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Microeconomia II Professor: Helder Queiroz 2021.2 Parte 3 Modelos de Duopólio e Teoria dos Jogos Capítulo 7 3 Oligopólio Características Pequeno número de empresas Produtos diferenciados ou homogêneos Barreiras à entrada → por isso, cada empresa pode e deve avaliar como os concorrentes irão reagir. Reação é uma decisão em termos de : PREÇO E/OU QUANTIDADES OFERTADAS/PRODUZIDAS 3 Capítulo 7 4 Oligopólio Exemplos Automóveis (fusão Fiat – PSA Peugeot Citroen) Aço Alumínio Petroquímicos Equipamentos elétricos Computadores 4 Capítulo 7 5 Oligopólio Barreiras à entrada podem derivar de: Barreiras Naturais/especificidades Economias de escala Patentes Acesso à tecnologia Reputação da marca Investimentos iniciais elevados Necessidade de Qualificação das Empresas Entrantes 5 Capítulo 7 6 Oligopólio Barreiras à entrada podem derivar de : Ação estratégica Ameaça de “inundação” do mercado com produtos para que o preço caia Controle de insumos essenciais 6 Capítulo 7 7 Modelos de Duopólio QUESTÃO CENTRAL: De que modo é possível determinar preços e quantidades de equilíbrio? Abordagem do Tipo Equilíbrio de Nash: cada empresa deverá fazer o melhor para si, considerando o que seus concorrentes podem fazer Modelos baseados em Equilíbrios de Duopólio Cournot Stackelberg Bertrand 7 Capítulo 7 8 Modelos de Duopólio Modelos de Duopólio: a partir da análise de um mercado com 2 empresas, tentativa de compreensão das interações entre firmas ou seja existe uma Interdependência estratégica Para as firmas → Necessidade de estabelecer (escolher) uma estratégia Modelos de Liderança de Quantidade Modelos de Liderança de Preço Modelos de Referência: Stackelberg, Cournot e Bertrand 8 Teoria dos Jogos e o Dilema do Prisioneiro Capítulo 7 10 Teoria dos Jogos e Modelos de Duopólio: bibliografia básica Varian: (7a edição) cap 28 (TEORIA DOS JOGOS) 28.1 A 28.6; Pyndick/Rubinfeld (5a edição) cap 12 (CONCORRÊNCIA MONOPÓLICA E OLIGOPÓLIO) 12.2 12.3 12.4 12.5 E 12.6 CAP 13 (TEORIA DOS JOGOS E ESTRATÉGIA COMPETITIVA) 13.1 E 13.2 10 Capítulo 7 11 Teoria dos Jogos e Duopólio Interações entre firmas e a Interdependência estratégica: podem se examinadas à luz da Teoria dos Jogos Conceito chave: Equilíbrio de Nash (Nobel 1994) https://www.youtube.com/watch?v=EqqW3JVdgk4 Cada empresa está fazendo o melhor que pode, dadas as decisões a serem tomadas pelas rivais. Veremos que o equilíbrio de Nash é, no fundo, uma generalização do Modelo de Cournot 11 Capítulo 7 12 Teoria dos Jogos: hipóteses e conceitos Cada Agente busca maximizar seus ganhos, supondo comportamentos racionais Porém: interação com outros agentes pode impedir a maximização individual dos ganhos → daí surgem “paradoxos” ou “dilemas” Cada agente, a princípio, trabalha num contexto de informação completa: ele conhece tudo sobre o “jogo” (ganhos, perdas e regras) e sobre os jogadores, menos as decisões que os outros irão tomar → objetivo: antecipar estas decisões 12 Capítulo 7 13 Teoria dos Jogos: hipóteses e conceitos Conceito de Estratégia Dominante: há uma escolha ótima de estratégia para cada um dos dois agentes (jogadores), não importando que o outro faça. Esta escolha é avaliada a partir de uma Matriz de Ganhos ou Matriz de Pay Offs 13 Capítulo 7 14 Jogos e Decisões Estratégicas “Supondo que meus concorrentes sejam racionais e procurem maximizar lucros, de que forma eu deveria levar o seu comportamento em consideração ao tomar minhas próprias decisões visando a maximização de lucros?” Estratégia Dominante É uma estratégia ótima para um jogador independentemente do que seu oponente possa fazer. 