i ndex.php/2020/09/22/ocasos- do-metro-carioca-linha-2- gambiarras-e-nao-lugares/ 42 http://www.lacon.uerj.br/novo/index.php/2020/09/22/ocasos-do-metro-carioca-linha-2-gambiarras-e-nao-lugares/ http://www.lacon.uerj.br/novo/index.php/2020/09/22/ocasos-do-metro-carioca-linha-2-gambiarras-e-nao-lugares/ http://www.lacon.uerj.br/novo/index.php/2020/09/22/ocasos-do-metro-carioca-linha-2-gambiarras-e-nao-lugares/ http://www.lacon.uerj.br/novo/index.php/2020/09/22/ocasos-do-metro-carioca-linha-2-gambiarras-e-nao-lugares/ Engenheiro André Augusto Paulo de Frontin • Entre outras obras do Engenheiro Paulo de Frontin, destaca-se a de abastecimento de água que, realizada em apenas 6 dias, salvou a cidade do Rio de Janeiro de uma grande seca; • Foi nomeado diretor da Estrada de Ferro Central do Brasil e duplicou a linha férrea na Serra do Mar, abrindo numerosos túneis; • Nasceu em 1860 e faleceu em 1933; • Fonte: http://mapadecultura.com.br/manchete /engenheiro-paulo-de-frontin-18601933 • Acesso em 28/08/2022. 43 http://mapadecultura.com.br/manchete/engenheiro-paulo-de-frontin-18601933 http://mapadecultura.com.br/manchete/engenheiro-paulo-de-frontin-18601933 Referências Bibliográficas • PAIVA, Cássio Eduardo de Lima (2016). Super e Infraestruturas de Ferrovias: Critérios para projeto. Rio de Janeiro: Elsevier • ROSA, Rodrigo de Alvarenga (2016). Operação Ferroviária: Planejamento, Dimensionamento e Acompanhamento. Rio de Janeiro: LTC. • SCHRAMM, Gerhardt (1974). A geometria da via permanente. Editora Meridional. Porto Alegre • SANTOS (2011), Sílvio dos. Transporte Ferroviário: história e técnicas. São Paulo: Cengage Learning. • Material didático oferecido no PET/COPPE/UFRJ (Ano de 2002) • VALENTE, Amir Mattar [et. al.]. Gerenciamento de Transporte e Frotas. 2 ed. São Paulo: Cengage Learning, 2008. • https://www.google.com.br/imghp?hl=pt-BR&authuser=0&ogbl Acesso em 09/08/2021 • https://www.ppi.gov.br/concessao-da-ef-354-ferrovia-de-integracao-centro-oeste Acesso em 15/08/2021 44 https://www.google.com.br/imghp?hl=pt-BR&authuser=0&ogbl https://www.ppi.gov.br/concessao-da-ef-354-ferrovia-de-integracao-centro-oeste OBRIGADO POR SUA PRESENÇA! Prof. Alessandro Santana 45 Slide 1 Slide 2: Mobilidade Urbana / Contextualização Slide 3: Mobilidade Urbana Slide 4: Sustentabilidade Slide 5: Mobilidade Urbana Slide 6: Objetivos da Mobilidade Urbana Slide 7: Conclusões da Mobilidade Urbana Slide 8: Transporte Intermodal Slide 9: Integração entre Modais Slide 10: Acessibilidade Slide 11: Dinâmica em sala de aula Slide 12: Transporte de Passageiros Slide 13: Parâmetros Slide 14: Flutuação Temporal Slide 15: Parâmetros Médios Slide 16: Parâmetros Unitários Slide 17: Flutuação Espacial Slide 18: Flutuação Espacial (cont.) Slide 19: Nível de Serviço Slide 20: Capacidade Estática (CE) Slide 21: Intervalo de Projeto Slide 22: Frequência de Projeto Slide 23: Tempo de Ciclo (tC) Slide 24: Cálculo da Frota (N) Slide 25: Capacidade Dinâmica (CD) Slide 26: Estudo de Caso Slide 27: Trem Metrô de Seis Carros (TM6) Slide 28 Slide 29: Lay-out de um carro de metrô Slide 30: PASSO 1 – CÁLCULO DA ÁREA ÚTIL Slide 31: Área Total Slide 32: Área Banco = Somatório de Áreas Slide 33: Área Útil (AU) = Área Total - Área Bancos Slide 34: PASSO 2 Slide 35: DENSIDADE (Passag. / m2) Slide 36: Capacidade / Lotação (Lt = Ls + Lp) Slide 37: Capacidade Dinâmica Slide 38: Tempo de Ciclo (tC) Slide 39: Cálculo da Frota (N) Slide 40: Situação Problema Slide 41: REFLEXÃO: PARA ESSA SITUAÇÃO, COMO SE PODE AUMENTAR A CAPACIDADE DESSA LINHA DO SISTEMA METROFERROVIÁRIO??? Slide 42: Para ir além... Slide 43: Engenheiro André Augusto Paulo de Frontin Slide 44: Referências Bibliográficas Slide 45: OBRIGADO POR SUA PRESENÇA!
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