Buscar

Estudo para prova Metodologia da História

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

TEXTO 01 – RAZAÃO HISTÓRICA – JÖRN RÜSEN – TAREFEA E FUNÇÃO DE UMA TEORIA DA HISTÓRIA.
	O quotidiano do historiador constitui a base natural da teoria da história. 
	As reflexões dos capítulos seguintes estão concentradas em duas questões: o que é considerado, pela teoria, como princípios da ciência histórica e que função possui uma teoria que reflete sobre esses princípios em sua relação direta com a ciência da história?
	A argumentação está pautada na reflexão do pensamento histórica sobre seus fundamentos emergindo do trabalho prático do próprio historiador.
	O objeto da teoria da história:
	A teoria da história articula-se com a auto reflexão do pensamento histórico, que se processa no trabalho quotidiano da pesquisa histórica.
	A teoria da história é, pois, aquela reflexão mediante a qual o pensamento histórico se constitui como especialidade científica.
	Nesse sentido o historiador tem domínio sobre seus instrumentos fazendo uma reflexão sobre como ele mesmo está produzindo historia.
	Isso porque os que se dedicam à pesquisa histórica e à historiografia têm de ser especialistas, necessitam saber manejar a especificidade científica do pensamento histórico.
	Em suma, uma vez formada a noção do todo segue a especialização, que sem previa situação no conjunto seria sem sentido. Logo a visão do conjunto é necessária ao trabalho especializado competente em cada tema.
	Droysen parte da questão de saber como se tem de estudar história, como se deve começar, o que se deve fazer, a fim de se tornar historiador. E a resposta é: uma exposição sistemática do campo e do método de nossa ciência.
	O autor afirma ainda que o Conhecimento Histórico é um processo dinâmico e o termo técnico para descrevê-lo é Matriz Disciplinar, que significa: o conjunto sistemático dos fatores ou princípios do pensamento histórico determinantes da ciência da história como disciplina especializada. É inserir história na vida prática.
	O ponto de partida para tratar da ciência da história instaura-se na carência humana de orientação do agir e do sofrer os efeitos das ações no tempo. A partir desse carência é possível constituir a ciência da historia, ou seja, torná-la inteligível como resposta a uma questão, como solução de um problema, como satisfação de uma carência.
	O 1° fator da matriz disciplinar é formado pelas Carências de Orientação, Interesses, da prática humana no tempo. O 2° fator é como é possível que se constitua algo chamado história qd as carências forem satisfeitas. E ainda fazendo parte do 2° fator estão as Ideias que integram a historia mas que pertençam ao campo cognitivo, pois pertencer ao passado não faz de tudo algo histórico. Delas dependem o que o historiador traz consigo. O 3° fator constituem os Métodos da pesquisa empírica. Como regulação dos requisitos metódicos para transformar o passado em algo cognoscível. O 4° fator é produto da pesquisa e desempenha papel importante no método: São as Formas de Apresentação, que fazem parte do quotidiano do historiador. E como 5° fator, originada das carências de orientação estão as Funções de orientação existencial, na medida em que se quer saber porque é racional fazer história como ciência e em que consiste a racionalidade. Quando estes fatores estão articulados, distingui-se o pensamento histórico do pensamento comum.
	O significado da teoria da história para a historiografia:
	A historiografia, como produto intelectual dos historiadores, passou a segundo plano relativo à proporção que a pesquisa ocupou o primeiro lugar no conjunto das operações do pensamento histórico. A pesquisa domina o campo de atuação dos historiadores a tal ponto que a escrita da história acabou relegada a uma posição secundária, quando não deixada de lado. Sendo essa forma de considerar o papel da historiografia é criticado pela teoria da historia.
	Pode-se falar então de uma função racionalizadora da pragmática textual exercida pela teoria da história na historiografia. È transformar o saber histórico obtido pela pesquisa acessível ao público destinatário.
	O significado da teoria da historia para a formação histórica:
	A teoria da historia assume pois, no campo da formação histórica, uma função didática de orientação. Nesse mesmo âmbito, a teoria da história é indispensável para preservar o aumento de racionalidade produzido pela pesquisa em sua atividade na vida quotidiana.
TEXTO 02 – RECONSTRUÇÃO DO PASSADO – JÖRN RÜSEN – METODOLOGIA, AS REGRAS DA PESQUISA HISTÓRICA.
