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Funções: Comportamental, Bioclimática, 
Estética e Simbólica
APRESENTAÇÃO
O trabalho do arquiteto é amplo, e um de seus objetivos consiste em satisfazer as expectativas 
humanas, os anseios da sociedade no tempo e na história. Criar espaços para a sociedade requer 
repertório cultural abrangente, uma vez que é tarefa que envolve os anseios e a materialização 
dos seus objetivos. A arquitetura está em constante situação relacional com a sociedade no seu 
tempo, seja em um relacionamento comportamental ou funcional dos espaços, em um 
relacionamento bioclimático –referente ao conforto físico humano –, estético – no sentido da 
beleza – e simbólico – como manifestação de um conteúdo por meio de sua forma física. 
Nesta Unidade de Aprendizagem, você entenderá essas relações de maneiras diversas.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Distinguir as diferentes fases da arquitetura na história.•
Identificar o trabalho do arquiteto ao longo do tempo.•
Reconhecer a relação entre o arquiteto e as funções comportamental, bioclimática, estética 
e simbólica.
•
DESAFIO
Mariana e George, preocupados em ter uma qualidade de vida melhor sem a necessidade de 
utilizar o ar-condicionado todos os dias, foram lhe procurar no seu escritório para contratá-lo 
com a queixa de que sua residência recém-adquirida era muito quente. O casal havia comprado a 
casa em ponto estratégico de acesso ao trabalho de ambos, assim estavam dispostos a adequar a 
casa às suas necessidades.
Após a reunião habitual, as anotações e os questionamentos sobre as necessidades do casal, foi 
marcada a visita técnica à residência.
Analisando a edificação, a vizinhança e a orientação dos ventos, você constatou que, apesar de 
existir uma boa quantidade de ventos na região, a construção da residência localizava-se inserida 
em uma vizinhança densa, que barrava a chegada desses ventos até a edificação. A construção 
era em alvenaria, com cobertura em madeira e telha de barro e o forro acompanhava o telhado. 
O piso, em madeira nas áreas sociais e em cerâmica nas outras, as janelas eram grandes, e você 
observou que a casa era bem despojada, com ambientes abertos e cozinha integrada, deixando 
apenas a área íntima mais reservada.
A que função da arquitetura está ligada a situação descrita? Explique.
Com base em todas essas informações, formule uma estratégia para atender esta necessidade do 
seu cliente: tornar a casa mais fresca.
INFOGRÁFICO
Ao longo da história, o arquiteto relaciona-se com as expectativas do homem e com as 
consequentes mudanças na sociedade, na tecnologia, na ciência e na arte.
CONTEÚDO DO LIVRO
A arquitetura (profissão, arte e ciência) tem provocado, ao longo dos tempos, muitos estudos, 
teorias e métodos, diferentes formas de pensar, analisar e estudar o ambiente projetado. Ela está 
sempre em um situação relacional com a sociedade da época, com as mudanças climáticas, com 
a expressão simbólica, com as novas tecnologias ou com o tipo de atividade que se desenvolverá 
em cada ambiente ou edificação projetada. O livro Fundamentos da Arquitetura é base teórica 
desta Unidade de Aprendizagem. A seguir, você encontrará trechos selecionados que trazem 
mais detalhes e imagens de períodos marcantes para as transições da arquitetura mundial: Egito, 
Grécia, a arquitetura gótica, o Humanismo, o ferro e o aço e o Purismo.
Boa leitura.
RESPOSTA DESAFIO:
A função bioclimática está relacionada ao conforto acústico, térmico e luminoso do homem no ambiente construído e, mais recentemente na história, ao meio ambiente, com o advento das edificações sustentáveis. Uma das maneiras de realizar o conforto ou o controle térmico na edificação é utilizando a ventilação natural com o efeito chaminé, estratégia utilizada há mais de 100 anos, em que o ar no interior das edificações se renova mediante a saída do ar quente (mais leve) pela chaminé e a entrada de um ar mais fresco pelas janelas. A vantagem dessa estratégia é poder funcionar isoladamente ou em conjunto com a ventilação cruzada, potencializando as trocas.
No caso da edificação em questão, a ventilação cruzada não poderia ser utilizada como estratégia principal por causa das barreiras existentes na vizinhança. Sendo assim, o uso da chaminé com o aproveitamento da inclinação do telhado seria a melhor estratégia. Como o telhado é em madeira e telha de barro, a remoção das telhas, o corte no forro e a inserção de uma ou mais chaminés.
Brown e Dekay explicam:
"O vento pode não estar disponível em certos horários, como à noite, pode ser fraco demais em certos climas ou a condição urbana ou do sítio pode barrar o acesso de uma edificação ao vento. Sob tais condições, a ventilação por efeito chaminé, que não necessita dos ventos para que o ar se mova através de uma edificação, pode proporcionar um efeito semelhante. Há também a vantagem de independência com relação à orientação.
IMAGEM 4 
Em um recinto esfriado pela ventilação por efeito chaminé, o ar quente sobe e sai através de aberturas existentes na parte superior do recinto, sendo substituído por um ar de temperatura inferior que entra pela parte inferior. A taxa na qual o ar se move através do recinto, levando o calor consigo, é uma função da distância vertical entre as tomadas e as saídas-de-ar, de seu tamanho e da diferença entre a temperatura externa e a temperatura média interna na parte mais alta do recinto. Várias estratégias podem ser empregadas para se melhorar este sistema de ventilação por gravidade; todas es- tão relacionadas com o relacionamento vertical (em corte) entre os espaços de uma edificação."