14 Capítulo 7 15 Jogos e Decisões Estratégicas Jogos Não-cooperativos versus Jogos Cooperativos Jogo Cooperativo Os jogadores negociam contratos que sejam obrigados a cumprir e que lhes permitam planejar estratégias conjuntas Exemplos: Negociação entre um comprador e um vendedor em torno do preço do bem; uma joint venture entre duas empresas (p.ex. Microsoft e Apple) É possível negociar contratos que os jogadores sejam obrigados a cumprir 15 Capítulo 7 16 Jogos e Decisões Estratégicas Jogos Não-cooperativos versus Jogos Cooperativos Jogo Não-cooperativo Não é possível negociar e implementar contratos que os jogadores sejam obrigados a cumprir Exemplo: Duas empresas concorrentes tomam suas decisões de preço e propaganda independentemente, levando em consideração o provável comportamento da rival 16 Capítulo 7 17 Jogos e Decisões Estratégicas Jogos Não-cooperativos versus Jogos Cooperativos “A formulação da estratégia a ser adotada deve basear-se na compreensão do ponto de vista do oponente, a partir da qual pode-se deduzir (supondo que o oponente seja racional) de que forma ele(a) provavelmente reagirá às nossas ações” 17 Capítulo 7 18 Teoria dos Jogos: hipóteses e conceitos Conceito de Estratégia Dominante: há uma escolha ótima de estratégia para cada um dos dois agentes (jogadores), não importando que o outro faça. Esta escolha é avaliada a partir de uma Matriz de Ganhos ou Matriz de Pay Offs 18 Capítulo 7 19 Matriz de Ganhos e Estratégia Dominante Par ordenado de Ganhos (A,B) B A Para A: A2 > A1 (A2 é a estratégia dominante, pois sempre gera ganhos superiores para A) Para B : B3 > B1 e B2 (B3 é a estratégia dominante, pois sempre gera ganhos superiores para B) 19 (7,5) (3,7) (1,8) (8,4) (5,3) (2,6) A1 A2 B1 B2 B3 Capítulo 7 20 Matriz de Ganhos e Estratégia Dominante B A “Solução” é o par de estratégias dominantes (A2,B3) Não há um ótimo para nenhum dos agentes individualmente. A pode se sentir prejudicado; mas ganharia ainda menos se optasse por A1 , com B3 PORÉM, NEM SEMPRE HÁ UMA ESTRATÉGIA DOMINANTE CLARA PARA CADA AGENTE 20 (7,5) (3,7) (1,8) (8,4) (5,3) (2,6) A1 A2 B1 B2 B3 Capítulo 7 21 Estratégia Dominante x Equilíbrio de Nash: observações No caso da Tabela, qual a estratégia dominante? Para A, sempre melhor escolher BAIXO; Para B, sempre melhor escolher ESQUERDA SEMPRE HAVERÁ UMA ESTRATÉGIA DOMINANTE? B Esq Dir A B ESQ DIR 21 1,2 0,1 2,1 1,0 Alto Baixo Capítulo 7 22 Equilíbrio de Nash: observações No caso desta Nova Matriz de Ganhos, há uma estratégia dominante? NÃO...MAS HÁ UM DUPLO EQUILÍBRIO DE NASH POSSÍVEL B Esq Dir A B 22 2,1 0,0 0,0 1,2 Alto Baixo Capítulo 7 23 Equilíbrio de Nash: observações No caso desta Nova Matriz de Ganhos, há uma estratégia dominante? NÃO...MAS HÁ UM EQUILÍBRIO POSSÍVEL Se A escolher ALTO, o melhor que B tem a fazer é escolher ESQ, uma vez que seu ganho, se escolher ESQ é 1; e se escolher DIR, é 0. E se B