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Aluna: Eloisa Cristina Nascimento da Conceição MAT:2112876 Aluna: Tainá Cyriaco de Morais MAT:2112865 APLICAÇÃO PRÁTICA 1 PROJETO CURRICULAR ARTICULAR: FISCAL E OPERAÇÕES NOVA IGUAÇU – RJ, 29 DE SETEMBRO DE 2023 PROJETO CURRICULAR ARTICULAR Relatório Técnico apresentado à Universidade do Grande Rio – AFYA” como parte dos requisitos necessários a aprovação na disciplina de Projeto Curricular Articulador: Fiscal e operações Orientador(a): Léo Lincoln Nova Iguaçu – RJ 29 de setembro 2023 Sumário 1) EMPRÉSTIMOS................................................................................................................................ 6 1.1) TIPOS DE EMPRÉSTIMOS ........................................................................................................ 6 1.2) Classificação Contábil e Lançamento de empréstimo a receber .................................................... 10 2) Aplicações Financeiras ..................................................................................................................... 11 2.1) Renda Variável ............................................................................................................................... 11 Ações ................................................................................................................................................ 11 Fundos de investimento ................................................................................................................... 12 Fundos imobiliários (FIIs) ................................................................................................................. 12 BDRs ................................................................................................................................................. 12 ETF ou Exchange-Traded Fund .......................................................................................................... 12 2.1) Renda Fixa ................................................................................................................................. 13 Títulos do tesouro ............................................................................................................................ 13 CDB ................................................................................................................................................... 13 LCI e LCA ........................................................................................................................................... 13 CRI e CRA .......................................................................................................................................... 14 Debêntures ....................................................................................................................................... 14 Como é feito o lançamento de aplicação financeira na contabilidade? ................................................ 14 Como são lançados os rendimentos e o IR das aplicações financeiras na contabilidade? .................... 15 Por que contabilizar os extratos das aplicações financeiras? ............................................................... 15 2.2) Contabilização e controle das aplicações financeiras segundo o CPC 48 ....................................... 16 Reconhecimento e Desconhecimento .............................................................................................. 16 Classificação ..................................................................................................................................... 16 Custo Amortizado ............................................................................................................................. 16 Valor Justo por meio de Outros Resultados Abrangentes ................................................................. 17 Valor Justo por meio do Resultado ................................................................................................... 17 Mensuração de Passivo Financeiro ................................................................................................... 