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Conheça também
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Lorraine Farrelly é arquiteta 
e professora de arquitetura e projeto 
na Escola de Arquitetura da Universidade 
de Portsmouth, Inglaterra. Leciona a 
disciplina de projeto na graduação e no 
pós-graduação do curso de arquitetura, 
além de disciplinas de representação 
gráfica e desenho. Suas aulas de ateliê 
focam a ideia da cidade e de como é lida 
e interpretada. É autora dos livros Técnicas 
de Representação (Bookman, 2011) e 
Construction and Materiality (2008).
 
Fundamentos de Arquitetura, 
Segunda Edição, é uma introdução prática 
e acessível aos conceitos e ao processo 
da arquitetura moderna. Ao longo do 
livro, Lorraine Farrelly revela as principais 
áreas de pesquisa e estudo associadas ao 
pensamento, ao projeto e à construção 
da arquitetura.
 
Esta segunda edição, totalmente 
ilustrada com diagramas claros e 
imagens inspiradoras, apresenta os 
elementos essenciais da teoria e prática 
contemporâneas. Inclui estudos de 
caso detalhados e projetos práticos que 
exploram os processos da arquitetura. 
Também pode ser considerado um 
pequeno guia histórico da arquitetura 
ao redor do mundo. 
 
Fundamentos de Arquitetura é uma 
valiosa obra de consulta para todos os 
interessados em uma introdução aos 
conceitos elementares da arquitetura.
Segunda
edição
2ª 
edição
www.grupoa.com.br
ARQUITETURA
ISBN 978-85-7780-806-9
ISBN 978-85-7780-682-9
A autora
47915_FARRELLY_Fundamentos_BR.indd 1 18/06/13 09:03
Reservados todos os direitos de publicação, em língua portuguesa, à
BOOKMAN EDITORA LTDA., uma empresa do GRUPO A EDUCAÇÃO S.A.
Av. Jerônimo de Ornelas, 670 – Santana
90040-340 – Porto Alegre – RS
Fone: (51) 3027-7000 Fax: (51) 3027-7070
É proibida a duplicação ou reprodução deste volume, no todo ou em parte, sob quaisquer
formas ou por quaisquer meios (eletrônico, mecânico, gravação, fotocópia, distribuição na Web
e outros), sem permissão expressa da Editora.
Unidade São Paulo
Av. Embaixador Macedo Soares, 10.735 – Pavilhão 5 – Cond. Espace Center
Vila Anastácio – 05095-035 – São Paulo – SP
Fone: (11) 3665-1100 Fax: (11)3667-1333
SAC 0800 703-3444 – www.grupoa.com.br
IMPRESSO NO BRASIL
PRINTED IN BRAZIL
Obra originalmente publicada sob o título Fundamentals of Architecture, 2nd Edition
ISBN 9782940411757
Copyright©2012, AVA Publishing SA, Lausanne. All rights reserved.
Gerente editorial: Arysinha Jacques Affonso
Colaboraram nesta edição:
Coordenação editorial: Denise Weber Nowaczyk
Capa: VS Digital, arte sobre capa original
Leitura fi nal: Renata Ramisch
Editoração: Techbooks
Catalogação na publicação: Ana Paula M. Magnus – CRB 10/2052
F245f Farrelly, Lorraine. 
 Fundamentos de arquitetura [recurso eletrônico] / 
 Lorraine Farrelly ; tradução: Alexandre Salvaterra. – 2. ed. – 
 Dados eletrônicos. – Porto Alegre : Bookman, 2014.
 Editado também como livro impresso em 2014.
 ISBN 978-85-8260-090-0
 1. Arquitetura. I. Título. 
CDU 72
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 Job No: D0312-18 / YEE PEI
1st Proof Title: Fund Architecture 2nd Edition (AVA)
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1. Museu de arte Kolumba, Colônia, Alemanha
Peter Zumthor, 2003–2007
O museu de arte Kolumba, completado em 2007 de acordo com um 
projeto elaborado por Peter Zumthor, responde ao contexto histórico 
preexistente de uma igreja gótica. O novo se funde ao antigo.
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Capítulo 2
A História e os Precedentes
Os projetos e as inovações se desenvolvem a 
partir de precedentes, ideias e conceitos que vêm 
evoluindo com o passar do tempo. A arquitetura 
usa os precedentes da história social e cultural 
e aplica essas influências às edificações, formas 
e estruturas contemporâneas. A compreensão 
histórica das edificações é uma parte essencial 
do projeto de arquitetura, pois ela permite uma 
relação entre os desenvolvimentos materiais, 
físicos e formais que foram previamente 
explorados por outros arquitetos. A reação ou 
a resposta a essas ideias tem sido a base da 
evolução da arquitetura ao longo da história.
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 Job No: D0312-18 / YEE PEI
1st Proof Title: Fund Architecture 2nd Edition (AVA)
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 Job No: CD0412-3 / Sammi
2nd Proof Title: Fund Architecture 2nd Edition (AVA)
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UMA LINHA DO TEMPO DE PRECEDENTES DE ARQUITETURA34
1417
Filippo Brunelleschi foi o arquiteto florentino 
responsável por projetar o famoso Duomo 
(A Catedral) de Florença, na Itália. Ele criou 
uma máquina que possibilitava a análise e 
o desenho de perspectivas. A máquina foi 
construída com uma série de espelhos que o 
permitiam analisar aquilo que via. Até então, 
as pinturas e imagens não representavam as 
perspectivas com precisão, visto que ninguém 
tinha os conhecimentos conceituais ou 
matemáticos necessários.