escolher ESQ, o melhor que A tem a fazer é escolher ALTO, uma vez que obterá um ganho de 2 em vez de 0. se A escolher ALTO, a escolha ótima para B será ESQ, e se B escolher ESQ, a escolha ótima para A será ALTO. A estratégia (no alto, à esquerda) é um EQUILÍBRIO DE NASH. B Esq Dir A B ESQ DIR 23 2,1 0,0 0,0 1,2 Alto Baixo Capítulo 7 24 Equilíbrio de Nash: observações Equilíbrio de Nash: pode se caracterizado por um jogo não cooperativo, sem necessariamente a presença de uma estratégia dominante Um par de estratégias constitui um equilíbrio de Nash se a escolha de A for ótima, dada a escolha de B, e a escolha de B for ótima dada a escolha de A. Nenhuma pessoa sabe o que a outra fará quando for obrigada a escolher sua própria estratégia. Mas cada pessoa pode ter suas próprias expectativas a respeito de qual será a escolha da outra pessoa. O equilíbrio de Nash pode ser interpretado como um par de expectativas sobre as escolhas da outra pessoa, de modo que, quando a escolha de uma pessoa for revelada, nenhuma delas irá mudar seu próprio comportamento/escolha . Na Tabela ANTERIOR, há um equilíbrio de Nash: cada pessoa faz a escolha ótima, dada a escolha do outro. 24 Capítulo 7 25 Dilema do Prisioneiro: breve análise Situação Dois prisioneiros foram acusados de terem colaborado na prática de um crime. Eles estão em celas separadas e não podem se comunicar. Solicitou-se que cada um deles, separadamente, confessasse o crime 25 Capítulo 7 26 Matriz de Payoffs do Dilema dos Prisioneiros 26 -5, -5 -1, -10 -2, -2 -10, -1 Prisioneiro A Confessa Não confessa Confessa Não confessa Prisioneiro B Você confessaria? Capítulo 7 27 Dilema do Prisioneiro: breve análise Situação Exemplo didático : https://www.youtube.com/watch?v=dO9bhdgPS-Y https://www.youtube.com/watch?v=dO9bhdgPS-Y 27 Capítulo 7 28 Uso da Matriz de Payoffs para o Jogo de Fixação de Preços 28 Empresa 2 Empresa 1 Cobra $4 Cobra $6 Cobra $4 Cobra $6 $12, $12 $20, $4 $16, $16 $4, $20 Capítulo 7 29 Aplicações : Modelos de Duopólio Equilíbrio de Nash: pode se caracterizado por um jogo não cooperativo Cada empresa toma sua decisão visando obter o maior lucro possível, dadas as ações concorrentes Neste caso: lucro é mais alto do que se houver competição; mais baixo do que se empresas decidirem cooperar Coalizão pode ser punida pela lei anti-truste!!!! 29 Capítulo 7 30 Matriz de Payoffs do Dilema dos Prisioneiros Aplicações: Mercados Oligopolísticos O conluio leva a lucros maiores As empresas podem praticar conluios explícitos ou implícitos Quando duas empresas cooperam, cada uma tem um forte incentivo a “trair” a outra, cobrando um preço mais baixo que lhe conferirá lucros mais elevados. 30 Capítulo 7 31 Implicações do Dilema dos Prisioneiros para a Formação de Preços Oligopolísticos Observações do Comportamento Oligopolista Em alguns mercados oligopolistas, a interação repetida entre as empresas ao longo do tempo pode criar um ambiente previsível e favorecer a ocorrência de conluios implícitos. 31 Capítulo 7 32 Implicações do Dilema dos Prisioneiros para a Formação de Preços Oligopolísticos Observações do Comportamento Oligopolista Em outros mercados oligopolistas, as empresas são bastante agressivas e o conluio não é possível. As empresas relutam em modificar os preços pelo medo da reação de suas concorrentes. Nesses casos os preços tendem a ser relativamente rígidos. 