17 Mensuração Inicial ........................................................................................................................... 18 Mensuração Subsequente para Ativos Financeiros .......................................................................... 18 Mensuração ao Custo Amortizado ................................................................................................... 18 Mensuração ao Valor Justo por meio de Outros Resultados Abrangentes ....................................... 18 Mensuração ao Valor Justo por meio do Resultado ......................................................................... 19 Redução ao Valor Recuperável ......................................................................................................... 19 2.3 CONTABILIZAÇÃO DE APLICAÇÃO FINANCEIRA ............................................................................... 19 Lançamento Contábil da Aplicação ................................................................................................... 20 Lançamento Contábil após 30 dias ................................................................................................... 20 Cálculo .............................................................................................................................................. 20 CONCLUSÃO ......................................................................................................................................... 21 REFERENCIAS ........................................................................................................................................ 22 INTRODUÇÃO A tomada de empréstimo é bem conhecida pelos brasileiros. Quando falta dinheiro para as contas na pessoa física, costumamos ter 2 opções: trabalhar mais para obter uma renda extra ou, então, fazer um empréstimo pessoal e depois pagar o valor parcelado com a incidência de juros. Essas são as duas hipóteses que normalmente acontecem. E quando se trata da pessoa jurídica não é nada diferente. Porém, existem linhas de crédito específicas, que levam em consideração informações e indicadores específicos sobre a empresa, a finalidade de uso do valor emprestado ou até mesmo o segmento de atuação da empresa. As empresas motivadas em aumentar as suas receitas investem em aplicações financeiras no mercado de capitais, no intuito de que esses ativos tragam retorno financeiro no curto, médio e longo prazo, através de excedentes do valor investido a título de juros e dividendos. Assim como nos empréstimos e financiamentos, existem detalhes importantes que devem ser considerados em suas contabilizações. O presente trabalho abordará o conceito de empréstimos e aplicações financeiras, bem como demonstrar suas contabilizações e lançamentos. 1) EMPRÉSTIMOS Os empréstimos e financiamentos bancários contraídos pelas empresas alteram o seu patrimônio. O ativo e o passivo de uma entidade são alterados quando do recebimento de recursos liberados pelos bancos. A obrigação de pagamento dos empréstimos e financiamentos deve ser registrada no passivo circulante (parcelas com vencimento no curto prazo) e ou no passivo não circulante (parcelas com vencimento no longo prazo). Sobre os empréstimos e financiamentos contraídos pelas empresas incidem juros, variação monetária, variação cambial (caso a dívida seja contraída em moeda estrangeira) e outras despesas bancárias (comissões, taxas e tributos). Os juros pactuados entre as partes e incidentes sobre os empréstimos e financiamentos somente são contabilizados como despesa financeirano resultado com o transcorrer do prazo (período decorrido entre a data da liberação dos recursos e a data do pagamento dos juros). 1.1) TIPOS DE EMPRÉSTIMOS Os principais tipos de empréstimo são aqueles que possuem maior praticidade, segurança, demanda no mercado e juros baixos, como o empréstimo consignado e o crédito pessoal. 