126 d.C.
O Panteon foi construído pelo 
imperador romano Adriano 
para servir como um templo 
para todos os deuses. Ele usou 
concreto-massa para criar 
uma cúpula impressionante 
com um óculo aberto no topo, 
permitindo a entrada da luz no 
espaço interno.
1779
Construída com ferro 
fundido, a Ponte de 
Ferro, localizada 
em Shropshire, na 
Inglaterra, representa 
a Revolução Industrial 
e os novos materiais e 
tecnologias que vieram 
a transformar a forma 
das edificações. O ferro 
permitiu a construção de 
estruturas e edificações 
mais leves e ambiciosas.
1194
A Catedral de 
Chartres, nos 
arredores de Paris, 
França, representa 
a arquitetura 
gótica e possui 
uma nave central 
impressionante, 
com 37 metros 
de altura. 
Arcobotantes fazem 
a sustentação 
externa das 
paredes, o que 
permitiu que ela 
chegasse a essa 
altura.
450 a.C.
A Acrópole de 
Atenas, na Grécia, 
é um conjunto 
de edificações 
construídas em 
uma colina. Ela 
inclui o Partenon, 
o Erecteion e o 
Templo de Atena 
Niké. Essas 
edificações são 
os símbolos mais 
duradouros da 
arquitetura e da 
cultura clássicas.
1755
A cabana de Laugier (ou cabana 
primitiva) foi descrita pelo Abade 
Laugier em um ensaio seminal 
sobre a arquitetura. Nele, a 
natureza é usada para fazer 
uma analogia com a arquitetura: 
os troncos das árvores formam 
colunas, enquanto os galhos 
e folhas compõem o telhado. 
Trata-se da forma mais antiga e 
simples de abrigo.
1492
O Homem Vitruviano, de Leonardo da 
Vinci, representa a relação entre o 
homem e a geometria. Para criá-lo, 
da Vinci se inspirou nos estudos de 
Vitrúvio, que descreviam um conjunto 
de medidas ou módulos baseados nas 
proporções e dimensões humanas.
2600 a.C.
As pirâmides de 
Gizé, no Egito, 
são os símbolos 
arquitetônicos mais 
antigos. Criadas 
como tumbas para o 
Faraó Quéops e seus 
sucessores, elas 
foram construídas em 
pedra e sua execução 
exigiu o trabalho 
organizado de 
milhares de homens. 
As pirâmides estão 
entre os monumentos 
mais famosos e 
extraordinários do 
mundo.
3100 a.C.
Stonehenge, 
localizado 
em Wiltshire, 
Inglaterra, é 
um monumento 
composto por um 
círculo de pedra. 
Os monólitos de 
sarsen chegam a 
pesar 50 toneladas 
cada e foram 
trazidos de um local 
que fica a mais de 
50 km de distância. 
A estrutura está 
alinhada com os 
pontos de solstício 
e equinócio, e ainda 
hoje é utilizada 
para celebrar esses 
eventos.
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 Job No: D0312-18 / YEE PEI
1st Proof Title: Fund Architecture 2nd Edition (AVA)
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1931
Shreve, Lamb e Harmon 
projetaram o Edifício 
Empire State, em Nova 
York. Com seus 102 
pavimentos, era a maior 
edificação com estrutura 
independente da época.
1972
O Centro Pompidou, em Paris, projetado por 
Renzo Piano e Richard Rogers, reinventou 
a ideia da edificação como uma máquina. 
Todas as suas instalações – elevadores, 
tubulações e dutos de ventilação – são 
externas, criando um efeito marcante.
1929
O Pavilhão de Barcelona 
foi projetado em 1929 
pelo arquiteto alemão 
Ludwig Mies van der 
Rohe. Ele representa um 
novo tipo de arquitetura 
moderna, questionando 
a posição das paredes, 
pisos e coberturas, e 
introduzindo um novo 
vocabulário de planos e 
superfícies.
2000
Os arquitetos da Marks 
Barfield Architects 
construíram a London Eye 
originalmente como uma 
estrutura temporária para 
comemorar a chegada 
do novo milênio, mas ela 
se tornou um exemplo de 
arquitetura tão celebrado 
quanto a Torre Eiffel. Ela 
é, ao mesmo tempo, uma 
obra de engenharia e 
uma obra de arquitetura 
dinâmica, que desafia 
a visão que temos de 
Londres.
1947
Le Corbusier, que se interessava 
por conceitos como proporção, 
geometria e corpo humano, 
desenvolveu o sistema modulor. O 
Le Modulor foi publicado e usado 
como escala no projeto de muitas 
edificações, incluindo a Capela de 
Ronchamp, na França.
1889
A Torre Eiffel, em Paris, 
foi construída para a 
Exposição Universal de 
Paris de 1889. Projetada 
pelo engenheiro Gustave 
Eiffel, era a maior 
estrutura de ferro fundido 
da época. Embora tenha 
sido criada como uma 
estrutura temporária, a 
torre permaneceu, e hoje 
é uma peça fundamental 
da identidade da cidade.
1924
Gerrit Rietveld projetou a Casa Schröder, 
nos Países Baixos. Trata-se do exemplo 
mais conhecido da arquitetura De Stijl, e 
é uma edificação sem paredes internas. 
A Casa Schröder faz parte da filosofiaque busca simplificar a composição 
visual usando elementos horizontais, 
cores primárias e preto e branco.