	Método histórico é um conceito equívoco. Ele indica de um lado, o conjunto de todas as regras de procedimento observadas pelo pensamento histórico quando procede cientificamente. O método histórico refere-se de lado em sentido estrito, a operações específicas de conhecimento conhecidas como pesquisa histórica e abrange regras básicas. O conhecimento dessas regras e sua competência para as empregar na prática definiram e definem o historiador como especialista. São as regras da garantia da validade empírica das histórias, por meio da pesquisa histórica, que inserem o pensamento histórico no movimento do progresso cognitivo. Este testo busca atualizar as diferenças entre heurística, crítica e interpretação. Pesquisa histórica é um processo cognitivo, no qual os dados das fontes são apreendidos e elaborados para concretizar ou modificar empiricamente perspectivas referentes ao passado humano. Didaticamente, a pesquisa é uma etapa de construção do conhecimento histórico e a metodização é o que valida este conhecimento. Rüsen apresenta as operações metódicas fundamentais: Heurística, Crítica e Interpretação. Heurística é o primeiro processo, é sistemático e inclui, coleta, junção e classificação das fontess.Consiste além do ato de buscar as fontes, mas de avaliar se as mesmas oferecem informações satisfatórias para a resposta ao questionamento histórico, Crítica é a garimpagem de informações sobre o passado. É a análise dos dados históricos sobre a facticidade da ação humana no passado, orientando-se por critérios de plausibilidade. Interpretação consiste no rearranjamento da informação de tal forma que possibilite a criação de produtos narrativos que servem de fios condutores do trabalho de representação histórica. 
	O autor ainda afirma que estas operações processuais acima são complementadas pelas operações substanciais que são hermenêutica, analítica e dialética, Hermenêutica é o questionamento dirigido ao conjunto de manifestações que exteriorizam as intenções dos homens do passado. Analítica é indagar as fontes não naquilo que dizem sobre as ações, mas sim sobre os fatores de determinação do agir (contexto, circunstância que direta ou indiretamente influenciaram as ações por ela referidas. Dialética consiste em operar a unilateralidade da hermenêutica e analítica de forma que se extraia das fontes tanto a intencionalidade da ação humana quanto o fator de mudanças no tempo inerentes ao passado. 
	O autor encerra reafirmando a importância da pesquisa histórica enquanto etapa primordial para a constituição do conhecimento histórico. A contribuição do autor reside, portanto, no tratamento do método não como etapa estanque da elaboração teórica, mas sim apresenta a interdependência entre o trabalho interpretativo das perspectivas orientadoras e a natureza das operações de pesquisa. 
TEXTO 03 – LIÇÕES DE HISTÓRIA – VON RANKE - SOBRE O CARÁTER DA CIÊNCIA HISTÓRICA
	O autor no texto trata sobre a ideia de história do mundo. Lidando com princípio histórico e alcance e da unidade da história mundial.
	Buscando o princípio, o autor afirma que para alcançar o princípio histórico, Ranke considera a história em sua luta contra a filosofia.
A filosofia afirma uma ideia suprema. A história traz-nos condições da existência. A filosofia confere importância ao universal, a história também da atenção ao particular no todo. A filosofia aprova um futuro remoto, é profética por natureza. A história vê o bem e o benefício naquilo que existe. Tenta compreendê-los e olha para o passado.
	O autor não pretende dizer que o historiador estácerto em sua visão da filosofia. Quer mostrar uma perspectiva histórica num princípio ativo que se opõe ao olhar filosófico e que consta temente se expressa. Enquanto a filósofo vê a história de seu ponto privilegiado e busca a infinitude do ser meramente em progressão, desenvolvimento e totalidade.
	Definido o princípio, as exigências resultam para a prática histórica. A 1ª é o amor a verdade investigando o que aconteceu, passou, surgiu. 2ª é um estudo documental devotado ao fenômeno em sim mesmo. 3ª é um interesse universal nos aspectos da sociedade presentes não separadamente, mas juntos. 4ª é a investigação do nexo causal que reconhece a conexão interna entre causa e efeito que chama-se pragmática. 5ª Imparcialidade é a regra dos partidos rivais que aparecem na história mundial, sendo que onde houver conflito, cada partido deve ser visto em seu próprio terreno. 6ª Concepção de totalidade que é a existência da totalidade assim como existe o particular.
	Do alcance da história mundial, são 3 caminhos: 1° Sequência, 2° simultaneidade e 3° desenvolvimentos individuais.
TEXTO 04 – A HISTÓRIA PENSADA – BERNHEIM – METODOLOGIA DA CIÊNCIA HISTÓRICA
	De acordo com Bernheim o método é o procedimento utilizado por uma ciência para obter resultados cognitivos de um lado material empírico. Entende-se por metodologia a demonstração geral da concepção e da natureza do método de uma ciência, ao passo que por metódica, designamos os princípios e técnicas métodicas particulares derivadas de uma metodologia.

Outros materiais