1.1.1) Empréstimo consignado: Também conhecido como crédito consignado, essa opção é uma solução que chama muita atenção por ser prática de ser solicitada. Nesse caso, os valores do empréstimo serão cobrados diretamente na folha de pagamento ou da aposentadoria de quem solicitou. Como existe essa segurança de que o pagamento será debitado do salário ou do INSS do contratante, a liberação do crédito costuma ser muito simples e rápida de ser feita. Inclusive, hoje em dia é possível contratar crédito consignado através de aplicativos de bancos ou sites (de forma online). Além da praticidade, essa opção também é muito procurada porque possui taxas de juros menores, além de prazos mais longos para pagamento. Além disso, o tomador não precisa indicar como irá utilizar o dinheiro solicitado. Ou seja, não é necessário apresentar nenhuma justificativa para a solicitação do empréstimo. 1.1.2) Crédito Pessoal: O crédito pessoal geralmente é oferecido por instituições financeiras, como bancos. É um tipo de empréstimo onde o tomador pode utilizá-lo da forma que preferir, assim como o crédito consignado. Para solicitar a quantia que deseja (de acordo com as políticas do credor), o consumidor não precisa oferecer uma garantia para o pagamento do empréstimo. No entanto, essa opção está sujeita à análise de crédito para sua aprovação. 1.1.3) Crédito rotativo: O cartão de crédito é um dos métodos de pagamento mais comuns na atualidade. O chamado crédito rotativo é um bom indicativo de que está com as suas finanças em dia e pagando a sua fatura dentro do prazo. Na prática, o crédito rotativo não deixa de ser um dos tipos de empréstimos disponíveis. Nele, sempre que o titular do cartão não paga a sua fatura integralmente, o valor faltante entra no chamado rotativo, podendo ser pago na fatura seguinte, mediante o acréscimo de juros e outras taxas. A grande vantagem deste crédito é a facilidade de contratação. Na realidade, não é necessário nenhum tipo de contrato ou termo, basta que a fatura não seja totalmente paga até a data do vencimento para que o valor restante entre no rotativo, gerando juros e outros encargos. Somado a esse ponto, destacamos como vantagem a flexibilidade de uso desse empréstimo. Isso porque fica a critério do usuário do cartão quanto quer pagar da fatura e quanto deseja que entre no crédito rotativo desde que, claro, o valor mínimo seja pago. 1.1.4) Cheque Especial: É um dos tipos de empréstimos mais conhecidos pelo público em geral. Isso porque, na maior parte das vezes, o valor é disponibilizado de forma pré-aprovada. Ainda assim, essa é uma modalidade de empréstimo que tem uma fama não muito boa, já que é um dos principais causadores de desorganização financeira e inadimplência. De maneira simplificada, o cheque especial é um valor pré-aprovado que fica à disposição do cliente direto em sua conta, podendo ser utilizado sempre que quiser. Um exemplo comum de uso do cheque especial é quando o cliente gasta mais do que tem disponível em sua conta. Assim, o valor excedente é debitado diretamente do limite de cheque especial, deixando a sua conta com saldo negativo. Quando isso acontece, o saldo devedor passa a sofrer a incidência de juros um dos mais altos do mercado, até que o cliente restitua o valor integralmente. 1.1.5) Empréstimo para Capital de Giro: É voltado para atender as obrigações financeiras cotidianas da administração de um negócio, como pagamento de salários, aluguel e outras coisas mais. É, portanto, uma linha de crédito que visa auxiliar na reorganização do fluxo de caixa da empresa. Além disso, no geral, é uma operação de curto prazo. Por exemplo, é comum que o prazo máximo de pagamento das parcelas do empréstimo seja de até 1 ano. (Portanto, caso esteja com objetivo de um contrair um empréstimo mais longo, provavelmente existem adequadas.) Diferentemente de outras linhas de crédito para empresas, neste caso não é necessário explicar a finalidade do empréstimo para a instituição credora na hora que você estiver tomando o empréstimo. Ainda, o pagamento das parcelas não precisa ser mês a mês. Existem opções de amortização mensal da dívida, mas também bimestral, semestral ou até mesmo pagamento feito em uma única vez, ao final do contrato. 