1919
O movimento Bauhaus teve início como a escola de arte e arquitetura de mesmo nome em Weimar, Alemanha. Ele foi organizado 
por alguns dos arquitetos e desenhistas de produto mais influentes do século XX, incluindo Walter Gropius, Hannes Meyer, 
Ludwig Mies van der Rohe e László Maholy-Nagy.
1851
Joseph Paxton 
construiu o 
Palácio de Cristal, 
em Londres, 
para a Grande 
Exposição de 
1851, introduzindo 
um novo tipo 
de arquitetura, 
inspirado em 
tecnologia, 
engenharia e 
inovação. Usando 
uma leve estrutura 
de ferro e vidro, 
ele criou uma obra 
de arquitetura 
transparente.
 Job No: D0312-18 / YEE PEI
1st Proof Title: Fund Architecture 2nd Edition (AVA)
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1 1. As Pirâmides de Gizé, Egito
c. 2600 a.C.
Os faraós viam a construção desses túmulos 
como a expressão de seu reinado, assim como 
muitas corporações internacionais e governos 
atuais constroem edifícios cada vez mais 
altos e mais caros para simbolizar seu poder 
e importância.
O EGITO ANTIGO
Diferentemente das cidades-estado da Mesopotâmia, que 
passavam grande parte do tempo guerreando entre si, o 
Rio Nilo (em seu percurso final de 1.100 km até o Mar 
Mediterrâneo) era cercado por desertos em ambos os 
lados, o que dificultava o ataque por quem vinha de fora e 
resultou em uma sociedade que se manteve intocada em 
relação às influências externas por mais de três mil anos. 
Durante esse período, os egípcios desenvolveram uma 
arquitetura caracterizada, em suas primeiras dinastias, 
por túmulos piramidais erguidos acima do chão e, 
posteriormente, pelas tumbas subterrâneas belissimamente 
decoradas construídas no Vale dos Faraós.
Em ambos os casos, as edificações refletiam a crença 
na vida após a morte, fortemente arraigada entre os 
egípcios. Essa crença também se refletia no cotidiano e 
era experimentada como uma série de dualidades: noite 
e dia, enchentes e secas, água e deserto. Tal crença e tais 
dualidades nos ajudam a entender por que o Vale dos 
Faraós (onde enterravam os mortos) fica no lado oeste 
do Rio Nilo, o horizonte onde o Sol se põe, enquanto os 
templos e assentamentos de Luxor ficam no lado leste, que 
é o horizonte do Sol nascente.
Esse posicionamento simbólico das antigas edificações 
egípcias também era enfatizado pela precisão de sua 
construção. As pirâmides de Gizé foram construídas 
por volta de 2600 a.C. com uma imprecisão de apenas 
10 cm sobre uma base perfeitamente quadrada de 150 m 
de lado, e seu ápice cria uma forma geométrica precisa 
derivada da seção áurea (veja a página 123). No interior 
de cada pirâmide, os corredores estreitos que levam às 
câmaras mortuárias estão completamente alinhados com as 
constelações celestes, uma vez que estas eram vistas como 
o local de repouso para onde iam as almas dos faraós após 
a morte.
A escala e a precisão com que essas estruturas foram 
executadas são assombrosas, exigindo, inclusive pelos 
padrões atuais, conhecimentos avançados de engenharia – 
a começar pela origem dos milhões de blocos quadrados 
usados em sua construção. As pedras foram retiradas 
de pedreiras do Alto Egito, a quase 640 km do local, 
e transportadas pela água antes de serem erguidas e 
posicionadas.
O mundo antigo
A história da arquitetura está intrinsecamente conectada à 
história da civilização. Embora nossos ancestrais nômades tenham 
desenvolvido abrigos temporários sofisticados – alguns deles, 
como as tendas dos yurt, nas planícies mongólicas, ainda são 
usados –, a adoção de um estilo de vida mais sedentário resultou 
na necessidade de abrigo permanente.
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1st Proof Title: Fund Architecture 2nd Edition (AVA)
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A GRÉCIA ANTIGA
Ainda que as civilizações mesopotâmica e egípcia tenham 
formado a base da arquitetura, foram as sociedades da 
Grécia Antiga que formalizaram a linguagem da disciplina 
pela primeira vez.
Boa parte da cultura moderna deve suas origens à 
civilização grega clássica. A democracia política, o teatro e 
a filosofia derivam de uma sociedade que, tendo dominado 
a produção de alimentos, descobriu que tinha tempo de 
sobra para pensar, refletir e tentar entender as regras do 
mundo em que vivia. Algumas das maiores mentes da 
história, incluindo Platão, Aristóteles e Pitágoras, lançaram 
os padrões de pensamento que dominariam a cultura 
ocidental pelos próximos dois mil anos.
A arquitetura da Grécia Antiga (produzida durante o 
chamado “Período de Ouro” ou “Século de Péricles”) 
chegou a tal nível de refinamento e qualidade que passou a 
ser definida como “clássica”.
Atualmente, as referências feitas à linguagem clássica 
da arquitetura não aludem apenas à forma, mas também 
à maneira pela qual os arquitetos da Grécia Antiga 
desenvolveram uma metodologia que poderia ser aplicada a 
todas as tipologias de edificação.
Literalmente, os blocos de construção de tal metodologia 
são as colunas usadas para sustentar a construção. De 
acordo com sua esbelteza e nível de decoração, essas 
colunas pertencem a um dentre cinco estilos. São eles: 
toscano, dórico, jônico, coríntio e compósito, variando, na 
ordem citada, de curtas e atarracadas a esbeltas e elegantes. 