32 Capítulo 7 33 Oligopólios: Aspectos principais Poucas empresas Presença de barreiras à entrada Espaço para análise estratégica das firmas : cooperação x competição agressiva. Em qual condição os lucros são mais elevados? Tentativa de entender como empresas em oligopólio decidem P e Q Cada empresa pode operar “estrategicamente”: ao tomar uma decisão deve ponderar sobre as prováveis reações dos concorrentes Ex: a Ford estuda dar desconto de 10% na linha de carros mais baratos. Tem que ponderar o que farão Fiat, VW, Peugeot...manterão preços (desconto zero ou seja NÃO REAGEM)? Ou darão descontos maiores (“guerra de preços”) ou menores? 33 Capítulo 7 34 Oligopólios e Cartéis Características Acordos explícitos de determinação de níveis de produção e preços Podem ocorrer acordos sobre Market Share Pode ocorrer repartição geográfica de mercados Não incluem necessariamente todas as empresas da indústria 34 Capítulo 7 35 Cartéis Características Frequentemente operam em escala internacional Exemplos de cartéis bem-sucedidos OPEP International Bauxite Association Mercurio Europeo 35 Capítulo 7 36 Cartéis Características Frequentemente operam em escala internacional Exemplos de cartéis que não tiveram sucesso Cobre Estanho Café Chá Cacau 36 Capítulo 7 37 Cartéis Características Condições para o “sucesso” A diferença entre os lucros das empresas sob o cartel e sob a alternativa não-cooperativa é suficientemente grande para evitar as “traições” O cartel detém elevado grau de poder de monopólio – demanda inelástica A maioria dos cartéis envolve uma parcela do mercado que, depois, comporta-se como uma empresa dominante. 37 Capítulo 7 38 Cartéis Sobre a OPEP CMg muito baixo A DT é inelástica A oferta de países não-membros da OPEP é inelástica A DOPEP é relativamente inelástica 38 Capítulo 7 39 Cartéis Observações Para que o cartel seja bem-sucedido: A demanda total não deve ser muito elástica ao preço O cartel deve ser capaz de controlar a maior parte da produção mundial, ou então a oferta dos produtores não cartelizados deve ser inelástica ao preço 39 Capítulo 7 40 Oligopólios e Modelos de Duopólio: hipóteses e conceitos Questão-Chave Reação dos concorrentes deve ser considerada, sabendo que eles também farão conjecturas sobre as suas decisões. De que maneira então podemos alcançar P e Q de equilíbrio? Abordagem do tipo Nash: cada empresas desejará fazer o melhor que pode em função do que seus concorrentes irão fazer (ou estão fazendo) 40 Capítulo 7 41 Oligopólios e Modelos de Duopólio: recordando hipóteses e conceitos Definição de Equilíbrio As empresas estão fazendo o melhor que podem e não têm incentivo para mudar suas decisões de produção e preços Todas as empresas supõem que as concorrentes estejam levando em consideração as decisões das rivais ao tomarem suas próprias decisões 3 Modelos de Referência: Cournot, Bertrand, Stackelberg 41 Capítulo 7 42 Matriz de Payoffs para o Jogo de Fixação de Preços 42 Empresa 2 Empresa 1 Cobra $4 Cobra $6 Cobra $4 Cobra $6 $12, $12 $20, $4 $16, $16 $4, $20 Capítulo 7 43 Concorrência versus Conluio: Dilema dos Prisioneiros Suponha: CF = $20 e CV = $0 Demanda da Empresa 1: Q1=12-2P₁+P₂ Demanda da Empresa 2: Q2=12-2P₂+P₁ quantidades dependem do preço a ser cobrado por cada uma das empresas Conluio: P=6 π=16 Equilíbrio de Nash: P=$4 π=12 43 Capítulo 7 44 Concorrência versus Conluio: Dilema dos Prisioneiros Se estas duas empresas estão praticando um jogo não-cooperativo. Cada empresa, independentemente, toma suas decisões levando em consideração as ações dos concorrentes. Pergunta: Ambas as empresas aufeririam lucros maiores se cobrassem $6, mas elas acabarão escolhendo o preço de $4. Por quê? 44 Capítulo 7 45 Matriz de Payoffs para o Jogo de Fixação de Preços 45 Empresa 2 Empresa 1 Cobra $4 Cobra $6 Cobra $4 Cobra $6 $12, $12 $20, $4 $16, $16 $4, $20 Capítulo 7 46 Concorrência versus Conluio: Dilema dos Prisioneiros Resultados possíveis: Lembrando que se CF = 20, CV =0 , logo CT = 20 Demanda da Empresa 1: Q1=12-2P₁+P₂ e Demanda da Empresa 2: Q2=12-2P₂+P₁ Se ambas cobram P₁ = P2 $6, π1 = π2 = 16 (mas isso só seria possível num jogo cooperativo, ou seja, combinando preços) Para Empresa 1 : π₁ = RT1 – CT1 ou = P₁Q₁-20 = =(6)[12-(2)(6)+6]-20=$ 16 e de forma análoga... Para Empresa 2: π2 = 16 2. Se P₁ = $6 e P₂ = $4, então: π₂ = RT2 – CT2 ou = P₂Q₂ - 20 RT2 = P₂ Q2 = P₂ [12-2P₂+P₁] = 40 π₂ = (4)[12-(2)(4)+6]-20 = $20 COM Q2 = 10 π₁ = RT1 – CT1 ou = P₁Q₁-20 =(6)[12-(2)(6)+4]-20= $4 COM Q1 = 4 46 Capítulo 7 47 Modelos de Duopólio Modelo de Cournot ou Cournot-Nash Duopólio Duas empresas competem entre si Empresas conhecem a curva/função de demanda do mercado Produto homogêneo Cada empresa considera fixo o nível de produção da rival ao tomar sua própria decisão de produção Empresas tomam decisão simultaneamente 47 Capítulo 7 48 Modelos de Duopólio Modelo de Cournot Duopólio Demanda Linear: Ex: P = a – bQ ou P(Q) = W- Q Q = Q1 + Q2 48 Capítulo 7 49 Modelo de Cournot :formalização 49 Duas empresas A e B, com custos marginais constantes c, que produzem produtos idênticos. Essas empresas determinam simultaneamente a quantidade a ser produzida (qA, qB), sendo que cada uma delas defronta-se com a curva de demanda: onde W >0 Deste modo, o preço a ser cobrado é aquele que iguala a demanda à oferta, constituída pela soma da produção das duas firmas, Capítulo 7 50 Modelo de Cournot : formalização 50 Para maximizar seus lucros, as firma A e B igualam a receita marginal ao custo marginal. A receita total da firma A é dada por: : . Cada firma expressa sua estratégia de produção de acordo com a estratégia da outra Capítulo 7 51 Modelo de Cournot : formalização 51 Resolvendo o sistema de equações (2) e (3), para achar preço e quantidades de equilíbrio P*, qa* e qb*: Substituindo em (2), a expressão de qB . se W = 10 e c= 4 P* = 6 π* = 4 Capítulo 7 52 Modelo de Cournot e Cartel 52 Em regime de cartel, elas tomam conjunta e simultaneamente as decisões de produção . Capítulo 7 53 Modelo de Cournot e Cartel eq 53 Logo, em regime de cartel, Q*cartel < Q*cournot, porém lucros maiores: . > Com Cartel se W = 10 e c= 4 P* = 7 π* = 4.5 Sem Cartel W = 10 e c= 4 P* = 6 π* = 4 Capítulo 7 54 Modelos de Duopólio Perguntas Se as empresas não estiverem produzindo no equilíbrio de Cournot, elas serão incentivadas a ajustar sua produção até que o equilíbrio de Cournot seja alcançado? MODELO DE COURNOT NÃO RESPONDE A ESSA PERGUNTA Sob que condições seria racional supor um nível de produção fixo por parte da concorrente? APENAS QUANDO AS DUAS ESCOLHEM SIMULTANEAMENTE E DE UMA VEZ POR TODAS SEUS NÍVEIS DE PRODUÇÃO (HIPÓTESE DO MODELO) 54 Capítulo 7 55 Modelos de Duopólio Curva de Reação A produção ótima de uma empresa é uma função decrescente do nível de produção esperado da outra empresa. 