1.1.6) Cartão BNDES: É um produto que, baseado no conceito de cartão de crédito, visa a financiar os investimentos das micro, pequenas e médias empresas (MPMEs) e dos empresários individuais, inclusive microempreendedores individuais (MEIs). Podem obter o Cartão BNDES os empresários individuais (inclusive os MEIs) e as MPMEs (com faturamento bruto anual de até R$ 300 milhões) sediadas no País, com controle e maioria do capital votante nacionais, que exerçam atividade econômica compatível com as Políticas Operacionais e de Crédito do BNDES e que estejam em dia com o INSS, FGTS, RAIS e tributos federais. Ressalta-se que, quando a empresa fizer parte de grupo econômico, o faturamento bruto anual total do grupo também não poderá exceder a cifra permitida. O portador do Cartão BNDES efetuará sua compra exclusivamente no âmbito do site www.cartaobndes.gov.br, procurando, no catálogo existente, os bens e serviços que lhe interessam, e seguindo os passos indicados para a compra. As condições financeiras em vigor são: • Limite de crédito de até R$ 2 milhões para cada cliente, por banco emissor*. • Prazo de parcelamento de 3 a 48 meses. • Taxa de juros pré-fixada São de responsabilidade do banco emissor a definição do limite, a concessão do crédito e a cobrança. O cliente pode obter um Cartão BNDES em quantos bancos emissores ele desejar. Caso um banco emissor trabalhe com mais de uma bandeira de cartão de crédito, o cliente poderá ter, nesse banco, um Cartão BNDES de cada bandeira, desde que a soma dos limites não ultrapasse R$ 2 milhões. 1.1.7) Microcrédito: É um tipo de empréstimo para pequenos empreendedores, que desejam ampliar seu próprio negócio, comprar equipamento, mudar de estabelecimento, etc. O microcrédito é uma proposta do Governo Federal para incentivar microempreendedores e promover o crescimento de renda para a população. Destinado para: • Empresas com faturamento anual bruto de até R$ 200 mil; • Pessoa física que deseja abrir a própria empresa. Trabalhadores como: faxineiros, cabeleireiros, vendedores de cosméticos, artesãos, revendedores de cosméticos e outros. Por ser um empréstimo recomendado para pessoas de baixa renda, criado como um programa social do Governo. As taxas de juros do microcrédito estão dentro das mais baixas do mercado de, no máximo, 4% ao mês. Os juros dos empréstimos pessoais tradicionais chegam até 6% ao mês. O que faz desse tipo de crédito mais vantajoso se você se enquadra nesse perfil. 1.2) Classificação Contábil e Lançamento de empréstimo a receber As contas de Empréstimos e Financiamentos registram as obrigações da entidade junto a instituições financeiras do País e do Exterior, cujos recursos são destinados para financiar imobilizações ou para capital de giro. Como regra geral, os empréstimos e financiamentos são suportados por contratos que estabelecem o seu valor, forma e época de liberação, encargos incidentes, forma de pagamento, garantias além de outras cláusulas contratuais. Os empréstimos distinguem-se dos financiamentos pelo fato de que estes representam um crédito vinculado à aquisição de determinado bem, podendo ter a intervenção de instituição financeira ou diretamentecom o fornecedor do bem. Por outro lado, os empréstimos são concessões de crédito em espécie, sem vinculação específica, muito embora conste do contrato a finalidade do mesmo. Exemplo: Dia 10/11 foi realizado um empréstimo de R$23.000,00 tendo 650,00 de taxa de abertura de crédito. O empréstimo será pago em 25 parcelas no valor de R$1.250,00 e a primeira parcela vence em 10/12. IOF 2,5%. EMPRÉSTIMO Data da liberação 10/11 Primeiro Vencimento 10/12 Último vencimento 10/01 Valor R$ 23.000,00 Nº parcelas 25 Valor da parcela R$ 1.250,00 Valor total R$ 31.250,00 Taxa de abertura crédito R$ 650,00 IOF 2,5 % R$ 575,00 EMPRÉSTIMO LIQUIDO R$ 21.775,00 LANÇAMENTOS CONTABÉIS: D- Bancos c/movimento R$ 21.775,00 D-Taxas Bancárias R$ 650,00 D-IOF R$ 575,00 D- Juros a transcorrer (Red. Passivo circ.) R$ 3.960,00 D- Juros a transcorrer (Red. Passivo não circ.) R$ 4.290,00 C- Empréstimo a pagar(CP) R$ 15.000,00 C- Empréstimo a pagar(LP) R$16.250,00 PAGAMENTO DA PARCELA COM APROPRIAÇAO DE JUROS VALORES D-Empréstimos à pagar (passivo circulante) R$ 1.250,00 D- Despesas com Juros(despesas) R$ 330,00 C-- Juros a transcorrer (Red. passivo Circ.) R$ 