Coletivamente, essas colunas são conhecidas como as 
“cinco ordens”.
O diâmetro de cada coluna é determinado tanto por sua 
altura como pelo espaço deixado entre elas (chamado de 
intercolúnio), e, consequentemente, pelas relações com 
o todo e as proporções da edificação sustentada. Cada 
elemento individual da arquitetura grega se relacionava 
matematicamente com todos os demais, transformando a 
edificação em uma totalidade integrada.
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O mundo clássico
Na arquitetura, a influência das civilizações grega 
e romana se reflete em conceitos, formas, ideias, 
decorações e proporções que foram reinterpretados 
pelos estilos renascentista (na Itália do século XV), 
georgiano (na Londres do século XIX) e colonial norte-
americano. Há um espírito duradouro de elegância e 
equilíbrio na arquitetura e ideias clássicas.
 Job No: D0312-18 / YEE PEI
1st Proof Title: Fund Architecture 2nd Edition (AVA)
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O mundo medieval
A queda de Roma e o declínio da civilização ocidental levaram 
ao caos cultural que caracterizou a Idade das Trevas, criando 
uma visão de arquitetura que diferia muito daquela que marcou 
a antiguidade clássica. Em um período de incertezas, inseguro 
de sua própria capacidade de compreender o mundo ao seu 
redor, o homem geralmente se volta para fontes externas 
capazes de determinar o futuro. Por essa razão, o período 
medieval testemunhou certo distanciamento do secular, 
enquanto o divino era buscado como fonte de certezas.
A ARQUITETURA GÓTICA
O principal objetivo de boa parte da arquitetura medieval era transmitir 
narrativas bíblicas para as massas quase que completamente analfabetas. Para 
atender a esse fim, as catedrais medievais desenvolveram uma forma única 
que reduzia o tamanho da estrutura em uma edificação e permitia que vitrais 
iluminassem seu interior, trazendo a luz e a mensagem divinas de um deus 
cristão.
Além disso, o desejo de escapar dos tormentos da existência terrena e buscar 
conforto na vida pós-morte acarretou uma ênfase na verticalidade, resultando 
no estilo arquitetônico da ascensão. Ao voltar os olhos para os céus, o estilo 
gótico utilizou arcos apontados de maneira característica, colocando a estrutura 
no exterior das edificações. Um dos principais exemplos podeser encontrado 
na Saint Chappelle (Santa Capela), uma capela perto da imensa catedral gótica 
de Notre Dame, na Isle de la Cité, em Paris, França. A ênfase arquitetônica na 
verticalidade se faz presente no exterior nos pináculos de suas torres, que já 
serviram como marcos para peregrinos (refletindo a crença de que quanto mais 
alto o pináculo, maior a importância religiosa da cidade).
A arquitetura gótica também adotou uma organização bastante precisa e 
frequentemente complexa, onde proporções sagradas (veja a página 123), 
refletindo o mundo natural, eram empregadas para celebrar o divino.
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Filippo Brunelleschi, 1377–1446
Brunelleschi nasceu em Florença, 
Itália. Foi treinado para ser escultor 
antes de estudar escultura e 
arquitetura com Donatello, em Roma. 
Em 1418, Brunelleschi venceu o 
concurso para projetar o Duomo, a 
Catedral de Santa Maria del Fiore, 
em Florença. A cúpula projetada por 
ele cobria o maior vão da época. A 
cúpula de Brunelleschi é, na verdade, 
composta por uma série de cúpulas 
sobrepostas, e o espaço entre elas 
é tão grande que permite que uma 
pessoa caminhe nele. Ele também foi 
responsável por inventar máquinas 
que ajudariam em diferentes aspectos 
da arquitetura, desde erguer pesos 
até entender melhor a questão da 
perspectiva.
O HUMANISMO
Este período foi marcado pela rejeição da escolástica medieval e um interesse 
renovado pela arquitetura clássica. Embora estivessem familiarizados com 
as edificações góticas da Europa, os arquitetos se lembravam claramente da 
arquitetura grandiosa do Império Romano e começaram a readotar a linguagem 
clássica da arquitetura. Essa linha de investigação artística ganhou força em 
Florença, onde mercadores ricos e autoconfiantes, juntamente com novas famílias 
de banqueiros, como os Medici, tornaram-se patronos de um pequeno grupo de 
arquitetos que começara a reavaliar e a fazer experimentos, por tentativa e erro, 
com a linguagem clássica da arquitetura.
Para a geração anterior, as obras criadas no mundo clássico antigo pareciam 
ter formas e complexidade inimagináveis. A nova sensibilidade buscava 
compreender a arquitetura clássica com base na validação da capacidade de 
raciocínio do homem e da possibilidade de entender o mundo por meio da 
observação e do intelecto, deixando de lado as explicações predeterminadas.
O Renascimento
Poucas vezes a história da 
arquitetura passou por mudanças 
tão rápidas e fundamentais em 
termos de postura como as 
testemunhadas pela Itália no 
início do século XIV.
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O FERRO E O AÇO
Os novos materiais da Revolução Industrial, como o ferro 
batido e o aço, passaram a ser aplicados rapidamente em 
construções. Esse desenvolvimento marca uma mudança de 
paradigma de construções pesadas com elementos 
portantes feitos de maneira artesanal para elementos de 
construção pré-fabricados e leves. O mundo celebrou os 
novos materiais de produção em massa mediante uma série 
de exposições comerciais. As mais notáveis, em termos 
arquitetônicos, foram as realizadas em Londres, em 1851, e 
em Paris, em 1855. Em Londres, a exposição foi realizada 
dentro da enorme estrutura do Palácio de Cristal, 
construído especialmente para esse fim.
