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Psicanalise_Resumos-4

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**Texto 4: A Psicanálise na Formação de Vínculos Afetivos Precoces**
A psicanálise na primeira infância não se limita apenas à teoria psicossexual; ela também
lança luz sobre a formação dos vínculos afetivos precoces. A teoria do apego, desenvolvida
por John Bowlby e posteriormente elaborada por Mary Ainsworth, encontra raízes na ideia
de que os bebês são inerentemente programados para estabelecer laços emocionais com
seus cuidadores.
A relação mãe-bebê é frequentemente destacada como central nesse processo. A
capacidade da mãe em atender às necessidades físicas e emocionais do bebê influencia
diretamente a segurança do apego. Ainsworth, por meio de suas observações cuidadosas
em situações de laboratório, identificou padrões de apego, como seguro, evitativo e
ansioso-ambivalente, que moldam a forma como os bebês percebem a disponibilidade
emocional de seus cuidadores.
Winnicott, por sua vez, contribui para a compreensão dos "cuidados bons o suficiente",
ressaltando que a falha ocasional por parte dos cuidadores em atender imediatamente às
necessidades do bebê permite o desenvolvimento da capacidade de tolerar a frustração e
promove a autonomia.
Assim, a psicanálise na primeira infância nos convida a explorar não apenas os aspectos
psicossexuais do desenvolvimento, mas também a delicada dança dos vínculos afetivos. Ao
compreendermos os mecanismos psíquicos que operam nos bebês desde os primeiros
momentos de vida, podemos contribuir para a construção de bases sólidas para futuras
relações interpessoais e para o florescimento emocional ao longo da vida.

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