330,00 C- Bancos c/movimento (ativo circulante) R$1.250,00 2) Aplicações Financeiras Aplicação financeira é a compra de um ativo financeiro na expectativa de que, com o tempo, ele produza um retorno financeiro. Ou seja, espera-se não só obter de volta o capital investido, como também um excedente, a título de juros ou dividendos. Nesse passo, a aplicação financeira poderá ser feita em duas modalidades: renda variável ou renda fixa. 2.1) Renda Variável São aplicações financeiras, cujo retorno de capital ou remuneração não podem ser dimensionados no momento da aplicação. São eles: as ações, quotas ou quinhões de capital, o ouro, ativo financeiro, e os contratos negociados nas bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhadas. Ações A aplicação em ações dá ao comprador a oportunidade de poder participar dos resultados oriundos de um negócio. Os rendimentos oriundos dessa aplicação podem ser tanto da valorização das cotas detidas pelos acionistas quanto pelos proventos pagos ao longo do tempo. Ao comprar uma ação, o investidor terá direito de voto na assembleia de acionistas quando as mesmas ocorrerem. Fundos de investimento Os fundos de investimento são um veículo que é gerenciado por um gestor profissional do qual irá captar os recursos de investidores e aplicá-los em ações, títulos, e outros tipos de investimentos que o mesmo julgar oportuno naquele momento. Fundos imobiliários (FIIs) Os fundos imobiliários ou FIIs são um tipo bastante interessante e rentável de participar dos rendimentos oriundos de imóveis físicos ou aplicações de origem imobiliárias tais como LCI, CRI e CRA. Semelhante como ocorre com as ações, o capital de um fundo imobiliário é dividido em cotas, negociadas em bolsa de valores. BDRs Os BDRs são certificados de depósito de ações de empresas listadas em bolsas diferentes da brasileira, mas que são negociados na B3 (Brasil, Bolsa, Balcão). Sendo uma das possibilidades para os investidores terem acesso a empresas do exterior. ETF ou Exchange-Traded Fund O ETF é um tipo de investimento negociado na bolsa que é formado por vários ativos e tem o objetivo de ter uma performance similar a um determinado índice, como o BOVA11, que “imita” o Ibovespa. 2.1) Renda Fixa . São aplicações financeiras, cujo retorno de capital ou remuneração podem ser dimensionados no momento da aplicação. Os títulos de renda fixa são públicos ou privados, conforme a condição da entidade ou empresa que os emite. Como títulos de renda fixa públicos citam-se as Notas do Tesouro Nacional (NTN), os Bônus do Banco Central (BBC), os Títulos da Dívida Agrária (TDA), bem como os títulos estaduais e municipais. Como títulos de renda fixa privados, aqueles emitidos por instituições ou empresas de direito privado, citam-se as Letras de Câmbio (LC), os Certificados de Depósito Bancário (CDB), os Recibos de Depósito Bancário (RDB) e as Debêntures Títulos do tesouro Também conhecido como tesouro direto. Esse investimento financeiro foi criado pelo Governo Federal visando financiar as suas atividades. A remuneração desses títulos se dá através do pagamento de juros mais a devolução do montante principal no final do prazo da aplicação.No tesouro direto existem diferentes títulos, desde alguns que estão atrelados à taxa Selic, até pré-fixados e também pós fixados. Os últimos estão geralmente relacionados ao IPCA mais uma determinada rentabilidade anual. CDB O CDB ou certificado de depósito bancário funciona de maneira similar ao tesouro direto, mas ao invés de realizar o empréstimo para o Governo Federal, você está emprestando seu dinheiro para um banco e ele vai lhe retornar no futuro com uma determinada rentabilidade. LCI e LCA LCI significa letras de crédito imobiliário e LCA significa letras de crédito do agronegócio, o primeiro é um título emitido por uma instituição financeira para captar recursos para o mercado imobiliário e o segundo para o agronegócio. CRI e CRA Da mesma forma que a LCI e o LCA, o CRI significa certificado de recebíveis imobiliários e o CRA significa certificado de recebíveis do agronegócio. A principal diferença deles é que o CRI e o CRA não possuem garantia, já a LCI e o LCA possuem