Projetado por Sir Joseph Paxton, o Palácio de Cristal usou 
componentes padronizados em treliças pré-fabricadas de 
ferro fundido, fechadas com painéis de vidro de modo a 
formar uma estufa de proporções gigantescas. O Palácio de 
Cristal idealizado por Paxton explorou os novos materiais 
até o limite, aproveitando formas tradicionais e 
reinterpretando-as estruturalmente.
Em Paris, as propriedades do ferro fundido mostraram 
como utilizar a construção leve para obter alturas até então 
sem precedentes. A Torre Eiffel se elevou 
aproximadamente 312 metros na linha do horizonte de 
Paris; sua estrutura em esqueleto foi a precursora dos 
edifícios altos e arranha-céus que se seguiriam.
No entanto, a oportunidade de mostrar o que realmente 
podia ser feito ficou a cargo dos Estados Unidos. Em 1871, 
um incêndio destruiu grande parte da cidade de Chicago. 
Perante uma cidade devastada, os arquitetos usaram os 
mesmos princípios estruturais, da estrutura independente, 
como base para a construção; dessa vez, porém, o fizeram 
com aço, um material muito mais resistente e 
proporcionalmente mais leve que o ferro. Ele foi usado 
para a construção do primeiro arranha-céu do mundo.
Louis Sullivan, a quem se atribui a frase “a forma segue a 
função”, foi possivelmente o primeiro grande arquiteto da 
modernidade. Seu edifício para a empresa Carson, Pirie, 
Scott and Company (em Chicago) era uma edificação com 
estrutura independente simples, permitindo uma expressão 
clara sem o uso da decoração. Tratou-se de uma ruptura 
radical com a ornamentação clássica que, até então, 
caracterizara muitas edificações cívicas.
O Modernismo
O início do Iluminismo (ou o Século das Luzes) fora acompanhado 
pela revolução política, mas o mundo moderno partiu de outro tipo 
de revolução – a industrial. A criação da máquina a vapor, no final 
do século XVIII, transformou uma população predominantemente 
rural em urbana, fazendo com que as cidades crescessem e se 
transformassem rapidamente em industriais.
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As características da arquitetura modernista
1. Pilotis: são as colunas que elevam o volume da edificação em relação ao solo.
2. Planta livre: é obtida com a separação dos pilares portantes em relação às paredes que subdividem o espaço.
3. Fachada livre: consequência, no plano vertical, da planta livre.
4. Janela em fita: uma janela longa e horizontal.
5. Terraço-jardim: resgata a área de solo ocupada pela edificação.
O PURISMO
Durante o período modernista, o arquiteto suíço Le Corbusier (cujo nome de batismo era 
Charles-Edouard Jeanneret) estabeleceu princípios de arquitetura que respondiam às ideias e ao 
dogma renascentistas. Tais princípios não se dedicavam tanto a determinar formas; eles buscavam 
estabelecer diretrizes para as respostas na arquitetura.
No caso de Le Corbusier, outro desenvolvimento importante foi seu sistema modular, que, inspirado 
na tradição inaugurada por Leonardo da Vinci e Leon Battista Alberti, entre outros, sugeria que a 
arquitetura deveria ser organizada em torno das proporções do corpo humano. O conceito do modulor 
criou um sistema de medição que usava dimensões antropométricas (do corpo humano) com o intuito 
de determinar a forma e o espaço; esse sistema influenciava e embasava o projetos de móveis, 
edificações e espaços feitos por Le Corbusier.
1. O Modulor
© FLC / DACS, 2011, ProLitteris, Zurich
Le Corbusier, 1945
Le Corbusier utilizou a proporção áurea 
(veja a página 123) de maneira explícita 
neste sistema modular pensado para a 
escala de proporções da arquitetura. Ele via 
tal sistema como uma continuação da longa 
tradição de Vitrúvio, do Homem Vitruviano 
de Leonardo da Vinci e da obra de Leon 
Battista Alberti, entre outros, que usaram as 
proporções do corpo humano para 
aprimorar a aparência e a funcionalidade da 
arquitetura. Além da proporção áurea, Le 
Corbusier baseou seu sistema nas medidas 
humanas, na série de Fibonacci (veja a 
página 123) e na unidade dupla.Ele levou a 
sugestão de proporções áureas nas 
medidas humanas, feita por da Vinci, ao 
extremo, seccionando o corpo do modelo 
humano na altura do umbigo com as duas 
partes em proporções áureas e, em seguida, 
subdividindo tais partes em proporções 
áureas mais ou menos na altura dos joelhos 
e dos mamilos; essas proporções áureas 
foram usadas no seu sistema modular.
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Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para 
esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual 
da Instituição, você encontra a obra na íntegra.
 
DICA DO PROFESSOR
Trazido pelos jesuítas, o Barroco foi o estilo artístico predominante no Brasil colonial. Sua 
essência funcional era decorativa e visava facilitar a absorção da doutrina religiosa e dos 
costumes trazidos, além de aspectos simbólicos estéticos e em âmbito comportamental.