55 Capítulo 7 56 Exemplo de Equilíbrio de Cournot Curva de Demanda Linear Duopólio Demanda de mercado é P = 30 - Q onde Q = Q1 + Q2 CMg1 = CMg2 = 0 56 Capítulo 7 57 Curvas de Reação e Equilíbrio de Cournot Curva de Demanda Linear Qual a Curva de Reação da Empresa 1? Receita total, R1 = PQ₁ = (30-Q)Q₁ = 30 Q₁ - (Q₁ + Q₂)Q₁ = 30 Q₁ - Q₁² - Q₂Q₁ 57 Capítulo 7 58 Curvas de Reação e Equilíbrio de Cournot RMg₁ = ∂R ₁ / ∂ Q ₁ = 30 – 2 Q ₁ - Q₂ = 0 Curva de reação da empresa 1 Q ₁ = 15 – ½ Q₂ e por analogia .... Curva de reação da empresa 2 Q₂ = 15 – ½ Q ₁ 58 Capítulo 7 59 Curvas de Reação e Equilíbrio de Cournot Q ₁ = 15 – ½ (15 – 1/2Q ₁ ) = Q ₁ = 10 = Q₂ Q = Q ₁ + Q₂ = 20 P = 30 – Q = 10 59 Capítulo 7 60 Curvas de Reação e Equilíbrio de Cournot Curva de Demanda Linear Exemplo de Equilíbrio de Cournot Lucro de cada empresa = RT RT = (30-Q).Q RT = 10.20 = 200 RT1 = RT2 = 100 60 Capítulo 7 61 Exemplo de duopólio 61 Q1 Q2 Curva de Reação da Empresa 2 30 15 Curva de Reação da Empresa 1 15 30 10 10 Equilíbrio de Cournot A curva de demanda é P = 30 - Q e ambas as empresas têm custo marginal igual a 0. Capítulo 7 62 Maximização de Lucro com Conluio Maximização de Lucro com Conluio 62 Capítulo 7 63 Maximização de Lucro com Conluio Maximização de Lucro com Conluio Q1 + Q2 = 15 Mostra todas as combinações de Q1 e Q2 que maximizam os lucros totais Q1 = Q2 = 7,5 O nível de produção é menor e os lucros são maiores relativamente ao equilíbrio de Cournot Lucro de cada empresa = RT RT = (30-15).15 RT = 15.15 = 225 RT1 = RT2 = 112,5 63 Capítulo 7 64 Curvas de Reação e Equilíbrio de Cournot RMg₁ = ∂R ₁ / ∂ Q ₁ = 30 – 2 Q ₁ - Q₂ = 0 Curva de reação da empresa 1 Q ₁ = 15 – ½ Q₂ e por analogia .... Curva de reação da empresa 2 Q₂ = 15 – ½ Q ₁ Graficamente... 64 Capítulo 7 65 Modelos de Duopólio Modelo de Cournot ou Cournot-Nash Duopólio Duas empresas competem entre si Empresas conhecem a curva/função de demanda do mercado Produto homogêneo Cada empresa considera fixo o nível de produção da rival ao tomar sua própria decisão de produção Empresas tomam decisão simultaneamente 65 Capítulo 7 66 Exemplo de Duopólio 66 Curva de Reação da Empresa 1 Curva de Reação da Empresa 2 Q1 Q2 30 30 10 10 Equilíbrio de Cournot 15 15 Equilíbrio Competitivo (P = CMg; Lucro= 0) Curva de Contrato 7,5 7,5 Equilíbrio com Conluio O equilíbrio com conluio é a situação mais lucrativa para a empresa, seguido pelo equilíbrio de Cournot e, por fim, pelo equilíbrio competitivo. () (1) PQWQ =- B A Qqq =+ () AB PWqq =-+ () AAAABA RTPqWqqqq ==-+ 2 AB Wqqc --= (2) 2 B A Wqc q -- = (3) 2 A B Wqc q -- = ** () 3 AB Wc qq - == * (2) 333 WcWcWc PW é--ù+ æöæö =-+= ç÷ç÷ êú èøèø ëû 2 ** () 9 AB Wc pp - == [ ] [ ] max (,) max() max() Q Q Q QP PQQcQ WQQcQ p - -- * 20 () 2 WQc Q Wc Q p ¶ =--= ¶ - = () 2 Wc P + = 2 () 4 t Wc p - = 2 ** () 8 AB Wc pp - ==
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