garantia do FGC, Fundo Garantidor de Crédito, de até R$ 250 mil por CPF. Debêntures As debêntures são títulos de dívidas emitidos por uma empresa que quer captar recursos no mercado de capitais. De forma simplificada, as debêntures para empresas são uma forma de financiamento. Isso porque, ao emitir o título, a companhia recebe, em contrapartida, os recursos de investidores interessados em aplicar seus recursos. Do outro lado, as debêntures para investidores são um mecanismo de remuneração de capital. Isso porque, ao adquirir um desses títulos, o aplicador entrega seu recurso a uma determinada empresa com a expectativa de receber, no futuro, uma remuneração por isso. Como é feito o lançamento de aplicação financeira na contabilidade? O lançamento de aplicação financeira na contabilidade se dá com o valor do investimento no balanço, no Ativo Circulante, quando o prazo do resgate é de curto prazo, ou no Ativo Não Circulante, no subgrupo Realizável a Longo Prazo, caso o prazo de resgate previsto seja maior do que o exercício social seguinte. Como são lançados os rendimentos e o IR das aplicações financeiras na contabilidade? Para ativos de renda fixa, em obediência ao regime de competência, a apropriação dos rendimentos das aplicações financeiras com prazo superior a um mês, por exemplo, deve ser efetuada por partidas mensais. Já no caso das aplicações em que o resgate e a aplicação ocorrem dentro do mesmo mês, o registro do rendimento pela contabilidade é feito por ocasião do resgate. O Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) que incide sobre os rendimentos da aplicação financeira é compensável com o imposto devido pela empresa, com base no lucro real, presumido ou arbitrado, e é registrado em conta do subgrupo de Impostos a Recuperar no Ativo Circulante. Caso o IR retido não seja recuperável, como no caso das empresas tributadas pelo Simples Nacional, o mesmo deve ser contabilizado em conta de resultado. Já para o levantamento de balanço ou balancete, os saldos das aplicações financeiras e os juros incorridos, desde a data da aplicação, devem estar atualizados até a data do fechamento. Por que contabilizar os extratos das aplicações financeiras? Contabilizar os extratos das aplicações financeiras é fundamental para que a informação contábil fique completa e fidedigna. Somente dessa forma é que a rentabilidadedos investimentos e a retenção de imposto de renda sobre os rendimentos é registrado corretamente. O escritório de contabilidade é o meio mais indicado para lidar com as informações tributárias de uma aplicação financeira, sobre as formas de dedução do IR retido na fonte do saldo a pagar e, também, para identificação da posição patrimonial da empresa. 2.2) Contabilização e controle das aplicações financeiras segundo o CPC 48 Reconhecimento e Desconhecimento Ao desconhecer o ativo financeiro em sua totalidade, a diferença entre: • o valor contábil (mensurado na data do desconhecimento); e • a contraprestação recebida (incluindo qualquer novo ativo obtido menos qualquer novo passivo assumido); deve ser reconhecida no resultado. A entidade deve baixar o passivo financeiro (ou parte do passivo financeiro) de seu balanço patrimonial quando, e apenas quando, ele for extinto, ou seja, quando a obrigação especificada no contrato for liquidada, cancelada ou expirar. Classificação A entidade deve classificar ativos financeiros como subsequentemente mensurados ao custo amortizado, ao valor justo por meio de outros resultados abrangentes ou ao valor justo por meio do resultado com base tanto: • no modelo de negócios da entidade para a gestão dos ativos financeiros; quanto • nas características de fluxo de caixa contratual do ativo financeiro. Custo Amortizado O ativo financeiro deve ser mensurado ao custo amortizado se ambas as seguintes condições forem atendidas: • o ativo financeiro for mantido dentro de modelo de negócios cujo objetivo seja manter ativos financeiros com o fim de receber fluxos de caixa contratuais; e • os termos contratuais do ativo financeiro derem origem, em datas especificadas, a fluxos de caixa que constituam, exclusivamente, pagamentos de principal e juros