Em Minas Gerais, encontramos construções mais recentes que puderam ter mais liberdade no 
projeto. Podendo se construir com estéticas mais atualizadas, essas obras foram o testemunho de 
uma fase da história brasileira, a região era a “menina dos olhos” da Metrópole, rica em ouro e 
diamantes. Os centros históricos de Ouro Preto e Diamantina são Patrimônio da Humanidade, 
guardando obras de vários artistas, entre eles, Aleijadinho, reconhecido mundialmente pelo seu 
trabalho. Assista ao vídeo a seguir e saiba mais sobre sua história e suas obras.
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EXERCÍCIOS
1) As civilizações grega e romana tiveram grande influência na arquitetura com seus 
conceitos, formas e proporções. A arquitetura desses povos possuía alto nível de 
refinamento e qualidade, sendo definida como clássica. Gregos e romanos 
desenvolveram uma metodologia própria usando as colunas como sustentação e na 
elaboração do projeto proporcionalmente ao seu diâmetro. De acordo com a sua 
beleza e nível de adornos, elas foram tipificadas em cinco estilos. Analise as 
afirmativas a seguir e assinale a que corresponde ao estilo correto. De acordo com a 
sua beleza e nível de adornos elas foram tipificadas em cinco estilos. Analise as 
afirmativas abaixo e assinale a que corresponde ao estilo correto. 
A) Toscana: Pertencente à ordem grega; trata-se de uma coluna semelhante à dórica.
B) Dórica: A mais simples coluna da ordem romana; possui base pequena em relação à altura, 
porém é larga.
Coríntia: Estilo mais decorativo e trabalhado; pertence à ordem romana, no seu capitel, C) 
A ordem toscana trata-se de uma simplificação de mesmas proporções do dórico, porém com base, e pertence à ordem romana. IMAGEM 5
A coluna dórica pertence à ordem grega e não possui base. IMAGEM 6
A coluna coríntia pertence à ordem grega, a mais trabalhada e decorada de todas as colunas gregas; possui, no capitel, uma profusão decorativa de rebentos e folhas de acanto. IMAGEM 7
encontramos folhas de acanto.
D) Jônica: É a mais simples das três ordens gregas; não possui base, e o capitel é formado 
pelo equino ou coxim e o ábaco.
E) Compósita: Foi considerada uma versão tardia da ordem coríntia.
2) , 2) A história e a evolução da arquitetura estão ligadas à história e à evolução do 
homem, da sociedade e da tecnologia. Desde a construção das pirâmides até o mundo 
contemporâneo, o arquiteto ou mestre de ofício desempenha sua função atendendo às 
expectativas do homem no seu tempo e, em alguns momentos, aos anseios do artista. 
Sobre a evolução e suas fases, analise as questões a seguir e marque a INCORRETA.
A) As pirâmides e as tumbas no Egito refletiam a crença após a morte dos egípcios na época, 
uma ideologia baseada no dualismo, dia e noite, enchente e seca, ideia que se refletia na 
orientação das construções.
B) O Renascimento foi marcado como uma época anterior ao Gótico ou Medieval, época em 
que se buscou a retomada, em vão, do estilo Clássico.
C) Dentre as estruturas neolíticas da Idade da Pedra, a mais conhecida é a Stonehenge, que 
representa uma conexão entre o mundo natural e o celestial.
D) O principal objetivo da arquitetura gótica era transmitir narrativas bíblicas para a 
população analfabeta.
E) As construções gregas possuíam grande refinamento e requinte, eram geridas 
proporcionalmente ao diâmetro da coluna, e o intercolúnio era o espaçamento entre elas.
, 3) Com o Barroco, no início do século XVIII, surgiu o racionalismo, a ideia de que o 
homem e a Terra não eram o centro do universo e uma série de questionamentos 
3) 
A coluna jônica pertence à ordem grega, porém não é a mais simples delas; possui base larga e seu capitel possui volutas. IMAGEM 8
A ordem compósita, romana, foi considerada uma versão tardia do coríntio. Trata-se de um estilo misto em que as volutas do jônico e as folhas de acanto do coríntio se inserem no capitel. IMAGEM 9
O Renascimento foi a retomada do Clássico e a rejeição ao Gótico e Medieval. Os arquitetos queriam a retomada das construções grandiosas do Império Romano e, assim, começaram a readotar a linguagem de uma forma diferente.
As edificações refletiam a crença na vida após a morte, crença que se refletia no cotidiano com uma série de dualidades, dia e noite, sol e chuva. Por exemplo, no interior das pirâmides, os corredores que levavam aàs câmaras mortuárias foram executados conforme as constelações celestes, visto que eles acreditavam que as pirâmides eram o local de repouso das almas.
A Stonehenge, estrutura neolítica mais famosa de todas, não foi construída para fins de abrigo ou utilitário, foi construída para representar uma conexão espiritual entre o mundo natural e o celestial, tinha uma função simbólica
O período medieval buscou o divino como fonte de certeza. As construções góticas, na maioria religiosas, procuravam levar o homem ao divino. As construções transmitiam as narrativas sagradas para a população analfabeta, tinham proporções religiosas e uma ênfase na verticalidade.
Apesar de as civilizações mesopotâmicas e egípcias iniciarem uma base para a arquitetura, foi na Grécia antiga que a arquitetura formalizou-se. As construções possuíam grande refinamento e requinte; eram projetadas proporcionalmente ao diâmetro da coluna; diferenciavam-se em ordem conforme o ornamento e a altura, o intercolúnio era o espaçamento entre elas.
intelectuais. A edificação racional marcou essa época. A seguir, são apresentadas 
algumas afirmativas a respeito dessa nova fase da arquitetura. Verifique a que NÃO 
se encaixa à ideia racionalista da época.