sobre o valor do principal em aberto. Valor Justo por meio de Outros Resultados Abrangentes O ativo financeiro deve ser mensurado ao valor justo por meio de outros resultados abrangentes se ambas as seguintes condições forem atendidas: • o ativo financeiro for mantido dentro de modelo de negócios cujo objetivo seja atingido tanto pelo recebimento de fluxos de caixa contratuais quanto pela venda de ativos financeiros; e • os termos contratuais do ativo financeiro derem origem, em datas especificadas, a fluxos de caixa que constituam exclusivamente pagamentos de principal e juros sobre o valor do principal em aberto. Valor Justo por meio do Resultado O ativo financeiro deve ser mensurado ao valor justo por meio do resultado, a menos que seja mensurado ao custo amortizado ou ao valor justo por meio de outros resultados abrangentes. Mensuração de Passivo Financeiro A entidade deve classificar todos os passivos financeiros como mensurados subsequentemente ao custo amortizado, exceto por passivos financeiros ao valor justo por meio do resultado. Esses passivos, incluindo derivativos que sejam passivos, devem ser mensurados subsequentemente ao valor justo. A entidade não deve reclassificar qualquer passivo financeiro. A reclassificação dos ativos financeiros é permitida se a entidade mudar seu modelo de negócios para a gestão desses ativos financeiros. Mensuração Inicial No reconhecimento inicial, a entidade deve mensurar o ativo financeiro ou o passivo financeiro ao seu valor justo, mais ou menos, no caso de ativo financeiro ou passivo financeiro que não seja ao valor justo por meio do resultado, os custos de transação que sejam diretamente atribuíveis à aquisição ou à emissão do ativo financeiro ou passivo financeiro. Mensuração Subsequente para Ativos Financeiros Após o reconhecimento inicial, a entidade deve mensurar o ativo financeiro: • ao custo amortizado; • ao valor justo por meio de outros resultados abrangentes; ou • ao valor justo por meio do resultado. Mensuração ao Custo Amortizado A receita de juros deve ser calculada, utilizando-se o método de juros efetivos. Esta contabilização conta com os fluxos de caixa contratuais, principalmente, por meio de juros. Mensuração ao Valor Justo por meio de Outros Resultados Abrangentes O ganho ou a perda em ativo financeiro mensurado ao valor justo por meio de outros resultados abrangentes, deve ser reconhecido em outros resultados abrangentes, exceto ganhos ou perdas por redução ao valor recuperável e ganhos e perdas de câmbio, até que o ativo financeiro seja desrconhecido ou reclassificado. Conforme Resumo CPC 48, se o ativo financeiro for mensurado ao valor justo por meio de outros resultados abrangentes, os valores reconhecidos no resultado devem ser os mesmos valores que teriam sido reconhecidos no resultado se o ativo financeiro tivesse sido mensurado ao custo amortizado. Mensuração ao Valor Justo por meio do Resultado Se o instrumento financeiro for designado como mensurado ao valor justo por meio do resultado após seu reconhecimento inicial, ou não tiver sido anteriormente reconhecido, a diferença no momento da designação entre o valor contábil, se houver, e o valor justo deve ser imediatamente reconhecida no resultado Redução ao Valor Recuperável A entidade deve avaliar em cada balanço se existe prova objetiva de que um ativo financeiro ou um grupo de ativos financeiros está sujeito à perda no valor recuperável e, consequentemente, contabilizar a perda estimada do ativo. 2.3 CONTABILIZAÇÃO DE APLICAÇÃO FINANCEIRA As aplicações financeiras são classificadas: a) No Ativo Circulante; a.1) Em disponibilidades, quando resgatáveis a qualquer tempo, sem limite de prazo; a.2) Como investimentos temporários, quando resgatáveis no prazo de até 12 meses. b) No Ativo Não Circulante, no subgrupo Ativo Realizável a Longo Prazo, quando resgatáveis após 12 meses. Como exemplo, vamos supor que uma empresa vai aplicar um valor de R$1.000,00, com a taxa de juros de 10% a.m. e resgate após 30 dias. Lançamento Contábil da Aplicação D – Aplicações Financeiras 1.000 C – Banco conta movimento 1.000 Lançamento Contábil após 30 dias C – Banco conta movimento 1.075 C – IOF 10 D – IRRF s/ Aplicações financeiras 15 C – Receitas Financeiras 100 C – Aplicações Financeiras 1.000 Cálculo Montante aplicado de 1.000,00 x 10% taxa de correção Receita Financeira - R$ 100,00 IOF - 10,00IRRF (15%) R$ 15,00R$ 15,00 CONCLUSÃO Neste trabalho, abordamos os conceitos de empréstimos que é o nome dado a um tipo específico de relação financeira, em que uma das partes toma dinheiro da outra, acordando um prazo específico para que o mesmo seja devolvido. Usualmente, a devolução ocorre também mediante o pagamento de juros. Os juros é que recompensam o credor por abrir mão do seu capital por aquele período, que pode ser longo ou curto, e por assumir ainda o risco de nunca ser pago. Tudo isso confere um caráter de investimento ao empréstimo. Abordamos também sobre as aplicações financeiras e a Contabilização e controle das aplicações financeiras segundo o CPC 48. Por fim, podemos concluir que as aplicações financeiras existentes podem ser as mais variadas possíveis, porém o desempenho colhido pelos investidores com as mesmas somente apresentará um retorno sólido e satisfatório no longo prazo. REFERENCIAS Contabilidade Geral, Luigi Martini Edição: 2013 – Perito da Polícia Civil https://www.portaldecontabilidade.com.br/guia/emprestimosefinanciamentos - acesso em 25/09/2023 https://www.contabilizei.com.br/contabilidade-online/tipos-de-emprestimo/ - acesso em 25/09/2023 https://www.bv.com.br/bv-inspira/credito-consignado-privado/tipos-de-emprestimo - acesso em 25/09/2023 https://educandoseubolso.blog.br/emprestimo/emprestimo-capital-de-giro/ - acesso em 25/09/2023https://www.cartaobndes.gov.br/cartaobndes/paginascartao/FAQ.ASP?T=1&Acao=R&CTRL=&Cod=90 ,90#P - acesso em 25/09/2023 https://portaldeauditoria.com.br/contabilizacao-de-emprestimos-e-financiamentos/ - acesso em 25/09/2023 https://maisretorno.com/portal/termos/e/emprestimo - acesso em 25/09/2023 http://www.netcpa.com.br/noticias/ver- noticia.asp?Codigo=39875#:~:text=Aplica%C3%A7%C3%A3o%20financeira%20%C3%A9%20a%20com pra,t%C3%ADtulo%20de%20juros%20ou%20dividendos. - acesso em 26/09/2023 https://www.suno.com.br/artigos/aplicacoes-financeiras/ - acesso em 26/09/2023 https://saovicentecontabilidade.com.br/o-que-e-aplicacao-financeira-na-contabilidade-e-como-e- tratada/ - acesso em 26/09/2023 https://www.estrategiaconcursos.com.br/blog/resumo-cpc-48-instrumentos-financeiros-veja-os- principais-pontos-deste-pronunciamento/ - acesso em 26/09/2023 https://www.portaldecontabilidade.com.br/guia/emprestimosefinanciamentos https://www.contabilizei.com.br/contabilidade-online/tipos-de-emprestimo/ https://www.bv.com.br/bv-inspira/credito-consignado-privado/tipos-de-emprestimo https://educandoseubolso.blog.br/emprestimo/emprestimo-capital-de-giro/ https://www.cartaobndes.gov.br/cartaobndes/paginascartao/FAQ.ASP?T=1&Acao=R&CTRL=&Cod=90,90#P https://www.cartaobndes.gov.br/cartaobndes/paginascartao/FAQ.ASP?T=1&Acao=R&CTRL=&Cod=90,90#P https://portaldeauditoria.com.br/contabilizacao-de-emprestimos-e-financiamentos/ https://maisretorno.com/portal/termos/e/emprestimo http://www.netcpa.com.br/noticias/ver-noticia.asp?Codigo=39875#:~:text=Aplica%C3%A7%C3%A3o%20financeira%20%C3%A9%20a%20compra,t%C3%ADtulo%20de%20juros%20ou%20dividendos http://www.netcpa.com.br/noticias/ver-noticia.asp?Codigo=39875#:~:text=Aplica%C3%A7%C3%A3o%20financeira%20%C3%A9%20a%20compra,t%C3%ADtulo%20de%20juros%20ou%20dividendos http://www.netcpa.com.br/noticias/ver-noticia.asp?Codigo=39875#:~:text=Aplica%C3%A7%C3%A3o%20financeira%20%C3%A9%20a%20compra,t%C3%ADtulo%20de%20juros%20ou%20dividendos https://www.suno.com.br/artigos/aplicacoes-financeiras/ https://saovicentecontabilidade.com.br/o-que-e-aplicacao-financeira-na-contabilidade-e-como-e-tratada/ https://saovicentecontabilidade.com.br/o-que-e-aplicacao-financeira-na-contabilidade-e-como-e-tratada/ https://www.estrategiaconcursos.com.br/blog/resumo-cpc-48-instrumentos-financeiros-veja-os-principais-pontos-deste-pronunciamento/ https://www.estrategiaconcursos.com.br/blog/resumo-cpc-48-instrumentos-financeiros-veja-os-principais-pontos-deste-pronunciamento/
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