A) Alguns arquitetos buscaram nesse período uma arquitetura purista que buscasse a verdade 
externa das formas.
B) O Barroco coincidiu com o período da Contra-Reforma da Igreja Católica, que buscava 
barrar o crescimento do protestantismo.
C) O Iluminismo foi um movimento indicador do Racionalismo.
D) O Brasil não teve a influência do Barroco nas construções.
E) O Iluminismo também foi chamado de Neoclássico.
4) , 4) O Modernismo surgiu com a Revolução Industrial, com o crescimento das 
cidades e a produção em série. Quanto a essa nova fase da arquitetura e história, 
analise as questões a seguir e assinale a INCORRETA.
A) Nesse período, foram construídos o Palácio de Cristal e a Torre Eiffel na Europa.
B) Essa fase ficou marcada pela utilização de materiais pesados como o ferro e o aço.
C) Além do ferro e do aço, outros dois materiais foram muito utilizados nesse período, o 
concreto e o vidro.
D) O movimento de Stijl, na Holanda, coincidiu com o Modernismo e tinha conceitos como a 
redução das formas e da cor.
Arquitetos como Ledoux e Boullée propuseram nessta fase uma arquitetura purista que buscasse a verdade externa das formas.
No início do século XVII, a Europa conheceu a arquitetura barroca. Sua principal característica era tentar emocionar e impressionar com o exagero no tamanho das obras e no uso de elementos decorativos. Esse movimento coincidiu com o período da Contra-Reforma da Igreja Católica, que buscava barrar o crescimento do protestantismo, e acabou sendousado pela instituição com a finalidade de impressionar as pessoas e resgatar fiéis.
O Iluminismo procurava explicações racionais para todas as coisas, só assim o homem alcançaria o conhecimento e a liberdade. Esse movimento foi indicador do Racionalismo.
Esse período do Iluminismo normalmente é chamado de Neoclássico (o “novo clássico”), já que a maioria das construções buscava lembrar padrões estéticos gregos e romanos. Mas também foram feitas várias construções em estilo neogótico e neobizantino.
O Barroco foi trazido ao Brasil pelos jesuítas. Seu auge foi durante o ciclo do ouro, quando o Barroco já começava a entrar em declínio na Europa. Foi nesse período que o Brasil conheceu seu primeiro grande arquiteto: Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho. Suas construções do final do século XVIII nas cidades históricas de Minas Gerais são consideradas as mais importantes do período.
O Palácio de Cristal foi construído especialmente para uma exposição em Londres e na França, a Torre Eiffel, ambos utilizando os novos materiais e conceito do Modernismo.
O ferro e o aço foram usados em larga escala, porém representando leveza, contrário às edificações do período anterior.
Para colocar em prática os novos conceitos do Modernismo de leveza, transparência e continuidade, arquitetos (como Mies Van der Rohe) utilizaram o concreto e o vidro e também ferro e aço.
O movimento artístico holandês De Stijl buscava expressar um novo ideal. Os artistas defendiam a abstração e a redução das formas e das cores utilizando, por exemplo, cores primárias.
E) Assim como Leonardo da Vinci e Leon Battista Alberti, Le Corbusier criou um sistema 
modular baseado nas medidas do corpo humano.
5) , 5) São características da arquitetura moderna, EXCETO:
A) Janelões na vertical.
B) Pilotis.
C) Planta livre.
D) Terraço-jardim.
E) Fachada livre.
NA PRÁTICA
O High-Tech, abreviatura de high technology, ocorreu, como tendência arquitetônica, a partir 
dos anos 70 e se constituiu em uma utilização de métodos, figuras, tecnologia e materiais da 
arquitetura e engenharia industriais em programas comerciais e residenciais urbanos. Essa 
tendência propunha oferecer ao usuário, ao invés de espaços tradicionais, passíveis de receber 
conotações afetivas, espaços de máxima eficiência, jamais perturbados por elementos estruturais 
ou blocos de circulação e serviços. É o mais expressivo movimento do chamado do modernismo 
tardio, acontecido nas últimas décadas do século XX.
O conceito modular de Le Corbusier utilizava as medidas antropométricas, ou seja, tinha o corpo humano como referência, assim como seus antecessores Leonardo da Vinci e Leon Battista Alberti. A finalidade dessa modulação era para dimensionamento da forma e dos espaços utilizados pelos humanos.
A arquitetura moderna tinha como característica a janela em fita, ou seja, janelas longas na horizontal.
Característica do Modernismo, os pilotis elevam a construção do solo utilizando colunas ou pilares chamados de pilotis.
A planta livre, separação dos pilares que sustentam a construção das paredes dos ambientes, constitui uma característica modernista.
Utilizado na edificação moderna, o terraço-jardim resgata a área de solo utilizada.
Fachada livre é consequência do conceito de planta utilizado na arquitetura moderna.
O Centro Georges Pompidou, fundado em 1977, é um complexo situado no centro de Paris que 
abriga teatros, museu e biblioteca, uma construção característica dessa época que impactou a 
população, um contraste imediato com a refinada arquitetura francesa.
SAIBA MAIS
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professor:
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O que define um bom projeto?
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Galeria da Arquitetura | Praça Carmel Hebraica - Basiches Arquitetos Associados
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Revista Arqadia – Revista Acadêmica do Curso de Arquitetura e Urbanismo da IESPLAN
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Introdução à Arquitetura
CHING, Francis D. K.; ECKLER, James F. Introdução à Arquitetura. Porto Alegre: Bookman, 
2014.

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